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Um comunicado fixado no portão do cemitério e postado em redes sociais pede aos moradores de Eldorado, cidade paulista no Vale do Ribeira, que "deixem para morrer de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas".

O que parecia uma brincadeira era um protesto real dos funcionários da zeladoria do cemitério municipal, o único da cidade de 15,2 mil habitantes, contra o corte no pagamento de horas extras pela nova administração municipal. "Não vamos mais fazer sepultamentos em feriados e fins de semana", dizia o post, assinado pelo coveiro Willian Almeida Bonilho, de 36 anos.

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Willian e seu pai são os únicos funcionários do cemitério municipal e, além de cuidar da manutenção do local, exercem também a função de abrir as covas e realizar os sepultamentos. Na sexta-feira, 3, eles foram surpreendidos ao receberem o pagamento com o corte nas horas extras relativas a plantões de sábado e Domingo.

Inconformado, Willian fez a postagem em sua rede social e pôs uma cópia no portão do cemitério, com o aviso de que não trabalhariam mais nos fins de semana. "Como ninguém sabe quando vai morrer, eu e meu colega teríamos que ficar presos, sem viajar, nos fins de semana, a pedido da nova administração. O que nos resta é pedir a todos que deixem para morrer de segunda a sexta-feira." No último fim de semana, eles não trabalharam - mas não morreu ninguém no município.

A postagem foi compartilhada por moradores e chegou à prefeitura que, nesta segunda-feira, 6, chamou o funcionário às falas. "Ele e o pai são funcionários concursados e cuidam bem do cemitério, mas o Willian foi açodado, não precisava ter feito isso", disse o chefe de gabinete Geraldo Benedito de Moraes.

O que houve, explicou, foi um corte em horas extras que eram "presenteadas" a muitos servidores e inflavam a folha de pagamento. "Havia um abuso que, inclusive, está sendo objeto de apuração pelo Ministério Público, mas o corte feito pela atual gestão não atinge as horas efetivamente prestadas em serviços essenciais."

Revezamento

De acordo com Moraes, os dois servidores do cemitério vão se revezar para cobrir os fins de semana e, quando excederem a jornada 40 horas semanais, as extras devidas serão pagas.

Segundo ele, a cidade é pequena e não tem mortes todo dia. "Às vezes passam 15 dias sem morte e, desde que ele fez a postagem, não morreu ninguém."

Willian confirmou o entendimento com a prefeitura e, além de retirar o aviso no cemitério, substituiu o post na rede social.

Em nova mensagem, ele diz que a questão das horas extras está resolvida e os plantões dos fins de semana no cemitério vão continuar. "Ao contrário do que eu disse na minha postagem anterior, se você quiser morrer em sábados, domingos e feriados, saiba que estamos lá esperando a todos", escreveu.

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Diversas fotos publicadas pelos meios de comunicação iranianos mostrando meia centena de pessoas, entre pobres e viciados em drogas, dormindo em túmulos no cemitério de Shahriyar, a oeste de Teerã, provocaram uma grande comoção no Irã.

O famoso cineasta Asghar Farhadi escreveu ao presidente Hassan Rohani para expressar a ele sua vergonha devido a estas fotos dos túmulos muito disseminadas nas redes sociais, sobre as quais atletas e outros artistas também manifestaram sua irritação.

"Vi a reportagem sobre a vida de homens, mulheres e crianças nos túmulos de um cemitério nos arredores de Teerã e todo o meu ser foi tomado por choro e vergonha", escreveu Farhadi em uma carta divulgada na terça-feira através das redes sociais.

"Quero compartilhar esta vergonha com todos aqueles que tiveram responsabilidades" nestas últimas décadas no país, acrescentou.

O jornal Shahrvand publicou na terça-feira uma reportagem ilustrada sobre estas pessoas que dormem em túmulos vazios, cavados com antecedência.

"Somos seres humanos? Somos estrangeiros? Por acaso não somos iranianos?", dizia um sem-teto questionado pela publicação.

Nesta quarta-feira, durante um discurso televisionado, o presidente Rohani reagiu ante a carta de Farhadi afirmando que ninguém pode "aceitar que em um grande país como o Irã as pessoas se refugiem dentro de túmulos".

"Havia ouvido falar de gente que dorme debaixo de pontes, ou (em estações de) metrô em países estrangeiros, mas quase não havia ouvido falar de gente que dormia em túmulos", disse o presidente iraniano.

O governador local foi encarregado de solucionar este problema.

Segundo Shahrvand, meia centena de homens e mulheres que ocupavam os túmulos, alguns há anos, foram evacuados "manu militari" do cemitério a partir da tarde de segunda-feira.

O procurador de Shahriyar, cidade localizada a 30 quilômetros de Teerã, indicou que os viciados em drogas serão enviados a centros de reabilitação.

A pobreza aumentou muito nos últimos anos no Irã, onde a taxa oficial de desemprego passou de 10,6% da população economicamente ativa em 2014 a 12,7% neste ano, enquanto entre os jovens (15 a 29 anos) alcança 27%.

Um feto foi encontrado dentro de uma bolsa plástica no Cemitério de Bezerros, município da Mata Sul de Pernambuco, na segunda-feira (24). Segundo a Polícia Militar (PM), o feto aparentava ter cerca de seis meses.

O corpo, que ainda estava enrolado na placenta, foi encontrado pela coveira do local. De acordo com a PM, o local foi isolado.

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O Instituto de Criminalística (IC) foi acionado para fazer a perícia. A Polícia Civil investigará o caso. 

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Jazigos violados, troca de caixões, ausência de urnas para armazenamento de cinzas, ossadas expostas. A lista de denúncias contra o Serviço Funerário Municipal inclui até funcionário fantasma nomeado pela chefia.

Tombado pelos órgãos do patrimônio histórico, o Cemitério da Consolação é o principal exemplo do descaso. Sem guaritas, câmeras ou vigias, a primeira necrópole da capital virou alvo fácil de ladrões.

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Na quinta-feira (21) passada, a reportagem contou mais de 50 túmulos saqueados. O vandalismo pode ser visto logo na entrada principal, projetada por Ramos de Azevedo. Há uma sequência de túmulos sem porta (ou emparedados por tijolos improvisados), sem placas de identificação e até sem adornos, como anjos de mármore, bronze ou cobre. Parte dessas imagens pesa mais de cem quilos e desaparece do dia para a noite.

Nas três horas em que a reportagem esteve no local, nenhum vigia ou guarda-civil foi visto. Nem mesmo os chamados agentes de segurança faziam ronda. Marcelo Ferreira da Silva, nomeado pela superintendente do Serviço Funerário Municipal, Lúcia Salles França Pinto, é oficialmente um deles. Contratado em outubro de 2015, ele poderia trabalhar na Consolação ou em outro cemitério municipal, mas passou 16 dias de julho na Europa, com a namorada e irmã de Lúcia, a chef de cozinha Daniela França Pinto.

Fotógrafo, Silva não é conhecido entre os funcionários da autarquia. No local onde deveria trabalhar, uma servidora afirmou à reportagem que nunca havia ouvido falar dele. Seu salário base é de R$ 1,4 mil, segundo o portal da Prefeitura.

Para quem teve o jazigo da família depredado, a falta de segurança é problema de gestão. "Como ninguém vê três estátuas de mármore sendo roubadas de um túmulo? Eram obras de arte: um anjo, uma imagem de Nossa Senhora e outra de São José. Além disso, roubaram a placa em bronze com o nome da minha mãe", diz o advogado José Roberto Bernardez.

A mulher em bronze que "descansava" sobre o túmulo da família de Regina Acras também foi levada do cemitério, em 28 de abril. "Foram cinco furtos. Começou com a porta em bronze, depois as placas e, agora, a estátua. O cemitério era lindo, cheio de obras de arte, e está feio, tamanho o descaso. É de chorar", diz a fonoaudióloga.

Em razão da onda de saques, parte dos túmulos está sem proteção. É possível ver ossadas expostas e estátuas depredadas, como anjos sem cabeça ou crucifixos partidos ao meio.

Caixão

Também vítima da baixa qualidade do serviço, Wanglil Ribeiro dos Santos, morto aos 27 anos, foi enterrado no Cemitério Municipal São Luis em um caixote improvisado, em 1º de julho. O rapaz pesava 250 quilos e não teve uma urna adequada, segundo a família. "Colocaram ele num caixão quadrado. O funcionário até tentou achar um modelo maior, mas disse que não tinha", conta o irmão, Wagner Ribeiro, de 34 anos.

Funcionários do Serviço Funerário contam que as agências têm caixões para obesos, mas que o custo é alto, e a família de Santos alegou não ter como pagar o enterro. A gestão Fernando Haddad (PT) disse que forneceu "embalagem de padrão internacional e específica para casos acima de 200 quilos".

Outro munícipe, que não quis ser identificado, conta que comprou um caixão de luxo para a filha e recebeu outro, de qualidade inferior, em 29 de maio. A Prefeitura reconheceu o erro e disse que ressarcirá a família.

Em nota, o Serviço Funerário informou que neste ano "fez mais de 74 mil enterros, quase em sua totalidade bem-sucedidos". Mas, em junho, o Estado mostrou que o órgão entregou cinzas de restos mortais cremados na Vila Alpina em sacos plásticos por falha no estoque.

Promotoria

A promotora Lilian Fruet visitou o Cemitério da Consolação na sexta-feira para verificar as denúncias de falta de segurança. Inquérito reaberto neste ano apura as responsabilidades dos furtos, assim como a omissão das autoridades públicas na defesa do patrimônio histórico.

O vereador Nelo Rodolfo (PMDB) pediu a intervenção do Ministério Público e investigação sobre "má gestão e possíveis atos de improbidade administrativa" dos responsáveis pelos cemitérios. Ele estuda pedir abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vândalos voltaram a saquear objetos de bronze em túmulos do Cemitério da Saudade, o mais tradicional de Sorocaba, nesta quinta-feira, 23. Mais de 70 placas com denominações das famílias e epitáfios, além de objetos ornamentais de metal, foram arrancadas e levadas pelos criminosos. Os furtos foram denunciados por profissionais contratados pelas famílias dos mortos para fazer a manutenção dos mausoléus.

A ação é a segunda neste mês e pode ter acontecido durante o dia. Na semana passada, além de placas de bronze, os criminosos levaram uma imagem representando Santo Antônio. No mês de maio, houve dois "arrastões" em que mais de cem sepulturas tiveram peças, ornamentos e placas furtados. Entre os túmulos atacados, estão os de personalidades de destaque na história da cidade.

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A prefeitura informou ter fechado os acessos laterais para reduzir a entrada de vândalos. A Guarda Civil Municipal vai reforçar a vigilância no cemitério e, com apoio da Polícia Militar, tentará identificar os receptadores do material.

Ao menos três pessoas morreram e 26 ficaram feridas, neste sábado, em uma gigantesca briga de várias centenas de pessoas em um grande cemitério do sudoeste de Moscou, anunciaram as autoridades russas.

"Até agora temos 26 feridos e três mortos", declarou à agência Interfax um porta-voz dos serviços de saúde da cidade de Moscou. Quatro dos feridos estão em estado grave, acrescentou. Um total de 50 pessoas foram detidas, segundo a polícia.

Segundo os meios russos, os confrontos no interior do cemitério de Khovanskoye, nos arredores de Moscou, envolveram ao menos 200 imigrantes das antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central e habitantes do Cáucaso russo.

Imagens da televisão russa LifeNews mostram dezenas de homens, muitos deles armados com paus e barras de ferro perseguindo-se na entrada e no interior do cemitério de Khovanskoye, o maior da Europa, com uma superfície de 197,2 hectares, enquanto foram ouvidos disparos.

O ministro russo do Interior confirmou que foram utilizadas armas de fogo nos confrontos, que segundo esta fonte ocorreram por divergências sobre o direito de trabalhar no recinto do cemitério.

Fãs, parentes e amigos emocionados marcaram o momento do sepultamento do músico percussionista Naná Vasconcelos, realizado nesta quinta (10), no cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife. Entre os presentes para dar o último adeus ao músico, estavam vários artistas que prestaram homenagens ao mestre, reconhecido internacionalmente, que até este ano comandou as nações de maracatu na abertura do Carnaval recifense. 

Acompanhe os detalhes no vídeo abaixo:

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*Com informações de Paula Brasileiro

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Chegou a hora de dizer adeus a um dos mais importantes músicos brasileiros. Com muita música e emoção, o corpo de Naná vasconcelos foi enterrado na manhã desta quinta-feira (10) no Recife.

Naná morreu na quarta (9), aos 71 anos, em decorrência de complicações relacionadas a um câncer no pulmão. Seu corpo chegou ao Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, sendo acompanhado por uma multidão que fez questão de comparecer para prestar sua última homenagem. Músicos, artistas, populares e gestores públicos estiveram presentes durante o velório e enterro do percussionista, que nos últimos 15 anos foi o responsável por abrir oficialmente o Carnaval do Recife.

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As nações de maracatu Almirante do Forte, Leão da Campina, Raízes de Pai Adão, Encanto da Alegria, Estrela Brilhante do Recife, Porto Rico, Tupinambá, Aurora Africana, Estrela Dalva, Sol Nascente, Cambinda Africano, Cambinda Estrela e Encanto do Pina se uniram para tocar seus tambores em reverência àquele que os regeu por tantos anos na abertura do carnaval do Recife.

"A partida dele nos deixa a sensação de saudade. A gente comenta a grandeza, a imensidão do talento dele, mas precisamos saber que ele deixou toda a fortuna dele - não de moedas, ou contas em banco, mas do talento, da obra dele. Então continuamos com essa missão: perpetuar a obra de Naná", disse a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, ao LeiaJá.

Confira o momento do sepultamento do corpo de Naná Vasconcelos:

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Confira também a cobertura completa em vídeo: 

O corpo do percussionista Naná Vasconcelos, morto na manhã desta quarta (9) em decorrência de complicaçoes relacionadas a um câncer no pulmão, será elado na Assembleia Legislativa de Pernambuco - Alepe. O velório está marcado para começar às 14h; o enterro é previsto para esta quinta (10), às 10h, no cemitério de Santo Amaro, no Recife.

Respeitado mundialmente e apontado por muitos como o melhor percussionista do planeta, Juvenal de Holanda Vasconcelos tocou, excursionou e gravou com alguns dos mais importantes nomes da música brasileira e internacional. Venceu 8 prêmios grammy e recebeu diversas homenagens e honrarias em vida.

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Um menor de 16 anos foi detido na última sexta-feira (22) por armanezenar seis quilos de maconha em um túmulo do Cemitério de Gravatá, localizado no Agreste de Pernambuco. O adolescente foi pego em flagrante quando oficiais da 5º Companhia Independente da Polícia Militar – 5º CIPM circulavam pelo local sob suspeita de tráfico de drogas na região.

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De acordo com informações divulgadas pela polícia, o menor já era suspeito de praticar o tráfico diurnamente no cemitério. Com o adolescente, foram encontrados um aparelho celular, uma quantia de em dinheiro, uma balança de precisão e 6,4 quilos da droga, escondida dentro de um túmulo. Em depoimento, o menor confessou que era o dono da droga e foi conduzido até à Delegacia de Polícia Civil de Plantão do município de Gravatá.

Durante a manhã desta segunda-feira, 2, feriado do Dia de Finados, foi intenso o movimento no Cemitério do Morumbi, na zonal sul de São Paulo. Como de costume, os túmulos de Ayrton Senna e Elis Regina eram um dos que tinham mais flores. A lápide do psiquiatra Içami Tiba, que morreu em agosto deste ano, também recebeu muitas homenagens.

Filho de imigrantes japoneses, o túmulo de Tiba foi decorado com flores e muitos incensos. "Faz parte da cultura japonesa, da religião budista, trazer incenso para os mortos. Nossa cultura é de muita valorização e gratificação aos antepassados", disse Patricia Ajimura, de 43 anos, que foi com o marido e os filhos ao cemitério.

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O médio Paulo Kim, de 28 anos, foi com os pais ao cemitério para visitar o túmulo dos avôs. "Meus pais me passaram essa tradição de vir todo ano no feriado de finados, nos trazemos flores, incensos e as comidas que eles mais gostavam. Esse ano trouxemos chocolates, um refrigerante e uma garrafa de pinga", disse.

Senna

O túmulo de Ayrton Senna, assim como em outros anos, foi decorado com uma bandeira do Corinthians. "Ele foi um herói para todos nós. Acho importante que ele não seja esquecido, eu faço a minha parte", contou a dona de casa Maria Luzia de Albuquerque, de 58 anos, que deixou um vasinho de flores no túmulo do piloto.

De acordo com funcionários do cemitério e floristas da região, o movimento no cemitério foi mais intenso das 9h às 11h da manhã. "O movimento está o mesmo dos anos anteriores, não houve grande mudança. Mas já não é como antigamente, quando todas as famílias vinham fazer homenagem aos seus parentes. Os costumes estão mudando", disse o vendedor de flores José Silveira, 62 anos.

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A fascinação pelos mistérios da morte sempre esteve presente na vida de Luzinete dos Anjos. Quando criança, enfeitava suas bonecas com flores e fazia sepultamentos de brincadeira. Também não deixava de acompanhar todos os velórios que aconteciam na cidade onde morava, Goiana, no Litoral de Pernambuco. Ela seguia os cortejos, entrava cemitério a dentro e só saía de lá no último pingo de lágrima dos parentes e amigos do morto. Esse gosto, considerado por alguns um tanto estranho, intrigou a mãe de Luzinete. “Menina, tu gosta tanto de enterro que qualquer dia um defunto vai te puxar pra cova”, dizia a mãe.

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A mãe de Luzinete estava certa. A garota, na época com seis anos, não chegou a ser puxada por um cadáver, mas de fato caiu numa cova. “De tanto eu acompanhar os enterros da cidade onde morava, certo dia acabei pisando numa cova com terra mole e caí dentro do buraco. A sorte foi que meus amiguinhos me puxaram! Daí por diante fiquei com um trauma terrível e não quis mais saber de enterros”, relata Luzinete. Mas o destino dela estava traçado. O trauma sumiu e, já adulta, Luzinete mais uma vez passou a conviver com a rotina dos velórios. Começou a trabalhar com serviços gerais no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, e, vez ou outra, era convidada por familiares para fazer pequenas maquiagens nos corpos que estavam sendo velados. Até que veio um chamado oficial: Luzinete foi convidada para trabalhar no setor de tanatopraxia da empresa. Ela aceitou o convite, passou por diversas capacitações, dentro e fora de Pernambuco, e já completou dez anos como tanatopraxista. Hoje, inclusive, é coordenadora do setor.

“A tanatopraxia é a preparação do corpo para o velório através de produtos químicos e técnicas aprendidas em cursos de capacitação. O processo dura, em média, cerca de duas horas, e consiste na troca de líquidos por fluxos sanguíneos do corpo. A ideia é impedir a decomposição do corpo antes da realização do velório e do sepultamento. Também usamos algumas técnicas de maquiagem e reconstrução facial para dar uma naturalidade ao corpo”, explica Luzinete (foto abaixo). De acordo com a tanatopraxista, antes da maquiagem o cadáver passa por um banho, realizado com os mesmos produtos de limpeza utilizados em vida, como shampoo e condicionador.

Para Luzinete, o trabalho de preparação do corpo pode não acabar com a dor da perda dos familiares, mas tenta manter viva a imagem da pessoa em vida. “É muito bom ouvir dos familiares que a pessoa, depois de preparada, está com uma imagem bem parecida de quando ela estava viva. Certo dia preparei uma senhora que era muito festiva, pois era dona de uma boate. Antes de morrer, ela deixou tudo preparado para seu velório. Depois que ela morreu e o corpo chegou para ser preparado, vi que ela estava com um vestido belíssimo, cheio de brilho, do jeito que ela usava quando estava viva. Resolvi então fazer uma maquiagem mais forte, mas fiquei com um pouco de medo da família estranhar. Quando chamei o marido dela, ele aprovou de imediato e ficou muito alegre com a maquiagem. Outras pessoas da família também elogiaram, assim como os amigos. Alguns disseram que ela estava muito parecida quando ia para as festas. São fatos assim que me deixam muito feliz com meu trabalho”, conta Luzinete. Em média, o setor de tanatopraxia do Morada da Paz chega a preparar cerca de 200 corpos por mês.

O tanatopraxista cantor

Assim como Luzinete, Gustavo Machado sempre buscou perguntas sobre o que é a morte. Depois de perder a mãe, ele começou a estudar e questionar teorias que abordavam o universo do fim da vida. Toda essa curiosidade levou o rapaz a estudar a tanatopraxia e há 30 anos ele vive da preparação de corpos para sepultamentos. O curioso é que, durante o procedimento, ele canta bastante em meio aos corpos. Segundo ele, isso ajuda a tirar o estresse.

Desenvolto nas palavras e convicto de que é um dos melhores tanatopraxistas do Recife, Gustavo já trabalhou em inúmeras empresas localizadas nas imediações do Cemitério de Santo Amaro, no bairro de mesmo nome, área central da capital pernambucana. Segundo ele, independente de quanto trágica foi a morte de um indivíduo, não existe reconstituição difícil para tornar o cadáver visível. “Eu conheço técnicas que trazem uma ótima reconstituição para o cadáver. Não existe corpo difícil. O que existem são pessoas amadoras que enganam muita gente, dizendo que sabem fazer a tanatopraxia, mas na verdade não sabem de nada”, afirma Machado.

De acordo com o tanatopraxista, a preparação de um corpo é feita a partir de R$ 200, mas, dependendo da situação do cadáver e se o defunto será transportado para uma localidade distante, esse valor pode ficar muito mais caro. Gustavo Machado afirma que já preparou quase 35 mil corpos para enterros. No vídeo a seguir, veja mais depoimentos de Luzinete e Gustavo sobre o dia a dia da tanatopraxia.

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O coveiro

Um das mais tradicionais profissões que atuam com a morte é a função de coveiro. Responsáveis por cavar covas e jogar arreia sobre os corpos, eles são personagens marcantes nos sepultamentos. Muitos já não conseguem demonstrar tristeza pela dor dos familiares, graças aos muitos anos convivendo diariamente com as despedidas. Conhecido como Fiel, há 17 anos Genildo José dos Santos têm a missão de, 12 horas por dia, enterrar pessoas. Ele é um típico exemplo de coveiro que já não se emociona com os sepultamentos.

“De tanto ver e fazer enterro, a gente já sabe qual é o choro verdadeiro e qual é o choro falso. Nem todo mundo que vem para um sepultamento está triste de verdade, entendeu? Estou tão acostumado em fazer isso que já não sinto tristeza. Esse é um trabalho como outro qualquer e, como somos profissionais, já não é novidade enterrar o povo”, relata Genildo.

Mesmo sem se emocionar, como bom coveiro que é Genildo tem boas histórias de cemitério para contar. Boa parte delas é de autoria de amigos, mas ele não garante a veracidade. “Tem cara que diz que vê algumas coisas, mas não sei se é verdade. Não tenho como provar”, conta o coveiro, aos risos. Porém, ele alega que, após às 18h, existe um trecho do cemitério que causa arrepios. Mesmo assim, ele gosta do trabalho, não pensa em fazer outra coisa e já sabe como será seu enterro. “A morte é uma obrigação da vida. A gente vive e um dia teremos que morrer. Depois que vim trabalhar aqui passei a dar mais valor à vida. Nós precisamos viver intensamente porque, depois que a morte chega, a gente não faz mais nada”, diz o coveiro. 

 

Cemitérios são lugares que a maioria de nós prefere evitar. São também locais de onde se pode tirar muito conhecimento, desde vestígios urbanísticos até exemplos de diferentes movimentos arquitetônicos e artísticos que marcaram épocas. Por isso, o Google anunciou que o Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, em Botafogo, na Zona Sul, está disponível para navegação por meio do Google Street View.

Trata-se do primeiro cemitério da América Latina a chegar à ferramenta. Ele possui cerca de 60 mil tumbas, muitas delas de personalidades. Carmen MirandaTom JobimCazuzaVicente CelestinoLuis Carlos PrestesSantos DumontJanete ClairNelson RodriguesGlauber Rocha são algumas das pessoas notórias sepultadas no local.

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A captura das imagens foi feita ao longo do último mês com o auxílio do Google Trekker, uma espécie de mochila com 15 câmeras fotográficas que é utilizada para disponibilizar espaços não acessíveis por carros no Google Street View. Outras localidades brasileiras já disponibilizadas graças a engenhoca foram as cataratas de Foz do Iguaçu, o Cristo Redentor, bem como Fernando de Noronha, em Pernambuco.

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O corpo de Maria Alice Seabra, sequestrada e assassinada pelo padrasto, começou a ser velado na manhã desta sexta (26) em uma casa funerária nos arredores do cemitério de Santo Amaro. A movimentação na porta foi grande e os familiares e amigos continuaram a chegar durante horas. A cerimônia foi privada, dentro da casa funerária, que está de portas fechadas. O clima de revolta tomou conta no lado de fora, e em forma de comentários, os populares esperam por justiça para a morte de Maria Alice.

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Silvio Felix, tio da vítima, explicou que o clima na família é de tristeza, mas agora é esperar. Ele conta que morava longe da sobrinha e não sabia que a relação da família era complicada, mas ninguém esperava isso."Nós tínhamos esperanças que ela fosse encontrada viva, mas infelizmente teve esse final trágico. Ele já está preso. É esperar que ele tenha uma pena merecida", afirmou.

Isolado da aglomeração em frente ao velório, o senhor José Pedro da Silva, tio do assassino confesso, lamentou o fato e se disse surpreso. "Ninguém diria que ele seria capaz de uma coisa dessas. Ela um homem trabalhador. Vivia de casa pro trabalho. Mas aquelas lágrimas não me convenceram. Ele tem que pagar o que deve", disse.

"Eu a conheci pelas redes sociais, pois ela era torcedora do Santa Cruz, inclusive minha sobrinha fez amizade com ela por conta dessa paixão pelo clube. Era uma menina tímida", conta o senhor Roberto Freitas que veio acompanhar o enterro em solidariedade. Ele explicou que a torcida do Santa Cruz está planejando fazer uma homenagem a Maria Alice no próximo jogo. Hoje, às 14h, eles irão à Federação de Futebol solicitar autorização para o árbitro conceder um minuto de silêncio. Uma faixa e salva de palmas devem fazer parte também da homenagem.

A profissional de serviços gerais, Gleiciane Gonçalves, não conhecia a vítima, mas ficou comovida com o sofrimento da família. "Viemos prestar solidariedade à família. É muito triste. Tomei conhecimento do caso pelo Facebook, mas a gente se comove. Nós que temos filhos, que também têm padrasto. Ele é um monstro".

Cortejo e enterro - Um pequeno cortejo em total silêncio, do local do velório até o cemitério de Santo Amaro, encerrou a cerimônia fúnebre de Maria Alice Seabra. Ela foi sepultada ao lado de onde seu pai havia sido enterrado anos antes.

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O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Husein, criticou duramente as políticas migratórias "cínicas" adotadas nesta segunda-feira (20) pela União Europeia, acusando Bruxelas de transformar o Mediterrâneo em um "grande cemitério".

"A Europa dá as costas a alguns dos emigrantes mais vulneráveis do mundo e corre o risco de transformar o Mediterrâneo em um vasto cemitério", declarou Zeid em um comunicado divulgado depois dos últimos naufrágios registrados em frente à costa europeia e que poderiam somar mais de mil mortos.

O balanço oficial do último naufrágio, ocorrido no domingo, é de 24 mortos e 28 resgatados com vida, mas o número de vítimas fatais poderá ser consideravelmente maior. Segundo os sobreviventes, a bordo da embarcação estavam pelo menos 700 pessoas.

Para este encarregado das Nações Unidas, os europeus deveriam reconhecer que precisam de mão de obra pouco qualificada e admitir que os refugiados têm o direito de receber proteção. Zeid exortou os governos dos países da UE a adotarem "um enfoque mais corajoso e menos cínico", acusando-os de ceder aos movimentos populistas xenófobos em ascensão no bloco.

O funcionário criticou a falta de vias legais implantadas para os emigrantes e demandantes de asilo.

Na tarde de segunda-feira, a União Europeia convocou uma reunião de emergência dos ministros do Interior e das Relações Exteriores europeus, e revelou um plano de ação com 10 medidas para fazer frente às tragédias no Mediterrâneo. "Estou horrorizado, mas não surpreso com a tragédia", assegurou Zeid.

"Estes mortos e as centenas que os precederam nos últimos meses eram previsíveis", acrescentou, destacando que as mortes eram o resultado de um fracasso da governança e de uma "imensa falta de compaixão".

Também pediu à comunidade internacional que abra uma investigação independente sobre os naufrágios no Mediterrâneo e comprometeu-se a apoiá-la. O alto funcionário da ONU considerou que a operação europeia de vigilância marítima Triton não se adapta à situação atual, por estar "antes destinada a controlar as fronteiras marítimas que a salvar vidas".

O presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Elhadj As Sy, usou termos similares, ao lançar um apelo para "por um fim à indiferença que transforma o Mediterrâneo em um grande cemitério". As Sy deve ir na terça-feira para Catania, na Sicília, aonde foram levados os sobreviventes do naufrágio do domingo.

Mantendo a tradição, foliões do Cabo de Santo Agostinho se despediram do Carnaval no Bloco do Defunto. A agremiação, que existe desde 1999, saiu do Cemitério de São José e passou por algumas ruas do Centro da cidade na madrugada desta quinta-feira (19) contagiando o público com sua irreverência. A festa recebeu o apoio da Prefeitura Municipal.

A agremiação foi fundada por motivos políticos, com o objetivo de criticar os que pouco fizeram em benefício da cidade. A agremiação contou este ano com show pirotécnico, orquestra de frevo, carros de som e um trio elétrico com a banda Delícia Musical. Além disso, também houve um concurso de fantasias. “O Carnaval do Cabo, e principalmente o bloco do Defunto, é irreverente e causa uma grande expectativa no público. Ele representa para nós a alegria contagiante de cada folião”, ressaltou o presidente e fundador Nicéias Balbino.

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Antônio Francisco do Nascimento Neto, 22, caldeireiro-montador, espera ansioso pela quarta-feira de Cinzas para brincar no Defunto. “Todos os anos participo do bloco e é pura animação. As pessoas parecem que não querem que o Carnaval acabe”, comentou. “Amo muito o frevo, para mim o carnaval não acabou, se deixarem terá blocos até o domingo”, disse Jhoellen de Luna Melo, 20, estudante. O cantor João Salles, homenageado do Carnaval 2015 do Cabo, foi agraciado pelo Bloco do Defunto com um troféu, por participar todos os anos levando alegria aos brincantes da agremiação.

O secretário de Cultura e Lazer do município, Rinaldo da Costa, esteve presente no desfile do Bloco do Defunto e fez uma avaliação do período momesco deste ano. “O Carnaval de 2015 superou as expectativas. Tivemos um grande ganho começando pelo Baile Municipal, que recebeu muitos elogios do público, e com a passarela cultural da praia de Gaibu, que também foi aprovada por moradores e turistas. Nessa quarta-feira de cinzas, tanto o bloco do Bacalhau de Ponte como o do Defunto deram um show de animação”, comentou o secretário Executivo de Cultura e Lazer, Rinaldo da Costa.

*Da assessoria de imprensa

O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu anteontem uma liminar à Comunidade Religiosa João XXIII em que barra obras da Linha 17-Ouro do Metrô, no Cemitério do Morumby, na zona sul de São Paulo. A associação que administra o cemitério foi à Justiça contra desapropriação de jazigos e quer alterar o polêmico traçado do monotrilho que passa dentro do terreno.

"Examinados os argumentos e documentos acostados aos autos, identifica-se a possibilidade de ocorrência de lesão grave e de difícil reparação", afirmou o relator do processo, desembargador Moacir Peres. Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou que ainda não havia sido notificada da decisão e que deverá avaliar entrar com recurso.

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A associação quer também anular a desapropriação de uma área ocupada atualmente por 15 jazigos. O projeto do Metrô prevê, para a linha, 18 estações e o atendimento de 400 mil passageiros. "(A obra) infringe um monte de direitos, a dignidade das pessoas que estão enterradas, dos familiares, o direito ao silêncio", explicou o advogado da associação, Rui Fragoso.

A empresa estatal alega que a área a ser desapropriada é parte "não edificável" do terreno. O objetivo do Metrô, que em novembro iniciou o processo desapropriatório, é obter 7,2 mil metros quadrados do local, inaugurado em 1971. De acordo com o projeto, uma faixa de 30 metros de largura do cemitério é "área necessária" para as obras.

Celebridades. Haverá intervenções em três quadras de jazigos. Pelo projeto do Metrô, uma parte da Quadra 1 de sepulcros passará por desapropriação. No cemitério, estão enterradas personalidades como Elis Regina e Ayrton Senna. "Tem gente sepultada lá desde 1975", disse o gerente Francisco Cláudio Raváglia de Mattos.

A construção do primeiro trecho foi iniciada em 2012. O ramal vai ligar a região do Aeroporto de Congonhas e a Estação Morumbi, na Linha 9-Esmeralda da CPTM. O segundo trecho (até a Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela) e o terceiro (até a Estação Jabaquara, na Linha 1-Azul) ainda não saíram do papel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A comerciante Edivânia Florindo de Assis, de 32 anos, foi enterrada na tarde deste domingo (9), no Cemitério Público de Águas Compridas, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Ela morreu nesse sábado (8) antes de realizar a prova do Enem. Vários familiares e amigos compareceram e prestaram a última homenagem. 

O pequeno espaço reservado para o velório ficou lotado, e por volta das 16h15 ela foi sepultada rapidamente em silêncio. Muito emocionado, o filho de Edivânia acompanhou o enterro até o final. O esposo dela também acompanhou a despedida de perto e decidiu não falar com a imprensa. 

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A autônoma Anete da Costa, 45, trabalhou com Edivânia durante pouco mais de um ano e ainda estava surpresa com a notícia da morte. “Foi uma surpresa muito grande a morte dela. Ela era uma mulher de muita força e vontade de crescer na vida. Jamais imaginei que uma coisa dessas ia acontecer. Sempre vou lembrar do sorriso e da alegria de viver que ela tinha”, comentou.  

Osana de Assis, 42, é prima de Edivânia e não se encontrava com ela há três anos. Mesmo com a distância, ela diz que vai guardar os bons momentos que viveram. “A notícia nos pegou de surpresa. A família está arrasada pois ninguém esperada. Mas vou guardar os momentos bons que tivemos juntas. Ela era uma ótima prima, uma pessoa muito alegre e muito simpática”, falou. 

Outra amiga que estava emocionada foi Iracema Maria Cordeiro, 44. “Ela era muito carismática, alegre, tinha muitos planos para o futuro e estava estudando. Ela vai deixar muitas saudades”, concluiu emocionada. 

Mas nem todos que estavam no Cemitério eram amigos de Edivânia. O autônomo Adriano Gerôncio, 32, tinha amigos em comum com Edivânia, e por isso resolveu comparecer ao enterro. “Eu só conhecia ela de vista, e tínhamos amigos em comum. Vi o que aconteceu pela televisão e resolvi prestar a última homenagem para ela”, explicou. 

Edivânia Florindo de Assis morreu na manhã do último sábado (8) em frente ao Colégio Santa Emília, em Olinda, onde realizaria as provas do Enem. Testemunhas disseram que ela correia para não perder o horário da prova quando passou mal. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu. Mais cedo, durante o velório, parentes reclamaram da demora no socorro. 

"Não sei como funciona aqui em Recife, mas onde eu moro, em São Paulo, o atendimento é muito mais rápido. Esperamos uns dez minutos e o socorro já está lá", afirma Abimael Domingos, irmão de Edvânia.

 

 

 

 

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O túmulo do ex-governador Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo no dia 13 de agosto deste ano, está sendo bastante visitado pela população neste domingo (2) de Finados. Várias flores, fotografias e homenagens são colocadas por admiradores do neto de Miguel Arraes.

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Seguidor de Campos desde a infância, Hamilton Araújo viajou por sete horas até à capital pernambucana para prestar homenagem. "Vim de Exu para o Recife para vê-lo mais uma vez. Preparei um quadro com fotos e fatos importantes que ele fez ao longo da trajetória política aqui em Pernambuco. Ele seria um ótimo presidente se não fosse pela tragédia", disse o admirador.

Hamilton ainda relata uma visita de Eduardo à sua cidade natal. "Ele sempre prometeu que não deixaria nossa cultura morrer. O Baião era lembrado por Campos em todas as visitas à Exu. Não poderia deixar de vir prestigiá-lo com homenagens", afirmou.

Tárcia e Júlia Brito também compareceram ao cemitério de Santo Amaro para visitar o túmulo do ex-governador. "Ele fez muita coisa pelo nosso Estado e, por isso, viemos aqui. Deixei flores para meu irmão e também para Eduardo", contou Tárcia. A mãe dela, Júlia Brito, deixou uma rosa e levou uma foto do político para o local onde ele foi enterrado.

A morte precoce do presidenciável foi lembrada pela população como um momento triste na história do País. "Para mim, é como se ele fosse da minha família. Campos era de extrema importância para nós, que vimos tanta coisa feita por ele. Sofro muito ainda a perda precoce da pessoa que seria nosso futuro presidente", relatou a funcionária pública, Irene Santos.

Uma música será tocada na tarde de hoje em homenagem ao ex-governador. Ao todo, 150 pessoas do Projeto para a Vida vão participar do ato, que será realizado por volta das 16h. "Antes da bênção final da última missa de hoje, faremos a apresentação com músicos e integrantes do Coral do Recife. Cerca de 150 pessoas estarão envolvidas", informou o maestro do Projeto, Gil Amâncio.

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O cemitério de Santo Amaro amanheceu nesta segunda-feira (18) com a presença de admiradores do ex-governador Eduardo Campos. Apesar da movimentação ser bem menor do que a contabilizada no domingo – cerca de 20 pessoas estão no cemitério nesta manhã, muitos populares ainda aproveitam para fazer orações, trazer flores, tirar fotos e prestar suas últimas homenagens. 

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A cozinheira Aldilene de Santana não pôde comparecer ontem ao enterro, pois estava trabalhando. Assim que largou do serviço, foi direto ao cemitério. “Eduardo era uma pessoa muito boa, a gente nem acredita no que aconteceu. Queria tanto ele como presidente. Votava na família desde Miguel Arraes”, lembra Aldilene. O pedreiro João Batista é outro que não participou da cerimônia do domingo e resolveu comparecer nesta manhã. “A população está sentindo muita falta. Ele era uma boa pessoa e com certeza governaria bem o Brasil”, comenta Batista.

A grande quantidade de pessoas presentes no cemitério no domingo (17) - 30 mil, segundo levantamento da Polícia Militar (PM) - , entretanto, trouxe prejuízos ao local. Diversas jazidas foram quebradas. Um funcionário do cemitério disse que as avarias não existiam antes da tarde de ontem, quando muitos populares subiram em túmulos para enxergar o sepultamento de Eduardo Campos.

Com informações de Alexandre Cunha

Confira no vídeo a seguir como foi toda a despedida de Eduardo Campos no Recife:

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