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Na última quinta-feira (15), o portal norte-americano Deadline anunciou que o ator Antonio Banderas é o mais novo membro do elenco do próximo filme da franquia “Indiana Jones”. Assim como os outros integrantes que também vão estrelar na produção, ainda não foi divulgado qual será o papel do ator no longa-metragem. As gravações do filme do arqueólogo mais famoso do cinema começaram em junho, no Reino Unido e a previsão de estreia é para 29 de julho de 2022.

Banderas tem uma longa lista de filmes estrelados, desde os anos 1980 quando participou do longa “Labirinto de Paixões” (1982), obra que firmou sua parceria com o cineasta Pedro Almodóvar. A dupla continuou fazendo filmes, e recentemente o ator espanhol conquistou sua primeira indicação ao Oscar, por seu trabalho em “Dor e Glória” (2019), também dirigido por Almodóvar. E assim, ainda aos 60 anos de idade, Banderas continua protagonizando filmes e conquistando público e crítica.

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O quinto filme de Indiana Jones será o primeiro longa da franquia sem a presença de Steven Spielberg, e assim, o responsável pela direção será o cineasta James Mangold, que ficou conhecido no cenário de Hollywood por dirigir “Logan” (2017), e o recente “Ford vs. Ferrari” (2019), que foi indicado a quatro categorias no Oscar. Outros nomes conhecidos também integram o grupo de atores, como Mads Mikkelsen, ator protagonista da série “Hannibal” (2013 – 2015), e Thomas Kretschmann, que dá vida ao personagem Barão Von Strucker, no universo cinematográfico da Marvel.

Já quando se trata de elementos nostálgicos da franquia, a trilha sonora original deve estar no filme, uma vez que o compositor John Williams está de volta. O artista foi o responsável por criar diversos temas musicais de filmes que marcaram a história do cinema, entre elas, as trilhas instrumentais de: “Tubarão” (1975), “Star Wars: Uma Nova Esperança” (1977), “Superman – O Filme” (1978), “Indiana Jones: Os Caçadores da Arca Perdida” (1981) e “Jurassic Park – Parque dos Dinossauros” (1993).

Com o final do ano se aproximando, a revista Time liberou na última segunda-feira, dia 25, a tradicional lista dos melhores filmes do ano. De acordo com os escolhidos, Dor e Glória, do diretor Almodóvar, foi o grande escolhido. Segundo o veículo, esse seria o filme mais resplandecente e comovente de toda a carreira do diretor. Contando a vida do grande cineasta Salvador Mallo, o filme é um panorama de cores vibrantes e com emoções ainda mais intensas, aponta a Time.

Em segundo lugar está o filme do diretor Martin Scorsese, O Irlandês. Desenvolvido para a Netflix, a história gira em torno da história real de Frank Sheeran, vivido pelo ator Robert De Niro, o maior assassino de aluguel da máfia Bufalino.

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A grande obra de Quentin Tarantino, Era Uma Vez... em Hollywood, também aparece entre os destaques de 2019. Como uma ode ao cinema e ao final da década de 1960, o longa é protagonizado por Brad Pitt e Leonardo Di Caprio, além de contar com Margot Robbie no papel de Sharon Tate.

Ocupando a última posição, o filme As Golpistas acabou sendo uma grande surpresa. Baseado em uma reportagem do New York Times, ele fala sobre como a crise financeira de 2008 dos Estados Unidos impactou a vida de strippers. Produzido e protagonizado por Jennifer Lopez, ela está sendo até cotada para o Oscar.

Confira, abaixo, a lista completa:

1. Dor e Glória

2. O Irlandês

3. Era Uma Vez... em Hollywood

4. História de um Casamento

5. Adoráveis Mulheres

6. Parasita

7. Entre Facas e Segredos

8. Meu Nome é Dolemite

9. Um Lindo Dia na Vizinhança

10. As Golpistas

O filme "Dolor y gloria", do cineasta Pedro Almodóvar, foi selecionado para representar a Espanha na próxima edição do Oscar, anunciou nesta quinta-feira a Academia Espanhola de Cinema.

O filme, no qual Antonio Banderas interpreta o próprio Almodóvar e Penélope Cruz sua mãe, disputará para ser um dos cinco finalistas do maior prêmio de Hollywood em 9 de fevereiro de 2020, na categoria de melhor filme internacional.

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A seleção dos cinco finalistas, entre os promovidos por cada país, será anunciada em 13 de janeiro.

O cineasta Pedro Almodóvar revelou nesta terça-feira (7), em entrevista à revista "Vanity Fair", que sofreu tentativas de abuso sexual por "padres pedófilos" durante a infância.

De acordo com o diretor espanhol, a sua experiência no colégio católico que estudava foi "atroz", já que na instituição "havia muitos abusos".

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"Uma experiência atroz. Fizeram de mim uma criança ignorante que passava o tempo cantando, com professores completamente inadequados para a tarefa. No colégio havia muitos abusos, especialmente entre as crianças mais novas. Eu tinha 10 anos e passava 24 horas por dia com meus colegas. No dormitório, à noite, conversávamos sobre nossas experiências, e pelo menos 20 crianças que viviam no colégio foram assediadas", contou Almodóvar.

O espanhol também revelou que sofreu tentativas de assédio, mas o cineasta "sempre conseguia escapar".

"Também tentaram comigo, mas eu sempre conseguia escapar. Havia um padre que sempre me dava a mão no pátio para beijá-la, mas nunca beijei aquela mão. Sempre fugi pelas arcadas do claustro. Quando eu estava sozinho, não andava, mas corria", disse Almodóvar.

O premiado cineasta também revelou que os rumores dos abusos ultrapassaram as paredes do colégio, mas nenhum dos religiosos foram punidos. Segundo o espanhol, os sacerdotes foram enviados a um internato para adolescentes.

Almodóvar contou que os padres ajudavam uns aos outros e na única vez que falou sobre o assunto, durante uma confissão na igreja, o padre pediu ao espanhol "entender" e "não falar com ninguém" sobre as tentativas de abuso.

"Eu não sei se o Papa está realizando uma revolução ou se ele não está fazendo nada. O que eu sei, é que ele não está fazendo o suficiente. Não apenas contra o abuso, mas também com tudo o que tem a ver com a sexualidade dos padres", criticou o diretor.

Com quase 70 anos de idade, o filme "Pain and Glory", dirigido pelo cineasta espanhol, está concorrendo para vencer o principal prêmio do Festival Internacional de Cinema de Cannes, a Palma de Ouro.

Da Ansa

Os tambores ressoam em Cannes, enquanto o júri de Pedro Almodóvar decide em conclave qual filme será neste domingo Palma de Ouro, num 70º Festival confrontado às novas maneiras de exibição de obras cinematográficas.

A história de uma associação francesa de luta contra a aids em "120 battements par minute", o drama de um casal russo com um filho que não deseja ("Loveless") e o thriller de um herói perturbado e brutal que resgata menores de idade das garras da prostituição ("You were never really here") são os favoritos dos críticos para o Graal da sétima arte.

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Com Almodóvar, primeiro espanhol a presidir o júri do Festival, quatro homens e quatro mulheres, incluindo os americanos Will Smith e Jessica Chastain, a alemã Maren Ade e o italiano Paolo Sorrentino, isolaram-se do mundo em um palácio cuja localização é mantida em segredo.

Eles devem entrar em consenso sobre a entrega dos palmares depois de terem assistido os 19 filmes selecionados pelos organizadores do evento. ,

"I, Daniel Blake", do britânico Ken Loach, uma crítica feroz ao liberalismo, foi coroado em 2016.

- Telefonema aos vencedores -

Em meio a tanto sigilo, os laureados sabem pouco mais do que o público. Durante o dia, receberão um telefonema convidando-os para a cerimônia de encerramento. Saberão que ganharam, mas não qual prêmio. E só vão ser contactados aqueles que estiveram em Cannes ou a algumas horas de distância de avião.

Por isso, muitas vezes, há grandes ausências no momento da entrega dos palmares.

Nos filmes favoritos da crítica também se destacam os preferidos para os prêmios de atuação: o jovem argentino Nahuel Pérez Biscayart em "120 battements par minute", do francês Robin Campillo, o americano Joaquin Phoenix em "You were never really here", assim como o britânico Robert Pattinson, que interpreta um criminoso no filme de ação "Good Time", dos irmãos nova-iorquinos Josh e Ben Safdie.

Entre as atrizes, a luta é travada entre Maryana Spivak, de "Loveless", do russo Andrei Zvyaguintsev; Nicole Kidman, aplaudida em dois papéis em "O estranho que nós amamos", de Sofia Coppola e "The Killing of a Sacred Deer", do diretor grego Yorgos Lanthimos, e a alemã Diane Kruger ("In the Fade", do turco-alemão Fatih Akin) .

- Opções para Netflix? -

"Seria um enorme paradoxo" premiar um filme que não será exibido nos cinemas, declarou Almodóvar na abertura do Festival, referindo-se às duas obras em disputa do Netflix, que decidiu não liberá-las na França em razão de uma regulamentação nacional, que estimou que o penalizava.

Com estas palavras, Almodóvar pareceu excluir o triunfo da sul-coreana "Okja" e da americana "The Meyerowitz Stories", com Dustin Hoffman, mas depois afirmou que suas palavras tinham sido mal interpretadas de acordo com um jornalista do site especializado Indiewire.

Mas o debate sobre as plataformas como Netflix, que não seguem necessariamente os canais de distribuição tradicionais, está servido e a maioria dos cineastas no tapete vermelho em Cannes expressaram sua opinião sobre a questão, defendendo, em geral, um terreno de entendimento.

"Todas as opções devem coexistir (...) Não há problema um gigante com um monte de dinheiro produzir conteúdo, o problema é quando Netflix diz que não se preocupa com as salas de cinemas e depois vem a Cannes para se beneficiar daquilo que os cinemas têm dado a Cannes", expressou à AFP o cineasta brasileiro Kleber Mendonça ("Aquarius"), presidente da Semana da Crítica, uma seção paralela.

Para a próxima edição, o Festival introduziu uma nova regra, que, em princípio, exclui Netflix: para competir em Cannes primeiro deve comprometer-se a divulgar o filme nos cinemas franceses.

De Will Smith a Park Chan-wook, passando por Jessica Chastain e Paolo Sorrentino, esses são os membros do júri presidido por Pedro Almodóvar, que atribuirá a Palma de Ouro do 70º Festival de Cannes.

- Pedro Almodóvar, o cineasta inconfundível

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Com filmes marcantes como "Mulheres à beira de um ataque de nervos", coloridos, atrevidos e libertadores, Pedro Almodóvar revolucionou o cinema espanhol nos anos de 1980 até se tornar um dos maiores cineastas do mundo.

Embora nunca tenha ganhado a Palma de Ouro - apesar de ter competido por ela cinco vezes -, o diretor, de 67 anos, ganhou o prêmio de melhor diretor por "Tudo sobre minha mãe" e ganhou duas estatuetas com "Volver".

- Maren Ade, a preferida da crítica em 2016

A diretora e roteirista alemã, de 40 anos, foi a preferida da crítica em 2016, com seu filme "Toni Erdmann", um emotivo relato sobre a relação entre um pai excêntrico e uma filha extremamente sensata. Em 2009, seu filme "Todos os Outros", que explora o universo da vida a dois, ganhou o Urso de Prata em Berlim.

- Will Smith, o astro de Hollywood

O ator americano, de 48 anos, é um dos mais bem pagos de Hollywood, graças a sucessos de bilheteria, como a trilogia "Men in Black", "Independence Day" e "Hancock". Ficou famoso nos anos de 1990 com a série "O príncipe de Bel Air" - onde demostrou também suas qualidades de rapper -, e foi aplaudido pela crítica em 2001 por "Ali", de Michael Mann, em que viveu a lenda do boxe.

- Jessica Chastain, a ruiva das mil faces

Em seis anos, a atriz americana, de 40 anos, ostentou uma ambiciosa filmografia: encarnou a doçura maternal em "A árvore da vida" (Terrence Malick, Palma de Ouro em 2011), interpretou uma mulher determinada a caçar Bin Laden em "A hora mais escura" (Kathryn Bigelow), uma cientista aeroespacial em "Interstellar" (Christopher Nolan) e uma lobista sem escrúpulos em "Armas na Mesa" (John Madden).

- Park Chan-wook, ponta de lança do novo cinema sul-coreano

Convidado habitual de Cannes desde o Grande Prêmio obtido em 2004 por "Old Boy", o diretor de 53 anos é a ponta de lança do novo cinema sul-coreano. Em 2009, foi recompensado com o Prêmio do Juri por "Sede de Sangue", e no passado retornou com o thriller erótico "A Criada", que o consagrou.

- Agnès Jaoui, a popular diretora francesa

A atriz, roteirista e cantora francesa Agnès Jaoui, de 52 anos, é muito popular em seu país, onde foi recompensada com quatro César (o Oscar do cinema francês). Ao lado de seu ex-companheiro, Jean-Pierre Bacri, criou uma forma pessoal de descrever a vida cotidiana com um tom agridoce, como em "Acontece nas melhores famílias" e "Cuisine et dépendances" (Kitchen with Apartment).

- Paolo Sorrentino, o italiano talentoso

Este cineasta italiano, de 46 anos, apaixonado, que não deixa ninguém indiferente à sua obra, fez sete filmes, dos quais seis foram selecionados na mostra competitiva de Cannes. "Il Divo", levou o Prêmio do Júri em 2008.

- Fan Bingbing, a diva chinesa

Atriz, cantora, produtora, garota-propaganda de marcas de luxo, Fan Bingbing, de 35 anos, é a estrela chinesa do momento. Embora sua filmografia nacional seja pouco acessível para o público internacional, tenta conquistar Hollywood desde que atuou em 2014 em "X Men: Dias de um futuro esquecido" (Bryan Singer).

- Gabriel Yared, o compositor veterano

O compositor francês, de 67 anos, tem em seu portfólio mais de cem trilhas sonoras originais, entre elas a de "O Paciente Inglês" (Anthony Minghella) e "É Apenas o Fim do Mundo" (Xavier Dolan).

O presidente do júri da 70ª edição do Festival de Cinema de Cannes, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar, afirmou nesta quarta-feira (17) que "seria um paradoxo se um filme premiado com a Palma de Ouro não pudesse ser visto nos cinemas", fazendo referência a presença de dois filmes do Netflix na competição oficial.

Em entrevista coletiva, Almodóvar aproveitou para ressaltar que as plataformas e serviços de streaming devem "aceitar as regras do jogo". A declaração foi uma resposta à polêmica que afeta o festival de Cannes desde o anúncio dos dois filmes da Netflix para disputar a mostra.

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Os dois longas do Netflix, "Okja", do diretor sul-coreano Bong Joon-Ho, e "The Meyerowitz Stories", do americano Noah Baumbach, não poderão ser vistos nos cinemas da França por causa da regulamentação nacional.

A questão causou indignação entre as principais salas de cinema da França e foi responsável por fazer os organizadores do evento mudarem as regras para as próximas edições do festival. Desta forma, a partir de 2018 apenas filmes que garantirem a estreia no cinema serão selecionados para a competição. 

"As plataformas digitais são enriquecedoras, mas devem assumir as diferentes etapas e respeitar as janelas de exibição. Enquanto eu for vivo, lutarei pela capacidade de hipnose da tela grande", continuou o cineasta, que estava ao lado de outros membros do júri, incluindo os atores norte-americanos Will Smith e Jessica Chastain, assim como o diretor sul-coreano Park Chan-Wook.

No entanto, Smith adotou uma postura conciliadora com a Netflix, ao assegurar que seus filhos assistiam filmes na plataforma e também no cinema, porém trata-se de duas formas "completamente diferentes de entretenimento", declarou o ator.

O Festival de Cannes acontece até o dia 28 de maio, com 18 filmes em busca da Palma de Ouro. Nesta edição, a atriz italiana Monica Bellucci é a "madrinha" do evento, que foi aberto com a exibição do filme "Les Fantômes d'Ismael".

De Will Smith a Park Chan-wook, passando por Jessica Chastain e Paolo Sorrentino, esses são os membros do júri presidido por Pedro Almodóvar, que atribuirá a Palma de Ouro do 70º Festival de Cannes.

- Pedro Almodóvar, o cineasta inconfundível

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Com filmes marcantes como "Mulheres à beira de um ataque de nervos", coloridos, atrevidos e libertadores, Pedro Almodóvar revolucionou o cinema espanhol nos anos de 1980 até se tornar um dos maiores cineastas do mundo.

Embora nunca tenha ganhado a Palma de Ouro - apesar de ter competido por ela cinco vezes -, o diretor, de 67 anos, ganhou o prêmio de melhor diretor por "Tudo sobre minha mãe" e ganhou duas estatuetas com "Volver".

- Maren Ade, a preferida da crítica em 2016

A diretora e roteirista alemã, de 40 anos, foi a preferida da crítica em 2016, com seu filme "Toni Erdmann", um emotivo relato sobre a relação entre um pai excêntrico e uma filha extremamente sensata. Em 2009, seu filme "Todos os Outros", que explora o universo da vida a dois, ganhou o Urso de Prata em Berlim.

- Will Smith, o astro de Hollywood

O ator americano, de 48 anos, é um dos mais bem pagos de Hollywood, graças a sucessos de bilheteria, como a trilogia "Men in Black", "Independence Day" e "Hancock". Ficou famoso nos anos de 1990 com a série "O príncipe de Bel Air" - onde demostrou também suas qualidades de rapper -, e foi aplaudido pela crítica em 2001 por "Ali", de Michael Mann, em que viveu a lenda do boxe.

- Jessica Chastain, a ruiva das mil faces

Em seis anos, a atriz americana, de 40 anos, ostentou uma ambiciosa filmografia: encarnou a doçura maternal em "A árvore da vida" (Terrence Malick, Palma de Ouro em 2011), interpretou uma mulher determinada a caçar Bin Laden em "A hora mais escura" (Kathryn Bigelow), uma cientista aeroespacial em "Interstellar" (Christopher Nolan) e uma lobista sem escrúpulos em "Armas na Mesa" (John Madden).

- Park Chan-wook, ponta de lança do novo cinema sul-coreano

Convidado habitual de Cannes desde o Grande Prêmio obtido em 2004 por "Old Boy", o diretor de 53 anos é a ponta de lança do novo cinema sul-coreano. Em 2009, foi recompensado com o Prêmio do Juri por "Sede de Sangue", e no passado retornou com o thriller erótico "A Criada", que o consagrou.

- Agnès Jaoui, a popular diretora francesa

A atriz, roteirista e cantora francesa Agnès Jaoui, de 52 anos, é muito popular em seu país, onde foi recompensada com quatro César (o Oscar do cinema francês). Ao lado de seu ex-companheiro, Jean-Pierre Bacri, criou uma forma pessoal de descrever a vida cotidiana com um tom agridoce, como em "Acontece nas melhores famílias" e "Cuisine et dépendances" (Kitchen with Apartment).

- Paolo Sorrentino, o italiano talentoso

Este cineasta italiano, de 46 anos, apaixonado, que não deixa ninguém indiferente à sua obra, fez sete filmes, dos quais seis foram selecionados na mostra competitiva de Cannes. "Il Divo", levou o Prêmio do Júri em 2008.

- Fan Bingbing, a diva chinesa

Atriz, cantora, produtora, garota-propaganda de marcas de luxo, Fan Bingbing, de 35 anos, é a estrela chinesa do momento. Embora sua filmografia nacional seja pouco acessível para o público internacional, tenta conquistar Hollywood desde que atuou em 2014 em "X Men: Dias de um futuro esquecido" (Bryan Singer).

- Gabriel Yared, o compositor veterano

O compositor francês, de 67 anos, tem em seu portfólio mais de cem trilhas sonoras originais, entre elas a de "O Paciente Inglês" (Anthony Minghella) e "É Apenas o Fim do Mundo" (Xavier Dolan).

O Festival de Cannes, meca da sétima arte, em sua 70ª edição pegou o trem da modernidade com a realidade virtual, as séries e o Netflix, em uma edição de aniversário que terá estrelas como Pedro Almodóvar no júri e Monica Bellucci como anfitriã.

Almodóvar, como presidente do júri, é o primeiro espanhol a ter esta honra.

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Nenhum filme brasileiro figura entre os escolhidos para disputar a Palma de Ouro, pela qual competem 18 produções, entre as quais destacam-se "The Beguiled" ("O Enganado"), de Sofia Coppola, "Wonderstruck", de Todd Haynes, e "Happy End", de Michael Haneke.

A presença de filmes na seleção oficial da gigante do 'streaming' Netflix, - "The Meyerovitz Stories", de Noah Baumbach, e "Okja", de Bong Joon-Ho -, desatou os protestos das salas de cinema francesas, que não poderá exibi-los por causa da legislação, a não ser que a plataforma aceitasse adiar seu lançamento na internet em 36 meses.

Uma semana antes do início, o Festival lamentou ter solicitado em vão à Netflix - que tem 100 milhões de assinantes no mundo - que cedesse nessa questão e decidiu que, a partir de 2018, todas os filmes em competição deverão "se comprometer previamente a serem distribuídos nas salas francesas".

Os organizadores negaram, por sua vez, os rumores que falavam, inclusive, da retirada dos dois filmes da Netflix.

- Realidade virtual -

O mexicano Alejandro González Iñárritu apresentará um curta-metragem em realidade virtual, "Carne e areia", outra novidade tecnológica para o antigo festival.

Duas séries de TV também fazem parte do programa. Uma delas é a nova temporada de "Twin Peaks", de David Lynch, sucesso dos anos 1990 e que terá dois episódios exibidos em Cannes.

O esperado filme de Sofia Coppola - protagonizado por Colin Farrell, Nicole Kidman, Elle Fanning e Kirsten Dunst - mostra a chegada de um soldado confederado ferido que altera a vida em uma escola feminina nos Estados Unidos no século XIX.

Trata-se de um adaptação do romance de Thomas Cullinan, que já foi retratado nas telonas em uma adaptação de Don Siegel em 1971, que contava com a participação de Clint Eastwood.

Já Michael Haneke explora a vida de uma família burguesa do norte da França durante a crise dos refugiados, em um filme com Isabelle Huppert como protagonista.

"A questão dos refugiados é fundamental e está presente na escolha", disse o delegado-geral do festival, Thierry Frémaux.

Este ano a premiação contará com a presença no tapete vermelho de atores como Joaquin Phoenix ("You were never really here"), Dustin Hoffman ("The Meyerowitz Stories") e o francês Vincent Lindon, que apresentará um filme sobre o escultor Rodin.

Entre os títulos da seleção oficial também se destacam "Le Redoutable", de Michel Hazanavicius (diretor de "O Artista", também vencedor de vários prêmios Oscar), sobre a produção de um filme de Jean-Luc Godard nos anos 1960, e "Nelyubov", do russo Andrei Zvyagintsev, conhecido por "Leviatã", indicado ao Oscar.

A seleção oficial também terá a presença do cinema asiático com "Okja", do sul-coreano Bong Joon-Ho, com os atores Tilda Swinton e Jake Gyllenhaal, um filme produzido pela Netflix.

Seu compatriota Hong Sangsoo lutará pelo principal prêmio do festival com "Geu-Hu", enquanto a japonesa Naomi Kawase, uma das três mulheres da competição, apresenta "Hikari".

O presidente do festival, Pierre Lescure, destacou que o evento será "um respiro para falar somente sobre cinema", em um período marcado na França pelas eleições presidenciais, e assegurou que as medidas de segurança continuarão sendo importantes em um país que ainda aplica o estado de emergência pelos recentes atentados.

O Prêmio Lumière 2014, criado em Lyon para recompensar a obra de um cineasta, será entregue ao diretor espanhol Pedro Almodóvar em outubro nesta cidade do sudeste da França, onde os irmãos Lumière inventaram o cinema.

Clint Eastwood, Milos Forman, Gérard Depardieu, Ken Loach e Quentin Tarantino já receberam esse prêmio. O Festival Lumière, centrado no cinema clásico, acontecerá de 13 a 19 de outubro.

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