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Não existem impedimentos legais para que a viúva de Eduardo Campos dispute a eleição presidencial deste ano na chapa que era encabeçada pelo marido morto na quarta-feira (13) em acidente aéreo. O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Pernambuco, Valdecir Paschoal, afirmou ao Estado que Renata Campos está licenciada do cargo de auditora. Pelas regras eleitorais, servidores públicos podem ser candidatos desde que se afastem com antecedência mínima de três meses da eleição, que é o caso de Renata.

Enquanto o marido governou Pernambuco, Renata ficou afastada do TCE e atuou como coordenadora do conselho consultivo do programa Mãe Coruja pernambucana. Após a renúncia de Eduardo Campos para disputar o Palácio do Planalto, ela voltou apenas formalmente para o tribunal no dia 7 de abril deste ano. Contudo, já entrou no tribunal em licença maternidade. Em seguida, saiu em férias, período que se encerra no próximo dia 28. Formada em economia, Renata é auditora concursada do TCE há 20 anos.

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O presidente do tribunal de contas confirmou ao Estado que Renata não trabalhou nenhum dia nos últimos quatro meses. "Ela não trabalhou nenhum dia. Tirou uma licença gestante e, em ato contínuo, férias", disse. Um dos conselheiros do TCE ouvidos pelo Estado afirmou que Renata nessa condição está apta a se candidatar na chapa com Marina caso queira.

A lei complementar 64, de 1990, conhecida como Lei das Inelegibilidades, estabelece que os servidores públicos que disputarão cargos eletivos têm de se licenciar com pelo menos três meses de antecedência. Dois ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmaram que o afastamento de Renata para cuidar do filho recém-nascido e as férias garantem a ela os requisitos para disputar a eleição se assim desejar. De acordo com eles, a exigência tem o objetivo de evitar que o servidor use o cargo em benefício da campanha.

Vice

O nome de Renata vem sendo cogitado por aliados de Marina Silva, a provável sucessora de Eduardo Campos, para ser vice na chapa. Com 45 anos de idade, a viúva é filiada ao PSB desde 1991. Pela legislação eleitoral brasileira, uma pessoa pode disputar uma eleição desde que esteja filiada a partido político.

O prazo para registro de candidaturas foi encerrado em julho, mas a lei prevê exceções. Uma delas é no caso de morte de candidato. Nessa circunstância, a mudança tem de ser feita em até dez dias do fato. Pessoas próximas a Renata, contudo, não consideram que ela aceitaria um convite para assumir a vaga de vice por causa dos cinco filhos.

Renata acompanhava Eduardo Campos em reuniões políticas e viagens e sempre opinava sobre as decisões estratégicas da campanha. Após a morte do marido, Renata não deu nenhuma declaração pública.

O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, chegou agora há pouco na residência de Eduardo Campos, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. O religioso falou sobre a contribuição do ex-governador para a Igreja e disse que gostaria de realizar uma cerimônia especial para o pernambucano ilustre.

“É um momento muito difícil. Um momento de consolar a família. Sempre admirei muito a família de Eduardo, que sempre foi muito cristã e ajudou a igreja. Quero combinar com Renata (viúva) para fazer uma missa. O que resta agora é rezar pela alma dele, mas tenho certeza que ele estará em um lugar muito bom, pois foi uma pessoa muito boa”, disse Saburido.

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Com informações de Yasmim Dicastro

Num dia de comemoração dupla, quando completou 49 anos e festejou o dia dos pais junto aos cinco filhos, além de amigos e familiares, no Recife - o presidenciável Eduardo Campos (PSB) elogiou, neste domingo, 10, a abertura de uma investigação, por parte da Polícia Federal, sobre as denúncias de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, teria supostamente omitido informações sobre a compra da refinaria de Pasadena ao Senado, envolvendo, entre outros pontos, a existência de contratos entre a estatal e o grupo empresarial comandado por seu esposo, Colin Foster. "Nós não podemos omitir do Brasil o que houve com a maior empresa brasileira, que perdeu metade do seu valor de mercado, que multiplicou sua dívida por quatro, que está levando muitas empresas privadas a fechar a porta", destacou Campos ao exigir "todo esclarecimento necessário para que os responsáveis sejam punidos na forma da lei".

Durante seu único compromisso oficial de campanha, no período da manhã, o socialista fez duras críticas contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) diante do caso envolvendo computadores ligados à rede de internet do Palácio do Planalto para a realização de alterações nos perfis dos jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, divulgado no final da última semana em reportagem do jornal O Globo. "O Palácio não pode virar um comitê eleitoral de uma força política para sair agredindo os que não concordam", afirmou.

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Para o presidenciável, o episódio é "muito grave". "É um símbolo do aparelhamento do estado brasileiro que não dá mais", sentenciou. No último sábado, a chefe do executivo federal e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, pediu a abertura de uma investigação para apurar o caso, o que envolverá vários órgãos do governo como a Casa Civil, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Ministério da Justiça, Secretaria Geral da Presidência e Controladoria Geral da União.

Durante pouco mais de uma hora em que participou de uma visita a um centro de tratamento de jovens dependentes químicos do Programa Atitude, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, ao lado de assessores e correligionários, prometeu atenção especial à prevenção e ao tratamento aos dependentes químicos e reclamou da atual política nacional de combate ao crack, que segundo ele, "é direcionada apenas aos municípios com mais de 200 mil habitantes".

Após a visita, o presidenciável gravou algumas cenas para o guia eleitoral e passou o resto do dia com a família. À noite, Campos deve viajar para São Paulo.

Com 28,3 mil quilômetros voados ou percorridos por terra, Eduardo Campos (PSB) foi o candidato que mais viajou pelo País no primeiro mês da campanha oficial, segundo mapas de monitoramento do "Estadão Dados" com os três principais concorrentes ao Planalto. Foram 47 deslocamentos entre 32 cidades do Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Em segundo lugar no ranking de viagens está a presidente Dilma Rousseff, que percorreu quase 22 mil quilômetros - sem contar a ida para a Venezuela, no dia 29, quando participou da reunião de cúpula do Mercosul. O tucano Aécio Neves percorreu 15,7 mil quilômetros.

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O levantamento considera todas as viagens dos três candidatos feitas desde 6 de julho, data que, pelo calendário do Tribunal Superior Eleitoral, marca o início oficial da campanha. As distâncias são medidas entre os centros das cidades, em linha reta.

"Demos prioridade para Sudeste e Nordeste, mas, como o País é grande, a campanha precisou estar presente nas diversas regiões", diz um dos coordenadores da campanha de Campos, Bazileu Margarido. Segundo ele, é natural que Campos tenha viajado mais, já que é o mais desconhecido do trio. Segundo ele, o ritmo das viagens não vai diminuir.

Destino certo

Desde quinta-feira (7), quando esteve em Salvador, Campos circula pelo Nordeste. Da capital baiana, seguiu na sexta-feira para Arapiraca (AL) e reservou o dia de ontem para eventos na Paraíba. Antes disso, já havia rodado por Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte. A ênfase em sua própria região tem razões matemáticas: pesquisas mostram que, fora de Pernambuco, Campos tem taxas de intenção de voto próximas à sua média nacional (9%, segundo a mais recente pesquisa Ibope).

O traçado das viagens de Aécio revela prioridade para o Sudeste - das 14 cidades visitadas, oito ficam na região.

No início da campanha, a maior parte das viagens de Dilma se devia a compromissos como presidente. Nos últimos dias, porém, ela assumiu o figurino de candidata. Seu principal alvo foi o eleitorado paulista - nas últimas duas semanas, foram cinco agendas de campanha no Estado. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Em visita ao município de Arapiraca, interior de Alagoas, nesta sexta-feira, o candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, garantiu a continuidade do programa Bolsa Família e responsabilizou funcionários do governo petista por "disseminar" que o programa de transferência de renda seria extinto. "Nossa intenção é ampliar o Bolsa Família e fazer pelo Nordeste o que a presidenta poderia ter feito nos últimos quatro anos e não fez, porque ela olha para o Nordeste como um curral eleitoral. Mas somos gente e merecemos respeito. Queremos Bolsa Família, mas também queremos trabalho, indústria, segurança e acesso à água", disse, referindo-se a Dilma Rousseff (PT), sua adversária neste pleito.

Acompanhado pelo candidato ao governo de Alagoas, Benedito de Lira (PP), Campos foi recebido com bolo e uma camiseta da Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA) de presente pela passagem de seu aniversário.

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No encontro com trabalhadores rurais, em que as lideranças locais falaram das dificuldades enfrentadas por conta da seca nos últimos anos, eles pediram que Campos se comprometa com o perdão das dívidas dos agricultores familiares. "Fico assombrado com as cobranças sociais feitas aos trabalhadores do campo. O governo parece que não percebeu que passamos por três anos de seca em que o que foi investido se perdeu. É preciso reverter esse quadro para que o governo não viva apenas da propaganda do Bolsa Família, que, aliás, é a única proposta da presidenta Dilma".

Em seguida, reclamou da atual política econômica e disse que, depois de encerrado o governo Lula, o País retrocedeu. "O que a gente vê é que a inflação está de volta e, enquanto isso, a presidenta Dilma deu mais de R$ 6 bilhões para o setor elétrico, que tem um péssimo serviço prestado. E esse dinheiro vai sair do bolso da população. Não podemos permitir que o Brasil perca as conquistas obtidas no passado. Já são 20 anos de governo do PT e PSDB, é preciso mudar. Precisamos ter um governo que olhe para os mais necessitados", ressaltou. Após reunião com trabalhadores rurais e com a juventude, o candidato à Presidência inaugurou o comitê Eduardo e Marina antes de encerrar as atividades de campanha em Arapiraca.

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa desistiu dos depoimentos do candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) e do ex-ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional), que haviam sido arrolados como testemunhas da defesa.

O criminalista Nélio Machado, que defende Costa, disse que um advogado de Bezerra o procurou e ponderou sobre a dificuldade de interromper compromissos de campanha do ex-ministro. Machado declarou que em "outro momento" vai apresentar declarações por escrito de Campos e de Bezerra. Costa é réu em ação sobre ocultação de valores supostamente desviados das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que foi governado pelo presidenciável.

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Nos 10 dias que antecederão o início do horário eleitoral gratuito em rádio e TV, marcado para 19 de agosto, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, intensificará a agenda de campanha com foco nos 10 principais colégios eleitorais do País. Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Campos quer aproveitar o momento do começo da exposição nos telejornais e circular pelos Estados que serão decisivos na disputa pelo Palácio do Planalto.

Campos aumentará sua presença em São Paulo (onde já está seu QG de campanha), Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Ceará, Pará e Santa Catarina, Estados que somam mais de 102 milhões de eleitores de um universo de 142.467.862. "Considero essa fase tão importante quanto o horário eleitoral", resumiu o coordenador da campanha do PSB, Carlos Siqueira.

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A coordenação do PSB dividiu a campanha em três fases: a primeira foi a da agenda institucional, onde o candidato participou de eventos promovidos por entidades e atendeu a convites para encontros com segmentos sociais. A segunda fase é da concentração de esforços nos grandes colégios eleitorais e a terceira é a propaganda eleitoral em rádio e TV.

Acompanhado a maior parte das vezes de sua vice de chapa, a ex-senadora Marina Silva, o candidato poderá incluir na agenda - dependendo da programação - outros Estados. "Não há uma exclusividade de agenda", explicou Siqueira. Hoje (7), por exemplo, o pessebista começou o dia em atividade de campanha em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País (31.998.432 eleitores ou 22,404% do eleitorado), e à tarde seguiu para Salvador (BA). A Bahia tem 10.185.417 ou 7,132% do eleitorado brasileiro. "É uma agenda que tende a se intensificar cada vez mais", emendou o coordenador.

Primeiro programa

A campanha ainda trabalha no formato do primeiro programa que vai ao ar no dia 19 e mantém segredo de como pretende apresentar Campos ao eleitorado. O candidato será o primeiro a aparecer no horário eleitoral e terá 2 minutos e 3 segundos para defender suas propostas.

Enquanto não começa o horário eleitoral, a campanha do PSB vem explorando a divulgação de vídeos nas redes sociais. Foi criado um canal na internet, a TV 40, para divulgar as peças da campanha, os discursos, os principais momentos do candidato e de sua vice, depoimentos de aliados e artistas, além dos eventos ao vivo da campanha. Quem segue o candidato no Facebook ou no Twitter é convidado a assistir os "programas". A ideia é fazer com que a TV na internet se torne uma extensão do horário eleitoral em rádio e TV, já que Campos terá uma exposição oficial bem menor que seus adversários.

Aliados do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, cobraram do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), providências sobre a denúncia de que perguntas e respostas de depoentes da CPI da Petrobras da Casa teriam sido combinadas entre integrantes da comissão e da cúpula da estatal. Na tarde desta segunda-feira, os parlamentares defenderam que se faça uma investigação interna no Senado para apurar as suspeitas, reveladas pela revista Veja, de fraude nas apurações da CPI.

"O caso exige por parte da Mesa do Senado uma profunda apuração, mas uma apuração de verdade. Não uma apuração nos moldes da encenação que parece ter sido feita pela CPI", afirmou o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg. "Queremos manifestar a nossa indignação e cobrar da Mesa do Senado respostas claras e objetivas com uma investigação rigorosa", completou. Até a tarde desta segunda, o presidente do Senado ainda não se pronunciou sobre o episódio.

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O socialista, que é candidato ao governo do Distrito Federal, disse que, se as informações de conluio forem confirmadas, será "muito ruim" para o Congresso e o Senado. E lembrou o que considera como "exemplo vergonhoso" da CPI do Cachoeira, que encerrou os trabalhos sem um relatório conclusivo. O senador Cristovam Buarque (DF), que, mesmo sendo do PDT, que se coligou à chapa da presidente Dilma Rousseff, apoia a candidatura de Campos, também defendeu a apuração do caso. "Se não dermos uma resposta, o Congresso vai virar uma casa de deboche", afirmou.

O candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), responsabilizou a presidente Dilma pela crise do setor canavieiro e sucroalcooleiro vivida hoje não somente no Nordeste, mas "por todos os Estados produtores do Brasil", em comício realizado na noite do sábado (20) no município de Palmares, na zona da mata pernambucana , a 120 quilômetros do Recife.

A crise, segundo ele, foi provocada pela "política errada na Petrobras". "Mataram o preço do álcool", discursou ele, ao lembrar que o preço do álcool só é competitivo se 30% mais barato que o da gasolina. "Isso fez com que as usinas do Nordeste, com todas as dificuldades de topografia e de acesso ao sistema bancário começassem a pagar o preço dos erros da presidente Dilma na política do preço dos combustíveis", frisou, atacando o governo Dilma em uma região onde ela tem grande aceitação. "O Nordeste se ressente deste governo que não olhou para nós como deveria ter olhado".

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Ele afirmou que também os produtores de São Paulo assistem ao fechamento de usinas de açúcar e álcool. "Na região plana de Ribeirão Preto, há mais de 40 usinas fechadas", afirmou, complementando que em Sertãozinho, mais da metade das empresas que produzem equipamentos para a atividade sucroalcooleira estão fechando suas portas ou praticamente deixando de funcionar.

O candidato explicou que sem preço competitivo, os que produziam cana para fazer álcool pararam de vender para a Petrobras e postos de gasolina e passaram a fazer açúcar. "E o preço do açúcar foi lá para baixo no mercado no mundo, pois é o Brasil o país que mais fabrica açúcar no mundo e aqui dentro". Ele lembrou que até o governo do ex-presidente Lula, se estava abrindo novas usinas.

Questão de tempo

Para Campos, o fato de ser desconhecido no Brasil "é uma questão de tempo". "De cada 100 brasileiros, menos de 30 nos conhecem", observou, ao lembrar que, em 2006, quando disputou o primeiro mandato ao governo de Pernambuco visitou Palmares como um desconhecido e saiu "lá de baixo nas pesquisas para ganhar a eleição com 75% dos votos".

Ele participou de carreatas nos municípios vizinhos de Escada e Ribeirão, antes do comício em Palmares, acompanhado pelos candidatos da chapa majoritária ao governo estadual. O objetivo é fazer o seu candidato, seu ex-secretário de Fazenda, Paulo Câmara (PSB), também se tornar conhecido do eleitorado pernambucano.

A disputa no maior colégio eleitoral do País se transformou num jogo de estratégia que envolve palanques informais e apoios ocultos. Do lado do favorito governador Geraldo Alckmin (PSDB), o PSB planeja montar 40 comitês "Edualdo" - chapa Eduardo Campos presidente e Geraldo Alckmin governador - em busca dos votos do PSDB. Já o Palácio do Planalto, que oficialmente está com o petista Alexandre Padilha, trabalha, sem alarde, pelo peemedebista Paulo Skaf.

"Aqui temos uma aliança em que quem é do PSB vai apoiar o Campos e quem é do PSDB, como eu, vai apoiar Aécio Neves (candidato tucano à Presidência)", disse Alckmin no feriado de 9 de julho. O governador disputa mais um mandato à frente do Palácio dos Bandeirantes.

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Candidato a vice na chapa de Alckmin, o deputado Márcio França (PSB) é o principal articulador da dobradinha, considerada "estratégica" para buscar eleitores tradicionais do PSDB. Por isso, o PSB coordenará e bancará o custo das estruturas "Edualdo" - pelo menos 23 comitês já estão com imóvel alugado -, bem como do material de campanha. Adesivos (veja imagem à direita), faixas e camisetas começam a ser produzidos essa semana.

Para o PSDB nacional, a composição paulista é um problema, pois tem potencial de tirar votos de Aécio em São Paulo. A chapa é uma reconfiguração, com gosto de "revanche", das dobradinhas "Lulécio" e "Dilmasia", das campanhas de 2006 e 2010, como ficou conhecido o voto casado em Minas nos candidatos à Presidência do PT (que enfrentavam dois paulistas, Alckmin e José Serra) e nos candidatos tucanos ao governo local.

"Quando o Aécio, e depois o (ex-governador Antonio) Anastasia, garantiu em Minas, com uma bela faca nas costas do Alckmin e do Serra, o ‘Dilmasia’ e o ‘Lulécio’, ele não se deu conta das rupturas partidárias que teria que enfrentar depois", diz Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp. Para ele, esse fator oferece riscos para o desempenho do tucano em São Paulo. Tanto Campos como Aécio consideram que vencer bem no Estado (onde estão 22% dos votos do País) pode ser decisivo para definir se haverá 2º turno - risco que o PT da presidente Dilma Rousseff quer evitar.

Tabuleiro

Na batalha pelos 32 milhões de votos do eleitorado paulista, PT, PSDB e PSB transformarão o território estadual em um tabuleiro de War - jogo de estratégia e sorte de 1972 que simula a guerra entre continentes pelo domínio do mundo.

O apoio velado de Alckmin não é problema para o PSB. O que mais interessa a Campos é a hegemonia dos tucanos em São Paulo. O PSDB governa o Estado desde 1995, e elegeu o maior número de prefeitos em 2012 (174, contra 89 do PT e 30 do PSB). Com o Estado dividido em 15 mesorregiões, Dilma venceu José Serra, candidato do PSDB em 2010, apenas na área que engloba a Região Metropolitana. Pelas pesquisas, se dependesse de São Paulo, Aécio e Campos derrotariam Dilma num 2º turno, se a eleição fosse hoje.

Campos atacará ainda em duas frentes na batalha pelo voto paulista: buscar o eleitor que votou em sua vice, Marina Silva, em 2010, e os votos anti-Dilma - concentrados nos pequenos e médios municípios.

Para Roberto Romano, a união Campos e Marina é de "risco". "A densidade do Campos chama-se Marina Silva, que é um voto, um apoio e uma aliança incertos. É mais um incômodo amigo do que um companheiro de combate."

Em busca do eleitor anti-Dilma - a presidente tem 23% de avaliação positiva de seu governo entre paulistas -, Campos usará o discurso do voto útil. "O eleitor paulista é mais pragmático. Vota para derrotar quem ele não quer. Como em 2010 a vitória de Dilma foi por 12 milhões de votos, 100% deles vindos do Norte e Nordeste, se o eleitor paulista se convencer de que o Eduardo tem melhor chance nesses Estados, ele buscará o voto útil", diz França. (Colaboraram Isadora Peron e Daniel Bramatti) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, considerou, neste sábado (5) "lamentável" a troca de acusações entre o governo federal e a prefeitura de Belo Horizonte, cujo prefeito Márcio Lacerda é do seu partido, em torno da responsabilidade sobre a queda do viaduto na capital mineira, que vitimou duas pessoas.

"É lamentável esse debate. Chega a ser um desrespeito às vidas que perdemos. A responsabilidade é de todas as autoridades de fazer apuração para ter a responsabilidade objetiva e do ponto de vista judicial", disse.

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Acompanhado de sua candidata a vice, Marina Silva, Campos visitou neste sábado a abertura da Feira do Japão, no Centro de Exposição de Imigrantes, em São Paulo. Na véspera do dia determinado pela Justiça Eleitoral para o início da campanha eleitoral, Campos e Marina apenas circularam pelos estandes da feira, cumprimentando e tirando fotos.

No contato com os frequentadores da feira, Marina era visivelmente a mais conhecida dos dois e a mais assediada. "Com certeza, no dia da eleição, nos teremos o conhecimento de 100% do Brasil, das opções que vão ser oferecidas ao Brasil, das nossas ideias. Sobretudo, mostrando que é possível mudar o Brasil para melhor, que o Brasil tem jeito e que tem gente no Brasil tentando mostrar à sociedade que com coragem a gente faz a mudança para valer", disse.

Campos e Marina iniciarão a campanha oficial em uma comunidade próxima a Brasília. "A partir dali, vamos andar o Brasil. A partir do dia 19 de agosto vamos ter televisão aberta fazendo propaganda eleitoral para que possamos divulgar nossas ideias, pensamentos, aliança", disse.

Gastos de campanha

Das três principais candidaturas à Presidência, a aliança PSB/Rede foi a que estimou menor limite de gasto de campanha. À Justiça eleitoral, Campos estimou um teto de R$ 150 milhões, enquanto o candidato tucano Aécio Neves declarou estimativa de R$ 290 milhões e a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, fixou limite de R$ 298 milhões. "Vamos fazer uma campanha que é baseada nas ideias, uma militância espontânea, uma campanha que tem muitos voluntários. Estamos fazendo o debate do plano de governo numa plataforma na internet há cerca de seis meses com pesquisadores, cientistas, militantes do movimento social que têm contribuído voluntariamente com suas ideias", disse.

Campos afirmou ainda que pretende convocar a "sociedade indignada" pelas redes sociais "a transformar a indignação em atitude de mudança".

O candidato a presidente da República pelo PSB, Eduardo Campos, declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 546.799,50. Com relação a 2010, quando ele concorreu ao cargo de governador de Pernambuco, o patrimônio aumentou 5,02%. Naquele ano, ele afirmou que seus bens valiam R$ 520.626,04.

O bem mais caro de Eduardo Campos é uma casa na rua Luis da Mota Silveira, no Recife, que ele declarou valer R$ 142.460,00. O segundo item mais valioso da lista é uma "área de 80,72 ha localizada no município de Garanhuns", que, de acordo com a declaração de bens, vale R$ 140 mil.

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A candidata a vice-presidente na chapa de Campos, Marina Silva, declarou ter um patrimônio de R$ 135.402,38. Em 2010, ela foi candidata a presidente da República e declarou um patrimônio de R$ 149.264,38. Ou seja: segundo a declaração de bens, o patrimônio da candidata foi reduzido em R$ 13.862,00.

Com um tom crítico ao PSDB e ao PT, Eduardo Campos foi oficializado hoje como candidato do PSB à Presidência da República. Em seu discurso, atacou o baixo crescimento econômico e prometeu fazer a reforma tributária no primeiro ano de governo.

Campos repetiu um discurso que vem sustentando nos últimos meses: de que é preciso romper com a velha política do fisiologismo, que é preciso implantar um governo que dialogue mais com a sociedade e acabar com a corrupção.

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O candidato fez questão de alfinetar seu adversário do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), que nesta semana sugeriu que os partidos que pretendem desembarcar da aliança com a presidente Dilma Rousseff "suguem" mais um pouquinho. Sem citar o nome de Aécio, Campos disse que "tem gente" que acha bonito a prática de sugar o Estado. "Vamos desgrudar esses sanguessugas dos cofres públicos", declarou.

Como candidato oficial do PSB ao Palácio do Planalto, Campos afirmou que manterá os programas sociais da atual gestão e que as conquistas do passado serão garantidas em um eventual governo de sua chapa. Ele condenou os que pregam a "desunião" no País. "Eles dividem e nós vamos unir".

Os ataques à política econômica foram um capítulo de destaque no discurso do candidato. Campos acusou o atual governo de ter colocado o País em um "atoleiro" e falou em "salvar", com "competência", a Petrobras e o setor elétrico. Ele enfatizou que, se eleito, vai colocar a reforma tributária como prioridade do primeiro ano de governo. "Vou colocar a carga tributária numa descendente", afirmou. No encontro da chapa "Unidos pelo Brasil", que reúne PSB, Rede Sustentabilidade, PPS, PPL, PRP e PHS, sobraram críticas ao modelo econômico conduzido por Dilma e à política de alianças da atual gestão.

Num discurso combinado para ser complementar a fala do outro, a vice da chapa Marina Silva fez questão de dissipar os boatos de que ela e Campos estariam vivendo uma crise nos bastidores da campanha. "Eu posso dizer para vocês, meus amigos, que vocês nunca tiveram noção do momento mais grave da crise que vocês achavam que existia entre nós dois", disse a ex-senadora. Segundo ela, o momento mais "tenso" da relação foi quando ele se recusou a comer a refeição dela. Marina, que devido a problemas de saúde, tem uma dieta balanceada devido a uma série de restrições alimentares.

Também coube a ela fazer um apelo para que a campanha siga um modelo de não confronto, apesar da estratégia do "medo" utilizada pelos adversários. Ao final do encontro, Marina sofreu uma queda de pressão e foi para sua casa, em Brasília.

A convenção que oficializou a candidatura ocorreu nesta manhã em um centro de convenções em Brasília. Por causa do jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, os discursos se encerram por volta das 12h. Acompanhado de aliados, Campos seguiu para a Fundação João Mangabeira, onde assistirá ao jogo.

Em pleno dia de jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, o PSB oficializa nesta manhã a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República. Militantes do partido, da Rede Sustentabilidade e das siglas aliadas que compõem a aliança lotam neste momento um centro de convenções em Brasília. Campos é o último dos presidenciáveis a oficializar sua candidatura.

Com o slogan "Coragem para mudar o Brasil", Campos se lança à disputa presidencial como terceira via em oposição ao tucano Aécio Neves e à presidente Dilma Rousseff. A chapa "Unidos pelo Brasil" reúne, além do partido de Campos, a Rede da vice Marina Silva, o PPS, além dos nanicos PPL, PRP e PHS. A expectativa é de que os representantes dos partidos aliados discursem na convenção.

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Ao chegar no evento, os convencionais foram recebidos ao som do jingle da campanha, cujo refrão diz: "Coragem para mudar o Brasil, eu vou com Eduardo e Marina". Boa parte dos militantes veste camiseta verde e amarela, cores predominantes das peças escolhidas para a campanha presidencial.

A expectativa é de que o evento, realizado em conjunto com a convenção do PPS, termine antes das 13h, horário do início da partida entre Brasil e Chile pelas oitavas de final da Copa do Mundo.

Com o slogan "Coragem para mudar", o PSB lança hoje a candidatura a presidente do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e a vice da ex-ministra Marina Silva na tentativa de se viabilizar como candidatura competitiva e chegar a uma das vagas em disputa num eventual segundo turno. O plano é acertar o discurso que possa consolidá-los como terceira via em uma eleição que aparenta caminhar, pela sexta vez consecutiva, para a polarização entre PT e PSDB.

"A partir de agora, o nosso desafio é mostrar que é possível mudar mais, considerando que as mudanças no governo da presidente Dilma Rousseff foram insuficientes", afirma o coordenador da campanha, Carlos Siqueira. O tom será oposicionista: "Nós vamos dizer o que não foi feito e o que pode ser feito".

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Uma das formas de explicitar o que não foi feito no atual governo, segundo o PSB, é dizer que o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo, apesar de Dilma dizer com frequência que as gestões dela e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiraram 40 milhões de pessoas da pobreza. A proposta da dupla Campos-Marina para mudar essa situação é fazer uma reforma tributária que mude o pacto federativo e possibilite que os próprios Estados façam os investimentos necessários para as melhorias sociais.

Conciliar o discurso pelo desenvolvimento sustentável à preocupação social tem sido uma das tentativas da dupla para se posicionar como terceira via sem cair em contradição. Isso porque ambos atuaram diretamente nos governos Lula.

Marina, uma das fundadoras do PT, foi ministra do Meio Ambiente de Lula de 2003 a 2008. Campos deixou o Ministério de Ciência e Tecnologia em 2005 para retornar ao mandato de deputado e defender o governo no Congresso em meio à crise do mensalão. Depois, foi eleito governador de Pernambuco em 2006 e reeleito em 2010, sempre com apoio de Lula. Fora isso, o PSB integrou o governo Dilma até setembro de 2013, quando entregou dois ministérios e postos de segundo escalão.

Estagnação.

Entretanto, o discurso de que a dupla seria a única opção capaz de fazer as reformas que o País precisa sem prejudicar as conquistas sociais não se reverteu em avanços significativos nas pesquisas de intenção de votos. Campos tem registrado índices ao redor de 10% e ficado em terceiro, atrás do tucano Aécio Neves - na faixa dos 20% - e de Dilma. A presidente lidera os levantamentos, mas tem visto cair a diferença para a soma dos adversários, o que indica realização de segundo turno.

Campos vai começar a campanha oficial menor do que imaginava. A expectativa de dirigentes do PSB era a de que ele estivesse com quase 20% das intenções de voto - o que significaria chances reais de ir ao segundo turno - apoiado pelo prestígio de Marina. Em 2010, a ex-ministra somou mais de 19 milhões de votos na disputa presidencial.

Além disso, a junção do PSB com a Rede Sustentabilidade, grupo que apoia Marina, enfrenta dificuldades. A dupla tenta se dizer adepta da "nova política" e critica os acordos partidários dos adversários. No entanto, a decisão dos diretórios de Rio e São Paulo de se aliarem a PT e PSDB nas disputas estaduais, respectivamente, abriu uma crise entre Rede e PSB. Para que a convenção de hoje fosse realizada em paz, Campos e Marina fecharam um pacto na quarta-feira para superar as divergências regionais e concentrar as energias na eleição nacional.

O evento de hoje, marcado para o mesmo dia em que o Brasil enfrenta o Chile pelas oitavas de final da Copa, vai testar o nível de organização do PSB. A convenção foi planejada para ser rápida e terminar a tempo de os participantes assistirem à partida, às 13h. Além de Campos e Marina, devem discursar apenas os presidentes dos partidos da coligação (PPS, PPL, PRP e PHS).

Para compensar o pouco tempo de TV da coligação (menos de 2 minutos por bloco), a campanha vai investir nas redes sociais e em viagens pelo País. Para otimizar o tempo e visitar mais cidades, Campos e Marina vão rodar o Brasil mais separados que juntos.

O pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, e sua vice, Marina Silva, tiveram um encontro anteontem, em Brasília, para tentar encerrar a crise causada pelas divergências entre os dois grupos na formação de palanques estaduais.

Segundo aliados, os dois tiveram uma conversa "muito boa", na qual reafirmaram o compromisso de seguir juntos no plano nacional. A três dias da convenção nacional do PSB - marcada para amanhã, em Brasília -, o encontro serviu para superar as diferenças surgidas com a formação de alianças estaduais que desagradaram ao grupo de Marina. "Acho que superamos (os desentendimentos) e agora é bola para frente", resume Neca Setubal, próxima à ex-ministra.

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Marina disse a Campos que está disposta a relevar as diferenças regionais para poderem começar a campanha nacional em sintonia. Em nota divulgada ontem, a Rede negou "dificuldades no relacionamento" com o PSB. O grupo reafirmou que não vai fazer campanha para aliados do PSB dos quais discorde, como vinha sendo dito por seus integrantes.

Dois a um. É o caso, por exemplo, de São Paulo - o eixo Rio-São Paulo foi o epicentro da crise entre PSB e Rede, que insistia em candidaturas próprias. O diretório paulista decidiu apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) e terá a vaga de vice na chapa tucana. No Rio, o PSB vai apoiar o petista Lindberg Farias - a sigla vai ocupar a vaga para o Senado. As alianças confrontam o discurso de Campos e Marina, em que tentam ser uma opção à polarização PT-PSDB na disputa nacional.

Em compensação, no segundo maior colégio eleitoral do País prevaleceu a tese de candidatura própria. A Executiva mineira do PSB decidiu ontem lançar o ex-prefeito de Juiz de Fora Tarcísio Delgado, de 77 anos, pai do deputado Júlio Delgado, presidente do diretório local. Colaboraram Marcelo Portela e Suzana Inhesta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os dois presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) vão participar da convenção conjunta do PMDB, PSDB e PSB em Teresina, na sexta, 27, no Theresina Hall. O evento confirma a chapa encabeçada pelo governador Zé Filho (PMDB), tendo Silvio Mendes (PSDB) como candidato a vice-governador e Wilson Martins (PSB) candidato ao Senado.

Silvio Mendes confirmou a presença de Aécio e Wilson Martins confirmou a presença de Eduardo Campos. Sílvio afirmou que os dois candidatos têm uma convivência muito boa e se entendem bem. "Não tem problemas entre eles", assegurou.

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Segundo Wilson Martins, Aécio abre o evento pela manhã e Eduardo Campos encerra à tarde. "Será a maior convenção já vista no Piauí, que irá contribuir de forma decisiva para uma chapa de peso, consolidada", disse Wilson.

Ele, durante a reunião na sede do PMDB, lembrou a dificuldade de unir a base, principalmente depois da saída do deputado federal Marcelo Castro (PMDB) da pré-candidatura a governador. Mas Wilson afirmou que são 16 partidos com ideologias diferentes, mas que vão trabalhar em prol de um objetivo comum.

"O que a gente não poderia era deixar que na primeira crise fosse desarranjado tudo o que fizemos com os partidos. Isso cabe ao PMDB. Não podia era mudar o candidato e desmantelar tudo", completou Wilson.

A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (19) apontou que o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, só tem maiores intenções de voto do que a presidente Dilma Rousseff na faixa salarial superior a 10 salários mínimos por família. Nela, o tucano tem 36% contra 24% da petista e 16% de Eduardo Campos, pré-candidato do PSB.

Em todas as demais faixas, a vantagem de Dilma varia de 52%, para quem ganha até um salário mínimo, até 39%, entre aquelas famílias que recebem entre 5 e 10 salários mínimos. Entre os consultados com ensino superior, o pré-candidato do PSDB também venceria Dilma, com 29% contra 26%. Eduardo Campos tem 12% nesse cenário. Na outra ponta, entre aqueles que possuem até a quarta série do ensino fundamental Dilma vence com 49%, Aécio tem 16% e Campos, 8%.

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No segundo turno, tanto Aécio quanto Campos venceriam Dilma entre aqueles com ensino superior. Aécio teria 41% contra 28% de Dilma e Campos teria 36% contra 30% da presidente.

Por regiões, Dilma registra no primeiro turno o maior porcentual de votos no Nordeste, com 52% contra 13% de Campos, que foi governador de Pernambuco, e 8% de Aécio. Essa é a única região em que Campos supera Aécio.

Em todas as outras regiões, Dilma registra um índice de intenção de voto maior do que o de Aécio e o de Campos. No Sudeste, por exemplo, Dilma tem 34%, Aécio 25% e Campos 8%. No Sul, o cenário é de 30% para Dilma, 26% para Aécio e 11% para Campos.

O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 15 deste mês, com 2.002 pessoas em 142 municípios. A avaliação tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Em visita ao Centro Cultural Cartola, na favela da Mangueira, na manhã desta quarta-feira, 18, o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, reiterou apoio à candidatura do deputado Miro Teixeira, do PROS, ao governo do Rio. O deputado e ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ) será candidato ao Senado, confirmou Campos, presidente nacional do partido.

O ex-governador de Pernambuco procurou pôr fim a especulações de que Miro desistiria de concorrer, por causa de desavenças entre o PSB e o PROS sobre a coligação proporcional (para eleição de deputados). "Estamos confirmando o que a gente vem dizendo há mais de 120 dias: que vamos apoiar a candidatura do Miro e do Romário para o Senado", afirmou Campos, que foi à comunidade ao lado da pré-candidata a vice, Marina Silva, e de Miro.

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Romário passou rapidamente pela comunidade e foi embora depois de poucos minutos, alegando ter outro compromisso.

Chamados por moradores, os pré-candidatos viram de perto as péssimas condições em que vivem cerca de 300 pessoas que ocuparam em um prédio federal abandonado, ao lado do centro cultural. O edifício onde funcionou a sede do IBGE está vazio há mais de 15 anos. As famílias, com muitas crianças, vivem em meio ao lixo, sem água e esgoto.

Uma moradora abordou Marina, a quem chamou de "nossa presidente", disse que tinha contraído tuberculose e pediu ajuda dos políticos. "Queremos moradia", gritaram algumas pessoas quando viram a movimentação no prédio.

Em discurso, Campos se disse impressionado com as condições precárias de vida no edifício e prometeu "limpar a política no Brasil". "É impossível não se chocar com um prédio público em que as crianças moram no lixo, com esgoto a céu aberto. É a presença da exclusão absoluta. O País ainda tem muito disso e, para mudar, é preciso limpar a política no Brasil. Existe descaso com o Brasil real, precisamos promover o encontro do Brasil oficial com o Brasil real. Não queremos corrupção, patrimonialismo, nem divisão dos brasileiros", discursou, no centro cultural.

Campos e Marina pregaram união da população para enfrentar o momento de "desilusão" do País.

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou neste domingo (15) que a presidente Dilma Rousseff entregará a seu sucessor, caso perca as eleições, o Brasil "pior" do que encontrou quando assumiu em 2010. Ele citou a economia, a segurança pública e a saúde como áreas que tiveram retrocesso na gestão Dilma.

"Nos últimos 20 anos o Brasil vinha melhorando, embora nem na velocidade nem no jeito que a gente queria, mas o fato é que o presidente Itamar entregou o País ao presidente Fernando Henrique Cardoso melhor do que ele encontrou. O Fernando Henrique entregou o Brasil melhor para o Lula e o Lula para Dilma. Pela primeira vez em 20 anos, o Brasil será entregue pior do que foi entregue antes", disse.

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Campos atacou o "velho presidencialismo de coalizão, juntando velhas raposas que já roubaram o que puderam do sonho brasileiro" ao que pretende "governar com os sérios, os capazes, os competentes".

O PSB formalizou o senador Rodrigo Rollemberg como candidato ao governo do Distrito Federal, em uma chapa composta com o PDT, que tem o deputado José Antônio Reguffe como candidato ao Senado.

A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, candidata à vice de Campos, participou da convenção destacando a votação obtida por ela em 2010, quando disputou o Palácio do Planalto. "Em 2010, Brasília me deu a maior votação já dada a um candidato a presidente da República em toda a história do Brasil", disse.

Marina disse, ainda, em referência ao governo do petista Agnelo Queiroz, que Brasília não é um "bom espelho" do que o Brasil gostaria de ver. "Como podemos dar um bom exemplo para o Brasil se na capital do nosso País é todo o tempo denúncia de corrupção, de má gestão? É Brasil olhando para sua capital e não vendo um bom espelho", afirmou.

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