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As cooperativas de crédito estão na Avenida Paulista e na Faria Lima com agências físicas. Também estão entre os participantes do piloto do Drex, a futura versão digital do Real. Em números, uma delas está entre as dez maiores instituições do País em volume de ativos, à frente de bancos tradicionais. E de acordo com especialistas, o avanço do volume de depósitos que estão nessas instituições mostra que elas começam a concorrer mais diretamente com os bancos.

Dados do Banco Central mostram que em março, as cooperativas reuniam 6,9% dos R$ 4,8 trilhões em depósitos que estavam em instituições financeiras. Ainda estavam distantes dos bancos, mas o crescimento nos últimos dez anos tem sido constante. O número era maior que a soma dos depósitos mantidos em outros tipos de participante do sistema financeiro, como as instituições de pagamento, categoria em que se enquadram muitas das fintechs mais conhecidas pelo público.

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Alguns fatores explicam esse crescimento. O primeiro é a presença física: desde 2019, o segmento abriu 2,3 mil agências no País, enquanto os bancos fecharam 2,7 mil para ampliar esforços no atendimento digital. Um segundo fator, derivado do primeiro, é a migração de profissionais do segmento bancário para o de cooperativas.

"Vimos as pessoas saindo de banco e indo para as cooperativas, e esse movimento leva a um aumento do apetite de crédito", afirma o diretor sênior de instituições financeiras da agência de classificação de risco Fitch, Claudio Gallina. "O apetite mudou, e o cliente começa a ver os benefícios, como o crédito relativamente mais barato que no banco."

Modelo diferente

Nas cooperativas de crédito, o cliente é, na verdade, um cooperado, que faz uma contribuição financeira ao entrar, geralmente de valor simbólico. Ao final de cada exercício financeiro, o resultado é dividido entre todos eles. "As cooperativas, diferentemente de fintechs e bancos, não visam ao lucro, porque o cliente é também o dono", diz o diretor da Coordenação Sistêmica e Relações Institucionais do Sicoob, Ênio Meinen, que destaca que os recursos recolhidos por uma cooperativa devem ser aplicados na mesma região.

As centrais - ou seja, sistemas de cooperativas de crédito como o Sicoob e a Sicredi - reúnem uma série de cooperativas locais. No Sicoob, há 339, enquanto no Sicredi, que em ativos é o maior sistema do País, são 105. "Cada cooperativa pode estar em vários municípios, embora no nosso caso, uma não concorra com a outra. Elas têm regiões de atuação bem delimitadas", afirma o diretor de Administração do Sicredi, Alexandre Englert Barbosa.

O diretor de bancos e instituições financeiras não-bancárias da Fitch, Jean Lopes, afirma que embora o sistema ainda seja concentrado, a expansão das cooperativas de crédito é chamativa justamente pelo modelo de negócio. "Quando dois players com um modelo de negócio diferente começam a aparecer entre os maiores, isso tem um efeito", afirma. "Os bancos estão olhando para as cooperativas como um concorrente bem forte."

Como não têm o lucro como finalidade, as cooperativas são isentas de tributos sobre os resultados, diferentemente dos bancos, o que também ajuda na expansão das operações. "Elas pagam menos impostos comparadas aos bancos, e isso permite que tenham um capital mais robusto", diz Gallina, da Fitch.

Disputa

Outro fator que explica o crescimento das instituições cooperativas é a captura de clientes de todos os segmentos da economia, após décadas em que essas instituições se voltavam aos produtores rurais. Em resumo, qualquer pessoa pode abrir uma conta, o que também levou a um crescimento da prateleira de produtos.

"Cooperativa tem depósito a prazo, letras de crédito do agronegócio, imobiliárias. Como operam com crédito imobiliário e empréstimos rurais, geram lastro para esse tipo de ativo", diz Meinen, do Sicoob. "O associado pode concentrar todas as suas atividades financeiras em uma cooperativa."

Barbosa, do Sicredi, afirma que um dos segmentos em que os sistemas têm a atuação mais forte é o de micro e pequenas empresas (MPEs). Em julho, o Sicredi chegou a 1 milhão de associados pessoas jurídicas, sendo que 73% deles eram MPEs, e 22%, microempreendedores individuais. "A grande diferença é o fomento, a oportunidade que damos para que empresas menores passem a ter crédito e alavancar os municípios."

Em março deste ano, o Sicredi tinha uma carteira de crédito de R$ 179,8 bilhões, alta de 25,8% em um ano. No Sicoob, o dado publicado mais recente é o de dezembro de 2022, com carteira de R$ 140,6 bilhões, alta de 22,4% em um ano.

Garrafas, caixas de papelão, sacos plásticos, embalagens de leite. Muitos desses objetos são corriqueiros e fazem parte do dia a dia de milhares de pessoas. Quando fazemos feira no supermercado, compramos um lanche rápido na rua, ou até mesmo quando precisamos armazenas utensílios temporariamente em um local. Muitos materiais são úteis no nosso cotidiano, mas os problemas surgem quando não precisamos mais de determinada embalagem pois sua utilidade já acabou. Onde vão parar os materiais que descartamos? O que é feito com todas as embalagens de produtos que usamos no dia a dia depois que eles acabam? 

Segundo Daniel Saboya, diretor da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), órgão responsável pela coleta de resíduos e de materiais recicláveis na capital pernambucana, o desafio maior é atender às demandas da população no período de chuvas intensas na cidade. “Equipes de operações especiais e remoção de resíduos volumosos são acionadas de imediato no caso de possibilidades de arraste de materiais para rios, canais, galerias e que também possam vir a interditar vias, diz o diretor. 

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Em entrevista ao LeiaJá, ele afirmou que algumas medidas são tomadas, uma delas é alertar a população de colocar os resíduos em frente às residências no turno e horário mais próximo da coleta pela equipe de garis e caminhões de coleta. “Pedimos sempre à população para estar atenta aos dias e turnos corriqueiros de coleta dos resíduos para que o material não fique muito tempo em frente às residências, pois se esses materiais ficarem muito tempo expostos podem gerar incômodos, dificultar a circulação, atrair vetores ou ainda serem arrastados no caso de chuvas torrenciais”, informou Saboya. 

Dificuldades na hora da coleta 

Ainda de acordo com Daniel Saboya, existem algumas situações menos favoráveis para a coleta no período de chuvas, que pode causar danos aos materiais recicláveis e aos dejetos não reutilizáveis, além de aumentar os riscos de infecções na população. 

“A disposição dos resíduos em frente às residências e guardas temporários em sacos e recipientes inapropriados, que facilitam a dispersão de materiais; a disposição dos resíduos em locais e horários inadequados; o acúmulo de materiais nos canais, galerias e sistema de drenagem da cidade, provocado pelo descarte irregular de resíduos sólidos; o aumento do trânsito e a dificuldade de acesso em alguns locais pelo elevado índice de chuvas”, listou o diretor. 

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Triagem em cooperativas 

Uma das ações da autarquia é a manutenção de parcerias com organizações que trabalham com a separação e venda de materiais recicláveis (como os citados no início da matéria), para empresas que reutilizam em seus produtos. Uma dessas organizações é a Cooperativa Reciclando Vidas, localizada no bairro de São José, região central do Recife. 

Funcionando há três anos, o espaço se dedica aos processos de triagem e compactação dos materiais. Segundo o presidente Esmeraldo Emilho, o trabalho é diário, mas faz a diferença. O caminhão da prefeitura chega carregado de material recolhido nos bairros da cidade, e que é distribuído nas mesas de triagem. Os trabalhadores, então, começam a abrir as sacolas e a separar os materiais por tipo: garrafa de óleo, garrafa PET, frascos de água sanitária, caixas de papelão, latas, entre outros. 

Depois de encherem grandes sacos, trabalho que pode levar cerca de uma semana, os materiais, devidamente separados, são levados para uma prensa, onde são montados os fardos que são vendidos para empresas que trabalham com reutilização de materiais. A precificação é feita por quilo, e varia de material para material. Um fardo de garrafa PET, por exemplo, é cotado a R$ 3,10 por quilo, e o peso vendido pode chegar de 80 a 100 kg, por semana.  O faturamento é dividido entre todos os cooperados, que atualmente são 16 pessoas, incluindo Seu Esmeraldo. 

Funcionando desde 2021, a Reciclando Vidas apresenta bons números de triagem e venda de materiais. Em 2022 foram vendidos o total de 240 mil quilos de materiais para empresas. Este ano, até o mês de julho, já foram repassados 167 mil quilos, tendo uma média de 20 mil a 30 mil quilos por mês. 

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Dificuldades na triagem 

Durante o trabalho de triagem dos materiais, todos os trabalhadores utilizam equipamentos de proteção individual, sendo os principais deles luvas e máscaras. Muitas vezes um material é retirado de um saco com rejeito orgânico, fato que ocorre quando, em uma casa, existe apenas um recipiente para colocar todo o lixo doméstico. O que não é aproveitado, é encaminhado, como rejeito, para aterros sanitários. 

Uma das dificuldades encontradas “o material que vem do caminhão, no tempo de inverno, ele não chega muito molhado porque molha mais a parte de cima, a o caminhão tem uma lona que protege. O que chega a molhar mais é papelão, mas o próprio espaço da cooperativa ajuda a proteger da chuva também (...) O que vem pra gente aqui, o material já é um material limpo, já dá pra ser usado”, explicou Seu Esmeraldo. 

O presidente da cooperativa disse, no entanto, que o problema maior na triagem é a falta de conscientização da população na hora de separar os dejetos, seja em casa ou na rua, nos lixeiros de coleta seletiva, dos coloridos, que são comuns em vias públicas. “Tem alguns que vêm de praças, tem muita gente que usa certo, mas tem gente que usa de má fé, bota todo tipo de coisa no lixeiro”, disse o cooperado. 

“Se a turma botasse a mente pra trabalhar, pensar, separar os materiais recicláveis do que é rejeito. Resto de comida, que não deve ser mandado para nenhuma cooperativa, coco, por exemplo. Se o pessoal de casa tivesse bom senso, dava para separar o rejeito dos materiais [recicláveis]: plástico, PET, lata. Só é pegar um balde em casa e fazer, mas tem muitas pessoas que não fazem assim, principalmente nos bairros”, compartilhou. 

Dicas para fazer o descarte correto de lixo doméstico 

- Dispor os resíduos nos horários mais próximos à coleta;  

- Acondicionar preferencialmente em sacos de 100L ou recipientes convenientemente fechados, sem líquido e com vidros embalados corretamente em seu interior; 

- Sob nenhuma hipótese, colocar os resíduos nas linhas d’água e próximos ao sistema de drenagem. 

- Os principais resíduos recicláveis são papel, papelão, plásticos em geral, isopor, tetrapak, vidros, metais e eletrônicos.  Eles devem estar acondicionados no mesmo saco ou recipiente e devem estar previamente limpos e secos.  Em hipótese alguma podem estar misturados com resíduos orgânicos ou materiais não recicláveis como resíduos de alimentos, fraldas, resíduos de banheiros e outros. 

 

Hoje (5) é comemorado o Dia Mundial da Reciclagem. Em decorrência do crescente número da população, cresce também o número de indústrias que produzem material plástico- o que acarreta maior número de residuos deste tipo, gerando trabalho a catadores e cooperativas locais. Confira a seguir, como funciona este processo em Guarulhos, segundo maior cidade do estado de São Paulo e uma das mais ricas do país. 

Todos os dias a cidade produz mais de mil toneladas de resíduos, segundo site da Prefeitura. Em outubro de 2022 as cooperativas e indústrias receberam uma consultoria para aperfeiçoar o serviço. Seis cooperativas de reciclagem receberam certificação de uma consultoria com foco no crescimento institucional das entidades, oferecidas pela Prefeitura.

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Algumas das cooperativas locais participam do programa Coleta Seletiva Solidária, que recolhe e destina corretamente os resíduos recicláveis separados pela população a fim de gerar trabalho e renda. Após as pesquisas e o aumento das indústrias, também foram crescendo os projetos socioambientais e cooperativas locais voltados para os catadores.  

Jaqueline Luiza Conceição, que está à frente dos projetos socioambientais de Guarulhos, como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), explica que a atuação poder público em relação às cooperativas e a reciclagem é para criar o programa da coleta seletiva que tem um local que vai descartar - o aterro sanitário. "O poder público tem uma parte da indústria que vai reprocessar, então, todos eles são responsáveis por essa embalagem e a política nacional de resíduos sólidos, todos os entes da Federação Municipal Estadual, da sociedade e toda a economia”, enfatiza.

O Aterro Sanitário é um local destinado a decomposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Neles são resíduos também retirados do esgoto. Com isso, várias tentativas de estimular a reciclagem e diminuir o lixo são direcionados ao aterro. 

Pesquisa 

De acordo com o site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em 2021, existem cerca de 800 mil catadores e catadoras em atividade no Brasil, sendo 70% do gênero feminino. Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (SELURB), 13,5% de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos são plásticos produzidos no país. Estudos apontam que aproximadamente 45% dos resíduos em Guarulhos são recicláveis, ou seja, são resíduos que podem ser separados e transformados em novos produtos, diminuindo a retirada de matéria prima da natureza e possibilitando a sobrevivência. 

Catadores de materiais recicláveis  

O homem é o ser que atua na conservação da natureza de forma indireta, pois recolhe o lixo e recicla. O descontrole dessa reutilização do material plástico gera a ação da indústria em terceirizar o trabalho dos catadores. “Ser catador é uma profissão onde os catadores se ajudam entre si para crescer esse tipo de comércio. Eu tenho os meus clientes. Tem muita gente que está vindo agora por necessidade. Isso é diferente de um catador que nem eu, não estou pela necessidade, eu estou porque sou profissional”, disse o catador de material reciclável Ronei da Silva, de 61 anos, que vive da reciclagem desde os 14 anos e recolhe os materiais no Centro de Guarulhos.

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Segundo dados da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), 80% dos detentos que passam pela reabilitação social não voltam à criminalidade. Ainda de acordo com a Secretaria, houve uma redução de 28,51% no número de mulheres encarceradas, que saiu de 831 para 594, entre 2019 e 2021.

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Iniciativa importante para apoiar a ressocialização, a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), fundada em 2014, no Centro de Reeducação Feminino (CRF) de Ananindeua, Pará, tem como objetivo incentivar mulheres que estão em privação de liberdade, auxiliando no processo de reinserção social. O grupo atua na produção de artesanato, itens decorativos, roupas e acessórios.

Gerson Santos, assessor de projetos da Seap e tutor da Coostafe, fala que, por meio do trabalho desenvolvido pela cooperativa, o principal benefício para as mulheres que fazem parte é o aprendizado, visto que, quando estiverem em liberdade, elas poderão permanecer com o ofício. “Inclusive, a Coostafe, hoje, é referência nacional, vanguardista nesse segmento e única”, informa.

Gerson explica que a gestão da unidade prisional busca, desde o início, parceiros que apoiem as cooperandas na criação e geração de renda, com instrumentos que auxiliem na reinserção social e treinamentos. “Buscou-se apoio da Organização das Cooperativas do Brasil e de outros parceiros para a configuração dessa pessoa jurídica. A Seap é uma grande parceira. Por meio da Gerência de Ensino Profissionalizante, busca trazer capacitações específicas”, diz.

Para as internas serem parte da cooperativa, a Seap estabelece critérios por meio de portarias. A seleção começa com uma triagem biopsicossocial (abordagem que engloba as dimensões biológica, psicológica e social), seguida por avaliação comportamental. Após essas etapas, a detenta poderá iniciar sua produção.

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A arte liberta

A liberdade é a condição que as custodiadas tanto esperam. Pelo cooperativismo, as detentas descobriram que há um caminho promissor: a arte.

A interna e diretora comercial Edineuza Leão, ao chegar na cooperativa, há 1 ano e 8 meses, diz que encontrou uma nova chance para viver. “A minha vinda para a Coostafe foi um novo mundo que se abriu para mim. Quando eu vim presa, eu cheguei aqui no cárcere pensando que estava tudo acabado. Não queria fazer nada, só queria morrer e pensei que tinha tudo chegado ao fim. Mas, quando eu recebi a oportunidade de vir para Coostafe, quando cheguei aqui, vi que não estava tudo perdido e que eu tinha uma nova chance, um recomeço”, relata.

Edineuza diz que a partir do projeto teve trabalhos aperfeiçoados e, hoje, além de ser crocheteira, manuseia o bordado e a costura. A diretora comercial destaca que não tem palavras para agradecer tudo o que está aprendendo. "Hoje eu tenho um cargo aqui na Coostafe e, assim, eu já tenho uma responsabilidade. Isso aqui eu já vejo como uma empresa, tenho as minhas responsabilidades e faço de tudo um pouco", fala.

Para a responsável pelo estoque, Jakeline Magalhães, que está há 6 meses na Coostafe, a costura foi a maior descoberta e a atividade que mais ama realizar. “A gente aprende várias coisas, coisas que até mesmo não sabíamos antes de chegar nesse lugar. Comecei com bordado e a costura era uma coisa que eu queria fazer mais, porque era o que eu mais gostava e queria aprender. Hoje o meu foco é a costura, mas eu bordo e faço até mesmo crochê”, conta.

Jakeline se sente orgulhosa em produzir e ressalta que, para cada interna, é uma oportunidade única fazer parte do projeto. “A cada coisa que a gente faz, a gente coloca o nosso sentimento, coloca o nosso amor, tudo aquilo de bom que tem entre a gente”, relata.

Há 5 anos e 8 meses na Coostafe, a coordenadora do crochê, Rosiane Pinheiro, conta que, apesar de ser de uma comunidade quilombola e ter conhecimento de algumas atividades, ao chegar na cooperativa pôde ensinar e aprender mais. Rosiane diz, ainda, que os trabalhos desenvolvidos podem ajudar na ressocialização, como forma de trabalho. “Digo que as pessoas [detentas] procurem [a cooperativa], porque assim como elas vão ter remissão, vai ser um aprendizado bom para quando sair, um sustento para a família”, conclui.

* Todas as entrevistadas autorizaram o uso de nomes e imagens nesta reportagem.

Por Lívia Ximenes, Even Oliveira e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

 

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O incêndio que destruiu uma loja de instrumentos musicais na noite dessa segunda-feira (15), no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, deixou o imóvel do núcleo de associações sem luz. O prédio é da Prefeitura e também acomoda as organizações de marceneiros, serigrafia, lavadeiras e costureiras.

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As chamas se espalharam quando não havia mais pessoas no imóvel e tomaram maiores proporções por volta das 20h30, quando o fogo começou a chamar a atenção dos vizinhos.

Os bombeiros foram acionados por volta das 20h55 para apagar o incêndio. Não houve registro de vítimas no local.

O marceneiro Erivelton Paulino trabalha no imóvel e contou que a loja de instrumentos ficou completamente destruída, mas salas ao lado não foram atingidas.

O imóvel está sem energia elétrica e os profissionais estão impossibilitados de trabalhar na manhã desta terça (15). Erivelton estima que cerca de 200 cooperados foram afetados pelo incêndio.

"É tudo coladinho, porém só atingiu a loja do meu amigo mesmo", lamentou o profissional, que descreveu a situação do comércio de artigos musicais como "perda total".

De acordo com o marceneiro, a Defesa Civil do município chegou por volta das 8h30 para cadastrar os associados. Uma vistoria também foi feita. 

Ele apontou que a visita foi tardia, já que o prédio público não recebe manutenção ou acompanhamento da Prefeitura. A última reforma ocorreu durante a campanha eleitoral de 2019, mas não atendeu às demandas estruturais.

"Nunca houve prioridade não. Houve reforma, mas só de banheiro", criticou.

A Polícia Civil não deu informações sobre a abertura de inquérito para apurar as causas do incêndio.

Resposta da Prefeitura

Em nota, a Defesa Civil do Recife informou que não há risco aos imóveis vizinhos, mas a área vai passar por uma vistoria mais apurada.

Os profissionais afetados serão beneficiados com um auxílio de R$ 1.500 e uma reunião com os cooperados será agendada para oferecer condições para que voltem ao trabalho o quanto antes.

“A área já era objeto de estudos para melhoria de suas condições estruturais. Sob coordenação do Gabinete de Projetos Especiais, uma licitação está em fase final para contratação de projeto para requalificação dos espaços transformando os galpões em um grande centro de qualificação profissional. A licitação está prevista de ser finalizada nesta quinta (17)”, destacou a gestão municipal.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou, nesta quarta-feira (18), a nova edição da revista MPT em Quadrinhos, com enfoque na importância de criação de cooperativas de catadoras e catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis e nos direitos trabalhistas dessa categoria. O evento virtual teve transmissão pelo canal TVMPT no YouTube. Você pode assistir clicando aqui.

O MPT defende que o trabalho fundamental desenvolvido por catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis precisa ser cercado de todos os cuidados, a garantia de segurança e saúde no desempenho das tarefas. Por isso, entende que a melhor maneira para que se garanta isso é por meio da criação de associações e cooperativas de catadoras e catadores.

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A coordenadora nacional da Conap, Ileana Neiva, destacou que os municípios, na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, devem incentivar a criação e o desenvolvimento destas associações ou cooperativas. “De forma coletiva, é mais fácil obter os meios para a sustentabilidade ambiental e promoção da emancipação econômica dos trabalhadores de baixa renda, garantindo-lhes, ainda, a infraestrutura adequada para a realização com saúde e segurança de suas tarefas”, argumentou Ileana Neiva.

Do site do MPT/PA.

A Unimed Belo Horizonte Cooperativa de Trabalho Médico Ltda. foi condenada a indenizar um paciente que teve negado o fornecimento de materiais necessários para que ele se submetesse a uma cirurgia. A cooperativa deverá indenizar o paciente em R$ 10 mil por danos morais. 

A decisão é da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que reformou em parte a sentença da Comarca de Carangola-MG. A cooperativa foi condenada ainda a fornecer os materiais para realização da cirurgia. 

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O usuário do plano de saúde entrou com o pedido para que a Unimed Vale do Carangola e a Unimed Belo Horizonte fossem condenadas a arcar com os custos de dois materiais, a extensão ilíaca, no valor de R$ 18.730, e o kit endoprótese anaconda, no montante de R$ 47.980.

Na primeira instância, o pedido foi julgado procedente. As cooperativas foram condenadas a indenizar o homem em R$ 15 mil. 

A Unimed Vale do Carangola recorreu, indicando não ser parte legítima para figurar na ação, uma vez que o paciente não tinha contrato celebrado com a unidade e as duas cooperativas eram independentes. 

A Unimed Belo Horizonte também recorreu. Ela sustentou não ter praticado qualquer ato ilícito, afirmando que a negativa de cobertura do material necessário à cirurgia derivou de disposições contratuais, visto que o contrato firmado entre as partes possuía cláusula expressa excluindo da cobertura próteses de qualquer natureza.

Entre outros pontos, a empresa afirmou que nos autos não havia notícia de que o paciente tivesse sofrido danos a sua saúde decorrentes da negativa da cirurgia, além de não haver indícios de sofrimento psicológico ou abalo em sua honra. 

A relatora, desembargadora Aparecida Grossi, verificou que a Unimed Vale do Carangola não deveria figurar na ação. Já quanto a Unimed de Belo Horizonte, a relatora destacou que foram criados obstáculos para fornecer os materiais, que haviam sido indicados pelo médico credenciado que avaliou o paciente. "Apesar do procedimento ter sido autorizado, a recusa de fornecimento dos materiais se embasou na ausência de cobertura pelo plano de saúde do demandante", ela escreveu.

Para a magistrada, a recusa se baseava em cláusula abusiva, pois o contrato cobria o tratamento de patologia nos termos citados pelo médico, mas excluía a cobertura de materiais necessários para um procedimento exitoso, o que ela classificou como "incoerente".

A desembargadora manteve a sentença que determinava o fornecimento dos materiais. Entretanto, ela decidiu reduzir a indenização para R$ 10 mil. Os outros dois desembargadores votaram de acordo com a relatora.

Diante da insatisfação dos entregadores de aplicativos com as condições de trabalho oferecidas pelas empresas, os trabalhadores estão se mobilizando para fundar uma cooperativa. Com o aplicativo de entrega, eles seriam os seus próprios patrões.

Parte dos entregadores acredita que a autogestão seria o melhor caminho, mas o processo de criação da cooperativa para concorrer com as grandes plataformas de entrega como Uber Eats, Rappi e Ifood não sai nada barato.

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Só o desenvolvimento inicial de um aplicativo custa cerca de R$ 500 mil. Na luta para transformar a idéia em algo mais palpável, o movimento 'Entregadores Antifacistas' conta com o apoio voluntário de advogados, economistas, programadores e estudiosos do cooperativismo de plataforma. 

Segundo a BBC, os 'Entregadores Antifascistas' buscam inspiração em cooperativas de entrega que já existem no exterior, estando o grupo brasileiro em contato com a francesa CoopCycle, federação que reúne 30 cooperativas do tipo, sendo 28 na Europa e duas no Canadá.

A CoopCycle permite que as cooperativas das diferentes cidades compartilhem serviços, como o uso de um software e aplicativos comuns com o objetivo de baratear os custos.

Entre outras coisas, o movimento brasileiro trabalha para adaptar a plataforma francesa para um sistema de pagamentos que opere no Brasil, além de incluir o serviço de motos no sistema.

Em entrevista à BBC, a entregadora Eduarda Alberto revelou que "o primeiro desafio está sendo convencer a galera do Coopcycle a inserir motocicleta na própria plataforma deles, porque pouparia muito trabalho de desenvolvimento. Se não for viável, a gente vai desenvolver uma nova em cima do código aberto que eles liberam".

Eduarda confirma que, enquanto a cooperativa não se torna realidade, criou o coletivo de entregas 'Despatronados'. Na última segunda-feira (21), quando o site foi ao ar, 36 pessoas já se inscreveram para entrar no coletivo. A entregadora aponta que, até a última sexta-feira (24), a rede já contava com 190 clientes cadastrados que podem acionar as entregas pelo WhatsApp, mas tudo isso está limitado ao Rio de Janeiro ainda.

Motoristas de cooperativas de táxi do Recife organizam um protesto na manhã desta segunda-feira (10). Cerca de 10 carros estão concentrados na Avenida Engenheiro José Estelita, na área central da capital. Eles pretendem seguir em carreata até a Câmara dos Vereadores do Recife.

Mais uma vez, o motivo da insatisfação dos taxistas são os aplicativos de transporte privado de passageiros, como o Uber. O objetivo é conseguir apoio de vereadores para mudanças na regulamentação dos aplicativos.

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Os taxistas defendem haver uma concorrência injusta porque a quantidade de motoristas de aplicativo é muito superior. Conforme a categoria, existem 6.125 táxis cadastrados na capital. Segundo representantes de motoristas de aplicativos, há 24 mil pessoas trabalhado com esse tipo de serviço em Pernambuco.

Conforme os representantes de aplicativo, a Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) da Câmara de Vereadores do Recife pretende debater a equiparação entre táxis e veículos de aplicativos. "Essa decisão poderá tirar a oportunidade de geração de renda de pelo menos 24 mil pernambucanos", diz nota da categoria enviada pelas redes sociais. Já os taxistas prometem fazer uma carreata sem fechar o trânsito nesta segunda.

Taxistas da cooperativa Guarucoop de Guarulhos doaram, na última quarta-feira, 26 de junho, para o Fundo Social de Solidariedade, cerca de mil peças, incluindo calçados, agasalhos e cobertores. A entrega foi feita para Elen Farias, presidende do Fundo Social de Solidariedade, que organiza a Campanha do Agasalho em Guarulhos, batizada este ano de “Juntos com o campeão, venceremos o frio!”.

“A Campanha do Agasalho está a todo vapor. E graças à colaboração de toda sociedade guarulhense, estamos conseguindo arrecadar em todos os cantos da cidade. Agradeço à Guarucoop (cooperativa de taxi) por mais esta parceria. Estas roupas servirão para aquecer as pessoas que necessitam”, ressaltou a presidente do Fundo Social.

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“É muito importante contarmos com a participação de todos os cooperados durante todo este período de Campanha. Esta foi a nossa segunda entrega e até o final da Campanha doaremos mais. Como dizem os cooperados, para nós é pouco, mas para quem precisa é muito”, disse Waldir Almeida Silva, presidente da cooperativa de táxi.

A Campanha do Agasalho 2018 de Guarulhos “Juntos com o campeão, venceremos o frio,” cujo embaixador oficial é o jogador de vôlei Serginho, vai até o dia 27 de agosto.

Existem centenas de pontos de arrecadação espalhados pela cidade: CEUs, Corpo de Bombeiros, escolas, rede de supermercados, faculdades e em todos os órgãos da Prefeitura identificados com cartazes da campanha.

Para doar e só levar uma peça de vestuário ou cobertor para os pontos identificados com os cartazes da campanha.

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Em parceria com a Integração com Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e a Fundação de Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Pará Ltda (Cooesa), a associação Nossa Biblioteca (NB) promoveu, na manhã de sábado (19), o encerramento da 5ª Semana Nacional de Educação Financeira para crianças e adolescentes integrantes das cooperativas mirins. O evento ocorreu de 8 às 12 horas na sede da Nossa Biblioteca, que fica na Rua 25 de Junho, 214, no bairro do Guamá.

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As cooperativas mirins, que são as primeiras do Norte, foram criadas pela NB para estimular os integrantes à criação de livros. São elas “Flor do Norte” e “Guamá Primeira do Norte”. Ambas são apoiadas pelo Instituto Sicoob Cooesa.

A parceria com a NB, que já tem dois anos, foi a maior realização do instituto, pois um dos princípios é divulgar o cooperativismo e a educação financeira. “Queremos que esse projeto tenha sequência e já estamos estudando a possibilidade de apoiar os alunos até quando estiverem cursando uma universidade, pois assim como acontece na nossa central, no Paraná, o Projeto Conexão Jovem, os alunos permanecem com os trabalhos de cooperativados mesmo na vida adulta”, afirma Francisca Uchôa, 56 anos, presidente do Sicoob Cooesa.

As presidentes das cooperativas mirins também estavam presentes no evento e felizes em ver seus cooperados participando ativamente das oficinas, palestras e brincadeiras. Leandra Galvão, 15 anos, estudante e presidente da Cooperativa Mirim “Guamá Primeira do Norte”, disse que participa dos projetos desde os 5 anos de idade e se apaixonou pelos livros. Está na presidência da cooperativa mirim desde novembro de 2017. “A presidência da cooperativa me trouxe mais amadurecimento, pois tenho muitas responsabilidades, apesar de não trabalhar sozinha. Ao meu lado tenho o vice-presidente, secretário e o tesoureiro. O trabalho é bem dividido e ninguém fica sobrecarregado”, disse Leandra.

Da assessoria de imprensa da Associação Nossa Biblioteca.

Na próxima segunda-feira (26), às 9h30, o secretário de Agricultura, Álvaro Vasconcelos conhecerá os detalhes da gestão atual da usina Pumaty, localizada em Pernambuco. O gestor se reunirá com os presidentes dos dois órgãos de classe dos canavieiros pernambucanos: Gerson Carneiro Leão, do Sindicato dos Cultivadores de Cana, e Alexandre Andrade Lima, da Associação dos Fornecedores de Cana (AFCP). O encontro será realizado na sede da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas.

Em recuperação judicial, a unidade foi arrendada por uma cooperativa formada pelos antigos fornecedores de cana da própria unidade industrial. “Ao oportunizarmos a reabertura de uma importante unidade fabril no estado, a fim de termos para onde escorrer as nossas canas, também retomamos os empregos agroindustriais, reaquecendo toda a economia local e gerando impostos”, frisa Alexandre Andrade Lima, conforme informações da assessoria de imprensa.

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Cerca de quatro mil empregos direitos e indiretos foram reativados. E nos dois meses que a usina reabriu, já foram pagos quase R$ 3 milhões de ICMS estadual. Com o resultado, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas, Lourenço Lopes entende que encontro visa estimular o setor no Estado. 

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, aparece no Tribunal de Justiça de São Paulo como advogado em pelo menos 123 processos na área civil da Transcooper. A cooperativa é uma das cinco associações e empresas citadas em investigação que apura supostas formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O secretário afirmou, em nota, que "renunciou a todos os processos que atuava como um dos sócios do escritório de advocacia" no qual trabalhava. Ele disse ainda que solicitou, em 1.º de janeiro, uma licença temporária de sua inscrição como advogado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo a nota, Moraes começou a advogar para a Transcooper no dia 27 de janeiro de 2011 em causas civis e administrativas. "Não houve qualquer prestação de serviços advocatícios - nem pelo secretário nem pelos demais sócios - às pessoas citadas em possível envolvimento com o crime organizado, em 2014. O contrato se referia estritamente à pessoa jurídica da cooperativa", informou a nota. Até ontem (8), Moraes permanecia no site do TJ como um defensor da cooperativa.

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Antes de ser anunciado para o cargo no governo Geraldo Alckmin (PSDB), no dia 17 de dezembro, Moraes comandava um dos mais famosos escritórios de advocacia em São Paulo. Entre seus clientes estão empreiteiras, associações e políticos. Ele também participou de 2007 a 2010 da gestão Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura, quando acumulou os cargos de presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da São Paulo Transporte (SPTrans), além da Secretário de Serviços e de Transportes.

A Transcooper teve até 2010 como seu cooperado o ex-deputado Luiz Moura, que foi expulso do PT depois de ter o nome envolvido na mesma investigação. Em 2004, no dia 17 de março, Moura foi flagrado em uma reunião com 42 pessoas em uma garagem da cooperativa, durante uma operação surpresa organizada pelo Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic). Treze pessoas que participaram do encontro pertenceriam à facção. O Estado procurou o delegado Ruy Ferraz Fontes, que chefiava a apuração, mas ele não foi localizado. A apuração do Ministério Público Estadual (MPE) contra a Transcooper continua em andamento.

Em 2010, quando as investigações tiveram início, Moura era diretor de uma das empresas citadas, a Happy Play. As outras eram a Himalaia e a Novo Horizonte. Na investigação, um dos endereços encontrados da Happy Play era o da garagem da Transcooper.

Desconhecidos. Por telefone, Moura se limitou a dizer que não conhece Moraes. Seu irmão, o vereador Senival Moura (PT), era um dos cooperados. Procurado pelo Estado, disse que conheceu o secretário e que ele tinha boa relação com os permissionários. "Sempre foi um profissional muito respeitado entre os permissionários e a direção da Transcooper. Depois que ele foi secretário de Transportes, foi contratado como advogado da cooperativa para defender nossas causas", contou.

A maioria das ações em que o escritório de Moraes atua para a Transcooper é de permissionários ou ex-funcionários da associação que pediram indenizações por danos morais. Em um dos processos, que teve início em 2004, o atual secretário defendeu a Transcooper em um caso em que era apurado um suposto esquema que apontou irregularidades da SPTrans sobre multas contra perueiros. A última movimentação da ação foi no dia 17 de dezembro, quando Moraes foi anunciado para o cargo no governo Alckmin. O secretário também atuou em ações propostas pelo MPE, como no caso da greve de ônibus em 2005, no qual a Transcooper, Himalaia e as demais associações e empresas que atuam no transporte público de São Paulo foram obrigadas a ressarcir os cofres públicos. (Colaborou Rafael Italiani). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está apoiando projetos de cooperativas, de crédito, com aptidão para atuarem com microempreendedores individuais. A proposta, entre cooperativas de crédito, tem com a finalidade incentivar a intercooperação entre elas e melhorar o desempenho junto aos pequenos negócios.

“Esperamos estimular a criação de novas práticas operacionais e novas linhas de produtos e serviços para empresários do segmento de pequeno porte e microempreendedores individuais”, disse o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, segundo informações da assessoria de imprensa.

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O Sebrae conta com recursos de R$ 3 milhões, sendo até R$ 150 mil para cada projeto de intercooperação aprovado. As propostas serão selecionadas a partir de apresentação, conforme o edital exposto no Portal Sebrae.

 

 

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) inaugura nesta sexta-feira (6), um galpão de triagem da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Serra Talhada (Coopecamarest). A expectativa é que 55 catadores – sendo 25 ligados à cooperativa e 30 que trabalham no lixão que será desativado – sejam beneficiados com o projeto.

O galpão tem uma área total construída de 400m², dispondo de refeitório, cozinha, vestiários, sanitários feminino e masculino com acessibilidade para pessoas com deficiência, sala de exposição e capacitação, além de escritório para os catadores. Em equipamentos (prensa, balança, carrinho transportador, baias móveis, etc.), veículos (carroças, triciclos, incluindo um caminhão), fardamentos, EPI e obras, materiais de escritório, microcomputador, impressora, mobiliário, foram investidos recursos da ordem de R$ 1 milhão.

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O coordenador do Recicla PE Bertrand Sampaio, afirma que o maior ganho tem sido a melhoria da qualidade de vida destas pessoas. “Houve aumento no preço final do material vendido às indústrias que compram plástico, papelão e metal. A renda média dos catadores, em um ano de projeto, já passou de R$ 100,00 para R$ 400,00.”

Os catadores fazem a coleta de material reciclável em três áreas do município – AABB, Centro e Alto Bom Jesus – por meio de porta a porta, além de receber material doado por 37 grandes geradores, entre indústrias e outras empresas. O galpão fica localizado na Av. Vicente Inácio de Oliveira, s/n, na BR 232, no bairro Borborema (por trás da Exposição de Animais).

Recicla PE

O Projeto se destina a implantar intervenções relacionadas à gestão e operação na área de resíduo sólido. Os municípios - localizados Na Zona da Mata Sul - de Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Gameleira, Escada, Primavera, Ribeirão, Amaraji e Cortês, estão sendo beneficiados. 

No Agreste, o município atendido é Garanhuns; e no Sertão, são alvo do projeto os municípios de Arcoverde e Serra Talhada. O Recicla PE é executado pelo Itep, por meio da Unidade Gestora de Projetos de Resíduos Sólidos do Itep – UGRS, sendo ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDEC) e financiado pela empresa PetroquímicaSuape, com recursos do BNDES. 

O caso da Usina Catende, localizada na Zona da Mata Sul de Pernambuco, será tema de discussão nesta terça-feira (8), na Secretaria de Articulação Regional e Social de Pernambuco (Seart), a partir das 16h. O assunto será debatido entre o secretário de Articulação Regional Aluisio Lessa, o secretario da Casa Civil Tadeu Alencar, o procurador geral Thiago Norões, representantes dos trabalhadores e o Banco do Brasil. O encontro ocorrerá na sede da secretaria, no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife.

A Usina Catende foi leiloada em outubro de 2012 para a empresa Ghanei Legal Consultancy, de Dubai, nos Emirados Árabes, que ofereceu em lance único o valor de R$ 40 milhões. Porém, apesar do arremate, não houve finalização do processo de compra.

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Na pauta desta terça-feira (8), o principal assunto abordado será o destino do local e a situação dos trabalhadores. O encontro será fechado e debaterá ainda outras pautas não detalhadas. A usina acumula dividas superiores a R$ 1,5 bilhão e deve gerar desemprego para cerca de 5 mil trabalhadores.

Segundo a assessoria da secretaria de Articulação, atualmente a usina está sendo cuidada pelos próprios trabalhadores e há possibilidades que ela seja transformada em uma cooperativa.

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