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“É como se fosse um renascimento!”. A frase curta e objetiva define o sentimento da bailarina e professora de dança Yohana dos Santos, de 47 anos. Desde 2010, ela sonhava em ser submetida à cirurgia de redesignação sexual, antes popularmente conhecida como mudança de sexo.

A operação foi realizada no dia 9 de agosto, em Salvador, no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Foi a primeira redesignação sexual feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia.

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"Na realidade, eu continuo sendo a mesma mulher. Psicologicamente, sou a mulher Yohana desde que nasci. Porém, hoje eu tenho a consciência de que o órgão condiz com a minha personalidade. Posso olhar no espelho e saber que essa sou eu. Antes eu não tinha condição de me identificar totalmente pelo físico, devido ao órgão que não condizia com a minha essência”, conta Yohana que, desde 2015, tem a documentação civil a identificando oficialmente como mulher.

“Estou plena, realizada. A cirurgia foi um sucesso”, comemora Yohana no dia em que recebeu alta (17). Desde 2018 ela é acompanhada pelo Ambulatório Transexualizador do hospital. A paciente foi assistida por um grupo multiprofissional, tendo sido considerada apta à cirurgia pelas equipes de endocrinologia, psicologia e serviço social.

Acompanhamento psicológico

O Ministério da Saúde adota critérios específicos para a realização da cirurgia. A pessoa precisa ter mais de 21 anos de idade e dois anos de acompanhamento psicológico.

A endocrinologista e coordenadora do Ambulatório Transexualizador do Hupes, Luciana Oliveira, explicou à Agência Brasil que a atenção psicológica inclui o redimensionamento de expectativas.

"Algumas vezes [as expectativas] estão pouco fora da realidade do que é possível o cirurgião fazer. Os pacientes têm também que lidar com frustração, ou seja, se o resultado não for exatamente o que a pessoa deseja. Entender que há uma limitação, que cada corpo responde de uma forma, que a cicatrização acontece de formas diferentes", descreve. "Tem toda uma preparação para chegar à indicação [de cirurgia], e a pessoa ficar satisfeita com o resultado estético que ela vai conseguir alcançar."

Depois da cirurgia, o atendimento psicológico é mantido por pelo menos mais um ano. “Às vezes, a paciente já conversou com outras pessoas que foram submetidas à cirurgia, mas ela nunca viveu naquele corpo e, certamente, qualquer mudança corporal passa por desafios”, ressalta a coordenadora do ambulatório.

Outro acompanhamento é o tratamento hormonal, uma vez que a retirada dos testículos afeta a produção de hormônios sexuais. “É como se ela estivesse na menopausa. Isso para uma pessoa jovem tem vários danos, porque o hormônio sexual não é só para dar as características sexuais, tem vários papéis na saúde. Então a gente faz reposição hormonal para manter todos esses outros aspectos de saúde além das características sexuais.”

O urologista Ubirajara Barroso, que realizou o procedimento em Yohana, conta que a cirurgia é complexa, dura cerca de seis horas, mas que o índice de complicações é pequeno. Os pacientes têm alta em três dias, geralmente. “Não é muito diferente de outras cirurgias que têm o mesmo grau de complexidade”, expõe.

Acessibilidade pelo SUS

Para a endocrinologista Luciana, a oferta desse tipo de pelo SUS é justificada porque o procedimento está longe de ser algo meramente estético. Ela explica que o não reconhecimento da genitália como algo compatível com a identidade de gênero pode levar a uma série de problemas de saúde mental.

"Há vários trabalhos mostrando que a prevalência de depressão e ansiedade é bem maior na população de transgêneros. Os índices de adoecimento mental são muito maiores. Automutilação, tentativas de suicídio e suicídio de fato também têm alta prevalência quando a gente compara com a população cis (que se identifica com o gênero com o qual foi designado ao nascer). Então, essa cirurgia vai permitir o bem-estar psicológico da pessoa. É essencial para o reconhecimento dela como mulher."

De acordo com Luciana Oliveira, a cirurgia custa aproximadamente R$ 50 mil e o fato de ser oferecida pelo SUS a deixa ao alcance de pessoas que não teriam condições de realizar por outros meios.

"Pelas questões sociais em que essas pessoas vivem, muitas são colocadas para fora de casa ainda na adolescência, ou seja, sem uma formação profissional adequada, sem um suporte emocional e financeiro da família, acabam indo para prostituição, para subempregos e, consequentemente, não têm uma renda suficiente para pagar pelos procedimentos. Para a população trans, seria inviável se não fossem viabilizados pelo SUS", afirma.

Hospital de referência

O Hupes é um dos 41 hospitais universitários administrados pela Ebserh. Essas unidades de saúde são ligadas a universidades federais e têm características específicas: atendem pacientes do SUS ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Também conhecido como Hospital das Clínicas, o Hupes conta agora com um centro de cirurgia de redesignação sexual, credenciado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A unidade espera receber também o credenciamento do Ministério da Saúde para entrar no seleto grupo de hospitais que fazem cirurgias de redesignação sexual. Atualmente, nove estão na lista.

Com o aval da Sesab, o Hupes pode realizar procedimentos como mamoplastia masculinizadora (remove a glândula mamária e modela um tórax masculino), histerectomia (remoção do útero), tireoplastia (readequação vocal para pessoas trans) e plástica mamária.

A expectativa é de que seja realizado pelo menos um desses procedimentos por mês, enquanto a instituição aguarda o credenciamento do Ministério da Saúde, o que possibilitará ampliar a oferta de cirurgias, incluindo a de redesignação sexual.

Número de cirurgias

O Brasil tem aproximadamente 4 milhões de pessoas trans e não binárias (que não se identificam completamente com o gênero masculino ou feminino). O SUS realiza o procedimento de redesignação sexual desde 2010 em mulheres trans. Para homens trans é feito desde 2019. Segundo o Ministério da Saúde, de 2010 a 2023 o SUS realizou 415 dessas intervenções, sendo 400 em mulheres trans e 15 e homens trans.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que o processo de redesignação sexual, entendido como um conjunto de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados para atendimento de pessoas transgênero ou com incongruência de gênero, em sua totalidade, não está no rol de procedimentos e eventos em saúde, portanto, não tem a cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Segundo a ANS, alguns procedimentos, de forma isolada, que integram a redesignação sexual, como a mastectomia e a histerectomia, são cobertos pelos planos de saúde quando solicitados pelos médicos, ainda que no processo de redesignação sexual.

Diversidade dos corpos

O Ambulatório Transexualizador do Hospital das Clínicas da UFBA já atendeu mais de 400 pacientes desde 2018. A coordenadora da unidade, Luciana Oliveira, pondera que a cirurgia de afirmação de gênero não é o caminho para todas as pessoas trans.

“Nem todas elas vão querer ser submetidas a essa cirurgia de designação sexual. Hoje a gente tem um avanço muito grande, que eu acho que é mérito dos ativistas, que mostram que a diversidade dos corpos existe e que as pessoas podem ser felizes num aspecto de diversidade muito grande que não, necessariamente, vai passar por uma modificação de genitália”, diz.

Nesta terça-feira (22), o deputado federal Danilo Cabral (PSB) foi indicado para compor a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ele integrará o grupo técnico da Educação.

O anúncio do nome de Danilo foi feito pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, durante coletiva realizada no início da tarde. Na ocasião, Alckmin também divulgou os relatores para os grupos técnicos.

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"Nossa contribuição será no sentido de procurar aprimorar o trabalho que já vem sendo feito pela Comissão, incorporando informações que estão em curso, inclusive, dentro do próprio Poder Legislativo. Isso não só para que a gente aperfeiçoe o diagnóstico do que, de fato, representa a situação da educação pública brasileira neste momento, mas que também a gente possa ainda durante este exercício Legislativo dar contribuição para garantir os recursos necessários para a preservação do serviço público de educação de qualidade", disse Danilo.

O deputado também apontou caminhos que vem sendo debatidos acerca da aplicação do orçamento na educação. "No debate da PEC da Transição, além da questão mais relevante que é o financiamento do Bolsa Família, estão embutidos recursos para a área de educação. Temos, hoje, um subfinanciamento na merenda escolar e precisamos garantir recursos para essa área, como também existe uma grave crise nas universidades públicas. Então, nossa contribuição é não só olhar a partir de 2023, mas também procurar ajudar ainda nesta Legislatura para que a gente possa sanar os cortes que foram feitos pelo governo do presidente Bolsonaro na educação", acrescentou.

Danilo Cabral foi secretário de Educação de Pernambuco na primeira gestão de Eduardo Campos (2007 - 2010) e presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados (2018 - 2019). No parlamento, ele também atuou como vice-presidente da Comissão do Novo Fundeb e coordenador da Frente Parlamentar de Valorização das Universidades e Institutos Federais.

Cotando com a Educação, o Gabinete de Transição possui 31 Grupos Técnicos. A partir de cada um deles será produzido um relatório final, com diagnóstico abrangente de cada área, composto por informações sobre o funcionamento e a atuação dos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública Federal.

O cronograma das atividades de transição prevê a entrega de um diagnóstico preliminar, com alertas dos órgãos de controle, uma análise da estrutura de cada área e uma lista preliminar com sugestões de atos normativos que devem ser revogados a partir de janeiro de 2023 até o dia 30 de novembro. Até o dia 11 de dezembro, os grupos também precisarão apresentar um relatório final, em que serão analisados programas implementados pela atual gestão, assim os projetos das gestões anteriores do PT que foram descontinuados.

Por fim, os relatórios serão repassados para a Coordenação Executiva do Gabinete de Transição. Ela será responsável por repassar os levantamentos que serão entregues a Alckmin, coordenador da transição, e ao presidente eleito Lula. Os ministro indicados para a composição do governo receberão os relatórios de cada área.

 

 

De acordo com funcionários, o homem se identifica como eleitor do presidente Jair Bolsonaro (Pillar Pedreira/Agência Senado)

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Um funcionário da Caixa Econômica Federal foi acusado de proferir ameaças de conotação política contra colegas de trabalho. Segundo relatos de testemunhas, a atitude teria ocorrido na última quinta-feira (27), em um dos setores do edifício-sede do banco em Pernambuco, localizado no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. 

Em entrevista ao LeiaJá, uma funcionária que preferiu não se identificar informou que, no ambiente de trabalho, o homem se identifica como eleitor do presidente Jair Bolsonaro. "Antes do ocorrido, o Sindicato dos Bancários tinha realizado uma visita no setor dele, para entregar panfletos de um jornal periódico que é produzido. Depois dessa visita, ele ficou meio alterado", relata.

De acordo com a denunciante, ele teria dito as seguintes palavras no refeitório do edifício-sede: “Vocês vejam o que vão fazer da vida de vocês. Sou um franco atirador, não tenho mais nada a perder. Não quero viver sob o comando de Alexandre de Moraes. Eu quero liberdade. Posso ouvir um amém? Não ouvi nenhum amém. Vocês que sabem". 

Segundo a mulher, a atitude causou clima de medo entre os funcionários do prédio. "Duas mulheres do setor dele ficaram em pânico e foram autorizadas a trabalhar em home office até a semana que vem. Com tanta atrocidade que estamos vendo no período eleitoral, é uma situação aterrorizante. Eu mesma gosto de vestir roupas vermelhas e já não estou mais fazendo isso", diz. 

Comunicado enviado nesta sexta-feira (28) pelo gerente da unidade informou que o funcionário foi afastado das atividades presenciais. Os gestores, segundo o texto, analisavam quais outras ações, além das medidas disciplinares cabíveis, poderiam ser tomadas pela segurança dos servidores. A Caixa foi procurada, mas ainda não se posicionou oficialmente sobre o ocorrido.

Humorista e candidato a deputado federal pelo PL, Pedro Manso fez um comentário homofóbico em uma publicação sobre o ator Jesuíta Barbosa e seu novo namorado, Cícero Ibeiro. No texto, Manso chega a sugerir que o artista gostaria de ser uma mulher.

"O final dos tempos está chegando, antigamente a gente correria atrás da mulherada e era difícil", escreveu Manso. Na sequência, o humorista ainda disse que "hoje em dia os caras tem a mulher que eles querem mas preferem eles serem as mulheres. Papel inverso".

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Manso integrou o elenco do 'Programa do Ratinho', no SBT, e também participou do 'Sabadão', com Celso Portiolli, como jurado. Ele é conhecido por suas imitações de Valdemiro Santiago, Silvio Santos, Datena, Cid Moreira e Maguila. Atualmente, ele está em campanha pelo posto de deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Na manhã desta quarta (18), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) foi ao Palácio do Campo das Princesas, sede administrativa do governo do Estado, localizada no Bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife, cobrar a repercussão da nova proposta de piso salarial para categoria em toda a carreira. A proposta do governo é atualizar o valor de R$ R$ 2.557, 00 para R$ 2.886, 00. Para a instituição, na prática, a exclusão da repercussão implode a tabela de pagamento dos profissionais.

“O piso é a base da nossa carreira, é a referência da nossa tabela de pagamento. Se o governo atualiza apenas o piso e não repercute, ele destrói nossa carreira. Então, a nossa luta é para que o governo faça em 2020 o que ele fez em 2019, 2018, 2017 e 2016, quando atualizou o piso e fez a repercussão desse percentual na carreira”, pontua Fernando Melo, presidente do Sintepe.

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O sindicato também continua se posicionando contra o retorno às aulas em 2020, em decorrência da pandemia da covid-19. “O Sintepe fez o levantamento in loco da realidade de cada escola, a contaminação de estudantes e profissionais. Esse documento será repassado para o governo”, acrescenta Melo.

O parecer dos sindicalistas será repassado em reunião virtual prevista para ser realizada nesta quinta (19). “O encontro acontecerá a partir de uma comissão paritária que trata desse assunto, com três representantes do governo e três representantes do Sintepe. Estamos cobrando do governo que em cada local de trabalho em que se confirme a contaminação de profissionais, essas atividades sejam suspensas e que sejam afastadas todas as pessoas que tiveram contato com o contaminado. O governo do Estado tem insistido em afastar apenas a pessoa contaminada e manter a programação da escola”, finaliza Melo.

Uma reportagem da Folha de São Paulo, publicada nesta quarta-feira (7), traz a informação de que Jair Bolsonaro teria feito um depósito em dinheiro vivo no valor de R$ 10 mil para a campanha do filho, Carlos Bolsonaro, candidato à reeleição pela vereança da cidade do Rio de Janeiro. A informação foi publicada com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Uma resolução do TSE de 2019 determina que repasses de valores superiores a R$ 1.064,10 sejam feitos apenas por transferência bancária. A regra foi instituída para evitar lavagens de dinheiro nas eleições. A transações em espécie não são crime, mas podem ter o objetivo de dificultar o rastreio de verbas obtidas ilegalmente.

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Em 2018, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou sobre a prática, informando que elas abrem margem para a prática de fraudes, como o uso de laranjas. Carlos Bolsonaro não apresentou suas despesas de campanha ao TSE. De acordo com a reportagem, ele também já havia transferido R$ 10 mil de sua própria conta bancária para a conta da campanha.

O vereador ainda não se manifestou sobre o caso. Segundo a resolução do TSE, o valor depositado irregularmente não pode ser usado pelo candidato e precisa ser integralmente devolvido ao doador.

 Uma audiência pública virtual ao vivo da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, realizada nesta sexta-feira (14), foi atrapalhada pelas imagens de um casal fazendo sexo. Realizado por meio da plataforma Zoom, o debate, promovido pela Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente - presidida pelo vereador Leonel Brizola Neto (Psol) -, girava em torno da garantia de alimentação dos alunos da rede municipal durante a pandemia da covid-19, e teve as cenas íntimas transmitidas por um perfil não identificado.

Mesmo após observarem a reprodução das imagens inapropriadas, os vereadores prosseguiram com a audiência. Além de Brizola Neto, participaram das discussões os vereadores Babá (PSOL) e Célio Lupparelli (DEM). Ao portal UOL, a assessoria da Câmara informou que a pessoa que aparecia no vídeo não era parlamentar, mas uma convidada para a reunião.

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Por meio de nota, Brizola Neto afirmou que assim que percebeu a transmissão do conteúdo impróprio pediu à TV Câmara que retirasse as imagens do ar. “Lamento que a imprensa tenha dado mais destaque a indiscrição involuntária que ocorreu durante a audiência e não a falta de alimento para as crianças e adolescentes [....] Nós vereadores e demais participantes não temos qualquer ingerência de corte, edição, montagem dos vídeos na plataforma Zoom”, declarou.

Na semana passada, no Recife, a candidata a presidente Marina Silva (Rede) chamou a atenção por não citar o nome do ex-presidente Lula durante uma coletiva de imprensa. Ao contrário, a ex-ministra de Lula, ao ser questionada sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU com objetivo de que o líder petista pudesse participar da disputa eleitoral, falou que essa era apenas uma “recomendação”.

Marina chegou a afirmar, em contraposição ao que afirmam a defesa e aliados a do ex-presidente, que a Justiça brasileira tem cumprido com tudo o que é necessário em uma democracia. A presidenciável ainda foi firme ao falar que “a Lei da Ficha Limpa diz que se alguém é condenado a segunda instância não pode participar do processo eleitoral”, mas sem tocar em nenhum momento no nome de Lula. 

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Nessa quarta-feira (29), em entrevista à Rádio Jornal, Marina também não citou o nome de Lula ao ser questionada sobre como via a parcela do eleitorado que vê o ex-presidente como vítima de uma “perseguição”. A candidata voltou a dizer que a Justiça está fazendo um bom trabalho e falou sobre roubo. 

“O Ministério Público, a Polícia Federal. (...) Não existe essa história de rouba, mas faz. Rouba, mas é de direita. Rouba, mas é de esquerda. Rouba, mas faz reformas. Tem que fazer e não roubar. Porque quando não rouba, a gente faz muito mais”, respondeu de forma firme a candidata que é a considerada a que mais herda os votos dos eleitores segundo pesquisas. 

Apesar da declaração de Marina, uma pesquisa qualitativa elaborada pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela o que para muitos pode significar o fundo do poço em relação ao atual cenário político brasileiro: a maioria dos recifenses preferem o político que “rouba, mas faz”. 

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