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O grupo Andrade Gutierrez, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, começou a ofertar parte de seus ativos para grupos e fundos de investimentos estrangeiros. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o conglomerado já ofereceu sua participação de 17% na concessionária CCR para pelos menos três grupos - os fundos Temasek e GIC, ambos de Cingapura, e a canadense Brookfield.

Fontes afirmam, no entanto, que ainda não há negociações firmes. A empresa detém 17% das ações da CCR, mesma fatia da Camargo Corrêa. Outro sócio é o grupo Soares Penido, com 17,22%. Pelo acordo de acionistas da concessionária, no caso de venda de participação, os demais investidores da companhia devem ser consultados primeiro e têm preferência na compra das ações.

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Ainda segundo fontes, a Andrade Gutierrez só venderia esse ativo, que é considerado atrativo no mercado e tem vários interessados, se o comprador pagar um grande prêmio pelo negócio. O valor de mercado da CCR é avaliado em R$ 23 bilhões. Há um ano, valia R$ 30 bilhões. Além de concessões rodoviárias, como o sistema Anhanguera-Bandeirantes, a empresa administra o Aeroporto de Belo Horizonte. Em nota, a Andrade Gutierrez negou veementemente que esteja vendendo sua participação na CCR.

A reportagem apurou que Brookfield e Temasek, que já têm investimentos no País em infraestrutura, estão de olho em outros ativos de companhias envolvidas na Lava Jato. Segundo o presidente da assessoria financeira BF Capital, Renato Sucupira, em função do câmbio, empresas brasileiras têm despertado a atenção do investidor estrangeiro.

Com a desvalorização do real, os ativos ficaram, em média, 50% mais baratos em dólar. A CCR, por exemplo, custaria na moeda americana US$ 5,6 bilhões, na cotação de Sexta-feira.

"Já entre os brasileiros, a situação é mais complicada. Dos oito grandes grupos nacionais que teriam condições de entrar numa empreitada desse tamanho, dois são acionistas da empresa e os demais também estão vendendo ativos." Segundo o executivo, hoje há muita oferta, vários investidores interessados e um ambiente adverso para fechar negócios. "Mesmo com o Brasil barato, há incertezas. Hoje, não vale a pena pagar por esse risco, mesmo que o negócio seja atrativo", disse uma fonte de um grande fundo.

Além da fatia da Andrade Gutierrez na CCR, outros grupos estão colocando à venda participações que têm em empresas. A Camargo Corrêa, por exemplo, tenta se desfazer de sua fatia na Alpargatas, InterCement e CPFL, conforme já informou o Estado. A OAS, por sua vez, também colocou à venda sua participação na Invepar, controladora da concessionária do Aeroporto de Guarulhos.

Dificuldades

Segundo fontes, além da CCR, a Andrade Gutierrez já sinalizou interesse em se desfazer de outros ativos caso a situação piore. Com o envolvimento na Lava Jato e a prisão do presidente da holding, Otávio Azevedo, a empresa foi impedida de participar de novas licitações da Petrobras e viu suas receitas em óleo e gás caírem.

Em recente relatório, divulgado na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch demonstra preocupação com os efeitos da Lava Jato na construtora, como a maior dificuldade para obter financiamentos futuros.

Segundo o documento, outro ponto fraco do grupo é a forte concentração da carteira de projetos no setor público. Dos R$ 28,8 bilhões da carteira de projetos em 30 de junho deste ano, 82% estavam atrelados a empreendimentos públicos.

Um problema que pode afetar o caixa da empresa é a dificuldade dos governos - federal e estaduais - de manter os pagamentos em dia. Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que os desembolsos do governo federal para as empreiteiras envolvidas na Lava Jato caíram 60% neste ano.

Junta-se a isso o fato de a companhia possivelmente ser punida pelo envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras, que deve retirar alguns milhões do caixa da companhia. O grupo também é acionista da encrencada Oi, altamente endividada e que virou uma empresa de capital pulverizado.

Procuradas, CCR, Brookfield e Temasek não comentaram o assunto.O GIC não retornou os pedidos de entrevista.

Algumas das grandes empresas brasileiras sairão menores da crise e outras poderão até ficar pelo caminho. Neste momento, cerca de R$ 150 bilhões em ativos estão à venda no Brasil, segundo cálculos internos feitos por bancos de investimento, obtidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. A cifra equivale a praticamente um Itaú em valor de mercado ou a meia Ambev.

O encolhimento das empresas tem dois motivadores: as investigações da Operação Lava Jato, que devem fazer até com que algumas empreiteiras saiam de cena, e o conservadorismo, buscado naturalmente em tempos de crise.

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O maior plano de desinvestimento é o da Petrobras. A estatal tem em pauta um ambicioso plano de venda de ativos, com estimativa de levantar US$ 15,1 bilhões em 2015 e 2016. "No fim do processo, a Petrobras voltará a ser uma empresa de produção e exploração de petróleo", disse o executivo de um banco nacional.

A abertura de capital da subsidiária BR Distribuidora, em uma oferta inicial de ações (IPO) de cerca de R$ 7 bilhões, ainda aguarda uma janela de oportunidade na Bolsa. No pacote de desinvestimento da estatal, estão também usinas térmicas e participações no controle de distribuidoras estaduais de gás natural. As térmicas estão na categoria de ativos considerados de grande liquidez, razão pela qual a Engevix vendeu sua fatia no controle da Desenvix para a Statkraft Investimentos.

Outra empresa do setor elétrico com ativos à venda é a Eletrobrás. A companhia, que enfrenta dificuldades desde 2012, quando o governo mudou o modelo de concessão de geração do País, tem acumulado prejuízos anuais e pretende vender a distribuidora Celg ainda este ano.

A CSN é outra empresa que deve sair da crise focada em três negócios: siderurgia, mineração e cimento. Hoje, a empresa também atua em logística e energia. Já a Vale vem reorganizando seu portfólio, com o intuito de manter os ativos mais geradores de caixa.

"Muitas empresas adotaram uma postura de crescimento inorgânico, via aquisições, nos últimos anos. Agora o cenário reverteu dramaticamente e a crise está fazendo com que as empresas revejam seus portfólios, voltando-se a um negócio mais rentável", disse o executivo de um banco estrangeiro, envolvido na venda de alguns ativos.

Portfólio menor

Constituída por uma série de aquisições, a Hypermarcas está mudando de direção. Nos últimos anos, a empresa se concentrou em um forte processo de redução dos níveis de endividamento e enxugamento do portfólio de marcas, processo que ganhou mais importância agora. No momento, a companhia procura alternativas para sua unidade de fraldas. A empresa se reposicionou de tal forma que, internamente, já se questiona se o nome "Hypermarcas" reflete sua realidade, cada vez mais voltada ao setor farmacêutico.

Com a crise batendo no varejo, o processo de desinvestimento chegou aos shoppings centers. A General Shopping vendeu o Shopping Light, em abril, e deve acelerar o processo nos próximos meses para quitar dívidas corporativas, enquanto busca outras alternativas, como emissão de ações com esforços restritos, para captar recursos com mais agilidade. Ainda no setor, a operadora REP é uma das companhias que pode mudar de dono para capitalizar seu controlador, a PDG Realty, que vem sofrendo com a baixa no mercado imobiliário.

Além da venda de ativos, há empresas optando por fechar unidades de negócios menos rentáveis. É o caso, por exemplo, da Lojas Marisa, que desistiu de prosseguir com as vendas diretas para estancar a sangria de caixa que a iniciativa vinha provocando.

No mesmo setor, todas as grandes redes têm sinalizado intolerância a lojas com performance pior que a média. A varejista de moda C&A, por exemplo, anunciou o fechamento de duas lojas em shoppings grandes no País. Via Varejo e Magazine Luiza também já informaram maior cautela na avaliação das lojas.

"Em um cenário de queda de receita as empresas tentam proteger minimamente a rentabilidade e até mesmo a sobrevivência", diz o professor de Economia do Ibmec/RJ, Daniel Sousa. Segundo ele, negócios que já não eram muito rentáveis ficam inviáveis nesse contexto.

Lava Jato

As investigações da Polícia Federal nos maiores grupos brasileiros de construção e óleo e gás levaram boa parte dessas companhias a rever operações. A OAS, em recuperação judicial, tenta se desfazer de ativos nos segmentos de infraestrutura, ambiental e estádios, para se concentrar em construção.

O Grupo Schahin anunciou, ao entrar com pedido de recuperação judicial de 28 empresas, que se concentraria na área de petróleo e gás, abandonando atividades de engenharia e construção. Mesmo assim, no plano de recuperação judicial, mencionou a venda de três navios-sonda.

A Galvão Engenharia colocou à venda participações da Galpar no capital social da CAB Ambiental (de 66,58%) e no capital social da Concessionária Galvão BR-153 (de 100%). Também se comenta a venda de ativos de geração hidrelétrica e eólica. A Odebrecht, que teve a construtora citada na Lava Jato, também procura fazer caixa e teria oferecido no mercado operações de energia renovável.

"Essas empresas tinham negócios grandes com o governo e dependiam de crédito para tocar essas obras. O governo parou de pagar e o crédito secou. Como elas não têm caixa para fazer frente às obrigações, estão vendendo seus ativos", afirmou o consultor Riccardo Gambarotto, sócio da consultoria RGF & Associados.

Gambarotto ressalta que, além das empresas diminuindo de tamanho, a crise econômica fez muitos empresários colocarem a companhia inteira à venda. "Vender ativos é um privilégio de poucos. Os pequenos não têm o que vender e só podem fazer ajustes operacionais, como cortar custo, ou vender a empresa inteira." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A movimentação da Camargo Corrêa para vender ativos e ficar mais enxuta não é isolada no setor. Para sobreviver, as grandes empreiteiras do País terão de adequar suas estratégias à uma nova realidade: de crise, menos investimento em infraestrutura, mais transparência e com Lei Anticorrupção. A Operação Lava Jato, da Polícia Federal, levou uma série de empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras aos tribunais, especialmente grandes construtoras. Endividadas, sem crédito e com contratos cancelados ou suspensos, 253 pediram recuperação judicial neste ano.

"As empresas vão ter de enxugar seus negócios e buscar outras linhas de crédito", diz Sérgio Lazzarini, do Insper. "Isso porque o capital público (financiamento) secou e os custos dispararam."

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O grupo Camargo Corrêa colocou à venda parte de seus negócios, entre eles a Alpargatas (dona da Havaianas), uma fatia da divisão de cimento InterCement e não descarta se desfazer da participação que tem na CPFL, de energia, segundo apurou a reportagem. Os recursos serão usados para reduzir seu endividamento e como reserva para pagamento de pesadas multas. A construtora, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobrás, fechou acordo de leniência (espécie de delação premiada de empresas) para devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos.

Além de fazer frente a obrigações financeiras, as vendas também estão ligadas à intenção da família - cuja terceira geração está praticamente fora do dia a dia dos negócios - de reduzir a dependência da construtora de obras públicas e de buscar opções de investimento mais rentáveis dentro e fora do Brasil. Apesar de manter residência oficial no País, parte da família passa parte do tempo em Londres.

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Fundado em 1939 como construtora por Sebastião Camargo, o grupo participou de momentos importantes da história do País - como a construção de Brasília -, mas trilhou caminho diferente de boa parte das empreiteiras, com diversificação de negócios. Essa característica hoje põe a Camargo Corrêa em situação financeira mais confortável do que as demais envolvidas na Lava Jato. "O grupo tem entre seus ativos CPFL e CCR (concessionária de infraestrutura), dois caminhões de dinheiro, geradores de dividendos, que podem dar liquidez à empresa", disse uma fonte.

Apesar dessa posição relativamente confortável, há também problemas. O primeiro é o endividamento do grupo, de R$ 15,7 bilhões (descontado o fluxo de caixa) - a maior parte concentrada na cimenteira. Há ainda negócios em dificuldades, como o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), considerado um "erro estratégico" que passa por reestruturação pelas mãos da RK Partners (a ordem é vendê-lo o mais rápido possível).

E, por fim, vêm as multas. Além dos R$ 700 milhões da Lava Jato, a empresa também tem obrigações referentes à participação na formação de um cartel entre as cimenteiras brasileiras. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aplicou multa de R$ 241,7 milhões à InterCement, mas a empresa tenta reverter a decisão na Justiça.

'Vende-se'

A venda de ativos do grupo Camargo Corrêa está em diferentes estágios. No caso da Alpargatas, fundos como Carlyle e KKR estão em processo competitivo pelos 44% da Camargo Corrêa, que garantem o controle do negócio. Fontes dizem que o Advent teria sido procurado, mas não se interessou.

A CPFL, que começou a ser oferecida ao mercado há cerca de dois meses, não deve ter problemas para atrair interessados. "Vendem a hora que quiserem", disse um banqueiro sobre o ativo de energia.

Já a InterCement, que concentra um terço da receita do grupo, de R$ 26 bilhões, até agora não conseguiu atrair interessados, segundo fontes. A dívida alta (de ¤ 2,5 bilhões), a baixa demanda por cimento no Brasil e a fusão global entre Holcim e Lafarge, que pôs vários ativos à venda, reduzem o apelo do negócio neste momento.

Analista sênior da agência de classificação de risco Fitch, Phillip Wreen diz que qualquer movimento de capitalização do grupo é bem-vindo, embora o momento difícil da economia brasileira possa ser um empecilho.

A Camargo Corrêa informou, em nota, que "está sempre atenta às oportunidades de investimento que criem valor no longo prazo". Procurados, Advent, Carlyle, CCR e CPFL não quiseram comentar. RK e KKR não retornaram os contatos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (5) fiscalizar aquisições e alienações de ativos feitas pela Petrobras. Em 60 dias, a área técnica da corte vai elaborar um plano de ação para que essas transações sejam acompanhadas.

Entre 2009 e 2014, segundo relatório do tribunal, a Petrobras fez 149 operações de compra e venda de ativos, sendo 51 aquisições, 48 alienações e 33 incorporações.

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Os auditores constataram que, com a crise financeira da empresa e a necessidade de investimentos para a exploração no pré-sal, tem crescido a quantidade de operações de venda. Desde 2012, por exemplo, a estatal levantou R$ 23,4 bilhões com a venda de participação em diversas empresas.

O ministro Vital do Rêgo, relator do processo, justificou, com base nos números, que os valores levantados nas operações são insuficientes para recuperação da estatal e indicam que haverá novas alienações. Ele citou a intenção da estatal, anunciada recentemente, de abrir o capital da BR Distribuidora, considerada por analistas uma das joias da coroa da companhia. Especula-se que a operação poderá aportar R$ 25 bilhões para o caixa da empresa.

Ao justificar a necessidade de fiscalizar os negócios, o relator explicou que, recentemente, a companhia reavaliou ativos, tendo em vista o superfaturamento detectado na Operação Lava Lato, da Polícia Federal. "Só por conta dos empreendimentos da Diretoria de Abastecimento (que foi comandada por Paulo Roberto Costa, delator da operação), foram lançadas perdas de US$ 14 bilhões. Para agravar a situação, a companhia viu-se obrigada a realizar os prejuízos do esquema de corrupção investigado", escreveu Vital do Rêgo em seu voto.

A distância de ativos entre o Itaú e o Bradesco continuou a subir e alcançou, ao final do primeiro trimestre, o maior patamar desde a fusão Itaú/Unibanco, em 2008. O montante chegou próximo dos R$ 260 bilhões ante cifra de R$ 176,6 bilhões nos três meses anteriores. Foi o segundo aumento trimestral seguido.

O crescimento da distância ocorreu porque o Itaú Unibanco expandiu seus ativos em ritmo superior ao visto no concorrente. O banco totalizou R$ 1,295 trilhão ao final de março, aumento de 16,9% perante o mesmo intervalo do ano passado. Na comparação com dezembro, o aumento foi de 7,1%. Já o Bradesco encerrou março com R$ 1,035 trilhão de ativos, cifra 12,2% maior que a registrada em um ano, de R$ 922,229 bilhões. No comparativo com dezembro, foi identificada leve expansão de 0,3%.

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A diferença em relação ao montante de ativos do Itaú pode ser reduzida ou até mesmo eliminada caso o Bradesco adquira o HSBC no Brasil, que negocia a operação com assessoria do Goldman Sachs. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Bradesco é um dos fortes candidatos a adquirir o britânico. Desde que o Itaú fez a fusão com o Unibanco, em 2008, a diferença de ativos, que na época girou em torno de R$ 178 bilhões, variou bastante. A menor cifra ocorreu no segundo trimestre de 2012 quando, conforme série histórica acompanhada pelo Broadcast, chegou a R$ 58,3 bilhões. De lá para cá, porém, a diferença cresceu, chegando ao maior patamar histórico neste trimestre. Até então, a maior cifra havia sido ao final no quarto trimestre de 2013, quando chegou a R$ 185,147 bilhões.

Com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, o HSBC é o sétimo maior banco do País, de acordo com dados do Banco Central de dezembro último. Considerando os números do primeiro trimestre, o Bradesco, com R$ 1,035 trilhão de ativos, ultrapassaria o montante de R$ 1,2 trilhão, encostando na cifra de R$ 1,295 trilhão registrada pelo Itaú ao final de março. Fontes alegam que o Itaú Unibanco não teria interesse em uma nova aquisição no Brasil uma vez que ainda não concluiu a operação com o chileno CorpBanca. Citam, porém, um possível interesse quanto à unidade do HSBC no México. Tanto Bradesco como Itaú já olharam os números do britânico, conforme fontes. O Santander, o BTG Pactual e estrangeiros como o espanhol Inbursa, o canadense Scotia Bank e players chineses também teriam olhado a operação.

A Brasil Foodservice Group (BFG) comunicou nesta segunda-feira, 23, que celebrou contrato com a Marfrig Alimentos de arrendamento de ativos e outras avenças.

O contrato abrange o centro de distribuição e de fabricação de beef jerky, em Itupeva (SP), e a unidade de abate de animais em Nova Xavantina (MT). O comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), não contém valores referentes ao negócio.

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A operação, segundo a BFG, está sujeita a determinadas condições suspensivas descritas no contrato, como a realização de due diligence e a obtenção das aprovações societárias necessárias.

O anúncio da reestruturação do acordo entre o grupo EBX e o fundo soberano Mubadala, de Abu Dhabi, é apenas "o primeiro passo" para uma ampla reestruturação em todo o grupo, na avaliação do consultor Victor Penna, da Diretoria de Mercado de Capitais e Investimentos. Ele acredita que a solidez do grupo foi posta em questão. "Esse passo mostra comprometimento de Eike Batista com o mercado para dar uma solução aos problemas, mas não dá para avaliar como será o futuro."

Penna avalia que a atual situação do grupo não é algo que possa ser resolvido tão facilmente. Mais cedo, a EBX anunciou ter concluído a renegociação do acordo com o fundo soberano Mubadala. Pelo acordo, a holding brasileira teria resgatado "uma parcela significativa" do investimento inicial de US$ 2 bilhões do fundo, mas não detalhou o valor final.

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"É um passo que o mercado esperava e agora vai ter que acompanhar as próximas medidas, como a venda de ativos, o rolamento da dívida. Sem uma notícia mais firme, o grupo vai continuar apanhando", diz o analista.

Segundo ele, a prioridade do grupo deve ser a reestruturação da petroleira OGX, mas outras empresas também estão adiantadas nos processos de negociação para a venda de ativos. Na área de mineração, o alvo prioritário da MMX seria o Superporto Sudeste, preservando as minas que ainda geram receitas para a empresa.

"Pela situação do grupo, as empresas vão querer pagar mais barato pelo ativo. O que facilita para as empresas siderúrgicas, principais interessadas. Mas, elas também não têm uma situação financeira boa." Entre as interessadas, citou CSN, Usiminas e Gerdau.

A diretoria da Petrobras não aprovou a operação de venda dos ativos na Argentina, "a partir das propostas obtidas". No entanto, a Petrobras não deu detalhes sobre a proposta em questão. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, a estatal destacou que essa decisão não altera o plano de desinvestimentos.

Na quarta-feira (22), a presidente da companhia, Graça Foster, admitiu que havia negociações em curso para a venda de ativos naquele país e que a Petrobras Argentina (Pesa) faz parte da carteira de desinvestimentos da empresa. No entanto, Graça acrescentou que a estatal não pretende sair definitivamente da Argentina.

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A Petrobras tem previstos desinvestimentos e reestruturação de ativos no valor de US$ 9,9 bilhões em Plano de Negócios e Gestão 2013-2017. De acordo com o que apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na segunda-feira (20), o grupo argentino Indalo abrirá uma companhia nos Estados Unidos para conseguir fechar a compra dos ativos da Pesa. A nova empresa, Centenary Internacional Corporation (CIC), administrará os ativos do setor de energia da Indalo e obterá o financiamento necessário para a compra da Pesa pelo valor de US$ 910 milhões.

A venda de ativos não estratégicos é uma possibilidade para a Braskem, confirmou nesta segunda-feira o presidente da companhia, Carlos Fadigas. Em evento de entrega do Prêmio Executivo de Valor 2013, em São Paulo, ele avaliou que os ativos de resíduos industriais estão no perfil de negócio dos quais a empresa poderia se desfazer.

Fadigas citou a venda das fatias detidas na Cetrel e na Unidade de Tratamento de Água (UTA) no fim de 2012 para a Odebrecht Ambiental e afirmou que processos semelhantes podem voltar a acontecer. "Já vendemos dois ativos não estratégicos e sempre tem algo que pode não ser o foco da companhia, as vendas continuam sendo uma possibilidade", declarou. De acordo com Fadigas, porém, a companhia não trabalha com um prazo para as vendas. "O que importa é fazer a operação certa e no valor que agregue para a Braskem, o prazo não é uma preocupação", concluiu.

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O diretor financeiro da Eletrobras, Armando Casado, confirmou, nesta terça-feira, que o plano de reestruturação da estatal está praticamente fechado e contempla a venda de ativos. Segundo ele, essa possibilidade de venda estaria colocada apenas para distribuidoras de eletricidade controladas pelo grupo Eletrobras.

"A proposta de reestruturação já está em discussão no conselho, mas não posso divulgar detalhes. Nosso contexto contempla a possibilidade de alienação de um ou mais ativos, o que seria referente a distribuidoras propriamente ditas", afirmou. O executivo participa nesta terça-feira de audiência pública no Senado Federal.

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A Petrobras estuda mudar seu bilionário programa de desinvestimento, incluindo mais vendas de ativos no Brasil, segundo o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa. Uma das opções seria aumentar o tamanho desse programa, que atualmente prevê a venda de US$ 14,8 bilhões em ativos, a maioria no exterior.

Essa seria uma forma de compensar o preço defasado da gasolina em relação a outros países, que vem ocorrendo desde o final de 2010, prejudicando o caixa da empresa. Barbassa disse que a Petrobras está discutindo como reajustar esse preço, que tem trazido prejuízos à companhia e pode comprometer o programa de investimentos.

Por falta de caixa, a companhia já começara, nos últimos dois meses, a adiar ou reduzir investimentos enquadrados no plano de negócios como "em análise". Agora, quer também se desfazer de ativos no Brasil.

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A Petrobras tem dificuldades para negociar a venda de ativos no exterior e Barbassa reconheceu na divulgação do balanço do terceiro trimestre que as vendas levarão mais tempo que o previsto. Um dos motivos para a demora seria o fato de compradores saberem que a estatal tem pressa em fazer caixa e aproveitam para jogar os preços para baixo. A dificuldade para vender os ativos é sentida especialmente no Golfo do México, nos EUA, onde a Petrobras negocia com petroleiras de vários países uma complexa parceria para 175 blocos de exploração de petróleo.

A Petrobras discute com o governo brasileiro ajuste nos preços da gasolina, para que voltem aos níveis internacionais. “Estamos trabalhando esse assunto com o conselho”, destacou o executivo, sem citar prazos, logo após fazer palestras a investidores estrangeiros em um evento promovido em Nova York pelo Bradesco BBI.

A Petrobras está com dificuldades para negociar a venda de ativos no exterior. Potenciais compradores sabem que a companhia tem pressa em fazer caixa e aproveitam para barganhar preços, segundo fontes da estatal.

O plano de negócios de 2012 a 2016 prevê vendas de ativos no valor de US$ 14,8 bilhões, a maior parte em 2012. Mas, a pouco mais de dois meses do fim do ano, a estatal ainda não conseguiu levantar os recursos.

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O dinheiro é fundamental para financiar os investimentos no pré-sal, cada vez mais prioritários para a empresa, em detrimento dos projetos no exterior. O reforço de caixa é ainda mais importante porque a Petrobras está perdendo bilhões com a importação de combustíveis e com a queda de produção na Bacia de Campos.

A dificuldade para vender os ativos é sentida no Golfo do México, nos Estados Unidos, onde a Petrobras negocia com empresas de petróleo de vários países uma complexa parceria para seus 175 blocos de exploração de petróleo. Também podem ser negociados refinarias no Japão e nos Estados Unidos e ativos na Argentina.

No caso da refinaria de Pasadena (Texas), pesa contra a venda o fato de a Petrobras poder amargar prejuízo bilionário com o negócio. Em junho, a estatal comprou o resto das ações que faltava para obter o capital total da refinaria e encerrou as disputas judiciais com a antiga sócia Transcor/Astra.

O acerto permite que a Petrobras revenda a refinaria. O problema é o valor a ser negociado. A estatal pagou US$ 1,18 bilhão pela refinaria, mas ela é avaliada em cerca de um décimo deste valor. Apenas no acerto de junho, a Petrobras desembolsou US$ 820,5 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Banco do Brasil deve atingir a marca de R$ 1 trilhão em ativos este mês, segundo o presidente da instituição, Aldemir Bendine. A previsão inicial era chegar a esse valor no final de 2011. Com essa marca, o BB se consolida na posição de maior instituição financeira da América Latina.

Sobre mudanças na credenciadora da Cielo, Bendine destaca que a estratégia para a empresa está mantida. "Não temos interesse em comprar a participação no Bradesco. A Cielo permanece como uma companhia de capital aberto", afirmou durante entrevista à imprensa.

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As taxas de inadimplência do BB deve permanecer estáveis este ano, de acordo com Bendine. Ao final do quarto trimestre, elas estavam em 2,1% da carteira de crédito, considerando os atrasos acima de 90 dias. Para o Banco Votorantim, a previsão é de queda. Em 2011, as taxas tiveram forte alta, passando de 1,6% para 5,8%.

O presidente da Anbima, Marcelo Giufrida, afirmou que está perto de R$ 2,5 trilhões o total de ativos de investidores institucionais no Brasil, que envolve aplicações tanto em renda fixa como variável.

Segundo ele, para que o Brasil avance nos investimentos de longo prazo seria importante que diminuísse a participação relativa dos financiamentos do setor pelo BNDES e aumentasse a atuação dos agentes privados.

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Em 2010, de acordo com o vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, a instituição foi responsável por 28% do funding de projetos industriais e de infraestrutura de longa maturação no País.

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