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Um casal de Berlim é o primeiro a se casar oficialmente após a legalização do casamento homossexual entrar em vigor hoje (1º) na Alemanha.

Karl Kreile, de 59 anos, e Bodo Mende, 60 anos, se casaram na manhã de domingo em Schoeneberg, um conhecido bairro gay de Berlim. Apesar de ser feriado nacional, muitas prefeituras estão abertas no país para cumprir a lei desde o primeiro dia.

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O Parlamento da Alemanha aprovou o casamento de pessoas do mesmo sexo no dia 30 de junho deste ano, após a chanceler Angela Merkel, eleita pela União Democrata-Cristã (CDU) e contrária à lei, permitir que a sessão do Legislativo acontecesse. Assim, a Alemanha tornou-se o 23º país do mundo e o 15º da Europa a permitir a união. Fonte: Associated Press.

A Justiça de Taiwan tomou uma decisão histórica nesta quarta-feira (24) sobre o casamento gay, o que deve permitir que a ilha se torne o primeiro território asiático a legalizar as uniões entre pessoas do mesmo sexo.

A Corte Constitucional considerou que o dispositivo do Código Civil taiwanês segundo o qual um contrato de matrimônio só pode ser assinado entre um homem e uma mulher "viola" a Constituição, que garante a liberdade de casamento e a igualdade entre os cidadãos.

O tribunal dá prazo de dois anos ao governo para aplicar a decisão. Se o Parlamento não aprovar a mudança em dois anos, a corte informa que os casais do mesmo sexo poderão fazer o registro para o casamento, com base em sua interpretação.

"Os dispositivos atuais sobre o casamento não permitem que duas pessoas do mesmo sexo criem uma união permanente de natureza íntima e exclusiva com o objetivo determinado de levar uma vida juntos. Isto é obviamente um grave defeito legislativo", afirma um comunicado da corte.

Os esforços para obter direitos igualitários no matrimônio ganharam força na ilha com o apoio de centenas de milhares de pessoas.

Mas também provocaram a indignação de grupos conservadores, que organizaram protestos contra qualquer mudança na lei.

O tribunal destacou que a decisão de permitir o casamento homossexual contribuiria para a estabilidade social e para proteger a "dignidade humana".

Os partidários e críticos se reuniram no centro de Taipé para aguardar a decisão. Centenas de ativistas favoráveis ao casamento gay exibiam as bandeiras com as cores do arco-íris fora do Parlamento.

Um painel de 14 magistrados definiu a sentença, que exigia pelo menos 10 votos. Apenas dois juízes se pronunciaram contra a decisão.

O movimento conservador francês contrário ao casamento homossexual pediu nesta quarta-feira (26) que não se vote no centrista Emmanuel Macron, que disputará o segundo turno das presidenciais, em 7 de maio, contra a candidata da extrema-direita, Marine Le pen.

Segundo a organização "La Manif pour tous", próxima do movimento Sens Commun (Senso Comum), que apoiou François Fillon, o candidato conservador derrotado no primeiro turno, Macron "é um candidato abertamente anti-família".

O centrista "prepara uma política anti-família". "Pelas famílias, pelas crianças, pelo futuro, diremos 'não' a Macron em 7 de maio", afirma em um comunicado a presidente do movimento, Ludovine de la Rochère, sem dar maiores informações.

"Emmanuel Macron quer continuar o quinquênio que termina e prolongar a transformação da civilização. Candidato abertamente anti-família, para ele, o dinheiro está acima do humano", denuncia.

"Rejeitamos essa transformação de civilização que acarreta novas injustiças e desigualdades para as mulheres e as crianças. Com base nestes temas fundamentais, que correspondem ao bem comum, finalidade própria da política, convidamos que cada qual decida seu voto".

No domingo, o Sens Commun se negou a escolher entre o candidato de centro e sua adversária da extrema-direita, Marine Le Pen, os dois classificados para o segundo turno eleitoral. François Fillon, que ficou em terceiro, anunciou que votará em Emmanuel Macron.

A "Manif pour tous" se opôs em vão à lei sobre o casamento gay, adotada em 2013, mobilizando dezenas de milhares de pessoas nas ruas.

Este movimento denuncia, ainda, a procriação assistida para pessoas do mesmo sexo, a regularização dos filhos nascidos no exterior de barrigas de aluguel e uma política fiscal que, segundo eles, penaliza as famílias.

Em 2015, os Estados Unidos se tornaram na sexta o 22º País a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo seu território. No mesmo ano, a Irlanda entrou para a lista ao se tornar o primeiro País do mundo a aprovar o casamento gay através de um referendo. Também em 2015, foi assinada na Finlândia uma lei que legaliza as uniões homossexuais.

O chamado casamento gay já está formalizado também na Argentina, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Islândia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, País de Gales, Portugal, Suécia, Uruguai e África do Sul. Se depender da vontade do Congresso, o Brasil pode ser o próximo.

Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o projeto de lei que altera o Código Civil para reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo e possibilitar a conversão dessa união em casamento. A votação foi terminativa e o projeto poderá seguir para análise da Câmara dos Deputados se não houver recurso para votação em plenário.

É bom lembrar que o Código Civil reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 612/2011 estabelece que a lei seja alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.

A proposta ainda levará mais algum tempo para se tornar lei. Sendo votada em segundo turno na CCJ na próxima semana. E ao que parece, não enfrentará resistência na Casa, uma vez que todos estão favoráveis ao projeto. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por unanimidade, a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar.

Na prática, a decisão significou que as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais gays. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça aprovou resolução que obriga os cartórios de todo o País a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento em função de divergências de interpretação sobre o tema.

SAI PRESIDENTE OU VICE?– Na entrevista que concedeu, ontem, ao meu blog e ao Frente a Frente, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que hoje estará no Recife para uma palestra na Fundação Joaquim Nabuco e o lançamento do seu livro na livraria Saraiva do Shopping Recife, afirmou que seu desejo de disputar a Presidência da República não depende dele, mas principalmente do PPS. O problema é que o presidente nacional da legenda, o ministro Roberto Freire, é adepto da tese de uma aliança com o PSDB. Se isso ocorrer, Cristovam pode até ser convencido a ser o vice de um postulante tucano.

Com pinta trabalhista– Soube, ontem, nos corredores do Congresso, que o pré-candidato ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, hoje filiado ao PSC, teria iniciado negociações para ingressar no PTB, a legenda do símbolo do trabalhismo de Getúlio Vargas. O que a família Vargas e os herdeiros das bandeiras trabalhistas acham da adoção de um político que tem posturas ortodoxas contra a homossexualidade e o racismo, defendendo, arduamente, as ditaduras no Brasil e em países de América Latina?

Dezesseis pernambucanos– A tão esperada lista dois de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, revelando políticos envolvidos na operação Lava Jato, deve trazer uma penca de políticos pernambucanos. O que ouvi, ontem, nos corredores do Congresso, é que na relação iriam aparecer 16 nomes do Estado, entre políticos do PSB, PSDB e PP. A famigerada lista, que tem tirado o sono de muitos políticos em Brasília, está sendo esperada para hoje ou amanhã. Mas há quem diga que Janot só fará a liberação dos nomes no início da próxima semana.

Protesto em Petrolina– Manifestações contra a reforma da Previdência foram promovidas, ontem, em no centro de Petrolina, partindo da Praça do Bambuzinho até à agência do INSS. A passeata contou com a participação das mulheres do Sindicato dos Agricultores Familiares do município e de várias outras instituições ligadas a movimentos sociais. Exibindo cartazes e entoando palavras de ordens, as agricultoras exigiram que as autoridades iniciassem diálogo com o Governo para buscar uma alternativa viável às necessidades das mulheres e do Brasil.

Ditadura em Macaparana– Em Macaparana, o prefeito Maviael Cavalcanti (DEM) está, aos poucos, implantando uma ditadura no município. Uma das medidas mais claras nesse sentido foi à aprovação, pela Câmara de Vereadores, de alterar o orçamento anual do município sem a prévia autorização do Legislativo. “Em tempos de orçamento participativo e da lei da transparência, o que está ocorrendo em Macaparana se assemelha ao AI-5”, ironiza o vereador Tony Moura, líder da oposição na Câmara.

CURTAS

CONVERSA– O senador Armando Monteiro Neto e o deputado Jarbas Vasconcelos voltaram a se encontrar em Portugal durante o Carnaval. Hospedados no mesmo hotel, acabaram tendo uma longa conversa sobre o quadro nacional e a sucessão estadual em 2018. Em tempo: Armando é pré-candidato a governador e Jarbas pode ser senador na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara.

VAIADO – O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi vaiado durante visita à Universidade Presbiteriana Mackenzie, no Centro de São Paulo, ontem, Dia Internacional da Mulher. Um grupo de estudantes gritou palavras de ordem contra ele. O ato foi filmado e o vídeo divulgado nas redes sociais.

Perguntar não ofende: Para o cenário de 2018 em Pernambuco, qual será a primeira traição política?

A direita no Congresso mexicano rejeitou nesta quarta-feira (10) a proposta do presidente Enrique Peña Nieto para garantir na Constituição o casamento entre pessoas do mesmo sexo. 

"A iniciativa propunha uma ampliação dos direitos do artigo 4 constitucional", afirmou à AFP o deputado Guadalupe Acosta Naranjo. "A redação afirmava que o matrimônio é entre pessoas e não na concepção antiga de que acontece apenas entre homem e mulher", disse congressista de esquerda.

Os deputados dos partidos Ação Nacional (PAN), Verde (PVEM) e Encontro Social (PES) votaram contra a proposta, alegando que a modificação não corresponde ao Congresso federal e sim a cada um dos congressos locais, por tratar-se de questão civil.

"Não faz sentido, há 15 dias votamos por unanimidade uma lei que dava atribuições ao Congresso para legislar em matéria civil", disse Acosta Naranjo, cujo partido votou a favor da proposta presidencial.

Entre os partidos que votaram contra, PAN e PVEM já haviam declarado seus vínculos católicos, enquanto o PES se anuncia como o "partido da família", com identidade humanista cristã. No caso do Partido da Revolução Institucional (PRI), ao qual pertence o presidente Peña Nieto, o voto foi dividido.

O momento mais emotivo foi o discurso do deputado Benjamín Medrano Quezada, que afirmou: "Esta é uma decisão pessoal, votarei a favor do texto porque é a favor de minha dignidade como ser humano, como homossexual e como deputado federal”.

Em 2009 a capital do México foi a primeira cidade da América Latina a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e em 2015 a Suprema Corte de Justiça estabeleceu jurisprudência para legalizar a medida em todo o país. Mas pouco menos da metade dos estados incluíram a medida no código civil local.

O número de registros de casamento entre pessoas do mesmo sexo cresceu 31,2% de 2013 a 2014 no Brasil. Foram 1.153 uniões homoafetivas a mais, num total de 4.854 - 50,3% entre cônjuges do sexo feminino e 49,7%, do masculino. As informações constam da publicação Estatísticas do Registro Civil 2014, que o IBGE divulga nesta segunda-feira (30) e que traz dados sobre nascimentos, casamentos, óbitos e divórcios coletados em todo o País em cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e tabelionatos de notas.

A maior concentração de casamentos gays é no Sudeste (60,7%); a menor, no Norte (3,4%). São Paulo é o Estado campeão, com 69,9% do total do Sudeste e 42,2% do total dos registros do Brasil. Em Roraima, foram apenas 5 casamentos. O crescimento dos registros se deu na esteira da aprovação, pelo Conselho Nacional de Justiça, em maio de 2013, da resolução que obriga os cartórios a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e a converter a união estável homoafetiva em casamento. Dois anos antes, o Supremo Tribunal Federal já havia equiparado a união homossexual à heterossexual. Os casamentos gays representaram 0,4% do total de 1,1 milhão de casamentos no Brasil em 2014.

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As Estatísticas do Registro Civil são produzidas pelo IBGE desde 1974, mas os casamentos homossexuais só passaram a fazer parte da coleta de dados em 2013, por consequência do marco legal. Em relação aos enlaces entre homens e mulheres, o número cresceu 37,1% de 1974 para 2014. A idade média dos cônjuges ao se casar passou de 27 (homens) e 23 (mulheres), naquele ano, para 33 e 30, respectivamente, ano passado. Já nos casamentos homoafetivos a idade observada foi de 34 anos, tanto para homens quanto para mulheres.

A duração média dos casamentos passou de 19 anos, em 1984, para 15 anos, em 2014. Os mais duradouros estão nos Estados do Pará, Maranhão e Rio Grande do Sul (17 anos); os mais curtos foram registrados no Acre (12 anos).

O IBGE começou a coletar informações sobre divórcios em 1984. Nesses 30 anos, o número cresceu mais de dez vezes: passou de 30,8 mil para 341,1 mil. Apenas na última década, o incremento foi de 161,4%. O divórcio ganha força desde 2010, com o fim da necessidade de separação prévia do casal (ou seja, quem quer desfazer o casamento passou a poder se divorciar a qualquer momento, extinguindo-se os prazos que eram obrigatórios para dar entrada no pedido).

Em 2014, a idade média na data da sentença do divórcio era de 40 anos, entre as mulheres, e 43, entre os homens. A facilitação do divórcio fez aumentar o número de novos casamentos, pois as pessoas passaram a ficar livres para novas uniões mais rapidamente.

A Irlanda reconhece legalmente o casamento gay a partir desta segunda-feira (16), e autorizará os matrimônios entre pessoas do mesmo sexo, com a entrada em vigor de uma lei que permite a união, aprovada num referendo em maio.

"Sentia que não podia dizer que estávamos casados, mas agora vou falar toda vez que tiver oportunidade", disse Vivian Cummins, morador de Dublin de 57 anos, que se casou com o companheiro Erney na África do Sul em 2009.

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Em maio, a Irlanda aprovou a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo com 62,1% dos votos, o que encerrou um longo percurso pela igualdade em um país muito católico, onde os atos homossexuais foram considerados ilegais até 1993.

Do cinema à música, passando pelo esporte e a política, celebridades americanas expressaram nas redes sociais a felicidade com a legalização do casamento homossexual em todos os estados dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

A grande maioria usou a hashtag #LoveWins ("o amor venceu", em português), que o presidente Barack Obama popularizou em poucos segundos ao escrever no Twitter que "todos nascemos iguais".

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O diretor-geral da Apple, Tim Cook, lembrou que "as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são as que, de fato, fazem as mudanças". Cook reconheceu abertamente sua homossexualidade no ano passado.

O cantor porto-riquenho Riky Martin foi categórico ao dizer que "agora nos EUA não se falará mais em 'casamento gay', mas sim CASAMENTO e ponto". Além disso, Martin comemorou o fato da Corte Suprema reconhecer que "o amor é igual para todos".

O polêmico cineasta Michael Moore comemorou que "NUNCA MAIS" será feita a diferença entre os casamentos de heterossexuais e homossexuais.

Katy Perry, princesa do pop e rainha do Twitter - é a pessoa com mais seguidores do mundo -, disse se sentir "orgulhosa de ser americana". "O amor deve viver além das etiquetas e da intolerância", escreveu.

Ellen DeGeneres, America Ferrera, Seth MacFarlane, Jesse Tyler Ferguson, Joe Jonas, Justin Timberlake, Jessica Chastain, Olivia Wilde, Anna Kendrick, Neil Patrick Harris, Ryan Reynolds, Gabrielle Union, Ariana Grande e muitos outros inundaram o Twitter com mensagens de apoio e corações com a bandeira do arco-íris.

No meio do caminho entre o cinema e a política, Arnold Schwarzenegger, ex-governador republicano da Califórnia, comentou à imprensa em Los Angeles, feliz mas reflexivo, que, "às vezes, os juízes e o sistema judicial tomam melhores decisões que os políticos".

Hillary Clinton também se sentiu "orgulhosa de celebrar uma vitória histórica", ao mesmo tempo em que reconheceu "a coragem e a determinação" da comunidade LGBT, com quem precisa ter uma boa relação durante sua corrida pela Casa Branca.

Do lado do esporte, onde a homossexualidade é um tabu, alguns levantaram sua voz de alegria, como a ex-campeã de tênis Martina Navratilova.

"Em 26 de junho do ano passado, dia do aniversário de minha esposa, a lei DOMA (sobre matrimônios homossexuais) estava anulada", lembrou. "Muito bem Suprema Corte", comemorou.

A ex-jogadora Landon Donovan disse estar feliz que "todas as pessoas agora possam viver sua vida como queiram".

O ex-jogador da NBA Jason Collins, um dos poucos atletas a ter reconhecido que é gay, não podia conter sua alegria: "Que bom! Dia de comemoração! Hoje meus pais também comemoram seus 39 anos de matrimônio".

A legalização do casamento homossexual representa uma vitória para os Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira o presidente Barack Obama, durante um discurso nos jardins da Casa Branca, instantes depois da histórica decisão da Suprema Corte.

"É a vitória para aliados e amigos que dedicaram anos, em alguns casos, décadas trabalhando e rezando para que a mudança chegasse".

"Esta decisão é uma vitória para os Estados Unidos", enfatizou.

"Hoje é um grande passo em nossa marcha em direção à igualdade. Os casais gays e lésbicas agora têm o direito de se casar, como qualquer outro", escreveu Obama em sua conta no Twitter logo após tomar conhecimento da decisão.

A Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou nesta sexta-feira o casamento homossexual em todos os estados do país, uma das decisões mais esperadas nas últimas décadas e que foi celebrada por ativistas no lado de fora do tribunal.

Em uma decisão histórica, a corte de máxima instância dos Estados Unidos, decidiu que a Constituição querer que os estados celebrem e reconheçam o casamento entre duas pessoas de mesmo sexo.

A Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todos os 50 Estados do país. A decisão foi aprovada por cinco votos a quatro e derruba proibições em Estados que não permitiam o casamento homossexual, como Kentucky, Michigan, Ohio e Tennessee.

Antes da decisão, o casamento homossexual era legal em 36 estados e no distrito de Columbia. Em 2003, Massachusetts tornou-se o primeiro Estado norte-americano a validar a união entre pessoas do mesmo sexo. A decisão não terá efeito imediato, pois o tribunal dá um prazo de três semanas para pedidos de reconsideração.

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Em sua página no Twitter, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que "hoje é um grande passo na nossa marcha em direção à igualdade". "Casais de gays e lésbicas têm agora o direito de se casar, como qualquer outra pessoa", continuou. O presidente concluiu o tweet com a hastag "#lovewins" ("o amor vence", em tradução livre). Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A Igreja não emitiu "anátema" após a vitória esmagadora dos partidários do matrimônio gay na Irlanda, mas reconhece que constitui um "desafio" e uma "derrota", segundo o jornal do Vaticano, l'Osservatore Romano, no dia seguinte ao referendo.

"Não há anátema, mas um desafio a ser enfrentado por parte de toda a Igreja", diz o l'Osservatore, enquanto o Vaticano e o papa não reagiram oficialmente à consulta.

"Grande parte dos comentários do mundo eclesiástico analisam com lucidez o resultado, reconhecendo a realidade dos fatos, e inclusive a distância, em certos âmbitos, entre a sociedade e a Igreja", acrescenta. "A margem entre o sim e o não é muito ampla para não aceitar a derrota: esta é resultado da grande participação, em particular dos jovens", indica o jornal do Vaticano.

Vinte e dois anos após a descriminalização da homossexualidade na Irlanda, o matrimônio gay conseguiu alcançar 62% dos votos. O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, reagiu afirmando que a Igreja deve "abrir os olhos" e "encontrar uma nova linguagem".

Além disso, disse ter ficado satisfeito com s felicidade "que os gays e lésbicas devem sentir nesse dia", reconhecendo que a Igreja "nem sempre foi respeitosa" com suas aspirações.

Citado pelo l'Osservatore Romano, o cardeal domínico Georges Cottier, ex-teólogo da Casa pontifícia, julgou que não se pode compreender uma vitória do sim "sem levar consideração o escândalo de pedofilia que sacudiu a igreja irlandesa". "É a resposta das pessoas ao que ocorreu nos últimos anos", estimou.

Utilizando uma linguagem tolerante, o papa Francisco pediu aos católicos que "não julguem" os homossexuais "que buscam sinceramente" a Deus, e também se referiu ao catecismo da Igreja católica, que continua descrevendo o ato homossexual como "desordenado".

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O dia 23 de maio de 2015 entra para a história de oito casais que conseguiram oficializar a união. O primeiro casamento coletivo homoafetivo de Pernambuco foi realizado na tarde deste sábado, num dos principais pontos turísticos do Recife: O Forte das Cinco Pontas.

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O ato simbólico é uma conquista da comunidade LGBT, que luta por espaço e pelo fim do preconceito. “Além do reconhecimento civil, que é fundamental para a população LGBT, a gente tira essas relações da clandestinidade e dar a ela o reconhecimento estatal. Esse casamento é um ato simbólico, a consumação de um amor, a realização do sonho de uma vida a dois”, ressaltou Wellington Pastor, da Gerência de Livre Orientação Sexual (GLOS).

Cerca de 200 pessoas acompanharam a cerimônia, dentre elas dona Magdala Passos, mãe de Elton e sogra de Clayson. Em poucas palavras e sem conter a emoção, ela falou sobre o sentimento que a cerca neste dia. “Estou muito feliz com o casamento do meu filho. As pessoas finalmente estão abrindo os olhos e começando a enxergar que um casal homossexual é igual ao hetero, pois o que está em jogo é o amor e o respeito que um sente pelo outro”.

Juntos a mais de quatro anos Clayson Lenon e Elton Passos finalmente vão poder construir uma família. O jovem casal carrega o sonho de adotar pelo menos três crianças e já faz planos para o futuro. “Quando estivermos com uma situação financeira estável, queremos ter três filhos e futuramente netos correndo pela casa. Que eles encontrem uma realidade diferente da nossa, onde impere a igualdade sem preconceitos”, afirmou Clayson, agradecendo a acolhida da família do companheiro. “Eles são tudo para mim. Estou muito feliz com a família que eu ganhei. Espero que um dia possamos viver em união, que os meus familiares entendam que o amor entre dois homens é igual ao de um homem e uma mulher, porque é tudo amor”.  

A luta dos casais homossexuais alcançou uma vitória em 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça do STF aprovou a resolução nº 175, a qual determina que todos os cartórios realizem o casamento civil homoafetivo, bem como a conversão da união estável em casamento civil, aos casais que desejarem. “A gente lutou por muito tempo para poder casar e ter os mesmos direitos dos casais heterossexuais. E agora, estar casando numa festa promovida pela própria Prefeitura do Recife é uma emoção sem tamanho”, declara Elton Passos. 

Mas o preconceito ainda cerca alguns desses casais que oficializaram a união durante a cerimônia coletiva. Três dos quatro casais de lésbicas que celebraram o casamento neste sábado, pediram para não serem fotografadas, com receio da reação das pessoas no ambiente de trabalho. Vencendo as barreiras, Sandra Suely e Drielly Lima, não tiveram medo de expor o amor. A união de sete anos, agora pode se equiparar aos relacionamentos ‘tradicionais’ perante a lei. 

“Agora finalmente teremos os mesmos direitos que os demais casais. E a partir de hoje o preconceito terá que ser quebrado, pois agora estamos amparadas pela lei. É uma felicidade sem tamanho e o nosso próximo passo é adotar uma criança e construir uma família com os mesmo direitos que qualquer pessoa pode ter”, concluiu Sandra. 

De acordo com Wellington Pastor, o casamento coletivo homoafetivo deve entrar para o calendário de atividades da capital pernambucana, sendo realizado anualmente. “A ideia é estimular os casais a saírem da clandestinidade e conquistar a proteção do estado, garantindo direitos fundamentais. Já estamos recebendo demanda de várias pessoas querendo oficializar a união. “A próxima edição irá acontecer no ano que vem”.

 

 

 

A vitória do "Sim" ao casamento entre pessoas do mesmo sexo é considerada praticamente certa na Irlanda, que ainda aguarda o resultado oficial do referendo realizado nesta sexta-feira (22). "Evidentemente, aconteceu uma impressionante vitória do 'Sim'", disse David Quinn, diretor do Instituto Iona, uma organização de lobby católico, e um dos líderes da campanha do "Não".

Poucos minutos antes, dois secretários de Estado anunciaram a vitória do "Sim". "As principais urnas foram abertas. É o "Sim". E inclusive com uma vitória esmagadora em Dublin. Hoje estou muito orgulhoso de ser irlandês", escreveu no Twitter Aodhan O Riordain, secretário de Estado para a Igualdade.

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O secretário de Estado para a Proteção Social, Kevin Humphreys, prevê um "tsunami a favor do 'Sim'". O resultado oficial deve ser divulgado nas próximas horas.

As últimas pesquisas apontavam a vitória do "Sim", mas a vantagem para o "Não" registrou uma queda na semana passada. Na sexta-feira, mais de 3,2 milhões de irlandeses estavam registrados para votar a favor ou contra uma emenda constitucional que contempla que "o matrimônio pode ser contratado de acordo com a lei por duas pessoas, sem distinção de sexo".

Segundo a imprensa local, o índice de participação superou 60%, em particular nas grandes cidades, um resultado acima do registrado nas eleições mais recentes no país.

O referendo, organizado 22 anos depois da homossexualidade deixar de ser considerada crime na Irlanda, provocou debates intensos nas últimas semanas, em um país no qual a Igreja Católica, contrária ao casamento gay, mantém uma influência considerável.

O jornal Independent afirma em um editorial neste sábado que "durante a campanha melhorou a percepção dos homossexuais no país".

"Muitos homossexuais se destacaram com coragem, para explicar como saíram da sombra para reconciliar-se com sua identidade".

Os irlandeses aprovaram uma proposta que permite a união de pessoas do mesmo sexo, podendo fazer da Irlanda o primeiro país a legalizar por voto popular o casamento gay. A contagem dos votos do plebiscito foi iniciada neste sábado e legisladores que apoiam à proposta aclamaram vitória. Se o "sim" vencer, uma emenda à constituição da Irlanda terá de ser feita.

"Somos o primeiro país no mundo a garantir a igualdade no casamento em nossa constituição e fazendo isso com um mandato popular. Isso nos torna uma referência, uma luz para o resto do mundo de liberdade e igualdade. É um dia de muito orgulho para os irlandeses", disse Leo Varadkar, ministro da Saúde, que se revelou homossexual no início da campanha liderada pelo governo para alterar a constituição da Irlanda, de princípios conservadores católicos.

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"Haverá uma substancial maioria de votos pelo sim. Não ficarei ao todo surpreso, para ser honesto", disse o senador Ronan Mullen, um dos poucos políticos que apoiaram a campanha do "não".

Varadkar, que pessoalmente acompanhou a tabulação dos votos em Dublin, disse que aparentemente 70% da população da capital votara a favor do casamento gay, enquanto na maior parte dos distritos fora da capital indicaram a vitória do "sim". Segundo ele, nenhum distrito ainda revelou maioria do "não". O resultado oficial deve ser anunciado mais tarde.

Os opositores ao casamento de pessoas do mesmo sexo disseram que a campanha pelo sim foi muito atraente e criativa e aproveitou-se do poder das mídias sociais para mobilizar jovens que votaram pela primeira vez. Eles dizem que uma vitória do "não" é de fato pouco provável, já que todos os partidos políticos e a maior parte dos políticos apoiaram a legalização da união homossexual, cinco anos após o Parlamento aprovar o relacionamento ao estilo de casamento civil de casais gay.

Cerca de 3.000 japoneses desfilaram neste domingo em Tóquio na parada do orgulho gay anual e exigiram a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, proibida no país.

A colorida multidão atravessou Shibuya, bairro central de Tóquio, com bandeiras com as cores do arco-íris em uma atmosfera de carnaval.

Há uma semana, um casal de lésbicas fizeram seus votos simbolicamente na presença de 80 familiares e amigos em Shibuya, uma iniciativa que não é legalmente reconhecida no Japão, um país que, no entanto, é muito tolerante em questões de homossexualidade.

Casamentos entre pessoas do mesmo sexo são proibidos pela Constituição.

"Queremos apenas viver com um ser amado. Mas a lei nos proíbe. Estamos frustrados e não sabemos o que fazer", reclamou neste domingo Fumino Sugiyama, um transexual de 33 anos.

No mês passado, as autoridades deste distrito de Tóquio votaram uma resolução que autoriza a entrega de uma certidão de casamento para casais homossexuais.

Outras autoridades administrativas, como o distrito vizinho de Setagaya ou Yokohama, nos arredores de Tóquio, também expressaram o desejo de reconhecer casais gays.

A Constituição do Japão afirma que o casamento só é legítimo se for de consentimento mútuo entre pessoas de sexos opostos.

A novela Babilônia, exibida pela Rede Globo na faixa das 21h, vai mostrar o primeiro casamento gay das telenovelas. As personagens Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg), que na trama vivem um relacionamento de 30 anos, vão oficializar a união. As cenas devem ir ao ar nesta sexta (24). 

Babilônia vira polêmica na política e redes sociais

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O casal protgonizou um beijo logo no primeiro capítulo do folhetim e vem chamando a atenção do público. As duas sempre aparecem trocando carinhos e têm feito uma forte campanha pelo fim do preconceito e discriminação contra os homossexuais. As reações têm sido as mais diversas desde o apoio de uma parte do público até propostas de boicote à atração global vinda de alguns segmentos da sociedade.

A cerimônia de casamento será em um evento simples, apenas para familiares e amigos próximos. Uma juíza realizará a união civil de Estela e Teresa. Uma outra surpresa promete movimentar a celebração, pois o filho de Teresa aparecerá na festa surpreendendo a mãe e demais convidados. 

Milhares de peruanos saíram às ruas neste sábado (21) em Lima para protestar contra a prática do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O Congresso peruano discute a possibilidade de legalizar a união civil gay.

A "Marcha pela Vida" foi promovida pelo arcebispo católico de Lima e cardeal Juan Luis Cipriani, um sacerdote conservador da Opus Dei. Colégios católicos e organizações religiosas participaram da manifestação, levando cartazes "em defesa de as crianças nascerem".

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No Peru, o aborto é legal em casos de má-formação grave do feto ou quando a gravidez representa risco de morte para a mãe. A Igreja rejeita a possibilidade de a gestação ser interrompida em caso de estupro, tema que debatido pelo parlamento no ano passado.

“A um problema de um estupro não podemos acrescentar o assassinato. O mundo que hoje se atreve a tantas coisas tem que ser humilde”, disse Cipriani.

O cardeal, que já disse que o aplicativo WhatsApp é responsável pelas traições conjugais, garantiu que essa manifestação também defende a família, "porque toda vida humana surge de um matrimônio entre um homem e uma mulher".

A Comissão de Justiça do Congresso peruano rejeitou recentemente um projeto para declarar legal a união civil homossexual, apresentado em 2014 pelo legislador Carlos Bruce, de 58 anos, que foi, no ano passado, o primeiro político peruano a assumir sua homossexualidade.

Dos 30 milhões de habitantes do país, cerca de 26 milhões são católicos, segundo dados do Vaticano.

O Congresso chileno aprovou nesta quarta-feira (28) a primeira lei de uniões civis ou de fato, que regula a convivência e cria um novo estado civil acessível a casais heterossexuais e homossexuais, uma demanda histórica da comunidade gay.

Após quatro anos de tramitação, a lei cria o "Acordo de União Civil" (AUC), que torna possível aos casais que convivem sem estar casados compartilhar bens em nível jurídico, receber heranças e pensões, entre outros direitos.

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Dezenas de pessoas do mesmo sexo se casaram nesta terça-feira (6) a partir do momento em que terminou a proibição do casamento gay na Flórida, o 36º estado americano a permitir os matrimônios homossexuais. "Estou muito feliz porque agora é legal", afirmou William Lee Jones ao jornal Miami Herald, depois de se casar com seu companheiro de mais de dez anos, Aaron Huntsman.

Os dois fazem parte do grupo de pessoas que processou o estado da Flórida reclamando seu direito ao casamento. O juiz de distrito Robert Hinkle decidiu na semana passada que as autoridades oficiais não deviam fazer cumprir uma proibição estatal que fora aprovada pelos eleitores em 2008.

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Em uma decisão anterior, em agosto, Hinkle disse que proibir o casamento gya era inconstitucional e comparou esta medida com a proibição dos casamentos interraciais há 50 anos. "É uma questão de tempo. Não achava que isso fosse acontecer comigo ainda viva", comentou Irma Oliver ao jornal Palm Beach Post depois de casar com sua noiva, Julia Borghese.

A Flórida é o terceiro estado mais povoado dos Estados Unidos depois da Califórnia e do Texas, com uma população de cerca de 20 milhões de habitantes. Em 2013, a Suprema Corte de Justiça reconheceu a igualdade matrimonial quando revogou uma lei federal que definia o casamento em termos estritamente heterossexuais.

Isto pavimentou o caminho para que os casais gays tivessem os mesmos direitos e privilégios que seus pares heteros ante a lei. A decisão judicial deixou para cada um dos 50 estados a decisão de legalizar ou não o casamento de pessoas de mesmos sexo.

Um tribunal do Cairo condenou neste sábado a três anos de prisão oito jovens acusados de aparecer em um vídeo de um "casamento gay", que se tornou viral na internet. Os oito egípcios eram processados por "incitação à libertinagem e ofensa à moral pública".

O vídeo mostra um casal homossexual comemorando o casamento em um barco no rio Nilo ao lado de amigos. As imagens mostram o momento da troca de alianças, quando os presentes cantam em homenagem ao casal.

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