Tópicos | Ariano Suassuna

Morto em julho do ano passado vítima de uma parada cardíaca, o escritor paraibano Ariano Suassuna ganha homenagem em São Paulo, este mês, com o encerramento do projeto Ariano Suassuna – Arte como Missão. A mostra traz ciclo de filmes (com a cobrança simbólica de R$ 1), exposição de fotografias de Alexandre Nóbrega (gratuita) e também uma aula-espetáculo conduzida por Antonio Nóbrega (também por R$ 1).

O projeto foi idealizado por Elias Sabbag e Marcos Azevedo e a primeira apresentação ocorreu em Brasília, em 2013. Depois disso, o projeto passou por Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e Curitiba, na maioria delas com a presença do próprio Suassuna conduzindo as aulas-espetáculos. “O projeto consiste basicamente na aula-espetáculo feita durante boa parte do tempo pelo próprio Suassuna, uma exposição feita especialmente para o projeto e um ciclo de filmes”, explicou Sabbag em entrevista à Agência Brasil.

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A aula-espetáculo, explicou Sabbag, foi uma ideia criada pelo próprio Suassuna, em 1995, quando ele era secretário de Cultura de Pernambuco. “Ele fazia suas apresentações públicas sozinho, falando sobre cultura brasileira ou fazia isso acompanhado de grupos musicais ou de dança. Em ambos os casos ele chamava de aula-espetáculo porque sempre havia as explicações dele sobre o que estava sendo apresentado ou exemplificado pelos grupos de música e de dança”, disse.

O ciclo de filmes e a exposição ocorrem na Caixa Cultural, no centro da capital paulista. A exposição, que reúne fotografias inéditas assinadas por Alexandre Nóbrega, mostra o escritor visitando o interior da Paraíba e de Pernambuco e descansando em sua casa em Recife. Ela ocorre entre os dias 17 de janeiro e 22 de fevereiro. “São fotos que retratam Ariano inclusive nos cenários que compuseram a obra dele”, disse o idealizador.

O ciclo de filmes tem início no dia 30 de janeiro e termina no dia 8 de fevereiro, mostrando películas que adaptaram obras de Suassuna para o cinema ou a TV ou que documentam o escritor e seu trabalho.

Já a aula-espetáculo ocorre no Theatro Municipal, em 17 de janeiro, com uma apresentação de Antonio Nóbrega. “O Nóbrega tem uma relação muito antiga com o Ariano. No primeiro contato que ele teve com Ariano, ele tinha 18 anos e era um músico clássico, que não conhecia nada de cultura popular. Ariano levou Nóbrega a conhecer o que se produz popularmente no Brasil como cultura”, disse Sabbag.

Em homenagem ao autor de clássicos como O Auto da Compadecida, o Teatro Arraial será rebatizado e passará a ter o nome Teatro Arraial Ariano Suassuna. A mudança ocorrerá durante uma cerimônia realizada no próprio equipamento cultural na próxima terça-feira (30), às 9h.

Ariano possuía uma íntima relação com o espaço. Foi o próprio escritor que inaugurou o teatro em 1997. Na época, enquanto Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, ele solicitou a reforma do casarão do século 17.

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O nome que o teatro carrega até a data de hoje foi uma sugestão do romancista para marcar a período em que foi lançado, já que o ano marca o centenário de destruição do Arraial de Canudos. 

O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, idealizador do Movimento Armorial, será homenageado na próxima edição do Café Cultural, promovido pela Aliança Francesa Recife. Na ocasião haverá uma exposição do artista plástico Romero de Andrade Lima e debate com os professores da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Newton Júnior, Nelly Carvalh e Lourival Holanda. O encontro acontece na unidade Derby da Aliança Francesa, nesta sexta (12), às 19h30. A entrada é gratuita.

Os palestrantes Carlos Newton Júnior e os debatedores Nelly Carvalho e Lourival Holanda debaterão com a plateia a importância da atuação do dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta no cenário cultural brasileiro. Além do debate, o público terá  aportunidade de conferir uma exposição de telas do artista plástico Romero de Andrade Lima, sobrinho de Ariano, especialmente montada para o evento. 

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Serviço

Café Cultural - Ariano Suassuna, vida e obra

Sexta (12)| 19h30

Aliança Francesa do Derby (Rua Amaro Bezerra, 466 - Derby)

Gratuito

(81) 3202 6262

 

A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), começa nesta quinta (13) e ocupa os espaços da Basílica de São Bento, Pátio do Carmo e Complexo Educacional de São Bento, em Olinda. O tema desta edição de 10 anos é Literatura é coisa de cinema e os homenageados são os escritores Ariano Suassuna, Raimundo Carrero e Adriana Falcão. A Fliporto acontece até o próximo domingo (16).

A abertura da Festa, nesta quinta (13), traz os escritores Lya Luft e Vicente de Britto para a Basílica de São Bento com a palestra O valor da vida, em que discutem sobre os valores vitais da existência humana. O evento começa às 19h30. 

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Nas sexta (14), Cláudio Asis, Xico Sá e Hilton Lacerda conversam sobre a adaptação do livro Big Jato para o cinema. No mesmo dia, Romero de Andrade Lima inaugura aula-espetáculo em homenagem a Ariano Suassuna, na qual conta como o mestre construiu os seus poemas, às 20h15, e a escritora Hwang Sun-M, da Coreia do Sul, participa da palestra Escrever com alegria: a imaginação e a fantasia na literatura, às 18h30. 

Já no sábado (15), Eliene Medeiros da Costa, Priscila Varjal e Rafael Monteiro falam sobre outro homenageado da Fliporto, Raimundo Carrero, em A dimensão do humano em Raimundo Carrero – Família, religião e loucura. No domingo (16), o encerramento traz uma palestra do próprio Carrero e um concerto de Antônio José Madureira. A conferência-recital relembra o Movimento Armorial, fundado por Ariano Suassuna e Madureira, nos anos 1970.

Além do Congresso Literário outras atividades integram a programação da Fliporto. O Cine Fliporto promove exibição de curtas a partir da sexta (14), sempre às 18h30. A criançada também tem vez na Festa com as atrações da Fliporto Galerinha. São atividades lúdicas e bate-papo com autores infantis, além de muita contação de história. E, para o público jovem, a Fliporto Galera oferece oficinas, masterclass, conversas com autores e apresentações culturais.

Feira do Livro 

A V Feira Internacional do Livro, acontece no Pátio do Carmo e terá mais de 60 estandes com a participação de ao menos 100 editoras. A expectativa do evento é vender cerca de dois milhões de livros. Também acontecem lançamentos e sessões de autógrafos.

A Fliporto este ano se concentra no Colégio de São Bento e Praça do Carmo. O Congresso Literário, Fliporto Galera e Galerinha e Cine Fliporto, acontecem nos prédios da unidade de ensino. O evento é aberto ao público. O Congresso também será transmitido ao vivo pela internet através do site da Fliporto

Confira a programação completa da Festa Literária Internacional de Pernambuco no site oficial do evento. 

Com o tema Literatura é coisa de Cinema, a Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) completa 10 anos de existência e homenageia em 2014 o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. A festa literária será realizada no Pátio do Carmo e no Complexo Educacional São Bento, em Olinda. O evento é aberto ao público.

A abertura do evento será feita em dupla. A escritora Lya Luft conversa com Vicente de Britto Pereira sobre o tema O valor da vida. Ariano Suassuna, homenageado desta décima edição do evento, será lembrado por Romero de Andrade Lima em uma aula-espetáculo e numa conversa de dois jornalistas e um cineasta (Samarone Lima, Geneton Moraes Neto e Vladimir Carvalho) sobre suas entrevistas, de sua relação com os leitores e as apresentações públicas.

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A V Feira Internacional do Livro será realizada em paralelo à Fliporto e reunirá, neste ano, 60 espaços voltados para editoras locais e nacionais, no Sítio Histórico do Pátio do Carmo. O homenageado é o escritor pernambucano Raimundo Carrero. Lançamentos de livros e sessões de autógrafos também serão realizados no espaços da Feira e do Congresso.

A Fliporto foi apontada pela revista Istoé como uma dos três eventos literários mais importantes do Brasil. "A nossa Festa é de fato um sucesso, não só regional, mas nacional. Neste ano, mais de 100 editoras estarão presentes em nosso evento", contou Antônio Campos, presidente do Conselho de Cultura da Fliporto.

Na grade de programação da festa literária, haverá o Cine Fliporto, com a exibição de curtas e longas metragens e o Fliporto Galerinha, com oficinas, apresentações e contação de histórias voltadas ao púlico infantil. 

Confira a programação completa da Fliporto 2014

13 de novembro

Abertura - 19h30

Lya Luft e Vicente de Britto Pereira:

O valor da vida

14 de novembro

14h

Cláudio Assis, Xico Sá e Hilton Lacerda, com mediação de Isabela Cribari

Cinema e literatura: casamento suspeitoso, união estável ou de conveniência?

16h

Carina Rissi e Margaret Stohl, com mediação de Ju Costa:

Como seduzir o leitor e mantê-lo fiel.

18h30

Hwang Sun-Mi e Braulio Tavares, com mediação de Abel Menezes

Escrever com alegria: a imaginação e a fantasia na literatura

20h15

Romero de Andrade Lima:

Aula-espetáculo “O Trovador Cariri”

15 de novembro

14h 

Adriana Falcão, Homero Fonseca, Rodrigo Garcia Lopes, com mediação de Samarone Lima

Grandes e pequenos truques para contar boas histórias

16h

Lira Neto:

Conferência “Humanizando os mitos: as biografias do Padre Cícero e de Getúlio Vargas”

18h30

Eliene Medeiros da Costa, Priscila Varjal e Rafael Monteiro, mediação de Marcelo Pereira:

A dimensão do humano em Raimundo Carrero – Família, religião e loucura.

20h

Martin Sixsmith conversa com Silio Boccanera:

A incrível e triste história de Philomena e as freiras desalmadas

16 de novembro

14h

Lourenço Mutarelli e Ondjaki, com mediação de Sidney Rocha

Roteiro, narrativas e imagens: as técnicas do cinema e da literatura: aproximações e distanciamentos.

16h30

Carlos Newton Jr., Adriana Falcão e Bráulio Tavares, com mediação de Lourival Holanda

Ariano Suassuna: do teatro ao romance e do romance ao cinema

18h30

Samarone Lima, Geneton Moraes Neto e Vladimir Carvalho:

20h30

Encerramento:

Palestra de Raimundo Carrero em homenagem a Ariano Suassuna e concerto de Antônio José Madureira

Serviço

Fliporto e V Feira Internacional do Livro

13 a 16 de novembro

Complexo Educaional São Bento e Pátio do Carmo - Olinda 

Gratuito

O poder da voz cantada de maneira pura e em coro é o destaque do Festival Nacional de Corais (Fenace). O evento, que vai até o sábado (11), traz 21 corais de todo o Brasil para cantar composições líricas e populares, seja com acompanhamento ou a capella.

O palco desta 14ª edição é o Teatro de Santa Isabel e o grande homenageado é o escritor Ariano Suassuna. Abrindo a programação, o Maestro Forró faz sua homenagem ao mestre armorial cantando Madeira que cupim não rói, acompanhado de Cícero Batom (pandeiro) e Bráulio Ferreira (cavaquinho).

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"Escolhi essa canção para homenageá-lo porque Capiba era um grande amigo de Ariano e ele mesmo gostava bastante dessa canção, que representava uma bandeira de luta", contou o Maestro Forró, em entrevista ao LeiaJá. O músico também comentou a importância da homenagem ao escritor. "Ariano é importante para todas as artes, inclusive a música. Acredito que ele levantou bandeiras incomuns para a época e por isso é uma fonte de inspiração para para todos os artistas brasileiros. Fico feliz pelo convite e pela oportunidade", completou Forró. Germana Suassuna, neta de Ariano, recebeu as homenagens no palco em nome do avô.

O público, em sua maioria fãs de canto coral e membros de coros, aprovou o Fenace. "Eu acho importante um evento nesse nível para que haja mais divulgação de grupos de corais. Além disso, festivais assim dão oportunidade para grupos se conhecerem e trocarem experiências", comentou Josi Andrade, estudante de música e membro do coro da UFPE.

"Este festival é importante por promover essa troca de ideias e energias entre os participantes. Além disso, é uma felicidade fazer nosso evento no Teatro de Santa Isabel", comenta Suely Farias, coordenadora do evento desde o início e que faz parte do coral da Chesf há mais de 15 anos.

Dezenas de corais participam do evento, com diversos tipos de pessoas, apaixonadas por música e de todas as idades. Entre eles está Dimas Soares, de 84 anos, que canta em corais há 17 anos e faz parte do Coral Espírita AFAG há 14. "Cresci ouvindo música. Meu pai era tenor (assim como Dimas) e minha irmã soprano, sempre tive contato com música". Mesmo se locomovendo com a ajuda de um andador, Dimas faz questão de participar das apresentações do grupo e também participa de peças de musicais. "Cantar me rejuvenesce. Me sinto com 18 anos, aliás, com minha idade invertida, com 48", afirma, sorrindo.

O objetivo principal do evento é divulgar o canto coral e também promover uma troca de experiências entre todos os cantores. São corais de empresas, instituições e também independentes. Em 2014 o Fenace também recebe dois italianos: Amerigo Caponi e Giuseppina Tuccito. Mais de 2 mil pessoas são esperadas no três dias do festival. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), mais um quilo de alimento não perecível.

Os alimentos serão doados para o projeto Ação Cidadania Contra a Miséria e a Fome - Pernambuco Solidário. Além das apresentações no Teatro de Santa Isabel, há ainda outras programadas para acontecer no Hospital de Câncer de Pernambuco e na Casa da Cultura. 

Confira a programação dos próximos dias do Fenace:

Sexta (10)

- Solo Lírico - Jadiel Gomes (PE)
- Coral AABB em Canto - Regente: Sirlene Costa (PE)
- Coral CESMAC - Regente: Luiz Martins (AL)
- Coral CHESF - Regente: Jadson Oliveira (PE)
- Coral Clarear - Regente: Tércia de Souza (RN)
- Coral da Desenbahia - Regente: Natanira Gonçalves (BA)
- Coral do Sebrae - Regente: Rosângela Albuquerque (RN)
- Coral Lacen - Regente: Kátia Cucchi (BA)
- Coral Harmonia - Regente: Elias Santos (SE)
- Coral do Sistema Fiea - Regente: Fernando Rolemberg (AL)
- Coral Verdes Vozes - Regente: Ana Cléria (CE)
- Entrega dos Troféus e Certificados aos Participantes

Sábado (11)

- Solo Lírico: Amerigo Caponi e Giuseppina Tuccitto (Itália)
- Coral EID - Regente: Vanessa Santana (PE)
- Coral Canto Livre - Regente: Jadiel Gomes (PE)
- Coral Canto no Ponto - Regente: Jadson Oliveira (PE)
- Coral Canta Vitarella - Regente: Elijane Áurea (PE)
- Coral Hope Esperança - Regente: José Sebastião de Melo Júnior (PE)
- Entrega dos Troféus e Certificados aos Participantes

Serviço

14º Festival Nacional de Corais (Fenace)

sexta (10) e sábado (11) | 19h30

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$ 10 (inteira) e R$5 (meia) mais um quilo de alimento não perecível

A 42ª Feira das Américas, promovida pela Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV), acontece entre os dias 24 e 28 de setembro, em São Paulo. A feira é o principal evento de turismo no país e recebe cerca de 40 mil profissionais do segmento. No estande de Pernambuco, figuras em xilogravura e elementos criados a partir da obra de Ariano Suassuna serão parte da decoração, fazendo alusão ao escritor e ao Movimento Armorial por ele criado. Uma réplica da casa do romancista será montada no local, onde o público poderá ter contato com a vida e a obra do autor por meio da exibição de documentários e depoimentos. 

Ariano Suassuna, falecido em julho deste ano, foi dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta - autor de obras famosas como O Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, que viraram adaptações para o cinema e TV. Ele também foi responsável pela criação do Movimento Armorial, na década de 70, que tinha a proposta de produzir uma arte erudita com base nas raízes da cultura popular. 

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O escritor Ariano Suassuna será homenageado na Câmara dos Deputados no dia 4 de setembro. A sessão solene foi confirmada pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O paraibano faleceu no dia 23 de julho, aos 87 anos, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A homenagem terá início às 10h.

Além de Suassuna, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), falecido no último dia 13, também será homenageado no parlamento após o retorno das atividades. Eduardo Alves ainda não agendou a data. 

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Ariano é autor de diversas obras reconhecidas mundialmente, como "O auto da Compadecida". Ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno, em 1948, com sua primeira peça teatral "Uma mulher vestida de sol". Tem contos e livros adaptados para a televisão e para o cinema como "Romance d'a pedra do reino" e "O príncipe do sangue do vai-e-volta" deram origem à minissérie "A pedra do reino", exibida na Rede Globo, em 2007.

Desde o início do mês de agosto, alunos da Rede Municipal da Prefeitura do Recife estiveram presentes na mostra das obras do artista plástico Manuel Dantas Suassuna. A exposição O silêncio, o caos, o labirinto e o altar fica em cartaz até o próximo domingo (24), no Centro Cultural Correios, localizado no Bairro do Recife. Nesta última semana, 500 alunos visitam a exposição.

Nos ambientes O silêncio e o caos, o artista mostra as influências que teve da arte rupestre. Já O labirinto faz referência aos paisagistas europeus do século 19, enquanto em O altar, presta homenagem aos escritores Euclydes da Cunha, João Guimarães Rosa e ao seu pai, Ariano Suassuna, falecido no dia 23 de julho.  

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Aproximadamente mil alunos já realizaram visitas culturais este mês. Os estudantes têm entre 5 e 15 anos e são de 35 unidades da rede pública municipal. Os professores passam atividades relativas à mostra vista antes ou depois da visita.

 

 

 

 

 

Há mais de duas décadas o multiartista Antonio Nóbrega e sua esposa Rosane Almeida inauguravam, no bairro Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo, o Instituto Brincante. Instalado num prédio de 800 metros quadrados, o espaço se denomina uma área de conhecimento e assimilação da cultura brasileira e atendeu diretamente a mais de 20 mil pessoas. Mas o instituto se tornou uma das mais recentes vítimas da especulação imobiliária em São Paulo. É que Antonio Nóbrega recebeu no começo de julho uma ação de despejo e terá até o dia 10 de agosto para tirar sua trupe do local. Para chamar a atenção da sociedade, o artista criou o movimento #FicaBrincante e realizará no próximo domingo (3), no Parque Ibirapuera, um evento chamado Brincada que contará com várias manifestações artísticas de alunos, ex-alunos e professores do instituto, além da sociedade civil, com direito a show do próprio Antonio Nóbrega e exibição de cenas do filme Brincante, de Walter Carvalho, sobre a trajetória artística de Nóbrega. O LeiaJá conversou com o artista pernambucano sobre o #FicaBrincante e a negociação para permanecer na casa na Vila Madalena, além de detalhes do filme Brincante. Nóbrega também comenta a perda de Ariano Suassuna, com quem sempre teve uma relação artística bastante íntima. Confira a conversa:

Qual a proposta deste encontro que vocês vão promover no próximo domingo (3)?

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O evento vai ser no Parque Ibirapuera e está dentro da proposta do #FicaBrincante (movimento em prol do instituto). Nós estamos organizando o que chamamos de Brincada, que é um evento de cultura no qual os participantes vão puxar rodas de dança aqui, se juntar pra tocar alfaias acolá, com a proposta de inundar o parque com várias atividades culturais. O evento no Parque Ibirapuera está marcado para começar às 16h, e às 18h eu subirei ao palco do Auditório Ibirapuera, que é um palco muito grande, ao lado de nove músicos para fazer uma apresentação.

É verdade que vocês receberam uma ação de despejo? Já houve alguma nova negociação com o dono do imóvel onde fica o Instituto Brincante? Qual o desejo de vocês neste sentido?

Sim, é verdade, mas até agora não houve nenhuma negociação. E pelo visto o proprietário do imóvel continua a manter a ação de despejo. Mas, da nossa parte, o desejo é de permanecer no local, uma área onde estamos há 21 anos. Nós devíamos ter sido os primeiros a ser consultados sobre o imóvel e não fomos. A Vila Madalena é um lugar que não tem espaços culturais e o Instituto Brincante vai fazer mais falta do que um edifício no local. Eu digo isso simplesmente pelo fato de que vivemos num mundo repleto de pressão, e os espaços culturais de hoje meio que têm essa função de ‘despressionar‘ a sociedade. Pode soar meio pretensioso, mas são equipamentos da arte que humanizam as pessoas, e isso vai fará muita falta naquela região da cidade.

Aqui no Recife há talvez uma situação que permite uma analogia a esta situação - apesar de não se tratar de um equipamento cultural - no Cais José Estelita. Em sua opinião, os espaços culturais e o patrimônio das cidades sucumbirão diante do dito desenvolvimento urbano?

Acho que cada caso é um caso. Eu sou contra a ocupação predatória e discriminada de espaços da cidade pela especulação imobiliária. Eu não posso dizer que estou inteiramente a par do que tem acontecido no caso do Cais José Estelita, no Recife, e teria até um certo cuidado em dizer que são casos parecidos. O Instituto Brincante existe há 21 anos e é um espaço atuante em São Paulo. Já o Cais José Estelita trata-se de uma região importante da cidade, mas que estava em desuso e acabou caindo nas mãos da especulação imobiliária. O que acho interessante nestes dois processos é que a sociedade está sendo convidada a discutir os problemas, sem ficar à revelia das construtoras e do absolutismo financeiro. Vivemos um novo tempo que não dá espaço para este tipo de prática.

Como surgiu a ideia de fazer o filme Brincante, com direção de Walter Carvalho?

Eu já tenho trabalhado com o Walter Carvalho há um tempo. Ele dirigiu meus três DVDs, Nove de Frevereiro, Lunário Perpétuo e Naturalmente. Fruto desse entendimento que construímos juntos, pensamos em fazer o filme Brincante, que é uma ideia de anos atrás. Vários diretores do país me procuraram pra dirigir este trabalho, mas por questões de agenda e desencontros isso acabou não sendo possível. Mas num certo dia eu acabei me encontrando com o Walter, e numa conversa sobre o projeto Brincante ele me disse ‘quem vai fazer esse filme sou eu’.

Na semana passada o Brasil perdeu um dos maiores agitadores culturais do país, Ariano Suassuna. Você teve uma relação próxima com ele, principalmente no que diz respeito ao Movimento Armorial. Para você, qual a maior contribuição que Ariano deixou aos brasileiros?

Ariano foi uma figura muito singular e que deixa ao Brasil a sua multidisciplinaridade. Ele era dramaturgo, romancista, cronista, ensaísta, poeta, dentre tantas outras coisas. A obra dele se ramifica em várias vertentes. Era um homem da ação, tanto pelo ativismo cultural, que lhe rendeu a ocupação de cargos públicos, como pela sua atuação nos palcos e com seus espetáculos. Certamente o país ficou órfão, mas ele deixou rastros que, se forem aprofundados, e certamente o serão, nós teremos muitas oportunidades de conhecer ainda mais esse cometa que foi Ariano Suassuna.

“Não troco o meu ‘oxente’ pelo ‘ok’ de ninguém!”

Era assim que Ariano Suassuna, o velho contador de histórias do sertão e ideólogo cultural brasileiro, manifestava sua defesa pela cultura do Nordeste. Contra a invasão da indústria cultural norte-americana, criticou Madonna, Michael Jackson, bem como o movimento tropicalista. No governo Miguel Arraes, quando secretário de Cultura, foi um ferrenho opositor do maracatu eletrônico e do movimento manguebeat.

Ariano via a guitarra como um instrumento da cultura americana. Sua defesa da cultura nacional, algumas vezes lhe rendeu o rótulo de xenófobo. Como idealista, sabia que era preciso radicalizar. Não aceitava a influência de outras culturas. Mas, acima de tudo, era um artista sensível e sabia apreciar todas as formas de expressão das artes. Prova disso foi sua presença no velório de Chico Science, a quem se referia jocosamente como “Chico Ciência”, e suas lágrimas na beira do caixão. Um homem sem rancores. O que lhe movia era o ideal, a paixão visceral pelo povo e pela cultura brasileira.

Como dramaturgo, poeta, escritor e artista plástico nunca traiu a cultura popular. Nem a língua portuguesa. Aproximou o erudito do popular ao criar o Movimento Armorial. No cordel, em xilogravuras, em poemas, em suas “aulas-espetáculos” - misto de palestra, concerto e balé - uniu o erudito a graça picaresca do popular. Lembro-me do Quinteto Armorial, um grupo musical idealizado por ele, cujas composições eram criadas a partir do ritmo, da melodia e do fraseado popular com acabamento e refinamento erudito. Uma pena que acabou!

A danada da onça Caetana, presente em sua obra representando a morte, na mitologia do Sertão, deve ter tomado uma bronca homérica de Ariano. Poderia ter lhe dado mais tempo para terminar sua obra. Ele não gostava dela. Em sua mais conhecida obra, O Auto da Compadecida, Ariano escreveu: “Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre”.

Se pudéssemos dar voz a seus personagens, em especial a João Grilo e Chicó, com certeza diriam que Ariano criou o conceito do orgulho de ser nordestino. E, se lhes perguntássemos o porquê, talvez repetissem uma das famosas frases de Ariano: “Não sei, só sei que foi assim”. 

Caetana levou Ariano Vilar Suassuna. Cabra valente, poeta entendedor do Brasil e profundo defensor de nossa riqueza cultural. Mesmo sabendo que a morte é o nosso único destino, é difícil aceitar que não teremos mais novas obras do Mestre Ariano para apreciar. Resta-nos fazer com que os nossos filhos e netos conheçam, através do teatro, dos livros e dos vídeos, a vasta obra e o trabalho de Ariano Suassuna. O Brasil ficou mais pobre e mais triste.

As homenagens ao autor Ariano Suassuna seguiram neste domingo (27), na Ilha do Retiro. Antes do jogo contra o Atlético-MG, familiares do dramaturgo entraram em campo com o presidente do clube, João Humberto Martorelli, e foram saudados pela torcida rubro-negra. A neta de Ariano ainda puxou o grito de guerra do Leão para finalizar.

Os jogadores do Sport também estamparam em suas camisas nomes dos personagens criados pelo autor. Neto Baiano, por exemplo, carregou o nome de Chicó no uniforme rubro-negro.

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“Homenagem mais do que justa a um imortal. Essa não é a última homenagem, é apenas mais uma ao nosso torcedor símbolo”, afirmou João Humberto Martorelli.

Em homenagem ao escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna, que morreu na última terça-feira (23), o SescTV vai exibir dois programas que irão mostrar entrevistas com o paraibano e um espetáculo de dança inspirado no Movimento Armorial. Neste sábado (26), a série O Mundo da Literatura apresenta entrevista com Suassuna às 15h30 e às 23h30, e a série Autor por Autor traz a história e obra do escritor contada por ele, às 17h e às 20h. No domingo (27), às 11h e às 18h, a série Dança Contemporânea expõe a coreografia Castanho Sua Cor, encenada pelo Grupo Grial. O espetáculo é inspirado no Movimento Armorial - idealizado por Suassuna na década de 1970.

Família e amigos dão adeus ao escritor Ariano Suassuna

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No programa da série O Mundo da Literatura, Ariano discorre sobre curiosidades de sua vida e obra. De Ibsen à Garcia Lorca, ele revela suas influências inglesas e latinas e como tudo isso ajudou a compor seu legado. No episódio da série Autor por Autor, Suassuna fala, entre outros temas, sobre sua paixão pela leitura, principalmente a de aventura; o motivo do povo brasileiro entender seu teatro; e o início como escritor fazendo poesia. 

Apesar da veia teatral, obra de Ariano inspira TV e cinema

Na série Dança Contemporânea, Ariano Suassuna será lembrado na coreografia Castanho Sua Cor criada pela coreógrafa e bailarina Maria Paula Costa Rêgo. Encenado pelo Grupo Grial de Dança, o espetáculo produz arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste. 

Ariano Suassuna, importante nome da cultura brasileira que faleceu na última quarta-feira (23), estava nos últimos 30 anos dedicado a um projeto literário, o último escrito em vida pelo escritor paraibano: o livro O jumento sedutor, em processo de edição pela José Olympio, mesma editora de grandes nomes da literatura brasileira como José Lins do Rego e Rachel Queiroz. 

Durante coletiva de imprensa realizada na casa de Ariano Suassuna em Casa Forte no começo do ano, o escritor deu detalhes do novo livro. "Sobre o romance, não tenho muita liberdade para falar. Mas eu posso dizer o que tenho dito: sempre fui meio preocupado, porque escrevo três gêneros literários principais, poesia, teatro e romance. Sou conhecido como dramaturgo, acho que mais por causa d’O Auto da Compadecida na televisão, menos como romancista, e como poeta sou inteiramente desconhecido. Tem gente que nem sabe que escrevo poesia”, argumentou Ariano naquela ocasião.

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Ariano Suassuna, o tradutor do povo nordestino

Bastante perfeccionista, Suassuna queria fazer novas modificações na obra que chegou a ser entregue à editora, mas voltou para as mãos do escritor para mais revisões. “Nesse livro estou tentando colocar meu teatro, meu romance e minha poesia. Agora, é um livro trabalhoso, porque escrevo à mão e eu mesmo ilustro. Todas as páginas são ilustradas. Hoje mesmo eu passei a manhã trabalhando nele“, explicou Suassuna, com ar de orgulhoso com o novo ‘passatempo’. 

O LeiaJá conversou com Maria Amélia Mello, responsável pela José Olympio, que adiantou alguns detalhes sobre o lançamento desta obra. Segundo Maria Amélia, não há previsão de quando O jumento sedutor será lançado, mas ele está pronto e passará apenas por alguns ajustes feitos pelo próprio Ariano. “Este processo de edição vai levar um tempo. Vamos fazer tudo em acordo com a família, mas o mais importante foram as definições que ele deixou. Esta obra terá o tempo dela para ser lançada”, revela a responsável pela editora.

Lançamento da obra e envolvimento com Ariano

Perguntada sobre detalhes de O jumento sedutor, Maria Amélia foi categórica. “Não tenho autorização nem para divulgar algum trecho da obra nem para comentar sobre o livro. Mas essa definição não é por conta do falecimento de Ariano. Essa era uma decisão antiga e do próprio autor”, explica ela. Apenas amigos e familiares tiveram acesso a trechos da publicação, tais como Raimundo Carreto, que assinará a orelha do livro.

Instituições literárias lamentam morte de Ariano Suassuna

De acordo com Maria Amélia Mello, Ariano Suassuna estava animadíssimo com o novo livro. “Foram muitos anos convivendo com este projeto, um livro grande e complexo de ser editado, diferente de uma obra comum. Não é uma coisa que será feita rapidamente. A gente fala de um autor importantíssimo e que será tratado como deve ser”, comenta a responsável pela editora.

A parceria com a José Olympio é antiga. Ao longo de toda a vida, Ariano Suassuna foi parceiro da casa de nomes como Rachel Queiroz e Ferreira Gullart. “É um espaço pronto para revelear projetos de talentos como Ariano Suassuna. A gente tem muito orgulho de tê-lo no nosso catálogo. A obra dele está toda editada em catálogo. Vamos honrar seu legado e torná-lo mais conhecido”, promete Maria Amélia, que trabalhava diretamente com Ariano desde 2002. 

 

 

A criação artística de Ariano Suassuna é, para o senso comum, quase um sinônimo da palavra teatro. Mas o escritor paraibano, que faleceu na última quarta-feira (23), também inspirou com seu legado literário o surgimento de obras exibidas através outras linguagens artísticas, a exemplo do cinema e da TV. Entre tantos casos, os exemplos mais conhecidos são O Auto da Compadecida e O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, transformados em minisséries e em longas-metragens.

Na TV, suas obras ganharam adaptações pelas mãos de diretores como Luiz Fernando Carvalho e Guel Arraes. Em 2007, ano que Ariano Suassuna completou 80 anos, o diretor Luiz Carvalho homenageou o autor através da microssérie A Pedra do Reino, escrita com Luís Alberto de Abreu e Braulio e exibida em cinco capítulos na Globo. Participaram do elenco Irandhir Santos, Nill de Pádua e Mayana Neiva. Outro detalhe é que Carvalho incorporou à trama elementos de Torturas de um Coração e O Santo e a Porca, também peças de Suassuna. 

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Mas a relação do escritor paraíbano com a televisão já estava consolidada nesse período. Em 1994, a atriz Tereza Seiblitz interpretou Rosa Maranhão na peça Uma mulher vestida de sol, dirigida por Carvalho e exibida na Globo. Sob o comando de Guel Arraes, O Auto da Compadecida também foi adaptado para a TV e a minissérie - que contou com Selton Mello e Matheus Nachtergaele como protagonistas - teve bastante sucesso. No ano seguinte, os quatro capítulos que narram a trajetória de Chicó e João Grilo viraria filme.

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No entanto, a chegada de Suassuna ao cinema é antiga e data o ano de 1969, quando George Jonas assinou dirigiu A Compadecida, estrelado por Regina Duarte e Armando Bógus. Anos mais tarde, em 1987, outro filme que se inspirou na mesma obra foi Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987), de Roberto Santos.

'A Caetana chegou, mas ele está aqui com a gente'

As adaptações para o teatro existem desde os anos 1950, através de nomes como Zbigniew Ziembinski (O Santo e a Porca), Antunes Filho (A Pedra do Reino), Ademar Guerra (O Auto da Compadecida) e Aderbal Freire-Filho (A Farsa da Boa Preguiça). Entre os espetáculos mais recentes, estão O Casamento Suspeitoso, com direção de Sérgio Ferrara, e As Conchambranças de Quaderna, de Inez Viana. 

Para 2014, Ariano Suassuna planejava lançar novo romance, O jumento sedutor, pela Editora José Olympio. O escritor chegou a declarar publicamente que era mais conhecido como dramaturgo, menos como romancista e pouquíssimo como poeta, e que para esta obra tentaria fundir estes três elementos. Será que virá um filme ou uma série nova por ai?

O Brasil se despediu de um de seus mais importantes pensadores. Ariano Suassuna não resistiu às complicações de um Acidente Vascular Cerebral e morreu na última quarta-feira (23), aos 87 anos, no Recife. O velório foi realizado da noite de quarta até a tarde desta quinta (24) no palácio do Campo das Princesas, sede do poder estadual de Pernambuco.

O enterro aconteceu por volta das 17h15 no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife. Confira na galeria imagens exclusivas da despedida de Ariano Suassuna.

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Na passagem, ontem, pelo Recife, para acompanhar o funeral do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, a presidente Dilma relembrou o seu primeiro encontro com o dramaturgo. Após cumprimentar os familiares, ela manteve uma rápida conversa com o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), na qual relembrou que foi Eduardo o responsável por apresentar o escritor.

"Eita! Foi você (Eduardo Campos) quem me apresentou a ele", disse a presidente, segundo relato do portal 247. A cordialidade, porém, não poupou a presidente de um constrangimento quando os presentes ao velório entoaram a música "Madeira do Rosarinho, do compositor pernambucano Capiba, que era cantada frequentemente por Ariano em eventos políticos e é considerada uma espécie de hino de campanha do PSB.

Dilma cancelou a agenda prevista no Rio de Janeiro para acompanhar o velório do escritor. Após desembarcar na Base Aérea, anda no início da tarde, se dirigiu diretamente para o Palácio do Campo das Princesas, onde ocorreu o velório. Assim que chegou, se dirigiu diretamente aos familiares de Ariano para prestar os pêsames pela morte do escritor.

A presidente estava acompanhada do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o líder do PT no Senado, Humberto Costa, que viajaram a Pernambuco no mesmo voo que trouxe a presidente.

Pela programação presidencial, ontem, no Rio, Dilma visitaria as obras de integração do FPSO Cidade de Mangaratiba, as obras do Parque Olímpico e Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, e das sondas de perfuração do pré-sal, em Angra dos Reis.

Números divergentes– O jornalista Ricardo Kotscho avalia que há "diferenças estranhas" nas simulações de segundo turno realizadas pelos institutos Datafolha e Ibope, divulgadas com um intervalo de quatro dias. Enquanto o primeiro registra empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves, o segundo prevê vitória com larga vantagem da petista. Em seu blog, Kotscho cobra que os responsáveis pelas pesquisas venham a público "para explicar as possíveis razões de números tão divergentes".

Na cuia – A Taperoá que Ariano projetou tanto no cenário nacional sofre um grande colapso de água. Embora o Governo do Estado tenha construído uma solução emergencial com uma adutora, a água só chega às torneiras duas vezes por semana. E ninguém escapa do velho hábito do banho de cuia.

Ruim de urna– Apesar de famoso, Ariano não exerceu nenhum tipo de influência política em sua terra natal. “Minha família sempre foi ruim de voto”, costumava dizer numa referência a um tio que disputou uma vez a Prefeitura de Taperoá e não obteve sucesso nas urnas. O domínio do poder local continua com a família Farias, que na gestão atual já deu espaço aos Vilar e Suassuna.

Olho no 2º turno– Nem o PT nem o PSDB acreditam no potencial de Eduardo Campos (PSB) e muito menos na alavancagem de Marina Silva (Rede). A tática do momento é a de não hostilizar o ex-governador pernambucano. Nem Aécio nem Dilma acredita que o socialista será capaz de quebrar a polarização histórica entre o PT e o PSDB. Por isso, contam com o seu apoio no segundo turno.

Processo nas costas – Após ser acusado como um dos responsáveis por oferecer dinheiro para que o Pros apoiasse a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo de Pernambuco, o líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte, anunciou que irá processar o também deputado federal José Augusto Maia (Pros-PE), responsável pela denúncia, por calúnia e difamação. A queixa-crime deverá ser feita junto ao Superior Tribunal Federal (STF).

CURTAS

Nos funerais– Segundo denúncia feita por José Augusto Maia ao jornal Folha de São Paulo, o Pros teria recebido uma oferta em dinheiro em troca do apoio à candidatura de Paulo Câmara, cujo coligação conta com 21 partidos. O parlamentar, que exerceu o cargo de presidente da legenda em Pernambuco, também apontou o presidente nacional do PP como um outro responsável pela oferta.

DEPOIMENTO – Um dos momentos mais marcantes dos funerais de Ariano foi quando vários cavaleiros, representando mouros e cristãos do romance A Pedra do Reino, cruzaram suas lanças sobre o caixão. O gesto era utilizado para marcar a chegada de Ariano às cavalgadas que ele fazia no município de São José do Belmonte.

Perguntar não ofende: Por que Lula não veio se despedir de Ariano, seu grande amigo?

O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna faleceu nessa quarta-feira (23) após uma parada cardíaca e recebeu homenagem de vários famosos. Entre eles, a apresentadora Ana Maria Braga. Ela falou sobre um pouco do legado do poeta em seu programa e resolveu encerrar o Mais Você desta quinta (25) com uma frase do escritor.  

Mas, Ana acabou pagando um mico ao errar o nome do homenageado. Após a exibição da frase, ela disse: "Adriano Suassuna. Bom dia." e permaneceu em silêncio até a imagem ser cortada. O que Ana não sabia é que o nome correto seria Ariano no lugar de "Adriano" dito por ela. 

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Os jogadores do Sport entram em campo às 19h30 desta quinta-feira (24) com uma homenagem ao escritor e torcedor de honra Ariano Suassuna, que faleceu na noite desta quarta (23), vítima de um AVC. Os atletas leoninos irão usar uma camisa com imagem do autor com a mensagem: "Ariano Imortal". Além disso, a famosa frase de Suassuna - Eles não sabem o que é felicidade, porque felicidade é torcer pelo Sport - estampa a parte de tras da camisa vermelha e preta. 

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Os mascotes rubro-negros irão usar uma máscara com o rosto do escritor na hora de entrar em campo com os atletas leoninos. O Sport decretou luto oficial de três dias e ainda fará outras homenagens ao eterno torcedor rubro-negro. 

 

O adeus a um mestre. O enterro do corpo do escritor, dramaturgo, professor, Ariano Suassuna, foi realizado no fim da tarde desta quinta-feira (24) em um cemitério localizado em Paulista, cidade da Região Metropolitana do Recife.

Estiveram presentes, além dos familiares de Ariano, políticos e artistas. O sepultamento ocorreu por volta das 17h15. 

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O músico Ed Carlos lembrou o legado de Ariano, ressaltando que a cultura pernambucana está órfã. “Ariano, além de toda a sua trajetória como escritor e dramaturgo, deixou um grande legado na música. A gente, mais uma vez, ficou órfão. Já se foi o Mestre Salustiano e agora Ariano. Já que papai do céu chamou, eles agora irão fazer festa no céu”, afirmou o músico.     

O cortejo com o corpo de Ariano Suassuna foi recebido por honrarias militares quando chegou ao cemitério Morada da Paz. Um dos netos do escritor recitou dois poemas de Ariano, um escrito para o pai e outro para a esposa do dramaturgo. O público também entoou o hino do Sport Club Recife, time de coração de Ariano. 

Tocada por um violinista, as músicas Amigos para Sempre, seguida pela Ave Maria, encerraram a cerimônia.

O ex-governador Eduardo Campos, o governador de Pernambuco João Lyra Neto, o prefeito do Recife Geraldo Julio, além de Paulo Câmara, candidato ao governo estadual, e Fernando Bezerra Coelho, candidato ao senado, marcaram presença no sepultamento. Confira no vídeo abaixo detalhes sobre o enterro do mestre.

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*Com Elaine Ventura

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