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Interesses pessoais e regionais de caciques partidários, disputas internas e a pressão do Palácio do Planalto minam a possibilidade de uma candidatura unificada no centro político. Prevista para ser anunciada em breve na chamada terceira via, a opção à polarização Lula-Bolsonaro é menos provável hoje do que há cerca de 20 dias, quando União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania anunciaram acordo para lançar um candidato único à Presidência. A indefinição mantém em aberto a expectativa de parte do eleitorado que busca uma alternativa ao petismo e ao bolsonarismo.

De acordo com as mais recentes pesquisas eleitorais, acima de 30% dos eleitores ainda não têm o voto consolidado - ou seja, podem migrar de nome até a eleição. Tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) amargam altos índices de rejeição. Mais da metade dos eleitores diz não votar de jeito nenhum em Bolsonaro, enquanto cerca de 40% descartam o petista.

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O impasse no grupo alternativo se dá pouco mais de um ano depois do lançamento de um manifesto assinado por seis pré-candidatos, em 31 de março de 2021. A ideia de formar um palanque único foi reduzida agora a um possível acordo, ainda remoto, entre duas legendas - MDB e PSDB. Na ocasião, assinaram o "Manifesto pela Consciência Democrática" Ciro Gomes (PDT); Eduardo Leite (PSDB); João Amoêdo (Novo); João Doria (PSDB); Luiz Henrique Mandetta (DEM); e Luciano Huck (sem partido). A coalizão era vista como embrião de uma possível aliança ampla, que minguou.

Máquina pública

Hoje dono do maior quinhão de recursos públicos do fundo eleitoral - cerca de R$ 1 bilhão -, o União Brasil está sob ameaça de perder cargos no governo federal e recuou do projeto de parceria com as outras legendas (mais informações na página ao lado). Além disso, como mostrou a Coluna do Estadão, o partido nascido da fusão de DEM e PSL vê pelo País contestações à terceira via. No Rio, a sigla caminha para aderir a Bolsonaro já no primeiro turno.

Ganha força nesses choques de reivindicações pessoais e regionais a manutenção da candidatura do presidente da legenda, Luciano Bivar. Lideranças partidárias afirmaram ao Estadão que o lançamento do mandachuva serve como um escudo. Protegidos pela justificativa de que têm candidato próprio, caciques estaduais não precisam arcar com o custo político de se indispor com o eleitorado de Lula ou de Bolsonaro. Bivar é incapaz de gerar incômodos justamente porque não vai emplacar, dizem figurões da legenda.

Tucanos

A desarticulação inclui também a crise interna do PSDB, agravada pela falta de harmonia entre o pré-candidato, João Doria - ex-governador de São Paulo -, e a cúpula do partido. O tucano se esforça para manter vivo um projeto eleitoral cada vez mais isolado. Evento dos grupos Derrubando Muros e Roda Democrática, em São Paulo, que reuniu ontem líderes de MDB, PSDB e Cidadania, mostrou essa rejeição e os descompassos internos.

A pré-candidata à Presidência pelo MDB, a senadora Simone Tebet (MS), foi exaltada no encontro como alternativa à polarização, enquanto Doria foi criticado. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, que está em viagem no exterior, foi representado pelo ex-ministro Pimenta da Veiga, desafeto do ex-governador paulista. Convidado, Bivar faltou.

Ao Estadão Veiga disse que, pessoalmente, não acredita que Doria seja o nome mais forte para disputar a Presidência. "Essa eleição está acima de aspirações pessoais e de interesses partidários. Todos os candidatos devem avaliar suas potencialidades", disse. "É hora de desprendimento."

O senador Tasso Jereissati (CE), que é contra a candidatura do governador paulista, se reuniu com a bancada tucana recentemente. No encontro, surgiu a ideia de ele assumir a vice em uma eventual chapa com Tebet. Tasso já foi entusiasta do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.

Derrotado nas prévias do ano passado e sem avanço em articulações recentes, Leite agora se volta ao Sul. Já circulam informações de que pode disputar novamente o Palácio Piratini. "Especulação. O que, de fato, farei é me dedicar mais ao tema da sucessão no Rio Grande do Sul para garantir que não haja retrocesso no Estado", disse ao Estadão.

Apesar do entusiasmo com Tebet, nem o MDB se entende. Caciques do Nordeste preferem Lula, o que gera crítica na terceira via. "Nós estamos enfrentando articulações políticas de ambos os lados, de tentar impedir a nossa unidade", disse Roberto Freire, presidente do Cidadania, durante o evento em São Paulo, sobre investidas de Bolsonaro e Lula.

A candidatura de Ciro também tenta atrair partidos que até agora compunham o chamado centro democrático. Fora Bolsonaro e Lula, o pedetista é o que desponta como o mais bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto. Ele ocupa a centro-esquerda e não se propõe a personificar a ideia de uma chapa única que satisfaça o eleitorado de centro-direita. Ciro tenta atrair o PSD, de Gilberto Kassab, e o União Brasil em torno de seu nome.

Desorganização

Essa ausência de um nome agregador na terceira via empurra o eleitor para a polarização. "Ele é atraído para os blocos que conseguem se organizar. O eleitor escolhe uma das opções ou se ausenta, mas não é o eleitor que define se um partido consegue ou não se organizar para lançar candidatos", disse Vitor Marchetti, cientista político e professor de Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC.

Para o especialista, os partidos da terceira via não têm tradição de lançar candidatura própria, o que reforça o peso dos interesses regionais de caciques partidários. "O PSDB era o partido que coordenava esse campo de lançamento de candidaturas à direita e, por diferentes razões, perdeu a capacidade de ocupar esse lugar em 2018", afirmou. A definição da chapa estava prevista para 18 de maio, mas nem a data é certa.

O Ebanx anunciou na segunda-feira (24) a unificação dos dois segmentos em que atuava separadamente: pagamentos de empresas entre fronteiras (de um país para outro) e pagamentos em moeda local, contemplando os 15 países da América Latina onde a startup está presente. Com isso, a expectativa da startup é fincar o pé na região e ser a referência para empresas internacionais que queiram aterrissar por aqui.

Avaliada em mais de US$ 1 bilhão, a empresa tem entre os clientes na carteira algumas internacionais bastante conhecidas, como Spotify, Airbnb, Uber, AliExpress e Shopee, permitindo remessas internacionais em dólar ou yuan. Agora, o Ebanx terá uma única plataforma que permitirá que as transações comerciais dessas companhias possam ser realizadas na respectiva moeda latino-americana local, convertida em dólares e remetida para a sede da empresa em qualquer lugar do mundo. O objetivo da fintech é permitir que empresas possam se expandir na região, sem os entraves burocráticos de instalar sedes e escritórios.

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"As empresas terão a rapidez e a flexibilidade de estarem conectadas a só um provedor, que somos nós, e fazer a expansão no continente todo", afirma ao Estadão o cofundador do Ebanx, João Del Valle.

Segundo especialistas, a novidade possibilita que essas empresas cresçam no mercado latino-americano, usando uma plataforma única.

"O serviço amplia o mercado para empresas internacionais e tem um ‘pitch’ de venda melhor porque o Ebanx resolve a dor do cliente com uma única solução integrada", afirma Marcelo Martins, diretor executivo da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).

Para Bruno Diniz, chefe na América do Sul da Financial Data & Technology Association (FDATA), o Ebanx One facilita a mobilidade das empresas dentro da região latino-americana, o que pode ser um diferencial frente a startups do mesmo segmento, como a uruguaia dLocal. "Com esse passo, o Ebanx acaba fazendo com que se diferencie, o que é importante neste momento, quando o e-commerce é impulsionado e atrai mais empresas para a América Latina."

O diagnóstico bate com o que o Ebanx afirma ter sentido durante a pandemia em 2020, quando a empresa intermediou 145 milhões de transações, alta de 38% em relação ao ano anterior. Com o Ebanx One, a expectativa é aumentar em cinco vezes o volume de processamento nos próximos três anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, enviar ao Congresso Nacional projeto de lei que unifica o PIS e a Cofins, dois tributos federais, na Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), representantes dos Estados afirmaram apoiar uma proposta abrangente, que inclua todos os tributos sobre consumo. No passado, os governadores levantaram resistências que foram decisivas para enterrar propostas de simplificação do ICMS, que é o principal tributo estadual e acaba servindo de instrumento de disputas e guerra fiscal entre os Estados.

Já os prefeitos querem manter a autonomia sobre o ISS, ou ampliar sua fatia nas receitas para compensar a unificação.

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Uma comissão mista formada por deputados e senadores já analisa duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) de reforma tributária. Embora tenham diferenças, ambas têm em comum a inclusão tanto do ICMS quanto do ISS na proposta de unificação dos tributos em um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacou na quarta-feira o ineditismo do apoio majoritário dos governadores à inclusão do ICMS na reforma e indicou que é preciso aproveitar esse cenário favorável.

"A nossa visão é de que todos os impostos sobre consumo devem ser discutidos ao mesmo tempo. Ainda que a transição de cada um deles possa vir por etapas. Queremos amarrar em uma discussão apenas. Fatiar a aprovação dessas leis pode complicar a solução global. O ideal é haver um conjunto legislativo para a tributação do consumo", diz o presidente do Conselho de Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz), Rafael Fonteles, secretário do Piauí.

Os prefeitos, porém, mantêm apoio no sentido contrário e querem manter o ISS distante do alcance das PECs. "A nossa posição é a favor de manter os impostos municipais fora da reforma, principalmente o ISS. A gente acha que nosso imposto já é simplificado", afirmou o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, que comanda a cidade de Campinas (SP). A FNP representa os municípios com mais de 80 mil habitantes.

Por trás da resistência dos municípios em embarcar na reforma está o temor de que as prefeituras deixem de usufruir do potencial futuro do imposto, que incide sobre serviços, uma atividade que tem crescido e deve permanecer em expansão, explica o secretário executivo da FNP, Gilberto Perre.

"As propostas (de unificação) querem tirar uma fotografia de agora. Qualquer compensação não seria suficiente para fazer frente aos ganhos futuros esperados. A própria pandemia acelerou economia de serviços", afirma Perre. "É o imposto mais promissor, é o que mais cresce, porque setor de serviços é o que mais cresce."

Os municípios reconhecem que há custos para as empresas lidar com mais de 5,5 mil legislações distintas (cada um tem suas próprias regras para a cobrança do imposto), mas propõem como alternativa a aprovação de uma lei complementar que unifique alíquotas, datas de vencimento e obrigações acessórias para o recolhimento do ISS.

A Confederação Nacional dos Municípios (CMN), que representa as prefeituras menores, não é contrária à inclusão do ISS na reforma, desde que haja uma compensação. "Nós temos participação de 23% no bolo atual de tributos. Temos que aumentar isso porque o ISS é o mais promissor. Se o ISS ficar nesse imposto unificado, temos que ter uma fatia maior", afirma o presidente da entidade, Glademir Aroldi.

Após diversos analistas alertarem que a alíquota de 12% proposta pela equipe econômica para a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS) - que funde PIS e Cofins - pode culminar em uma cobrança de até 35% no IVA que já tiver acoplados ICMS e ISS, Fonteles avalia ser cedo para cravar o tamanho da alíquota global. "Existem várias maneiras para calibrar uma cobrança menor. É possível chegarmos a uma solução com IVA abaixo de 30%", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta terça-feira (9) que o governo federal criará um programa de renda mínima permanente, após a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), batizado de Renda Brasil. O ministro disse ainda que será criado um programa para geração de empregos formais, com a retomada do projeto Carteira Verde e Amarela. 

“Aprendemos durante toda essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis e que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho”, disse Guedes durante reunião ministerial coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro.

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De acordo com o ministro, haverá a unificação de vários programas sociais para a criação do Renda Brasil, que deve incluir os 38 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, de três parcelas de R$ 600, pago em razão da pandemia da covid-19.

Já com o programa Carteira Verde e Amarela, umas das bandeiras de campanha de Bolsonaro, o governo pretende flexibilizar direitos trabalhistas como forma de facilitar novas contratações. “Há regimes onde têm muitos direitos e pouquíssimos empregos e há 40 milhões de brasileiros andando pelas ruas sem carteira assinada. Só que agora nós sabemos quem eles são e vamos formalizar esse pessoal todo”, ressaltou o ministro Guedes.

Em novembro de 2019, o governo editou a Medida Provisória nº 905, que criou o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, para facilitar a contratação de jovens entre 18 a 29 anos, mas ela perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso, em abril deste ano.

O ministro Paulo Guedes confirmou ainda que o auxílio emergencial será prorrogado por mais dois meses, conforme já havia sido anunciado por Bolsonaro e que, durante esse tempo, o setor produtivo pode se preparar para retomar as atividades, com a adoção de protocolos de segurança. “E depois [a economia] entra em fase de decolar novamente, atravessando as duas ondas [da pandemia e do desemprego]”, disse Guedes.

A 34ª Reunião do Conselho de Governo, que aconteceu nesta terça-feira (9) no Palácio da Alvorada, foi transmitida ao vivo pela TV Brasil e em suas mídias sociais.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, descartou uma possível unificação entre as polícias civis e militar. "Não vai haver integração entre polícia civil e militar, mas todas as polícias podem trabalhar juntas e compartilhar bancos de dados e informações. Precisamos integrar mais as ações de nossas instituições", disse Moro, destacando a criação da Secretaria de Operações Integradas.

As declarações foram feitas durante em painel de abertura no segundo dia do Fórum de Investimentos Brasil 2019. O evento, realizado em São Paulo, é organizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

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Entre as ações integradas, Moro destacou a operação realizada em conjunto pelo governo federal e pelo governo do Estado de São Paulo na transferência da cúpula da facção do PCC para presídios federais de segurança máxima. A Força Nacional também foi destacada no discurso do ministro, especialmente, ao lembrar da crise de segurança no Ceará, ocorrida no início do mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Como resultado da integração entre polícia federal e estadual, Moro ressaltou a apreensão de volume expressivo de cocaína e interdição de plantações de maconha. Moro também abordou o tema da segurança das fronteiras e mencionou a criação do escritório integrado de Forças de Segurança, em Foz do Iguaçu (PR), com presença de polícia rodoviária, federal e civil para combater contrabando, lavagem de dinheiro e terrorismo. "Boa parte da criminalidade no Brasil envolve disputa por mercados ilícitos", afirmou ministro no evento.

A ferramenta digital Seleção de Pessoas, lançada na última segunda-feira (7) pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, irá padronizar os pedidos de realização de concurso público em 2019.

A previsão da Secretaria de Gestão de Pessoas da pasta é disponibilizar o novo módulo no Sistema de Gestão de Pessoas (Sigepe) para os dirigentes dos órgãos federais nesta terça-feira (8).

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Para que a previsão dos concursos públicos faça parte do Orçamento do ano seguinte, os pedidos precisam ser feitos pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI) ou por protocolo até o dia 31 de maio, como previsto no Decreto nº 6.944 de 2010, e cadastrados no Sigepe até 30 de junho. Até este ano, o pedido era feito exclusivamente via SEI ou protocolo. 

Segundo a diretora de Legislação e Provimento de Pessoas, Neleide Ábila, os pedidos feitos por SEI continuarão válidos e seguirão o mesmo prazo, até o dia 31 de maio. A nova ferramenta trará, segundo ela, uma padronização dos pedidos, o que facilitará a análise pelo ministério.

"Excepcionalmente vamos trabalhar com os dois modelos. Aconselho [os dirigentes de gestão] a apresentarem no modelo tradicional, via SEI, e inclusão no Sigepe. Vamos atender prioritariamente no modelo novo, mas sem prejudicar alguém que não conseguiu [fazer o pedido nesse modelo], vamos analisar", explicou. A intenção é que os pedidos sejam feitos integralmente via Sigepe a partir do ano que vem.

Postos de Trabalho e Aprendizagem

O Ministério do Planejamento lançou também na segunda-feira (7) o módulo Postos de Trabalho e Aprendizagem, no Sigepe, voltado para a gestão das tabelas de cargos e carreiras dos órgãos e entidades da administração pública federal e órgãos do Governo do Distrito Federal, organizados e mantidos pela União.

Nesse módulo, estarão disponíveis todos os dados de cada um dos cargos públicos, como ponto de ingresso, requisitos de ingresso, atribuições legais e infra-legais, possibilidade de cadastrar mais de uma jornada, carreira e tabela remuneratória para um mesmo cargo, regime e sub-regimes de contratação, órgão de contratação, rol de órgão de lotação do cargo, órgãos de exercício descentralizado e parametrização para redistribuição.

A intenção, segundo a pasta, é possibilitar um maior controle e facilitar a gestão dos órgãos, inclusive a análise da necessidade de concursos públicos.

Entenda

Compete ao Ministério do Planejamento autorizar a realização de concursos públicos nos ministérios, autarquias e fundações, exceto nas empresas públicas e sociedades de economia mista, que contam com autonomia para formar os próprios quadros.

Para que novas vagas sejam autorizadas são levadas em conta as prioridades de governo, as necessidades de pessoal e as condições orçamentárias. Os gastos com contratações são conciliados também com as demais despesas e investimentos que o governo precisa fazer em áreas como saúde, educação, segurança e outras.

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O secretário de Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que os Estados que forem prejudicados com uma eventual mudança pelo Senado da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidentes na operação interna com querosene de aviação civil vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, a medida é "absurda" e "inconcebível" porque parte do pressuposto errôneo de que há um conflito entre os Estados que justificaria a intervenção do Senado.

Costa disse que os Estados do Norte, se quiserem, podem reduzir as alíquotas do ICMS e destacou que há um convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) pacificando essa questão.

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O parecer do senador Jorge Viana (PT-AC), que estava pronto para ir à votação nesta quinta-feira, 14, em plenário, mas ficou para ser votado no dia 2 de agosto, reduz a até 12% o teto para cobrança do ICMS com querosene de aviação.

A justificativa é tentar acabar com a chamada "guerra fiscal" da tributação do ICMS na aviação e estimular a queda do preço das passagens aéreas, no momento em que o setor atravessa grave crise financeira.

Os governadores do Paraná, Beto Richa, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, têm conversado sobre o assunto, uma vez que as mudanças prejudicariam a arrecadação dos dois Estados. Atualmente, as alíquotas variam de 4% a 25%. O Paraná pratica 18% e São Paulo, 25%.

Richa chegou a reduzir temporariamente essa alíquota para 7%. Mas, segundo o secretário, a medida levou a uma queda de arrecadação e não a aumento do número de passageiros que passam pelos aeroportos no Estado. "Você acha que as companhias vão baixar os preços? Não vão, só vão incorporar os resultados. É um Robin Hood às avessas", criticou Costa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma queda de braço entre as companhias aéreas e a Secretaria da Fazenda de São Paulo sobre a proposta de unificar o ICMS do querosene de aviação vai ganhar força nesta quinta-feira (7) em reunião no Senado. O Secretário da Fazenda paulista, Renato Villela, afirma que uma eventual redução da alíquota atual do combustível, de 25% para o valor proposto de 12%, traria uma renúncia fiscal de R$ 300 milhões aos cofres paulistanos.

"Não vejo sentido em abrir mão de uma receita tributária sem motivo em um momento em que a arrecadação cai", disse Villela. A arrecadação total do Estado somou R$ 65,9 bilhões entre janeiro e maio deste ano, valor que, descontada a inflação, representa uma queda de 7,6% em relação a 2015.

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A proposta de unificação do ICMS está em um projeto de resolução em tramitação no Senado, que visa a socorrer as empresas aéreas brasileiras, que acumulam, juntas, cerca de R$ 15 bilhões em prejuízo líquido desde 2011. O combustível é o principal custo do setor, responsável por cerca de 40% dos gastos de uma empresa.

Na prática, a resolução permite fixação de um teto para a alíquota de ICMS sem a aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Se a proposta for aprovada, São Paulo será o Estado mais afetado pela decisão, já que cerca de 30% dos voos do País decolam dos aeroportos estaduais, conforme levantamento do Estado com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Villela lembra que além do Estado os municípios paulistas também teriam uma perda de receitas, já que o ICMS é um tributo repassado às prefeituras.

Villela participará nesta quinta-feira de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Debate

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, defenderá nesta quinta-feira, na mesma comissão, que a unificação do ICMS traz perdas tributárias apenas para alguns Estados, como São Paulo, mas que viabilizará o aumento da oferta de voos no País. "Com o ICMS a 12%, muitos voos que foram cortados por não ter viabilidade financeira podem ser retomados", disse Sanovicz. "O Senado precisa decidir se a política tributária de São Paulo se sobrepõe ao interesse nacional."

Ele ressalta que 16 Estados já praticam alíquotas iguais ou inferiores a 12% e a arrecadação não sofreu impacto. Esses Estados têm acordos com o setor aéreo e oferecem taxas de até 3%, na prática, em troca de mais voos. Em Mato Grosso, por exemplo, a alíquota de 25% pode chegar a 4% dependendo do número de cidades atendidas pela empresa aérea no Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alvo de debates nas Casas Legislativas do país a fora e também no Congresso Nacional, a reforma política foi o tema do discurso do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) nesta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, a reforma precisa ser feita para a sociedade, não para os políticos. Ele também se posicionou contrário à unificação das eleições para o mesmo ano.

“A reforma política não pode ser a reforma dos políticos e não pode ser analisada pela ótica da manutenção no poder daqueles que hoje exercem mandatos, ou de quem quer fortalecer seu projeto pessoal ou partidário. A reforma tem que ter como foco a aproximação do parlamento com a sociedade, tem que ter como foco um processo mais democrático”, analisou.

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Para o tucano um dos pontos negativos da reforma política é a unificação das eleições, de forma que todos os postulantes sejam escolhidos de uma única vez. “Não há países democráticos que façam eleição geral no mesmo dia, de vereador a presidente da República. Isso só é de interesse de quem quer vincular a eleição única e exclusivamente à questão do poder econômico. Não dá para o eleitor decidir sobre uma eleição de vereador e prefeito, que tratam de uma questão local, até uma eleição para presidente”, pontuou.

De acordo com o deputado, a coincidência de eleições tem interessa apenas aos próprios políticos e prejudica o processo democrático. “Eu vejo na coincidência das eleições, quase que exclusivamente, o interesse da classe política, mas não o interesse da sociedade, que tem o direito de debater, de discutir, e que tem o direito de, a cada dois anos, estar frente a frente com uma discussão política com o seu parlamentar, com o seu vereador, com o seu prefeito”, criticou o tucano. 

Confira o discurso na íntegra abaixo:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (13) que a unificação do PIS e da Cofins pode ocorrer ainda neste ano. Segundo ele, entretanto, isso não será feito antes do segundo turno das eleições, no próximo dia 26. Mantega retornou hoje à tarde ao Ministério da Fazenda, em Brasília, depois de viagem a São Paulo.

"Podemos fazer espaçado ao longo do tempo, não precisa ser imediato", disse Mantega após ser questionado se há espaço no Orçamento para a mudança. "O custo seria aproximadamente de R$ 15 bilhões, o que seria a permissão de aproveitamento de créditos de PIS e Cofins, que hoje não são aproveitados", afirmou. Espaçamento, segundo o ministro, significa não fazer de imediato, mas em dois anos, por exemplo.

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"Não há nenhum pacote, nós estamos trabalhando no PIS e Cofins há algum tempo, de modo que PIS e Cofins vão vir reformados, porém não tem prazo para ficar pronto. Certamente não será nas duas semanas antes da eleição", disse. "Nós temos feito medidas microeconômicas e macroeconômicas no sentido de dar mais competitividade para a economia, mas isso será feito até o fim do ano", disse.

"Antes da eleição teremos apenas medidas econômicas de curto prazo, necessárias para o andamento da economia", disse Mantega, acrescentando que, sobre PIS e Cofins, ainda faltam detalhes técnicos e discussão com os setores. "Estamos falando aqui de uma medida que faz parte da reforma tributária, juntamente com o ICMS. Existe a possibilidade de este ano nós conseguirmos fazer as duas coisas - o ICMS e o PIS e Cofins -, porém isso é depois da eleição", garantiu.

Pelo menos 32 pessoas morreram em três ataques a tiros separados no nordeste da Nigéria, disse um funcionário do governo local e moradores da região nesta quinta-feira (27). Uma faculdade teológica cristã teria sido um dos pontos atacados.

O chefe do governo local do distrito de Madagali, Maina Ularamu, disse que os ataques, que começaram no fim da tarde dessa quarta-feira (26), foram promovidos por "um grande número de militantes do Boko Haram" (grupo militante islâmico). "Os homens armados se dividiram em três grupos e, separadamente, atacaram os três locais", afirmou.

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Sobreviventes contaram que soldados fugiram e deixaram cinco aldeias e uma cidade à mercê dos extremistas islâmicos. A recente onda de violência no país ocorre em meio a um levante islâmico. E os militares têm sido alvo de fortes críticas, inclusive da parte do presidente do Senado nigeriano, David Mark, que questionou como "este caos persiste... sob estado de emergência, quando agentes de segurança estão em alerta vermelho".

Um pastor relatou que um grupo de soldados em menor número e com menos armas do que os combatentes extremistas abandonou postos de controle e fugiu quando aldeias e uma cidade do Estado de Adamawa começaram a ser atacadas. A Nigéria deu início nesta quinta-feira às comemorações oficiais do centenário da unificação entre o norte muçulmano e o sul cristão.

Na terça-feira (25), pelo menos 59 estudantes foram mortos em um ataque a uma escola no estado vizinho de Yobe. O presidente da França, François Hollande, prometeu hoje apoio a Nigéria na luta contra o Boko Haram, dizendo que a França está sempre pronta para ajudar a combater o extremismo em defesa da democracia. "Nós sempre estaremos prontos não só para prestar o nosso apoio político, mas a nossa ajuda cada vez que vocês precisarem porque a luta contra o terrorismo é também a luta pela democracia", salientou Hollande a delegados de uma conferência de segurança na capital Abuja. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados pretende unificar as datas dos vestibulares de todas as Instituições Federais de Educação Superior (Ifes). Segundo a autora da proposta, a deputada Rosane Ferreira (PV-PR), as provas têm levado ao chamado “turismo do vestibular, a injusta ocupação de vagas localizadas nas diversas unidades federativas por candidatos de outros estados ou regiões”.

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, a autora da proposta avalia que a concorrência pelas vagas remanescentes, ainda são ocupadas por meio de exames vestibulares realizados em datas distintas, “tem dado oportunidade à circulação dos candidatos com melhores condições financeiras”. Segundo Rosane, esses concorrentes “ocupam as vagas daqueles que, por falta de condições financeiras, só teriam meios de disputá-las nas instituições públicas, gratuitas e localizadas na proximidade de suas residências”.

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A proposta está em caráter de conclusão. Ela ainda será analisada pelas comissões de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

Apesar de conversar por unificação das candidaturas, a deputada Teresa Leitão (PT), continua fazendo articulações em prol do segundo turno do Processo de Eleições Diretas (PED) do PT em Pernambuco, marcado para o próximo domingo (24). Nesta quarta (20), a candidata deve se reunir com os militantes petistas para uma plenária no Sindicato dos Bancários, a partir das 19 horas. 

A movimentação, segundo a assessoria de imprensa da petista, servirá para organizar os pernambucanos que apoiam Leitão tendo em vista a eleição no domingo. O segundo turno que também pode não acontecer, pois no início desta semana a candidata e o advogado Bruno Ribeiro, da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), abriram uma rodada de diálogos onde um dos dois candidatos poderão abrir mão do pleito, garantindo a vitória do outro e unificando as forças internas petistas.

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Primeiro turno - Os petistas foram às urnas para eleger os seus novos dirigentes no último dia 10, onde em Pernambuco a disputa ficou acirrada entre Ribeiro e Teresa, esta venceu a disputa por uma diferença de 58 votos. Dos petistas 9.964 preferiram Teresa e 9.906 Ribeiro. 

As divergências entre PT e PSB mesmo com a negação que não houve ruptura, como declarou recentemente o deputado federal João Paulo (PT), podem sem percebidas desde os discursos pontuais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a temas colocados para a sociedade. Em passagem por Recife na última quarta-feira (5), o secretário Nacional do PT, Florisvaldo Souza afirmou não apoiar a unificação eleitoral defendida por Campos. 

Para o governador, a unificação das eleições diminuiria a perda de tempo com o calendário eleitoral a cada dois anos. Na sua proposta, os eleitores deveriam escolher todos seus representantes de vereador a presidente da república de uma só vez, a cada quatro anos. A mesma sugestão é aprovada pelo deputado estadual Zé Maurício (PP)

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Já para o petista Florisvaldo Souza a unificação desvia o fato real da política porque há coisas distintas em cada campanha. “Se você unificar a eleição, o discurso que sempre vai tomar caminho, que vai dar uma direção é do da presidência da república. É claro que é aquilo que mexe com cada um de nós, que cuida de nossas vidas, e daí que sai os salários, que sai às melhorias ou as condições de vida das pessoas”, argumentou.

O secretário Nacional do PT acredita que uma mudança como esta, sugerida pelo governador, poderia esconder a importância da escolha municipal, por exemplo. “Numa unificação, a questão local fica renegada e eu acho muito importante isso. Portanto, da forma como está eu acho que é melhor, mais democrático, isso não altera nos custos de campanha e permite com que as pessoas numa campanha discutam as questões mais gerais, através do presidente da república, dos deputados federais, senado e deputados estaduais e governadores e numa outra, você discute a sua cidade”, justifica.

Para o petista, a unificação vai pender sempre para a questão nacional ligada ao candidato da presidência. “Não dá para misturar os dois debates. Se discutir a cidade e a república ao mesmo tempo, aí você só vai discutir os temas da república e nós não podemos esquecer nunca que cada um de nós tem a sua cidade o local que você vive é a tua cidade e aí, é que você tem que cuidar também. Então, tem que ter esse espaço da eleição municipal onde você vai discutir o local que você vive”, defende Souza.

Estados produtores, principalmente do Sul e Sudeste, têm pressa em alinhar propostas para aprovar a unificação de alíquotas interestaduais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O receio é de que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue as cerca de 40 ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) contra benefícios concedidos a setores e empresas por diversos Estados, o que cria risco de anular as medidas regionais.

De acordo com o secretário de Estado da Fazenda de Minas Gerais, Leonardo Colombini, há consenso para aceitar o projeto de alteração das alíquotas aprovado semana passada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A proposta, que precisa ser aprovada pelo plenário da Casa, reduz progressivamente as alíquotas do ICMS até a unificação em 7% sobre produtos industrializados feitos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste destinados ao Sul e Sudeste e em 4% o imposto no sentido inverso.

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Colombini ressaltou que há urgência em um acordo para a unificação das tarifas porque a possibilidade de o STF julgar as ADIs cria risco e insegurança jurídica "não só em Minas Gerais", mas sim para "todos os Estados". Por isso, estamos discutindo e chegando a um consenso de como a gente faz para que isso não ocorra. Não tem a menor dúvida de que queremos proteger as empresas, sim, que tenham benefícios. Senão, iríamos trazer um transtorno terrível para toda a economia brasileira. As empresas não aguentariam pagar aquilo que teria que ser cobrado delas", avaliou o secretário.

Ele afirmou que um dos empecilhos para que o projeto aprovado pela CAE tenha adesão de todos os Estados é a emenda que estende para o comércio a redução prevista para os produtos industrializados. "Isso a gente não concorda", adiantou. Outro problema, segundo o secretário, é a manutenção de alíquotas de 12% para produtos da Zona Franca de Manaus e para o gás, por exemplo, proposta também criticada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). "Está se criando colcha de retalhos que vai complicar o ICMS. O gás é um energético importante para a produção o Brasil. Eu recebo a 12% em Minas, cobro 18%. Aí, quem precisa vender fornecer gás para a indústria, tem alíquota elevada", observou.

Senadores da base aliada envolvidos diretamente nas negociações do projeto enviado pelo governo que unifica em 4% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais admitem que, para aprovar a mudança, a administração federal terá de ceder em alguns dos pontos do pacote tributário. Parlamentares dizem que, no voto, a proposta, do jeito que está, será derrotada no plenário do Senado. A previsão é de que a matéria seja apreciada pelos 81 senadores em meados de abril, logo depois de votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

De acordo com um senador governista, o Poder Executivo federal terá de aceitar um de dois caminhos. O primeiro seria manter a proposta de 4% e aumentar o valor previsto na Medida Provisória (MP) 599/2012 em repasse dos fundos de compensação e de desenvolvimento regional para equilibrar as contas dos governos dos Estados a partir da alíquota única. O outro é manter no projeto a política atual de alíquotas diferenciadas para as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e o Espírito Santo, de um lado, e Sul e Sudeste, do outro.

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Atualmente, as três primeiras regiões e o Espírito Santo praticam 12% de ICMS e os demais governos estaduais, 7%. O governador Renato Casagrande (PSB) foi um dos que cobraram nesta terça-feira, em audiência pública sobre a reforma do ICMS, a manutenção das alíquotas diferenciadas para as duas partes, com a adoção de 7% para Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo, e 4% para Sul e Sudeste.

Segundo um senador aliado do Executivo federal com acesso à cúpula do Ministério da Fazenda, a equipe econômica não admite de forma alguma alterar o projeto de resolução para ter duas porcentagens diferenciadas. A Fazenda está em negociação com senadores, principalmente os petistas Walter Pinheiro (BA) e Delcídio Amaral (MS), para encontrar meios de, pelo menos, tentar aumentar a fatia do bolo. Foi o que defendeu na reunião desta terça-feira na CAE o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

"Não vejo por que o governo federal gastar quase meio trilhão de reais em fundos para deixar a coisa do jeito que está", afirmou Alckmin, em referência ao gasto com os fundos de compensação e de desenvolvimento previstos na MP 599/2012, ao mesmo tempo que, como defendem governadores do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, além de Casagrande, mantém a adoção de dois porcentuais.

Mesmo agendada para ser votada na comissão na próxima semana, a ideia da gestão federal, do jeito que está, conta com a divergência de 21 Executivos estaduais: os 7 Estados do Norte, os 9 do Nordeste, 4 do Centro-Oeste e o Espírito Santo. Por se tratar de um projeto de resolução, a proposta só passa regimentalmente pelo Senado. Caso todos senadores desse bloco se oponham à adoção da taxa única de 4%, serão 63 de 81 votos contrários numa eventual votação em plenário - uma derrota expressiva para a Presidência da República, que tem se esforçado em fatiar a reforma tributária e acabar com a guerra fiscal entre as administrações estaduais.

Outra queixa generalizada dos governadores é a da forma de criação dos dois fundos, via MP. Os chefes dos Executivos estaduais defendem a criação dos fundos por emenda constitucional, o que impediria, conforme deles, a matéria de ficar sujeita aos rumores orçamentários da União. "Sem fundo constitucionalizado, não dá", afirmou o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB).

O receio é de que, nesse ponto, ocorra o mesmo das compensações da Lei Kandir, em que a cada ano é preciso aprovar uma nova lei para repassar os recursos aos Estados exportadores. Delcídio, relator do projeto de resolução sobre a unificação do ICMS, disse que este é um ponto de preocupação.

O governo federal dá os últimos retoques para mudar a estrutura de dois dos mais complexos tributos do País, o PIS e a Cofins. A ideia é unificá-los, o nome de trabalho do novo tributo é Contribuição sobre Receitas (CSR).

A mudança é considerada prioritária pela presidente Dilma Rousseff, que deseja anunciar as novas regras ainda neste semestre. Ela já disse que quer fazer de 2013 o ano da desoneração tributária. Para tanto, será necessário um consenso na área econômica para a estratégia de implantação da mudança. Há dúvidas, pois a alteração envolverá perda de receitas e há pouco espaço no Orçamento para novas renúncias. Na terça-feira o jornal O Estado de S.Paulo noticiou que o governo pretende elevar em R$ 15 bilhões a previsão de novas desonerações no Orçamento. A medida poderá abrir espaço para a reforma do PIS/Cofins.

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Hoje, o PIS e a Cofins são calculados de duas formas, dependendo do setor. Alguns o recolhem de forma cumulativa. Outros o fazem de forma não cumulativa, aplicando a alíquota de 9,25% a cada etapa de produção e deduzindo créditos tributários gerados pela compra de insumos naquela etapa.

No momento, as discussões técnicas estão concentradas em duas questões: qual o peso do novo tributo e em quanto tempo a mudança vai entrar em vigor. Uma minuta da legislação do novo imposto previa uma alíquota única, mas esse caminho acarretaria perdas a alguns setores e ganhos a outros. Isso o governo não quer. A ordem é não impor perdas. Estuda-se, portanto, a adoção de duas ou mesmo três alíquotas, para evitar que as empresas tenham a carga tributária aumentada. Essas alíquotas variam entre 4% e 9%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, afirmou, neste sábado, que a Líbia enfrenta um "longo e árduo" caminho ao mudar de um governo de um homem só nos últimos 42 anos para a unificação dos fragmentados grupos rebeldes que destituíram Muamar Kadafi do poder. Panetta tornou-se o primeiro secretário de Defesa dos EUA a visitar a Líbia, ao chegar em Tripoli para se encontrar com a liderança interina que luta para garantir o controle do país dois meses após a captura e morte de Kadafi.

Em uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro Abdurrahim El-Keib, Panetta disse que a Líbia enfrenta desafios árduos no processo de unificação das forças que participaram da remoção de Kadafi do poder, como o exército, as forças policiais e instituições democráticas. "Esta será uma longa e difícil transição, mas eu estou confiante de que vocês vão ser bem-sucedidos", disse.

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"Estou confiante que eles (os líderes interinos) estão adotando os passos corretos para alcançar todos esses grupos e trazê-los para fazer parte conjunta da Líbia e de um sistema de defesa", disse Panetta ao ser indagado sobre as milícias que estão dominando o poder real nas ruas da Líbia. "Eu tenho a percepção de que eles saberão como lidar com isso."

O governo de El-Keib recebeu um impulso importante na sexta-feira quando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidades (ONU) suspendeu as sanções para o Banco Central da Líbia e uma de suas subsidiárias, abrindo o caminho para a liberação de bilhões de dólares mantidos no exterior, o que deve aliviar a aguda crise de dinheiro no país. A ONU informou que desbloqueou mais de US$ 30 bilhões em ativos do governo líbio. Os líderes líbios precisam desses fundos externos para pagamento dos servidores do serviço público e também para iniciar o longo processo de reconstrução, além de ampliar sua autoridade junto às milícias. As informações são da Associated Press.

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