A Secretaria de Saúde de Olinda, por meio da Vigilância Sanitária, integrou a operação de desativação de um abatedouro irregular de bode, localizado no bairro de Jardim Brasil II. Dois bodes de médio porte foram recolhidos na ação. A carne abatida de quatro animais foi pesada e encaminhada para o devido descarte. Dois proprietários foram presos pela Polícia Militar e autuados por crimes contra a economia e a saúde pública.
"O consumo de carne de animais abatidos sem higiene e os devidos procedimentos de segurança representa sérios riscos para a população", alerta a secretaria. O órgão reforça que a ingestão deste tipo de carne clandestina pode acarretar problemas de saúde, além de incrementar um mercado ilegal.
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Na hora da compra, incluindo feiras livres, a orientação é de que o consumidor deve sempre avaliar o local onde o alimento está exposto e, caso seja necessário, pode até solicitar no balcão a nota fiscal de aquisição da carne - documento que demonstra que ela veio de um frigorífico regulamentado.
A ameaça de contaminação vai desde o processo de abate, passando pelo transporte, o armazenamento e o preparo deste alimento até chegar à mesa do consumidor. É o que explica a diretora da Vigilância em Saúde de Olinda, Aline Leite. “O nosso trabalho tem o foco na inspeção da qualidade da carne, aparência, condições de acomodação, prazo de validade, entre outros pontos.
As equipes inspecionam também supermercados e açougues, orientando os proprietários sobre o cumprimento do que é previsto em lei”, ressalta. Segundo ela, os estabelecimentos precisam de licença da Adagro, órgão agropecuário responsável nestes casos.
Se observado irregularidades semelhantes, a população de Olinda pode denunciar por meio do telefone 3431.3053, não sendo necessária a identificação. A carne imprópria para o consumo não recebe o selo de inspeção e, apesar de muitas vezes ser comercializada com valores mais atrativos, sinaliza um perigo que pode levar até a morte.
“Estas peças trazem centenas de microrganismos, podendo acarretar verminoses, infecções intestinais, falhas no sistema reprodutor e também tuberculoses severas”, pontua o inspetor sanitário da Prefeitura de Olinda, Eduardo Melo.