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O publicitário, designer e professor do Curso de Comunicação Social da UNAMA - Universidade da Amazônia (UNAMA) Robson Macedo lança nesta terça-feira (25), em Belém, o livro “Contos do Fim do Mundo”. O evento será realizado na Gramophone Café, na avenida Magalhães Barata, às 18 horas. A obra apresenta nove contos, ilustrados, com histórias distópicas que retratam o fim do mundo na Amazônia.

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Robson contou que sempre foi fã de ficção distópica, especialmente com temas sobre o fim do mundo. Geralmente essas obras hollywoodianas abordam cenários europeus e estadunidenses. Durante o período de isolamento social devido à pandemia de covi-19, o publicitário teve a ideia de trazer outras perspectivas sobre a temática e fazer a região amazônica protagonista.

Segundo o professor, os nove contos giram em torno das possibilidades do fim do mundo, mas vão além da destruição do planeta. “Mas principalmente com o que a gente conhece como o mundo nosso. A nossa sociedade, o status quo em que a gente vive. A ideia dos nove contos gira em torno desse processo, do fim da sociedade”, disse.

Para Robson Macedo, a Amazônia é protagonista por natureza. Apesar de o livro não ter caráter político como tema central, a obra serve para dar voz a amazônidas que falam com propriedade sobre a região. De acordo com ele, o objetivo do livro é abordar temas que precisam ser discutidos na sociedade, mas de uma forma didática e metafórica. “A questão da sustentabilidade, a poluição nos oceanos, a questão da ocupação do planeta, as mudanças climáticas, a bioética. Além de ser um livro divertido, ele tem também essa preocupação de abordar temas que são complexos de maneiras mais lúdica”, afirmou.

Robson Macedo explicou que o livro “Contos do Fim do Mundo” foi totalmente produzido pelo autor de forma experimental: textos, ilustrações e diagramação. “Estou sempre em constante trabalho em sala de aula, ensinando pros alunos a produzir, seja a ilustração, seja a diagramação, seja a produção de produtos gráficos. A ideia de fazer cem por cento é muito mais como uma relação de experimentação. Para mostrar aos alunos que é possível a gente produzir, e como é que a gente produz”, finalizou.

Por Jéssica Quaresma (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

E se a Chapeuzinho Vermelho frequentasse os mesmos lugares que você, disfarçada de pessoa comum? E se a Bela Adormecida fosse sua vizinha sem que você nunca tenha percebido? E se aquele cara que malha pesado na academia fosse ninguém menos que o Hércules disfarçado? Já imaginou? Em "Encantados S.A.", espetáculo da companhia A Liga do Teatro que está em cartaz nos dias 15 e 16 de abril, às 17 horas e às 19h30, no Teatro Waldemar Henrique, os seres dos contos de fada estão infiltrados por toda parte. 

A trama central da dramaturgia, assinada e dirigida pela dupla Bárbara Gibson e Haroldo França, gira em torno de Noque, um garoto de 13 anos que é oprimido pelos colegas por ainda brincar de boneco. Gigy, seu brinquedo preferido, é o único amigo com quem compartilha suas descobertas, angústias e vivências.

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A pacata vida de Noque começa a mudar quando ele se dá conta de que algo muito estranho está acontecendo bem embaixo do seu nariz: uma professora que colore com as cores do vento passando pela vizinhança, uma senhora muito estranha com umas coisas no cabelo que parecem chifres ou mesmo um rapaz que anda com um boneco de sapo por aí. Com essas ocorrências, os dois começam a investigar os fatos até encontrarem a chamada OSSEAPEPROFOSOE - Organização Secreta dos Seres Encantados Aliados Pela Proteção da Fantasia ou Simplesmente Encantados –, que muda suas vidas para sempre.

Bárbara Gibson, além de dramaturga, é diretora do espetáculo, uma diversão garantida a crianças, mas especialmente aos adultos, afirma. "É uma metáfora do crescimento, uma homenagem às crianças que todos já fomos, e que de alguma forma ainda somos. O espetáculo tem um humor incrível e é especial, é muito fácil se identificar com ele e se deixar levar por esse universo que nos conecta com tantos sentimentos bons", assinala.

O espetáculo esteve em cartaz entre 2011 e 2016 e realizou temporadas de sucesso, tendo público fiel até hoje. As temporadas iniciais foram realizadas pelo Grupo de Teatro Universitário da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde o projeto surgiu. 

O ator Theo de Oliveira conta como tem sido a experiência de viver o protagonista Noque nesta nova geração: “Ao mesmo tempo que o Noque é muito diferente de quem eu sou hoje em dia, ele tem muitas semelhanças com a criança que eu fui, então muitas características que eu uso para complementar a personagem vem dessa criança e eu espero que as pessoas também se identifiquem”.

Serviço

Espetáculo “Encantados S.A.”. Em temporada nos dias 15 e 16 de abril, às 17h e 19h30, no Teatro Waldemar Henrique (Praça da República, s/n), em Belém.

Venda de ingressos pelo Sympla ou presencialmente com a produção.

Mais  informações no instagram do grupo @aligadoteatro o pelo número 984250317.

Ficha Técnica 

Elenco:

Theo Oliveira 

Luiza Imbiriba 

Victor Azevedo 

Wellen  Ávila 

Filipe Cunha

Carol Maia

Tárcila Mendes

Luiza Barros

Lucas Costa

Paulo Jaime 

Lourdes Braga

Hugo Bitencourt 

Lia Mendes

Welton Yamamoto 

Miguel Reis

 

Equipe Técnica 

Dramaturgia: Bárbara Gibson e Haroldo França 

Visualidade: Kevin Braga

Luz: Marckson Moraes

Cenotécnico: Cláudio  Bastos

Preparação Elenco: Paulo Jaime 

Direção Geral: Bárbara Gibson

Produção: Larissa  Imbiriba 

Arte Gráfica: Victor Azevedo 

Assessoria de Imprensa: Leandro Oliveira

Da assessoria do evento.

 

A jornalista e escritora Iaci Gomes vai relançar o seu livro “Nem te conto” na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. A obra reúne 14 contos de terror com toques de realismo fantástico e apresenta cenários paraenses, como as margens do rio Trombetas, o Parque do Utinga e a praia do Chapéu Virado, em Mosqueiro.

A escritora relatou que sempre foi uma leitora assídua, e que a Feira do Livro era um evento indispensável para sua família. Logo, ter uma obra autoral apresentada na feira é de uma sensação indescritível. “É muito legal eu poder me inserir nesse cenário e ser vista como uma pessoa que escreve sobre o sobrenatural no Pará”, disse a jornalista.

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 Iaci diz também que o gênero terror sempre foi a sua escolha principal de leituras desde a infância. “Sempre me fascinou muito, eu gosto muito desses contos, então quando eu pensei em escrever alguma coisa, tinha que ser o terror...realmente a possibilidade de sair daquilo que a gente já vive e poder imaginar outros cenários é algo que eu gosto muito”, disse Iaci.

Além dos 14 contos, o livro também conta com uma série de ilustrações para ajudar os leitores a entrarem no clima de terror. “Quando eu fiz o 'Nem te conto' eu sempre visualizei ilustrações que pudessem retratar o que eu estava escrevendo”, contou a escritora. O time de ilustradores conta com Magno Brito, Renata Segtowick e Márcio Alvarenga, que ajudam ainda mais a apurar o toque sobrenatural da obra.

Antes do relançamento, a autora também participará, às 17h30 desta terça-feira (30), de um bate-papo sobre o imaginário sobrenatural no Pará, na companhia do escritor e advogado Fernando Gurjão Sampaio, conhecido nas redes sociais como Tanto Tupiassu.

A 25ª Feira do Livro e das Multivozes está aberta de 9 às 21 horas, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, até o dia 4 de setembro. A entrada é gratuita. 

Por Caio Brandão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O escritor Alfredo Guimarães Garcia lança novo livro. “O homem que falava com Deus e outros contos assombrosos”, 60ª obra do autor, está em pré-venda na internet, no site da Editora Pará.grafo e nas redes sociais, até o dia 30 deste mês. Custa R$ 45,00, mais a taxa dos Correios de R$ 10,00. O livro será entregue autografado e com dedicatória do autor.

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“O Homem que falava com Deus e outros contos assombrosos” é dedicado ao escritor paraense Walcyr Monteiro, autor do livro Visagens e assombrações de Belém”. “Fui beber nessa fonte para redigir esses contos”, diz Alfredo sobre Walcyr. A obra de Alfredo Garcia expoe a riqueza da escrita, e enaltece a cultura do Estado.

O livro não estará nas livrarias físicas. Será diretamente enviado para o leitor, da mesma forma realizada na pré-venda. O valor será o mesmo. O comprador ainda leva como brinde outro livro de Alfredo Garcia,“Contos do amor em Flor”.

Por Alessandra Nascimento.

 

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Um convite para refletir sobre os próprios medos e se abrir às possibilidades da imaginação. Essa é a proposta do "Nem Te Conto", livro de estreia da jornalista Iaci Gomes. A obra, que está em pré-venda e será foi no dia 28 de outubro, nas redes sociais, reúne 14 contos de terror e oito ilustrações originais, que misturam elementos de realismo fantástico com cenários familiares do cotidiano dos paraenses, como as margens do Rio Trombetas, o Parque do Utinga e a praia do Chapéu Virado, em Mosqueiro.

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Com forte influência de autores consagrados, como Gabriel García Márquez e Stephen King, a autora relata que a ideia de publicar contos curtos é algo que vem desde a infância. “O conto e a crônica são meus gêneros preferidos. Desde pequena. Comecei a ler por esses gêneros e só depois li romances. Então eu misturei o formato de conto com o terror e elementos fantásticos, de realismo mágico, que é uma coisa que eu sempre tive fascínio desde os tempos da escola”, relembra Iaci Gomes.

A jornalista, que também trabalha com gestão de redes sociais, lembra que os primeiros contos que publicou foram no Twitter, organizados com a hashtag #NemTeConto, que hoje dá nome ao livro. Nessas experiências, ela sentiu a receptividade do público. “Quando eu comecei a postar, a minha bolha de seguidores sabia o que eu estava fazendo e que eram histórias de ficção. Até que eu publiquei um conto sobre uma mulher que encontrava um caranguejo gigante no Parque do Utinga, um perfil de visibilidade compartilhou e deu muita repercussão. Tinha gente achando que era real, outros me chamando de mentirosa sem entender que era tudo um conto de ficção. Mas muitas pessoas gostaram e me seguiram porque queriam ler mais. Precisei trabalhar minha mente para enxergar o que era construtivo pra mim”, relembra a autora.

Parte dos contos que foram publicados no Twitter - incluindo o do caranguejo do Utinga - foi deletada, ampliada e melhorada para o livro, enquanto outros são totalmente inéditos, escritos em várias fases da vida da autora.

Iaci Gomes conta que muitas ideias vêm das observações do cotidiano - hábito que desenvolveu graças à experiência como jornalista, especialmente no caderno policial. “A minha formação em jornalismo aparece 100% neste trabalho. Jornalismo é contação de histórias, mas de uma maneira mais objetiva. Tenho vários arquivos no meu computador que eram de observação do cotidiano feita nas pautas. Também faço histórias a partir de sugestão de amigos ou de relacionamentos que tive e transformo essas situações num grande ‘E se?’, com aquele toque de realismo mágico e frio na barriga”, explica a escritora.

Enquanto alguns contos trazem situações clássicas de terror, como aparições de fantasmas, monstros e animais gigantes, outros apresentam parecem cotidianos, mas que podem assustar tanto ou mais do que o sobrenatural, como forças da natureza, o medo de fracassar ou de reencontrar um antigo amor que ainda te causa mal-estar emocional. “Essas sensações para mim também são uma espécie de terror e são ainda mais reais, pois a gente passa por elas na vida real. Gosto de explorar essas possibilidades do elemento de terror que há nas situações do cotidiano”, diz a autora.

Para ajudar os leitores a entrarem no clima de terror, "Nem Te Conto" inclui oito ilustrações originais feitas por quatro artistas do Pará. Magno Brito, que também é diagramador de produtos editoriais, assina a ilustração de capa e outras duas aquarelas sobre os contos. A designer e empreendedora Renata Segtowick, que também integra o Coletivo Mulheres Artistas do Pará (MAR), contribui com duas ilustrações que captam de forma sensível e perturbadora as histórias dos contos. O terceiro artista é Márcio Alvarenga, que também possui portfólio grande de artes para publicidade, produtos editoriais e ilustrações de terror em geral. Victor Almeida é o quarto ilustrador - o único que não havia tido contato com a autora em trabalhos anteriores na área da Comunicação. “O Victor me encontrou nas redes sociais, ele leu o conto sobre o caranguejo do Utinga e fez uma ilustração que eu acabei usando no livro, porque ficou muito boa. Tomei muito cuidado para chamar pessoas daqui do Pará, que poderiam traduzir melhor em imagem o que eu quis dizer nos textos, com a sensibilidade necessária”, conta Iaci Gomes.

Serviço

Livro “Nem Te Conto”, de Iaci Gomes.

Informações: no perfil @iacigomes no Instagram.

Preço: R$ 40,00. Pré-venda aberta em https://bit.ly/NemTeConto

Por Jobson Marinho, da assessoria da autora.

A Editora Corvus lançou no site Catarse uma campanha de financiamento coletivo para o lançamento do livro “Farras Fantásticas”. O projeto é uma antologia literária, que reúne 18 contos originais organizados pelos escritores nordestinos: Ian Fraser, Ricardo Santos e João Mendes. A coletânea homenageia a cultura popular do Brasil e conta com textos que misturam ficção científica, terror, fantasia, e as tradicionais histórias inspiradas nos nove estados do Nordeste. 

Cada conto do livro foi escrito por um escritor nordestino, criando histórias protagonizadas pelos mais diferenciados personagens, como viajantes no tempo, lobisomens, fantasmas e afins. Os textos são inspirados nas tradicionais festas do Nordeste como São João, Reisado e Bumba Meu Boi. De acordo com a sinopse oficial, a publicação “procura entender o passado para ressignificar o presente e construir um outro futuro”. 

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A meta inicial da campanha coletiva era R$ 17.980, porém, o valor solicitado já foi batido ultrapasando os R$ 21,5 mil, até o momento. O financiamento ficará aberto no Catarse até o dia 19 de junho e os que adquirirem nesta pré-venda, receberão o livro a partir de setembro de 2021. A obra está disponível tanto em formato digital, quanto físico. 

A depender do valor pago, os financiadores do projeto receberão a obra “Farras Fantásticas”, com marcadores de páginas, pôsteres, postais e outros livros publicados pelos autores. Além disso, ao garantir o livro, é possível participar de uma oficina de seis horas sobre criação literária para escritores iniciantes ou avançados, com aulas aplicadas pelos autores responsáveis pela coletânea. Confira as opções de financiamento no site:https://www.catarse.me/farras

Por Thaiza Mikaella

Em comemoração ao mês das crianças, o Shopping Tacaruna, em Santo Amaro, área central do Recife, recebe nos próximos domingos 13, 20 e 27 de outubro, o Teatrinho de Fantoches Turma do Mizack, uma programação gratuita onde a criançada poderá se divertir assistindo clássicos infantis e outras histórias, como “Os Super-Heróis” (13), “Os Porquinhos” (20) e “Os Dinossauros” (27). A atração é realizada em parceria com a Turma do Mizack, grupo de teatro de bonecos e recreação infantil, localizado no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, fundado há 25 anos pelo artista e produtor Mizack Coelho.

“É muito bom poder realizar mais uma temporada de teatrinho de fantoches no Shopping Tacaruna. O retorno do público é maravilhoso, de uma energia incrível, principalmente quando as crianças interagem com os personagens. O rooftop sempre fica cheio e nós só temos a agradecer”, destaca Mizack Coelho. Cada espetáculo dura em média 45 minutos e conta com quatro a seis personagens em cena. As apresentações acontecem no rooftop do shopping, a partir das 17h. O acesso é gratuito, porém, sujeito à lotação do espaço.

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Serviço

Teatrinho de Fantoches Turma do Mizack

13, 20 e 27 de outubro | 17h

Shopping Tacaruna (Av. Agamenon Magalhães, 153)

Entrada gratuita

*Da assessoria

Intitulado o ‘país do futebol e do Carnaval’, o Brasil também tem um grande número de lugares assombrados. Mesmo sem figurar as principais listas de locais assustadores do mundo, o país é repleto de contos, narrativas e histórias de ‘arrepiar’.

O LeiaJá fez um roteiro com os locais assombrados do país, para quem deseja se aventurar (e se assustar) e conhecer o Brasil de um outro ângulo. Confira:

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Recife, PE

Considerada por muitos como a capital mais assombrada do Brasil, o Recife tem superlotação no quesito histórias de terror. A capital pernambucana não é só composta de pontes, rios e altos coqueiros, mas também de fantasmas, vultos e assombrações. Um lugar de fácil acesso e que tem uma das histórias mais cruéis e emblemáticas da cidade pode ser encontrada na Rua Nova, Santo Antônio.

A Emparedada, como é conhecida, conta a história de uma jovem que após engravidar teria sido presa, por seu pai, em um cômodo da casa e a porta teria sido coberta com um parede. Conta-se que gemidos e ruídos são ouvidos do cômodo em que a jovem teria sido enterrada viva, além de relatos de móveis e objetos se movendo sozinhos. A narrativa virou livro a foi editada em folhetim no ‘Jornal Pequeno’, entre 1909 e 1912, depois transformada em volume. Especula-se que a história teria sido baseado em um crime real.

 

Mossoró, RN

Na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, no mês de maio e durante as madrugadas, o fantasma de Lampião pode ser visto cavalgando nos limites do município.

É o que acreditam os moradores da região, que creem que Lampião jamais aceitou a derrota na batalha de 1927 e de tempos em tempos faz uma ‘ronda’ pela cidade.

 

Salvador, BA

O Mercado Modelo é famoso em todo Brasil por seu histórico de comércio, com mais de 250 lojas, grande variedade de artigos de artesanato, lembranças e restaurantes, é também conhecido por ser cenário de hórridas narrativas.

De acordo com os lojista do mercado, dentro do local há ‘túneis assombrados’, que formalmente servem de dispensa, mas conta-se que antigamente eram usados como prisão para escravos vindo da África e que, posteriormente, pessoas que entram nos túneis nunca mais foram vistas.

 

Barbacena, MG

Cenário de uma das histórias reais mais cruéis do Brasil. O Hospital Colônia, em Barbacena, Minas Gerais, foi palco para um genocídio que matou 60 mil pessoas entre 1903 e 1980. Nesse período, pessoas que viviam à margem da sociedade como homosexuais, mães solteiras, alcoolistas, mendigos, pessoas sem documentos e doentes eram internadas de forma compulsória.

Sem condições adequadas de sobrevivência, os pacientes eram submetidos às mais variadas formas de tortura. Após reforma antimanicomial, o local passou a abrigar apenas 160 pacientes. Pacientes e funcionários da instituição dizem ouvir choro, gritos e pancadas nas paredes de celas vazias em uma ala desativada há muitos anos.

 

Liberdade, São Paulo

Localizada num dos bairros mais badalados na capital paulista, a Capela da Santa Cruz dos Enforcados, também conhecida como ‘Igreja das Almas’ foi construída no mesmo local em que o cabo Francisco José das Chagas foi enforcado.

Em 1821, Chaguinha, como era conhecido, lutava por igualdade de salários e melhor tratamento aos soldados brasileiros, como punição ele foi enforcado. No entanto, no ato da execução, a corda arrebentou duas vezes, mas isso não impediu a morte do cabo. Desde então, Chaguinha é visto ‘passeando’ no local.

No próximo sábado (22), será realizado o evento de lançamento do livro “Homens e outros animais fabulosos”, do autor pernambucano João Paulo Parisio, a partir das 16h, no Apolo Beer Café, que fica na Rua do Apolo, 164, no Bairro do Recife. Durante o lançamento, haverá uma tarde de autógrafos e conversa com o autor. A obra tem 175 páginas e é vendida por R$ 40.

De acordo com o autor, “Homens e outros animais fabulosos” reúne 10 contos que de inspiração no universo fantástico e onírico, unindo elementos da vida cotidiana com o insólito. Entre os personagens das histórias contadas no livro, estão uma gigantinha solitária, um cangaceiro-minotauro, um poeta anterior à poesia e uma folha de papel que narra suas memórias, entre outros.

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“São histórias ambientadas na cidade e no engenho, no sertão e no oceano, nas montanhas e nas profundezas; num edifício à beira-mar e numa cooperativa de costureiras na periferia; numa gaveta-cárcere e num campinho de futebol cercado de muros; num hospital-armadilha, com suas lâmpadas frias da contemporaneidade, e na pré-história; numa Idade Média ‘protocientífica’ e na breve era dos navios encouraçados”, disse o autor.

Serviço

Lançamento do Livro "Homens e outros animais fabulosos"

Sábado (22) | 16h

Apolo Beer Café (rua do Apolo, 164, Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 99571-4214

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O Prêmio Sesc de Literatura para novos autores anunciou os vencedores da 15ª edição, de 2018. Juliana Leite Arantes, de 35 anos, é a vencedora na categoria romance com a obra “Magdalena usa as mãos”, e o premiado na categoria contos foi Tobias Augusto Jung de Carvalho, de 22 anos, com a obra “As Coisas”.

O romance de Juliana conta a história de uma mulher que é vítima de um grave acidente e precisa passar por um processo de reconstrução de seu corpo. Segundo a autora, a obra tem um pouco de sua vivência. “O fato de ser uma mulher protagonista faz com que ela ecoe todos esses combates da pauta feminista. Sendo mulher, sou atravessada por isso o tempo inteiro”, afirma.

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A experiência pessoal também fez parte dos 25 contos da obra de Carvalho. O escritor conta histórias que viveu e ouviu com um jovem gay em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O autor destaca que o seu desejo foi de dar voz a questões que considera sub-representadas na literatura e ir além da narrativa de autoconhecimento. "Queria falar da complexidade das relações entre os homossexuais, sobre como se entendem. Os gays crescem com muitos estigmas e traumas e se entregam de uma maneira diferente”, explica.

Os ganhadores participarão do programa do Sesc Paraty, no estado do Rio de Janeiro, durante a festa Literária de Paraty (Flip), entre os dias 25 e 29 de julho. Os vencedores também vão receber o prêmio em uma cerimônia no segundo semestre deste ano, quando serão lançadas as duas obras. 

A premiação recebeu 820 inscrições de romances e 720 de contos. Todas as obras precisavam ser inéditas e de autores estreantes na literatura.

Tratando da complexidade dos sentimentos das relações humanas, com inspiração em três contos da obra literária de Caio Fernando Abreu, "Sapatinhos Vermelhos", "Dama da Noite" e "Praiazinha", a Cênicas Companhia de Repertório apresenta a remontagem de "Que Muito Amou". Os exploradores do teatro poderão conferir a peça neste sábado (21), às 20h, no Espaço Cênicas, dentro da programação do 23º Janeiro de Grandes Espetáculos. O ingressos podem ser comprados antecipadamente pela internet ou no dia da apresentação, na bilheteria do Espaço Cênicas. Os valores são R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

A história gira em torno da margnalização da sociedade, em que três personagens que não se encaixam nos padrões vivem conflitos pessoais causados pelo amor em excesso. A narrativa teatral mergulha em um universo urbano e denso, cru e direto com passagens e imagens delicadas e poéticas. 

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No elenco estão atores como Barbara Brendel e Gustavo Patriota, além de Antônio Rodrigues, que assina a direção e participou das primeiras montagens do "Que Muito Amou", em 2005. O espetáculo da Cênicas foi o que mais circulou nacionalmente, marcando presença em importantes festivais de teatro. A peça integra a mostra 'Cênicas Cia. 15 Anos', que faz parte da programação do 23º Janeiro de Grandes Espetáculos.

Serviço 

Peça "Que Muito Amou"

21 de janeiro | às 20h.

Espaço Cênicas 

Rua Marquês de Olinda, 199, 2º andar 

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

No meio do burburinho do centro da metrópole, a pressa, o movimento frenético de transeuntes e veículos, os vendedores ambulantes, o barulho e a sujeira desenham um cenário árido, no qual fica às vezes difícil encontrar um pouco de amor. O jornalista pernambucano Gil Luiz Mendes conseguiu encontrar flores na selva de pedras e passou a 'catalogar' as famosas 'palas' (gíria recifense para conversa mole, cantada) que presenciava, transformando-as em contos primeiramente publicados em suas redes sociais.

Com o sucesso das histórias, Gil Luiz resolveu compilar seus textos em um livro, que contou com financiamento coletivo pela plataforma Catarse. 'Palas - Contos e cantadas do Centro do Recife' será lançado na cidade que o inspirou nesta sexta (7), às  18h, no 7º andar do Edf. Pernambuco, Centro do Recife.

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Os 26 contos trazem as tentativas, acertos e erros do amor (e da paquera) de forma bem-humorada e irônica, em meio ao caos urbano. As histórias curtas trazem o sotaque e o ambiente recifenses, mas carregam a linguagem universal do flerte. O Prefácio é do poeta marginal baiano, erradicado em São Paulo, Ni Brisant, autor de livros como O Coração das Coisas Não Ditas e O Meu Pequeno Dicionário.

Serviço

Lançamento de Palas – Contos e Cantadas do Centro do Recife

Sexta (7) | 18h

7º Andar do Edf. Pernambuco (Av. Dantas Barreto, Santo Antônio - Recife)

Entrada gratuita

Livro vendido no local por R$ 30

O concurso literário Brasil em Prosa está com inscrições abertas até o dia 31 de julho. Promovido pela Amazon, jornal O Globo e a Samsung, o concurso vai premiar contos inéditos com a proposota de servir de vitrine para novos talentos da literatura.

Os interessados podem se inscrever através da publicação de seus contos na plataforma KDP da Amazon. Otextos devem ser inéditos, escritos em português e conter até seis mil caracteres. Os textos serão avaliados segundo critérios como criatividade, originalidade e qualidade da escrita. 

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Serão escolhidos 20 finalistas que ganharão um e-reades Kindle, 12 meses de acesso ao programa e aluguel de e-books Kindle Unlimited e uma assinatura do pacote digital do Globo por três meses. Dentre estes, serão escolhidos os três grandes vencedores. Os contos vencedores serão publicados no caderno Prosa do jornal O Globo, traduzidos para o inglês e vendidos mundialmente nas lojas da Amazon. Além disso, também ganharão uma assinatura de um ano do pacote digital do Globo e um tablet Galaxy Tab A e dois Galaxy Tab E, para o primeiro e segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A contação de histórias para as crianças é, sem dúvida, uma forma de instigar a imaginação e criatividade dos pequenos. Com a correria do dia a dia, poucos são os pais que ainda têm tempo e disposição para ler os livros, que, muitas vezes, trazem um mundo de fantasia para os garotos e garotas. Mas, tal prática deve ser considerada no cotidiano familiar, já que traz benefícios tanto para a relação entre pais e filhos, quanto para a o aprendizado e comportamento social das crianças. 

 A psicóloga Priscilla Quaresma explica que o trabalho de leitura feito pelos pais para as crianças é uma forma de interação entre os familiares, e traz inúmeros benefícios para o comportamento infantil. “As crianças que têm o costume de ouvir as histórias têm, além de uma ligação afetiva maior com quem conta, o desenvolvimento e gosto pela leitura aguçados”, diz a especialista. Priscilla ainda afirma que os pais devem, além de contar histórias, ter o hábito pessoal de leitura. “Para desenvolver esse desejo de ler nos pequenos, os pais têm que demonstrar que também gostam da leitura. Afinal, as crianças absorvem muito aquilo que veem nas suas referências, ou seja, seus responsáveis”, afirma Quaresma.

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A jornalista Rebeca Santos, 31, há um ano é habituada a contar histórias antes de dormir para a filha Maya Machado, de três anos. A menina está acostumada a apenas cair no sono após ouvir um conto e, segundo a mãe, quando isso não acontece, a pequena sente falta. “Quando eu não conto histórias, ele pede para que alguém conte. Eu vejo que não é algo exclusivo do relacionamento materno, mas um gosto pessoal dela sobre a leitura”, relata a jornalista. 

Segundo a mãe, a menina, que já era criativa, ficou ainda mais após o hábito de ouvir as histórias. “Ela cria os próprios contos, veste roupas que têm a ver com eles, pega os livrinhos e simula uma leitura”, conta Rebeca Santos. A mãe de Maya disse que a iniciativa surgiu depois que viu nos sobrinhos a importância que a contação de histórias significava na vida deles. “Eu via meus sobrinhos desenvolvendo a capacidade de raciocínio, criatividade e interesse pelas palavras, então resolvi aplicar isso à minha filha”.

O professor de português Eduardo Pereira afirma que contar histórias para as crianças desenvolve perceptivelmente a cognição infantil. “O livro disputa a atenção com uma infinidade de adversários e muitas vezes são esquecidos pela internet, celular, tablets e computadores. O ato de ler influencia o desenvolvimento cognitivo das crianças”, explica Pereira. Em relação à alfabetização, o educador acredita que o ato de ler para os mais pequenos auxilia pela referência. Ou seja, os meninos e meninas se afeiçoam pelos livros e, durante o processo de aprender a ler e escrever, têm um contato mais íntimo com esses materiais e aprendem de forma exemplar as palavras e a interpretação. 

Eduardo Pereira confessa que precisou praticar o hábito de leitura com a filha adolescente. A menina não tinha o hábito de ler, então o professor resolveu ler juntamente com ela. “Eu resolvi praticar leituras que fossem de interesse dela, como a saga de Percy Jackson, e ao final de cada capítulo debatíamos sobre o que cada um tinha lido. Atualmente, ela é uma leitora voraz e lê até mais que eu”, conta o educador. 

Algumas empresas estimulam a leitura para as crianças. O Banco Itaú, por meio do programa Itaú Criança, incentiva que pais e responsáveis leiam para os pequenos. A instituição fornece livros infantis gratuitamente. As obras são escolhidas para crianças da faixa etária de 0 a 5 anos e a ideia é que o conteúdo seja repassado para outras crianças. Mais informações podem ser obtidas no site do Itaú.

O menino sempre olhava, entre intrigado e admirado, a sequência de números gravados no antebraço esquerdo do avô: 69752. O que seria aquilo? "É o número do meu telefone que tenho tatuado para não esquecer", despistava o avô. E o garoto acreditou até se tornar adulto, quando finalmente associou aqueles algarismos à 2ª Guerra Mundial e ao campo de concentração de Auschwitz.

Esse é o ponto de partida de O Boxeador Polaco, conto que inspira o título do livro de histórias curtas do guatemalteco Eduardo Halfon, publicado pela editora Rocco em sua coleção Otra Língua, determinada a revelar talentos da literatura latina.

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E Halfon honra a tradição do selo - O Boxeador Polaco une contos aparentemente independentes, mas que podem ser lidos como um despretensioso romance, uma vez que todos giram em torno do boxeador polaco, homem que deu dicas preciosas ao avô do garoto, conselhos que lhe garantiram a vida na triagem do campo de concentração.

Mais que com a trama, Halfon preocupa-se com seus personagens e as delicadas incertezas que marcam sua rotina. Assim, a ausência de ação é plenamente compensada por um recorte precioso de um momento da vida. É tanto o caso do conto que empresta o título ao do livro como justamente o que abre o volume, Distante.

Ali, um professor de literatura para adolescentes descobre um raro talento em uma turma amorfa, um rapaz de origem humilde que, além de revelar uma sensibilidade para interpretar textos, também é poeta talentoso. Em poucas páginas, Halfon discute arte e realidade com grande equilíbrio.

Você levou quatro anos para escrever O Boxeador Polaco. Será por destilar um incômodo insuportável em relação ao judaísmo?

Foram na verdade quase seis anos para escrever esse relato de escassas 10 páginas. Meu avô me contou de sua experiência pela primeira vez em 2001. Falou muito. Talvez quatro ou cinco horas. De sua família, de quando os alemães o capturaram em novembro de 1939, de sua experiência nos diferentes campos de concentração. E também, em poucos minutos, me contou a história de um boxeador polonês. Soube imediatamente que essa era a história do meu avô, que era essa a história que ele estava me transmitindo como herança, e guardei-a. Durante anos, levei-a comigo por toda parte, escrevia fragmentos dela em outros contos e textos, sem jamais me atrever a contá-la por inteiro. Não sei por quê. Talvez por causa do meu incômodo em relação ao judaísmo, sim. Talvez por respeito ao meu avô. Talvez por medo de um tema tão imenso e tão trilhado quanto o Holocausto. Até que, dezesseis anos mais tarde, eu a escrevi.

O ponto nevrálgico do livro é a história do seu avô, depois de escapar de Auschwitz?

Esse é o ponto nevrálgico não somente do livro, mas de todo o meu projeto literário. Sombras dessa história já podiam ser detectadas nos livros que escrevi antes (durante os seis anos em que levei essa história comigo, sob o braço), e continuaram em livros que escrevi depois. Há dois contos em Boxeador cujas histórias logo continuei em dois romances curtos, La Pirueta e Monastério, que são essencialmente duas viagens: uma à Sérvia e outra a Israel. Meu novo livro, que será publicado em 2015, gira em torno de outra viagem, dessa vez à Polônia. Posso dizer que continuo metido nessa questão, nesse mesmo ponto nevrálgico, nessa mesma busca, naquele mesmo número verde tatuado no antebraço do meu avô.

Ele chegou a ler esse relato?

Os últimos anos do meu avô foram muito difíceis. Foi como se todo o peso do passado tivesse voltado a ele, toda a ansiedade e o terror da guerra. Ele não conseguia dormir. Delirava. Falava com os pais e irmãos, todos eles exterminados em campos de concentração. Acreditava que havia soldados da Gestapo no seu quarto, esperando para levá-lo. Finalmente morreu na madrugada de um sábado. Cheguei a vê-lo. O corpo pequeno e sem vida jazia na cama, coberto por um cobertor preto. No criado-mudo dele, ao lado de todas as pílulas e remédios, estava o meu livro.

Em Distante, Juan Kalel vê truncado seu futuro como economista e talvez também como poeta. É tão triste quanto a realidade que o inspira. Não há esperança? Será a literatura capaz de denunciar e dar visibilidade a essas realidades que outros negam?

Essa é a única esperança, não concorda? Não uma literatura comprometida ou política. Não uma literatura de panfletos ou denúncias. E sim uma literatura que possa tornar imediatamente visível aquilo que é invisível, que possa dar voz àqueles que, por algum motivo, tenham sido amordaçados.

A memória tem um papel central no livro. Será a memória a ferramenta principal da literatura?

Existe uma relação íntima entre ficção e memória. Uma relação quase recíproca. Há elementos da memória que são necessariamente literários ou fictícios, ou seja, elementos que vamos inventando e criando com o passar do tempo e que se convertem em parte essencial da nossa memória, da nossa realidade. Da mesma forma, há elementos da literatura que só podem surgir da memória. O escritor trabalha com a memória como um escultor manuseando a argila, até que dessa argila surge o literário.

Todas as histórias do livro estão estreitamente ligadas, podendo ser lidas como parte de um romance. Isso foi intencional?

Escrevo contos. Sou essencialmente um contista. Escrevo com a intensidade de um contista, e com a intencionalidade de um contista. Mas cada um dos meus contos vai formando parte de um todo, de um só esqueleto, de um ciclo narrativo que marca os tímidos passos de um mesmo narrador. Assim, meus livros podem ser lidos como um conjunto ou como um romance. E, por sua vez, todos esses livros formam parte de algo maior. Poderíamos dizer que, pouco a pouco, estou escrevendo um único livro, um só romance, composto de contos.

Sua obra propõe um intenso diálogo referencial com a narrativa de Ricardo Piglia.

Acredito que minha obra está em constante diálogo com a de outros escritores, como deveria ser. Em certos momentos, esse diálogo é com Piglia, mas, em outros, pode ser com Bolaño, Borges, Hemingway ou Chekhov. Depende do meu humor, e de minhas leituras, e especialmente do propósito daquilo que estou escrevendo. Às vezes, a influência de outros autores é evidente. Outras vezes, é invisível ou acidental. E há ainda outras vezes - minhas favoritas - em que simplesmente os copio mesmo.

Você se apresenta como um escritor deslocado, sem nacionalidade concreta.

Poderíamos dizer que pertence à mesma tradição de Nabokov e Sebald?

Há escritores que têm país natal e, independentemente de onde estejam, levam-no consigo. Há escritores que têm um país adotivo, como Nabokov nos Estados Unidos, ou Sebald na Inglaterra. Já eu estou mais para um apátrida. Não sinto nenhum patriotismo, nenhuma lealdade. Talvez por isso minha literatura viaje por toda parte. Talvez eu busque em minhas viagens um lugar idílico onde finalmente sentirei vontade de permanecer, criar raízes, envelhecer. Ou talvez eu busque fazer do mundo inteiro minha única pátria.

O maior evento de literatura oral do Recife, o Conte Outra Vez encerra a sua programação neste final de semana. Na sexta, 26, com o workshop A grande fábrica de palavras com Rosana Mont’Alverne, a partir das 17h no Centro Cultural Correios, localizado no centro. 

No sábado (27), a Vila 7 nas Graças recebe contadores de histórias, a partir das 10h, apresentando convidados locais e nacionais. A tarde Irene Tenabe fará uma oficina de origamis para crianças às 16h, no Centro Cultural Correio. Além disso, uma mesa redonda aberta ao público com o tema A Magia da Tradição Oral trazendo diversos palestrantes como Ana Carolina Lemos (PE), Rosana Mont’Alverne, Rogerio Andrade Barbosa (RJ) com mediação de Nyêdja Cariny (PE).

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O encerramento do festival será realizado no Teatro de Santa Isabel com o espetáculo Pelo Mundo com Mawaca no domingo (28), a partir das 16h. O grupo Mawaca (SP) ficou famoso por apresentar pérolas do repertório mundial transmitidas de geração em geração pela tradição oral. Neste espetáculo, o público infantil é convidado a fazer uma grande viagem musical por países como França, Albânia, Tanzânia, Índia, Portugal, Israel e Brasil. Os ingres­sos estão a venda na bil­hete­ria do Teatro cus­tando R$20,00 e R$10,00 (meia).

Serviço

3º CONTE OUTRA VEZ — A MAGIA DA TRADIÇAO ORAL MAWACA

Domingo (28) | 9h às 12h e das 13h às 17h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$20,00 e R$10,00 (meia)

(81) 3355 3323

A Comissão de Atividades Literárias – Seção de Língua Portuguesa da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social está organizando a 2ª edição do Concurso Bunkyo de Contos. As inscrições acontecem até às 18h do dia 31 de agosto pelo e-mail concurso@bunkyo.org.br

Para este ano, os contos são do gênero fantástico dentro do tema encontro entre as culturas brasileira e japonesa. Como o concurso é de ficção, os concorrentes têm inteira liberdade de criação, desde que abordem situações que se enquadrem no tema proposto.

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Para participar, cada candidato pode inscrever até dois contos, de sua autoria, que devem ser inéditos. Os textos devem ser escritos, no máximo, com 12 mil toques (contados os espaços) e não devem conter qualquer forma de identificação do autor. A 1ª edição teve participação de 184 contos escritos de várias localidades do país e do exterior.

Os contos devem estar em arquivos separados, nomeados pelo título da estória e precisam ser encaminhados juntamente com a ficha de inscrição para o e-mail concurso@bunkyo.org.br até às 18h do dia 31 de agosto de 2014.

Aos três primeiros colocados deste concurso correspondem os prêmios de R$ 2 mil; R$ 1.500 e R$ 1 mil, conforme o regulamento.

Baixe a ficha de inscrição e o regulamento completo do II Concurso Bunkyo de Contos

Os autores que preferirem, podem enviar os contos à Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo:

Comissão de Atividades Literárias – Seção de Língua Portuguesa

Rua São Joaquim, 381 – Liberdade – 01508-001 – São Paulo – SP

Para mais informações, emailsecadm@bunkyo.org.br ou pelo telefone (11) 3208 1755.

Os contos dos irmãos Grimm são o tema de uma exposição que acontece em São Paulo. Grimm Agreste traz as xilogravuras do pernambucano J.Borges para ilustrar as histórias que atravessaram gerações e até hoje são adoradas pelas crianças.

Inspirada livremente no livro Contos Maravilhosos Infantis e Domésticos dos irmãos Grimm, que no Brasil foi lançado com as ilustrações de J. Borges, a mostra é composta por seis espaços temáticos e também promove uma programação educativa. As crianças podem participar de oficinas de artes visuais, sessões de contação de histórias, espetáculos de dança e outras atividades.

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A exposição fica em cartaz até o fim de agosto, mas para aqueles que não podem ir até São Paulo, foi criado um site temático em que o público pode conhecer e ouvir  histórias dos irmãos Grimm narradas nas vozes de artistas como Lirinha e Chico César.

O jornalista Glauber Soares lança neste sábado (22), em São Paulo, na livraria Martins Fontes, o livro Remédio Forte, que retrata as condições e precariedades humanas. O autor é um 'médico' que diagnostica os problemas do mundo, apesar de não poder saná-los. Mostra o corte, mas sabe que não é sua função suturá-lo.

Nos contos, os personagens estão à margem da vida, procurando a felicidade em lugares improváveis. Contemporâneo, o autor denuncia a violência e a banalidade cotidianas. Gláuber Soares nasceu em Itabuna (BA). Mora em São Paulo desde 1983. Participou das coletâneas de contos: Abigail (2011), Dos Medos o Menor (2012) e A Arte de Enganar o Google (2013) – todas pela editora Terracota.

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Em ano de Copa do Mundo no Brasil, o futebol virou tema de livro de contos organizados pelo premiado escritor Luiz Ruffato. Entre as quatro linhas- Contos sobre futebol reúne 15 histórias de grandes autores da literatura nacional e será lançado nesta quinta (6), às 19h, no Museu do Futebol em São Paulo.

Entre os escritores que participam do livro estão o cearense radicado em Pernambuco Ronaldo Correia de Brito e a jornalista Eliane Brum. Nos contos, os personagens transitam numa realidade em que o futebol é ignorado como manifestação coletiva. As histórias se tornam uma forma para conhecer o Brasil através deste esporte. Durante o lançamento, também ocorrerá uma mesa-redonda acerca do tema.

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Entre as quatro linhas- Contos sobre futebol pode ser encontrado ao preço de R$ 29,90. A edição é da DSOP.

Serviço

Lançamento do livro Entre as quatro linhas - contos sobre futebol

Quinta (6) | 19h

Museu do Futebol- Estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller - Pacaembu, São Paulo)

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