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Mais da metade dos trabalhadores no Brasil vão depender do benefício do INSS ao se aposentarem. E menos de um quinto já começou a fazer uma reserva financeira para o momento de parar de trabalhar. A conclusão é da 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, uma pesquisa da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), em parceria com o Datafolha.

De acordo com a pesquisa, em 2022, 51% dos não-aposentados estimam que, no futuro, dependerão da previdência social para se sustentarem. Ainda que alta, a porcentagem representa uma queda em relação a 2021, quando 55% contavam com o INSS.

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Apesar desse recuo, apenas 18% dos trabalhadores ouvidos no Raio X do Investidor Brasileiro declararam já ter começado a fazer reservas para aposentadoria, numa proporção que segue as linhas de classe: 32% nas classes A/B, 15% na Classe C e apenas 11% nas classes D/E.

A maioria (58%) dos trabalhadores pretende começar a fazer reservas para o futuro, com destaque para as classes C (61%) e D/E (60%). Na outra ponta, 24% dos trabalhadores não iniciaram esse esforço e nem pretendem fazê-lo

Em paralelo, aumentou a porcentagem daqueles que esperam seguir trabalhando mesmo depois da aposentadoria, de 20% em 2021 para 22% em 2022. Esse aumento foi puxado pelos trabalhadores da Classe C: em 2021, 20% deles previam que dependeriam de salário quando aposentados; em 2022, a porcentagem saltou a 24%, quase um quarto do segmento.

Previdência privada

Uma parcela equivalente a 6% dos trabalhadores acredita que a previdência privada ajudará a sustentar a vida durante a aposentadoria, basicamente o mesmo número apurado em 2021, quando a porcentagem ficou em 5%.

A 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro ouviu 5.818 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do País, em novembro de 2022. A margem de erro da pesquisa é de um ponto porcentual para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

O Itaú Unibanco está com inscrições abertas para o workshop gratuito destinado às pessoas com deficiência que estão se preparando para a certificação CPA10, emitida pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O certificado é obrigatório para profissionais que trabalham com produtos financeiros.

O curso será realizado no dia 26 de abril. O Itaú promoverá uma live inicial e disponibilizará conteúdos atualizados sobre a CPA10, com vídeos, podcasts, pílulas de conhecimento, simulados e lives “tira-dúvidas” com legendas em português e libras.

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Os participantes, ao final do workshop, ainda entrarão para o banco de talentos do Itaú e poderão ser, eventualmente, contratados pela instituição. As inscrições vão até o dia 22 de abril por meio do formulário eletrônico.

 

O cenário de juros mais baixos direcionou os investidores para produtos de maior risco, e a captação líquida nos fundos de ações chegou em R$ 23,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, destaque entre todas as categorias, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Os fundos de ações no primeiro semestre deste ano atingiram na primeira metade deste ano uma participação de 7,3% no total, a maior da série. No ano passado, a fatia era de 6,6%. A fatia dos fundos de renda fixa caiu um pouco, mas ainda é a mais representativa no estoque, com 42,7%, ante 44,1% no mesmo intervalo do ano passado.

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Retomada

O mercado ainda aguarda uma maior visibilidade em relação à retomada da economia brasileira, cenário que pode ficar mais claro após os desdobramentos de reformas, disse, em teleconferência, o vice-presidente da Anbima, Carlos André. Segundo ele, hoje o mercado já tem clareza em relação ao andamento da inflação e da trajetória de juros.

De qualquer forma, comenta, a tendência é positiva para o segundo semestre do ano, com manutenção da captação líquida observada na primeira metade deste ano.

Diante da reação da economia e já de olho nas eleições de 2018, empresas têm ido ao mercado para antecipar pagamentos e alongar dívidas para evitar potencial volatilidade de preços em meio à corrida pelo Palácio do Planalto. De janeiro a agosto, companhias captaram R$ 69,9 bilhões com a emissão de dívida - valor 32% maior que no mesmo período de 2016.

O fenômeno também chega ao mercado externo. De janeiro à última semana de setembro, firmas captaram US$ 21 bilhões com a emissão de dívida externa, 10% mais que o registrado em igual período do ano passado. Executivos de bancos citam a expectativa de emissão de até US$ 30 bilhões neste ano, o que seria o maior valor desde 2014.

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Como consequência, o estoque de compromissos a serem pagos em 2017 e 2018 caiu 65% desde janeiro. Ou seja, as empresas estão fazendo uma dívida de longo prazo e quitando os compromissos que vencem nos próximos meses.

A queda do juro, a volta do apetite por risco dos investidores e as incertezas sobre a eleição presidencial abriram uma janela de oportunidade e têm servido de pano de fundo para a retomada de uma boa e velha estratégia: a troca da dívida cara por outra mais barata. O plano tem sido compartilhado por companhias de vários portes e setores.

A Petrobrás, por exemplo, anunciou ontem a antecipação de pagamentos e a contratação de novos financiamentos no total de US$ 6,3 bilhões. Originalmente, as operações venceriam entre 2018 e 2019. Os novos financiamentos foram estendidos para até 2023.

Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que o fenômeno é mais forte desde o início do segundo semestre. Apenas entre junho e agosto, a captação de recursos por meio de emissão de dívida - usando instrumentos como debêntures e notas promissórias - somou R$ 35,9 bilhões e já é superior ao total do primeiro semestre.

"A demanda de muitas operações chega a ser até quatro vezes superior ao total oferecido. Há um apetite por risco que não era visto pelo menos nos últimos três anos", diz o gerente-executivo de mercado de capitais e infraestrutura do Banco do Brasil, Aguinaldo Barbieri. Essa demanda vem especialmente de fundos de investimento que têm buscado opções mais lucrativas diante da menor rentabilidade dos títulos públicos que seguem a taxa Selic.

Tanta procura tem permitido às empresas captar com custo menor que o visto há pouco tempo. A rede Magazine Luiza, por exemplo, emitiu, no fim de julho, títulos para 2020 que pagarão ao investidor 113,5% do CDI (taxa de juros cobrada entre os bancos, que acompanha a variação da Selic). O custo é bem menor que os 125,20% do CDI dos papéis emitidos pela varejista no ano passado e que vencerão em junho de 2018.

Para o economista-chefe do banco Safra, Carlos Kawall, o momento é propício, com juros mais baixos fora e dentro do País. Segundo ele, muitas empresas têm procurado antecipar até vencimentos mais longos. Kawall diz que dívidas com o BNDES também estão sendo antecipadas. "Começamos a ter outras fontes mais competitivas no mercado de capitais. Esse fator se soma ao ano eleitoral."

Eleição

Executivo de um grande banco privado nota que, dentro das empresas, há grande preocupação com a eleição e isso tem motivado muitas operações. "Ninguém sabe quem serão os candidatos com chance de vitória. Do ponto de vista da gestão financeira, não vale a pena correr o risco especialmente porque as condições estão favoráveis atualmente", diz.

Uma empresa que vai ao mercado e quita a dívida que venceria nos próximos meses não ficará exposta à eventual volatilidade futura. O temor dos gestores financeiros é que a eleição gere aversão ao risco, o que dificultaria e encareceria qualquer tentativa de tomar dinheiro emprestado. "É difícil projetar os desdobramentos das eleições. Por isso, todas as possibilidades de redução de custo devem ocorrer agora", diz o economista-chefe do Iedi, Rafael Cagnin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mudança de regras na Previdência Social fez o tema aposentadoria ressurgir com força nos investimentos. Preocupados com o futuro incerto dos benefícios do INSS, mais brasileiros passaram a aplicar em planos de previdência privada.

A captação de janeiro a setembro bateu recorde, foram R$ 26,1 bilhões , crescimento de 45,8% ante o mesmo período do ano passado (R$17,9 bilhões). Enquanto a indústria de fundos amarga uma saída líquida (aplicações menos resgates) de R$ 30,2 bilhões no acumulado em 12 meses, a previdência privada tem captação de R$ 39,4 bilhões.

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Nem mesmo a renda fixa, queridinha dos investidores em momentos de juro alto, tem tido um bom desempenho. Em 12 meses, até 27 de outubro, os saques superaram as aplicações em R$ 25,4 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Parte da explicação para o protagonismo da previdência está na crise fiscal e econômica. Para diminuir o rombo nas contas públicas, o governo alterou a regra da aposentadoria, que agora irá se basear na fórmula conhecida como regra 85/95. A solução é apenas paliativa e espera-se que o governo proponha a idade mínima em 60 e 65 anos, respectivamente, para mulheres e homens.

"Em momentos de crise, onde se comenta muito as dificuldades do Estado de manter os benefícios da previdência, aumenta a consciência do público de que pra ter uma aposentadoria digna, já que ele tem perspectiva de viver mais anos, será preciso ter mais condição financeira", diz o vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Lúcio Flávio de Oliveira. Momentos como o que o Brasil passa ajudam o investidor a perceber que ele é o responsável por fazer uma poupança previdenciária, segundo Oliveira.

A crise econômica também influenciou a tomada de decisão. "A inflação em alta corrói o poder de compra dos consumidores, o que deixa as pessoas preocupadas com o futuro. Elas entendem que é necessário ter uma aposentadoria complementar", afirma a diretora da Anbima, Luciane Ribeiro.

Longo prazo. A própria natureza da previdência, um produto essencialmente voltado para o longo prazo, explica o motivo para o baixo número de saques. "O projeto que está vinculado à previdência é de longo prazo. Isso torna o produto menos suscetível a variações do mercado", diz o superintendente comercial da Brasilprev, Guilherme Rossi.

A diretora de previdência e vida resgatável da Mapfre, Maristela Gorayb, afirma que o "timing" da previdência é diferente. "Se o investidor precisa sacar, opta por tirar de outros produtos primeiro, como os fundos de renda fixa voltados para curto e médio prazos", diz.

No curto prazo, inclusive, especialistas não consideram os planos de previdência a melhor opção. "Se você tem um objetivo de investir por menos de dez anos tem que fazer muita conta para ver se vale a pena", diz Maristela. Benefícios como a alíquota regressiva de Imposto de Renda, que chega a 10% depois de dez anos de aplicação, só são colhidos no longo prazo.

Em relação à carteira de investimento, o brasileiro é conservador na previdência. "O investidor buscou menos risco, aplicou na previdência com renda fixa, reflexo do cenário de incerteza", diz a diretora da Mapfre. Historicamente, este tipo de plano lidera o mercado. Com R$ 450 bilhões de patrimônio, a renda fixa representa 96,5% da previdência. O juro alto tem garantido um bom retorno. A previdência renda fixa acumula rentabilidade de 12,43% em 12 meses, até 27 de outubro, desempenho maior do que a inflação de outubro medida pelo IPCA-15 (9,77%).

Na Brasilprev, um dos destaques foram os planos voltados a menores de idade. Rossi afirma que tais planos têm participação significativa na captação por causa da periodicidade. Pais ou outros responsáveis investem todos os meses.

Desde o ano passado, cresceu 8% o valor do tíquete médio investido nos planos para menores. Em julho de 2014, era de R$ 131 contra R$ 141 do balanço de julho de 2015, o último divulgado pela Brasilprev. "No acumulado dos últimos cinco anos, a alta foi de 40,3%", afirma a gerente da área de Inteligência e Gestão de Clientes da Brasilprev, Soraia Fidalgo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Parte da explicação para os fundos de renda fixa serem a modalidade com maior resgate líquido entre todas as categorias está na migração do investidor para instrumentos incentivados, afirmou nesta terça-feira, 07, o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Carlos Massaru. É o caso de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), por exemplo.

"Os produtos incentivados passaram a ter uma atratividade grande, por conta da questão do incentivo, pela liquidez e por conta da garantia do Fundo Garantidor", disse o vice-presidente da entidade. LCA e LCI contam com isenção de Imposto de Renda para a pessoa física e com garantia pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil por CPF.

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A modalidade renda fixa foi a que apresentou o maior resgate líquido em setembro, com saída de R$ 3,4 bilhões. O mesmo movimento é anotado no ano, com os fundos de renda fixa registrando resgate líquido de R$ 23,6 bilhões de janeiro a setembro. Por outro lado, a rentabilidade está positiva, chegando a 8,39% no acumulado deste ano.

Por outro lado, esse não é o único efeito que tem afugentado o investidor dessa categoria. Segundo o vice-presidente da Anbima, o efeito da marcação ao marcado nos fundos de renda fixa, que trouxe para baixo a rentabilidade desses fundos em 2013, também pesou para a decisão dos investidores. "Nesse momento se percebe que não é tão óbvio para o investidor a marcação a mercado. Esse mecanismo foi criado para proteger o investidor, mas trouxe uma aversão ao risco muito grande", disse Massaru.

No ano passado, com a alta dos juros, os fundos de renda fixa realizaram marcação a mercado, ou seja, os títulos foram descontados em relação a nova taxa de juros (mais alta) na época, refletindo, assim, uma perda contábil, sendo que no momento do resgate desse título o valor é o mesmo. Esse mecanismo foi adotado, destaca o executivo da Anbima, para evitar que haja uma indevida transferência de riqueza entre os cotistas.

Assimetrias

O vice-presidente da Anbima disse ainda que está na pauta da entidade buscar, junto ao governo, a redução das assimetrias que vivencia hoje a indústria de fundos. "Temos na agenda essas questões tributárias, para buscar maior competitividade da indústria de fundos", disse. Um dos temas que será abordado será o come-cotas, que é a cobrança antecipada do Imposto de Renda sobre os rendimentos.

"Continuamos tratando sobre esse tema, pode ser algo gradual", disse Massaru, destacando que a entidade está em busca de aumentar a competitividade da indústria de fundos. Outro ponto que está na agenda é buscar para os fundos, que investem em um determinado instrumento incentivado, as mesmas condições que são dadas ao ativo quando ele é acessado diretamente pelo investidor.

Massaru destacou, ainda, que em 2015 a instrução 409, a principal que rege o setor, deverá ser atualizada pela CVM.

Os fundos de ações se mantiveram como destaque de valorização em agosto, diante da forte alta do Ibovespa no período, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), nesta segunda-feira, 08. Os fundos com maior rentabilidade foram os do tipo Ações Ibovespa Indexado (9,65%), Ações IBrX Ativo (9,10%) e Ações Setoriais (8,95%), o último impulsionado por Petrobras e setor de energia.

Já no acumulado do ano, segundo a Anbima, as modalidades Ações Ibovespa Indexado e Ações Setoriais apresentaram rentabilidade de 17,34% e 17,19%, respectivamente.

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Entre as demais categorias, os fundos de Renda Fixa Índices valorizaram 2,61%, acumulando rentabilidade de 11,19%, no ano. Na categoria Multimercados, os fundos Estratégia Específica têm valorização de 2,25% no mês, acumulando alta de 10,68%, no ano.

Por outro lado, ainda segundo a Anbima, as categorias Ações, Renda Fixa e Multimercados registraram resgate líquido no mês. Os fundos de ações tiveram resgates líquidos de R$ 1,4 bilhão em agosto, os de renda fixa saída de R$ 1,1 bilhão e os multimercados resgates líquidos de R$ 100 milhões, ainda em relação ao mês passado. No outro sentido, o fundo referenciado DI foi líder na captação líquida, refletindo a Selic em dois dígitos, e teve entrada líquida de R$ 16,6 bilhões.

A indústria de fundos apresentou em agosto captação líquida de R$ 12,1 bilhões. No acumulado dos oito primeiros meses do mês passado a diferença entre entrada e saída de recursos foi de R$ 23,7 bilhões.

Os investimentos dos clientes do segmento private banking encerraram o primeiro semestre deste ano com alta de 5,3% sobre dezembro de 2013, para R$ 608 bilhões de ativos sob gestão. A Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais explica que o resultado foi influenciado pelo aumento de 13,4% dos investimentos em previdência aberta, para R$ 42,4 bilhões, no mesmo período de comparação. A Anbima também observa uma preferência por ativos isentos e aplicações de longo prazo.

Aplicações diretas em títulos de renda fixa cresceram 9,1%, atingindo R$ 194,7 bilhões no semestre, puxadas por títulos privados como LCI e LCA, isentos de imposto de renda, que por sua vez cresceram 18,8% e 17%, respectivamente.

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Em renda variável, os investimentos em ações subiram 6%, para R$ 87,9 bilhões. Os fundos de investimento avançaram 1,7% , para R$ 278 bilhões ante dezembro de 2013. As aplicações em fundos de investimento chegaram a R$ 278 bilhões no semestre, um crescimento de 1,7% comparado a dezembro de 2013.

Os anúncios de fusões e aquisições, ofertas públicas de aquisições de ações (OPAs) e reestruturações societárias feitos no primeiro semestre deste ano somaram R$ 58,6 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 06, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Esse número, segundo a Anbima, representa um avanço de 14,7% em relação ao observado no mesmo período de 2013. Apesar do aumento, a Anbima destaca que esse é o segundo menor valor da série desde 2009.

Em número de transações, a primeira metade do ano foi palco de 44 operações, ante 76 observadas no ano passado. Em 2011 foram registradas 111 transações. Os fundos de private equity estiveram presentes, de forma direta ou indireta, em 13 dessas operações, movimentando R$ 10,7 bilhões no período analisado, sendo R$ 6,1 bilhões em investimentos.

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A Anbima frisou que as operações do semestre foram lideradas, em volume, pelo setor de transporte e logística, com 23,3% do total. Essa fatia, no entanto, foi inflada pela fusão da ALL com a Rumo Logística, que movimentou R$ 13,5 bilhões, a maior operação no intervalo analisado. Em seguida ficou o setor de alimentos e bebidas (19,4%) e financeiro (12,4%).

Em número de negócios, os destaques foram os setores de TI e Telecom, com uma participação de 13,5%, e de agronegócio, com 11,4% das operações.

A Anbima destacou também que, assim como observado no ano passado, os negócios entre empresas brasileiras responderam pela maior fatia, chegando a 54% em volume e 40,9% se computado o número de operações. Em volume, as aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras ficaram com 34,6%. Em número de operações essa fatia ficou em 45,4%.

O valor médio dos negócios também apresentou crescimento no primeiro semestre deste ano. Segundo a Anbima, a participação de operações superiores a R$ 1 bilhão passou de 14,4% no primeiro semestre do ano passado para 29,5% em igual período deste ano.

Ranking

A Anbima também divulgou o ranking das instituições financeiras envolvidas no negócios. A líder no período em termos de anúncios realizados foi o Itaú BBA, à frente de 20 operações, seguido por BTG Pactual, Credit Suisse e Bradesco BBI. Tratando-se de fechamento de negócios no mesmo período, o BTG Pactual liderou, em volume das operações, e o Itaú BBA em número de operações.

A perspectiva para o segundo semestre deste ano é positiva, de acordo com a visão do vice-presidente da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Carlos Massaru, mas as oportunidades são mais visíveis na modalidade de renda fixa. "Há uma possibilidade real e concreta de recuperação de forma indiscutível, mas a oportunidade está mais voltada em renda fixa", disse. Com a Selic em 11%, exemplificou, os fundos DI apresentam uma boa opção ao investidor.

No primeiro semestre deste ano, a captação líquida da indústria de fundos brasileira ficou em R$ 1,9 bilhão, a menor desde 2002, se comparado o mesmo período. Segundo Massaru, a captação na primeira metade do ano sofreu impactos das dificuldades vividas pela indústria em 2013, o que aumentou a aversão ao risco por parte do investidor.

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O vice-presidente da Anbima disse que o momento também pede uma atenção voltada para a educação financeira, assim como um maior contato com os clientes. Do lado da renda variável, Massaru destacou que as ações estão hoje mais descoladas de fundamentos. "Em renda variável tem que ter mais paciência", disse.

Os fundos de investimento registraram uma captação líquida de R$ 8,415 bilhões em junho, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (3), pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No primeiro semestre, os fundos domésticos registram captação líquida de R$ 1,937 bilhão, a menor registrada desde 2002, quando o saldo foi resgate líquido de R$ 22,98 bilhões.

Na última semana, os fundos de investimento registraram resgate líquido de R$ 11,4 bilhões, sendo R$ 8,963 de fundos de curto prazo e R$ 2,018 bilhões em fundos de renda fixa. Em junho, os fundos referenciados DI tiveram a maior captação, somando R$ 9,818 bilhões, enquanto os fundos renda fixa viram saídas líquidas de R$ 1,856 bilhão.

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No semestre, a maior captação líquida aconteceu nos fundos referenciados DI, que atingiram R$ 24,538 bilhões. Os fundos renda fixa, por sua vez, foram os que registraram o maior regaste líquido, de R$ 23,783 bilhões. Em termos de rentabilidade, os fundos de ações dividendos foram destaque, acumulando ganho de 4,97% no semestre. A modalidade Ações Ibovespa ganhou 3,22% no acumulado em seis meses, o Ações Ibovespa Ativo rentabilidade negativa de 0,39% e o Ações IBrX Indexado alta de 3,01%.

As captações externas no mês de março alcançaram US$ 9,7 bilhões, de acordo com boletim da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A operação passa a responder pela maior parcela do funding das companhias brasileiras neste primeiro trimestre de 2014, com uma fatia de 70%.

"O dado convertido em reais no mês de março é o maior volume para o período na série histórica desde 2008, superando, inclusive, os primeiros três meses de 2012, ano bastante movimentado para as captações corporativas", diz o documento.

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Ainda se acordo com o relatório de mercado de capitais da Anbima, de janeiro a março as captações externas somam US$ 17,187 bilhões.

Por sua vez, o segmento doméstico de dívida atingiu no primeiro trimestre deste ano R$ 17,3 bilhões, abaixo dos volumes registrados no mesmo período dos três últimos anos.

Para o mês de março, a Anbima destaca que as companhias brasileiras "se beneficiaram do cenário de menor volatilidade e realizaram captações externas em elevado volume", lembrando que a Petrobras liderou o movimento com captação de US$ 8,5 bilhões em seis tranches, com prazos de três a trinta anos.

"As operações apresentaram elevada demanda, apesar da perspectiva de maior seletividade dos investidores internacionais, que têm exigido melhores créditos e taxas. Neste sentido, os anúncios de novas operações para o próximo período parecem suavizar o impacto do rebaixamento da nota de crédito do Brasil, realizado no final do mês, sobre as captações corporativas", ressalta o boletim.

No mercado doméstico, o foco do mês foi renda fixa. As captações com títulos de dívida somaram R$ 5,4 bilhões, puxadas por debêntures, que totalizaram R$ 3,8 bilhões. Entre as doze operações do mês, apenas uma foi realizada via ICVM 400, a da Ouro Verde Locação e Serviço. Em volume, destacaram-se s emissões da Energisa, de R$ 1,5 bilhões, e da Natura, de R$ 600 milhões.

A procura dos investidores do varejo e de alta renda por fundos DI cresceu 18,7% em 2013 em relação a 2012, para R$ 92,9 bilhões, fazendo com que a participação no total investido em fundos subisse de 30,5% em 2012 para 38,4% em 2013, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira, 20, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A participação dos fundos de renda fixa, em contrapartida, caiu de 49,9% em 2012 para 42,2% em 2013. Para o presidente do subcomitê de varejo da Anbima, Marcos Daré, o crescimento dos fundos DI e queda da renda fixa ilustra a mudança no ambiente para os investimentos, marcado principalmente pela alta da taxa Selic.

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O estudo mostrou ainda aumento nas alocações dos clientes de alta renda, acima de R$ 8 mil a R$ 10 mil ao mês. De acordo com a Anbima, essa categoria de investidor aumentou em 8,7% seus investimentos, sendo responsável por 64% do total investido em fundos e produtos de tesouraria em 2013, com um total de R$ 341,4 bilhões. O varejo, por sua vez, teve participação de 36% no total, de R$ 190,2 bilhões, uma evolução de 0,3%.

O número de clientes de varejo alta renda aumentou 3,3% para 2,3 milhões em 2013, enquanto o de varejo cresceu 2,2% para 4,95 milhões.

Os clientes de varejo cresceram em regiões como o Norte, Nordeste e Centro-Oeste mostrando a ascensão da classe C, de acordo com Daré. No Norte, essa evolução foi de 10,9% para 148 mil; Nordeste de 10,6% para 697 mil; e Centro-Oeste de 10,2% para 422 mil. No Sudeste houve estagnação, em 4,69 milhões de clientes, e no Sul, um aumento de 4,7% para 1,276 milhão.

O estudo de varejo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) não envolve investimentos em poupança, produtos de previdência e de corretoras.

A captação líquida dos fundos de investimento na primeira quinzena de janeiro somou R$ 12,059 bilhões, de acordo com dados preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Sem contabilizar os fundos estruturados, a captação líquida foi de R$ 9,834 bilhões no período em questão.

Entre as categorias, de longe os fundos Curto Prazo lideraram a entrada de recursos na quinzena, com R$ 10,959 bilhões. Em seguida os fundos Renda Fixa, com captação líquida de R$ 4,436 bilhões. Em terceiro lugar os fundos Referenciados em DI, com entrada de R$ 2,501 bilhões.

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No sentido oposto, os fundos Multimercado Multiestratégia apresentaram saída de R$ 5,330 bilhões. Essa modalidade foi a que mais registrou entrada de recursos no ano passado.

A rentabilidade de grande parte dos fundos de investimento ficou no campo negativo na primeira quinzena de janeiro. Dentre as categorias apresentaram ganhos no período os fundos Curto Prazo (+0,37%), o referenciado DI (+0,38%) e o Renda Fixa (+0,37%).

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro de Capitais (Anbima) está trabalhando para aumentar a atratividade dos fundos de investimento para o varejo. "Nós queremos reverter a tendência de diminuição da participação do varejo na indústria de fundos", disse o diretor da entidade, Luiz Sorge. O executivo citou que o aumento da taxa básica de juros, hoje em 10,5%, pode aumentar ainda a captação em produtos atrelados ao DI, por exemplo.

Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima, disse que existem hoje grandes oportunidades no varejo, diante, por exemplo, da ascensão social da população brasileira. "Essa é uma boa oportunidade futura e a Anbima está trabalhando para ter condições mais adequadas para atrair esse investidor", disse o executivo, que observou que a entidade trabalha com o governo e o regulador para abrir o acesso para esse investidor.

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Já o vice-presidente da entidade, Robert Van Dijk, cita o aumento do interesse do varejo no segmento de previdência complementar. "O varejo na previdência complementar mostra um horizonte de longo prazo". O dado de novembro do ano passado mostra que a participação em Entidade Aberta de Previdência Complementar (EAPC) chegou a 15,7% do total, e no mesmo mês de 2007 era de 10,2%.

Ainda em novembro do ano passado a participação do investidor do varejo na indústria de fundos foi de 14,4%, ao passo que nesse mesmo mês de 2007 essa fatia era de 25%. No ano passado, a captação líquida do setor chegou a R$ 59,7 bilhões, ante uma entrada de R$ 103,1 bilhões no ano imediatamente anterior. Já os recursos totais sob gestão alcançaram, em 2013, R$ 2,5 trilhões. "O cenário refletiu os índices mais conhecidos do mercado", disse Sorge. No ano passado o Ibovespa, por exemplo, apresentou uma queda de mais de 15%.

Massaru, vice-presidente da entidade, destacou também que no ano de 2013 houve um "redesenho dos fluxos da indústria", diante da perspectiva de melhora da economia dos Estados Unidos, Europa e Japão, ao mesmo tempo em que cresceu a discussão em torno das economias emergentes.

Captação

Ainda de acordo com Massarau, o ano de 2014 seguirá volátil, mas poderá trazer boas oportunidades de captação para a indústria de fundos. "Se o investidor quer ficar mais líquido, os fundos DI passam a ser uma alternativa muito boa com as taxas de juros nesse patamar", disse, fazendo novamente referencia a Selic, que passou de 10% para 10,5% ao ano.

O diretor Luiz Sorge disse ainda que o investidor mais qualificado poderá aproveitar o cenário de alta de juros para buscar um produto que apresente prêmios mais elevados. Sorge lembrou que em 2012 os fundos atrelados ao DI estavam de lado com a queda das taxas de juros, mas que no ano passado voltaram a chamar a atenção.

Os fundos de Previdência e a categoria do Poder Público tendem também a apresentar captação positiva em 2014. Apesar desse olhar mais positivo para esses dois produtos, Robert Van Dijk, vice-presidente da entidade, acredita que o ano será de desafios para a indústria de fundos. Dijk frisou a "assimetria existente entre os fundos e outros produtos de investimentos", por exemplo, no caso dos títulos incentivados.

Em 2013 a captação líquida da indústria de fundos no Brasil alcançou R$ 59,7 bilhões, ante R$ 103,1 bilhões no ano anterior.

Os economistas que compõem o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mantiveram em seu último encontro a projeção de um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. A manutenção, de acordo com o presidente do comitê, Marcelo Carvalho, indica que não se espera uma recuperação significativa do investimento - até pela redução do crédito decorrente da elevação da taxa de juros.

"A possibilidade de um downgrade da nota de risco do País pode comprometer ainda mais o ambiente de confiança dos investidores num cenário marcado por incertezas quanto à trajetória da inflação, equilíbrio fiscal e crescente déficit em conta corrente", diz.

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Além disso, de acordo com Carvalho, há limites para que o segmento de comércio exterior possa induzir um aumento do nível de atividade diante do baixo grau de abertura existente na economia brasileira. "Nesse sentido, a expectativa dos economistas do comitê é de que uma política de ajustes nas principais variáveis econômicas só ocorra após as eleições, possivelmente em 2015."

Câmbio

Para o Comitê da Anbima, a taxa de câmbio deverá continuar volátil ao longo deste ano em resposta à retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e também por causa da deterioração das expectativas dos investidores com o quadro econômico doméstico.

Por isso a previsão da cotação do dólar perante o real neste ano foi revisada de R$ 2,40 para R$ 2,45 em relação à última reunião do seu comitê. Entre as estimativas, 37% das previsões situam-se acima do patamar de R$ 2,50 e parte delas acima de R$ 2,60, o que revela que a possibilidade de desvalorizações adicionais da moeda brasileira é relevante, com possíveis impactos nas expectativas de inflação e de abertura dos prêmios de risco dos ativos financeiros locais.

Superávit primário

Os membros do Comitê reduziram de 1,5% para 1,3% a projeção da entidade em relação ao superávit primário de 2014 na proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Isso, de acordo com Carvalho, indica que a percepção de piora do quadro fiscal deve permanecer nas expectativas dos investidores ao longo do ano.

"A redução de crédito dos bancos estatais no último trimestre de 2013 e a melhora das contas públicas decorrentes de receitas extraordinárias não são indicativos suficientes para apontar uma reorientação na condução da política fiscal adotada nos últimos anos", diz Carvalho. Além disso, de acordo com ele, as condicionantes políticas relacionadas ao ano eleitoral diminuem a margem de manobra do governo em sinalizar uma melhora sustentada das contas públicas para o médio e longo prazos.

Mesmo considerando uma piora no cenário prospectivo para a inflação, que deverá encerrar o ano de 2014 na marca de 6%, o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá o ritmo de elevação da taxa básica de juros (Selic). E isso já se verá na reunião do Copom de janeiro, que começou ontem e termina nesta quarta-feira, 15. Para a associação, o Copom elevará a taxa de juro em 0,25 ponto porcentual ante 0,50 ponto na reunião anterior.

Ainda de acordo com a Anbima, a meta de elevação de juro para 2014 é de 0,50 ponto porcentual, para 10,50% ao ano, o que implicará mais uma elevação de igual 0,25 ponto porcentual no Copom de fevereiro. "O argumento que justifica essa estratégia é o de que a autoridade monetária deverá esperar os efeitos cumulativos do aumento de 325 pontos da taxa Selic (7,25% para 10,5%) e assim não comprometer ainda mais o nível de atividade, que cresce em ritmo moderado", avaliam os membros do comitê da Anbima.

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A despeito das justificativas em defesa da redução do ritmo de aumento da Selic, o comitê não descarta a possibilidade de um aumento adicional de 0,25 ponto porcentual na Selic. E isso seria motivado pela surpresa inflacionária de dezembro do ano passado (0,92%), que elevou a inflação fechada do ano passado para 5,91% ante 5,84% em 2012.

Neste caso, a meta de juros de 10,50% esperada pela Anbima sofreria um pequeno acréscimo, passando a 10,75%, e elevando para três aumentos de 0,25 ponto porcentual a curva do ano.

"Vale ressaltar que houve consenso no Comitê da Anbima quanto à trajetória de juros ao longo de 2014. Coexistiram previsões de manutenção da Selic em 10,25% para o decorrer do ano com estimativas que apostam em elevação dos juros no último trimestre para patamares da ordem de 11,75%. Essas divergências refletem, em alguma medida, percepções diferentes quanto à forma de atuação das variáveis sobre os preços e as expectativas dos investidores", observa o presidente do Comitê, o economista Marcelo Carvalho.

Saldo comercial

O Comitê da Anbima elevou em US$ 1,9 bilhão a sua projeção de saldo comercial de US$ 7,1 bilhões para US$ 9 bilhões em 2014. De acordo com Carvalho, essa melhora nas estimativas de comércio reflete os efeitos defasados da desvalorização cambial, que devem gerar mais competitividade à exportações brasileiras.

Há também, de acordo com ele, expectativa de que a evolução prevista para a economia mundial para esse ano estimule as vendas externas do País e torne o segmento exportador um importante indutor do crescimento em 2014.

"Existem (dentro do comitê da Anbima) dúvidas sobre se um evolução mais favorável da balança comercial brasileira não seria limitada pela pouca abertura da economia no setor externo, o que traria desvantagem comparativa em relação a outros países emergentes", disse Carvalho.

De acordo com ele, caso se confirme essa hipótese, ganhará maior peso no debate o financiamento das contas externas. Para 2014, o Comitê elevou a previsão de déficit em conta corrente, de 3,25% para 3,30%.

"Com esse resultado, a necessidade de recursos de investimentos estrangeiros em carteira para esse ano seria de US$ 23,5 bilhões, que, conjugados com a entrada de US$ 50 bilhões de investimento estrangeiro direto no País, permitiria o financiamento do déficit esperado de US$ 73,5 bilhões", disse o economista.

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) iniciou conversas com o governo para ampliar o prazo do benefício fiscal em debêntures incentivadas - voltadas para financiar projetos de infraestrutura -, que termina em 2015 para 2020, conforme Marcio Guedes, diretor da entidade. "É um pleito da Anbima que iniciamos no final do ano passado e que está no começo das discussões. Não temos urgência. Há ainda dois anos para o término do benefício", disse ele, na manhã desta terça-feira.

As debêntures de infraestutura contam com isenção fiscal tanto para investidores estrangeiros quanto para pessoas físicas. Segundo Guedes, esses títulos tendem a ter mais emissões em 2014. No ano passado, foram emitidos R$ 6,116 bilhões em debêntures incentivadas (12.431) num total de 14 operações, conforme a Anbima.

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O número de emissões aprovadas, porém, é bem maior. As operações que já tiveram chancela dos Ministérios de Minas e Energia, Transportes e Comunicações somam 100 no total. Dessas 14 já foram concluídas.

Guedes explica que, em geral, os projetos de infraestrutura são financiados inicialmente com capital próprio e crédito bancário enquanto que as debêntures são emitidas mais próximo do fim da conclusão da obra. Isso porque o risco de execução no final do projeto e, consequentemente, o custo da emissão do título são menores.

A taxa nominal de juros de referência da economia brasileira deverá passar por dois aumentos iguais de 0,50 ponto porcentual nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em agosto (encontro que termina nesta quarta-feira, 28) e em outubro. Com isso, a Selic fecharia 2013 em 9,5% ao ano, o que significa que no encontro do colegiado em novembro a Selic deverá ficar parada.

É o que mostra a moda do Relatório Econômico da Associação Brasileira da Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que consolida as projeções e análises de 25 economistas que compõem o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da entidade e que se reúnem a cada 45 dias para analisar a conjuntura e os cenários nacional e internacional.

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O último encontro foi realizado na sexta-feira, 23, e teve como pano de fundo a trajetória volátil das taxas de câmbio e juros, bem como a tarefa de tentar identificar o peso dos fatores externos e domésticos relevantes nesse ambiente para indicar as perspectivas do cenário econômico.

A taxa de 9,5% de juros no encerramento do ano apontada pela moda das previsões dos 25 analistas da Anbima ficou um pouco acima do nível de 9,25% indicado pelo comitê de julho.

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estima que o mercado de renda variável pode voltar a ficar mais movimentado a partir de setembro. Na avaliação da diretora Carolina Lacerda, a expectativa é positiva. "Os bancos estão trabalhando muito para que as coisas voltem a acontecer", afirmou.

Carolina destaca que o setor está bem mais forte em 2013 em comparação com 2012, com operações grandes e bem-sucedidas. No entanto, ela reconhece que o Brasil não tem mais o fôlego de 2007 e 2008. "Empresas de qualquer tamanho e tipo de governança iam à Bolsa, mas agora o mercado está mais seletivo, aceitando companhias com histórias consolidadas e realmente preparadas para o mercado acionário", comenta.

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A abertura de capital da Linx, de software de gestão para o varejo, foi citada como um exemplo pela diretora. "Estas empresas saem em qualquer momento, basta ver a oferta da Linx. Há muito tempo não se via uma operação tão bem precificada e bem avaliada pelos investidores", destaca.

Entre janeiro e julho de 2013, o número de ofertas de ações registradas se aproximou do montante contabilizado em todo o ano de 2012. Foram 12 operações no período (7 IPOs e 5 ofertas subsequentes), contra 13 em 2012 (3 IPOs e 10 ofertas subsequentes). O único IPO do mês passado foi o da CPFL Renováveis, que movimentou R$ 1,035 bilhão. Os investidores estrangeiros tiveram participação de 57,3% nas ofertas do ano.

Encontram-se em análise da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) as ofertas da Ouro Verde Locação e Serviço, Tupy, Unidas, Azul e Votorantim Cimentos (que está interrompida no momento).

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