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A Justiça de São Paulo condenou, nessa segunda-feira (27), em primeira instância, as duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica, de Vila Formosa, zona leste da capital, pelos crimes de tortura e maus-tratos contra crianças da instituição. A defesa das rés alega que não há prova dos crimes e diz que vai recorrer da sentença.

Roberta Regina Serme, dona da creche, foi condenada a 49 anos e nove meses de reclusão em regime fechado e um ano e quatro meses de detenção em regime inicial semiaberto; Fernanda Carolina Serme, sócia da escola e irmã de Regina, a 13 anos e quatro meses de detenção em regime semiaberto; e Solange Hernandez, funcionária da creche, a 31 anos e 1 mês em regime fechado e 8 meses de detenção em regime semiaberto.

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O caso, que corre em segredo de Justiça, é investigado desde março do ano passado. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostrando bebês sentados em uma cadeirinha e imobilizados com uma espécie de pano, dispararam a investigação.

Solange poderá recorrer da decisão em liberdade, enquanto as irmãs Roberta e Fernanda vão permanecer detidas, já que elas respondiam o processo presas por risco de fugirem, de acordo com a Justiça.

"Determinada a imposição de pena, é patente o risco de que soltas (Roberta e Fernanda) procurem obstar a aplicação da lei penal, tal como buscaram de início, pondo-se em fuga. Deixo de lhes facultar, assim, o recurso em liberdade", diz trecho da sentença, assinada pela juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 23.ª Vara Criminal de São Paulo, do Fórum da Barra Funda, na zona oeste da cidade.

A defesa das rés vai recorrer da decisão. De acordo com Eugênio Malavassi, advogado de defesa de Roberta e Fernanda Serme, "a sentença condenatória contrariou a prova colhida durante a instrução processual, razão pela qual a defensoria técnica vai interpor recurso de apelação".

Ele diz que não há provas que demonstrem que as irmãs e sócias da creche determinaram fazer o que aparece nos vídeos. "Não há nada nos autos que comprove nenhuma conduta comissiva (uma conduta de ação) da Roberta e nenhuma conduta omissiva da Fernanda", pontua. "Não houve delito de tortura e não houve crime de maus-tratos", afirma o advogado. "Elas não praticaram os crimes afirmados pelo Ministério Público, razão pela qual vamos buscar a absolvição perante o Tribunal de Justiça".

A Justiça de São Paulo julgou de forma parcial a denúncia feita pelo Ministério Público, que ainda acusa as rés dos crimes de associação criminosa, constrangimento e de colocar a vida das crianças em risco. O MP-SP diz que "tomou ciência da sentença" nesta segunda-feira e que vai "analisar se irá recorrer da decisão".

Até a publicação desta matéria, a defesa de Solange Hernandez não havia retornado os contatos da reportagem. O espaço está aberto.

Duas crianças morreram depois que um ônibus bateu em uma creche perto da cidade canadense de Montreal, informou a polícia nesta quarta-feira (8), um ato que testemunhas dizem que pode ter sido intencional.

Seis outras crianças levadas ao hospital após o incidente "estão fora de perigo", disse Erika Landry, porta-voz da polícia de Laval, onde fica a creche.

"O motorista, um homem de 51 anos, foi preso por homicídio e direção imprudente", acrescentou.

A polícia de Laval informou à AFP que cercou "um grande perímetro" para restringir o tráfego ao redor do estabelecimento parcialmente destruído.

O incidente ocorreu por volta das 8h30 locais (13h30 no horário de Brasília). Várias crianças ficaram presas sob o veículo e foram resgatadas pelos socorristas. Elas foram atendidas pelo hospital Sainte-Justine.

Imagens transmitidas pela televisão mostraram o ônibus dentro do estabelecimento e parte do telhado sobre o veículo.

"Ajudei a puxar o motorista, que desceu do ônibus", disse um pai à Radio Canadá antes de cair no choro. Segundo sua esposa, o homem estava "seminu" e testemunhas o viram "lançando-se deliberadamente contra a creche".

Agora, a polícia investiga se o ato foi intencional.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, a proprietária da Creche Comunitária Ação contra a Fome, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), alega que não teve a renovação de convênio com a prefeitura após denunciar a má qualidade nas merendas recebidas da gestão. Maria do Carmo de Almeida Braga, ou Dona Carminha, como é conhecida, afirma que a parceria entre sua creche e o município não teve continuidade como forma de retaliação após ela, em novembro de 2021, usar suas redes sociais para criticar os alimentos que recebia da prefeitura para distribuir a mais de 60 alunos de sua instituição.

Nos vídeos, Dona Carminha denuncia que chegou ao seu conhecimento, por meio de pessoas próximas ao secretário de Educação da cidade, Betinho Gomes, de que desde novembro de 2021, época em que ela expôs suas críticas nas redes sociais, ele teria expressado a decisão de não manter a creche no quadro de parceiros da gestão municipal.

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“Quem trabalha junto com você disse que você falou que não ia fechar minha creche no começo do ano, mas que fecharia ao final. Eu tenho 67 crianças, tenho trabalho para mostrar mais que você, Betinho Gomes”, afirmou Carminha.

Em nota, a Prefeitura do Cabo nega qualquer tipo de perseguição política contra qualquer pessoa e ressalta que o motivo de não continuar com a parceria entre a creche Ação Contra a Fome e o município é que as crianças que eram atendidas nela passarão a ser acompanhadas na Escola Monteiro Lobato, com uma melhor estrutura pedagógica. Leia na íntegra.

“A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, por intermédio da Secretaria de Educação informa que a merenda disponibilizada para consumo das crianças na creche Ação Contra Fome é a mesma oferecida na rede regular de ensino, sendo assim, todo alimento oferecido é de alta qualidade.

Em relação ao encerramento do convênio com a entidade que funcionava como prestadora de serviço mediante chamamento público e atuava como Organização Social atendendo crianças de 3 e 4 anos de idade se deve a expansão da rede municipal de ensino, visto que os referidos contratos só se justificam em áreas em que o município não oferta vagas para a educação infantil. A Secretaria de Educação ainda reitera que as 53 crianças que eram atendidas pela creche Ação Contra Fome já estão matriculadas e irão estudar na Escola Monteiro Lobato em salas de aulas estruturadas, o que permitirá um melhor acompanhamento pedagógico”.

Funcionários de uma creche municipal, localizada em Cariacica, em Vitória (ES), esqueceram, na última quinta-feira (13), uma criança de dois anos dormindo dentro de um berço. Na ocasião, os trabalhadores chegaram a deixar o local e o menino ficou sozinho no berçário.

O caso foi registrado no Centro Municipal de Ensino Infantil (Cmei) Tereza Tirone, e um vídeo gravado pela família da criança circulou nas redes sociais. Nas imagens, os pais registraram o momento em que, acompanhados pelos funcionários, encontram o menino dormindo no berço da instituição.

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Ao portal G1, o pai da criança, Diego Monteiro, contou que a creche informou que o menino teria sido levado da creche por outra pessoa. "A minha filha mais velha chegou para buscar o irmão dela, como sempre ela faz. Busca ele às 17h, eles saem às 17h15 da escola. Chegando lá, a diretora alegou pra minha filha que alguém tinha pegado meu filho. Minha filha voltou chorando. Ligou pra mãe desesperada falando que alguém tinha roubado ele na escola", relatou.

A mãe do estudante, Diane Pereira Rocha, expôs ao site G1 que, ao receber a ligação da filha mais velha, caiu em desespero. "Fiquei sem chão totalmente, na hora que minha filha falou 'levaram o neném mãe, eu não sei pra onde foi'. Fiquei sem chão", desabafou.

Creche nega

Em entrevista à TV Gazeta, a diretora do Centro Municipal de Ensino Infantil (Cmei) Tereza Tirone, Sandra Noelia, explicou que no dia do ocorrido a unidade realizava uma comemoração de Dia das Crianças e o menino de dois anos teria adormecido após participar das brincadeiras. Na saída dos estudantes, segundo a diretora, foram entregues aos pais ou responsáveis apenas os estudantes que estavam na área externa da creche.

"Esse menino específico, de dois anos, dormiu, e a professora o colocou no berço. Na hora de entregar as crianças para os pais, a professora entregou os alunos que estavam na área externa. E o menino ficou no berçário", disse a gestora. 

Sandra Noelia negou que funcionários da instituição de ensino teriam informado aos pais que outra pessoa pegou a criança. Além disso, ela afirma que o pai do menino chegou uma hora após o horário de encerramento das aulas, que é às 17h. 

Funcionários afastados

Nesta sexta-feira (14), a Prefeitura de Cariacica informou que a Secretaria de Educação do município "está tomando todas as providências administrativas para apurar os responsáveis pelo ocorrido, uma vez que há evidências de que a unidade escolar infringiu o Regimento Comum das Escolas Municipais de Cariacica".

Além disso, a gestão municipal alega "que a professora e a assistente de sala foram afastadas e, juntamente com todo o trio gestor da unidade, responderão a um Processo Administrativo Disciplinar, que poderá resultar até em demissão. Esclarece, ainda, que os vigilantes também serão demitidos".

Cenas de crianças aterrorizadas enquanto a educadora de uma creche nos Estados Unidos grita e as assusta com uma máscara de Halloween repercutiram nesta semana nas redes sociais. Os pais foram informados que a atividade se tratava de uma punição por mal comportamento. 

A pessoa mascarada anda entre a sala e intimida cada criança. Elas choram de pavor e tentam evitar qualquer tipo de contato com o 'monstro'. "Você está sendo má?", a criança responde que não. "É melhor não ser", diz para uma delas.  

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A dona da creche Lil 'Blessings Childcare and Learning, no Mississippi, Sheila Sanders repudiou a metodologia usada para controlar os pequenos e definiu a cena como inaceitável. Ela soube da punição nesta quarta-feira (8), mas disse que as imagens foram feitas no dia anterior. Após uma breve apuração, a proprietária também descobriu que a prática já havia se repetido no mês passado. 

Após a exposição negativa do caso, quatro funcionários foram demitidos. Sheila ainda teria notificado os envolvidos ao Departamento de Saúde do Estado.  

"As pessoas que fizeram esses atos não estão mais conosco. Elas foram demitidas. Eu não estava aqui e não sabia que eles estavam fazendo isso. Eu não tolero isso e nunca o fiz", respondeu ao Monroe Journal. 

Famílias com os corações partidos se reuniram nesta sexta-feira (7) ao redor de uma creche no nordeste da Tailândia, principal cenário do ataque em que um ex-policial matou 37 pessoas, a maioria crianças pequenas, na quinta-feira.

O rei Maha Vajiralongkorn e o primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha visitarão os sobreviventes de um dos piores assassinatos em massa da história do país.

Ao redor do pequeno prédio, funcionários em uniformes brancos e braçadeiras pretas estenderam um tapete vermelho cedo para cumprimentar o monarca, depois retirado em meio a críticas ao gesto cerimonial.

Perto da entrada, uma fila de pais destruídos depositava rosas brancas. Uma mãe de coração partido agarrou-se ao cobertor de seu filho morto, uma segurava uma mamadeira de leita ainda meio cheia.

"É incompreensível", disse Panita Prawanna, 19 anos, que perdeu seu filho Kamram, de dois anos.

Os dois netos de três anos de Buarai Tanontong também morreram. "Eu não conseguia dormir. Não achava que seriam meus netos", diz a mulher, que tenta confortar a filha.

- 24 crianças e uma professora grávida -

Durante a noite, os caixões com os corpos das vítimas chegaram à funerária de Udon Thani, a cidade mais próxima desta zona rural.

Armado com uma pistola 9mm e uma faca, o atirador de 34 anos, Panya Khamrab, abriu fogo neste jardim de infância na província de Nong Bua Lam Phu, no nordeste, por volta das 12h30, horário local (02h30 no horário de Brasília).

Ele então fugiu de carro, atropelou vários pedestres e acabou matando sua esposa e filho em casa antes de cometer suicídio por volta das 15h, disse a polícia. No total, o ex-policial matou 21 meninos, 3 meninas e 13 adultos.

Entre os adultos estava uma professora grávida, Supaporn Pramongmuk, cujo marido Seksan Srirach postou uma homenagem dolorosa no Facebook.

"Quero agradecer a todos por apoiarem a mim e à minha família. Minha esposa cumpriu todos os seus deveres como professora", escreveu ele. "Por favor, seja uma professora no céu. E para meu filho, por favor, cuide de sua mãe no céu", acrescentou.

- Vício em drogas -

As bandeiras dos prédios oficiais foram hasteadas a meio mastro nesta sexta-feira em sinal de luto.

Nanthicha Punchum, diretora interina da creche, descreveu as cenas horríveis depois que o agressor invadiu o local no distrito rural de Na Klang.

"Havia alguns trabalhadores comendo do lado de fora da creche e o agressor estacionou seu carro e matou quatro pessoas a tiros", disse ela à AFP.

"Ele chutou a porta da frente com o pé, entrou e começou a cortar as cabeças das crianças com uma faca", continuou.

O chefe da Polícia Nacional, Damrongsak Kittiprapat, disse à imprensa que o ex-sargento foi suspenso em janeiro e expulso da força em junho por uso de drogas.

O agressor, que usava uma arma comprada legalmente e morava perto da creche, tinha uma audiência no tribunal nesta sexta-feira por seu "problema com drogas", explicou.

Ele também acrescentou que Panya estava "em estado de loucura", mas que um exame de sangue era necessário para descobrir se ele agia sob a influência de narcóticos.

Paweena Purichan, uma testemunha de 31 anos, contou à AFP que o homem era conhecido na área como viciado em drogas. De acordo com o relato, Panya foi encontrado dirigindo de forma irregular enquanto fugia do local.

"Ele tentou atropelar outras pessoas no caminho. Bateu em uma moto e duas pessoas ficaram feridas. Eu saí correndo", disse a mulher que estava a caminho do trabalho. "Havia sangue por toda parte", acrescentou.

O primeiro-ministro Prayut ordenou uma investigação rápida sobre o ataque.

A Tailândia é um dos países do mundo com maior número de armas em circulação, mas massacres desse tipo são raros.

O último caso ocorreu há três anos, quando um oficial do exército matou 29 pessoas a tiros em um shopping no interior do país durante 17 horas de chacina até que a polícia o derrubou.

Um ex-policial atacou nesta quinta-feira (6), com armas de fogo e facas, uma creche na Tailândia e matou 32 pessoas, incluindo 23 crianças. Poucos minutos depois, ele assassinou a família e cometeu suicídio, informou a polícia.

O ataque começou às 12h30 (3h30 de Brasília) em uma creche de Nong Bua Lam Phu, na região norte do país. O autor fugiu de carro e atropelou várias pessoas, segundo a polícia.

O criminoso foi identificado como Panya Khamrab, um ex-policial de 34 anos, segundo o coronel Jakkapat Vijitraithaya, da polícia provincial.

Após o massacre, Khamrab matou a mulher e o filho, antes de cometer suicídio, informou o coronel.

As crianças mortas têm entre dois e três anos, segundo a polícia.

Uma creche teve suas aulas suspensas após receber uma ligação pedindo dinheiro e ameaçando invadir a unidade, nesta quarta-feira (5), em Dois Unidos, Zona Norte do Recife. De acordo com a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), o 'desconhecido' que fez a ameaça pediu a quantia de R$ 1.500 para pagar a fiança de um amigo que havia sido preso após uma denúncia de vendas de drogas.

Após o ocorrido, a creche entrou em contato com os pais das crianças para que buscassem seus filhos e levassem para suas respectivas casas. Em seguida, a polícia realizou rondas no local para aumentar a segurança no perímetro e dispersar qualquer possível ameaça à integridade das vítimas.

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A PMPE orientou a gestora da creche a registrar boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Civil. Até o momento ninguém foi preso. 

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro, entregará a ampliação da Creche Tio Roberto, nesta segunda-feira (8), às 16h, na Avenida Brasil, em Jardim Maranguape. Na ocasião, o gestor também assinará a Ordem de Serviço para a construção da Escola Carlos Drummond de Andrade. 

A unidade, que funciona em um imóvel alugado pela Secretaria de Educação, terá um prédio próprio, que será edificado no terreno existente na Creche Tio Roberto. Hoje, a estrutura locada tem 270 estudantes matriculados em 12 turmas do ensino fundamental do 1.º ao 5.º ano. A meta é receber até 600 alunos nas futuras instalações. 

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 A Carlos Drummond de Andrade contará com oito salas de aula climatizadas, biblioteca, sala de leitura, sala de informática, recreio coberto, refeitório, cozinha, área de serviço com banheiro, despensa, bateria de banheiros (feminino e masculino) para estudantes, banheiro para pessoa com deficiência (PCD), sala dos professores, almoxarifado, diretoria e secretaria. 

 O prédio da Carlos Drummond terá acesso principal pela Avenida Brasil. No entorno da escola: quadra, área de convivência, acessos, circulação, iluminação, bancos e área verde.   

Já a Creche Tio Roberto ganhará duas novas salas de aula climatizadas com banheiros. No entorno da creche: circulação e acesso. A unidade tem 196 crianças matriculadas, oferecendo educação infantil - berçário para os grupos 1, 2 e 3, crianças de até três anos; e pré-escolar -  crianças de quatro a cinco anos. A creche deixará de funcionar no sistema de rodízio de horários e, agora, será integral. O objetivo é atender a demanda existente. 

 “Creche é cuidado com a primeira infância. Vamos oferecer melhores condições para comportar ainda mais crianças nesta unidade, com a criação de duas novas salas de aula e uma série de melhorias. Aqui, vejo profissionais que vestem a camisa da educação e sinto muito orgulho, pois estão fazendo um trabalho coletivo de muita responsabilidade com a entrega dessas demandas para que possamos melhorar a educação da nossa cidade”, destacou Yves Ribeiro.

*Da assessoria 

No Córrego do Deodato, Zona Norte do Recife, moradores aguardam há 15 anos pela construção de uma creche que atenda as crianças de 0 a 3 anos da comunidade. Para a construção da unidade de ensino, uma casa foi desapropriada pela prefeitura municipal em 2010. No entanto, o espaço que deveria ser de aprendizado, hoje é o reflexo do abandono do poder público.

Para a desapropriação do imóvel, cerca de R$ 120 mil foram pagos pelo Executivo Municipal. O Coletivo Fala Alto, que está à frente da luta pela construção da creche no local, diz que o espaço poderia abrigar cerca de 100 crianças com conforto e segurança. 

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"Matrícula em creche é garantida pela nossa Constituição Federal, mas a Prefeitura do Recife nega este direito às crianças do Córrego do Deodato", aponta o coletivo. 

A falta da creche no Córrego do Deodato ocorre em contraposição à Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional, que no artigo 29 estabelece a necessidade da educação infantil, na primeira etapa da educação básica, que tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, até os cinco anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

O LeiaJá, que acompanha a luta dos moradores do Deodato desde o início do ano passado, cobrou mais uma vez uma posição da Prefeitura do Recife, que falou por meio de nota. "A Secretaria de Educação informa que já concluiu todos os projetos de engenharia e iniciou o processo de licitação. A pasta acrescenta que a previsão é iniciar as obras no final deste ano".

Situação da casa onde deveria funcionar a creche. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Em ano eleitoral, o LeiaJá procurou os cinco principais pré-candidatos ao Governo de Pernambuco para saber como problemas iguais a esse enfrentado pela comunidade do Deodato sejam sanados e não replicados em outras cidades pernambucanas, que também precisam da ampliação da rede de creches.

Confira as promessas

Marília Arraes (Solidariedade)

A deputada promete que, se eleita, entre as ações que irá adotar está a criação de uma regra de distribuição de recursos do ICMS para os municípios pernambucanos. Esses recursos devem ser direcionados levando em consideração o desempenho das cidades nas políticas de educação.

"Além disso, os municípios terão todo o apoio do Governo do Estado para criar e manter creches com boa qualidade de serviços. Nossa meta será garantir o atendimento a pelo menos 60% das crianças de 0 a 3 anos de idade com acesso a creches nos quatro anos de gestão", garantiu a pré-candidata.

Raquel Lyra (PSDB)

A ex-prefeita de Caruaru prometeu criar o "maior programa de investimento em educação infantil do Estado", com a criação de 60 mil novas vagas em parceria com os municípios. 

“É política pública de combate à desigualdade, garantindo cinco refeições por dia para as crianças, e é política pública para a mulher porque permite que, com sua criança na escola, a gente possa garantir a ela o direito de trabalhar e, com isso, resolvemos um problema da qualidade da educação em Pernambuco”, acrescenta a postulante.

Anderson Ferreira (PL)

O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes afirmou que, primeiro, será preciso ser feito um conselho estadual para cuidar de políticas para a primeira infância. "Não adianta um pré-candidato sair por aí dizendo que, se eleito, vai dobrar ou triplicar os investimentos porque os recursos para o setor são municipais", destacou.

Para Anderson, esse é um tema delicado e descentralizado. "Mas entendemos que a Secretaria Estadual de Educação pode abrigar um conselho para discutir estratégias e transferir recursos, definindo um guarda-chuva de políticas efetivas, e é dessa forma que vamos tratar o tema. Vamos envolver a comunidade, entidades sem fins lucrativos, igrejas, projetos sociais. Podemos unir forças desde que haja um preparo prévio focado na entrega objetiva de resultados", salientou.

Danilo Cabral (PSB)

O socialista afirmou que, se eleito, irá ampliar o acesso à educação infantil, mas não deu mais detalhes. Se limitou a informar que irá ter recurso para a abertura de novas creches, intensificando a parceria com as cidades de Pernambuco "para garantir mais recursos, mais articulação e mais programas para ampliar o acesso das crianças às creches e à pré-escola".

Miguel Coelho (União Brasil)

O ex-prefeito de Petrolina assegurou que se conseguir se tornar governador irá abrir 44 mil vagas de creches no Estado em parceria com as prefeituras. 

“Nossa proposta é fazer de Pernambuco o estado amigo da criança. Vamos abrir 44 mil vagas de creche em 4 anos em parceria com as prefeituras para garantir o momento mais fundamental para a formação pedagógica da criança, que é a primeira infância”, asseguro.

A Prefeitura de Petrópolis, no Rio de Janeiro, decretou luto oficial de três dias em solidariedade aos pais, familiares e amigos de Maria Thereza Vitorino Ribeiro, de 1 ano.

A criança se engasgou com uma fatia de maçã, na sexta-feira (20), quando estava na creche. Segundo a prefeitura, ela foi imediatamente atendida pelos educadores, mas faleceu na manhã de hoje (22).

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As causas da morte estão sendo investigadas. Maria Thereza era aluna do Centro de Educação Infantil Carolina Amorim, localizado em Cascatinha, um dos distritos da cidade. Ela se engasgou, segundo a unidade educacional, por volta das 14h de sexta-feira.

Maria Thereza foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Cascatinha, onde foi reanimada e intubada. Em seguida, ela foi transferida para internação no Hospital Alcides Carneiro.

Em nota, a prefeitura da cidade informou que abrirá uma sindicância para apurar os fatos ocorridos com a criança na creche.

O Projeto de Lei Complementar 26/22 proíbe escolas, creches e instituições acolhimento de crianças e adolescentes de contratarem empregados ou prestadores de serviço condenados por crimes contra a dignidade sexual, crimes relacionados a drogas, crimes hediondos ou punidos com reclusão pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A vedação valerá por 30 anos e só será aplicada quando não houver mais possiblidade de recurso da decisão judicial. O texto tramita na Câmara dos Deputados. 

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Segundo a proposta, condenados pelos mesmos crimes também ficam impedidos de tomar posse como servidor público em estabelecimentos voltados a crianças e jovens. Condenações após a contratação ou a posse do profissional serão, segundo o projeto, motivo para demissão por justa causa ou a bem do serviço público. 

Autoridades

A chamada Ficha Limpa Sexual em Creches e Escolas também impedirá, conforme o texto, que condenados pelos referidos crimes sejam membros de conselhos tutelares ou dos conselhos de direitos da criança e do adolescente. 

Por fim, o texto impede de atuar na Justiça da Infância e da Juventude servidores do Poder Judiciário, membros do Ministério Público e a autoridade judiciária caso venham a ser condenados pelos mesmos crimes.

  “Uma forma de acabar com as situações de risco ou vulnerabilidade para crianças e adolescentes é garantir que os ambientes frequentados por eles, como as creches, escolas, demais instituições de ensino, sejam de acesso apenas por pessoas com ficha limpa em relação a crimes que atentam contra a dignidade sexual desse público”, sustenta o autor, deputado Pastor Eurico (Patriota-PE). 

Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para discussão e votação no Plenário.  Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei complementar. 

*Da Agência Câmara de Notícias

No Brasil, crianças que mais precisam de creche ainda têm pouco acesso ao serviço. É o que mostra estudo divulgado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV). Entre as famílias mais pobres, por exemplo, apenas 24,4% das crianças de até 3 anos de idade frequentam creches no país, ou seja, uma a cada quatro.

O estudo tem como base o chamado Índice de Necessidade de Creche (INC), desenvolvido com o objetivo de melhor orientar as políticas públicas e mapear as necessidades de atendimento das crianças em creches no país. Segundo o indicador, a porcentagem de crianças que precisam ser atendidas cresce ano a ano. Em 2018, 40,6% das crianças de até 3 anos estavam em grupos vulneráveis que mais precisavam das vagas. Em 2019, a porcentagem passou para 42,4%. Para 2020, a projeção é que o índice chegue a 42,6%.

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Isso significa que, das 11,8 milhões de crianças brasileiras com até 3 anos de idade, quase 5 milhões precisam de atendimento em creche. Fazem parte do grupo as crianças em situação de pobreza, que, até 2019, representavam 17,3% do total de crianças no Brasil; as de famílias monoparentais, criadas apenas pela mãe, pelo pai ou outro responsável (3,5%); e as crianças cujos cuidadores principais precisam contar com as creches para poder trabalhar (21,7%).

Mesmo estando entre as que mais precisam de atendimento, 75,6% das crianças mais pobres estão fora das creches. Entre aqueles de famílias monoparentais, 55% não estão matriculadas e, no grupo de mães ou cuidadores economicamente ativos, 18,3% estão fora da escola.

Índice de Necessidade de Creche

As informações fazem parte do estudo Índice de Necessidade de Creche 2018-2020 e Estimativas de Frequência: Insumos para a Focalização de Políticas Públicas, realizado pela fundação. Os cálculos são baseados nos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2019. O índice de cada um dos municípios brasileiros está disponível para consulta na Plataforma Primeira Infância Primeiro.

“A gente acredita que, ao trazer luz para os dados, conseguimos trazer caminhos mais eficientes para o enfrentamento da desigualdade e a quebra do ciclo da pobreza”, diz a CEO da FMCSV, Mariana Luz. Ela ressalta que a primeira infância, que vai até os 6 anos de idade, é uma etapa de muita potência e de desenvolvimento, que pode impactar em toda a vida do ser humano.

Por isso, segundo Mariana, é fundamental que sobretudo as crianças em situação de vulnerabilidade tenham acesso a creches de qualidade. “Ter um ambiente formal da educação básica de estímulos, de interações, de aprendizagem, de leitura, ter um currículo preparado para que tenha brincadeiras ancoradas com a intencionalidade pedagógica que fomenta todo o processo de aprendizagem, é falar, de fato, de dar oportunidade a essa criança de sair do ciclo de pobreza”, diz.

Mercado de trabalho

As creches significam também ter um local seguro onde deixar as crianças, o que possibilita que mães, pais e responsáveis possam trabalhar. “O trabalho da creche é atuar como parceira para que a gente possa ter autonomia para trabalhar, para conseguir fazer as nossas atividades”, diz a diretora do Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi) Rosa do Cerrado, em Taguatinga, no Distrito Federal, Kedma Silva Nunes. Ela é mãe solo da Rebeca, 15 anos, da Raquel, 14 anos, da Ruth, 9 anos e da Rafaela, 2 anos. Todas passaram pela creche e Rafaela ainda está matriculada.

A diretora faz parte do grupo de famílias que precisa da creche para poder trabalhar. “Eu não tinha como custear a rotina da minha filha fora do trabalho, teria que parar de trabalhar ou ficar em casa com minha filha”, conta.

Na escola onde trabalha, Kedma vê outras mães que estão na mesma situação. “A creche tem esse papel de fortalecimento de vínculo para famílias em vulnerabilidade, porque a creche vem com esse papel de empoderamento da mulher. Se eu tenho onde deixar meu filho, eu consigo sair para trabalhar, para prover o lar e não depender [de outras pessoas]. Às vezes, atuava com famílias em que só o homem trabalhava. Com a mulher tendo onde deixar a criança, ela consegue sair e ter um emprego”.

Impacto da pandemia

A pandemia teve impacto na educação, sobretudo no ensino infantil, etapa em que a educação remota muitas vezes não é possível. Muitas famílias acabaram cancelando as matrículas das crianças nas creches particulares.

O Censo Escolar 2021, divulgado neste ano, mostrou que mais de 650 mil crianças saíram da escola entre 2019 e 2021. Neste período, o número de crianças matriculadas em creches passou de 3,7 milhões em 2019 para 3,4 milhões em 2021.

As creches públicas no Brasil são geridas principalmente pelos municípios. Segundo o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, os gestores terão que lidar com uma demanda reprimida na pandemia.

“Temos um aumento da demanda muito forte. São as crianças que estavam em casa com as famílias durante a pandemia e estão voltando, tem o público oriundo da rede privada, alunos que estavam na rede privada e que, em função de toda a crise econômica, estão sendo obrigados a retornar à rede pública. Isso está gerando um aumento bastante grande. E existem aqueles que acabaram ficando fora e que precisam ser objeto de busca ativa, sobretudo aquele de famílias muito vulneráveis”, diz.

Faltam vagas

No Brasil, a creche não é uma etapa obrigatória. A educação é obrigatória apenas a partir dos 4 anos de idade. Antes disso, cabe às famílias decidir pela matrícula. O estado deve, no entanto, garantir que haja vagas para todos aqueles que desejarem. O que acontece, na prática, é a falta de vagas e longas filas para garantir um lugar nas creches públicas.

O Brasil deve, por lei, atender a pelo menos 50% das crianças de até 3 anos de idade em creches até 2024. A meta está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014. Segundo os últimos dados disponíveis, de 2019, 37% das crianças nesta faixa etária estavam matriculadas.

De acordo com Garcia, para que a meta do PNE seja cumprida, será necessário um engajamento nacional, que seja retomada “a política de construção de unidades escolares e que haja incentivo para que estados e municípios possam, em parceria, organizar e gerar essas novas vagas”.

Para que a população mais vulnerável seja incluída, segundo Garcia, é fundamental garantir que a creche esteja localizada próxima à residência da família. “Isso só é possível se garantirmos a instalação de unidades de educação infantil em diversos pontos das cidades, atendendo à demanda e evitando o deslocamento ou a privação do direito da criança à creche. Uma questão importante é reativar com mais intensidade programa de construção de unidades escolares abarcando as regiões de forma prioritária”.

O último relatório de monitoramento do PNE, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostra que, para cumprir a meta, ainda é preciso incluir cerca de 1,5 milhão de crianças em creches e que grande parte delas é oriunda "de famílias de baixa renda, onde se concentra o maior contingente de crianças não atendidas”.

 

A Secretaria de Educação da Prefeitura do Recife lançou, nesta terça-feira (24), no Teatro do Parque, o programa 'Infância na Creche'. Na cerimônia, foi anunciado o investimento de R$ 150 milhões para a execução das ações.

A proposta é trabalhar quatro vertentes diferentes: construção de novas creches visando a expansão da infraestrutura; ampliação e requalificação de unidades já existentes; parcerias com instituições sem fins lucrativos para atuar junto com as unidades comunitárias; e estudos de parceria público privada (PPP), para auxiliar na construção de creches.

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O prefeito João Campos disse, em seu discurso, que a abertura do programa acompanha algumas obras já iniciadas. “Já são seis novas creches em obras na nossa cidade, além de projetos sendo executados e outros dez sendo licitados para começar a obra de maneira imediata. A gente já pode falar no quantitativo de 26 unidades e 1,8 mil vagas para o próximo ano. Lembrando que serão 7 mil vagas ao longo dos próximos quatro anos”, anunciou.

Para Fred Amancio, secretário de Educação, o lançamento do programa é um marco importante para a educação municipal. “Temos a certeza que, além de permitir que mais crianças tenham acesso às creches, este programa vai impulsionar a educação do Recife e contribuir para grandes avanços”, ele disse.

A rede municipal dispõe hoje de 6,5 mil vagas em 86 creches no Recife. O planejamento aponta que, até 2024, 7 mil novas vagas serão disponibilizadas, em mais de 50 novas unidades.

Com informações da assessoria

A polícia italiana prendeu nesta sexta-feira (11) um casal que maltratava crianças em uma creche na cidade de Castel Volturno, no sul do país.

Os ganenses de 35 anos de idade eram os donos do local e puniam as crianças com diversos métodos de tortura, como ser espancadas com tacos de ferro, colocar pimenta malagueta nos olhos e mantê-las isoladas em quartos escuros.

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As vítimas do casal tinham entre cinco e seis anos, sendo a grande maioria de origem nigeriana. A polícia investigava há meses as ações da creche.

Nas apurações, que foram coordenadas pelo Ministério Público de Santa Maria Capua Vetere, os agentes descobriram que as crianças ficavam sob os cuidados do casal por dias. Em seguida, emergiu a violência contínua e o assédio psicológico que sofriam.

Da Ansa

A Justiça aceitou nesta segunda-feira (24) a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina contra Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, que matou três crianças e duas funcionárias de uma creche em Saudades, no oeste do Estado, no início do mês.

Com a decisão do juiz Caio Lemgruber Taborda, da Vara Única de Pinhalzinho, o jovem virou réu em processo sigiloso por cinco homicídios e 14 tentativas de homicídio, todos triplamente qualificados. Ele vai ser julgado por um Tribunal do Júri.

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"Recebo a denúncia ofertada, uma vez que preenchidos os requisitos do art. 41 e ausentes as hipóteses do art. 395 (com redação dada pela Lei n. 11.719/2008), ambos do Código de Processo Penal", escreveu o magistrado.

A partir de agora, a defesa tem dez dias para apresentar argumentos e juntar testemunhas. Depois disso, começa a contar o prazo de cinco dias para que o Ministério Público se manifeste sobre a tese defensiva.

A denúncia lista motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas como agravantes do crime. Os mortos são duas funcionárias da creche Aquarela e três bebês menores de 2 anos. O massacre, executado com um facão, ocorreu no dia 4 de maio e o jovem acabou preso em flagrante já naquela manhã.

Veja quem são as vítimas:

Keli Aniecevski, de 30 anos, era professora na escola e foi a primeira a ser atacada. Foi ela quem tentou evitar que o jovem chegasse às salas onde estavam as crianças;

Mirla Renner, de 20 anos, é a agente educativa que estava com as quatro crianças em uma das salas onde o rapaz entrou e acabou matando as crianças;

Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses;

Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses;

Ana Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.

A Polícia Civil de Santa Catarina informou em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 14, que não há indícios de que Fabiano Kipper Mai, que matou a facadas cinco pessoas na creche Pró Infância Aquarela em Saudades, município catarinense, tenha qualquer problema relacionado à insanidade mental.

"Ele queria matar o maior número de pessoas. Ele agiu com esse objetivo, estava com pressa... os relatos que a gente recebeu é de que ele tentava entrar numa sala e, como não conseguia, tentava em outra", afirmou o delegado Jeronimo Ferreira Marçal.

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Com o auxílio de uma psicóloga da Polícia Civil, o delegado chegou à conclusão de que a possível motivação do crime pode ter sido por um ódio generalizado, não especificamente contra um grupo de pessoas, mas contra toda uma comunidade.

"Ele não tinha ódio específico contra uma pessoa, mas um ódio generalizado. A intenção dele num primeiro momento, quando ele pensou em executar os crimes, foi contra pessoas que tinham um certo convívio, na escola onde estudava por exemplo. Ele pensou em comprar arma de fogo, e tentou em várias oportunidades, como ele não conseguiu, ele achou que não conseguiria enfrentar aquele grupo com uma 'arma branca'", contou.

Mais de 20 pessoas foram ouvidas durante o inquérito que contou com o apoio nas investigações da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Segundo a polícia, as armas utilizadas no crime foram compradas pela internet e chegaram cinco dias antes do crime pelo correio. A família tinha conhecimento da chegada das armas em casa.

"Ninguém do seu convívio, nem mesmo a família, conseguiu prever o que poderia acontecer. A partir do momento da chegada das armas foi que ele definiu o local e o dia dos crimes. A arma, uma faca, que tem suas especificidades, mas é uma faca que custou cerca de R$ 400", conta.

"É possível que outros crimes, em pelo menos quatro Estados do País, tenham sido evitados graças às informações compartilhadas entre a Polícia Civil de Santa Catarina", explicou o delegado.

A Polícia Civil de Santa Catarina autuou em flagrante o homem de 18 anos preso pela morte de cinco pessoas, sendo três crianças e duas mulheres, em uma creche na cidade de Saudades, no Oeste catarinense, na última terça-feira (4).

Após tentar cometer suicídio ao ser flagrado pelas autoridades, no momento do atentado, o suspeito estava hospitalizado em uma unidade hospitalar de Chapecó, onde permaneceu internado até a manhã desta quarta-feira (5).

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Agora, ele já se encontra sob a tutela do Departamento de Administração Prisional (DEAP/SC).

De acordo com o Delegado de Polícia Jerônimo Marçal, responsável pelo caso, o preso foi autuado em flagrante por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio de uma criança, que logo após o crime foi transferida para hospital em Chapecó pela equipe do helicóptero da Polícia Civil.

As qualificadoras dos crimes foram motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e a utilização de meio cruel.

As vítimas

No atentado, morreram Adriane Aniecevski, de 30 anos, professora; Mirla Amanda Renner Costa, de 20 anos, agente educacional na escola; Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses;  e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.

Depoimentos

A Polícia Civil de Santa Catarina começou a colher os depoimentos na terça-feira (4) e seguirá realizando os trabalhos no inquérito policial instaurado para apurar a motivação dos crimes. Estão sendo tomados depoimentos de testemunhas.

O delegado Marçal pretende realizar o interrogatório do autor nos próximos dias e aguarda também autorização judicial para acessar equipamentos eletrônicos apreendidos com o preso. A PC também aguarda os laudos periciais em trabalho que está sendo feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP/SC).

A família de uma das vítimas do atentado ocorrido nesta terça (4), no Centro de Educação Infantil Pró-Infância Aquarela, localizado no município de Saudade, no Oeste catarinense, encontrou o corpo da criança, de apenas um ano e oito meses, na escola. Diante da demora de informações sobre o caso, muitas pessoas decidiram se deslocar ao local por conta própria. O jovem Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, que invadiu a creche com uma espada curta, deixou três adultos e duas crianças mortas.

“Inicialmente não a acharam, procuraram em tudo na creche e nada. Até que o pai dela deu a volta pelo lado de fora da escola e encontrou a menina caída no chão em uma sala trancada”, disse a avó da criança, identificada apenas como “Nilsa”, ao portal UOL.

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Cenário de horror

Duas das vítimas fatais já foram identificadas como sendo as professoras Keli Adriane Aniecevski e Mirla Renner, de, respectivamente, 30 anos e 20 anos de idade. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o suspeito pelos crimes tentou suicídio no local, esfaqueando os próprios abdômen e pescoço. Ele foi conduzido para o hospital e seu estado de saúde é gravíssimo. O ataque demandou a presença de duas equipes do Corpo de Bombeiros de Saudades e da cidade vizinha, Pinhalzinho.

"Quando eles chegaram, se depararam com uma cena extremamente violenta, já com uma servidora e duas crianças em óbito no local, e ainda mais outros ocupantes da edificação que estavam feridos e o agressor, que já estava mobilizado pela Polícia Militar, já estava bastante machucado", comentou o comandante dos Bombeiros, capitão Leonardo Ecco, ao UOL.

De acordo com ele, o suspeito tentou agredir os socorristas durante seu próprio resgate. Chocados, os seis bombeiros que entraram no local foram retirados da escala da tarde. “Foi uma cena muito chocante para a equipe, muitos são pais e a equipe está abalada psicologicamente. Nossas equipes se preparam e treinam para atender da melhor maneira os piores cenários. Mas uma situação como essa, com brutalidade, vítimas inocentes e indefesas, isso mexe muito com o emocional deles. Então, eu conversei com todos, já substituímos na escala de serviço para rodar, para dar continuidade e vamos tratar eles agora, buscar todo o amparo psicológico para os profissionais que também sofrem um impacto muito significativo”, acrescentou o oficial.

Começam a ser identificadas as vítimas do atentado ocorrido na manhã desta terça (4), na creche Aquarela Berçário, no município de Saudades, no oeste catarinense. A professora Keli Adriane Aniecevski, que dedicou 10 anos de seus 30 anos de vida ao trabalho na unidade de educação, foi uma das vítimas fatais do jovem de 18 anos que invadiu a instituição e matou pelo menos dois adultos e três crianças. Ele também matou a agente educativa Mirla Renner, de 20 anos.

Segundo a Polícia Militar, o rapaz entrou na creche armado com um facão, com o qual atacou professores e alunos. O corpo de Keli Adriane foi identificado pela família. Ainda não há informações sobre as demais vítimas.

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"Ela era uma pessoa alegre, sempre disposta, simpática, carismática sempre, ajudando o próximo quando ela podia. Então, assim, é uma tristeza que eu não sei explicar, eu não tenho explicação para isso", declarou a prima de Keli Adriane, Silvane Elfel, em entrevista no portal G1.

Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros informou que suas equipes, ao lado das polícias Militar e Civil e do Instituto Geral de Perícias estão no local e a ocorrência ainda está em andamento. A governadora em exercício de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido), anunciou que, em razão do atentado, decretará luto de três dias no estado.

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