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As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira (4) após os mercados acionários de Nova York sofrerem um tombo ontem, num dia de realização de lucros que penalizou principalmente o setor de tecnologia.

Na China continental, os índices acionários ficaram no vermelho pelo terceiro dia seguido, com quedas de 0,87% do Xangai Composto, a 3.355,37 pontos, e de 0,49% do menos abrangente Shenzhen Composto, a 2.290,49 pontos.

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Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 1,11% em Tóquio, a 23.205,43 pontos, também em meio à aproximação do tufão Haishen, enquanto o Hang Seng recuou 1,25% em Hong Kong, a 24.695,45 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 1,15% em Seul, a 2.368,25 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões positivos, e o Taiex registrou perda de 0,94% em Taiwan, a 12.637,95 pontos.

Wall Street sofreu perdas acentuadas ontem, em especial no segmento de tecnologia, à medida que investidores embolsaram lucros após os sucessivos recordes de fechamento do S&P 500 e do Nasdaq.

Apenas a Apple despencou 8,1% na quinta-feira, o que acabou respingando em ações de fornecedores asiáticos do fabricante do iPhone nos negócios de hoje. No Japão, os papéis da Sharp e da Murata Manufacturing caíram 0,65% e 1,56%, respectivamente. No mercado taiwanês, a ação da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company teve baixa de 1,61%. E em Hong Kong, a AAC Technologies recuou 2,14%.

Na Oceania, a bolsa australiana sentiu ainda mais o impacto de Nova York, encerrando sua pior sessão desde 1º de maio. O S&P/ASX 200 caiu 3,06% em Sydney, a 5.925,50 pontos, também pressionado por ações de tecnologia. (Com informações da Dow Jones Newswires).

A Índia registrou 78.761 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, o pior pico de um dia no mundo, enquanto o governo continua a afrouxar as medidas de restrição à circulação em todo o país.

O Ministério da Saúde reportou 948 mortes nas últimas 24 horas, levando o total de óbitos a 63.498. A Índia agora contabiliza mais de 75 mil infecções por quatro dias seguidos.

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A onda registrada neste domingo levou o total de casos de infecção por coronavírus no país acima da marca de 3,5 milhões em um momento no qual a Índia está reabrindo suas redes de metrô e autorizando eventos esportivos e religiosos de maneira limitada a partir do mês que vem, como parte do esforço de reviver a economia.

O metrô de Nova Déli, a capital, será reaberto em fases a partir do dia 7 de setembro. As escolas e faculdades, no entanto, vão permanecer fechadas até o fim do mês.

A Índia tem o terceiro maior número de casos, depois de Estados Unidos e Brasil, e o quarto maior número de mortes.

Enquanto oito Estados da Índia continuam entre as regiões mais atingidas e contribuem com cerca de 73% do total de infecções, o vírus agora se espalha rapidamente para o interior.

Outros países

A Coreia do Sul reportou 299 novos casos de coronavírus. O 17º dia consecutivo de incrementos de três digitos levou o total de casos do país a 19.699, incluindo 323 mortes. A maior parte dos novos casos acontece na capital, Seul. Começando neste domingo, restaurantes só poderão funcionar para delivery ou retirada nos próximos oito dias.

Na Austrália, o Estado de Victoria reportou 114 novos casos e 11 mortes por coronavírus, elevando o total de óbitos do país a 611. Em Melbourne, capital do Estado, haverá mais duas semanas de restrição à circulação, incluindo um toque de recolher noturno.

Em Hong Kong, foram reportados 18 novos casos de coronavírus e três mortes por covid-19. A cidade passou a registrar 4.786 casos e 87 óbitos. A China reportou nove casos, todos de fora do país. Agora, o total de infecções é de 85.031 desde o início da pandemia, com 4.634 mortes.

A pandemia de Covid-19 causou uma "crise de saúde mental" sem precedentes no continente americano, alertou a Opas nesta terça-feira (18), enquanto as infecções mais uma vez dispararam alarmes na Espanha e iniciaram uma nova fase na região Ásia-Pacífico.

De acordo com o escritório regional da OMS para as Américas, com base em pesquisas nos Estados Unidos, Brasil e México, os três países americanos mais atingidos pelo coronavírus mostram que quase metade dos adultos sofre com a emergência sanitária, que também gerou a um "aumento da violência doméstica".

A América Latina e o Caribe, onde mais de 243 mil mortes e 6,2 milhões de casos já foram registrados desde o início da pandemia, segundo balanço da AFP, responderam por praticamente metade das mortes por coronavírus no mundo na última semana.

Desde seu aparecimento na China no final do ano passado, a pandemia causou 775.726 mortes no mundo e quase 22 milhões de infecções, de acordo com uma contagem da AFP com base em números oficiais.

Na Europa, com mais de 211 mil mortes por coronavírus e 3,5 milhões de casos, um dos países onde os surtos são mais preocupantes é a Espanha, que registrou mais de 16 mil infecções entre sexta e segunda-feira.

- "Nacionalismo" de vacinas -

O surgimento cada vez mais factível de uma vacina gera esperança, mas também requer planejamento.

Nesta terça-feira, a OMS pediu aos seus países-membros que se unam a seu programa de acesso à vacina contra o Covid-19, combatendo o "nacionalismo das vacinas".

Uma vez que as vacinas estejam disponíveis, a OMS propõe que sejam distribuídas em duas fases, a primeira proporcional e simultaneamente a todos os países participantes do programa, com o objetivo de reduzir o risco global, e a segunda em que será levada em consideração a ameaça e a vulnerabilidade dos países, explicou o diretor da OMS.

A vacina russa, batizada de Sputnik V e da qual já foi anunciado um primeiro lote, desperta desconfiança entre os pesquisadores ocidentais, mas recebeu o apoio do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, nesta segunda-feira.

"Eu seria o primeiro a me deixar vacinar, porque é muito importante para mim, mas temos que saber bem o que está acontecendo, garantir que seja algo eficaz e que esteja ao alcance de todas as pessoas", disse o presidente.

Já na Austrália, o governo anunciou que chegou a um acordo com o grupo farmacêutico AstraZeneca sobre a vacina que está desenvolvendo com a Universidade Britânica de Oxford e, se for eficaz, será fabricada e distribuída gratuitamente a todos os cidadãos.

- Nova fase -

A OMS também apontou a região da Ásia-Pacífico, que disse ter entrado em uma "nova fase" na qual a doença se espalha entre aqueles com menos de 50 anos, que costumam ser assintomáticos.

Pessoas infectadas sem sintomas ou com sintomas leves correm o risco de infectar idosos ou pessoas com problemas de saúde, de acordo com Takeshi Kasai, diretor da OMS para o Pacífico Ocidental, em uma entrevista coletiva.

"A epidemia está mudando. Pessoas na faixa dos 20, 30 ou 40 anos são cada vez mais uma ameaça". Não estamos apenas vendo um novo crescimento, vejo sinais de que entramos em uma nova fase", acrescentou Kasai.

- México, em "queda" -

Em contraste com os tristes registros de saúde na América Latina, o governo mexicano disse nesta terça-feira que a pandemia entrou em uma "fase de declínio" no país, avaliação que levanta dúvidas dado o baixo número de testes realizados.

O México, de 128,8 milhões de habitantes, registrou 531.239 casos confirmados e 57.774 mortes por Covid-19 na segunda-feira.

A economia regional, gravemente afetada pela pandemia, voltou a apresentar números decepcionantes em uma de suas principais economias.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile caiu 14,1% no segundo trimestre, afetado pelas restrições sanitárias que causaram quedas em todos os setores exceto mineração, informou o Banco Central do país na terça-feira.

"Já no início do terceiro trimestre estamos passando por uma virada, estamos vendo a luz no fim do túnel, e isso deve nos encher de otimismo", disse o ministro da Economia, Lucas Palacios.

Contra as previsões iniciais do governo, o saque antecipado dos fundos de pensão - permitido de forma excepcional para aliviar a crise - reativa o consumo das famílias em dificuldades chilenas.

A vizinha Argentina ultrapassou a barreira de 300 mil infecções por Covid-19 na terça-feira, com 235 mortes nas últimas 24 horas, um dos maiores números desde o início da pandemia do coronavírus.

Os dados foram divulgados um dia depois de uma passeata da oposição no centro de Buenos Aires para exigir do governo o fim das medidas de isolamento social, por considerá-las uma forma de restringir a liberdade.

Ainda no cone sul do continente, o Uruguai, considerado um exemplo regional na gestão da pandemia, vai reabrir suas fronteiras para a entrada de turistas da União Europeia (UE), embora ainda não tenha uma data definida.

O Uruguai mantém suas fronteiras fechadas desde março, quando detectou os primeiros casos de coronavírus.

Atualmente, apenas nacionais, estrangeiros residentes ou membros de corpos diplomáticos podem entrar no país, entre outras exceções. Também permite a entrada, caso a caso, por razões humanitárias ou de trabalho.

Em um comunicado oficial emitido nesta quarta-feira (12) em conjunto pela Fifa e pela Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês), as rodadas das Eliminatórias da Ásia para a Copa do Mundo de 2022, que será no Catar, previstas para esse ano foram adiadas para 2021, em datas a serem definidas, por causa da pandemia do novo coronavírus.

A segunda rodada das Eliminatórias estava originalmente programada para acontecer durante as datas Fifa para seleções em outubro e novembro, mas ela não irá acontecer devido à "situação da covid-19 em muitos países". É a segunda vez que o qualificatório, que também servem como caminho para a Copa da Ásia de 2023 na China, é adiado, já que os jogos de março e junho também foram adiados devido à pandemia.

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"Com o objetivo de proteger a saúde e a segurança de todos os participantes, a FIFA e a AFC continuarão a trabalhar juntos para monitorar de perto a situação na região e identificar novas datas para as respectivas partidas de qualificação. Mais detalhes sobre as novas datas para a próxima rodada de partidas de qualificação para a Copa do Mundo FIFA 2022 e a Copa Asiática da AFC 2023 serão anunciados em devido tempo", disse o comunicado das duas entidades.

Antes desta medida, e de acordo com o calendário inicial, até final de 2020 ficariam definidas as 12 seleções que iriam disputar a terceira e última fase da qualificação asiática para a Copa do Mundo.

A decisão da FIFA e da AFC acontece quando os principais campeonatos nacionais de países asiáticos já foram retomados, com China, Japão, Coreia do Sul e Austrália adotando um rígido protocolo de saúde, muito semelhante ao que tem acontecido em quase todo o mundo.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira (4) seguindo o tom positivo de Wall Street na segunda-feira (3), que foi marcado por forte valorização de ações de tecnologia. O índice acionário Hang Seng liderou os ganhos na Ásia, com alta de 2% em Hong Kong, a 24.946,63 pontos, graças em parte ao bom desempenho de papéis de tecnologia após o Nasdaq renovar máxima de fechamento no último pregão.

Na segunda-feira, os mercados acionários de Nova York foram impulsionados por dados mostrando que a atividade manufatureira está se recuperando da pandemia de coronavírus não apenas nos EUA como em outras partes do mundo.

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Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei subiu 1,7% em Tóquio hoje, a 22.573,66 pontos, enquanto o chinês Xangai Composto registrou modesta alta de 0,11%, a 3.371,69 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 1,29% em Seul, a 2.279,97 pontos, e o Taiex assegurou ganho de 1,57% em Taiwan, a 12.709,92 pontos.

A exceção foi o Shenzhen Composto, índice chinês de menor abrangência que caiu 0,65%, a 2.300,50 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, também favorecida pelo setor de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 1,88% em Sydney, a 6.037,60 pontos, apagando a maior parte das perdas acumuladas nas duas sessões anteriores.

Na madrugada desta terça, o BC da Austrália (RBA) manteve seu juro básico na mínima histórica de 0,25% pelo quinto mês consecutivo, mas alertou que vai comprar mais bônus do governo na quarta-feira, 5, para garantir que o rendimento do papel de três anos fique em linha com a meta oficial, que também é de 0,25%.

*Com informações da Dow Jones Newswires

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, um dia após a divulgação da queda recorde do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, como resultado da pandemia do novo coronavírus. Os mercados chineses, no entanto, se animaram com dados que indicam recuperação da atividade manufatureira.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 2,82% em Tóquio hoje, a 21.710,00 pontos, pressionado por ações financeiras, enquanto o Hang Seng recuou 0,47% em Hong Kong, a 24.595,35 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,78% em Seul, a 2.249,37 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,46% em Taiwan, a 12.664,80 pontos.

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Ontem, o governo americano divulgou que o PIB dos EUA sofreu uma retração anualizada de 32,9% no segundo trimestre, a maior da história, diante dos efeitos da covid-19. Embora não tenha sido tão ruim quanto se esperava, o resultado realimentou temores sobre a perspectiva da economia global.

Além disso, a propagação e o saldo de mortes do coronavírus pelo mundo continua inibindo o apetite por risco. Apenas os EUA acumulam mais de 150 mil óbitos causados pela doença.

Na China continental, porém, as bolsas ficaram no azul após dados mostrarem que o índice de gerentes de compras (PMI, pela sigla em inglês) do setor industrial chinês subiu de 50,9 em junho para 51,1 em julho, sugerindo que a manufatura da segunda maior economia do mundo está se expandindo em ritmo mais veloz do que se imaginava, após sofrer o violento choque da pandemia. O Xangai Composto subiu 0,71% nesta sexta, a 3.310,01 pontos, encerrando julho com valorização superior a 10%. Já o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,33%, a 2.256,87 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana teve seu pior dia em cinco semanas, diante também do avanço do coronavírus no Estado de Victoria. O S&P/ASX 200 caiu 2,04% em Sydney, a 5.927,80 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira (10), com as chinesas interrompendo um rali que durava mais de uma semana, em meio à crescente apreensão gerada pelo aumento de casos de coronavírus pelo mundo, particularmente nos EUA.

Nos negócios da China continental, o índice Xangai Composto teve queda de 1,95%, a 3.383,32 pontos, depois de acumular ganhos por oito pregões consecutivos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,31%, a 2.251,00 pontos.

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Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei recuou 1,06% em Tóquio hoje, a 22.290,81 pontos, enquanto o Hang Seng se desvalorizou 1,84% em Hong Kong, a 25.727,41 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,81% em Seul, a 2.150,25 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,98% em Taiwan, a 12.073,68 pontos.

Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, alertou que o coronavírus não está sob controle na maior parte do mundo. "Está piorando. A pandemia ainda está acelerando", disse, acrescentando que o número total de casos dobrou nas últimas seis semanas". Globalmente, já são mais de 12 milhões de pessoas infectadas e mais de 550 mil óbitos.

A situação é particularmente preocupante nos EUA, que ontem relatou 64.771 novos casos de covid-19 num período de 24 horas, um novo recorde.

Na Oceania, o coronavírus também pressiona a bolsa australiana, depois que Melbourne, segunda maior cidade do país, foi obrigada a retomar nesta semana medidas de isolamento em meio a um novo surto da doença. O S&P/ASX caiu 0,61% em Sydney hoje, a 5.919,20 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira (6), impulsionadas por um rali na China, que ganhou força com sinais recentes de que a segunda maior economia do mundo está se recuperando do choque do coronavírus em ritmo mais rápido do que se previa.

Os últimos indicadores chineses, que mostraram retomada da atividade econômica e aumento dos lucros no setor industrial depois do violento impacto da Covid-19, geram esperanças de que as bolsas do país tenham um "bull market", ou seja, atravessem um período de tendência de alta. No fim de semana, a mídia estatal chinesa afirmou que um bull market "saudável" é agora mais importante para a economia doméstica do que nunca.

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O índice Xangai Composto saltou 5,71% hoje, a 3.332,88 pontos, assegurando seu maior ganho diário desde 2015 e atingindo o maior nível desde o começo de 2018, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 3,90%, a 2.121,59 pontos. Juntos, os dois mercados chineses movimentaram mais de 1,5 trilhão de yuans (cerca de US$ 212 bilhões) nesta segunda, o maior valor em cinco anos, segundo a provedora de dados Wind.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 3,81%, a 26.339,16 pontos, enquanto o japonês Nikkei se valorizou 1,83% em Tóquio, a 22.714,44 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 1,65% em Seul, a 2.187,93 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,74% em Taiwan, a 12.116,70 pontos.

O bom humor prevaleceu apesar de o mundo ter registrado novo recorde de casos de coronavírus em 24 horas, de mais de 212 mil, e da força que a covid-19 ganhou nos EUA nas últimas semanas em meio ao processo de reabertura econômica.

Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o tom positivo da Ásia e ficou no vermelho, com preocupações sobre o coronavírus se sobrepondo à perspectiva de recuperação econômica. O S&P/ASX 200 caiu 0,71% em Sydney hoje, a 6.014,60 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

O Brasil encerrou sua pior semana da pandemia do novo coronavírus em número de contágios, enquanto os Estados Unidos continuam sofrendo um aumento importante no registro de casos e a China reportava uma recidiva, que as autoridades consideram grave.

Como disse nesta segunda-feira (29) o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a pandemia "está longe do fim". "Todos queremos que acabe. Todos queremos seguir com nossas vidas. Mas a dura realidade é que estamos longe do fim", acrescentou.

De fato, o número de contágios e óbitos continua aumentando globalmente, com 10.220.356 e 502.947, respectivamente, até as 19h de Brasília desta segunda, conforme contagem da AFP a partir de dados oficiais.

- "Explosão real" -

Os Estados Unidos registraram pelo menos 42.000 infecções por coronavírus nas últimas 24 horas, de acordo com a contagem desta segunda da Universidade Johns Hopkins, quando o país enfrenta um rápido aumento na doença. O número de mortos nos Estados Unidos chegou a 126.131 (355 nas últimas 24 horas), enquanto os contágios totalizam 2.588.582.

E embora a cifra de mortes diárias tenha diminuído sutilmente em junho, os contágios aumentaram em 30 dos 50 estados da União, particularmente nos maiores e mais populosos do sul e do oeste: Califórnia, Texas e Flórida. Além disso, a idade média dos infectados baixou para 33 anos, enquanto há dois meses era de 65 anos. 

A Flórida enfrenta uma "explosão real" da doença entre os jovens, admitiu o governador, Ron DeSantis. Miami e outras cidades decidiram voltar a fechar as praias a partir do próximo fim de semana, devido ao feriado nacional da Independência.

A cidade de Jacksonville, onde os republicanos vão celebrar sua convenção nacional em um evento que o presidente Donald Trump esperava realizar sem distanciamento físico, anunciou o uso obrigatório de máscara a partir desta segunda-feira.

A máscara se tornou um novo ponto de divisão política entre Trump e seus apoiadores republicanos e a oposição democrata.

Em Los Angeles e outros seis condados da Califórnia, as autoridades voltaram a ordenar o fechamento de bares no domingo.

As praias da cidade ficarão fechadas no feriado de 4 de julho, afirmaram autoridades, devido a um aumento dos casos no condado, que passaram dos 100.000 contágios confirmados nesta segunda.

- A pior semana do Brasil -

O Brasil teve sua pior semana na pandemia em números de novos casos, ao registrar 259,105 infecções em sete dias até este domingo (28), alcançando quase 1,35 milhão, segundo cifras do Ministério da Saúde.

Além disso, teve o segundo maior registro de mortes semanais, com 7.005, pouco abaixo do recorde da semana passada, de 7.285.

Nesta segunda, os casos confirmados no país totalizavam 1.368.195, com 24.052 novos contágios contabilizados desde o domingo. Os mortos chegaram a 58.314, com um aumento de 692 óbitos em um dia.

Michael Ryan, diretor-executivo do programa de gestão de emergências sanitárias da OMS, incentivou o Brasil a combater a doença e "unir os esforços federais e estaduais de forma sistemática".

Ele acrescentou que seria "estúpido subestimar a dimensão e a complexidade" da situação do Brasil, que "enfrenta um desafio importante e uma resposta exaustiva é necessária em todos os níveis", embora tenha destacado o histórico do Brasil em sua luta contra as doenças infecciosas.

No domingo, houve manifestações em várias cidades brasileiras e em outros países, como Estocolmo, Londres e Barcelona, contra o presidente Jair Bolsonaro, que tem minimizado o novo coronavírus, ao qual se referiu como uma "gripezinha".

Em Brasília, manifestantes colocaram 1.000 cruzes no gramado em frente ao Congresso para homenagear as vítimas do coronavírus, com um cartaz que dizia: "Bolsonaro, pare de negar!".

- "A vida me escapa" -

O Peru, enquanto isso, porá fim na terça-feira (30) uma quarentena de mais de cem dias, mas vai manter o confinamento obrigatório nas sete regiões mais afetadas pela pandemia.

A quarentena será suspensa em Lima, cidade de 10 milhões de habitantes, onde o coronavírus está na descendente, segundo o governo, apesar de a capital acumular 70% dos casos do país.

Entre estes casos está o da família venezuelana Hernández, com 14 membros, que chegou há dois anos a Lima em busca de uma vida melhor, mas a pandemia pôs em xeque seus sonhos, pois todos se contagiaram com o novo coronavírus, que causou a morte do avô, Wilmer Arcadio Hernández, de 63 anos.

"Acho que a vida me escapa", diz, com dificuldade, à AFP seu filho, Wilmer Ramón Hernández, de 44 anos, deitado em sua cama na casa na zona sul de Lima, ligado a um cilindro de oxigênio, que lhe permite respirar.

- Aceleração na Ásia -

A Ásia também vê uma aceleração dos casos, com a Índia à frente. Lá, nos últimos sete dias foram registrados quase 120.000 casos.

A China, onde a epidemia começou no fim do ano passado, vive uma recidiva. Sem contar Hong Kong e Macau, o país registra um total de 83.512 casos, entre eles 4.634 óbitos.

Em meio a esse novo surto "grave e complexo", segundo as autoridades, o Exército chinês autorizou o uso em suas fileiras de uma vacina contra o novo coronavírus, criada pela Academia Militar de Ciências Médicas e a companhia farmacêutica CanSinoBIO.

No Irã, que com 10.670 mortos é o país mais afetado do Oriente Médio, registrou nesta segunda um recorde de óbitos: 162 nas últimas 24 horas.

O Irã nunca impôs um confinamento obrigatório, embora em março tenha suspenso os eventos públicos e fechado estabelecimentos não essenciais e escolas. A partir de abril, começou a suspender gradativamente as restrições para impulsionar a economia.

As autoridades decretaram no sábado o uso obrigatório da máscara em certos locais públicos.

Enquanto isso, na Europa, que iniciou uma suspensão gradual do confinamento, vários países europeus realizaram eleições neste fim de semana, entre eles a França e a Polônia.

As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira (22), reagindo aos últimos desdobramentos da pandemia de coronavírus, que atingiu recorde diário de novos casos, e após o banco central chinês manter taxas de juros inalteradas.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,18% em Tóquio hoje, a 22.437,27 pontos, pressionado por ações dos setores ferroviário e aéreo, enquanto o chinês Xangai Composto teve ligeira perda de 0,08%, a 2.965,27 pontos, o Hang Seng se desvalorizou 0,54% em Hong Kong, a 24.511,34 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,68% em Seul, a 2.126,73 pontos.

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Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou o maior número de novos casos de covid-19 em 24 horas. Foram 183 mil novos infectados, sob liderança de Brasil (54.771) e EUA (36.617). Nos EUA, particularmente, o coronavírus voltou a ganhar força em meio ao processo de reversão de medidas de isolamento motivadas pela pandemia.

A China também está no radar após a ocorrência de um recente surto em sua capital, Pequim, que, no entanto, já estaria sob controle.

O PBoC, como é conhecido o BC chinês, decidiu hoje manter inalteradas suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos. Pelo segundo mês consecutivo, a chamada LPR de um ano permaneceu em 3,85% e a LPR para empréstimos de cinco anos ou mais longos ficou em 4,65%,

Em outras partes da Ásia, o Shenzhen Composto - índice chinês formado por empresas com menor capitalização de mercado - subiu 0,29% hoje, a 1.936,65, e o Taiex avançou 0,20% em Taiwan, a 11.572,93 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana encerrou os negócios desta segunda-feira praticamente estável, após um pregão volátil. O S&P/ASX teve ganho marginal de 0,03% em Sydney, a 5.944,50 pontos, sustentado pelo desempenho positivo de grandes bancos e mineradoras. Com informações da Dow Jones Newswires.

Alertas falsos sobre um homem morto a tiros em um posto de controle pelo coronavírus, uma gravação antiga que informava sobre um tumulto em um supermercado ou um vídeo de 2015 de uma operação policial em um bordel que circulava com afirmações enganosas.

A avalanche de desinformação na internet e os boatos durante a crise do coronavírus provocam medo e confusão na Ásia, e em todo o mundo, onde os infratores do confinamento enfrentam o risco de prisão e de multas em alguns países.

A AFP checou mais de 150 boatos ou notícias falsas relacionadas ao confinamento na região desde fevereiro, quando os governos, além da China, começaram a impor restrições para conter a propagação da Covid-19.

Os boatos são criados por uma ampla variedade de pessoas com diferentes motivações: desde os que tentam desacreditar os governos e aprofundar as divisões religiosas até os que consideram a situação uma piada. E são compartilhados rapidamente como fatos.

Em abril, um rumor publicado no Facebook nas Filipinas sugeria que um motociclista foi morto a tiros por evitar um posto de controle.

Na verdade, as imagens, que foram assistidas dezenas de milhares de vezes e compartilhadas nas redes sociais, eram de um exercício de treinamento policial.

Alguns usuários ficaram escandalizados e questionaram a suposta brutalidade da polícia no arquipélago, acusada há alguns anos de violar os direitos humanos e de liderar a polêmica guerra contra as drogas do presidente Rodrigo Duterte.

Mas outras pessoas afirmaram que o homem era um "cabeça dura", que teria sido justamente castigado por por ignorar o controle, o tipo sentimento demonstrado pelos simpatizantes de Duterte, que celebram as milhares de mortes provocadas pela guerra contra as drogas.

Nas Filipinas também circulava outra desinformação sobre a prorrogação do confinamento, além de mensagens falsas sobre protestos contra o governo que não respeitavam a proibição de concentrações.

Em outros lugares da Ásia, como a Tailândia, um vídeo que circulou no Facebook mostrava supostamente pessoas em busca de alimentos na Malásia após o decreto de um confinamento rigoroso.

Os usuários tailandeses do Facebook, que assistiram o vídeo centenas de milhares de vezes, compartilharam as imagens com comentários que expressavam a preocupação com cenas similares na Tailândia.

O vídeo, na realidade, mostrava consumidores no Brasil durante a 'Black Firday' de novembro 2019, uma data criada nos Estados Unidos e que é organizada em vários países.

"A desinformação provoca muita incerteza e ansiedade na população", afirma Yvonne Chua, professora de Jornalismo na Universidade das Filipinas.

- Máscaras, compras de pânico -

O caos na internet é maior quando os governos divulgam poucas informações, explica Axel Bruns, professor de Jornalismo na Universidade de Tecnologia de Queensland, Austrália.

"Me parece que quanto mais efetiva foi a comunicação dos governos sobre o confinamento e sobre todos os aspectos da resposta ao coronavírus, menos espaço havia para a desinformação", disse Bruns.

Na Tailândia, onde as restrições aos deslocamentos foram decretadas em março, a ansiedade aumentou com mensagens falsas de que as pessoas sem máscaras seriam multadas em até 200 baht tailandeses (6 dólares).

Rapidamente, a notícia falsa se propagou no Facebook, Twitter e no aplicativo de mensagens Line. A polícia tailandesa se viu obrigada a rebater a informação em uma entrevista coletiva.

Menos de um mês depois, no entanto, algumas províncias adotaram multas muito mais elevadas para quem não usava máscara, criando e espalhando mais confusão.

- O boato do ataque com machado -

No Paquistão, onde as restrições para conter o coronavírus foram suavizadas recentemente, um vídeo sugeria que compradores tentaram fugir de um mercado depois que a polícia descobriu que os consumidores infringiram o confinamento.

Mas o vídeo mostra uma operação policial contra um bordel em 2015.

Muitos usuários paquistaneses apontaram que o vídeo era antigo, mas quando isto aconteceu dezenas de milhares de pessoas já haviam assistido as imagens no Facebook, Twitter, YouTube e WhatsApp.

Na vizinha Índia, a desinformação se espalhou após o confinamento imposto em março.

Alguns casos incluíram difamações, boatos sobre as rígidas medidas de confinamento e notícias falsas que pretendiam exacerbar as tensões religiosas.

Um vídeo de um ataque com machado foi assistido dezenas de milhares de vezes no Facebook e Twitter, com mensagens de que seriam islamitas extremistas matando um hindu durante o confinamento.

Na realidade, o vídeo mostrava um ataque no Paquistão.

Enquanto algumas pessoas identificaram que o vídeo era de outro país, outras se sentiram enganadas e afirmaram que a Índia precisa de "um governo militar".

Bruns disse que a avalanche de desinformação se deve, parcialmente, à incapacidade dos governos a tranquilizar seus cidadãos.

"A circulação da desinformação aumentou durante este período porque as pessoas procuram desesperadamente respostas para suas perguntas sobre o que está acontecendo, por quê e o que podem fazer para se proteger", explica.

"E se não conseguem encontrar respostas suficientemente satisfatórias com fontes oficiais, elas procuram em qualquer parte", adverte.

A China não reportou novos casos do novo coronavírus neste sábado (23). Também não foram registradas novas mortes por conta do vírus. Os novos casos suspeitos (dois) incluem um importado e outro de transmissão local, na província de Jilin. As informações são da Comissão Nacional de Saúde da China. É a primeira vez desde janeiro que o país, primeiro epicentro da pandemia no mundo, não reporta novos casos.

Também na Ásia, a Coreia do Sul registrou 23 novos casos da covid-19. A maior parte deles ocorreu em áreas densamente habitadas da capital, Seul, onde as autoridades fecharam uma série de bares e clubes para tentar frear a transmissão da doença. O total de casos no país chega a 11.165, com 266 mortes.

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Já a Índia registrou 6.654 novos casos, elevando o total a 125.102. Foi o segundo dia seguido em que o país adicionou mais de 6 mil casos confirmados da doença aos números oficiais. O número de mortes chegou a 3.720. As taxas de infecção no país, que tem 1,3 bilhão de habitantes, subiram após o relaxamento de um lockdown que durou dois meses.

Na Europa, autoridades da Alemanha afirmam que sete pessoas podem ter sido infectadas pelo coronavírus em um restaurante no noroeste do país. Seria o primeiro caso do tipo desde que os estabelecimentos começaram a reabrir, há duas semanas, com regras mais rígidas de distanciamento social.

Em Frankfurt, membros de uma congregação batista teriam testado positivo para o vírus após uma celebração em 10 de maio, de acordo com Wladimir Pritzkau, líder religioso local. Ele não deu números, mas afirmou que ao menos seis pessoas estão internadas. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Alemanha tem 179.730 casos confirmados da covid-19.

Neste sábado, as celebrações religiosas voltam a ser permitidas na França, após uma batalha legal contra as proibições impostas pelo governo. Líderes religiosos elogiaram o retorno, mas disseram que vai demorar até que as medidas necessárias sejam postas em prática. Os visitantes dos templos terão de usar máscaras, lavar as mãos ao entrar e manter distância de ao menos um metro em relação a outras pessoas.

No Vaticano, os museus irão reabrir em 1º de junho, também permitindo a entrada somente de visitantes que estiverem usando máscaras. Além disso, todos terão a temperatura medida antes da entrada. Em Jerusalém, a Igreja do Santo Sepulcro vai reabrir no domingo (24) pela primeira vez em dois meses. Apenas 50 pessoas poderão entrar por vez.

As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira (21), com investidores atentos ao noticiário sobre o coronavírus e receosos com persistentes tensões entre EUA e China.

O índice japonês Nikkei caiu 0,21% em Tóquio hoje, a 20.552,31 pontos, pressionado por ações do setor ferroviário e ligadas a bens de consumo, enquanto na China continental, o Xangai Composto recuou 0,55%, a 2.867,92 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 0,95% a 1.788,64 pontos.

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O apetite por risco é limitado pelo clima negativo entre EUA e China, após repetidas críticas do presidente americano, Donald Trump, pela forma como Pequim tem lidado com o coronavírus. Ontem, Trump voltou a culpar os chineses pela pandemia. "Foi a incompetência da China, e nada mais, que causou esse massacre em todo o mundo", afirmou o presidente em sua conta oficial no Twitter.

Embora vários países estejam gradualmente revertendo medidas de quarentena motivadas pela covid-19, a doença continua se alastrando pelo mundo. O número global de casos de infecção por coronavírus ultrapassou a marca de 5 milhões e o total de mortes se aproxima de 330 mil, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Há expectativas também para a reunião legislativa anual da China, que começará nesta sexta-feira (22) e durante a qual o país poderá estabelecer metas de desempenho econômico e sinalizar mais medidas de estímulos numa tentativa de superar a crise provocada pela covid-19.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 0,49% em Hong Kong hoje, a 24.280,03 pontos, mas o Kospi subiu 0,44% em Seul, a 1.998,31 pontos, sustentado pela reabertura econômica na Coreia do Sul e em outras partes, e o Taiex registrou alta de 0,92% em Taiwan, a 11.008,31 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, e o S&P/ASX 200 recuou 0,41% em Sydney, a 5.550,40 pontos. Relatos da mídia local de que a China poderá impor inspeções alfandegárias mais rígidas ao minério de ferro da Austrália pesaram nas gigantes do setor, como BHP, Rio Tinto e Fortescue, cujas ações caíram entre 0,6% e 2,2%. Com informações da Dow Jones Newswires.

O confinamento imposto para conter a propagação do coronavírus salvou, segundo especialistas, milhares de vidas na Ásia, graças a uma redução dos acidentes de trânsito, suicídios e poluição. Mas essa tendência pode ser rapidamente revertida com o levantamento das restrições.

- Estradas mais seguras na Tailândia -

A Tailândia tem a segunda maior taxa de mortalidade no trânsito depois da Líbia, de acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), e suas estradas estão entre as 10 mais perigosas do planeta.

Ao proibir a venda de álcool por várias semanas e impor um toque de recolher ainda em vigor para conter a propagação da Covid-19, as autoridades alcançaram uma vitória temporária na segurança no trânsito.

Em meados de abril, durante a semana do Ano Novo Tailandês (Songkran), geralmente a mais mortal, o número de mortes nas estradas caiu 60% (167 vítimas contra 386 em 2019), segundo estatísticas do governo.

Embora as bebidas alcoólicas tenham voltado à venda, a tendência continua. Após a crise, "as pessoas bebem menos e são menos imprudentes nas estradas", estima Banjerd Premjit, chefe de uma equipe de socorro na província de Pathum Thani, não muito longe de Bangkok.

Por esse motivo, a produção de caixões também caiu em um país onde apenas 56 mortes foram atribuídas ao coronavírus. Na empresa Suriya Coffin, "agora são produzidos 100 caixões por mês, em vez dos 300 habituais", relata Thanata Poonau, funcionário da empresa.

- Menos suicídios no Japão -

O número de suicídios no Japão diminuiu com a pandemia, caindo 20% em abril, segundo a agência nacional de polícia.

Para explicar essa redução, os especialistas citam os efeitos benéficos do confinamento, ainda amplamente respeitado em Tóquio e nas regiões mais urbanizadas do arquipélago.

O trabalho 'home office', por exemplo, reduz a pressão dos chefes sobre os funcionários, elimina o trajeto casa-trabalho e aumenta o tempo de vida familiar, o que melhora a qualidade de vida.

Mas os especialistas defendem a prudência. Os suicídios podem aumentar novamente, já que o país está em recessão pela primeira vez desde 2015 e, como outras nações, está prestes a enfrentar uma grande crise econômica e social.

Em março de 2011, após o terremoto e o subsequente tsunami, os suicídios inicialmente diminuíram antes de aumentar claramente depois.

- Crimes na Índia caem -

Embora seja muito cedo para estabelecer uma tendência geral, os primeiros números mostram uma diminuição dos crimes em algumas regiões da Índia desde o início do confinamento, o maior do mundo com 1,3 bilhão de pessoas envolvidas.

No estado de Kerbala, região turística do sul, "os assassinatos diminuíram claramente em comparação com o ano passado, assim como os estupros, que caíram 70%", segundo Pramod Kumar, porta-voz da polícia local.

O mesmo ocorre em Nova Délhi e em outras grandes cidades.

Mas essa tendência é reversa para a violência doméstica. As denúncias de violência doméstica mais que dobraram, de acordo com dados da Comissão Nacional de Mulheres.

- Menos poluição na China -

A pandemia, ao causar o fechamento temporário das fábricas, limpou por semanas o céu das cidades chinesas, com níveis de dióxido de nitrogênio 30% mais baixos nos dois primeiros meses do ano nas áreas mais industrializadas do país.

Essa redução, bem como a queda de partículas finas, teria evitado a morte de 12.125 pessoas no país em meados de fevereiro, principalmente devido a doenças cardiovasculares, de acordo com um estudo publicado em meados de maio pela revista científica britânica The Lancet.

Mas essa tendência terá vida curta. Com o levantamento progressivo das restrições e o retorno ao trabalho, vários centros industriais estão tentando recuperar o tempo perdido.

Em abril, os níveis de poluentes no ar foram ainda maiores do que no mesmo período do ano anterior, segundo dados do Greenpeace China.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, com investidores atentos a esforços feitos por epicentros do coronavírus, como Itália, Espanha e Nova York, para reabrir suas economias, após longos períodos de bloqueio, e digerindo comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell.

O índice japonês Nikkei subiu 0,48% em Tóquio hoje, a 20.133,73 pontos, com forte impulso de ações do setor imobiliário, enquanto o chinês Xangai Composto avançou 0,24%, a 2.875,42 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,51% em Seul, a 1.937,11 pontos, e o Hang Seng teve ganho de 0,58% em Hong Kong, a 23.934,77 pontos.

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Vários países seguem adiante com iniciativas para gradualmente reverter medidas de bloqueio adotadas na tentativa de conter a disseminação do coronavírus, fator que ajuda a manter algum apetite por risco na região asiática, apesar de recentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Em entrevista transmitida ontem à noite pela CBS, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse acreditar que a economia dos EUA vai se recuperar de forma constante ao longo do segundo semestre do ano, contanto que não haja uma segunda onda de infecções por coronavírus no país.

Hoje, o Japão divulgou números econômicos menos trágicos do que se esperava. Com os efeitos da covid-19 - doença causada pelo coronavírus -, o Produto Interno Bruto (PIB) japonês se contraiu em ritmo anualizado de 3,4% entre janeiro e março. Analistas, contudo, previam queda mais acentuada, de 4,8%.

Exceções na Ásia nesta segunda, o menos abrangente índice chinês Shenzhen Composto caiu 0,43%, a 1.800,84 pontos, e o Taiex recuou 0,69% em Taiwan, a 10.740,55 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou o tom predominante na Ásia e ficou no azul, graças principalmente a ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 avançou 1,03% em Sydney, a 5.460,50 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, à espera de um discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, mas ainda digerindo também recentes evidências de que países da região enfrentam uma segunda onda de casos de coronavírus.

Na China continental, o dia foi de ganhos modestos, com destaque positivo para ações do setor de saúde. O índice Xangai Composto subiu 0,22%, a 2.898,05 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,67%, a 1.822,85 pontos.

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Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,49% em Tóquio, a 20.267,05 pontos, pressionado por ações de siderúrgicas e de montadoras, enquanto o Hang Seng recuou 0,27% em Hong Kong, a 24.180,30 pontos, influenciado pelo fraco desempenho de papéis de operadoras de cassinos com sede em Macau.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,95% em Seul, a 1.940,42 pontos, com a ajuda dos setores químico, de biotecnologia e varejista, enquanto o Taiex assegurou ganho de 0,54% em Taiwan, a 10.938,27 pontos.

Investidores vão ficar atentos, a partir das 10h (de Brasília), a um discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em meio a uma crescente especulação de que o BC americano poderá vir a adotar juros negativos, como parte de sua estratégia para combater os efeitos da pandemia de coronavírus. Atualmente, o Fed mantém seu juro básico numa faixa de 0% a 0,25%.

Continuam no radar, porém, sinais de que alguns países asiáticos, incluindo China e Coreia do Sul, vêm enfrentando uma nova onda de infecções por covid-19 após a reversão parcial de medidas de isolamento.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, graças a mineradoras e aos setores de telecomunicações e saúde. O S&P/ASX 200 avançou 0,35% em Sydney, a 5.421,90 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira (7), influenciadas por tensões entre EUA e China e apesar do desempenho melhor do que o esperado da balança comercial chinesa no último mês.

Nos negócios da China continental, as perdas foram modestas hoje: o índice Xangai Composto caiu 0,23%, a 2.871,52 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,12%, a 1.788,21 pontos.

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Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a China "pode ou não" manter o acordo comercial bilateral firmado no começo do ano entre as potências. Segundo Trump, só será possível saber se os chineses estão ou não cumprindo suas obrigações na fase 1 do pacto comercial "em cerca de uma semana ou duas".

Desde a semana passada, EUA e China vêm protagonizando uma polêmica sobre a origem da pandemia de coronavírus. Para autoridades de Washington, o surto teria começado devido a uma "falha" em um laboratório de Wuhan, cidade chinesa onde os primeiros casos da doença foram registrados. Recentemente, Trump ameaçou voltar a impor tarifas a produtos chineses.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng se desvalorizou 0,65% em Hong Kong hoje, a 23.980,63 pontos, e o sul-coreano Kospi teve baixa marginal de 0,01% em Seul, a 1.928,61 pontos, mas o Nikkei subiu 0,28% em Tóquio, a 19.674,77 pontos, ao voltar de três dias de feriados no Japão, e o Taiex avançou 0,63% em Taiwan, a 10.842,92 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da região asiática, e o S&P/ASX 200 caiu 0,38% em Sydney, a 5.364,20 pontos.

O mau humor predominou mesmo após os últimos números da balança comercial da China, que superaram as expectativas. Na comparação anual de abril, as exportações chinesas tiveram uma inesperada alta de 3,5%, enquanto as importações diminuíram 14,2%. Analistas previam queda de 18,8% nas exportações e recuo mais acentuado nas importações, de 15,8%.

Já o índice de preços de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços chinês subiu de 43 em março para 44,4 em abril, segundo pesquisa da IHS Markit com a Caixin Media, mas permaneceu abaixo da marca de 50 que indica contração da atividade. Com informações da Dow Jones Newswires.

O Instituto de Estudos da Ásia (Ieasia) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com o Consulado de Educação da Coreia do Sul, divulgou, nesta segunda-feira (4), o período de inscrições da edição 2020 do programa AKS Graduate Fellowship, da Academy of Korean Studies (AKS). Os interessados poderão se candidatar de 15 a 22 de maio, através do site do Instituto.

O programa de intercâmbio tem a duração de seis meses. A bolsa mensal é de KRW 750 mil, equivalente a aproximadamente US$ 610, livre de despesas com alojamento e taxas da universidade. O público-alvo são estudantes de mestrado e doutorado que estejam matriculados no período de vigência do intercâmbio e que ainda não tenham terminado de cumprir a carga horária de aulas.

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Quem deseja se candidatar ainda deve inserir a proposta de pesquisa nas áreas de estudos sobre a Coreia. Além de realizar pesquisa sobre orientação de professor da AKS, o intercambista também poderá participar gratuitamente de cursos de língua coreana e do programa de experiência cultural.

A Coreia do Sul não registrou nesta quinta-feira (30) nenhum contágio local de coronavírus, o que alimenta as esperanças de recuperação na Ásia, enquanto a preocupação com a pandemia persiste na Europa, afetada pelo impacto econômico, e na América Latina, que superou 10.000 mortes.

"Pela primeira vez em 72 dias temos zero casos locais", celebrou o presidente Moon Jae-in.

O país era, no fim de fevereiro, o segundo maior foco de contaminação no mundo de uma doença que provocou mais de 227.000 mortes a nível global, mas conseguiu inverter a tendência com testes em massa e regras rígidas de distanciamento social.

Graças à estratégia, a Coreia do Sul limitou o número de mortes a 247, apesar de ter organizado eleições legislativas em meados de abril.

Na Europa, que optou por um confinamento rígido da população, o balanço de vítimas fatais continua aumentando. Depois de incluir pela primeira vez os óbitos nas casas de repouso, os números dispararam no Reino Unido, a 26.000 falecimentos.

O país se tornou o segundo mais afetado da Europa, depois da Itália, superando a Espanha, que nesta quinta-feira anunciou 268 mortes por COVID-19 e um total de 24.543 falecimentos desde o início da pandemia.

Este é o menor balanço registrado pelas autoridades espanholas desde 20 de março e confirma que a pandemia está recuando, mas o primeiro-ministro Pedro Sánchez já antecipou que o país enfrentará uma "profunda" recessão.

O PIB espanhol registrou contração de 5,2% no primeiro trimestre. A economia italiana teve retrocesso de 4,7% no mesmo período.

No conjunto de uma UE ainda dividida sobre as medidas que devem ser adotadas, a situação não é muito melhor.

A economia da Eurozona registrou o retrocesso trimestral "mais importante" desde o início da série histórica em 1995, com uma contração de 3,8% no primeiro trimestre de 2020. A Alemanha anunciou o aumento de 13,2% do número de desempregados em abril.

A pandemia já arrastou a economia dos Estados Unidos, maior potência mundial, à pior recessão em uma década.

- Bandeiras para pedir ajuda -

A América Latina, que nas palavras do subdiretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) Jarbas Barbosa está como a "Europa há seis semanas" em relação ao avanço da COVID-19, observa o aumento do número de casos.

O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus na América Latina e Caribe alcança 10.435, com mais de 200.205 casos oficialmente registrados, de acordo com um balanço da AFP elaborado com base em dados oficiais.

O Brasil, país de 210 milhões de habitantes, tem mais da metade das mortes por coronavírus na região (5.466, com 78.162 casos), mas de acordo com vários especialistas o número real de infectados pode ser entre 12 e 15 vezes superior ao oficial, consequência da pouca disponibilidade de testes de diagnóstico.

Em seguida aparecem México (1.569 mortes), Peru (943) e Equador (883).

As comparações são difíceis, no entanto, devido às políticas díspares dos países para contabilizar e fazer testes de diagnóstico.

A crise afeta duramente os países mais ricos, onde milhões de desempregados precisam recorrer aos bancos de alimentos, mas é ainda mais dolorosa nos países menos desenvolvidos.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) alertou esta semana que a pandemia aumentará a fome e a pobreza na América Latina.

Desta maneira, os habitantes dos bairros mais pobres da Guatemala criaram um novo código com bandeiras de cores para pedir ajuda, identificando o tipo de emergência de cada casa em busca da atenção das autoridades.

O governo guatemalteco entregará uma caixa de mantimentos e 10 dólares por dia a pessoas que estão sem emprego ou alimentos, além de prometer seguro médico a crianças que estudam em escolas públicas, entre outras medidas.

Na cidade de Nova York, a mais afetada do mundo, o governador Andrew Cuomo ficou chocado com as imagens do metrô invadido por moradores de rua. Ele pediu uma solução para o problema da habitação.

Em um mundo na expectativa por um remédio eficaz, os Institutos Nacionais da Saúde (NIH) dos Estados Unidos apresentaram uma esperança na quarta-feira com o anúncio de que um fármaco experimental do laboratório Gilead acelerou a recuperação dos pacientes.

Embora os resultados preliminares não permitam estabelecer se o medicamento pode salvar vidas, o fármaco pode ajudar milhões de pessoas a uma cura mais rápida, enquanto o mundo busca uma vacina.

Já um laboratório do norte de Pequim anunciou uma das primeiras vacinas experimentais contra o novo coronavírus.

O grupo privado Sinovac Biotech já testou a vacina em macacos e em um pequeno grupo de seres humanos e terá resultados sobre a confiabilidade do fármaco em junho.

O laboratório chinês, um dos quatro autorizados a fazer testes clínicos no país, afirma que está pronto para produzir 100 milhões de doses por ano para combater o patógeno.

burs-acc/bl/fp

Corona Kumar, Covid Marie, entre outras variações: na Ásia cada vez mais pais dão a seus recém-nascidos um nome com referência ao coronavírus, visivelmente indiferentes às consequências de sua escolha a longo prazo.

Quando Tabesa Hill deu à luz em 13 de abril em Bacolod, Filipinas, decidiu, de acordo com o pai da menina, John Tupas, de 23 anos, que a filha a filha deveria ter um "nome que nos recordasse que escapamos da Covid-19". Por este motivo, a recém-nascida virou Covid Marie.

Poucas semanas antes, duas mães do sudeste da Índia tiveram a mesma ideia. Algumas pessoas destacaram que a ideia veio de um médico do hospital onde nasceram as crianças. Uma se chama Corona Kumar e a outra Corona Kumari.

"Eu disse que ajudaria a sensibilizar (a população) sobre a doença e a acabar com os preconceitos a respeito", confirmou o médico, S.F. Basha. "Para minha surpresa, aceitaram", revelou.

Um casal de migrantes do nordeste da Índia, que ficou bloqueado a milhares de quilômetros de sua residência no estado de Rajasthan, optou pelo nome "Lockdown", que em inglês significa confinamento, para seu filho.

"Nós demos o nome Lockdown para recordar todos os problemas que enfrentamos durante este período difícil", explicou o pai da família à imprensa local.

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