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Um professor de biologia de uma escola particular em Teresina (PI) declarou, durante uma de suas aulas on-line, que em “90% dos casos de feminicídio, a mulher tem culpa”. A fala foi gravada por um aluno, e o docente foi denunciado para a instituição.

O vídeo mostra o professor explicando sua fala. “Por quê? Caramba, quando vocês estiverem namorando, observem o parceiro, observem a parceira. Estão namorando, pelo menos um namoro de um mês, dois meses. ‘Ah professor, mas ninguém conhece o ser humano’. Dá para conhecer um pouquinho”, disse.

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O Colégio CPI divulgou uma nota, nessa quarta-feira (25), afirmando que o professor foi afastado do quadro de funcionários. A instituição ressalta que a decisão foi tomada “por não concordar de forma alguma com este ponto de vista e repudiar completamente este tipo de conduta, que depõe frontalmente contra nossos valores éticos e profissionais”. Confira a nota da escola na íntegra abaixo:

"Nota de esclarecimento Nesta quarta-feira (25), fomos surpreendidos por um comentário feito por um colaborador em sala de aula, declarando que “boa parte do percentual de feminicídios ocorre devido ao comportamento feminino”. Por não concordar de forma alguma com este ponto de vista e repudiar completamente este tipo de conduta, que depõe frontalmente contra nossos valores éticos e profissionais, a direção da escola vem a público comunicar que, diante do fato, procedeu com o imediato afastamento do colaborador do seu quadro de funcionários. Ao tempo em que pedimos desculpas ao nosso público, reiteramos o nosso compromisso de continuar disponibilizando uma educação de qualidade, de resultados e comprometida com valores morais. Direção do Colégio CPI”.

O feminicídio é o assassinato de uma mulher pelo simples fato de ser mulher. A Lei nº. 13.104/2019 prevê, em linhas gerais, o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio. Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que 1.350 casos de feminicídio foram registrados em 2020.

A Universidade de São Paulo (USP) oferecerá dois minicursos gratuitos sobre cultura escolar e projetos de vida. As aulas serão ministradas por meio do canal no YouTube da instituição e não é necessário realizar inscrição para participar.

Nesta terça-feira (17), às 19h, será ministrada a aula Cultura Escolar e História da Educação, com a professora Diana Vidal. Já na próxima quinta-feira (19), também às 19h, três especialistas falarão sobre Projeto de Vida e Escolha Profissional.

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No minicurso de cultura escolar, serão abordadas a conservação e a inovação em educação, a atenção à cultura material como elemento constitutiva das práticas escolares e a valorização dos sujeitos escolares como agentes sociais.

Já o assunto a ser abordado na mini capacitação sobre projeto de vida pode ser conferido na ementa do curso.

Os minicursos fazem parte do projeto Educação Básica: Práticas e Didáticas, que a Cátedra de Educação Básica promove ao longo desse ano. As aulas são ministradas nas terças e quintas-feiras e seguem até o dia 16 de dezembro.

Para receber certificado, o estudante deve preencher um formulário que será enviado no momento da aula.

A Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Carlos Soares da Silva, localizada em Salgadinho, no Agreste de Pernambuco, inaugura, nesta segunda-feira (26), a disciplina eletiva “Felicidade e Inteligência Emocional - Porque Ser Feliz é Disciplina”. A unidade de ensino conta com 271 estudantes matriculados.

A disciplina visa reforçar o autoconhecimento dos estudantes, reconhecendo e aceitando as múltiplas formas de ser, pensar e sentir no mundo, como também, proporcionar um espaço de vivências para uma boa qualidade de vida no ambiente escolar.

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De acordo com a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (SEE/PE), a eletiva tem como referência o Relatório Mundial da Felicidade da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, utiliza documentos e teóricos para ministrar as aulas, e promete, ainda, cultivar a solidariedade, o respeito às diferenças e a pessoa humana, o diálogo e os cuidados com o meio ambiente e o planeta dentro e fora do muro da escola.

“A disciplina vem contribuir de maneira resiliente na construção do estudante enquanto cidadão, dentro e fora da escola, para que eles consigam enxergar a felicidade a partir de conceitos plurais e múltiplos. Para que ele venha a ser feliz da forma mais autêntica possível: sendo ele mesmo”, contou, por meio de nota, Romero Porfírio, professor de língua portuguesa e coordenador da eletiva.

A aula inaugural também conta com a participação de Maria Medeiros, secretária executiva de Educação Integral e Profissional (SEIP). Para ela, a disciplina também tem impactos na formação profissional dos estudantes. “Trabalhar nas eletiva a inteligência emocional, felicidade, trabalho em equipe, comunicação assertiva, entre outras habilidades, é muito necessário para preparar os nossos jovens para o mercado de trabalho que está exigindo cada vez mais profissionais com um perfil diferenciado. mais do que competência técnica, é preciso que os profissionais demonstrem competências comportamentais”, concluiu.

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O Ser Educacional, mantenedor da UNINASSAU, UNAMA, UNIJUAZEIRO, UNIFACIMED, UNG, UNIVERITAS, UNINORTE, UNESC, UNIFASB e UNINABUCODIGITAL, promove a aula magna do curso de Marketing Digital, na próxima quarta-feira (9), às 19 horas, com o tema "As Estratégias do Marketing Digital da Vencedora do BBB21, Juliette Freire". A programação começou na última quarta-feira (2), com o tema "Crossmedia no Mundo Criativo do Conteúdo Digital".

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O evento é voltado para os estudantes e profissionais de Comunicação e visa promover o aprendizado e aprimorar técnicas usadas atualmente nas redes sociais que podem alavancar a gestão das mídias digitais do cliente. E um dos cases de sucesso atualmente é o “boom” repentino que transformou a vencedora do Big Brother Brasil 21, Juliette Freire, em um fenômeno mundial em pouco tempo, saindo da casa dos 3 mil seguidores para 30 milhões, sendo a ex-BBB mais seguida do Brasil e batendo vários recordes em números de curtidas na plataforma.  

Rallyson Chaves, social media e community manager de Juliette Freire, é um dos convidados da aula para explicar, na prática, as estratégias usadas para obter tanto sucesso e transformar uma anônima em celebridade, faturando milhões em campanhas publicitárias e tendo uma legião de fãs e seguidores.

Para Mônica Queiroz Cintra, coordenadora do Núcleo de Gestão dos cursos de Pós-graduação e responsável pelo evento, a importância de abordar esse tema vai muito além dos números impressionantes. "Convidamos profissionais de Gestão e Marketing para participar, transmitir e agregar conhecimento para os participantes. O evento trará muito conteúdo e uma nova visão sobre Estratégias, Conteúdo Digital, Mapeamento de Performance Digital e, claro, vamos explorar todo o case de sucesso do time digital da Juliette Freire", afirma.

As inscrições podem ser feitas pelo site conheca.sereducacional.com/evento-marketing-digital e os inscritos receberam o link de acesso para assistir as aulas por e-mail. Ao final do curso os participantes receberão um certificado de participação.    

Programação  

DIA 09/06    

• Rallyson Chaves: Social Media e Community Manager da campeã do BBB21, Juliette Freire;   

• Mônica Queiroz Cintra: apresentadora do evento.   

 Por Aline Malta.

Com 32 vagas disponíveis, o Mestrado Profissional em Administração da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) receberá inscrições de 7 de junho a 5 de julho. A seleção prevê o início das turmas no segundo semestre deste ano; há possibilidade de aulas presenciais – Campus Recife - ou remotas, a depender dos efeitos da pandemia da Covid-19 no período do mestrado.

Estratégia, Finanças e Marketing e Competitividade nas Empresas (EFMC), com 19 vagas, e Comportamento Organizacional e Gestão Estratégica de Pessoas (COGP), com 13 oportunidades, são as linhas de pesquisa da formação. De acordo com a UFPE, os candidatos devem possuir graduação na área do programa ou segmentos afins.

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Entre as etapas do certame está a realização de análise curricular. O resultado final da seleção está previsto para 6 de agosto e, para mais informações, acesse o edital de abertura do processo seletivo.

A série 'Matemática básica do zero', uma parceria entre o LeiaJá, projeto Vai Cair No Enem e o professor Edu Coelho, chega nesta terça-feira (4) à segunda parte da aula sobre frações. Segundo o docente, esse é um dos assuntos matemáticos mais importantes para os estudantes. Assista:

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A proposta da série é promover, semanalmente, aulas dos assuntos básicos de matemática. Os estudantes podem conferir os conteúdos no Vai Cair No Enem e no YouTube, bem como está disponível uma ficha de exercícios.

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O ‘Sons da Aprovação’, podcast do projeto Vai Cair No Enem, chega neste domingo (2) a mais uma edição. Nesta semana, o professor Salviano Feitoza explica os pensamentos de Heráclito e Parmênides, em uma aula de filosofia antiga.

Durante a aula, o professor aborda as mudanças pelas quais passamos ao longo da nossa vida. Feitoza destaca a ideia de que estamos em constantes alterações que marcam momentos importantes da trajetória de cada indivíduo. Ouça agora:

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Produzido por Elaine Guimarães e editado por James William, o ‘Sons da Aprovação’ é apresentado por Marcele Guimarães. O podcast está disponível no Spotify e no youtube.com/vaicairnoenem.

O "Matemática básixa do zero" já está no ar. Nesta terça-feira (27), o assunto a ser abordado é frações. O projeto é uma parceria do LeiaJá, Vai Cair No Enem e do professor Edu Coelho e tem como objetivo auxiliar estudantes e interessados em aprenderem assuntos essenciais da disciplina.

Confira, abaixo, a aula:

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As aulas são disponibilizadas todas as terças-feiras, a partir das 10h, no canal do Youtube do Vai Cair No Enem e no Instagram. Os feras ainda podem contar com um material didático com questões que os ajudarão a praticar os conteúdos ensinados.

O Poliedro Educação abre inscrições gratuitas para o curso de aperfeiçoamento docente (CAD) voltado a trabalhadores da educação. A turma deste ano começa no sábado (24).

Os interessados têm até o dia 22 deste mês para se cadastrar. Segundo o cronograma, serão dez aulas ministradas, com conteúdo prático e teórico. O objetivo da formação é exercitar e refletir sobre a didática dos docentes inscritos. Além de professores candidatos à empresa, recém contratados, ou que buscam formação prática, o curso também é ofertado para plantonistas, assistentes de redação, entre outros profissionais da docência.

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O CAD vai fornecer aos estudantes conteúdos como boa conduta em sala, preparação de aula e de atividades didáticas, além de reunir informações sobre como construir materiais extracurriculares. Luís Gustavo Megiolaro, diretor adjunto de Unidades Escolares do Poliedro Educação, avalia a importância da formação de professores como uma maneira de crescer no mercado de trabalho. “Acompanhando as exigências do mercado de trabalho, do ponto de vista pedagógico, nota-se a importância de oferecer atualizações curriculares e uma formação contínua que incentive a performance dos professores. É fundamental mostrar que todos os profissionais da educação podem buscar novos saberes e potencializar suas práticas em sala de aula", explica, conforme informações da assessoria do Poliedro.

A formação será realizada presencialmente nas unidades do Poliedro em São Paulo, São José dos Campos e Campinas. De acordo com informações da assessoria, o centro educacional segue todas as orientações governamentais e os protocolos de prevenção à Covid-19 elaborados em conjunto com a equipe médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Alunos da rede estadual do Rio de Janeiro escutaram um professor de geografia argumentar, em uma de suas aulas, que não existe racismo no Brasil. A aula teria sido gravada pelo aplicativo de ensino remoto usado no Estado.

O educador, que não teve o nome identificado, comentou com a turma que a discriminação de raça não poderia existir no País por conta da miscigenação. “Quando muita gente fala para mim sobre racismo, eu fico me perguntando: como (existe) racismo se a gente é tão misturado assim? Nosso processo é diferente da grande maioria dos países. Não temos uma definição étnica bem formada. Somos um país miscigenado”, havia dito o professor de geografia na aula.

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A Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro informou, na última terça-feira (6), que retirou a gravação da aula do aplicativo. “A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) pede desculpas pelo equívoco, esclarece que não compactua com qualquer forma de preconceito e informa que já retirou o vídeo da plataforma”, declarou em nota.

Ainda de acordo com a nota da pasta, haverá uma reposição da aula por um “conteúdo que condiz com a história e realidade brasileira acerca do tema”.  A Secretaria completou que todas as aulas e materiais são formulados por profissionais da educação, passando por frequentes revisões e atualizações. “Toda a equipe da Secretaria reafirma seu compromisso com professores, pais e alunos por uma educação mais justa e igualitária, e está à disposição da comunidade escolar e da sociedade civil, por diversos canais de comunicação, incluindo sua Ouvidoria, pelo telefone (21) 2380-9055 e pelo Fala.BR no link”, conclui o comunicado.

Já pode ser conferida a terceira aula da série “Matemática básica do zero”. O projeto é uma parceria do LeiaJá, Vai Cair No Enem e do professor Edu Coelho e tem como objetivo auxiliar estudantes e interessados em aprenderem assuntos essenciais da disciplina.

No programa desta terça-feira (6), o assunto é potência. Nele, os alunos podem conferir um conteúdo interativo e material didático para ajudar os vestibulandos a dominar o assunto. Confira:

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As aulas são disponibilizadas todas as terças-feiras, a partir das 10h, no canal do Youtube do Vai Cair No Enem e no Instagram. Os feras ainda podem contar com um material didático com questões que os ajudarão a praticar os conteúdos ensinados.

A série “Matemática básica do zero”, fruto de uma parceria entre o LeiaJá, Vai Cair No Enem e o professor Edu Coelho, publica nesta terça-feira (23) a sua primeira aula. O educador aborda dicas sobre numerais e algoritmos. Confira o material de questões e assista à primeira aula:

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Semanalmente, os estudantes contarão com aulas gratuitas e dinâmicas sobre assuntos básicos da disciplina, além de um material didático com questões que os ajudarão a praticar os conteúdos. “A proposta é oferecer uma oportunidade para construir esse alicerce; vamos tentar trazer também informações novas, até para quem não tem dificuldade. Os estudantes vão perceber que as dificuldades vão diminuir não apenas no assunto que estamos estudando, porque a partir do momento que você treina matemática e cria uma linha de raciocínio, isso acaba ajudando em todos os outros assuntos”, comentou o professor Edu Coelho, do projeto @atocaedu.

As aulas serão publicadas todas as terças-feiras, a partir das 10h, no youtube.com/vaicairnoenem e no Instagram.

O estudante Aaron Ansuini, da Concordia University, no Canadá, descobriu que o professor responsável pela disciplina de História da Arte, Fraçois-Marc Gagnon, morreu em 2019. Mas, os vídeos de suas palestras ainda são utilizados dentro da disciplina oferecida pela instituição.

Em um relato no Twitter, Ansuini conta que descobriu a morte do professor após procurá-lo para tirar dúvidas relacionadas à matéria. O estudante ficou revoltado, e criticou a universidade pela postura de não informar aos alunos sobre a morte de seus docentes. "Vocês acham que os alunos não dão a mínima para as pessoas com as quais passam meses aprendendo?", questionou.

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Após o ocorrido, a Concordia University atualizou a biografia do professore Gagnon com informações sobre sua morte. Em nota oficial, a porta-voz da universidade, Vannina Maestracci, declarou que a instituição havia esclarecido aos alunos que as videoaulas do professor eram um material de apoio à disciplina.

Os vídeos são administrados por professores e auxiliares da universidade, e os alunos possuem acesso aos conteúdos por meio de uma plataforma de cursos online, oferecidos pela instituição canadense.

Nesta quinta-feira (24), o Ministério da Educação (MEC) informou que devido à grande procura pelo curso on-line de Alfabetização Baseada na Ciência (ABC), a oferta do total de vagas foi dobrada e agora somam 80 mil oportunidades. De acordo com o MEC, as 40 mil vagas iniciais, abertas no dia 8 de dezembro, foram preenchidas em 10 dias. 

A produção do curso, que é parte do programa de alfabetização escolar Tempo de Aprender, resulta da cooperação internacional entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC, a Universidade do Porto (UP), o Instituto Politécnico do Porto (IPP) e a Universidade Aberta de Portugal (UAb). A parceria prevê, além da formação a distância, levar professores alfabetizadores a Portugal em 2021 e 2022. 

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A capacitação é destinada aos profissionais da educação que atuam na alfabetização de crianças e estudantes de licenciaturas. Os interessados podem realizar as inscrições gratuitamente, pela internet

O curso conta com uma carga horária de 160 horas e terá início em 11 de janeiro de 2021. As aulas serão realizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec), por meio de vídeos, materiais de leitura e tarefas de estudo, concebidos de acordo com os princípios da gamificação e dos recursos abertos.

“O objetivo é melhorar a qualidade da alfabetização das nossas crianças, um compromisso do governo brasileiro. Para isso, é preciso preparar e valorizar os nossos professores”, explica Benedito Aguiar, presidente da Capes. “Com esta ação de formação continuada, o MEC renova seu compromisso com a valorização dos profissionais da área da alfabetização, oferecendo à Educação brasileira um curso de alta qualidade, com padrão internacional”, acrescenta Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do MEC.

*Com informações da assessoria de imprensa

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) convocou os internautas a participarem do tuitaço nesta quarta-feira (16), a partir das 11h. O movimento é pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 3477/2020, que dispõe sobre a garantia de acesso à internet, com fins educacionais, aos alunos e professores da educação básica pública.

Os interessados podem participar da iniciativa utilizando a hashtag #ConectividadeJá. “Tuitaço em defesa do acesso dos estudantes. A luta é pela democratização do acesso à internet. Bora?”, publicou a Ubes.

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O Ministério da Educação (MEC) publicou, nesta quinta-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU), a homologação do parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE). A medida permite manter as aulas remotas enquanto durar a pandemia da Covid-19.

“Homologo o parecer CNE/CP nº 19/2020, do Conselho Pleno do Conselho Nacional de Educação - CP/CNE, que definiu as Diretrizes Nacionais para a implementação dos dispositivos da Lei nº 14.040, de 18 de agosto de 2020, que estabelece normas educacionais excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, consoante o Projeto de Resolução a ele anexo, conforme consta do Processo nº 23001.000334/2020-21”, diz documento.

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O MEC tinha permitido, na quarta-feira (2), o retorno das aulas presenciais para as instituições de ensino superior federais, a partir de janeiro de 2021.

Na reta final de preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a professora Fernanda Pessoa, educadora renomada no ensino de redação, realizará um curso de revisão cuja proposta é “democratizar, de fato, o acesso à educação e fazer com que as pessoas não desistam”. On-line, a qualificação contará com aulas semanais até a prova do Enem, marcada para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021.

Intitulado “Enem sem mistério”, o curso terá dicas de Linguagens, por meio de módulos e acompanhamentos especializados. “São 12 aulas de cada módulo, contando com literatura, gramática para redação, interpretação e tudo de redação. Esse aluno recebe quatro aulas por semana, com acompanhamento personalizado, todos os dias a gente vai levar para esse aluno planejamento de estudo. Ele vai ter acesso a todos os simulados do curso, palavras cruzadas para revisar, vai ter acesso a resumo de obra literária para a redação e monitoria interativa toda a quinta-feira comigo. A revisão ainda dá direito à correção de redações”, detalhou a professora Fernanda Pessoa, em entrevista ao LeiaJá. Acompanhe a programação e cronograma de aulas no site do Enem sem mistério.

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De acordo com a professora, nesta segunda-feira (26), a partir das 10h, os estudantes contarão com um desconto no investimento do curso por meio do site da iniciativa. Os interessados pagarão o valor de R$ 299, que poderá ser parcelado em dez vezes sem juros.

“O que é muito inédito é que a gente vai dar ao aluno planejamento e organização. Eu estarei com ele todos os dias, em um curso de redação, para o Brasil todo, em que a gente se fala por WhatsApp, por exemplo. Todo dia, o aluno receberá um e-mail com o que ele deve fazer. Até o Enem, eles terão monitoria comigo. Estarei lá para tirar as dúvidas de todos eles”, explicou Fernanda Pessoa.

Nesse sábado, a professora de redação participou de mais um aulão do projeto Vai Cair No Enem, transmitido em parceria com o LeiaJá. O encontro ainda teve dicas de química, com o professor Josinaldo Lins, e história, com Pedro Botelho. Assista:

O Sindicatos dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizou uma assembleia nesta sexta-feira (23) que definiu o encerramente da greve da categoria. Com isso, os professores da rede estadual de Pernambuco devem voltar às atividades que estavam paralizadas desde a última segunda (19).

Durante os direcionamentos, os docentes resolveram acatar a decisão judicial, que pedia o encerramento da greve sob multa de R$ 100 mil por dia, além de promoverem uma nova assembleia com indicativo do dia 30 de novembro.

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Mesmo com o impasse, as aulas nas escolas públicas de Pernambuco retornaram na última quarta-feira (21). As aulas estavam suspensas desde março devido à pandemia da Covid-19. Confira, abaixo, a nota do Sintepe sobre a decisão de interrupção da greve:

"NOTA DO SINTEPE

23/10/1010

Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação aprovaram em assembleia, na manhã desta sexta-feira (23), acatar decisão judicial e suspender a Greve em Defesa da Vida. A reunião com mais de 1.300 participantes também aprovou a continuidade das visitas às escolas e locais de trabalho, verificando as condições estruturais e denunciando possíveis descumprimentos de normas sanitárias.

A indicação foi da suspensão da greve por determinação judicial e diante da opção do Governo do Estado em recorrer à Justiça impondo uma série de medidas punitivas e multas estratosféricas ao Sindicato.

O Sintepe não desistiu da luta pela vida e continua advertindo o governo de que este não é o momento do retorno às atividades presenciais. Reiteramos que o Governo de Pernambuco será responsável por casos de contágio e agravamentos decorrentes da reabertura precoce das escolas. Nova assembleia já está marcada com indicativo de data para 30 de outubro.

A DIREÇÃO"

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Em meio a incertezas em todo o mundo sobre o risco de reabrir escolas, um estudo publicado nessa terça (20) indicou o caminho da contaminação em uma sala de aula. Por simulação computacional, a pesquisa apontou que, mesmo com distância de mais de 2 metros entre os estudantes, partículas minúsculas suspensas no ar podem circular entre eles. Medidas como abrir janelas e instalar barreiras de vidro ou acrílico nas carteiras são capazes de reduzir os riscos.

Conduzida por cientistas da Universidade do Novo México (EUA), a simulação considera uma sala com janelas e um sistema de ar-condicionado central, que filtra e faz a renovação do ar - algo incomum no Brasil, onde se vê o sistema comum de refrigeração. No modelo estudado, até a posição do aluno na classe tem influência na quantidade de partículas que ele recebe.

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Em julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o risco de transmissão do novo coronavírus pelo ar. Isso significa que, além do contato com superfícies contaminadas ou com gotículas de saliva, é possível ter contato com o vírus por partículas que ficam suspensas (os aerossóis) e podem ser carregadas por correntes de ar. Essas podem permanecer no ambiente por algumas horas, o que eleva a preocupação com lugares fechados. O papel da contaminação por aerossóis no total de infecções ainda não está bem descrito.

Os pesquisadores fizeram a análise considerando uma sala de aula de 81 metros quadrados de área e 3 metros de altura. Pelo modelo, os alunos estão dispostos em três fileiras, com o professor à frente. Mesmo a uma distância de 2,4 metros entre os alunos (superior à adotada em escolas brasileiras), os especialistas verificaram que pode ocorrer o transporte de partículas de um estudante para outro, o que indica a necessidade de adaptação das salas, uso de máscaras e higienização das mãos. "Mesmo com 9 estudantes na sala e 2,4 metros de distância entre eles, aerossóis são transmitidos em quantidades significativas entre estudantes e de um estudante para a mesa de outro", indica o trabalho, publicado nesta terça na revista Physics of Fluids, do Instituto Americano de Física.

Partículas liberadas por um aluno podem ficar, por exemplo, sobre o caderno ou estojo de outro, o que, segundo os autores, eleva a necessidade de higienização constante das mãos, mesmo que não se tenha tocado nos pertences dos colegas. O risco de contaminação diminui se as janelas da sala de aula forem abertas. De acordo com a simulação computacional, abrir as janelas (mesmo com o ar-condicionado ligado) aumenta a fração de partículas que saem da sala em 38% em comparação com o modelo de janelas fechadas. Também reduz a deposição de aerossóis nos estudantes em 80%.

Já o uso de barreiras nas carteiras, como as telas de vidro ou de acrílico, pode ser ainda mais eficiente: elas não são capazes de "blindar" por completo os estudantes, mas chegam a reduzir em 92% a transmissão de aerossóis de um mícron (milésima parte do milímetro). No modelo estudado - e considerando o sistema de ar-condicionado central da sala de aula - o aluno posicionado no meio da sala transmite mais partículas. Já aqueles localizados nos cantos de trás do espaço seriam mais poupados dessas partículas.

Segundo os autores, essas informações podem ser levadas em consideração na hora de planejar o posicionamento dos alunos. No modelo descrito, seria interessante, por exemplo, eliminar a posição do estudante do centro e colocar estudantes do grupo de risco nos cantos.

A pesquisa não considerou, necessariamente, que os estudantes estivessem usando máscara, mas os resultados se aplicariam para ambos os cenários, segundo os autores. "As máscaras têm duas principais funções: prendem algumas das partículas exaladas e potencialmente inaláveis e diminuem a velocidade do ar exalado que contém partículas de aerossol. Não presumimos especificamente que os alunos estejam usando máscaras, mas isso não afeta de forma significativa a aplicabilidade do estudo", explicou ao Estadão Khaled Talaat, do Departamento de Engenharia Nuclear da Universidade do Novo México (EUA).

Os pesquisadores afirmam ainda que mais estudos são necessários e os números obtidos se referem ao modelo de sala de aula considerado. No entanto, os resultados podem ser qualitativamente aplicados para outras salas de aula.

Brasil

Parte das escolas particulares de São Paulo contratou a assessoria de hospitais para elaborar seus protocolos de retomada. E há uma indicação geral de que as escolas desliguem o ar-condicionado e abram janelas e portas (Mais informações nesta página). Pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) indicou que 3.275 municípios brasileiros ainda não veem condições sanitárias para retomar as aulas presenciais na rede básica de ensino neste ano. O número equivale a 82% das prefeituras consultadas. Segundo o presidente da entidade, Glademir Aroldi, até mesmo o clima é considerado nessa decisão.

"Na flexibilização de um bar, vai a um bar quem acha que pode ir. Na escola, quando abrir, você faz com que os alunos acabem frequentando, permaneçam por um período longo e voltem para a casa, convivam com pais, avós. É uma situação mais complexa. Em algumas regiões, precisa do ar-condicionado ligado o tempo todo", disse ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pandemia de Covid-19 causou mudanças nos mais diversos setores da sociedade ao trazer a necessidade de distanciamento e isolamento social. Mesmo com o início do retorno às salas de aula em algumas partes do País, a educação segue sendo uma das áreas fortemente atingidas pela necessidade de fechar o espaço físico de escolas, universidades e cursos durante muitos meses, causando claras transformações na rotina de trabalho dos professores e na relação com os alunos. 

Com as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) cada vez mais próximas, as atenções se voltam para estudantes e professores de ensino médio, bem como para cursos preparatórios. Há grande preocupação com as mudanças forçadas pela doença para quem busca uma vaga no nível superior de ensino em 2021. 

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Nesta quinta-feira, 15 de outubro de 2020, o Dia do Professor é celebrado diante de uma pandemia. Para exaltar a figura dos educadores, a série “Lições” traz, agora, reportagem sobre o trabalho de professores empreendedores que têm seus próprios cursos preparatórios e como tem sido desempenhar esse papel em um ano tão atípico, assustador e repleto de incertezas, tanto para quem estuda, quanto para quem ensina.

“O novo normal é valorizar o professor mais do que nunca”

Wagner Rocha é professor de geografia com 18 anos de experiência e sócio do curso preparatório para o Enem e vestibulares 'Oficina de Estudos', no Recife, há oito anos. Ele conta que dificuldades enfrentadas na infância o ajudaram a desenvolver uma “veia empreendedora” e a paixão pela educação aliou tal característica com o desejo de ensinar, surgindo assim a vontade de criar um curso diferente do que é tido como convencional nas escolas. 

“Sempre acreditei que o relacionamento professor-aluno poderia ser mais horizontal e não vertical, aquela coisa do professor no céu e o aluno lá embaixo. Olhando esses princípios, comecei a criar dogmas e assim surgiu a oficina. Um curso disruptivo, que nasceu da votação dos alunos para o nome do curso, que eu vejo que tem uma grande batida colaborativa. A gente sempre diz que os alunos não são concorrentes, mas amigos de sala. Eu queria um curso com um DNA mais humano e foi aí que deu esse ‘start’ para ser empreendedor e ter meu próprio negócio”, conta o professor. 

Mais do que um simples desejo ou um sonho pessoal, Wagner explica que ter um curso próprio, para ele, sempre foi um propósito de vida para apoiar e ajudar pessoas a ter uma vida melhor por meio da educação. “Eu sempre pedi a papai do céu que me abençoasse um dia para ter um curso. Não sabia como, mas eu queria ter. Vim de um bairro carente que tinha vários amigos e colegas com muito potencial de vencer na vida, querer estudar. Infelizmente, a educação no Brasil não é democrática e a forma que eu tinha de ajudar era ter meu próprio negócio. Então eu acredito que sempre quando eu quis ter um curso, não foi vaidade ou somente realização pessoal; eu acho que era mais do que um sonho, era um propósito”, afirma. 

O professor Wagner explica que há diferenças importantes na rotina e métodos de trabalho quando comparadas às situações de ser professor contratado ou concursado para ensinar em escolas e ter um curso próprio. “Quando eu era professor de colégio, ensinava em seis escolas. Muitas vezes saía correndo e não tinha tanta disponibilidade para o aluno. Bem que eu queria, mas professor e jovem a gente sabe que trabalha muito, tem que ralar. A gente sabe que o rendimento não é dos melhores. Cursinho, quando você é dono, você mora. A casa é sua, e quando a casa é sua, a gente é família. Vai tendo os erros e acertos, tentando dar soluções. A gente participa mais ativamente da vida do aluno, a gente conhece o que o aluno cresceu, onde pode chegar. Muitas vezes conhece a realidade do aluno. A gente sorri junto, chora junto. Tem uma grande simbiose de histórias, vários exemplos que deram certo e acabam inspirando o aluno”, descreve o educador.

Além da proximidade, maior tempo e intimidade com os estudantes, Wagner aponta para um aumento de responsabilidades e funções a exercer quando um professor também é empreendedor. “Não envolve apenas chegar, dar aula, tirar dúvida e ir embora. Você passa a estar dentro, vivendo, convivendo, escutando mais e tentando, na medida do possível, orientar da melhor forma", comenta.

A Covid-19 trouxe mudanças radicais e que precisavam ser feitas rapidamente. Nesse contexto, a adaptação ao ensino 100% remoto, segundo o professor Wagner Rocha, não foi uma tarefa fácil. “A gente teve que arrumar estratégias, aprender a mexer com apps ou sites que a gente nunca tinha visto. A gente encarou porque nosso desafio era encurtar a distância, a questão que antes era presencial e agora é remota, mas sem nunca perder o afeto, sem nunca deixar de ter o entusiasmo. E o principal, nunca deixar de estender a mão. O lema da gente era ‘precisamos acolher, precisamos abraçar os alunos’. Passei a chamar, inclusive, a casa de cada um de ‘casulos’. Cada um ficou enclausurado e eu sempre falava que o casulo também é uma escola. Foi desafiador, mas ao mesmo tempo, quando recebe feedback, percebe o quanto é gratificante ouvir alunos dizendo o quanto suas palavras abençoaram, ou que mesmo distante se sente acolhido, abraçado. Isso para o professor não tem preço”, explica ele. 

Ao ser questionado sobre o futuro da educação depois da crise global causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o professor afirma que enxerga um cenário de fortalecimento do ensino com maior valorização da figura do professor. “Parabéns aos professores que foram desafiados e conseguiram vencer o desafio muitas vezes da maneira mais ‘raiz’ possível, muitas vezes dando aula em casa com ‘menino’ pequeno, vizinho gritando, gente escutando brega, confusão em casa, muitas vezes pai gritando com aluno em casa e a gente no ao vivo escutando tudo. Preparando aula, teve muita gente que nunca gravou nada e teve que editar pela primeira vez. É muita gente boa que a gente tem no nosso país, muitos professores que a gente tem que tirar o chapéu, então eu acredito que no pós-pandemia, o novo normal é valorizar o professor mais do que nunca e colocar o professor no lugar que ele merece, de valorização”, argumenta Wagner.

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“Sempre ganho ‘filho’ do coração”

Nilson Lourenço tem 58 anos de idade, dos quais 38 são dedicados ao ensino da física. A carreira começou com aulas para alunos de ensino médio em colégios, mas seguiu para o empreendedorismo com a abertura, 24 anos atrás, de um curso próprio que hoje leva o nome e sobrenome do professor. Atualmente, mais de mil alunos estudam no preparatório, situado no Recife. 

A vontade de ter um curso para chamar de seu, segundo Nilson, foi motivada pelo desejo de conduzir as aulas e outras dinâmicas do curso à sua maneira. “Na escola e em outro curso, você tem que seguir aquela diretriz. No seu curso você faz da sua maneira, do seu jeito, da maneira do seu sonho. No meu curso, toda aula tem chocolate para quebrar o clima”, conta o professor, que cita uma “total transformação” em seu dia a dia de trabalho a partir da abertura do curso. 

“Na escola, você entra e dá aula. No curso, não. Eu chego duas horas antes e saio três horas depois das aulas justamente para fazer diferente. Nas escolas, praticamente nenhum professor faz isso, chegar antes para tirar dúvidas e sair depois. Por isso, as matérias isoladas fazem tanto sucesso. Dá prazer em você ver o aluno aprender. Hoje eu tenho, só na área de medicina, mais de 6.400 alunos que são médicos ou estão na universidade. E isso não tem preço”, afirma Nilson. 

A adaptação ao cenário de pandemia, segundo o professor, foi menos difícil diante do fato de que seu curso já tinha algumas atividades remotas, como plantões para tirar dúvidas on-line. No entanto, a necessidade de passar a funcionar exclusivamente a distância trouxe outras questões, como a saudade dos alunos e a preocupação ainda maior com o elo entre estudante e professor. 

“A pior parte é a falta o olho no olho, do abraço. Entrar no curso e não encontrar os alunos é muito triste, não tem vida. Eu fiz entrega de apostilas em drive thru, alguns alunos choraram. Às vezes, a gente trabalha não só a parte pedagógica, de conhecimento. Você trabalha também a parte emocional. Minha relação com meus alunos sempre foi muito próxima, todos os anos sempre ganho ‘filho’ do coração. Me comunico com eles nos grupos de WhatsApp, no privado, falo com os pais, faço reunião de pais on-line e mantenho toda semana em todas as turmas um horário específico para aulas ao vivo. Somente a aula gravada não gera vínculo, é monótono e desmotivador tanto da parte do professor como do aluno”, conta o educador. 

Dificuldades à parte, a digitalização forçada pela pandemia também acabou funcionando como um acelerador para o processo de dar aulas virtualmente, o que ocasionou uma expansão no alcance do curso para outras regiões além do Recife. O crescimento foi significativo, de modo que Nilson já afirma que os conhecimentos sobre tecnologias aplicadas à educação e o ensino on-line permanecerão mesmo após a retomada presencial. “A partir de agora, o curso terá que ser sempre no formato híbrido: on-line e presencial. Essa mudança será nossa nova realidade”, diz o professor. 

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“As mudanças já aconteceram, vão apenas perpetuar-se”

Fernando Beltrão, mais conhecido como Fernandinho, tem 57 anos de idade e 30 de sala de aula, ensinando biologia para os níveis fundamental e médio em seu curso “Academia de Estudos”. Ele ainda é docente de anatomia no curso de medicina da Universidade de Pernambuco (UPE).

O professor conta que sua formação em medicina e a necessidade de trabalhar durante o período de graduação o fizeram começar a ensinar na década de 1980, quando os cursos pré-vestibulares no Recife estavam em grande expansão. “Dividi-me entre professor e médico nos primeiros três ou quatro anos de formado, mas o sucesso como professor veio até rapidamente com a chegada do vestibular da Universidade Federal de Pernambuco em duas etapas. Em 1987, criou uma prova de biologia muito pesada e o fato de ser médico me ajudava a ter uma visão consistente e eu criei um curso de segunda fase. Me tornei um professor conhecido, não melhor que os outros, mas conhecido. Esse curso ganhou força, em pouco tempo eu tinha mil alunos”, conta Fernandinho. 

A adaptação dos professores do curso foi facilitada pelo hábito de fazer aulas transmitidas ao vivo ainda antes da chegada da Covid-19. No entanto, o processo de tornar um curso completamente digitalizado para atender à necessidade imposta pelo momento trouxe outras questões que vão além de estar acostumado a ensinar em lives. 

“Tenho professora, por exemplo, que está em casa com o filho pequeno, pode fazer aula virtual em todo horário? Não. Mas tem que fazer ao vivo. Não pode fazer sem ser ao vivo, tudo da gente é ao vivo. É um problema, faz parte. A família em casa que não dá apoio ao menino, acha que a aula ele pode pausar quando quiser é outro evento. (...) Tem um monte de dificuldades naturais. A dificuldade de alguns professores de lidar com a tecnologia, dificuldade de algumas pessoas de lidar com a solidão”, revela.

A própria Covid-19 e o medo que ela causa também são fatores de dificuldade no momento de pandemia, assim como a letalidade da doença e sua capacidade de transmissão, que afetam professores e suas famílias. O professor Fernandinho citou, durante entrevista ao LeiaJá, adversidades que a doença impôs tanto em termos de saúde física como emocional a professores de seu curso. 

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Além das dificuldades humanas, houve a necessidade de lidar com questões técnicas, como a escolha de uma plataforma de ensino que atendesse a todas as necessidades dos alunos e professores da forma mais ampla possível. A interatividade, por exemplo, era um ponto importante para manter a proximidade com os estudantes durante todo este período de pandemia. 

“Encontrar uma plataforma deu trabalho. Que pudesse permitir muita proximidade. O estudante que quiser pode botar a carinha dele, o professor falando, debate real. Que o professor possa ter um convidado, dois, três, quatro, sejam alunos ou outros professores. Aulas compartilhadas com outros professores. Era uma dificuldade conseguir uma plataforma que fizesse isso, permitir um chat, mas ao mesmo tempo silenciar quem quiser falar isoladamente, banir quem quiser falar isoladamente, atrapalhar. Ou permitir que o aluno simplesmente assista, que o pai fiscalize. Tudo isso era plataforma, essa parte a gente não tinha, teve que pesquisar”, diz o professor. 

A preocupação com a saúde emocional dos estudantes se reflete em ferramentas que foram incluídas na plataforma on-line com o objetivo de permitir um contato mais próximo com os estudantes, apesar da distância física. “Desde março, a gente criou um tira dúvidas on-line para o aluno perguntar e o professor responder 24 horas depois. Percebemos que, no meio das dúvidas, na entrelinha, havia algumas inseguranças. Uma semana depois a gente criou outro botão chamado chegue mais perto, onde o aluno escolhia para qual professor ia mandar, e já não era mais uma dúvida, era um sentimento, uma questão, uma conversa. Passaram a acionar professores diretamente para conversas pessoais”, relata Fernandinho. 

No que diz respeito ao curso no futuro, pós-pandemia, o professor aposta no modelo híbrido e avalia que as mudanças nos cursos e escolas já estão em curso e serão consolidadas. “Eu acho que as mudanças já aconteceram, vão apenas perpetuar-se. Eu acho que a tendência é a escola híbrida, porque uma parcela bem grande de pessoas conseguiu se adaptar muito bem e vai se sentir órfãs disso se tivermos de dizer ‘agora tudo é presencial’. Acho que as aulas encurtam, as aulas perdem a importância, a internet ganha muito, YouTube ganha muito, Google ganha muito, a interatividade eletrônica ganha muito, os grupos de estudos ganham muito e a sala de aula em si vai diminuir um pouquinho a ação dela”, opina Fernando Beltrão.

Reportagem integra o especial "Lições", produzido pelo LeiaJá. O trabalho traz histórias sobre os aprendizados dos professores em meio aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Veja, a seguir, as demais reportagens:

Especial Lições retrata rotina de professores na pandemia

Carinho, tecnologia e o novo olhar de uma educadora

No caminho da bicicleta, há quilômetros de sonhos

EAD e ensino remoto: as multi-habilidades de um docente

Pós-pandemia: o que o futuro reserva aos professores?

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