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O governador do estado do Ceará, Camilo Santana, anunciou na última quarta-feira (3) a ampliação de leitos de UTI para tentar comportar a alta de casos de Covid-19. O gestor pretende fazer a contratação imediata de estrutura de cinco hospitais de campanha.

Para cada hospital serão adquiridos infraestrutura e equipamentos para 40 leitos, localizados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Messejana, Praia do Futuro, Juazeiro do Norte, Sobral e Quixeramobim.

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Atualmente o estado do Ceará conta com 2.326 leitos de enfermaria exclusivos para Covid-19 e 933 leitos de UTI adultos. Segundo o governador, a quantidade não é suficiente para atender à alta de casos da doença. O Governo do Ceará pretende chegar a um total de 3.674 leitos ainda neste mês de março.

“Essa nova variante é mais forte e mais contagiosa, mais agressiva e se propaga mais rapidamente. Estamos diante de um cenário muito preocupante, gravíssimo, mas temos procurado ampliar a rede de assistência médica em todo o Estado, e atualmente nós temos 3.269, entre leitos de enfermaria e UTI, praticamente todos lotados”, declarou Camilo Santana.

Medidas de Isolamento

O Ceará enfrenta um dos estágios mais críticos da pandemia, para tentar frear o aumento dos casos, na última quarta-feira (3) o governo decidiu implementar medidas mais restritivas de isolamento.

O decreto, válido a partir desta sexta-feira (5) até 18 de março, permite o funcionamento apenas de atividades econômicas consideradas essenciais no estado. 

“Diante da gravidade da pandemia, que chega a um dos momentos mais críticos, precisamos proteger a vida dos cearenses… O crescimento de casos tem ocorrido numa velocidade muito grande, acima do processo de abertura de novos leitos, tanto da rede pública quanto na rede privada”, afirmou o governador do estado em live na última quarta-feira (3).

Na manhã desta segunda-feira (18), o prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), registrou o momento em que o lote com as primeiras vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi enviado ao Ceará. Em São Paulo, ao lado do governador Camilo Santana (PT) para a reunião com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, os gestores acreditam que a vacinação inicie ao longo do dia no estado.

No dia da autorização para uso emergencial da Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, e do imunizante de Oxford, produzido junto a Fiocruz, a comitiva cearense viajou para São Paulo, ainda no domingo (17). Por volta das 9h desta segunda, o prefeito de Fortaleza publicou o momento em que as doses eram carregadas para o Ceará. A expectativa é que o estado receba 186.720 doses.

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"O carregamento das primeiras doses de vacinas está sendo embarcado agora para ser enviado para o Ceará e, então, distribuído pelo @governodoceara para os municípios iniciarem a vacinação. O município de Fortaleza está pronto! Vem vacina!", publicou Sarto em seu perfil oficial no Instagram.

No Twitter, Camilo Santana confirmou a participação na reunião sobre a distribuição das doses com o Ministério da Saúde e informou que a meta é começar as aplicações ainda nesta segunda (18). “Participo de reunião agora sobre a distribuição da vacina para os estados. O lote do Ceará sai aqui de SP em instantes. O objetivo é começar a vacinação ainda hoje”, escreveu.

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O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), divulgou em seu Twitter nesta quarta-feira (7), que testou positivo para Covid-19. Apesar de ter testado negativo na segunda-feira (5), o petista disse que realizou um novo exame após o surgimento de sintomas gripais. A primeira-dama, Onélia Leite, também está com o novo coronavírus.

O governador informou que toda a agenda pública foi cancelada e seguirá trabalhando de casa nos próximos dias, em isolamento e seguindo recomendações médicas. "Neste momento estou bem, embora com alguns sintomas da gripe. Agradeço a todos pelas mensagens de carinho e vibrações positivas enviadas a Onélia, que se recupera bem, e espero em breve estarmos recuperados para retomar a agenda normal de trabalho", escreveu em seu Twitter.

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Camilo Santana é o 15º governador a testar positivo para covid-19. Anteriormente, contraíram o vírus: Helder Barbalho (MDB), Wilson Witzel (PSC-RJ), Renan Filho (MDB-AL), Paulo Câmara (PSB-PE), Antonio Denarium (sem partido-RR), Renato Casagrande (PSB-ES), Mauro Mendes (DEM-MT), Carlos Moisés (PSL-SC), Belivaldo Chagas (PSD-SE), Eduardo Leite (PSDB-RS), Wilson Lima (PSC-AM), João Doria (PSDB-SP), Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Reinaldo Azambuja (PSDB-MS).

O governador do Ceará Camilo Santana (PT) informou na tarde desta quarta (7), através do Twitter, que testou positivo para a Covid-19. Segundo o político, foram realizados dois exames após sua esposa, Onélia Santana, ser diagnosticada com a doença. O petista disse que está bem, “embora com alguns sintomas da gripe”.

“Informo aos meus irmãos e irmãs cearenses que, em novo exame realizado hoje, testei positivo para Covid. Fiz esse segundo exame após surgirem alguns sintomas gripais. Mesmo o exame da 2a feira tendo dado negativo, por precaução, pelo fato de Onélia ter dado positivo, já havia cancelado toda a minha agenda pública e entrado em isolamento, trabalhando de casa. Continuarei dessa forma nos próximos dias, seguindo todas as recomendações médicas. Neste momento estou bem, embora com alguns sintomas da gripe”, tuitou Camilo Santana.

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O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), recusou um convite do presidente Jair Bolsonaro para participar da inauguração de um trecho da obra de transposição do Rio São Francisco no Estado nesta sexta-feira (26).

Bolsonaro chamou o petista para sua primeira visita ao Ceará e afirmou, em transmissão nas redes sociais, que o governo federal "não tem oposição". O chefe do Planalto embarcou pela manhã para agendas em Juazeiro do Norte e Penaforte, onde acompanhará o acionamento das comportas da estrutura.

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Uma visita conjunta com Camilo Santana ao local da obra ou pelo menos um cumprimento no aeroporto em Juazeiro do Norte foi sugerida. Na quinta-feira, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, esteve com Camilo Santana em Fortaleza e levou pessoalmente o convite de Bolsonaro para o evento.

Durante a pandemia da Covid-19, Bolsonaro criticou governadores pelas medidas de isolamento social e foi alvo de uma série de críticas - inclusive em cartas assinadas com outros Estados - feitas por Camilo Santana.

Pelas redes sociais, o governador petista agradeceu a contribuição de todos os presidentes da República desde Luiz Inácio Lula da Silva, citando Jair Bolsonaro, e afirmou que só vai ao local após a pandemia de Covid-19. O Ceará ultrapassou 100 mil casos da doença e registrou 5.895 mortes pela doença até quinta-feira, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou, em entrevista, que o País precisa discutir a "partidarização" das polícias militares. Segundo ele, o motim dos agentes de segurança em seu Estado, encerrado no domingo passado, foi um levante político e o caso cearense deve ser analisado sob uma ótica nacional.

"O que vem acontecendo no Brasil é que está se misturando política partidária com a polícia. Militares que entram em partidos, que são candidatos, que sindicalizam candidatos, o que é proibido por lei. Acho que um debate importante a se fazer é até que ponto essa partidarização da polícia tem prejudicado a qualidade e as ações de segurança no Brasil", disse o governador.

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A paralisação durou 13 dias e resultou em uma escalada de violência no Estado - em fevereiro, foram registrados 456 homicídios, maior número desde 2013. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Durante o motim, o senador licenciado Cid Gomes (PDT) foi atingido por dois tiros enquanto tentava negociar a retirada de amotinados em um quartel de Sobral, no interior do Estado. Ele avançou com uma retroescavadeira no 18.º Batalhão da PM, onde se concentraram os amotinados.

A piora na segurança pública do Estado levou o presidente Jair Bolsonaro a assinar decreto que instaurou operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Fortaleza - a medida foi revogada com o fim da paralisação.

Para Santana, o cunho político do motim fica evidente quando se observam os atores envolvidos e o processo de negociação com a categoria. No dia 13 de fevereiro, o governo do Estado chegou a um acordo com as entidades que representam as tropas e definiram os novos salários. Menos de uma semana depois, no entanto, o motim foi iniciado.

"Quando aprovamos a reestruturação salarial da categoria, teve liderança que chorou por causa do novo salário. Essas mesmas lideranças que comemoraram iniciaram o motim. Quem são essas lideranças? Um é deputado federal, outro é deputado estadual, outro é vereador… Ano eleitoral, um movimento que tem um candidato a prefeito que é policial da reserva... Por isso que eu sempre coloco que há um viés político no movimento", afirmou o governador.

Uma das figuras políticas que apoiaram o movimento no Ceará foi o ex-deputado federal Cabo Sabino (Avante-CE). Ele chegou a ter a prisão decretada ao fim da paralisação e ser considerado foragido, mas teve o pedido de prisão revogado anteontem, e responderá ao processo em liberdade. Em mensagem publicada em suas redes sociais, Santana afirmou estar "indignado" com a decisão.

De acordo com o governador, todos os policiais militares que foram pegos descumprindo a lei "serão punidos com o rigor da lei". "Nenhum poderá fugir dos atos cometidos."

Embate

Os méritos pelo fim da crise no Ceará viraram motivo de disputa. O ex-governador do Estado Ciro Gomes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro trocaram críticas no Twitter.

Ao comentar as negociações para o desfecho do motim, Santana destacou o papel de atores locais, citando a participação da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça e do Ministério Público, e reconheceu a importância da atuação do governo federal. "O que eu posso dizer é que eu fui atendido no que eu solicitei ao governo federal. Eu fui atendido quando solicitei uma GLO e fui atendido quando pedi a renovação. Sempre mantive um contato com os ministros da Defesa, da Justiça e da secretaria da Presidência. Foi uma cooperação de esforços", declarou.

Questionado sobre um dos momentos de maior tensão, quando o governo federal demorou a renovar o decreto para manter a operação de GLO no Estado, o governador respondeu: "Eu nunca imaginei que o governo federal fosse inconsequente de não renovar a GLO até que fosse resolvido o problema".

Se quanto às medidas adotadas pelo governo Santana não fez críticas, quando o assunto foram as declarações públicas de figuras ligadas ao Planalto - como Moro e o diretor da Força Nacional, Aginaldo de Oliveira -, vistas como simpáticas aos PMs, o governador marcou posição contrária. "Jamais trataria amotinados daquela forma. Fui muito preciso em relação a cumprir a legalidade. Greve, motim, está previsto no artigo 142 da Constituição, é proibido por lei, não é uma questão político-partidária, a questão é de seguir a lei. Não tenho nem teria o comportamento que eles tiveram."

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), culpou a "partidarização da polícia" pela greve dos policiais militares no Estado e ainda criticou elogios feitos por coronel aos policiais. A paralisação teve fim no último domingo (1º).

Em entrevista à GloboNews, Camilo Santana afirmou que a permissão para que agentes da Polícia Militar (PM) pudessem se filiar a partidos políticos fez gerar todos problemas que culminaram na greve que durou 13 dias. 

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"A questão fundamental desse processo é a partidarização da polícia. Desde quando foi permitido que policiais pudessem se filiar a partidos políticos e se candidatassem estando no cargo, como o civil tem direito, isso começou a criar problemas dentro das polícias", declarou. 

Segundo o petista, as próprias lideranças do movimento são parlamentares. "É deputado federal, é deputado estadual, um vereador de Fortaleza, um vereador de Sobral que começou o movimento lá", disse o governador ressaltando, ainda, que o serviço policial não pode ser "misturado com a política". 

"Acho que o Congresso Nacional deveria puxar esse debate sobre a questão de acabar com isso", completou. 

Camilo Santana também se colocou contra os elogios do coronel chefe da Força Nacional de Segurança Pública, Antônio Aginaldo de Oliveira. Ele havia sido enviado ao Ceará para garantir o policiamento. Durante sua fala em um palanque, enalteceu os policiais chamando-os de "gigantes".

Segundo o governador do Ceará, “essa não é uma forma que eu trataria amotinados”.

Os governadores do Nordeste iniciaram, nesta segunda-feira (18), a missão comercial na Europa. Durante evento em Paris, o grupo apresentou a 40 empresários franceses um mapa de oportunidades de investimentos na região. Os empresários também puderam esclarecer dúvidas com os governadores e alguns apresentaram atuações que já possuem no Brasil. 

Esta é a primeira articulação internacional do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste). Para ampliar o fluxo de negócios com investidores europeus e fortalecer as relações de cooperação, o consórcio destaca o potencial de consumo e de desenvolvimento da região nordestina, que reúne 57,1 milhões de habitantes e tem um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 898,1 bilhões, equivalente a 14% do PIB brasileiro. 

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Na viagem à Europa, o objetivo dos governadores é atrair recursos para áreas integradoras, como sustentabilidade, infraestrutura, turismo, saúde, segurança pública, saneamento e energias limpas, inclusive com a perspectiva de abertura de parcerias público-privadas (PPPs).

Presidente do Consórcio Nordeste, o governador da Bahia Rui Costa, mostrou aos franceses as oportunidades em segmentos como energia, conectividade, segurança, além da preservação de rios e nascentes. 

“Queremos com essa visita aumentar os números de nossa relação comercial com a Europa. O Nordeste é a região do Brasil que tem crescido acima da média.  Temos 33 projetos para licitar em PPPs, representando R$ 27 bilhões em investimentos”, disse. 

O diretor geral do tesouro francês, Cristophe Bories, disse que “a França investe mais no Brasil do que na China. O Nordeste é uma região que tem três vezes a superfície da França e tem desafios e oportunidades para nossas empresas. As autoridades francesas estão mobilizadas para apoiar projetos no Brasil através de financiamentos. Podemos fazer vários tipos de cooperação entre a França e os estados do Nordeste”.  

Para Luis Cesar Gasser, representante do Itamaraty presente na reunião, o Governo Federal vê muito potencial nessa parceria do Nordeste com a Europa e está interessado em aprimorar o que for preciso para atrair mais investimentos estrangeiros.

O integrante do Movimento das Empresas da França (Medef), Gérard Wolf, se mostrou interessado em dar andamento às negociações e sugeriu uma reunião nos próximos meses em Salvador para aprofundar as discussões com as empresas francesas.   

“Esta missão mostra a importância da união dos estados do Nordeste, que enfrentam desafios semelhantes, e que atuam juntos para avançar nas soluções. Estamos mostrando as potencialidades do Nordeste para o mundo em busca de novas parcerias e novas oportunidades de negócios”, comentou o governador do Ceará, Camilo Santana. 

O governador da Paraíba, João Azevêdo, ressaltou as ações realizadas pelos estados nordestinos nas áreas de educação e empreendedorismo. “Nós entendemos claramente que temos que buscar, aliado ao desenvolvimento econômico de uma região, a inclusão social como um tema principal, por isso, que todos os estados da Região têm se destacado na educação, o que é muito importante porque possibilita que os jovens possam ingressar no mercado de trabalho da melhor maneira possível. Nós temos a compreensão de que no mundo e nas relações de trabalho que temos hoje completamente diferentes das vivenciadas tempos atrás, o empreendedorismo é fundamental para que a gente possa ter uma educação de qualidade, mas, ao mesmo tempo, permitindo que o jovem tenha uma visão de mundo e de relações trabalhistas diferentes”, afirmou. 

Organizado pelo Medef, o evento ocorreu na sede do Ministério da Economia e Finanças da França. Após a apresentação e conversa com os empresários, os governadores se reuniram com o ministro francês Bruno Le Maire. 

Além de Paris, o grupo estará em Roma, na quarta-feira (20), e em Berlim, na quinta (21) e sexta-feira (22). 

Participam da missão os governadores Rui Costa (Bahia), João Azevêdo (Paraíba), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), assim como o vice-governador Carlos Brandão (Maranhão). O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, não viajou por motivos de saúde e está representado na missão pelo superintendente de Parcerias Público-Privadas, Oliveira Junior.

*Da assessoria de imprensa

O ex-governador Ciro Gomes (PDT) erra ao adotar uma estratégia de ataques frequentes ao PT. A opinião é do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), aliado dos Ferreira Gomes no Estado. Segundo Santana, Ciro erra porque ninguém consegue construir uma candidatura viável de centro-esquerda sem apoio do PT.

Uma das primeiras lideranças do partido a defender uma autocrítica em relação a erros cometidos na economia e na política, o governador reiterou a posição em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo e disse que o PT também adota uma tática errada na forma como faz oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

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Segundo ele, o partido deveria ter defendido uma proposta de reforma da Previdência que defendesse os mais pobres em vez de apenas se colocar contra o projeto do governo. Abaixo, os principais trechos da entrevista concedida na segunda-feira passada, dia 14, antes do desabamento de um prédio de sete andares em Fortaleza.

Os sucessivos ataques de Ciro ao PT podem causar algum abalo na relação entre o senhor e os Ferreira Gomes?

Abalo na relação deles com o PT existe, né? Na nossa relação, não. Temos uma relação muito sólida com base em um projeto no qual a gente acredita para nosso Estado. Posso ter divergências quanto ao comportamento do Ciro, acho que a estratégia dele está errada, mas respeito a posição.

Por que a estratégia de Ciro está errada?

Porque acho que nenhuma candidatura se constituirá à esquerda, centro-esquerda, se não tiver o PT como aliado. O PT demonstrou uma força extraordinária na última eleição. Fernando Haddad teve 47 milhões de votos, o partido elegeu a maior bancada federal, a maioria dos governadores. Tem uma base social muito forte. O Ciro sempre foi muito aliado, Lula não pode mais ser candidato. Defendi lá atrás que Ciro fosse candidato, defendi a chapa Ciro-Haddad, fui um dos primeiros. Era o momento de se unir em torno de um projeto.

Pesquisas mostram que o PT é importante, mas dificulta as candidaturas no segundo turno. O que o PT tem de fazer para tirar esse peso?

Defendi isso ainda no segundo turno (da eleição presidencial de 2018). Achava que Haddad deveria se apresentar para o Brasil de forma diferente. E isso é minha opinião pessoal. Deveria ter ido para a televisão e ter reconhecido que o PT cometeu erros na economia, na política. E como professor, que acredita na educação, se propor a unir o Brasil. Existia uma polarização muito grande.

O senhor já defendeu que o PT faça uma autocrítica.

Acho que um dos erros que o PT tem cometido é não fazer uma autocrítica, não se reinventar, não se renovar. Sou até criticado internamente por essa visão. Mas como quero conquistar o Brasil? Precisa ter uma mudança, principalmente na região Sul-Sudeste, onde se criou um antipetismo muito forte. O PT deve se renovar, se reinventar em alguns aspectos para conquistar essa parcela da população que se decepcionou, que não acredita mais. O partido deve mostrar que é possível, que tem coisas muito boas e importantes que já fez e pode fazer.

O que impede o PT de fazer isso? O senhor não é o único que tem essa opinião.

Talvez um centralismo muito forte. É difícil diagnosticar esse comportamento ou essa tendência. O partido não deve ter o papel de fazer oposição por oposição. Eu, no meu Estado, gosto quando fazem oposição construtiva. Faz com que a gente possa abrir os olhos, ter outra visão. Uma oposição rasteira, politiqueira, isso está fora.

O PT deve ter outra postura em relação ao governo Bolsonaro?

O PT não pode fazer oposição só por oposição ao Bolsonaro, precisa mostrar os caminhos importantes para o crescimento, para a desigualdade social no Brasil. Por isso que tive aquele comportamento na reforma da Previdência. Não só meu, mas do Rui (Costa, governador da Bahia), do Wellington (Dias, governador do Piauí). É inegável a necessidade de uma reforma. Eu fiz em 2016 no meu Estado, só não mudei a idade porque Constituição não permite. Mas esse é um problema que os Estados e o País precisam enfrentar. Nosso papel é defender uma previdência que não prejudique os mais pobres, o rural, que não tenha capitalização, defender a importância de fazer uma reforma e tirar privilégios sem prejudicar a camada mais pobre e mais sofrida da população. Era isso que eu acreditava que o PT devia defender.

O senhor acha que a esquerda perdeu a oportunidade de defender essa bandeira do fim dos privilégios?

Eu acho. Dizer: nós somos a favor da reforma, mas uma que não prejudique (os mais pobres). Essa era a bandeira. Eu, apesar de ter sido vencido, defendi esse caminho.

Qual o papel que o ex-presidente Lula deve desempenhar?

Sem dúvida alguma considero o Lula a maior liderança política do Brasil. Tem um poder de influencia muito grande, eleitoralmente. Considero injusta a prisão dele. A decisão sobre a liberdade dele ou não, influenciará muito no rumo político do Brasil, não tenho dúvida disso.

Bolsonaro teve o pior desempenho eleitoral no Nordeste, mas ele está fazendo muitas ações para tentar ganhar a simpatia da população. Está dando resultado?

Cientificamente, pelo menos no meu Estado, não.

Como está a relação do senhor com o governo?

Parto do principio de que ele é o presidente de todos os brasileiros e eu o governador de todos os cearenses. Independente de quem seja o presidente, nossa relação tem que ser respeitosa, institucional, e tenho buscado. Vou nos ministérios, procuro minha bancada de deputados, senadores. O que eu puder fazer em termos de interlocução, de buscar recursos, de ações para o Estado, irei fazer, estou fazendo e continuarei fazendo.

O senhor sente alguma reciprocidade?

O governo tem colocado claramente a falta de recursos, as dificuldades, o contingenciamento. Das vezes que eu procurei, no episódio de janeiro (quando houve rebeliões em presídios no Ceará), sempre tenho tido conversas com o ministro (Sergio) Moro, com o ministro Paulo Guedes, eles têm nos recebido.

Na última crise de segurança houve ajuda material?

Eu apenas pedi vagas no sistema prisional federal para transferir algumas pessoas, mas a relação foi cordial, por telefone, se colocando à disposição. Liberaram as vagas.

Quais medidas o senhor está tomando na área da Segurança Pública?

Implantamos um sistema de reconhecimento das placas dos carros usados em crimes. É uma tecnologia totalmente desenvolvida pela Universidade Federal do Ceará. Agora estamos já estamos entrando no reconhecimento facial.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária do governo Federal que atuam desde janeiro nos serviços de guarda, vigilância e custódia de presos no Ceará permanecerão no estado por, pelo menos, mais 30 dias.

A decisão publicada na edição desta segunda-feira (15) do Diário Oficial da União atende a um pedido feito pelo governador Camilo Santana visando a permanência dos agentes por mais tempo.

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Este reforço da segurança do estado começou no início de janeiro deste ano, quando o Ceará passou a ser alvo de atos violentos como ataques a ônibus, veículos particulares e estações de abastecimento de energia elétrica. A saída dos agentes chegou a ser cogitada um mês depois, mas o governo federal decidiu manter a presença dos agentes no estado.
 
A portaria publicada hoje pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, assinada por Luiz Pontel de Souza - que substitui temporariamente o ministro Sergio Moro, em viagem internacional -, reforça a função de apoio logístico e a supervisão dos órgãos de administração penitenciária e segurança pública do estado.

De acordo com o texto, o número de profissionais envolvidos no trabalho seguirá o planejamento definido pelos órgãos de segurança.

O governador do Ceará, Camilo Santana, pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o reforço do apoio dado pelo governo federal no combate aos ataques promovidos por facções desde o início do mês no estado. A ofensiva teria começado em reação à nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e às medidas anunciadas como a não separação de presos em presídios por facção.

Santana solicitou mais 90 agentes penitenciários para as ações nos presídios do estado, além da manutenção da Força Nacional e dos agentes enviados pelo governo federal. No dia 4 de janeiro, o ministro da Justiça enviou inicialmente 300 homens, efetivo que foi acrescido de outros 106 dois dias depois.

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“A gente foi fazer um diagnóstico da situação e solicitações de reforço de agentes penitenciários para as unidades prisionais do Ceará e a necessidade de manter, mesmo com a queda significativa das ações, o estado de alerta e monitoramento tanto das forças do estado quanto como também a presença da Força Nacional”, informou o governador do Ceará, após encontro com Moro.

Quanto ao prazo da presença da Força Nacional no estado, Santana disse que não houve acerto para a prorrogação. A permanência inicial definida foi de 30 dias, cujo encerramento seria no início de fevereiro. De acordo com o governador, a situação será avaliada até o fim desse período para ver se haverá necessidade de prorrogação.

Medidas

Camilo Santana disse que os ataques diminuíram, citando como exemplo o dia de ontem (16), quando foram registradas duas ocorrências. Contudo, a onda chegou hoje ao 15o dia sem perspectiva de encerramento.

O governador defendeu as ações adotadas pelo governo estadual, como a implantação da Lei de Execução Penal nas penitenciárias, a transferência de líderes de facções para presídios federais, o policiamento ostensivo nas ruas e o emprego de inteligência para evitar ataques. Santana adicionou a sanção da lei da recompensa, a convocação de militares da reserva e o aumento do limite de horas extras para oficiais e agentes.

Desafios

O governador reiterou que é preciso um esforço coordenado nacional, já que “o crime ultrapassou a fronteira dos estados”. “Nenhum estado, sozinho, vai combater o crime organizado. A criação do Sistema Único de Segurança Pública no ano passado foi um passo importante. É preciso chamar o Poder Judiciário e revisar algumas leis do país, como a Lei Antiterrorismo”.

Santana destacou também como desafio a atuação na prevenção, com políticas públicas como na área de educação. “São jovens que estão matando e estão morrendo, estão sendo aliciados pelo tráfico. Nenhum país do mundo resolveu problema da segurança sem prevenção, sem dar oportunidade para juventude”, acrescentou.

A Assembleia Legislativa do Ceará realiza uma sessão extraordinária neste sábado (12), às 14h, para votar medidas emergenciais propostas pelo governador Camilo Santana (PT), como a aprovação de lei para recompensa o recebimento de informações que levem à prisão de criminosos, convocação de policiais que estão na reserva e autorização para pagamento de horas extras para aumentar a escala de trabalho das policiais civis, militares e bombeiros. 

Nesta madrugada, a Polícia Militar (PM) do Ceará registrou dois novos ataques criminosos contra uma torre de transmissão de energia e uma concessionária de veículos. O Estado entrou neste sábado no 11º dia seguido de ataques atribuídos a facções criminosas.

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De acordo com a PM, uma torre de transmissão teve a base explodida na cidade de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, e caiu. Em função do ataque, moradores relataram queda de energia nas regiões próximas. Na capital cearense, por volta das 5h, uma explosão atingiu o pátio de uma concessionária e danificou veículos que estavam expostos para venda.

Segundo a Secretaria de Segurança do Ceará, 319 pessoas foram presas até o momento. Todas elas autuadas em flagrante por participação nos atos criminosos registrados no estado desde o último dia 2.

Na semana passada, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, atendeu ao pedido do governador e autorizou o envio de tropas da Força Nacional de Segurança Pública para o Ceará. Desde a chegada das tropas do governo federal, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de equipes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e do governo do estado transferiram 35 detentos para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

O governador do Ceará, Camilo Santana, disse hoje (5), em uma mensagem à população do estado, publicada em sua página do Facebook, que as forças de segurança do Ceará estão em regime de prontidão para combater as ações criminosas que atingem várias cidades cearenses há quatro dias. Segundo o governador, até o momento, 86 suspeitos dos ataques, 36 somente na madrugada deste sábado, já foram presos. “Várias ações foram evitadas com o trabalho de inteligência e antecipação da polícia”, disse.

Camilo Santana informou que, desde o início dos ataques criminosos, tem mantido contato direto com os ministros Sérgio Moro e Fernando Azevedo. “Desde as primeiras horas dos ataques, tenho conversado de forma permanente com o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, que tem prestado um apoio muito importante neste momento, bem como com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo”.

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O governador disse ainda que sempre defendeu que o combate ao crime organizado no país deve ser feito de forma cooperada entre os estados e o governo federal com o objetivo prioritário de proteger a população. “É papel de todos proteger a população, deixando de lado vaidades e interesses pessoais ou partidários”.

Camilo Santana destacou também a presença da Força Nacional de Segurança, que começou a chegar no Ceará na noite dessa sexta-feira (4). “Aproveito para dar as boas-vindas aos agentes da Força Nacional de Segurança e tropas federais que começaram a chegar ao Ceará ontem para contribuir com nossa polícia nesse enfrentamento”.

O governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou em entrevista coletiva, após a cerimônia de posse que o seu segundo mandato priorizará por uma gestão de continuidade de investimentos robustos do Estado. O horário da solenidade de posse do governo cearense coincidiu com o da posse do presidente Jair Bolsonaro, e por isso, Camilo não compareceu ao evento em Brasília.

Entretanto, o governador disse que sua ausência não foi proposital. "Sou um homem de diálogo. Da mesma forma que ele foi eleito pelo povo brasileiro, eu fui eleito pelo povo cearense. Vivemos em uma Federação, apesar da independência dos Estados, mantemos uma relação de diálogo e de respeito com a União. É isso que vamos construir com o governo federal nos próximos anos", disse Camilo, ao ser questionado sobre a relação que manterá com Bolsonaro.

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"Nossa grande preocupação é garantir que o Estado do Ceará permaneça como o estado que mais faz investimentos no Brasil. Vamos continuar nesse ritmo para que o Estado continue abrindo novas estradas, novos hospitais e novas escolas", destacou.

O equilíbrio fiscal também foi pauta das declarações de Camilo. Segundo o governador, a redução de despesas e aumento das receitas seguirá no foco da sua gestão. 

 

O governador Camilo Santana (PT) acaba de garantir a reeleição no Ceará com 77,87% dos votos válidos, no momento em que foram apuradas 75,16% das urnas. Seu adversário mais próximo, General Theophilo (PSDB), obteve 12,59%. As abstenções no Ceará alcançam, até agora, 17,64% das urnas apuradas.

O governador reeleito do Ceará construiu uma carreira política vinculada à família Gomes, uma das que disputam a hegemonia política do Ceará. Foi secretário nos dois governos de Cid Gomes: primeiro de Desenvolvimento Agrário, depois de Cidades.

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Natural da cidade do Crato, na região do Cariri, Santana é servidor de carreira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em 2010 foi eleito deputado estadual pelo PT, com a maior votação do Ceará. Mesmo depois de assumir o governo, dirige o próprio carro pelas ruas de Fortaleza e costuma andar pelo meio da população, distribuindo abraços. Santana é casado e tem dois filhos.

No comando de programas de desenvolvimento urbano e habitação do governo de Cid Gomes, Santana começou a construir o caminho para conquistar o Palácio da Abolição. Em 2015 levou para o governo cearense sua marca pessoal, baseada no diálogo com todos os setores da sociedade e da política, na proximidade com a população e na transparência.

Os governadores do Nordeste endureceram, nesta sexta-feira (18), o discurso contra a gestão do presidente Michel Temer (MDB) durante um encontro, no Recife, do Fórum criado para discutir temas relacionados à região. Na reunião, da qual resultou a “Carta do Recife”, os gestores se colocaram contra a privatização da Eletrobras e suas subsidiárias, entre elas a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).

Além disso, foi cobrado o equilíbrio da distribuição dos recursos federativos, a retomada da disponibilização de créditos de empréstimos para os Estados e os governadores criticaram os cortes da gestão no orçamento para programas sociais. 

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Anfitrião do encontro, o governador Paulo Câmara (PSB) disse que os chefes dos Executivos estão preocupados com a “falta de zelo” da gestão federal com o país e ponderou que a região vem sendo penalizada nos últimos dois anos. Sobre a questão da Eletrobras, ponto considerado principal do encontro, ele reiterou ser contra a venda da estatal, refletindo-se na Chesf. 

“Toda região do Nordeste está unida contra a privatização da Chesf que no nosso entender, na verdade, o que vai acontecer é a privatização do São Francisco, da vazão da água. O que vai afetar milhares de famílias que têm hoje, com a conclusão da Transposição, um ativo importante para o abastecimento de água e a produção dos projetos irrigados”, ponderou o pernambucano.

“No momento que o mundo inteiro briga por água, acabamos de ter sete anos de seca no Nordeste, querem privatizar a Chesf. Vender a Chesf é vender o Rio São Francisco. Isso é uma incoerência e quero externar minha total posição contrária”, corroborou o governador Robinson Faria (PSD), do Rio Grande do Norte. 

Além deles, Wellington Dias (PT), do Piauí; Rui Costa (PT), da Bahia; Camilo Santana (PT), do Ceará; e Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba, foram duros em seus discursos sobre o assunto. Wellington chegou a dizer, inclusive, que a privatização se tratava de vender “um patrimônio construído com suor do povo brasileiro”. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), também reforçou o grupo e apoiou as deliberações da carta.

No documento, a proposta dos governadores foi de que a Chesf seja transformada em uma empresa pública desvinculada da Eletrobras e comandada pelo Ministério da Integração Nacional. 

Falta de diálogo e outras cobranças

Também foi uníssono no discurso dos governadores a falta de diálogo da gestão de Temer com eles. “Falta mais diálogo para que possamos construir os rumos e as saídas desse país. Preocupação dos governadores, porque temos uma visão unificada sobre a nossa região, infelizmente vemos um retrocesso não só na econômica, mas no emprego e isso nos preocupa muito. Para termos o emprego de volta precisamos da retomada do crescimento do Brasil”, observou o governador do Ceará, Camilo Santana. 

Os gestores ainda criticaram cortes na abrangência do Bolsa Família e outros setores de assistência social. Afora, apontaram que o aumento constante do gás de cozinha tem feito com que o país retroceda ainda mais. 

“O Brasil teve avanços econômicos e sociais que tem mostrado retrocesso nos últimos anos. Ao fazermos está reunião com seis representantes do Nordeste aprofundamos temas que precisam de diálogo e da participação de todos”, declarou Paulo. 

“Temos muita preocupação com a questão da pobreza, o desemprego, o aumento da desigualdade e a ausência de alternativas. Viemos reafirmar que temos muitas preocupações e estamos à disposição para o diálogo”, completou o pernambucano.

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Liberação de empréstimos  

A questão da liberação de empréstimos para os Estados nordestinos esteve, ainda, entre os itens discutidos pelos governadores. Para chefe do Executivo baiano, Rui Costa (PT), a gestão de Temer “inverteu” os critérios para a liberação das cartas de créditos. 

“Qual o senso comum: se chega uma pessoa pedindo R$ 100,00 emprestado e você vai olhar uma está totalmente endividada e a outra paga suas contas em dia, a quem você empresta? Mudaram a regra e estados do Nordeste estão impedidos de acessar o crédito enquanto Rio de Janeiro e São Paulo podem. Dá para entender?”, questionou.  

De acordo com os gestores, os Estados do Nordeste são os que menos devem a União. “Na hora que se abre a caixa de Pandora e a máscara cai, os nordestinos que pagaram a conta. O Nordeste foi quem mais contribuiu para que o país não caísse na crise”, disparou Robinson Farias.

Ações no STF

Os governadores do Nordeste também acertaram durante o encontro do Fórum que vão entrar com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja revista a distribuição de alguns recursos e questionando a Desvinculação de Receitas da União (DRU). 

"Há um indício de que tem uma quantidade de recursos que estão ficando rubricados em receitas a classificar. Temos uma noção do que fica bloqueado no momento em que estados e municípios ficam sem recursos. Pretendemos ir ao STF pedindo aquilo que pertence aos municípios do Nordeste", disse Wellington Dias, lembrando que faltam ser repassados R$ 14 bilhões de recursos federais para os estados. 

Os nordestinos ainda pretendem reivindicar a participação nos lucros dos royalties do petróleo. 

ParticipaçõesO encontro no Recife contou ainda com a presença do vice-governador Raul Henry (MDB), e do senador Humberto Costa (PT), dos deputados federais Luciana Santos (PCdoB), André de Paula (PSD), Danilo Cabral (PSB), Tadeu Alencar (PSB), além dos deputados estaduais Isaltino Nascimento (PSB), líder do Governo na Assembleia Legislativa, e Lucas Ramos (PSB).

Um dos seguranças pessoais do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), levou um tiro acidentalmente na coxa, na manhã desta segunda-feira (16), enquanto aguardava a chegada do petista para um evento em Cuacaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. De acordo com informações de veículos locais, o segurança teria deixado a arma cair e ela disparou atingindo-o. Neste momento, o governador havia acabado de chegar e estava há poucos metros dele.

Ainda de acordo com a imprensa cearense, o segurança foi identificado como tenente R. Pereirão. A assessoria da Casa Militar do Governo do Ceará ainda não confirmou a identidade do segurança, mas informou que ele foi levado ao hospital, atendido e passa bem. Segundo a assessoria do governador, Camilo não correu riscos. 

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Depois que o segurança foi socorrido, o governador deu seguimento normal a cerimônia. O evento foi para inaugurar a usina de Gás Natural Renovável (GNR Fortaleza), primeira a produzir biogás a partir do lixo produzido na capital cearense. O projeto, de acordo com o governo, tem investimento privado de R$ 100 milhões.

O Governo do Ceará autorizou a realização de dois concursos públicos que, juntos, ofertarão 303 vagas para a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce).

O anúncio foi feito na última terça-feira (13) pelo governador Camilo Santana através de uma transmissão ao vivo no Facebook. Os editais ainda não foram divulgados, não havendo, assim, data para a realização das provas ou inscrições.

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No entanto, de acordo com o governador, o concurso deverá ser concluído antes do período eleitoral, uma vez que há leis proibindo a realização de concurso público durante o período de campanha, que começa no mês de julho. "Agora é agilidade, tem prazo por causa da eleição deste ano e vamos cumprir o concurso dentro do prazo estabelecido", afirmou Camilo.

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Na última terça (30) o governador do Ceará, Camilo Santana, se reuniu com o Presidente da República, Michel Temer, para tratar a segurança pública no Ceará. O governador fez uma série de pedidos e parte deles foi aprovada pelo presidente de imediato, como por exemplo uma força tarefa da Policia Federal no Estado. Camilo também pediu medidas de médio e longo prazo e o apoio financeiro para investir em ações de segurança no Ceará.

O tema da reunião foi focado na crise da segurança pública do Ceará, após dois registros de chacina em menos de 72 horas. 14 pessoas foram mortas em uma casa de show e outras 10 mortes de presos ocorreram em uma cadeia pública do interior do Ceará. Ambos os crimes possuem relação com uma facção criminosa que vem aterrorizando o Estado.

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O presidente Temer autorizou o envio de uma força-tarefa da equipe de Inteligência da Polícia Federal para o Ceará para combater o crime organizado. Em um vídeo publicado pela sua assessoria de imprensa, o gestor disse que o presidente foi solícito e ficou de avaliar os demais pontos solicitados.

Participaram da reunião o presidente do Senado, Eunício Oliveira; o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Gladyson Pontes; e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, José Albuquerque.

Críticas

Recentemente Camilo Santana fez críticas que não foram bem recebidas no Palácio do Planalto. O governador disse que a entrada de armas e de drogas no estado deve ser combatida pelo Governo Federal e cobrou publicamente ações mais efetivas no combate ao crime organizado. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, respondeu que espera um pedido formal por parte do governador para enviar tropas federais para o Estado e que está ciente de toda a situação no Ceará. O ministro informou que não está prevista visita ao Ceará.

A reforma da Previdência tem gerado intensos debates em todo o país e os governadores do Nordeste construíram uma carta defendendo a redistribuição das “contribuições sociais” - PIS, Cofins, CSLL -  com estados e municípios. Para os gestores, a iniciativa é “uma saída plenamente possível e responsável que reequilibra as contas públicas dos estados nordestinos e possibilitará a retomada imediata de investimentos públicos”. O documento foi redigido após um 6º encontro do Fórum dos Governadores do Nordeste, nessa quarta-feira (29), em Fortaleza.

De acordo com os governadores, nos últimos 50 anos houve uma redução de 40% na participação dos estados do chamado “bolo tributário”. “O processo de aumento de impostos no Brasil – tão criticado por vários setores da sociedade – se deu nas chamadas contribuições sociais, que não são repartidas com estados e municípios. Agora, é o momento oportuno para construir uma proposta que promova o desenvolvimento sustentável e inclusivo”, declaram na carta. 

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O texto assinado pelos governadores Camilo Santana (CE), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI), Robinson Faria (RN), Renan Filho (AL) e Ricardo Coutinho (PB) também pontua que “existe concordância com a necessidade de implantar medidas para reformar a previdência brasileira, mas preservando a cidadania, o bem-estar social, protegendo especialmente os trabalhadores rurais, as mulheres e o acesso aos Benefícios de Prestação Continuada (BPC)”. 

"O Brasil é um país muito grande. Não dá para discutir um tema da seriedade, da importância da Reforma da Previdência sem ter um olhar para a peculiaridade regional. Precisamos separar a Previdência da Seguridade Social. Todos sabemos, por exemplo, que o maior contingente de trabalhadores rurais está na nossa região. São pessoas que precisam de um tratamento diferenciado", salientou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. 

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