Tópicos | agosto 2014

Puxado por queda na indústria, o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) recuou 0,6% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2013, divulgou nesta quinta-feira, 16, a empresa. Foi a quinta queda interanual consecutiva. Em relação a julho deste ano, contudo, o indicador avançou 0,2% na série com ajuste sazonal. Com o resultado, a atividade econômica desacelerou para expansão de 0,3% no acumulado do ano até agosto, ante alta de 0,4% até julho.

Na variação anual, a indústria puxou o resultado negativo do indicador ao registrar recuo de 3,3%. Ainda pelo lado da oferta agregada, o setor de agropecuária e serviços influenciaram positivamente a atividade econômica, ao registrar avanço de 0,9% cada um. Já do lado da demanda agregada, a formação bruta de capital foi a que mais influenciou negativamente, ao cair 12,5%, seguida por importações (-4%), exportações (-1,8%) e consumo das famílias (-0,2%). Apenas o consumo do governo teve alta (0,9%).

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Economistas da Serasa Experian avaliaram, em nota, que o fraco desempenho da atividade econômica em agosto é decorrente de um quadro conjuntural adverso, "que vem prevalecendo já há alguns meses sobre a economia brasileira", caracterizado por taxa de juros elevadas, inflação superior ao limite da meta, reduzido grau de confiança de empresários e consumidores e desaceleração do crescimento mundial.

As vendas de supermercados registraram leve recuo, de 0,1%, em agosto ante julho, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a atividade já vinha de queda de 1,1% no mês anterior. Segundo Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, a inflação dos alimentos e o crescimento menor da renda explicam os menores resultados dos supermercados.

"Os (aumentos dos) preços dos alimentos em domicílio estão acima da inflação", apontou Juliana, lembrando que, no IPCA de agosto, a alimentação em domicílio acumulava alta de 7,5%, contra aumento de 6,5% da inflação geral. Já a massa de rendimentos reduziu o ritmo de crescimento de 2,7% em agosto de 2013 para 1,8% em agosto de 2014. "A renda cresceu menos", completou a gerente do IBGE. A atividade de supermercados foi a única a registrar resultado negativo em agosto ante julho no varejo restrito.

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As vendas do comércio varejista subiram 1,1% em agosto em relação a julho, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 15. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 0,30% a crescimento de 2,10%, e mediana positiva de 0,80%.

Na comparação com agosto de 2013, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo recuaram 1,1% em agosto deste ano. Nesse confronto, as projeções vão de recuo de 2,80% a avanço de 0,50%, com mediana negativa de 1,10%. Até agosto, as vendas do varejo restrito acumulam alta 2,90% no ano e aumentam 3,6% nos últimos 12 meses.

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Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,40% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 1,90% a crescimento de 1,30%, mediana negativa de 0,40%.

Na comparação com agosto do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 6,8% em agosto deste ano, dentro do intervalo das projeções, que variavam de recuo de 4,20% a 8,60%, com mediana negativa de 6,25%. Até agosto, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 1,5% no ano e aumento de 0,6% nos últimos 12 meses.

O emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de julho para agosto, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 10. Foi a quinta taxa negativa consecutiva, fazendo o pessoal ocupado assalariado no setor acumular uma perda de 2,9% nesse período.

Na comparação com agosto de 2013, o emprego industrial apontou uma queda de 3,6%, o 35º resultado negativo nesse tipo de comparação. No acumulado do ano, os postos de trabalho na indústria recuaram 2,7%. Em 12 meses, a queda é de 2,4%.

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A produção industrial cresceu em 10 dos 14 locais pesquisados na passagem de julho para agosto, informou nesta quarta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os avanços mais acentuados foram registrados por Rio Grande do Sul (4,2%), Goiás (3,3%) e Espírito Santo (3,2%).

Ceará (2,8%), Pernambuco (2,7%), Paraná (2,1%), Pará (2,0%) e São Paulo (0,8%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional no período (0,7%), enquanto Santa Catarina (0,5%) e Minas Gerais (0,1%) mostraram avanços mais moderados.

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Por outro lado, Amazonas (-4,5%), Bahia (-4,2%), Rio de Janeiro (-1,6%) e Região Nordeste (-1,2%) assinalaram as taxas negativas em agosto em relação ao mês anterior, após todas as regiões, sem exceção, terem apontado crescimento em julho.

Anual

Na comparação com agosto de 2013, o setor industrial havia tido queda de 5,4% na produção. Esse movimento foi acompanhado por 11 das 15 regiões pesquisadas nesta comparação. Os recuos mais intensos foram registrados por Paraná (-10,3%), devido à produção de veículos automotores e de produtos alimentícios; Bahia (-9,7%) e São Paulo (-8,6%), também diante do desempenho ruim de veículos; e Amazonas (-8,0%), com destaque para equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, outros equipamentos de transporte e bebidas.

Rio Grande do Sul (-7,4%), Santa Catarina (-6,0%) e Minas Gerais (-5,5%) também assinalaram quedas mais acentuadas do que a média nacional, enquanto Região Nordeste (-4,1%), Ceará (-1,3%), Pernambuco (-1,1%) e Rio de Janeiro (-0,7%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas.

Por outro lado, Espírito Santo (13,7%) assinalou o avanço mais intenso em agosto ante igual mês de 2013, impulsionado, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo. Os demais resultados positivos foram observados no Pará (6,0%), Goiás (3,7%) e Mato Grosso (0,1%).

As vendas e lançamentos de imóveis residenciais na capital paulista em agosto cresceram na comparação com julho, dando sinais de recuperação, mas ainda permanecem muito abaixo do visto no mesmo período do ano passado. Os dados constam da pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3), pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

As vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista atingiram 1.797 unidades em agosto, 144,2% mais do que em julho. Já na comparação com agosto do ano passado, as vendas foram 30,4% menores. Os lançamentos em agosto atingiram 2.115 unidades, 117,4% mais do que em julho e 30,4% inferior a agosto do ano passado.

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As vendas em agosto movimentaram R$ 984,2 milhões, queda de 40,9% ante o mesmo mês do ano passado. A velocidade das vendas (VSO) nos últimos 12 meses foi de 48,6%. Ou seja, foi vendido 48,6% do total de lançamentos e estoques nesse período.

Embora tenha havido crescimento das vendas e lançamentos na comparação com julho, é preciso ponderar que o mês é tradicionalmente mais fraco para os negócios devido ao período de férias. Além disso, a Copa do Mundo contribuiu para diminuir a visitação nos estandes das construtoras em julho deste ano.

Ano

No acumulado do ano, o mercado imobiliário mostra uma forte retração. As vendas entre janeiro e agosto totalizaram 11.587 unidades, queda de 48,8% em relação aos mesmos meses de 2013. Em valores, as vendas no acumulado do ano chegaram a R$ 14,1 bilhões, montante 52,7% inferior, já considerando valores ajustados pela inflação setorial medida pelo Índice Nacional de Custos da Construção (INCC). Os lançamentos residenciais alcançaram 14.448 unidades, baixa de 23,0% na mesma base de comparação.

Considerações

O Secovi-SP pondera que a comparação dos resultados de 2014 com 2013 está prejudicada porque o ano passado foi muito mais aquecido do que o esperado. Outro ponto defendido pelo Secovi-SP é que a ampliação dos lançamentos e vendas na comparação de agosto com julho representa uma recuperação do mercado imobiliário, cenário que tende a se manter nos próximos meses, segundo o sindicato.

"No primeiro mês após a Copa do Mundo as incorporadoras responderam com o aumento da quantidade de lançamentos. Este comportamento deve se consolidar mês a mês, até o fim do ano", afirmou Emílio Kallas, vice-presidente do sindicato. Na sua opinião, a demanda por imóveis ainda existe, embora as vendas tenham sido prejudicadas por restrições no poder aquisitivo dos compradores, além de insegurança em se assumir compromissos de longo prazo neste período eleitoral.

Diante da perspectiva de retomada da atividade do mercado imobiliário, o Secovi-SP também refutou a possibilidade de uma queda generalizada de preços nesses meses posteriores à Copa do Mundo.

A produção de petróleo e gás tem sustentado os bons resultados da indústria extrativa em seis meses até agosto, disse o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Além disso, a extração de minério de ferro, voltado principalmente para exportações, também contribui para o resultado positivo.

Em agosto, a indústria extrativa teve alta de 2,4% ante julho. O segmento responde por cerca de 10% do total da atividade e acabou sendo o principal impacto positivo no mês. "Nos últimos meses, o setor extrativo vinha sendo sustentado pelo minério de ferro, com exportações com viés de alta. O petróleo aparece nos últimos meses com comportamento diferente do que tinha", explicou Macedo.

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Segundo o gerente, a redução de paralisações que eram frequentes e a exploração das camadas do pré-sal ajudam a entender contribuição positiva do segmento de petróleo e gás. É este braço da extração que sustenta a sequência de seis meses de crescimento, de março a agosto.

"Além disso, a parte de refino já há algum tempo tem mostrado reação, numa relação direta com estratégia do setor. Eles vêm operando com nível de capacidade instalada no máximo, visando à redução de importações", acrescentou Macedo. Em agosto, a produção de coque, derivados do petróleo e biocombustível subiu 1,5%.

Mas esses desempenhos foram suficientes apenas para atenuar a trajetória descendente da indústria. A produção subiu 0,7% em agosto, um resultado que tem de ser relativizado, de acordo com o gerente do órgão, devido à base mais enfraquecida nos meses anteriores.

Quedas

Após um primeiro semestre de produção intensa, o setor de bebidas teve queda de 6,1% na atividade em agosto ante julho, o principal impacto negativo no mês. Trata-se do segundo recuo consecutivo - a produção já havia diminuído 2,7% em julho, segundo o IBGE.

"O setor teve uma característica peculiar esse ano. Houve incremento na produção no início do ano devido ao evento Copa do Mundo. Refrigerantes e especialmente cerveja e chope cresceram e alavancaram essa produção. É claro que isso resulta em uma base de comparação mais alta", explicou Macedo.

No setor farmacêutico, a queda de 7,4% foi atribuída à volatilidade característica da atividade. "O segmento havia tido 4,1% de crescimento em julho. O comportamento no ano também é positivo", justificou o analista do IBGE.

A trajetória descendente para o setor industrial permanece, a despeito da sequência de dois resultados positivos na produção, em julho e agosto (ambos com alta de 0,7%), afirmou o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Segundo ele, a queda de 0,1% no índice de média móvel trimestral corrobora essa avaliação.

Além disso, o crescimento de 1,4% no acumulado de julho e agosto não compensa a perda observada entre março e junho, de 3,4%. "São dois meses de resultados positivos na margem da série, mas que precisam ser relativizados na medida em que as quedas observadas em meses anteriores foram mais intensas. O saldo negativo observado entre março e junho suplanta o crescimento desses dois meses, então claro que é uma melhora, mas sobre algo que havia recuado de forma mais intensa", detalhou Macedo.

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"Antes de dizer que a indústria ensaia uma recuperação, é preciso esperar os próximos resultados", destacou o analista do IBGE. "É preciso esperar os próximos meses para entender se esse movimento vai se dar de forma consistente ou não. Em princípio, ele é apenas um crescimento que se dá sobre base mais fraca", disse.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) voltou a recuar em setembro. A taxa foi negativa em 0,7% ante o mês anterior, divulgou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quinta-feira, 02, atribuindo a queda, principalmente, à variação negativa do subíndice que mede a percepção das condições correntes (- 4,7%). Em agosto, o Icec havia crescido 2%, interrompendo uma sequência de dez meses de queda.

Na comparação sazonal, também as intenções de investimento caíram, -0,9%. Já as expectativas, que haviam puxado a alta no mês passado, voltaram a subir (+1,8%), evitando uma queda ainda mais expressiva do Icec em setembro.

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"Apesar da ligeira recuperação do otimismo nos últimos meses, tanto os investimentos quanto as expectativas seguem em níveis consideravelmente abaixo daqueles verificados em setembro de 2013", afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota.

Na comparação com setembro de 2013, o Icec registrou variação negativa de 9,0%, puxado pela deterioração na avaliação das condições correntes. Para 62,4% dos empresários, as condições atuais do setor estão piores do que há um ano, sendo que na opinião de 28,9% houve piora acentuada nos últimos 12 meses. Com isso, a avaliação das condições correntes do setor atingiu o seu patamar mais baixo desde o início da pesquisa, em 2011.

Comparado a setembro de 2013, as expectativas recuaram 5,5%. Mas, em relação a agosto subiram 1,8%. Segundo a CNC, o principal responsável tanto pelo avanço mensal quanto pela retração no comparativo anual segue a expectativa média em relação ao desempenho da economia brasileira.

A pesquisa captou também que a maioria dos entrevistados (73,2%) projeta um cenário econômico melhor para os próximos meses. Há um ano esse percentual era de 83,0%. As intenções de investimento, no entanto, recuaram 0,9% em relação ao mês anterior e 7,1% contra o mesmo mês de 2013.

"Em ambos os casos, o principal responsável pelas retrações foi a menor propensão a investir capital nas empresas. O crédito mais caro neste ano tem desestimulado não somente a tomada de recursos por parte dos consumidores, mas também inibido os investimentos no setor, especialmente em um ano em que as vendas vêm perdendo fôlego", informou a CNC.

O crescimento de 0,7% da produção industrial no mês de agosto em relação a julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 02, é um fato positivo por se tratar do segundo mês consecutivo de alta, mas não deve mudar o cenário no setor, na avaliação do economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Camargo Rosa. "Houve melhora nos dois últimos meses, mas não vejo alteração no quadro de estagnação e baixa produção da indústria", comentou.

O especialista destacou ainda a importância da elevação de 1,1% na produção de bens intermediários em agosto ante julho. "O segmento é o núcleo do setor industrial. O grosso da produção está concentrado neste setor", explicou, detalhando que o movimento pode atenuar a tendência de queda da produção da indústria nos próximos meses, "apesar de não impedir que feche 2014 no negativo". A projeção da SulAmérica Investimentos é de recuo de 2% na produção industrial neste ano.

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Sobre a retração de 13,4% na produção de bens de capital em relação a agosto de 2013, Camargo Rosa avalia não ser surpresa uma queda tão expressiva. "O nível de confiança do empresário, captado pela FGV e pela CNI, mostra claramente que os empresários estão cautelosos e avessos a ampliar a capacidade produtiva", pontuou. Para ele, o segmento de bens de capital sofre devido ao quadro de baixa confiança na política econômica.

Fibra

Opinião semelhante tem o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, para quem a alta de 0,7% em agosto não desvia o setor da trajetória de desaceleração. Causa apenas um ruído no caminho de queda da indústria.

Segundo dados relativos ao fator fabril em agosto divulgados hoje, em relação a agosto de 2013 houve uma queda de produção da ordem de 5,4%. "Essa queda não é nada desprezível", ponderou o economista, acrescentando que como a comparação mês contra mês pega resultados baixos, o crescimento da indústria resvala em critérios meramente estatísticos.

"A indústria mantém uma tendência inequívoca de queda em relação a tudo que se apurou no ano passado", reforçou Oliveira. Outro dado a que o economista do Banco Fibra recorre para ilustrar sua visão sobre o comportamento da indústria é a medida de média móvel trimestral que, segundo ele, capta melhor os movimentos de produção da indústria e que caiu 0,1% na comparação com julho.

A produção industrial em agosto ficou 6,2% abaixo do pico histórico, registrado em junho de 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Quando olhamos em termos de importância o que explica a redução do ritmo total da indústria, é claro que a parte de veículos automotores é a atividade que mais impacta", disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do órgão.

No acumulado do ano até agosto, a produção do setor de veículos recuou 18,8%. "Nesta comparação, 94% dos produtos do setor de veículos automotores estão com queda", citou Macedo. "O peso do setor (de veículos) varia entre 10% e 11% do total da indústria, mas a importância ultrapassa esse peso, devido ao encadeamento com outros segmentos, como metalurgia, outros produtos químicos, borracha e plástico", destacou.

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No desempenho da indústria em agosto ante agosto de 2013, com queda de 5,4%, as perdas de veículos automotores também são o principal impacto. No setor, essa queda foi de 25,6%. "A principal atividade que explica a perda de ritmo do total da indústria é a de veículos automotores", frisou.

O mês de agosto de 2014 teve um dia útil a menos que no ano passado, mas isso não influenciou o resultado, segundo o gerente. "Quando se compara o patamar atual ao que a indústria operava no ano passado, está claramente abaixo", disse.

Os principais indicadores industriais devem encerrar o ano em queda, caso não haja uma recuperação nos próximos meses, avaliou o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fábio Guerra. Segundo a entidade, como base no chamado efeito carregamento, se a atividade se mantiver no nível atual, o faturamento e as horas trabalhadas na produção devem encerrar 2014 com um queda em torno de 3%. O emprego, por esse mesmo efeito estatístico, pode fechar o ano com uma retração de 0,5%.

O economista afirmou que os dados de agosto confirmam que as horas trabalhadas cresceram em julho, depois de quatro meses em queda, por questões atípicas. "A base de junho foi muito comprometida pela redução dos dias úteis por conta da Copa", disse, explicando porque o indicador cresceu em julho na comparação com o mês anterior. Guerra destacou que julho também teve menos dias úteis e, ainda assim, as horas trabalhadas em agosto sofreram redução. "Mesmo tendo mais dias úteis, a atividade operou em ritmo inferior", disse.

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O nível médio de capacidade instalada da indústria e o número de horas trabalhadas guardam semelhança de comportamento em 2014, segundo a CNI, mostrando uma acomodação forte na indústria.

Como resposta, o emprego continua caindo. Foi a sexta retração consecutiva. Por outro lado, a massa salarial ainda está crescendo. Guerra disse que esse indicador apresenta uma defasagem em relação ao ritmo da atividade porque os salários ainda têm um grau de indexação na economia. "É natural que no primeiro momento, mesmo que a atividade e o emprego estejam caindo, que a massa esteja subindo", explicou.

A CNI está revisando suas previsões, mas acredita que o PIB industrial deve cair em torno de 1,7% em 2014, enquanto que a economia brasileira deve ter uma expansão em torno de 0,5%.

"A deterioração do setor industrial já vem há algum tempo. Lá fora, o ambiente é de dificuldade de competição e, aqui, houve uma acomodação do consumo das famílias que cresce em torno de 1% ao ano. Isso bate no setor industrial", disse o economista-chefe da CNI, Flavio Castelo Branco.

Ele desvinculou o resultado da indústria ao momento eleitoral. "Os dados de agosto pouco refletem o momento que a gente está vivendo. Tem pouca relação com o ciclo eleitoral no curto prazo", disse. Segundo ele, o desempenho do setor reflete as dificuldades da economia, como desaceleração na demanda agregada e no consumo das famílias e queda dos investimentos. "Isso evidentemente explica o ciclo de dificuldade da indústria", afirmou.

Castelo Branco avaliou que não se deve esperar uma mudança muito significativa do quadro industrial nos próximos meses. Segundo ele, os a resultados eleitorais a partir de novembro darão um quadro de maior previsibilidade e de maior crescimento para o futuro, mas o impacto será apenas em 2015.

Câmbio

Ainda de acordo com Castelo Branco, a elevação recente da taxa de câmbio não deve ter impacto imediato no desempenho do setor industrial. "O câmbio mais desvalorizado favorece competição com produtos estrangeiros aqui e lá fora. Mas a gente não pode achar que só o câmbio resolve o problema da competitividade brasileira", afirmou.

Segundo ele, no passado, a taxa de câmbio já teve relação mais direta com o desempenho do setor industrial. "Os efeitos positivos tendem a mostrar certa defasagem e com uma intensidade menor que no passado", disse. Segundo ele, há uma dificuldade de acessar mercado no exterior e as empresas têm dificuldades de fazerem substituição de importações com rapidez.

"Para o câmbio ter efeito sob a atividade produtiva, precisamos deixar passar essa volatilidade de curto prazo e olhar a tendência de mais médio e longo prazo. Acredito que a gente vai ter mais para o futuro um câmbio mais desvalorizado, por questões domésticas e pela normalização da política monetária do Fed", afirmou.

Sobre as medidas anunciadas na última segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o setor exportador, Castelo Branco disse que elas têm efeito limitado no curto prazo. "O Reintegra é muito importante porque permite melhor planejamento para as empresas nas suas vendas. Mais importante que a vigência do Reintegra para 2014, é o anúncio para 2015, que permite um trabalho mais confiante das empresas", disse.

Os dados da área fiscal anunciados nesta terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central mostram um cenário muito ruim, e a tendência é de piora desse quadro. A avaliação é do economista-chefe da Quantitas Asset Management, Gustav Gorski, que, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, disse que não acredita que as metas de superávit primário sejam atingidas em 2014, mesmo com manobras e recursos extraordinários.

Nesta terça-feira, o Tesouro informou que as contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) tiveram um déficit primário de R$ 10,422 bilhões em agosto, o quarto consecutivo de 2014 e o pior resultado fiscal para meses de agosto em 18 anos. Pouco depois, o Banco Central anunciou que o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 14,460 bilhões em agosto, o pior resultado desde dezembro de 2008, quando ficou negativo em R$ 20,951 bilhões, e também o dado negativo mais intenso para o mês na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.

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Em ambas as divulgações, os números vieram piores do que as estimativas dos economistas ouvidos pelo AE Projeções. No caso do Tesouro, a expectativa dos analistas era de um resultado que ia de déficit primário de R$ 9,800 bilhões a superávit de R$ 4,000 bilhões, com mediana negativa de R$ 700 milhões. No caso do número do BC, o mercado aguardava um resultado primário que ia de um déficit de R$ 12,400 bilhões a um superávit de R$ 4,000 bilhões, com mediana negativa de R$ 5,000 bilhões.

"O resultado veio muito abaixo do esperado e mostrou uma dinâmica perversa, do ponto de vista fiscal", avaliou Gorski. "A cada divulgação que temos, o gestor público que é responsável pela informação diz que está tudo bem, mas ela só piora. Então, o que esperar para frente é uma incerteza muito grande", destacou, criticando a conduta do governo federal.

Para o economista-chefe da Quantitas, a grande maioria das metas traçadas pelo governo não deve ser cumprida este ano, e isso não é uma exclusividade da área fiscal. "Nem a meta (central) de inflação, nem a meta fiscal, nem a meta de gastos sociais, nem a meta de gastos em infraestrutura, nem a meta de leilões", listou. "Mostra um problema de ideologia dentro de uma gestão. Você faz uma gestão ideológica e tem esses problemas", criticou.

Antes dos dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira, Gorski trabalhava com uma projeção de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para o superávit primário do setor público consolidado de 2014 ante uma meta perseguida pelo BC muito mais expressiva, de 1,9% do PIB. "Agora, acho que vem menos do que isso", afirmou. "O acumulado em 12 meses está em 0,9% e o acumulado no ano está em 0,3%. E a tendência é continuar piorando", lamentou o economista-chefe da Quantitas.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse nesta terça-feira, 30, que o resultado primário de agosto acumulado em 12 meses é o pior para o período como proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo os dados do BC, o indicador recuou de 1,23% em julho para 0,94% no mês passado, na quarta queda consecutiva dessa proporção.

Maciel observou, no entanto, que os dados fiscais também têm notícias boas. As despesas com juros, segundo ele, tiveram redução significativa. Como proporção do PIB, a despesa de juros no ano atingiu 4,93% do PIB, o melhor desde julho de 2013.

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A dívida líquida do setor público subiu para 35,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto ante 35,4% de julho. Em dezembro de 2013, estava em 33,6% do PIB. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,812 trilhão, segundo o Banco Central.

Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 3,034 trilhões, o que representou 60,1% do PIB. Em julho, essa relação estava em 59,5% e, em dezembro do ano passado, em 56,7%. De acordo com o BC, a elevação da dívida líquida foi influenciada pelos juros nominais apropriados e a valorização cambial de 4,4% no ano. Esses dois elementos contribuíram para elevar a relação, na ordem, em 3,3 pontos porcentuais. e 0,6 ponto porcentual. do PIB.

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Em sentido contrário, o crescimento do PIB nominal, o superávit primário e o reconhecimento de ativos contribuíram para reduzir a relação em 1,3 ponto porcentual., 0,2 ponto porcentual. e 0,1 ponto porcentual. do PIB, respectivamente.

Toda a contribuição do Governo Central nas contas públicas no acumulado do ano até agosto foi de um superávit de apenas R$ 1,524 bilhão. Isso significa uma participação de somente 0,05% do PIB, segundo o BC. O Tesouro Nacional, que faz outro tipo de cálculo, registrou um superávit de R$ 4,675 bilhões nos oito primeiros meses do ano. A diferença entre as duas formas de contabilização (acima e abaixo da linha) é, portanto, de R$ 3,151 bilhões. A meta perseguida pelo Tesouro para o ano é de R$ 80,8 bilhões, enquanto a do BC é de R$ 99 bilhões.

Déficit nominal

O déficit nominal do setor público consolidado em agosto, de R$ 31,476 bilhões, é o pior resultado para o mês de agosto desde 2002. A série de contas públicas do BC teve início em dezembro de 2001. Esse resultado só é melhor que julho de 2014 (déficit de R$ 32,710 bilhões), maio de 2014 (- $32,443 bilhões) e dezembro de 2008 (- R$ 38,166 bilhões).

As vendas do varejo apresentaram crescimento real de 0,5% no mês de agosto na comparação com agosto de 2013, de acordo com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), desempenho que ficou abaixo das expectativas. O Índice Antecedente de Vendas, produzido pela entidade com estimativas de seus associados, indicava crescimento de 3,1% em agosto.

O IDV projeta ritmo de crescimento mais acelerado para os próximos meses. A expectativa é de que em setembro a alta seja de 2,7% na comparação anual. Para outubro, é esperado crescimento de 3,1% e, para novembro, de 2,8%, sempre na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

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O varejo de não-duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou queda de 2% em agosto de 2014 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, abaixo da previsão de crescimento de 0,5%. Em relação aos próximos meses, a expectativa é de alta de 0,1% em setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, 0,7% em outubro e 0,8% em novembro na mesma comparação.

Já o segmento de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, teve aumento de 3,6% nas vendas. A estimativa é de crescimento acelerado para os próximos meses: 6,8% em setembro, 7,4% em outubro e 6,4% em novembro ante os mesmos meses de 2013.

Para o segmento de bens duráveis, os associados do IDV divulgaram crescimento de 1,4% no mês de agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2013. Para os meses subsequentes, a expectativa de crescimento é de 2,9% em setembro, 2,8% em outubro e 2,1% em novembro de 2014.

Os dados do IDV levam em consideração as vendas realizadas e as estimativas dos associados da entidade. São 57 empresas de grande porte, como Grupo Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Magazine Luiza e Walmart, entre outras.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, afirmou nesta quinta-feira (25) que o mês de setembro foi marcado por volatilidade "um pouco maior" na taxa de retorno dos títulos. Neste mês, segundo ele, ocorreu uma venda menor de NTN-F, que é o título mais demandado pelos investidores estrangeiros.

Garrido afirmou que o mercado entende que alguns investidores estrangeiros optaram por realizar o lucro, ou seja, vender títulos mais longos. "Agora, com subida das taxas, já foi verificada onda de retorno para títulos mais longos", disse. "Em setembro, não temos relato de movimentos expressivos (de estrangeiros) nem de saída nem de entrada". Garrido exemplificou que a LTN 2018 foi vendida a uma taxa de 11,92% ao ano no leilão de 1º de agosto. No leilão realizado nesta quinta, essa taxa já foi de 12,04% ao ano.

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Ao apresentar os dados de participação dos estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), Garrido afirmou que há continuidade do crescimento da participação dos estrangeiros no estoque da dívida. "Acreditamos que vamos continuar observando crescimento gradual da participação dos não residentes na dívida pública", disse.

Os estrangeiros aumentaram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em agosto. A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi subiu de 18,52% em julho para 18,80% em agosto, somando R$ 390,16 bilhões, segundo os dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Em julho, o estoque estava em R$ 385,67 bilhões.

PAF

Ainda de acordo com Garrido, o estoque da Dívida Pública Federal (DPF) está "na banda inferior do PAF". O estoque, que ficou em R$ 2,169 trilhões, está abaixo da banda do Plano Anual de Financiamento (PAF), que vai de R$ 2,170 trilhões até R$ 2,320 trilhões. "A expectativa é que todos os indicadores do PAF sejam cumpridos até dezembro", disse.

Em relação às metas para a composição do estoque, Garrido afirmou que todas estão muito próximas das bandas previstas para o fim do ano e reforçou que as projeções serão cumpridas em dezembro. A parcela de títulos atrelados à Selic na DPF foi a única categoria que ficou fora das bandas do PAF em agosto, com participação de 20,21%. A meta é que esses papeis encerrem o ano entre 14% e 19%.

A participação de títulos prefixados subiu de 39,03% em julho para 40,74% em agosto, dentro da banda do PAF, que vai de 40% até 44%. Os títulos remunerados pela inflação caíram para 34,81% do estoque da DPF em agosto, ante 37,01% em julho. O resultado fez com que a categoria voltasse para a banda do PAF, que vai de 33% a 37%.

Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,10% em julho para 4,24% em agosto.

Título global 2045

O Tesouro Nacional informou ainda que, em agosto, a emissão de título global 2045 teve impacto no programa de recompras. Entre julho e agosto, foram recomprados, em valor de face, R$ 3,74 bilhões em títulos da Dívida Pública Externa. Com esse programa de recompras e a troca de títulos com taxas maiores por papéis com taxas menores, diminuiu o fluxo de pagamento de juros da Dívida Pública Mobiliária Federal externa até 2041.

A taxa de desemprego permaneceu estável entre os meses de fevereiro e agosto de 2014, segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quinta-feira (25), a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de agosto. Nesse intervalo, a taxa oscilou entre 4,8% e 5,1%, o que não representa um movimento significativo, observou Azeredo.

"A taxa só vai alterar se a proporção de desocupados em relação à população economicamente ativa apresentar variação, e isso não ocorreu", afirmou o coordenador. Em agosto, a taxa de desemprego ficou em 5,0%, ante 4,9% em maio.

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Segundo Azeredo, houve geração de vagas no mês passado, com 178 mil postos de trabalho criados, alta de 0,8% ante julho. Foi a primeira vez que a ocupação cresceu este ano. "Mas a taxa de desocupação não caiu porque a geração não foi suficiente", disse. Além disso, o contingente de desocupados também aumentou, embora não tenha sido significativo. Mais 39 mil pessoas ficaram sem trabalho, alta de 3,3% ante julho. "Temos uma tendência de aumento da desocupação, ainda que não significativa", afirmou Azeredo.

A queda de 1,5% no rendimento médio real dos trabalhadores em junho ante maio foi generalizada entre as seis regiões metropolitanas que compõem a PME. Esse movimento pode ter levado mais pessoas a buscar um trabalho, provocando aumento a População Economicamente Ativa e redução dos inativos, observou Azeredo.

"Nos meses anteriores, principalmente de maio para junho, tivemos queda no rendimento. Então, essa migração não se deu de uma hora para outra. Houve queda de rendimento lá atrás, e está recuperando agora. Em algumas regiões, essa queda foi mais significativa", afirmou Azeredo. "Então, esse aumento da PEA pode ter sido migração em função de redução de poder de compra de meses anteriores, principalmente de maio para junho", ressaltou. No mesmo período, entre julho e agosto, a população não economicamente ativa caiu 0,9%.

Esclarecimento

O IBGE esclareceu que os valores dos rendimentos médios habituais divulgados hoje para os meses de maio, junho e julho estão a preços correntes nos respectivos meses. Os dados não foram atualizados com a inflação dos períodos seguintes.

Em agosto, o rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 2.055,50. No mês anterior, a cifra havia sido de R$ 2.019,00. Em junho, o montante somou R$ 2.019,90, enquanto em maio, o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.045,10.

Os dados foram conhecidos apenas hoje, já que a greve dos servidores do instituto, que durou 79 dias, havia afetado a coleta e análise das informações da Pesquisa Mensal de Emprego.

A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 25. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que vai desde 4,5% até 5,4% da População Economicamente Ativa (PEA), com mediana em 4,9%. Foi a menor taxa para um mês de agosto em toda a série da pesquisa, iniciada em março de 2002.

Também foram anunciadas hoje as taxas médias para os meses de maio, junho e julho. Até então, os dados completos não eram conhecidos porque a greve dos servidores do instituto, que durou 79 dias, atrasou a coleta e apuração das informações referentes às regiões de Porto Alegre e Salvador.

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Em julho, a taxa média de desemprego ficou em 4,9%. A pesquisa do AE Projeções de 20 de agosto, véspera da divulgação original referente a julho, apontava previsões para taxa de desocupação entre 4,7% a 5,1% da PEA, com mediana de 4,8%.

Em junho, por sua vez, a taxa média de desemprego ficou em 4,8%. A pesquisa do AE Projeções de 23 de julho, também na véspera, apontava previsões para taxa de desocupação de 4,7% a 5,3% da PEA, com mediana de 5,1%.

Por fim, em maio, a taxa média de desemprego ficou em 4,9%. A pesquisa do AE Projeções da véspera, em 25 de junho, apontava previsões entre 4,9% e 5,2% para a taxa de desemprego no mês, com mediana de 5,0%.

O faturamento bruto do setor de bens de capital mecânico deve apresentar uma queda maior que a esperada para este ano, afirmou nesta quarta-feira (24), Mario Bernardini, assessor econômico da presidência da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e diretor do Departamento de Competitividade da associação. "Esperamos que o ano acabe logo. Não há possibilidade de recuperação neste ano, e a expectativa é que o estrago seja maior que o previsto, com decréscimo em termos reais superior a 15%, mais próximo de 20%", afirmou, em coletiva de imprensa para comentar os resultados de agosto.

Segundo o documento de divulgação da associação, o faturamento bruto médio deste ano até agosto está em um nível 18,9% abaixo da média do período 2010/2013. "Essa é uma péssima notícia par o Brasil como um todo, vamos voltar a uma formação bruta de capital fixo próxima de 17%", disse, acrescentando que isso significa comprometer o crescimento econômico do futuro.

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Argentina

De acordo com Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, a Argentina já vem atrasando pagamentos aos exportadores "brasileiros há alguns anos". Questionado sobre as notícias recentes de que a Argentina está atrasando pagamentos a empresas brasileiras, ele explicou que esse problema vem ocorrendo desde que o país vizinho começou a enfrentar problemas de reservas e no balanço de pagamentos.

Mas Pastoriza afirmou que os atrasos não apresentam um problema grave para o setor e que a relação continua boa. "Temos tido de fato problemas recorrentes, mas a Argentina não tem interesse de nos prejudicar, também precisa da nossa ajuda. Há dificuldades, mas aos trancos e barrancos estão sendo administradas", afirmou.

O presidente da Abimaq afirmou, por exemplo, que as exportações para o Mercosul no acumulado de janeiro a agosto estão apenas 1,9% abaixo do volume observado no mesmo período do ano passado. A Argentina responde por cerca de 80% das vendas para o Mercosul, acrescentou. Na América Latina, a queda é de 6,1%.

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