O ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, foi sentenciado à prisão perpétua na madrugada deste sábado por não ter evitado a morte de manifestantes durante a revolução egípcia ocorrida em 2011 e que o forçou a deixar o poder. Porém, ele e seus filhos foram absolvidos das acusações de corrupção em um veredicto confuso, que rapidamente provocou uma nova onda de confrontos nas ruas do Egito.
Aos 84 anos e após governar o Egito por três décadas, o primeiro líder árabe a ser julgado em seu próprio país, foi levado de helicóptero da academia de polícia onde ocorreu o julgamento para a prisão de Torah, no Cairo, onde seus filhos e membros de seu regime aguardam sentenças
##RECOMENDA##As acusações contra o ex-presidente relacionadas à morte dos manifestantes eram passíveis de uma sentença de morte, mas o juiz optou por mantê-lo na prisão pelo resto da vida. À sentença cabe apelo.
Do lado de fora da corte, inicialmente a reação foi de júbilo quando a condenação foi anunciada. Mas rapidamente o cenário ficou tenso e tumultuado. Houve confrontos entre opositores, policiais e simpatizantes de Mubarak nos arredores da corte.
O veredicto contra Mubarak ocorre poucos dias antes do segundo turno das eleições presidenciais no Egito, marcadas para os dias 16 e 17 de junho, na qual disputam o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, e o ex-premiê da era Mubarak, Ahmed Shafiq, aliado próximo do presidente deposto. As informações são da Associated Press.