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Para cumprir a meta de universalizar o atendimento em pré-escola até o fim do ano, como prevê emenda constitucional de 2009, a gestão Fernando Haddad (PT) mantém crianças de 4 e 5 anos em creches. A manobra na gestão das matrículas já abrange 11 mil alunos, espalhados por 123 unidades.

O Centro Educacional Infantil (CEI) Vale do Sol, em Pirituba, na zona oeste, é um dos que dispõem atualmente de sala para crianças de quatro a cinco anos e 11 meses. Das 228 vagas ofertadas pela unidade, 29 são destinadas a alunos nesta faixa etária. O restante atende a demanda oficial de creches.

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"Aqui na nossa região não temos muita oferta em Emeis (escola de ensino infantil), por isso abrimos essa sala especial para as crianças maiores. Funciona bem", diz uma funcionária da unidade.

A criação de salas para os mais velhos se tornou prática rotineira. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, isso ocorre porque em muitos locais da cidade não há terrenos para construção de pré-escolas, as chamadas Emeis.

A "transferência" dos alunos, porém, não é divulgada publicamente pela secretaria. O modelo adotado pelo Município para atendimento na educação infantil prevê que as crianças de zero a cinco anos e 11 meses sejam divididas em dois tipos de equipamento (veja quadro nesta página). A permanência desses alunos nas creches, chamadas oficialmente de Centros Educacionais Infantis (CEIs), seria uma medida emergencial.

Portaria publicada em outubro do ano passado pela Prefeitura já prevê essa continuidade. Segundo o documento, a matrícula de crianças em idade de pré-escola em creches está liberada "excepcionalmente", mediante análise e autorização expressa das Diretorias Regionais de Educação (DREs).

Essa permissão, segundo especialistas, não prejudica o desenvolvimento das crianças, desde que ocorra em local adequado para o atendimento a diferentes faixas etárias. "Em outros países não existe essa separação. Muitos atendem crianças de 2 a 5 anos, por exemplo, até na mesma sala. Mas o resultado só é positivo quando são oferecidas a infraestrutura e a pedagogia adequadas", diz a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, da PUC-SP.

Para a especialista, a Prefeitura deve escolher bem as unidades que oferecerão esse atendimento continuado. "Se o prédio onde funciona a creche não oferece as condições mínimas, essa mudança pode não funcionar", completa Maria Angela, referindo-se aos equipamentos terceirizados - comandos por entidades sociais em imóveis alugados. Hoje, 58% das crianças de zero a três anos e 11 meses são atendidas pelo Município nesse modelo, como revelou no domingo, 29, à reportagem.

A auxiliar de limpeza Mônica Eloi Belo, de 27 anos, torce para que a filha Débora Costa, de 4, continue na creche onde estuda, na zona leste da cidade. "Ela já passou da idade, e já até me avisaram que logo precisará sair. Mas gostaria que ficasse. Ela está acostumada com os professores e eu também", disse.

Per capita

Para as entidades, a ampliação da faixa etária atendida nas creches é positiva, pois ajuda nas contas do mês. Isso porque a Prefeitura reembolsa da mesma forma uma criança de pré-escola. Na rede terceirizada, o valor per capita varia entre R$ 379 e R$ 574 por mês. Na contramão, gasta-se menos com o pagamento de professores. Na creche, as salas são menores e exigem mais pessoal. Aos dois anos, por exemplo, é exigido um educador para cada 12 crianças. Já na pré-escola, um mesmo professor pode cuidar de até 29 crianças.

A ressalva feita pelas instituições diz respeito ao espaço disponível.

Crianças maiores demandam mais atividades físicas, mais brincadeiras.

À reportagem, o chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação, Marcos Rogério de Souza, disse que o procedimento já era feito nas gestões anteriores. "Se no momento em que ela (criança) vai da creche para a Emei (pré-escola) o prédio não está inaugurado na região ainda, ela fica", diz.

Lei de Acesso

A gestão Fernando Haddad (PT) contabilizou matrículas oferecidas a crianças com idade de pré-escola em resposta enviada à reportagem, via Lei de Acesso, sobre creches. A forma de divulgação resulta em mais vagas na etapa da educação infantil, em que o déficit é maior. Hoje, são 88,3 mil crianças na fila. Nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis) Capão Redondo, Peratuba e Jardim Jaqueline, a capacidade divulgada em creche é de 1.540 crianças. Mas o número correto é 68,5% menor: 486. Na resposta enviada à reportagem foram contabilizadas também as vagas destinadas à pré-escola.

De acordo com a Prefeitura, a confusão se deu em função da forma como a pergunta foi formulada. O questionamento da reportagem, no entanto, tratava apenas de creches.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Empossado nesta quinta-feira na Secretaria Municipal de Educação em São Paulo, o deputado Gabriel Chalita (PMDB), disse que seu "empenho prioritário" à frente da pasta será a criação de vagas em creches. Ele afirmou ainda que o corte de orçamento estabelecido pelo governo federal aos ministérios, inclusive para o da Educação, não vai atrapalhar sua gestão. "Vamos trabalhar muito com o setor público, depois com as conveniadas. É bom ter creche própria, mas há áreas de São Paulo que não têm terreno, então você pode trabalhar com faculdades, com igrejas, com associações, sindicatos. Nós temos que buscar alternativas criativas para que a criança não fique desassistida", afirmou.

Chalita disse ainda que dará continuidade às reformas e políticas conduzidas por seu antecessor, Cesar Callegari. Afirmou inclusive ter convidado o professor Fernando Almeida, que conduzia reformas de ensino, a continuar na equipe. Chalita repetiu o lamento feito em seu discurso na cerimônia de posse por ter visto programas que implementou na pasta estadual de educação serem abandonados.

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O deputado foi secretário de educação do governo Geraldo Alckmin entre 2003 e 2007. Ele citou os programas de ensino em tempo integral e de família na escola como os dois principais que se ressente de terem sido terminados.

Perguntado por jornalistas se a responsabilidade pelo fim dos programas era do sucessor de Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, à época, José Serra, Chalita evitou responder diretamente e disse que sua crítica é geral, em relação à falta de continuidade dada aos programas no Brasil quando das trocas de governo.

"Essa análise não faço só no meu caso, faço no Brasil Não é uma crítica pessoal, é uma análise conceitual." Mas, sem citar Serra, disse que Alckmin pelo menos tentou retomar o programa de ensino integral. "O governador Alckmin voltou um pouco com os programas, mas você não consegue trazer com a mesma força que tinha naquela época", ressalvou. Chalita disse ainda que, "com cuidado", pretende trazer a proposta de ensino em tempo integral para a esfera municipal de ensino.

A partir desta terça-feira (9) as reservas de vagas feitas nas instituições da Rede Municipal do Recife devem ser confirmadas. O prazo se estende até o dia 17 de dezembro; quem não realizar o procedimento perde a reserva feita anteriormente pela internet.

Para confirmar é necessário comparecer na escola em que a vaga foi reservada e apresentar os documentos necessários para confirmação. São exigidos comprovante da reserva de matrícula online, original e cópia da certidão de nascimento ou RG, carteira de vacinação, cópia do cartão do SUS, cópia do comprovante de residência, documento de transferência da escola de origem e duas fotos 3x4 recentes. 

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Segundo a Prefeitura do Recife, das 22.468 vagas ofertadas, cerca de 14 mil foram reservadas. A previsão é de que a rede tenha um total de 91.299 alunos no ano letivo de 2015, distribuídos em 306 unidades de ensino (21 creches-escolas, 53 creches e 232 escolas).

Os estudantes que não conseguiram fazer a reserva na etapa online, poderão tentar uma matrícula nas vagas remanescentes após o período de confirmação. Os endereços das 36 escolas municipais de Ensino Fundamental II e das 18 Unidades de Tecnologia na Educação (Utecs) estão disponíveis no site da Prefeitura do Recife e também podem ser consultados pelo 0800.200.6565. 

Com informações da assessoria

A crise hídrica tem comprometido o atendimento às crianças em creches da cidade de São Paulo. Diretores de Centros de Educação Infantil (CEI) relatam que tiveram de dispensar os alunos, comprar galões de água e até contratar caminhões-pipa para suprir a falta de abastecimento nas últimas semanas.

Na rede municipal, pelo menos 14 creches relataram algum tipo de problema relacionado à falta de água, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo. Os problemas vão de falta de fornecimento por um dia até a necessidade de cancelar os banhos. É o que acontece desde julho no CEI Espaço Criança, em Santana, zona norte. Após acordo com os pais, foi decidido que as 136 crianças passariam a não tomar banho diário na creche, a não ser por motivos relacionados à saúde. Outras medidas foram tomadas, como uso de álcool gel e compra de galões para possíveis emergências.

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Os alunos do CEI Reino da Criança II, no Parque São Lucas, na zona leste, também já chegam de banho tomado. A diretora da creche, Lúcia Ferreira, informou que, na metade de outubro, algumas crianças tiveram de ser dispensadas. "Os alunos que podem ficam em casa, mas também não tem água na casa deles."

De acordo com a diretora, por causa dessa situação, alguns pais chegaram a ameaçá-la. Outros, no entanto, se ofereceram para comprar mais uma caixa d’água, apesar de a água disponível não ser suficiente para enchê-la.

Particular

O Berçário Vila do Saber é uma creche particular que, há cerca de um mês, também enfrenta dificuldades. Localizada em Moema, na zona sul, a unidade cuida de 35 bebês de 4 meses a 2 anos. A diretora da escola, Aglair Fraga, explica que as necessidades mais urgentes - como o preparo de alimentos e a limpeza dos bebês - são supridas com a reserva da caixa d’água, durante os períodos de cortes.

Contudo, uma das medidas necessárias foi diminuir a quantidade de banhos dos bebês de dois para um por dia. A diretora chegou a entrar em contato com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que alegou que a falta de água ocorre por causa da reestruturação da rede na região.

Caminhões-pipa

As escolas têm se esforçado para garantir o atendimento dos alunos. As 484 crianças matriculadas no CEI Vila Medeiros, na zona norte, ainda não deixaram de ser recebidas pela creche. Mas foi necessária a contratação particular de dez caminhões-pipa desde fevereiro, quando começaram os primeiros problemas, ao custo de R$ 450.

Em nota, a Sabesp informou que técnicos da empresa estiveram ontem nos locais indicados pela reportagem e registraram índices de abastecimento acima do mínimo estabelecido pela norma padrão, que é de 10 mca (metros por coluna de água). "Portanto, as escolas estão sendo abastecidas", afirmou a companhia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 1º, que seu governo contratou a construção de 6.452 creches. A petista foi criticada hoje pela ex-ministra Marina Silva (PSB), em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, que acusou a presidente de ter entregue apenas 417 creches das 6 mil prometidas durante a eleição de 2010.

A presidente disse que já foram entregues 2.052 creches e pré-escolas. Ela contabilizou ainda unidades contratadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no programa Pró-Infância. "Além das 6.452, eu assumi as 1.938 creches originadas no governo do presidente Lula e que estavam em estado muito inicial." Ainda segundo Dilma, há no total 4.055 creches em construção.

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"Com isso, conseguimos fazer um processo que foi muito bem sucedido. Nós iniciamos uma grande revolução", disse a presidente. De acordo com ela, nas administrações anteriores o governo federal não investia em creches, "o que era visto como uma tarefa das prefeituras". "Aliás, quem constrói creche no Brasil são as prefeituras. Apoiar (a construção de creches) implicava em parceria com todos os prefeitos do País", disse.

Ela afirmou que o governo federal assumiu responsabilidades como o pagamento do custeio necessário entre a conclusão da unidade e o recebimento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

De acordo com Dilma, os investimentos na educação nos primeiros anos da infância ajudará a dar "um salto educacional que revolucionará o País". "Queremos uma coisa fundamental: que a criança, quando chegar a hora de alfabetizar, tenha maiores e melhores condições de absorver o aprendizado", disse.

Saúde

Perguntada se a promessa de Marina de investir 10% das receitas da União na saúde era viável, Dilma disse que já questionou a adversária sobre o tema, mas não obteve resposta. "Eu não tenho como te responder, sinto muito".

A Prefeitura de São Paulo abriu licitação para a construção das primeiras 43 creches da gestão Fernando Haddad (PT). O edital foi lançado nesta terça-feira (8) e prevê investimentos de R$ 222,4 milhões em todas as regiões da cidade. Juntas, as novas unidades garantirão até 12 mil novas vagas, ou quase 10% da atual demanda. Dados de junho mostram que há 128,5 mil crianças na fila.

O Plano de Metas de Haddad prevê a construção de 243 até 2016, mas, em um ano e meio de governo, nenhuma havia saído do papel. As creches construídas no período são promessas da gestão anterior: 26 foram concluídas e 5 estão em obras. Cada uma das novas unidades vai atender de 200 a 280 crianças de zero a 3 anos, segundo a Prefeitura - o total de vagas, portanto, vai variar de 8,6 mil a 12 mil.

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De acordo com as regras do edital, dividido em quatro lotes, os vencedores terão de seis meses a um ano para entregar as obras. Três delas devem incluir também Escolas de Educação Infantil (Emeis), para atender crianças de 4 a 6 anos.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as 43 unidades fazem parte do pacote de 172 creches que devem ser feitas em parceria com o Ministério da Educação (MEC), que promete repassar R$ 1,2 milhão por obra. O restante, cerca de R$ 170 milhões, será bancado pela Prefeitura. A pasta afirma que as outras 71 creches serão construídas pelo Município com a ajuda do governo do Estado ou por meio de convênios.

Prioridade

A escolha dos locais que receberão os equipamentos foi feita de acordo com a demanda por vagas registrada mensalmente pela Prefeitura e mediante a disponibilidade de terreno. Bairros do extremo sul foram tratados como prioritários por terem as maiores filas.

Somente no Jardim Ângela são necessárias 7,8 mil novas vagas para cobrir a demanda. Em seguida, vêm Grajaú, com 7,2 mil crianças na espera, e Capão Redondo, com 6,5 mil. Na contramão, bairros centrais da cidade atendem quase todas as crianças cadastradas. Na República, por exemplo, só 2 crianças esperam por vaga. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) comentou, durante entrevista numa TV local nesta segunda-feira (30), as principais ações realizadas em 2013. O socialista também prometeu realizar concurso público para agentes de trânsito e anunciou a construção de 42 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) em 2014. 

A primeira área abordada pelo chefe do executivo foi o transporte e ele já começou fazendo promessas. “Vamos continuar cuidando das calçadas, fazer as calçadas para que as pessoas possam andar pela cidade (...). Continuar colocando orientadores de trânsito: já colocamos na Agamenon Magalhães 60 e vamos colocar 400 em toda a cidade e a faixa azul (exclusiva de ônibus) que no final do 1° semestre vamos colocar em várias avenidas da cidade e depois disso a fiscalização. Vamos fazer um concurso agora e aumentar os agentes de trânsito na cidade”, garantiu. 

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As ciclofaixas também foram mencionadas pelo socialista. Questionado de como poderia aumentar a oferta, o prefeito reconheceu que atualmente a prática funciona apenas como lazer e não para locomoção dos recifenses. 

“A ciclofaixa é para que o recifense tenha mais lazer aos domingos e isso é importante porque as pessoas começam a curtir a cidade de maneira diferente, mas a gente contratou um plano diretor cicloviário para a Região Metropolitana do Recife (...). Estamos contratando 12 sistemas de bairros para que a gente possa interligar as grandes avenidas aos corredores de transportes públicos” confirmou, prometendo que durante o ano de 2014 a implantação das ciclovias serão feitas. 

Saúde – A questão da saúde foi outra área comentada pelo prefeito. Ele relembrou as contratações e nomeações de novos profissionais e falou das ações para 2014. “Vamos inaugurar à primeira Upinha 24h no dia 23 de janeiro, na avenida Norte. Em fevereiro, vamos inaugurar o Córrego do Jenipapo, tem também na Ilha do Tiro e na Bomba do Hemetério e o Hospital da Mulher que já está com 50% das obras concluídas e vamos começar também a marcação de consultas que é o maior gargalho da atenção à saúde do Brasil inteiro, mas vamos resolver isso com as UPAs Especializadas, que oferecerá 7 mil consultas por mês”, prometeu.  

Educação Infantil – Sobre as creches municipais, Geraldo Julio relembrou ter reformado algumas unidades neste ano e anunciou a construção de novas estruturas. “Temos o compromisso de fazer 42 Cmeis – que é a creche escola – que pega o menino de 0 a 5 anos. Nós já concluímos 8 que começam a funcionar já em fevereiro, mas nós vamos fazer 42”, finalizou o socialista desejando em seguida um feliz ano novo para os recifenses. “Desejo a todos um belo 2014 e que nós possamos continuar esse processo de transformação na cidade e que cada vez mais o recifense use a cidade, viva a cidade, curta os parques, as praças, aquilo que acontece em nossas ruas para a gente construir uma cidade melhor”, completou. 

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) cadastra, até o dia 30 de novembro, as prefeituras interessadas em receber recursos para a educação infantil. Cerca de R$ 500 milhões serão destinados a fim de garantir o acesso à educação das crianças até 4 anos beneficiárias do Bolsa Família.

De acordo com o MDS, a ação permitirá a suplementação em 50% dos valores estabelecidos pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para cada criança do programa Bolsa Família matriculada. Os repasses são anuais e devem ser investidos nas creches.

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Os gestores municipais devem se inscrever no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), do Ministério da Educação (MEC). Será necessário informar o número de alunos do Bolsa Família. Os dados serão analisados pelo MEC, antes de os valores serem liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O repasse é feito por depósito em conta bancária específica.

Até agora, 2800 cidades estão inscritas, mas aquelas que foram cadastradas em 2012 precisam fazer novo registro para ter acesso aos recursos deste ano. Em 2012, R$ 209 milhões foram repassados para atender mais de 378 mil crianças do Bolsa Família que estudam em 22.838 creches de todo o país.

Enquanto a promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) prevê a criação de 94 mil vagas em creches, a Secretaria Municipal de Educação apresentou ontem, 4, a disposição de se comprometer judicialmente com a criação de 43 mil vagas - ou 46% do total que está no Plano de Metas. A proposta foi considerada um "retrocesso" pelo grupo de entidades à favor da educação infantil que participou ontem de audiência no Tribunal de Justiça.

Essa foi a primeira vez que o judiciário marcou uma audiência de conciliação com a Prefeitura sobre o tema. O grupo de entidades, que envolvem Ministério Pública, Defensoria, Ação Educativa e advogados, espera que a administração firme diante do juiz metas de acesso a creche, com critérios de qualidade e definição de sanções no caso de descumprimento.

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A audiência acabou sem acordo e o julgamento da ação foi marcado para dia 25. A conciliação foi definida a partir de dois processos sobre demanda de creche. As partes vão conversar antes do julgamento para um possível entendimento.

O compromisso apresentado pelo secretário de Educação, Cesar Callegari, vincula a criação de vagas ao que estipula o Plano Nacional de Educação (PNE), em trâmite no Congresso. No PNE, uma das metas é garantir a matrícula de ao menos 50% das crianças de 0 a 3 anos. O prazo do plano é de dez anos, mas a Prefeitura propõe alcançar o objetivo em 2016.

Callegari defendeu que seria "um marco" para o País se a cidade cumprisse o item em três anos. Ele defendeu ainda que o município não poderia firmar acordo com a Justiça da promessa eleitoral. "O município não precisa ser tangido por outras forças para cumprir com suas responsabilidades. O monitoramento de criação de vagas das metas está contemplado no compromisso apresentado."

Números

A promessa da gestão Haddad é criar 150 mil vagas de educação infantil, 94 mil dessas em creche, o que zeraria a fila registrada no início do ano. Em setembro, o cadastro de espera já chegava a 156 mil.

O advogado Rubens Naves, que participa do grupo de trabalho interinstitucional, criticou a resistência de a secretaria assumir responsabilidades. "Compromisso já existe, mas precisamos de mecanismo de responsabilização." O defensor púbico Luiz Rascovski diz que é importante que o julgamento tenha sido marcado. "Entendemos que o acordo deveria no mínimo reafirmar o compromisso eleitoral", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (4) que a meta do governo é chegar a 700 mil vagas em creches para filhos de beneficiados do programa Bolsa Família. As declarações de Dilma foram feitas por meio da página oficial dela no microblogue Twitter, em que fez um breve relato do encontro realizado nesse fim de semana com integrantes da equipe do governo.

"O objetivo da reunião foi acelerar todas as ações e programas que fazem diferença na vida da população. Chegará a 700 mil as vagas em creches para crianças filhas de beneficiários do Bolsa Família. É uma meta ambiciosa. Hoje, 407 mil crianças do Bolsa Família são atendidas em creches", postou.

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Nas mensagens, ela diz que é necessário que as crianças recebam estímulos e atenção para desenvolver a capacidade plena. "Uma creche pode mudar a vida de uma criança. Nos primeiros anos de vida, quando está construindo a sua relação com o mundo, a criança que recebe incentivos com jogos, música, história, acesso a livros com imagens; desenvolve não apenas a lógica e a abstração", afirmou.

O tema sobre criação de vagas em creche pelo governo federal, uma das promessas de campanha de Dilma, chegou a ser alvo de controvérsia no final do mês de outubro. De passagem por Minas Gerais, Dilma criticou a imprensa pela divulgação de promessas que ela, supostamente, não teria feito. Segundo ela, em vez do que vinha sendo publicado, não teria prometido a construção de 8 mil creches, mas de apenas de 6 mil.

"O governo federal tem esse compromisso com as 6 mil creches. Tem umas coisas estranhas, que eu sempre estou dizendo que é estranha. De repente, meu compromisso de 6 mil virou 8 mil. Não sei muito bem de onde que apareceram os 8 mil", disse Dilma na ocasião. A polêmica ocorreu porque o valor de 8 mil creches chegou a ser mencionado pela própria Dilma no programa semanal de rádio Café com a Presidenta, que foi ao ar no dia 1º de abril.

Na inauguração de quatro unidades de educação infantil na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, a presidenta Dilma Rousseff disse que toda a sociedade deve valorizar o magistério e que investir nas creches e pré-escolas é atacar a raiz da desigualdade. “Um país não chega a ascender à educação de qualidade sem professores qualificados e sem que toda a sociedade, não somente o governo, dê status ao professor, que implique remuneração adequada e reconhecimento integral ao papel do professor”, afirmou.

O discurso da presidenta ocorreu em meio a crianças que lotaram ginásio da Escola Municipal Eugênio Nelson Ritzel, que fica do lado de uma das quatro creches que passarão a funcionar no município. Segundo Dilma, o caminho para a educação, que receberá mais dinheiro com a destinação de 75% dos royalties do petróleo do pré-sal para investimentos na área, passa pelo fornecimento de condições para que as pessoas saiam da miséria e também pela aposta em uma sociedade do conhecimento.

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“Todas as pessoas que participaram dos programas de transferência de renda têm saída sustentada [da miséria] se dermos a elas acesso a educação. A educação conduz a uma economia baseada na agregação de valor ao conhecimento, e não simplesmente no trabalho ou na atividade econômica”, disse Dilma.

Na solenidade, estiveram presentes o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as ministras da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, além do governador do Rio Grande do Sul em exercício, Beto Grill, e do prefeito de Novo Hamburgo, Luís Lauermann.

A presidenta disse que durante muito tempo pregou a importância das creches, levando em conta a necessidade das famílias de deixarem suas crianças em locais seguros e de qualidade. “Eu ainda até falo isso, mas não é por isso que nós fazemos creches ou pré-escolas. Nós temos de fazer é por causa das crianças”, explicou, acrescentando que com a evolução da ciência foi possível saber que na primeira infância se formam as condições de uma maior capacidade de aprendizado das crianças.

Ao relacionar a importância da educação para o desenvolvimento, a presidenta repetiu o discurso de que só com investimentos na educação é possível construir uma nação desenvolvida. “Um país não se mede pelo PIB [Produto Interno Bruto, que mede as riquezas produzidas por um país]. Um país tem de se medir pela qualidade de vida da população. Eu posso ter um PIB desenvolvido, como já foi o caso, e uma situação social que deixa a desejar. O que queremos é que o PIB e a vida das pessoas melhorem em conjunto”, disse a presidenta.

As novas escolas de educação infantil inauguradas vão funcionar nos bairros Jardim Mauá, Canudos e Lomba Grande, em Novo Hamburgo. O discurso da presidenta foi logo depois que ela chegou à cidade e visitou uma das unidades de ensino para crianças de até 5 anos. Em seguida, Dilma foi para a formatura de 1.200 estudantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

 

Prefeitos e secretários municipais compareceram nesta terça-feira (24), na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), localizada no bairro de Jardim São Paulo, no Recife, para participar de uma assembleia geral convocada pelo presidente da entidade e prefeito de Afogados de Ingazeira, José Patriota (PSB). Na pauta, estavam assuntos como a criação de creches nos municípios, os Oito Jeitos de Mudar o Mundo (ODM), repasse de recursos de programas de assistência social para mulheres e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foram debatidos.

Durante o evento, a questão da implantação das creches que é competência dos municípios - foi um dos mais abordados. Os gestores municipais alegam ser necessários R$ 7 mil reais para manter anualmente cada aluno de 0 a 3 anos em creches, e que o governo federal repassa apenas R$ 2.700 através do Fundeb. “Isso não é suficiente para cobrir os custos e isso (as creches) tem uma consequência positiva enorme, porque, primeiro, a mãe vai se inserir no mercado de trabalho e vai poder com tranquilidade trabalhar e estudar sabendo que seu filho está bem cuidado, e segundo, a criança vai ter um desenvolvimento integral como pessoa e como cidadão para viver bem e ser feliz”, ressaltou José Patriota.

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Ainda sobre o assunto, o presidente da Amupe comentou a necessidade de se discutir este conteúdo numa grande mobilização de prefeitos, vereadores, Congresso Nacional e de toda a sociedade organizada, assim como os órgãos de controle e o Ministério Público. “Nós temos dito que a política de recursos financeiros é insuficiente na saúde, na assistência e na educação e agora, daremos um foco maior na questão das creches”, prometeu.

Apesar das problemáticas existentes em virtude dos poucos recursos, os chefes dos executivos municipais elogiaram a iniciativa de Amupe de abrir debates como esse. “Hoje aqui nós estamos focando neste movimento nacional de cidadania e solidariedade. É um momento que saímos de nossos municípios e de nossos problemas e passamos a vivenciar os problemas de forma coletiva. A gente escuta o que está acontecendo em cada lugar e divide com cada colega prefeito”, disse a gestora de Condado, Sandra Félix (PSDB).

Para o prefeito de Sertânia, Guga Lins (PSDB), o encontro desta terça-feira foi muito relevante para gerir as cidades. “É muito importante nós estarmos discutindo aqui assuntos que dizem respeito à municipalidade, as formas de parceria e de como melhorar a participação municipal. Então, essas reuniões estão servindo de referência  para que a gente possa avançar os nossos trabalhos para o povo de nossos municípios”, pontuou.

Também participaram da pauta a secretária estadual da Mulher, Cristina Buarque, e o secretário Geral da presidência da República, Luiz Alberto Vieira.

A Prefeitura de São Paulo vai propor a criação de uma "fila social" para priorizar os mais pobres no atendimento em creches. Atualmente, a precedência é pela ordem de inscrição, mas o acatamento de decisões judiciais a favor de famílias tem dominado as matrículas. A proposta vai ser apresentada nesta quinta-feira, 29, na audiência pública convocada pelo Tribunal de Justiça (TJ) para tratar da educação infantil.

Ministério Público, Defensoria Pública e entidades como Ação Educativa, que participam da audiência, pressionam a Prefeitura a assinar na Justiça compromisso de expansão de vagas e manutenção de critérios de qualidade. Ontem, na véspera da audiência no TJ, o prefeito Fernando Haddad (PT) lançou a Política Municipal para o Desenvolvimento Integral da Primeira Infância da Cidade de São Paulo.

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Chamada de São Paulo Carinhoso, em referência ao programa federal Brasil Carinhoso, com o qual mantém ligação, a política cria uma articulação entre secretarias municipais, desde Saúde à Assistência Social, voltada para a primeira infância. O comitê gestor será presidido pela primeira-dama, Ana Estela Haddad.

Apesar de não definir ações específicas, o programa prioriza "territórios e populações em situação de maior vulnerabilidade social" nas políticas de primeira infância. "Nossa tarefa é romper barreiras entre pobreza e riqueza", disse o prefeito.

Haddad lembrou que o porcentual de atendimento em creche das crianças mais pobres é menor do que na média na cidade de São Paulo. Em junho, a Prefeitura registrava 211 mil matrículas em creches, que atendem crianças de 0 a 3 anos - o equivalente a 34,4% das crianças dessa faixa etária do município. Por outro lado, tendo como base crianças beneficiadas pelo programa Bolsa Família, apenas 22% das crianças de famílias com até três salários mínimos estão em creches (o que representa a 18,5 mil crianças). Atualmente há 127 mil crianças nessa faixa etárias cadastradas pela Prefeitura que não são atendidas em creche.

Prioridade

A desempregada Juliana Moraes, de 25 anos, está com sua filha Débora, de 1 ano, na fila por uma creche na Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Ela pretende voltar a trabalhar com telemarketing, mas enquanto não arruma creche, mãe e filha dependem da aposentadoria de um salário mínimo da avó de Débora. "Já pensei em ir na Justiça, como me disseram na escola. Mas não sei onde procurar."

Segundo o secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, a questão da priorização e os desafios legais para a ideia serão debatidos na audiência no TJ. "Pretendo ouvir muito, mas vou falar a respeito dessa questão. Temos de enfrentar a situação de desenvolver políticas desiguais para desiguais."

O promotor João Paulo Faustinoni e Silva, do Grupo de Educação do Ministério Público (Geduc), disse que conheceu apenas à noite a existência dessa política. "Não vi dados de execução, mas acho importante essa preocupação", diz. "O foco na audiência é mais definido, um direito específico das crianças que vem sendo ignorado." Ele diz acreditar que alguns critérios de priorização possam ser discutidos, mas é necessário uma proposta objetiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cupira é uma cidade de obras fantasmas. Ao acordar às 6h30 para levar as duas netas para a única creche em funcionamento no município, a dona de casa Maria do Socorro, de 52 anos, avista o elefante branco largado pela prefeitura e financiado com recursos do Ministério da Educação (MEC): uma creche com piscina e brinquedos novos, mas abandonada. Desde o início do ano, a população espera a creche nova funcionar. Em maio de 2012, nota da prefeitura informava que a obra estava em "fase de finalização" e atenderia cerca de 240 crianças em tempo integral.

"Uma obra moderna, com uma estrutura impecável e muito bem localizada, situada na Avenida Miguel Pereira Neto", afirmou o prefeito Sandoval Luna (PDT), na época. "A nova creche com certeza beneficiará uma grande parcela da comunidade que necessita de atendimento diferenciado."

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A reportagem visitou as instalações da creche no dia 20 de agosto, 15 meses depois do discurso do prefeito, e encontrou um cenário desolador: brinquedos abandonados, piscina vazia, poeira, mato crescendo no terreno, grades enferrujadas e nenhum sinal de crianças. "Aqui em Cupira, tudo é só de fachada", criticou Maria do Socorro. "Não é só a creche, é tudo abandonado. O nordestino vive um completo abandono dos governos estadual, federal, municipal. Se o governo federal manda verba pro município, sai em qualquer lugar no mundo, até no inferno, mas na nossa cidade não tem benfeitoria nenhuma."

Competências. O Ministério da Educação aprovou em 2009 um convênio de R$ 1.280.282,31 para construção da creche e de R$ 101.238,57 para aquisição de equipamentos e mobiliário. "No momento, o atendimento desta creche, que é de responsabilidade da prefeitura, ainda não foi iniciado, pois aguarda o plano de atendimento municipal", informou o ministério.

De acordo com o secretário de Governo da Prefeitura de Cupira, José Edvan da Silva, o município deverá abrir a nova creche até o fim do ano. "A creche que funciona já está tão sofrida, não temos intenção de fechá-la, e sim manter as duas. Não sei o que falta, falta alguma coisa para abrir a outra creche." O prefeito não respondeu às ligações da reportagem.

No Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios, Cupira, com 24 mil habitantes, ocupa o 96.º lugar entre as cidades pernambucanas, com 0,592 numa escala que vai de 0 a 1 - índice considerado baixo. /R.M.M.

O prefeito Fernando Haddad (PT) prometeu nesta quarta-feira, 14, criar 16 mil vagas de creches até o fim deste primeiro ano de mandato. O número representa 12% das 127 mil crianças na fila, segundo balanço da Secretaria Municipal de Educação do mês de junho.

Durante a campanha, Haddad prometeu zerar o déficit de vagas na cidade. Para isso, aposta na rede conveniada. "Não conseguiremos zerar o déficit se não fizermos duas medidas: primeiro ampliar a rede própria e em segundo ampliando os convênios também", disse. De acordo com ele, há hoje mais de mil entidades conveniadas.

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Haddad afirma que é necessário, porém, forte fiscalização sobre a rede conveniada. "Existem boas instituições que vão receber apoio e aquelas que não estiverem cumprindo com as diretrizes da secretaria vamos descredenciar." Haddad afirmou que as entidades que não se adequam são a minoria.

Para ampliar a rede própria, a Prefeitura esbarra na dificuldade de encontrar terrenos. "É isso que está emperrando a expansão mais acelerada do crescimento", disse.

Até agora, a Prefeitura encaminhou ao Ministério da Educação a definição de 87 áreas para a construção de unidades em parceria com o governo federal. A administração pretende construir 172 centros infantis em convênio com a União. Outras 72 serão feitas com dinheiro próprio ou em parceria com o governo do Estado, totalizando 243.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta segunda-feira, 29, a liberação de verbas a prefeituras para a construção de creches municipais. Na ocasião, prefeitos de 315 cidades do interior firmaram um convênio para construção de 439 unidades de ensino. Anteriormente, já haviam sido realizadas parcerias com 231 prefeituras no programa "Creche Escola" e gastos R$ 358 milhões. Com a ampliação, o investimento chega a R$ 928 milhões. A meta, segundo o governo, é investir R$ 1 bilhão até 2014.

"Quem constrói é a prefeitura, ela licita, ela constrói e ela fiscaliza. As creches são de R$ 1,5 milhão a R$ 1,7 milhão e nós também pagamos os mobiliários na penúltima liberação de recursos, em torno de R$ 180 mil. As prefeituras terão quase R$ 2 milhões", afirmou Alckmin.

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São Paulo foi a primeira cidade a firmar parceria com o Estado, com previsão de construção de 100 creches, segundo Alckmin. A primeira unidade, no entanto, será inaugurada nesta sexta-feira, 2, em Lençóis Paulista.

Segundo o secretario da Educação, Herman Voorwald, hoje há 91 obras e 77 em licitação. "A proposta é que no segundo semestre a grande maioria esteja sendo licitada ou em obras", afirmou.

O governador ainda afirmou que vai ampliar o repasse de merenda escolar de R$ 0,25 para R$ 0,50 aos municípios e que no dia 7 de agosto haverá um pregão para que 521 cidades recebam vans, micro-ônibus ou ônibus escolares.

Creches e escolas da rede municipal de ensino do Recife, a partir desta quarta-feira (3), passam por reforma. Teve início hoje a primeira de uma série de ajustes, com o “pontapé inicial” dado na Creche Municipal Flor do Bairro da Guabiraba, que atende a 46 crianças de 1 a 3 anos de idade. De acordo com a Prefeitura da cidade, até a próxima segunda-feira (8), mais três prédios escolares iniciarão suas reformas.

O investimento total na recuperação dos espaços físicos é de R$ 817 mil. “Esta é mais uma ação que mostra nosso compromisso com a educação da cidade e o cumprimento de nosso programa de governo. É na creche que definimos como vai ser, no futuro, a capacidade de aprendizado das crianças. Por isso, estamos dando prioridade à educação infantil. Nosso desejo é fazer em todas as creches o que viemos fazer hoje aqui na Guabiraba”, disse o prefeito do Geraldo Julio, conforme informações da assessoria de imprensa do órgão.

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A duração das obras é de 40 dias, e, esse é o mesmo prazo para as outras escolas e creches que também serão reformadas. Já nesta quinta-feira (4), mais uma obra será anunciada, na creche municipal Sementinha do Skylab, localizada na comunidade de Monsenhor Fabrício, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste da capital pernambucana. Segundo a Prefeitura, a obra vai custar R$ 254 mil.

Mais obras

Nesse mês de junho, o processo licitatório para manutenção preventiva e corretiva em 300 unidades de ensino recifenses foi finalizado. Ao todo, R$ 15 milhões serão investidos, divididos em três lotes.

De acordo com a Prefeitura, os reparos iniciarão na próxima semana, em 109 escolas prioritárias. Os ajustes serão realizados em telhados, calhas, cobertas, paredes e fachadas, entre outros serviços.  

O aumento da judicialização das demandas por educação infantil não é exclusivo da cidade de São Paulo. Ele se repete em diversas cidades do País, segundo a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que não tem um levantamento das ações.

"Praticamente todas as cidades médias e grandes têm esse tipo de liminar, independentemente se há vaga ou se consegue criá-la", afirma a secretária de Educação de Goiânia, Neide Aparecida da Silva, que faz parte da diretoria da Undime.

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Neide diz que a pressão por creche é recente e há dificuldades para aumentar a oferta em grande velocidade. "A Justiça entende que a creche é direito da criança, mesmo não estando na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e impõe uma liminar para colocar a criança na escola. Na minha avaliação, isso não agiliza", diz ela. "É importante que as crianças estejam nas escolas, mas é difícil judicializar sem fazer discussão."De acordo com a secretária, a cidade de Goiânia atende hoje 22 mil crianças. A fila de espera é de 5 mil.

Secretário municipal de Educação de Florianópolis, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz diz que conseguir adequar a demanda de atendimento na educação infantil é "um problema nacional". "Quando a educação infantil passou a integrar o sistema educacional, a demanda se tornou crescente. O governo federal tem contribuído para as construções e parte da manutenção, mas os Estados não têm feito nada", afirma ele, também da direção da Undime.

Meta federal

O governo federal tem a meta de construir 6 mil creches e pré-escolas até 2014. Segundo o Ministério da Educação (MEC), 683 unidades estão em funcionamento e 2.859 em construção. O investimento previsto neste ano é de R$ 1,9 bilhão.Segundo Daniel Cara, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a pressão por creche deve aumentar cada vez mais. "A gente vive um processo de priorização da pré-escola. Depois, só a creche vai ter a demanda intensa", diz.

A campanha foi a principal entidade a lutar pela inclusão das creches no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Esse fundo é responsável pela transferência de recursos a municípios e Estados de modo proporcional ao número de alunos matriculados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Só nos quatro primeiros meses do ano, a Prefeitura de São Paulo recebeu 7.408 decisões judiciais obrigando o Município a matricular crianças em creches, uma média de 62 decisões por dia. O montante é quase o mesmo do registrado ao longo de todo o ano de 2012. A explosão de decisões é reflexo da fila por creche - 111 mil crianças em abril - e da morosidade do poder público na criação de vagas. Por outro lado, as sentenças esbarram na realidade: para atender todas as decisões deste ano, a Prefeitura precisaria de 37 novas creches. Sem ter como acatar imediatamente a decisão, a criança beneficiada pela ação é colocada em primeiro na fila daquela região ou unidade cadastrada, o que torna a fila mais morosa para as outras famílias.

De acordo com o secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, as demandas são legítimas por parte das famílias e do Judiciário, mas têm um impacto negativo na fila.

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"Vamos sempre respeitar as decisões", diz Callegari. "Mas é necessário que se entenda que a fila é um patrimônio construído de modo transparente e que começa a perder credibilidade por parte do cidadão que percebe que fica cada vez mais distante de ser atendido quando é ultrapassado por outras famílias", afirma o secretário.

Callegari diz que a Prefeitura tem dialogado com o Judiciário para tentar reduzir as ações. Como argumento, promete criar 150 mil vagas na educação infantil, sendo 94 mil em creches - a fila registrada no início do ano.

O plano é construir 243 creches, para 50 mil crianças. O restante das vagas seria criado por convênios e unidades em empresas. A Defensoria Pública, que encaminha a maior parte das ações, critica a imprecisão das promessas.

A demanda por creche não era registrada até 2006, quando passou a ser publicada na internet. "Não se questiona o direito das mães, mas de alguma forma as ações dificultam o planejamento da rede", diz o ex-secretário de Educação Alexandre Schneider (2006-2012).

Famílias. Os próprios funcionários das unidades têm indicado que as famílias procurem a Justiça. Foi o que aconteceu com a promotora de vendas Andreia de Aguiar, de 37 anos, que mora na Vila Formosa, na zona leste.

Quando a filha, Bruna, nasceu em dezembro, Andreia começou a procurar vaga. "A recepcionista da creche deixou claro: se não fosse na Justiça, eu não conseguiria", diz ela, que voltou a trabalhar na sexta-feira sem uma definição sobre o caso. "Não tenho com quem deixá-la. Minha irmã vai me ajudar, mas ela tem a vida dela."

O casal Joildo Santos, de 27 anos, e Luzia Rosa, de 26, já pensa nessa opção para conseguir uma vaga para Yuri, de 2. Ele é o 400.º da fila do CEU Paraisópolis, zona sul, do lado da casa deles. "Estamos vendo como acionar a Defensoria. Não está dando mais para pagar particular", diz Santos.

Tanto o atual secretário quanto o anterior argumentam que o aumento dos atendimentos e a qualidade das creches acabam influenciando a maior procura das famílias e, em consequência, a alta da judicialização.

Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a ida das famílias aos tribunais é positiva. "Quando falamos mais em creches, as famílias demandam. Além de as mulheres estarem com mais empregos, a sociedade percebe cada vez mais a importância da creche", diz ele. "O ideal seria estabelecer processos de busca ativa, fazer ‘microcensos’ de quem está fora da escola." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A direção regional do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU-PE) solicitou mais atenção aos governos do Estado e dos municípios em relação à falta de creches. Em nota, a sigla alfinetou o PSB, PT e PCdoB afirmando que “embora se digam de esquerda, não garantem esse direito fundamental (acesso a creches), e são os mesmos que punem as mulheres pobres, que não têm onde deixar seus filhos para poder trabalhar e têm que recorrer aos vizinhos para dar uma olhada’”.

No documento, o partido cita também um acidente que ocorreu em Olinda com uma criança que estava em casa sozinha. No texto, o PSTU diz que a mãe da criança que saiu para trabalhar foi penalizada pelo ocorrido.

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Confira a nota do PSTU na íntegra:

Mais de 100 mil crianças estão fora das creches em Recife

“O direito à creche é o resultado de lutas sociais que se combinam, com um objetivo único: o reconhecimento de mulheres e crianças como sujeito de direitos. O significado da luta das mulheres por creche está relacionado com a luta pelos direitos democráticos e com o seu ingresso e permanência no mercado de trabalho.

Hoje as mulheres representam metade da classe trabalhadora no país e a dupla jornada que continua sendo exigida pelas tarefas domésticas de lavar, cozinhar, limpar e cuidar dos filhos acaba isentando o Estado de obrigações sociais como a construção de creches, lavanderias e restaurantes públicos, que possibilite às mulheres se desobrigarem de cumprir mais esse trabalho em casa. Por isso a falta de vagas nas creches públicas é um problema que aflige as mães trabalhadoras do estado e da cidade de Recife.

Ao mesmo tempo em que precisa trabalhar fora, à mulher pernambucana é exigido o dever de cuidar dos filhos e da casa. Um paradoxo que se observa é que os governos do PSB, PT e PC do B em nível estadual e municipal, embora se digam de esquerda, não garantem esse direito fundamental, e são os mesmo que punem as mulheres pobres, que não têm onde deixar seus filhos para poder trabalhar e têm que recorrer aos vizinhos para “dar uma olhada” ou muitas vezes deixa as crianças sozinhas em casa.

Há poucos dias, um incêndio de médias proporções deixou uma criança de um ano morta e uma mulher de 62 anos ferida e destruiu quatro barracos na 2ª Perimetral Norte, em Ouro Preto, Olinda, no Grande Recife. O corpo da criança foi encontrado carbonizado dentro de uma das moradias atingidas pelas chamas. Ao sair de casa para comprar comida pela manhã, deixando o menino sozinho, a mãe da criança não imaginava que encontraria o filho morto.

Mesmo submetida a essa terrível tragédia, a jovem trabalhadora ainda se viu responsabilizada pela morte de seu filho pela Justiça, pela prefeitura e governo do estado, além de ter sido exposta a um linchamento moral pelos principais jornais e TVs do estado.

A responsabilidade por essa tragédia é do governador Eduardo Campos do PSB, e dos prefeitos Geraldo Júlio do PSB  e Renildo Calheiros do PC do B. E como responsáveis precisam ser punidos, ao mesmo tempo que se deve prestar toda assistência à mãe da criança morta.

O ensino fundamental é obrigatório e gratuito, vinculando o administrador público, pois o seu não oferecimento ou a oferta irregular acarretará a sua responsabilização. Dessa forma, não é permitido ao Poder Público deixar nenhuma criança fora do ensino infantil e fundamental, incluindo-se creche e pré-escola.

Segundo os dados do Observatório do Recife, a capital de Pernambuco tem uma cobertura de creche de 14,47%, o que corresponde a 11.114 crianças atendidas. Valendo observar que 5114 crianças, o que representa 46% do total atendido pelas creches, são cobertos pelo setor privado.

Os dados do IBGE de 2010 e do Observatório demonstram que o Recife tem 76815 crianças na faixa etária de 0 a 3 anos e 40446 na faixa de 4 a 5 anos totalizando 117251 crianças que necessitam de creches. Subtraindo deste total o número que representa a cobertura da rede municipal, 6000, chegamos a uma absurda conclusão: a Prefeitura do Recife deixa de atender, dar proteção e cobrir com o ensino básico nada mais e nada menos que 111251 crianças.

Onde está o Ministério Público diante de tamanha calamidade, que não cobra da Prefeitura suas responsabilidades constitucionais? E os conselhos tutelares já que o estatuto da criança e do adolescente está sendo pisoteado?

Em 12 anos de gestão do PT, este problema não foi resolvido porque esta não é a prioridades destes governos. Eles governaram para os ricos de Recife. Mais uma prova de que não é possível governar para todos. O Recife precisa hoje de 1115 creches para atender as necessidades das mulheres trabalhadoras da capital pernambucana. Meta muito distante da traçada pelo prefeito Geraldo Júlio do PSB e Dilma Roussef do PT para os próximos 4 anos no Recife.

Os CMEIs que têm sido o grande mote da propaganda institucional da gestão do PT e agora do PSB não passam de “elefantes brancos” cujos custos milionários não se justificam, ainda mais se considerarmos o número de crianças a serem beneficiadas que é, em média, de 120 crianças por unidade, numa cidade onde o déficit de estabelecimentos públicos dessa natureza atinge quase 200 mil crianças só em Recife.

O Observatório do Recife revela ainda as taxas de cobertura de creches vem crescendo num ritmo infinitamente mais lento que os apresentados pelos governos em relação ao aumento da economia e da arrecadação de impostos, além do desvio de dinheiro público para obras que só favorecem grandes empreiteiras no estado. Em 2008 a taxa de cobertura foi de 11,02%; em 2009, foi  de 13,52%; em 2010, foi de 14,47%

Cresce em média 1% por ano. Assim, nestas condições, as nossas crianças, filhos e filhas das trabalhadoras (es) do Recife, ficarão, sem as proteções do poder público, jogadas para a crescente violência e abandono como a imprensa demonstra cotidianamente.

Se por um lado há elevada concentração de riqueza nas mãos de parcela mínima da população do estado e da cidade do Recife, por outro há a dificuldade da população pobre de ter acesso aos bens e serviços públicos mínimos. Apesar do princípio da prioridade absoluta, as crianças continuam sendo as maiores vítimas das desigualdades sociais em nossa cidade.

A racionalização dos gastos com desapropriações e obras, certamente traria benefícios para um número muito maior de crianças e uma melhor distribuição dessas unidades pelas diversas áreas da cidade, devendo ser considerado que numa realidade em que a classe trabalhadora sofre com os problemas da mobilidade, seja pelas deficiências do sistema de transporte, seja pela falta de condições financeiras para sua utilização, seja pelo desemprego, a descentralização dessas unidades de atendimento educacional deve ser prioritária, de modo a atender, basicamente, à população próxima.

Não é o caso de construir alguns poucos CMEIS só para “inglês ver”, mas de construir urgentemente quantas creches forem necessárias para atender a toda demanda, ou nossos filhos continuaram sendo mortos pela irresponsabilidade dos governantes.

Defendemos:

A estatização do ensino privado.

Investimento de 10% do PIB para a educação pública já.

Investimento de 25% do orçamento municipal em educação.

Por uma educação que atenda aos interesses da juventude e da classe trabalhadora, e não das empresas.

Creches públicas que atendam as necessidades das mulheres trabalhadoras no Recife.

Verba pública só para escola pública

Abaixo o PNE e suas parcerias público-privadas

Reforma e ampliação das escolas municipais de Recife”

Direção Regional Pernambuco - PSTU

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