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A Arena de Pernambuco completa 10 anos de existência nesta segunda-feira (22). Construído em 2013, o estádio localizado em São Lourenço da Mata foi palco de confrontos de Copa das Confederações, Copa do Mundo e finais de campeonatos. A obra também é muito lembrada pelas suspeitas de superfaturamento, além de ser deficitária até hoje.

Na época em que foi construída, houve a promessa de uma cidade-modelo nos arredores do estádio. Porém, o projeto não saiu do papel. A "Cidade da Copa", como foi apelidada, teria shopping center, hotéis, museu, teatro e universidade. Nada disse aconteceu.

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Nas quatro linhas, porém, o estádio tem partidas que ficaram na memória do torcedor. Confira 10 jogos de futebol marcantes que foram disputados na Arena.

Náutico 1 x 1 Sporting (Amistoso)

Na inauguração da Arena de Pernambuco, o Náutico enfrentou o Sporting de Lisboa em um amistoso internacional, diante de 26.803 pessoas. O placar foi aberto pelos portugueses, com gol contra de Luís Eduardo. No final da segunda etapa, o Timbu buscou o empate com um pênalti convertido pelo atacante Elton.

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Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport (2ª fase - Copa Sul-Americana 2013)

Após perder por 2 a 0 no jogo de ida, na Ilha do Retiro, o Náutico se viu obrigado a atacar o Sport a fim de se classificar para as oitavas de final da Copa Sul-Americana 2013. 

O Timbu foi valente e abriu o placar no finalzinho do 1º tempo, com gol de Elicarlos. Na segunda etapa, um gol antológico do atacante uruguaio Olivera. Com a partida terminando empatada, a classificação foi decidida nos pênaltis. 

Foi quando o ídolo rubro-negro Magrão brilhou ao defender as penalidades de Olivera, Tiago Real e Rogério. Apenas Jônatas converteu para o Timbu. No Sport, 100% de aproveitamento. Felipe Azevedo, Marcelo Cordeiro e Patric anotaram para o Leão.

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Botafogo 1 x 0 Fluminense (Brasileirão 2013)

Com o Engenhão interditado e o Maracanã fechado após a Copa das Confederações, o Botafogo levou o clássico diante do Fluminense para a Arena de Pernambuco, em 2013. O Glorioso derrotou o tricolor por 1 a 0, com gol do holandês Clarence Seedorf. Na época, a mudança de local da partida custou um prejuízo de R$ 41 mil para os bolsos do Botafogo.

Itália 4 x 3 Japão (Fase de Grupos - Copa das Confederações 2013)

Em um jogo emocionante de sete gols, a Itália derrotou o Japão por 4 a 3, pela primeira fase da Copa das Confederações 2013. Os japoneses tiveram o apoio dos torcedores presentes na Arena de Pernambuco, mas não foi o suficiente para bater a Azzura. Os gols da seleção tetracampeã foram marcados por De Rossi, Uchida (contra), Balotelli (pênalti) e Giovinco. Honda, Kagawa e Okazaki anotaram para os japoneses.

Náutico 0 x 1 Sport (Final - Campeonato Pernambucano 2014)

Na 100ª edição do Campeonato Pernambuco, o Sport se sagrou campeão ao vencer o Náutico por 1 a 0, com gol do Xerife Durval, ídolo da torcida rubro-negra. No jogo de ida, o Leão já havia vencido por 2 a 0, na Ilha do Retiro. Com a confirmação do seu 40º título estadual, o Sport tornou-se o primeiro clube a festejar um título na Arena.

Costa do Marfim 2 x 1 Japão (Fase de Grupos - Copa do Mundo 2014)

Sob uma forte chuva que caiu no Recife, os 40.267 torcedores presentes na Arena de Pernambuco viram a Costa do Marfim vencer o Japão, na estreia do estádio na Copa do Mundo 2014, por 2 a 1, de virada. Honda abriu o placar para os japoneses, que viram Bony e Gervinho mudarem totalmente o rumo da partida ao marcarem um gol cada.

Costa Rica (5) 1 x 1 (3) Grécia (Oitavas de final - Copa do Mundo 2014)

A única partida das eliminatórias da Copa do Mundo 2014 sediada na Arena de Pernambuco foi disputada entre Costa Rica e Grécia. O duelo terminou empatado em 1 a 1 durante o tempo normal e na prorrogação, com gols de Bryan Ruiz, para a Costa Rica, e Sokratis, para os gregos. Nos pênaltis, vitória e classificação dos costarriquenhos por 5 a 2.

Brasil 2 x 2 Uruguai (Eliminatórias da Copa do Mundo 2018)

Em 2016, a seleção brasileira enfrentou o Uruguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo 2018. Os comandados de Dunga abriram o placar com Douglas Costa em apenas 40 segundos de bola rolando. Renato Augusto ampliou aos 25 da primeira etapa. As estrelas de Cavani e Suárez brilharam quando ambos marcaram, respectivamente, para o Uruguai.

Sport 0 x 1 Santa Cruz (2ª fase - Copa Sul-Americana 2016)

Com gol de Bruno Moraes, o Santa Cruz de Grafite e Léo Moura venceu o Sport por 1 a 0 em um Clássico das Multidões, se garantindo nas oitavas de final da Copa Sul-Americana 2016. Com a classificação, a Cobra Coral carimbou o passaporte para o seu primeiro jogo internacional oficial na história.

Náutico 2 x 1 Central (Final - Campeonato Pernambucano 2018)

Diante de 42.352 mil torcedores, o Náutico voltou a conquistar um título após 13 anos na seca. Graças aos gols de Ortigoza e Jobson, os alvirrubros puderam, finalmente, voltar a soltar o grito de "é campeão".  A partida de ida havia terminado empatada em 0 a 0, com as duas equipes precisando da vitória para levantar a taça.

O papa Francisco vai completar na próxima segunda-feira (13) uma década de pontificado, período marcado por sua popularidade entre os fiéis e pela resistência feroz dentro da Igreja Católico a seu projeto de reformas, mesmo que estas não questionem os pilares doutrinários.

Assim que foi eleito papa, em 13 de março de 2013, o cardeal argentino Jorge Bergoglio mostrou seu desejo de ruptura, ao aparecer na varanda da basílica de São Pedro sem nenhum ornamento litúrgico.

O jesuíta sorridente e de linguajar franco representava um contraste com tímido Bento XVI, que havia renunciado ao cargo.

E provavelmente já tinha em mente seu programa: a reforma da Cúria (o governo da Santa Sé), corroída pela inércia, e o saneamento das duvidosas finanças do Vaticano.

O ex-arcebispo de Buenos Aires, que nunca fez carreira nos corredores de Roma, queria "pastores com cheiro de ovelha" para devolver o dinamismo a uma Igreja cada vez menos presente e superada em muitas regiões pela vitalidade dos cultos evangélicos.

As pregações deste crítico do neoliberalismo destacaram reivindicações por maior justiça social, proteção da natureza e defesa dos migrantes que fogem das guerras e da miséria.

"Acabou com a demonização da homossexualidade, com os debates sobre relações extraconjugais ou sobre contraceptivos (...). Tudo isso saiu da primeira página", declarou à AFP o vaticanista italiano Marco Politi

- "Periferias" -

"O papa introduziu na Igreja assuntos centrais das democracias ocidentais, como o meio ambiente, a educação, o direito", destaca Roberto Regoli, professor na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Ele também denuncia os conflitos que devastam o planeta, mas sem resultados concretos, como demonstram seus apelos por um fim da guerra na Ucrânia.

Mas sua imagem rezando sob a tempestade na praça de São Pedro vazia durante a pandemia ilustrou como poucas a necessidade de repensar a economia mundial.

Este pastor incansável, apesar dos 86 anos e seu estado de saúde frágil que o obrigam a usar uma cadeira de rodas, segue privilegiando as missões nas "periferias" do leste da Europa ou da África.

Durante a década 'bergogliana', a Igreja Católica também desenvolveu um diálogo inter-religioso, em particular com o islã.

Ele também teve um encontro histórico em 2016 com o patriarca ortodoxo russo Kirill, mas a aproximação foi interrompida pelo apoio desta Igreja cristã à invasão russa da Ucrânia.

Para enfrentar os escândalos de abusos sexuais de menores de idade por religiosos, Francisco aboliu o "sigilo pontifício", que era utilizado por autoridades eclesiásticas para não comunicar tais atos. Um gesto importante, mas insuficiente para as associações de vítimas.

- Lutas de poder -

Francisco levou novos ares a Roma: optou por viver em um apartamento sóbrio, rejeitando o suntuoso Palácio Apostólico, e frequentemente convidava à sua mesa moradores em situação de rua ou presidiários. Um estilo que também rendeu críticas de setores que veem nele uma dessacralização de suas funções.

O primeiro papa latino-americano da História continua mobilizando os fiéis no exterior, mas também há quem o critique por um exercício extremamente pessoal de sua autoridade sobre 1,3 bilhão de católicos.

"Francisco mostrou um autoritarismo ao qual a Cúria não estava acostumada há muito tempo. E isso pode irritar", disse à AFP um importante diplomata em Roma.

E a oposição dos setores mais conservadores da Igreja está mais viva do que nunca, apesar das mortes de dois de seus principais representantes: Bento XVI, falecido em dezembro, e o cardeal australiano George Pell, que faleceu em janeiro.

A Igreja questiona agora quem será o sucessor de Francisco.

"As verdadeiras manobras para o conclave já começaram. Não são ações sobre nomes, e sim sobre a plataforma ideológica do futuro pontificado", afirma Politi.

Francisco deu a entender em alguns momentos que poderia renunciar ao cargo.

Mas no momento ele segue alterando o colégio cardinalício e já designou 65% dos nomes que definirão o próximo papa.

E prepara vários eventos importantes, como uma reunião de bispos no fim do ano para discutir o futuro da Igreja.

O sistema operacional Windows Vista (Microsoft) completa 16 anos nesta segunda-feira (30). Considerado como uma das maiores falhas da Microsoft, o Vista foi o produto Microsoft que contou com o menor tempo de suporte operacional e atualizações.

O lançamento do Vista foi duramente criticado pela falta de compatibilidade com hardwares, problemas de estabilidade e lentidão, além de introdução de recursos e novidades pouco ou nada explicadas ao usuário. Sua aposentadoria chegou em 2009, apenas dois anos após seu lançamento.

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Apesar de amargar o fracasso comercial, o sistema teve um começo relativamente positivo, com 20 milhões de cópias vendidas no primeiro mês e 180 milhões em apenas um ano, o dobro do Windows XP.

Quando lançado, o Windows Vista exigia computadores rápidos para funcionar, principalmente por conta das mudanças em relação a interface gráfica Aero, repleta de efeitos transparentes e detalhes gráficos mais caprichados. Outra diferença estava em como o Vista ocupava completamente a memória RAM do computador, não deixando capacidade de processamento para outros programas.

Todos os aspectos do lançamento do Windows Vista contribuíram para que o sistema operacional ganhasse o título de pior lançamento da Microsoft em sistemas operacionais. 

Faz dez anos nesta sexta-feira (27) que Jessica Montardo Rosado e o irmão Vinicius planejaram comemorar o aniversário de um amigo. Na verdade, a festa já havia ocorrido à tarde, mas como eram jovens, quiseram estender em uma balada. A duas quadras e meia de distância e apesar da fila gigante, a escolhida foi a Boate Kiss, local da tragédia que deixou 242 mortos em Santa Maria (RS). Poderia ter sido pior se Vinicius, estudante de Educação Física e jogador de rugby, não tivesse conseguido salvar pelo menos 14 pessoas. Ele mesmo, porém, não escapou.

Jessica teve de aprender a lidar com a dor da perda do irmão. Recorreu a yoga, acunpuntura, escreveu sobre traumas nas redes sociais e também aos conselhos de outros parentes de vítimas, que se juntaram nos primeiros anos após o incêndio. "Não tem receita para viver o luto. Cada um vive a dor de uma forma. O que sempre digo para as pessoas é para que se permitam, pois sempre me permiti", diz ela, hoje com 34 anos.

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"(No dia da tragédia) A fila era gigantesca, mas não acontecia só na Kiss. Eu não tinha ideia de que as filas que faziam voltas na quadra, poderiam significar algo. Tenho certeza que ninguém imaginava isso antes da tragédia acontecer", afirma. Do grupo de 20 pessoas que foram à casa noturna para comemorar o aniversário, 11 morreram.

"Eu vi a hora que o Marcelo (de Jesus Santos, da banda Gurizada Fandangueira) colocou a luva, pegou o artefato pirotécnico e na hora do refrão, ergueu as mãos e uma faísca pegou no teto", afirma ela, que até hoje não consegue ouvir a música Amor de Chocolate, do funkeiro Naldo, que tocava na hora em que o fogo começou. Ela relata ter saído "empurrada" pela multidão, que se assustou com a fumaça. Já o irmão ficou dentro do espaço - e depois começou a ajudar outras pessoas na boate.

Logo que saiu da Kiss, Jessica entrou em contato com o pai. Eles e amigos procuraram por Vinicius a madrugada inteira e só no início da manhã descobriram que ele, de apenas 26 anos, havia morrido. "Passei muito mal durante todo o velório. Cuspia e tossia preto. Mas também foi durante aquele momento que soubemos, por capas de jornais, que o Vinícius tinha feito história", afirma ela, sobre a repercussão internacional do caso. "A gente está aqui pra relatar, mas ele que é o herói e a pessoa que fez por merecer todas as homenagens que recebeu até hoje."

Santa Maria também fez questão de preservar a memória do rapaz. O ginásio anexo "B" do Centro Desportivo Municipal Miguel Sevi Viero recebeu o nome do jovem e ele teve seu nome dado ao campeonato da segunda divisão do rugby gaúcho.

Após a perda do irmão, ela diz ter cursado Direito para entender os desdobramentos judiciais do caso. Jessica terminou o curso, mas nunca trabalhou na área e não fala do assunto. Em agosto de 2022, ninguém está preso: a Justiça anulou o júri que condenou quatro pela tragédia (dois sócios da boate, o músico que acendeu o instrumento pirotécnico que deu origem às chamas e o empresário da banda, que comprou o artefato). Recursos tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Imagens se apagaram

Ezequiel Corte Real, 33 anos, multicampeão de fisiculturismo, salvou pelo menos 20 pessoas no dia da tragédia. Também estudante de Educação Física e na época com 23 anos, ele diz que muitas imagens do dia se apagaram - ele teve de buscar ajuda psicológica após o trauma.

O fato de estar na casa noturna naquele dia se deu por acaso. "Estava com alguns amigos no centro dando uma volta, mas não tínhamos intenção de ir em festa", conta. "Um homem passou de carro e disse que estava vendendo os ingressos dele porque tinha desistido de entrar na boate. Decidimos entrar."

Lá dentro, eles ficaram em frente ao palco para curtir o show. Quando a fumaça começou ele acreditou que haveria uma equipe preparada para lidar com isso, mas não foi o que ocorreu. Entre o caixa e a chapelaria do estabelecimento, ele viu duas moças caídas no chão. "Elas estavam sendo pisoteadas por outras pessoas. Só pensei em colocar uma em cada braço e tirar ali de dentro. Conforme eu ia tirando, elas iam desmaiando logo que largava na calçada."

Por sua força e tamanho, Ezequiel conseguia retornar para dentro da casa noturna e erguer pessoas que já estavam desmaiando por conta da fumaça tóxica das espumas usadas para isolamento acústico do local. O universitário ainda salvou mais pessoas, até que uma policial o interrompeu, mostrando que tudo poderia desabar. Foi aí que ele percebeu a quantidade de corpos sob lonas no estacionamento do supermercado próximo à boate. Nas semanas seguintes, ele recebeu a gratidão e a solidariedade dos parentes de quem ele ajudou - mesmo os que não resistiram depois.

"Nesses 10 anos depois, consigo ver que existe um ponto na minha vida em que ressurgi. Além de ter uma nova oportunidade, consigo sentir que a vida vai muito além do que a gente vive aqui", diz o fisiculturista. "Dou mais valor à família, minha mãe, minha avó", afirma.

O incêndio na boate Kiss completa dez anos nesta sexta-feira (27). A tragédia provocou a morte de 242 pessoas, mais de 600 feridos e comove o país até hoje, sem nenhum réu responsabilizado

O drama começou por volta de três horas da manhã do dia 27 de janeiro de 2013, quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, acendeu um objeto pirotécnico dentro da boate, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. 

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A espuma do teto foi atingida por fagulhas e começou a queimar. A fumaça tóxica fazia as pessoas desmaiarem em segundos. O local estava superlotado, não tinha equipamentos para combater o fogo, nem saídas de emergência suficientes. Morreram pessoas que não conseguiram sair e outras que tinham saído, mas voltaram para ajudar.

O delegado regional de Santa Maria, Sandro Luiz Mainers, contou que o pânico se instalou quando a fumaça se espalhou e a luz caiu. As pessoas não sabiam como fugir.

"E isso fez com que algumas pessoas enganadas por duas placas luminosas que estavam sobre os banheiros da boate corressem na direção dos banheiros e não na direção da porta. Então, houve um fluxo e um contrafluxo. Algumas corriam para o banheiro e outras tentavam correr na direção da porta de entrada. Isso fez com que muitas pessoas morressem porque algumas acabaram sendo derrubadas, algumas caíram", relatou.

Além da falta de sinalização, quem tentava sair esbarrava nos guarda corpos que serviam para direcionar as pessoas ao caixa da boate, disse o delegado. "E os guarda corpos foram determinantes até porque nós encontramos corpos caídos sobre esses guarda corpos", afirmou.

Relato

O jornalista Dilan Araújo atuou na cobertura para as rádios da EBC, quando o incêndio aconteceu. Ele disse que os familiares iam a um ginásio da cidade para procurar por informações e fazer o reconhecimento das vítimas.

"E, por isso, de tempos em tempos, a gente ouvia os gritos desconsolados, né? Rompendo aquela atmosfera de silêncio e de tensão, outros familiares tentando consolar aqueles que se encontravam numa emoção. De desespero maior. E tinha também a angústia daqueles que ainda estavam sem notícias", finalizou.

O papa Francisco lamentou as "guerras selvagens" que afetam vários países do mundo e reconheceu que seu pontificado está marcado desde o início, há quase 10 anos, por este drama social e humano.

"Não apenas existem guerras, mas são selvagens. Há guerras de destruição e guerra entre humanos. É que nós perdemos a consciência da guerra", afirmou Francisco em uma longa entrevista em espanhol, divulgada nesta terça-feira, para as jornalistas mexicanas María Antonieta Collins e Valentina Alazraki, do canal de streaming ViX.

"Há alguns anos eu digo que estamos vivendo a Terceira Guerra Mundial em pequenos pedaços, em capítulos (...) Comecei o pontificado com a guerra na Síria, com uma praça lotada rezando para que acabasse", lembra o papa argentino, de 85 anos, ao fazer um balanço de seus anos no trono de Pedro desde sua eleição, em março de 2013.

Na entrevista, Francisco fala da guerra no Iêmen, da "carnificina social" em Ruanda, da "guerra que nos tocou de perto" como a da Ucrânia e também do sofrimento das mães dos 30.000 "garotos" que morreram no desembarque nas praias da Normandia, em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial.

"E a humanidade segue fabricando armas", destacou o primeiro papa latino-americano da história, apesar de o "uso e posse de armas nucleares ser imoral" para a Igreja.

"Não podemos brincar com a morte à mão", disse.

Com tom simples, Francisco também falou sobre os escândalos de abusos de menores de idade que abalaram a Igreja, aborto, migração, a reforma da cúria, seu estado de saúde e também sobre os boatos a respeito de sua possível renúncia por problemas de saúde.

"Se vejo que não posso (continuar) ou provoco dano ou sou um estorvo, espero a ajuda para tomar a decisão de me aposentar" e, quando esse dia chegar, ele disse que prefere ser considerado um "simples bispo emérito de Roma" e não "papa emérito", como explicou seu antecessor Bento XVI.

"Se sobreviver após a renúncia, gostaria de fazer algo do tipo: confessar e visitar os doentes", admitiu.

Ele contou que o "joelho dói um pouco", que se sente um pouco "diminuído" porque teve que usar cadeira de rodas e bengala, mas que com os tratamentos "consegue caminhar".

"Não tenho intenção nenhuma de renunciar. No momento, não", concluiu.

William Bonner revelou que pretende deixar de apresentar o Jornal Nacional. O jornalista respondeu perguntas dos internautas no Instagram, nesta sexta-feira (8).

"Como vê o JN daqui a dez anos?" O âncora do jornal, então, respondeu: "Bom, daqui a dez anos eu certamente vou ver de casa. Porque eu não pretendendo estar com essa idade toda apresentando o JN, eu vou estar com 67 anos [de idade]. O tio tem que descansar também, né? Vamos devagar".

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Bonner ainda explicou o motivo de deixar a barba crescer: "Não aguentava mais fazer minha barba. Eu usava barba na faculdade, até começar a trabalhar em televisão, e aí eu passei esses anos todos me barbeando. Cheguei à conclusão de que não precisava mais fazer isso, porque era uma perda de tempo enorme".

A publicação gerou diversos comentários: "JN sem Bonner. Não estou preparado pra essa conversa", escreveu uma pessoa. "Isso aí, nenhum trabalho merece uma dedicação para toda vida, quando achar que deve parar para sim. Vai curtir a vida!!!", opinou uma internauta. "Vai ter que apresentar até os 100 anos e sem discussão", brincou outra pessoa.

Em comemoração aos seus 10 anos de existênciao Sistema de Comunicação LeiaJá lança a primeira edição do 'Prêmio LeiaJá - Jornalistas do Futuro'. A iniciativa é destinada a estudantes de graduação em comunicação social de instituições, públicas ou privadas, credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC). Em 2021, o tema do prêmio é “Empatia e solidariedade: imunizantes contra a desigualdade social em tempos de pandemia”.

Os interessados em participar já podem se inscrever através do site do projeto. Todos os trabalhos devem ser submetidos por meio de formulário eletrônico até 1º de dezembro. No ato da candidatura, os participantes devem enviar toda documentação exigida pelo edital.

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O 'Prêmio LeiaJá - Jornalistas do Futuro' conta com cinco categorias: texto jornalístico, fotojornalismo, videorreportagem, podcast e reportagem transmídia. Os trabalhos serão julgados por uma comissão formada por cinco membros. Serão selecionados, de cada categoria, cinco trabalhos que serão publicados no LeiaJá. O resultado final está previsto para o primeiro bimestre de 2022.

Além da veiculação no portal de notícias, os selecionados serão contemplados com premiações nos seguintes valores: texto jornalístico, vídeo reportagem, podcast e fotojornalismo - R$ 3.000,00 (três mil reais) para o 1º colocado, R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) para o 2º colocado e R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais) para o 3º colocado; reportagem transmídia - R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o 1º colocado, R$ 3.000,00 (três mil reais) para o 2º colocado e R$ 2.000,00 (dois mil reais) para o 3º colocado.

Para Eduardo Cavalcanti, editor-chefe do LeiaJá, o prêmio é um incentivo para os novos jornalistas. "Os estudantes são o futuro da profissão e eles trazem uma tranformação, modernização que é essencial para o jornalismo. Na iniciativa, os estudantes vão construir um conteúdo diferenciado. Além da premiação em dinheiro, o Prêmio estimula para que as pessoas possam investir em um jornalismo de qualidade", afirma.

 Na última quinta-feira (19), o LeiaJá realizou a terceira noite do Meetiing de Jornalismo, para comemorar uma década do portal. O debate aconteceu no canal oficial do Youtube e abordou a importância do jornalismo engajador nos dias de hoje. 

Participaram da conversa o repórter da casa Jameson Ramos e o produtor e repórter da TV Globo, editor e colaborador do site Notícia Preta, Thiago Augusto. A live contou com a mediação da subeditora do LeiaJá, Giselly Santos. Acompanhe na íntegra o debate: https://www.youtube.com/watch?v=bNZtZNxMjNo

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De acordo com Augusto, o jornalismo engajador é capaz de dar voz a causas e salvar vidas. “Num cenário em que vivemos, onde a desinformação e as notícias falsas também se tornaram uma pandemia, o nosso trabalho ganha ainda mais relevância”, destaca. “Num país racista, ser um jornalista negro é combater essa estrutura e multiplicar o antirracismo”, complementa.

Durante a live, Augusto contou que não consegue separar a profissão da militância, uma vez que falar de racismo não é imparcial. O repórter também questiona o fato de vários veículos mencionarem as pessoas como negras nas matérias e não pelas suas profissões, da mesma maneira que é feito com os brancos.

Ramos relembra uma reportagem que fez para o LeiaJá a respeito do que a abolição não havia abolido e citou como exemplo o fato de muitos negros ainda serem observados de forma diferente em locais públicos. “A meu ver, quando trabalhamos com jornalismo engajador, buscamos dar mais visibilidade para as causas reais da nossa vivência”, comenta.

Outra convidada da live, que não conseguiu estar presente por motivos de saúde foi  a editora do portal Alma Preta, Nataly Simões. Para ela,  atualmente os leitores não buscam apenas se informar, mas também procuram uma identificação com os veículos jornalísticos que consomem. “Isso já é um ponto importante, porque o jornalismo engajador não tende a ter financiamento de grandes empresas. É um trabalho independente e que conta muito com o apoio dos leitores”, relata.

Na jornada de engajar o leitor, Nataly afirma que é importante aproximar a realidade do Brasil com a prática de fazer jornalismo. Ela lembra que no Brasil, embora os negros representem mais da metade da população, eles possuem baixa presença em cargos de liderança nas empresas e universidades, ao mesmo tempo que muitos são vitimas da fome e de violência policial. “Não dá pra achar que isso é normal e que não cabe à comunicação mudar este cenário também”, reflete.

LeiaJá recebeu, nesta segunda-feira (16), uma homenagem em comemoração aos 10 anos do portal de notícias. A solenidade foi realizada na Câmara Municipal do Recife e a iniciativa é de autoria do vereador Tadeu Calheiros (Podemos).

"Sabemos que a maioria da população utiliza, praticamente, as redes sociais, a internet para buscar informações. Então, a gente tem que homenagear essa empresa. Que, além disso, gera emprego, gera renda, que traz credibilidade na informação para todos os nossos recifenses, para todos os pernambucanos. Então a gente tem que homenagear pelo trabalho sério, competente e com muita credibilidade", explica Calheiros.

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Na ocasião, além do vereador, participaram da cerimônia o editor-chefe do LeiaJá, Eduardo Cavalcanti, o chefe de reportagem Pedro Oliveira e os editores Thabata Alves, Nathan Santos e o subeditor de multimídia, Thiago Graf.

"É uma alegria muito grande receber essa homenagem em nome de toda a equipe do portal. O principal elemento é de toda empresa, de todo projeto são as pessoas que fazem parte dele. Toda a equipe que está hoje no LeiaJá, toda equipe que já passou pela história do nosso portal. São dez anos de muitas histórias contadas, muitas reportagens, muitos especiais, muitas viradas de noite com coberturas diferenciadas, grandes tragédias, grandes alegrias. Chegar a dez anos não é para qualquer empresas e nós que nascemos já na era da internet e, hoje, podemos, com muita alegria, continuar a fazer o nosso trabalho, continuar levando informação de qualidade com muita responsabilidade para todos os nossos leitores", ressalta Eduardo Cavalcanti.

À frente da TV LeiaJá, Thiago Graf relembra que o projeto foi precursor em Pernambuco, no que se refere à webTV. "Lembro quando a gente começou, ainda era algo muito novo, você transmitir pela internet. Todo mundo já era acostumado com um veículo de massa, mas você não conseguia assistir a transmissão de Carnaval, São João, desfiles, partidas de futebol, futebol americano, tudo isso o LeiaJá trouxe, o que ninguém fazia na época e foi um investimento muito grande. Foi muito bacana, porque isso trouxe um novo panorama para todo mundo, para todos os veículos de comunicação. Tanto, que depois os veículos começaram a também ter suas webTVs e acho isso muito marcante", conta.

Meeting de Jornalismo LeiaJá 10 anos

Em comemoração a primeira década LeiaJá, o portal realiza, a partir desta segunda (16), uma série de lives. Debatendo o jornalismo em diferentes perspectivas, os encontros serão transmitidos por meio do canal do LeiaJá no YouTube e contarão com jornalistas do veículo e convidados. Confira a programação completa:

 

 

Na próxima segunda-feira (16), o LeiaJá inicia a série de lives em comemoração aos 10 anos do portal de notícias. O primeiro dia do evento "Meeting de Jornalismo LeiaJá 10 anos" terá como temática jornalismo e direitos humanos e contará com mediação do editor do veículo Nathan Santos e as jornalistas Marília Parente, repórter do LeiaJá, Joana Suarez, repórter freelancer, e Mariama Correia, editora da Agência Pública. O evento será transmitido por meio do canal do LeiaJá no YouTube, às 19h. 

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Nathan Santos reforça a importância de se debater a temática e da realização das lives. "Em tempos de pandemia, em que a desigualdade social fica mais evidente no Brasil, o jornalismo focado em direitos humanos se apresenta essencial para o País. O evento promovido pelo LeiaJá, além de celebrar uma década de luta do portal, promove debates de excelência sobre jornalismo, beneficiando estudantes, profissionais da área e, principalmente, os nossos leitores", destaca. 

Para a repórter especial do veículo, Marília Parente, a oportunidade, gerada pela realização da iniciativa, resultará em uma troca instigante. "Fico feliz em poder contribuir com o debate sobre jornalismo e direitos humanos a partir da partilha de minhas vivências do cotidiano como repórter especial. Diante de profissionais tão qualificados, imagino que a troca será bastante instigante para mim e para o público", diz.

O "Meeting de Jornalismo LeiaJá 10 anos" será realizado de 16 a 20 de agosto e traz para o debate o jornalismo sob diferentes perspectivas. Confira a programação completa:

Em comemoração aos 10 anos do LeiaJá, o portal de notícias promoverá uma série de lives, do dia 16 a 20 de agosto. Debatendo a prática jornalística, os encontros serão transmitidos, ao vivo, por meio do canal do LeiaJá no YouTube, e contarão com jornalistas do veículo e convidados.

O editor-chefe do LeiaJá, Eduardo Cavalcanti, salienta que a iniciativa, batizada de "Meeting de Jornalismo LeiaJá 10 anos", é uma maneira de apresentar essa primeira década do portal ao público e as ações que estão por vir. Ele acrescenta: “O YouTube é o segundo maior canal de buscas, por isso, realizar essas lives na plataforma é condizente com o momento. As lives estão caindo no gosto popular, além disso, por sua dinâmica, permitem o diálogo”.

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Ainda de acordo com Cavalcanti, as temáticas escolhidas para as lives representam como o jornalismo está se comportando neste momento com a presença, de forma mais contundente, das questões sociais e de direitos humanos. Entre as temáticas, que serão debatidas durante o evento, estão direitos humanos, fake news, jornalismo de dados, entre outros temas ligados à profissão. Confira a programação completa:

Dia 16, às 19h - Jornalismo e Direitos Humanos

Mariama Correia, editora da Agência Pública. Foi repórter do Marco Zero Conteúdo, Folha de Pernambuco e já assinou matérias no The Intercept Brasil e em revistas da Editora Abril. Participa do Atlas da Notícia, um mapeamento do jornalismo no Brasil, como pesquisadora do Nordeste.

Joana Suarez, repórter investigativa freelancer, focada em direitos humanos. Professional Fellow do ICFJ 2021. Tem projetos independentes de podcasts, newsletters e, em 2020, fundou a Redação Virtual, que reúne mais de 200 jornalistas de todas as partes do País.

Marília Parente, repórter especial do LeiaJá. Ganhadora dos prêmios Conif, MPT de Jornalismo e do 1º Prêmio de Jornalismo Cultural, do Sinjope.

Mediação: Nathan Santos, editor do LeiaJá e pós-graduado em Comunicação e Marketing Digital. É vencedor de dez prêmios de jornalismo, entre eles o Grande Prêmio MPT, Abrafarma, Sebrae Regional, NHR e Conif.

Dia 17, às 19h30 - Jornalismo de dados e monitoramento ambiental

Taís Seibt Repórter é gerente de projetos da agência 'Fiquem Sabendo'. Lidera a iniciativa Afonte Jornalismo de Dados. Passou pelo jornal Zero Hora e já assinou trabalhos em O Estado de S. Paulo, O Globo, BBC Brasil, The Intercept e Agência Pública. Recebeu Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2020, com trabalho sobre fact checking. Doutora em Comunicação, também é professora de jornalismo digital e de dados da Unisinos (RS), Cásper Líbero (SP) e IDP (Brasília).

Jéssica Botelho é pesquisadora da agência Fiquem Sabendo e do Atlas da Notícia. Também é doutoranda na Universidade Federal do Rio de Janeiro - com projeto de tese sobre desinformação e desmatamento no Pará -. Mestre em Ciências da Comunicação e graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas.

Mediação: Antonio Carlos Pimentel Jr., jornalista, mestre em Letras, professor da UNAMA – Universidade da Amazônia e editor do LeiaJá Pará.

Dia 18, às 19h - Cobertura jornalística na Amazônia: fake news e fact checking

Guilherme Guerreiro Neto é mestre em Jornalismo pela UFSC, doutorando em Ciências: Desenvolvimento Socioambiental pela UFPA. Repórter do site InfoAmazonia nos projetos Amazônia Sufocada e Engolindo Fumaça. Colaborou com o projeto de checagem Truco, parceria da Agência Pública e do Portal Outros400.

Catarina Barbosa é repórter investigativa freelancer do projeto #Colabora, do site Repórter Brasil e correspondente do Brasil de Fato no Pará. Tem passagens pelo G1 Pará e pela agência Amazônia Real. Vencedora dos prêmios INEP de Jornalismo, em 2017, e do Vladimir Herzog, em 2019, pela série #SemDireitos.

Mediação: Thiago Barros, jornalista, doutor em Comunicação, professor da UNAMA – Universidade da Amazônia.

Dia 19, às 19h - Jornalismo Engajador

Nataly Simões é editora da agência Alma Preta, especializada na temática racial. Iniciou a carreira no LeiaJá e já assinou reportagens também para veículos como Folha de S. Paulo, UOL e Yahoo Notícias.

Thiago Augustto é produtor e repórter da TV Globo, editor colaborador do site Notícia Preta e idealizador do projeto Futuro Black. Vencedor do prêmio Urbana de Jornalismo, com a série T.I Sufoco, da TV Globo.

Mediação: Giselly Santos, subeditora do LeiaJá com passagem pela Rádio Folha de Pernambuco.

Dia 20, às 19h Inteligência Artificial, Big Data e Jornalismo

Sérgio Denicoli é pós-doutor em comunicação e CEO da Agência Exata, empresa que trabalha com dados e inteligência artificial. Foi professor da Universidade do Minho e Universidade Lusófona, em Portugal, e da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Marina Meireles é jornalista com passagens pelo Diario de Pernambuco, G1 e, atualmente, atua na empresa de tecnologia Bitso. Foi vencedora do Data Journalism Awards em 2018 com o projeto Monitor da Violência, do G1.

Mediação: Flávia Delgado, editora do LeiaJá São Paulo, professora e doutora em Ciências da Comunicação.

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Para Pedro Oliveira, chefe de redação do portal, é necessário debater o jornalismo sob diferentes perspectivas. “No momento em que atravessamos, onde muitas notícias falsas circulam e acabam prejudicando e até matando as pessoas, debater comunicação é essencial. Fazer jornalismo responsável é defender os direitos humanos, é defender a verdade. Na maior crise sanitária da história da humanidade, isso ficou mais do que evidente. E precisamos discutir como vamos fazer isso da melhor forma de agora em diante”, ressalta.

O LeiaJá completa dez anos de história no dia 15 deste mês. Em sua trajetória, o portal realizou grandes coberturas jornalísticas e coleciona mais de dez premiações no segmento, a exemplo do Grande Prêmio MPT de Jornalismo, com o especial "Trabalhador - Herança escravista, pobreza e irregularidades", NHR, com a reportagem "Cidade do medo e da resistência" e 1º Prêmio de Jornalismo Cultural, com a "A poesia e a consciência negra de Solano Trindade".

Às vésperas da cúpula climática convocada pelos Estados Unidos, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou que a floresta registrou o maior desmatamento para o mês de março nos últimos 10 anos.

De acordo com boletim divulgado nesta segunda-feira (19), a destruição na Amazônia Legal totalizou 810 quilômetros quadrados no mês passado, um aumento de 216% em relação a março de 2020.

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A derrubada se concentrou sobretudo no Pará, com 35% do total, seguido por Mato Grosso (25%), Amazonas (12%), Rondônia (11%), Roraima (8%), Maranhão (6%), Acre (2%) e Tocantins (1%).

"O acumulado de janeiro a março em 2021 [1.185 quilômetros quadrados] também apresenta recorde de desmatamento: o total desmatado é o maior da série de 10 anos, mais do que o dobro do registrado em 2020", diz o Imazon, que utiliza uma ferramenta de monitoramento baseada em imagens de satélites e chamada Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).

Já a degradação na Amazônia, que mede o "distúrbio parcial provocado pela extração de madeira ou por incêndios", totalizou 64 quilômetros quadrados em março, crescimento de 156% em relação ao mesmo período de 2019.

O relatório chega em meio às negociações entre os governos de Brasil e Estados Unidos para um financiamento bilionário contra a devastação da Amazônia.

Em carta a seu homólogo Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal até 2030, mas o enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, cobrou "ações imediatas" e "engajamento com a população indígena e a sociedade civil" para que a promessa se transforme em "resultados concretos".

A proteção da Amazônia deve ser tema da cúpula de líderes convocada por Biden para discutir a crise climática, em 22 e 23 de abril.

Da Ansa

O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou  um projeto para alterar a revisão da Lei de Cotas, que garante a reserva de vagas para negros, indígenas, pessoas com deficiência, alunos de baixa renda e estudantes de escolas públicas em universidades públicas e institutos federais (PL 4.656/2020).

Sancionada em 2012, a lei deve ser reavaliada após dez anos de execução, em 2022. De acordo com Paim, a revisão poderá concluir que a política de cotas não será mais necessária, caso os percentuais de participação de alunos pretos e pardos nas instituições federais alcancem a proporção respectiva dessas raças na população da unidade da Federação em que vivam. O mesmo critério valerá para as cotas de indígenas e pessoas com deficiência.

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A extinção das cotas, diz o senador, significaria um "um pesado golpe nas camadas mais necessitadas e discriminadas da população", ainda que alguns estados já tenham se aproximado da participação dos setores beneficiados no ensino superior em relação à população total. Paim lembra que a miséria e a desigualdade voltaram a crescer a partir de 2016. Para ele, enquanto não forem adotadas novas políticas para melhorar a qualidade do ensino nos níveis fundamental e médio e para reduzir a desigualdade social as cotas devem ser mantidas.

O projeto prevê que, em vez da revisão única prevista para 2022, a lei seja sempre reavaliada a cada 10 anos. Caso se verifique que em determinada unidade da Federação o preenchimento das vagas pelos setores beneficiados está abaixo do percentual de cada grupo no total da população, a cota é automaticamente renovada por mais dez anos. Se o preenchimento das vagas igualar ou superar esse percentual, a política será mantida por pelo menos mais cinco anos. E se após a suspensão da política a participação dos setores beneficiados cair, a aplicação das cotas é retomada.

Instituições particulares

O projeto também propõe que as cotas sejam aplicadas aos processos seletivos em todos os cursos de graduação de instituições particulares. Hoje, a política de cotas só beneficia estudantes que ingressam em faculdades particulares com bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni).

Para facilitar o controle do cumprimento da lei, a proposta prevê ainda que o estudante informe sua raça no ato da matrícula.

Segundo Paim, as políticas de cotas têm alcançado resultados positivos não só no Brasil, mas também na Índia, nos Estados Unidos e na África do Sul, entre outros países. "Sem elas, a desigualdade se torna ainda mais aguda. Sua presença contribui para a redução da desigualdade, e o acesso à educação é uma das mais importantes formas de promover a inclusão social e econômica dos menos favorecidos", afirma na justificativa.

O senador lembra que as políticas afirmativas começaram a ser adotadas no Brasil a partir de 2003. A Universidade de Brasília (UnB) foi a primeira do país a estabelecer o sistema. Paim cita um estudo dos economistas Renato Vieira e Mary Paula Arends-Kuenning, da Universidade de Illinois, em Chicago, segundo o qual os programas de ação afirmativa adotados no Brasil nos anos 2000 foram eficazes para aumentar a matrícula de estudantes de grupos desfavorecidos em universidades públicas, especialmente em programas altamente competitivos. O aumento significativo no número de matrículas de negros só foi observado em universidades que adotaram critérios raciais explícitos em seus programas, de acordo com a pesquisa. E mais: o desempenho dos cotistas nas universidades avaliadas foi semelhante ao de alunos não cotistas, desmontando o falso argumento de que a Lei de Cotas promoveria o “rebaixamento” da qualidade dos profissionais egressos do sistema de ensino.

*Da Agência Senado

A popular plataforma Instagram completa dez anos nesta terça-feira (6). Embora tenha iniciado como uma rede social de fotografias, o aplicativo expandiu suas funcionalidades com recursos de vídeos, além das ferramentas de negócios.

Assim, o Instagram começou a ser parte da rotina daqules que usam a plataforma para se atentarem aos acontecimentos do mundo. "Uso para acompanhar a rotina das minhas bandas e artistas preferidos", comenta a técnica de enfermagem Fabiana Dias, 34 anos, que também utiliza a rede social para acompanhar o noticiário político. "Também gosto de usar o Instagram como inspiração para algumas situações cotidianas. Sempre procuro conhecer pessoas que se parecem comigo", complementa.

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Nos primeiros anos do Instagram, o coordenador de mídias sociais Guilherme Navarro, 26 anos, não deu muita atenção para a plataforma. Com o passar do tempo, a rede passou a ser o seu acervo pessoal, onde ele posta registros de exposições, shows e passeio com os amigos e família. "Hoje, o meu perfil se tornou um espaço onde compartilho não somente fotos ou vídeos, mas onde crio no intuito de me expressar, de externar sentimentos, pensamentos, ideias e mostrar de forma minimalista os pequenos prazeres da vida", descreve.

A rede social também faz parte da rotina da publicitária Amanda Bentivoglio, 27 anos, que a utiliza como ferramenta de trabalho. "É incrível como a rede se tornou peça tão importante para marcas e usuários convencionais. Por meio dela, conseguimos criar ótimos relacionamentos e sempre tirar excelentes insights para nossos conteúdos nas plataformas digitais", destaca.

A publicitária admira as possibilidades que a rede social oferece, como poder encontrar diversos influenciadores por meio do campo de pesquisa. "Enxergo o Instagram como uma plataforma muito poderosa, que ainda vai nos acompanhar por muito tempo e também ditará novidades", finaliza Amanda.

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O Instagram, uma das redes sociais mais usadas no mundo, completa uma década de existência nesta terça-feira (6). Para comemorar junto aos usuários, a rede incluiu um easter egg dentro dos aplicativos no mundo todo, e através dele é possível mudar o ícone do aplicativo, que dispõe de mais de 10 opções. O que mais chama atenção é que a rede social reviveu o ícone clássico, da câmera marrom, sua primeira identidade visual. A atualização está disponível para os sistemas Android e iOS.

Dentre as vastas opções, cheias de temas e cores, estão o ícone do Orgulho LGBTQI+, e os primeiros emblemas do aplicativo, que entraram em vigor entre 6 de outubro de 2010, quando o app veio ao ar, e 31 de agosto de 2011, e o ícone do pré-lançamento, de 2010. Há também as opções simples, em cores quentes e frias. Para conseguir visualizar o recurso escondido, é preciso estar com o app atualizado.

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"Para comemorar nosso aniversário, este mês convidamos você para alterar o ícone do seu aplicativo para o seu favorito abaixo", diz a mensagem nas configurações para escolher o ícone do aplicativo. "Obrigado por fazer parte da nossa história e usar o Instagram para compartilhar a sua".

A alteração do ícone é realizada pelas configurações do aplicativo da rede social para Android e iOS. Para conseguir fazer a alteração, basta ir no Menu do perfil (ícone com três traços, em lista, no canto superior direito), acessar as Configurações e então, arrastar a tela de cima para baixo, até que surja um fio com emojis comemorativos. Para saber se deu certo, é só tentar até uma animação com confetes surgir por toda a tela.

O aplicativo já abre a página, que é interna, assim que o usuário faz a brincadeira. Ao todo, são 13 opções de ícones. O ícone escolhido será alterado automaticamente na tela inicial do seu celular. Caso queira reverter as configurações, basta repetir o procedimento e escolher a opção "Atual".

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Apesar de ter se mantido em silêncio durante a evolução do caso, informações do jornal Folha de São Paulo apontam que a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, agiu nos bastidores junto à equipe de sua pasta para tentar impedir que a menina de dez anos, grávida após ser estuprada pelo próprio tio, fizesse o aborto legal. 

O caso veio à tona no dia 7 de agosto e já no dia 9 o ministério passou a manter contato via chamada virtual com os conselheiros tutelares Susi Dante Lucindo e Romilson Candeias, para obter informações e exercer influência sobre o caso. Somente no dia 10, Damares disse no Twitter que “Minha equipe está entrando em contato com as autoridades de São Mateus para ajudar a criança, sua família e para acompanhar o processo criminal até o fim”. 

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O objetivo de Damares, segundo o jornal, era transferir a vítima da cidade de São Mateus (ES), onde vivia, para um hospital em Jacareí (SP), onde aguardaria a evolução da gestação e teria o bebê, ignorando os riscos à vida e saúde física e mental da menina. 

Para isso, representantes do ministério e aliados políticos de Damares Alves foram enviados à cidade capixaba e realizaram várias reuniões com o objetivo de retardar o procedimento médico, pressionando os responsáveis por conduzir o caso e oferecendo benfeitorias ao conselho tutelar local. 

Algumas das reuniões virtuais teriam contado inclusive com a presença da própria ministra. De acordo com o jornal, foram pessoas da equipe de Damares Alves que vazaram o nome da vítima para a ativista bolsonarista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, que expôs o nome da menina e do hospital onde o aborto foi feito nas redes sociais antes que o procedimento fosse realizado, causando protestos em frente à unidade de saúde. A exposição da menina atenta contra o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

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Em nota, a Universidade de Pernambuco (UPE) afirmou rejeitar os atos promovidos no domingo (16) em frente ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), na Encruzilhada, Zona Norte do Recife. A unidade foi cercada por manifestantes, que tentaram invadir o local à força onde hostilizaram a menina de dez anos que estava grávida após ter sido estuprada pelo tio no Espírito Santo e a equipe médica responsável pela interrupção legal de sua gestação. 

“Esperamos que os envolvidos respondam legalmente ao artigo 331 do Código Penal, que define como crime ‘desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela’, com pena prevista de ‘detenção, de seis meses a dois anos, ou multa’, bem como descumprir decreto do governo estadual quanto a obrigatoriedade de uso de máscaras em locais públicos, com previsão de multa”, diz a UPE. 

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A Universidade ainda acrescentou que o Cisam, que é administrado pela UPE, é centro de referência para casos de aborto com amparo na legislação brasileira. “Repudiamos fortemente atos políticos e religiosos que vão de encontro a determinações legais, bem com estimulam aglomeração e confusão em frente a uma unidade hospitalar e seu serviço de emergência obstétrica, com evidente desrespeito ao hospital e seus pacientes. Questionamentos legais devem ser feitos ao poder judiciário, e não a profissionais em cumprimento de seu dever” de acordo com nota publicada pela instituição. 

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O tio acusado engravidar a sobrinha, de 10 anos, que abortou o feto no Recife, foi preso na madrugada desta terça-feira (18), no município de Betim, em Minas Gerais. O homem, de 33 anos, estava foragido, mas foi capturado após denúncias indicando seu esconderijo. De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, antes de fugir para Minas, ele estava na Bahia.

O homem morava com familiares em São Mateus, no Norte do Espírito Santo, e é acusado de estuprar a criança durante 4 anos, antes de engravidá-la. Sem ter a identidade revelada, o tio será transferido para seu estado de origem e deve seguir para o Complexo do Xuri, onde será preso preventivamente após o interrogatório.

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No Twitter, o governador Renato Casagrande (PSB) confirmou a captura. "A nossa polícia efetuou nesta madrugada a prisão do estuprador da menina violentada no interior do ES. Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassada pela equipe segurança ainda hoje", publicou na manhã desta terça.

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se posicionou sobre o caso do aborto, realizado nesta segunda (17), no Recife, de uma criança de 10 anos estuprada pelo tio. "Mais do que necessário, recomendado", afirmou o general, em entrevista à BBC Brasil.

“É um crime que foi cometido contra esta criança. O nosso Código Penal é claro: em casos como esse, o aborto é mais que necessário, é recomendado. Como é que uma menina de 10 anos de idade vai ter um filho e vai criar um filho? Isso é um absurdo”, frisou o vice-presidente.

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O procedimento de aborto foi realizado com sucesso, nesta segunda-feira, em favor da criança, que sofria abusos sexuais desde os seis anos de idade. No último domingo (16), a ativista bolsonarista Sara Winter descobriu e divulgou o endereço do Centro Integrado de Saúde Amaury Medeiros (Cisam), hospital em que a menina estava internada. Liderado pelos deputados estaduais como Clarissa Tércio (PSC) e Joel da Harpa (PP), um grupo de evangélicos e católicos foi ao local e causou tumulto ao se manifestar em contrariedade ao aborto, autorizado pela Justiça.

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