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O Comitê de Emergência para a Covid-19 se reunirá no próximo dia 4 de maio para sua 15ª sessão que definirá, entre outras coisas, se a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve manter a pandemia de Covid-19 ainda como uma Emergência Sanitária Pública de Interesse Internacional (Pheic).

O grupo, que foi convocado pelo diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, teve sua primeira reunião em 22 e 23 de janeiro de 2020, logo após os primeiros casos serem notificados formalmente pela China. No dia 30 do mesmo mês, o Comitê informou o diretor de que o novo coronavírus Sars-CoV-2 era uma Pheic.

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Os especialistas, desde então, encontram-se a cada três meses para analisar as orientações para a crise sanitária.

Da Ansa Brasil

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a montar, em Boa Vista, o primeiro dos hospitais de campanha que o governo federal planeja utilizar para atender índios da etnia yanomami.

Segundo o secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, mais de mil pessoas com graves problemas de saúde já foram transferidas da Terra Indígena Yanomami, perto da fronteira com a Venezuela, para a capital de Roraima - uma viagem que, em aviões de médio porte, dura, em média, duas horas.

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“Pudemos presenciar o estado de calamidade em que o território [yanomami] está. É um cenário de guerra. Nossa unidade de saúde indígena, em Surucucu, assim como a nossa Casai [Casa de Apoio à Saúde Indígena] aqui, em Boa Vista, são praticamente campos de concentração”, declarou o secretário, hoje (24), ao conversar com jornalistas, na capital roraimense.

Conforme a Agência Brasil apurou, ontem (23), havia 583 pessoas alojadas na unidade de saúde de Boa Vista, para onde parte dos yanomami doentes está sendo transferida para receber tratamento médico adequado. Do total, 271 indígenas eram pacientes; 257 acompanhantes e 55 índios que já receberam alta médica e aguardam uma oportunidade de voltar a seus territórios.

“Queremos desafogar o espaço [da Casai de Boa Vista], pois as condições estão insalubres”, disse o secretário nacional, informando que, nesta terça-feira, perto de 700 pessoas estão recebendo atendimento na unidade.

“Estamos implantando um hospital de campanha aqui em Boa Vista para resolvermos o problema de assistência aos indígenas que estão alojados na Casa de Apoio e também para dar assistência aos que estão chegando”, acrescentou Weibe Tapeba, reforçando que o Ministério da Saúde planeja montar ao menos mais um destes equipamentos na região do Surucucu, onde vivem os yanomami em situação de grande vulnerabilidade.

De acordo com o secretário, os principais problemas de saúde identificados são desnutrição, malária e infecção respiratória aguda. Situação que motivou o Ministério da Saúde a, na última sexta-feira (20), declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional – o que permite ao Poder Executivo federal adotar, em caráter de urgência, medidas de “prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública”.

A montagem do Hospital de Campanha de Boa Vista está a cargo da FAB, sob a coordenação dos ministérios da Defesa (MD) e da Saúde (MS). A estrutura abrigará uma equipe multidisciplinar, com militares médicos de várias especialidades (clínica médica, ortopedia, cirurgia-geral, pediatria, radiologia, ginecologia, patologia etc.) além de enfermeiros, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Aparelhos de raio-x e para a realização de ultrassonografias serão instalados no local, junto a uma farmácia e a um laboratório com capacidade de realizar alguns exames laboratoriais.

O hospital de campanha também contará com leitos de internação para pacientes ambulatoriais e estabilização de pacientes mais graves que precisem ser removidos para unidades de saúde mais complexas.

O mundo inteiro vem passando, desde o início de 2020, por um período totalmente atípico. Restrições, impactos sociais, sanitários e econômicos, tudo isso revirou as estruturas da sociedade. O Brasil, que vinha lentamente recuperando sua economia, afundou novamente. A crise sanitária começa a dar sinais de controle, mas a reconstrução do país ainda requer uma série de investimentos. A pergunta que fica é: quando poderemos, enfim, vislumbrar um futuro mais promissor?

Desde que o caos se instalou, tivemos, além das agora quase 600 mil mortes, o fechamento de milhares de empresas e o desemprego atingindo níveis altíssimos. E agora, o que se apresenta para o futuro próximo é uma realidade ainda dura, mesmo com a retomada econômica. Aos poucos, graças ao avanço da vacinação, podemos voltar a algo que se pareça com a vida pré-crise, embora uma série de precauções ainda sejam necessárias e tudo deva ser feito com cautela. Para que essa retomada aconteça da melhor maneira, o que precisamos, de verdade, é de um grande planejamento nacional muito bem articulado e que envolva agentes públicos e privados, com vistas a promover o impulsionamento da economia. E não se pode esquecer de manter os cuidados com a saúde e estimular a vacinação de todos, sendo esse o principal meio de controle da crise sanitária.

As administrações municipais, estaduais e federal precisam, em conjunto e sintonia, desenvolver ações que abarquem os diversos setores econômicos e possibilitem às empresas gerar novos empregos. Precisamos que as pessoas voltem a trabalhar para que possas ter seu sustento. Paralelo a isso, subsídios ainda se fazem necessários, para que os mais afetados pela crise possam ter o mínimo para sobreviver. Será um caminho longo e difícil, mas necessário para que possamos viver em estabilidade. Mesmo com as eleições do próximo ano, que podem alterar o cenário político, é preciso haver continuidade das boas iniciativas, para que seus efeitos não se percam.

O mundo se viu diante de um inimigo implacável. No Brasil, não poderia ser diferente. Olhar para o retrovisor não adianta tanto – a não ser para evitar a repetição de erros. O que importa mesmo é pensar o futuro. E esse futuro tem que ser muito bem planejado, a fim de que possamos retomar a convivência normal e nossas empresas e nossos trabalhadores retornem às atividades, com a segurança necessária. A luz no fim do túnel ainda parece fraca, mas, com trabalho dedicado e ações corretas, ela pode chegar para todos.

Enquanto Brasil ultrapassa 465 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores nesta terça-feira, 3, que o País "vai bem" e "não tem roubalheira".

"Apesar dos problemas está indo bem o Brasil, tem gente incomodada com isso", disse. "É que não tem roubalheira, né? Tem que avisar o presidente e o relator da CPI que não está tendo roubalheira", afirmou se referindo à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que investiga a conduta da sua gestão para conter a crise sanitária no País.

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Sobre a CPI, Bolsonaro respondeu perguntas sobre uma possível convocação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). "O que eu sei é que o MP (Ministério Público) pediu o destino do dinheiro, mas tem governador que não encaminhou ainda. Não vou falar que ele fez mau uso do dinheiro, pode ter enfiado em outro lugar, pode ser legal, mas o dinheiro era para a saúde", declarou.

A conversa aconteceu na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, após ele retornar de um passeio de moto para Formosa na cidade, que fica em Goiás, a 80 quilômetros de Brasília. Um vídeo mostra Bolsonaro sem máscara em meio a aglomeração na chegada à cidade e outro, usando máscara, em uma missa na catedral e, depois, o presidente seguiu de moto para Salto do Itiquira, um ponto turístico do município. O encontro não consta na agenda oficial do presidente. Segundo a Prefeitura de Formosa, 85% dos leitos de UTI estão ocupadas com pacientes de covid-19.

Ainda na conversa no Alvorada, um apoiador disse que o País nunca tinha tido antes de Bolsonaro um presidente patriota. "Teve de 1964 a 1985 teve", respondeu Bolsonaro citando o período da ditadura militar no Brasil.

Bolsonaro também voltou a criticar a "política do fica em casa". "Não existe comprovação cientifica para lockdown. Zero", disse. A medida de isolamento social para evitar o alastramento da covid-19, no entanto, é defendida pela comunidade médica internacional.

Na noite da última terça (23), Tiago Leifert quebrou o protocolo e revelou aos confinados do BBB 21 a situação da crise sanitária no Brasil. A exemplo do que aconteceu na edição anterior, em 2020, o apresentador do reality abriu o jogo e contou como o país tem sofrido com altos índices de contaminação e recordes diários de mortes decorrentes da pandemia.

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Reunidos na sala para o sétimo paredão do programa, os brothers e sisters ouviram atentamente ao comunicado de Leifert. Ele explicou que estava burlando uma das regras do programa, ao dar-lhes notícias do mundo externo, por conta da gravidade do tema e por achar que alguns confinados estariam acreditando que ao saírem encontrariam um cenário diferente em relação à pandemia. “A segunda onda veio realmente muito pesada. Se vocês acham que melhorou, que vocês vão sair dai e vai estar tudo bem, não é o caso. A gente ainda tá no meio da pandemia. Então assim, tá igual, tá até um pouco pior do que quando vocês entraram”.

Boquiabertos, os brothers e sisters demonstraram muita preocupação. Alguns caíram em lágrimas e quiseram se certificar se suas famílias estariam bem. Tiago garantiu que todos os familiares dos confinados estavam seguros e que eles seriam avisados caso houvesse algum problema. Além disso, o apresentador do BBB pediu que o elenco reforçasse junto ao público, durante o Raio-X, sobre os protocolos e recomendações acerca da pandemia.

 

Embora o estado inteiro esteja classificado na Fase Vermelha do Plano São Paulo de Contenção ao Coronavírus, o governo paulista programou o retorno das aulas presenciais de 2021 para o próximo dia 8 de fevereiro. No entanto, mesmo com as ações anunciadas pelo secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, para reduzir o risco de contaminação entre os alunos, muitos pais não vão permitir a volta dos filhos ao ambiente escolar, devido ao perigo dos alunos estarem expostos ao Covid-19.

De acordo com a pasta da Educação, as escolas voltarão a funcionar em esquema de rodízio, com o máximo de 35% dos alunos no mesmo turno. Para a estudante e dona de casa Alessandra de Souza, 40 anos, não há justificativa para encaminhar as duas filhas, Stella e Rebeca, de 16 e nove anos, para o colégio nas aulas presenciais. "Uma vez que venho cumprindo a quarentena e sigo os protocolos de segurança, não acho que seria válido a volta às aulas já que, por exemplo, minha filha de nove anos não vai ficar quieta e de máscara, mesmo a escola tendo um plano seguro", comenta.

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Alessandra de Souza não se sente segura em mandar a filha Rebeca, de nove anos, para a escola | Foto: Alessandra de Souza / Arquivo Pessoal

Para Alessandra, o aprendizado das meninas não foi impactado de maneira negativa durante as aulas online. "Elas não perderam o ano, se reinventaram. Assim como nós, tiveram que se adaptar. O ensino ficou mais puxado, aprenderam a ter uma rotina, embora eu tenha percebido um desânimo dos professores", avalia.

O empresário Hélio Sales Junior, 37 anos, é mais um que não vai permitir que os filhos Gustavo, de 15, Cauã, de nove e Iasmin, de três anos, retornem às aulas presenciais. Segundo Junior, qualquer protocolo mais rígido ainda seria inseguro. "Não há um plano de segurança concreto e, mesmo que a escola mostrasse algo nesse momento, seria impossível o retorno de qualquer um dos três", enfatiza. "Infelizmente, no momento, não temos nenhum recurso a não ser esperar a tão sonhada vacina", complementa.

Muito além das matérias

A escola em que Pablo, 12 anos, está matriculado, tem apenas oito pessoas na sala de aula, e segue os protocolos de segurança que reduzem o risco de contaminação pela Covid-19. Embora o aparato sanitário seja considerado seguro, a mãe do menino, Renata Nogueira, 46 anos, que é professora, não vai autorizar o retorno do menino para o convívio escolar. "Com a possibilidade de escolha, decidimos que estudar em casa, nesse momento, é a melhor opção. Aprendizado e qualquer outro problema que o isolamento traz, recuperamos, mas as vidas não", reflete.

Segundo Renata, como a escola é um ambiente feito de pessoas, professores, gestores e funcionários da limpeza também passam a correr risco de contágio na volta às aulas presenciais. "A circulação no ambiente será enorme e todas estarão em risco de contaminação. Não podemos descartar a possibilidade de as crianças pegarem e transmitirem o vírus", aponta a professora.

Para Renata Nogueira, durante a pandemia, o filho Pablo aprendeu que sem coletividade, nada vai para a frente | Foto: Renata Nogueira / Arquivo Pessoal

Para Renata, os privilégios que consegue proporcionar ao filho, como o de estudar em uma escola particular e ter acesso à tecnologia, diferenciam a qualidade do ensino em comparação com a rede pública. Ela diz que Pablo "se virou" para aprender as matérias da grade curricular e que ele pode ter saído de 2020 com um ensinamento maior. "Ele concluiu o ano muito bem, mesmo no meio de tantos acontecimentos, e aprendeu que sem coletividade nada vai para frente. Isso é uma lição de vida que conteúdo nenhum dá conta".

Palavra do especialista

Para Ismael Rocha, doutor em educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, os prejuízos da pandemia na aprendizagem dos alunos em idade escolar são incalculáveis, e os impactos vão refletir a longo prazo. "Nós iremos conhecer o preço deste passivo nos próximos anos. Ainda não sabemos como será, com qual intensidade, porque não temos um histórico que nos leve a isso. Mas, certamente, esta geração será marcada como aquela que ficou afastada do processo de aprendizagem mínimo", afirma o diretor do Institute of Technology and Education (Iteduc).

Segundo o especialista, é possível comparar o momento vivido com uma história que está sendo contada e acaba interrompida, e essa parada influencia as construções mentais que habilitam o processo de aprendizagem. "Em uma analogia bem simples, é como se estivéssemos assistindo um filme e paramos em um determinado ponto. Quando voltamos, temos que resgatar uma série de pontos para poder construir a lógica da narrativa apresentada. Às vezes, falamos até que valeria a pena começar novamente para poder 'entender o filme'", explica.

Ainda de acordo com o especialista, os maiores temores são a evasão escolar e o aumento da miséria, já que muitos estudantes são obrigados a aproveitarem o ano letivo nas escolas para fazerem as refeições que faltam em casa. "O percentual de estudantes que retorna aos estudos depois de parar durante um ano é bem pequeno. O impacto socioemocional é muito grande, e ele tem dificuldade em processar todas as variáveis que o envolve para que retorne à mesma rotina anterior. Para encerrar esta lista de fatores, vale pensar naquelas crianças cuja única alimentação, com o mínimo índice nutricional, era feita na escola", conclui o professor.

O mundo superou nesta sexta-feira (15) a marca de 2 milhões de mortes por Covid-19: são 2.000.326 as vítimas da pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O número foi atingido com a divulgação dos óbitos na Itália, que somou mais 477 falecimentos nas últimas 24 horas, elevando para 81.325 as mortes no país desde o início da pandemia. Os dados ainda devem ter uma alta expressiva nesta sexta porque diversos países só atualizam seus relatórios diários durante a noite.

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Até às 14h, os Estados Unidos contabilizam 389.191 vítimas, seguidos pelos Brasil (207.095), Índia (151.918), México (137.916) e Reino Unido (87.448). Na sequência, aparecem os italianos.

A marca de 1 milhão de mortos foi atingida no dia 28 de setembro de 2020, mostrando a aceleração da pandemia nos últimos meses.

Isso porque, a primeira morte notificada ocorreu em 11 de janeiro em Wuhan, ou seja, foram necessários oito meses e 17 dias para atingir o primeiro milhão. Para dobrá-lo, não foram necessários nem quatro meses.

Diversos são os alertas de órgãos internacionais de que a crise sanitária está acelerando no Ocidente, com constantes novos recordes tanto na Europa como nas Américas.

Da Ansa

Pernambuco confirmou nas últimas 24h, 488 novos casos de Covid-19 no Estado, aumentando para 28.854 o número de infectados pela doença. Exames também atestaram mais 80 óbitos provocados pelo novo coronavírus, o que leva o número de mortes para 2.328.

Entre os confirmados nesta terça (26), 228 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 260 como leves. Entre os 28.854 casos já confirmados, 12.839 foram avaliados como graves e 16.015 leves.

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Os pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) detectaram, analisando dados de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma preocupante tendência à interiorização da epidemia de Covid-19, que está chegando de forma acelerada aos municípios de menor porte do país. 

Apesar de a epidemia ter se propagado inicialmente em grandes metrópoles (fortemente conectadas por linhas aéreas nacionais e internacionais), nas últimas semanas 44% das cidades médias (20 mil e 50 mil) passaram a contar com casos de Covid-19 e a tendência é o crescimento de ciclos de transmissão em cidades pequenas, localizadas em grande parte no interior do Brasil.

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De acordo com a nota técnica mais recente (4/5/2020) do Sistema MonitoraCovid-19 – desenvolvido pela equipe de pesquisadores do Icict/Fiocruz – a grande preocupação dessa tendência reside no fato de que “metade das regiões para onde a doença se difunde apresenta recursos de saúde abaixo dos parâmetros indicados para situações de normalidade”. 

“O avanço do Covid-19 em direção às cidades menores revela uma situação preocupante em razão da menor disponibilidade e capacidade de seus serviços de saúde. Isso direciona a busca pelo atendimento médico aos centros urbanos de referência para o tratamento da doença, o que tende a ampliar a pressão sobre os serviços de saúde nas grandes cidades. Esse já é um quadro preocupante em cidades polo, como Manaus, que atende não só aos moradores do município, mas também a pessoas vindas de um conjunto de pequenas cidades e vilas situadas ao longo de rios”, comenta Diego Xavier, epidemiologista do Icict/Fiocruz. 

Os dados do estudo do IBGE baseiam-se no conceito de Regiões de Influência das Cidades (Regic), que colocam os municípios em uma nova distribuição regional, de acordo com o relacionamento e o deslocamento entre cidades, provocado pela necessidade do atendimento à saúde. As Regics refletem a realidade das populações de cidades menores, que contam com pouco ou nenhum serviço de saúde pública, e que procuram regularmente o atendimento em outros municípios maiores e/ou com melhor atendimento. Leva em consideração, inclusive, o atendimento a pacientes de outros estados e até países (Bolívia e Paraguai).

O estudo do IBGE que utiliza esse novo conceito de distribuição regional dos municípios, intitulado REGIC-2108, teve seu lançamento antecipado para 7 de abril de 2020, com o objetivo de atender às necessidades urgentes de dados para a análise da evolução da epidemia de Covid-19. Entre os fatores levantados pelo IBGE para definir as Regics, estão a quantidade de leitos de UTI, de respiradores e de médicos na região. 

Da Fiocruz

Nesta sexta-feira (24), Pernambuco confirmou 395 novos casos da Covid-19. Agora, o Estado totaliza 3.999 casos confirmados. Também foram confirmadas laboratorialmente outras 40 mortes, chegando a 352 óbitos.

O Brasil registrou seu recorde diário de mortes confirmadas de Covid-19, com 407 óbitos em 24 horas nessa quinta (23). Antes disso, o maior número de mortes registradas em todo o País em um único dia era 217 óbitos.

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Com os dados, o Brasil soma 3.313 mortos. O Ministério da Saúde investiga ainda 1.269 óbitos considerados suspeitos e que aguardam o resultado de exames para confirmar se a causa foi o novo coronavírus. Confirmadas que essas mortes decorrem da Covid-19, o número atual de vítimas já ultrapassaria 4,5 mil pessoas.

O número de casos de contaminações em 24 horas também atingiu o seu pico, chegando a 3.735 confirmações de Covid-19. O maior volume registrado em apenas um dia até agora tinha sido de 3.257 contaminações. Até o último boletim do ministério, era 49.492 casos oficialmente confirmados da doença.

Confirmadas que essas mortes decorrem da Covid-19, o número atual de vítimas já ultrapassaria 4,5 mil pessoas.

Pelo menos 4,5 bilhões de pessoas em 110 países, ou territórios, do mundo estão obrigadas a, ou seguem sob a recomendação de ficarem confinadas em casa para combater a COVID-19 - aponta um balanço feito nesta sexta-feira (17) a partir de uma base de dados da AFP.

Este número representa em torno de seis a cada dez pessoas da população mundial, estimada pela ONU em 7,79 bilhões em 2020.

A província chinesa de Hubei e sua capital, Wuhan, origem da epidemia, foram as primeiras a entrarem em confinamento, no final de janeiro.

E, enquanto esses territórios vão recuperando sua vida normal gradualmente após dois meses e meio de isolamento, as mesmas medidas de confinamento aplicadas por eles se estenderam pelo mundo nas últimas semanas, de forma progressiva.

Mais de 500 milhões de pessoas foram afetadas por este tipo de restrição em 18 de março; mais de 1 bilhão, no dia 23; mais de 2 bilhões, um dia depois; e mais de 3 bilhões, em 25 de março.

Nesta sexta-feira, são pelo menos 4,5 bilhões de pessoas que devem permanecer em suas casas. A maioria - pelo menos 2,93 bilhões de habitantes de 66 países e territórios - são obrigadas a fazê-lo.

Nenhuma região do mundo escapa desta medida: Europa (Reino Unido, França, Itália, Espanha, entre outros), Ásia (Índia, Nepal, Sri Lanka, etc.), Oriente Médio (Iraque, Jordânia, Líbano, Israel, etc.), África (África do Sul, Marrocos, Madagascar, Ruanda, entre outros), Américas (Colômbia, Argentina, Peru, grande parte dos Estados Unidos, etc.) e Oceania (Nova Zelândia).

Malauí e o Estado de Cartum, no Sudão, vão se juntar a estes países, ou regiões, a partir de sábado.

Na maioria dos casos, ainda é possível sair de casa para trabalhar, comprar produtos de primeira necessidade, ou receber atenção médica.

Outros territórios (pelo menos 15, nos quais vivem 1,3 bilhão de habitantes) pediram a sua população para ficar em casa, mas sem tomar medidas coercitivas. É o caso do México, de grande parte do Brasil, Japão, Irã, Alemanha, Suíça, Canadá e Uganda.

Ao menos outros 25 países e territórios (onde residem cerca de 500 milhões de habitantes) aderiram a toques de recolher e proibiram deslocamentos na última hora da tarde e durante a noite.

A medida foi amplamente adotada na África (Egito, Quênia, Costa do Marfim, Burkina Faso, Mali, Senegal, Serra Leoa, Mauritânia, Gabão) e na América Latina (Chile, Guatemala, Equador, República Dominicana, Panamá, Porto Rico).

Em outras partes do mundo, como Tailândia, Sérvia, ou Kuwait, também foram aplicados toques de recolher.

Por último, ao menos quatro países colocaram em quarentena suas principais cidades, proibindo a entrada e a saída. É o caso de Kinshasa (República Democrática do Congo), Almaty e Nursultan (Cazaquistão), ou Baku (Azerbaijão).

Assim como em Wuhan, epicentro da epidemia que suspendeu as medidas de confinamento em 8 de abril (exceto em alguns bairros), alguns territórios começam a se preparar para suspender o confinamento, especialmente na Europa.

A República Tcheca prevê uma suspensão progressiva da medida a partir de segunda-feira; a Suíça, a partir de 27 de abril; Itália, a partir de 4 de maio; e França, em 11 do mesmo mês.

Subiu para 30.425 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Nas últimas 24 horas, as secretarias estaduais de saúde notificaram ao Ministério da Saúde 2.105 novos casos. O número de mortes também subiu, agora são 1.924 óbitos por COVID-19. As informações estão atualizadas­ até as 14h desta quinta-feira (16).

A maior parte das notificações do Brasil está em São Paulo, que concentra 11.568 casos confirmados e 853 mortes. O segundo estado com mais casos é o Rio de Janeiro, que tem 3.944 confirmações e 300 óbitos. Todos os estados brasileiros já registram casos e mortes por coronavírus. Atualmente, a taxa de letalidade da doença é de 6,3%.

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Atualmente, os estados do Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Roraima estão em estado de emergência, ou seja, precisam de redobrar os cuidados em relação à prevenção do coronavírus por estarem 50% acima da incidência nacional de casos de coronavírus.

Da assessoria

O secretário da Saúde de Pernambuco, André Longo, atesta que o Estado se aproxima da chamada "aceleração descontrolada" da Covid-19, que é uma das fases da pandemia onde os números de infectados e óbitos tendem a crescer mais rapidamente. "Já estamos vendo ao longo dos últimos três dias um comportamento de maior positividade nos testes que são realizados", avalia Longo. 

Segundo o secretário, Pernambuco é o estado que mais está testando a população a fim de descobrir os casos de coronavírus. "A gente tem colocado muito claramente para a população o risco do colapso do sistema de saúde, se não seguirmos as regras de isolamento social", diz. Com 200 leitos disponíveis para tratar os pacientes mais graves da Covid-19 em todo Pernambuco, Longo aponta que apenas o conjunto de esforços é o que vai determinar a capacidade de enfrentamento no Estado. 

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"O que a gente está fazendo hoje será determinante para o que ocorrerá depois de 15 dias. Nós temos uma perspectiva de que até o final do mês de abril e começo do mês de maio estejamos nesta fase de aceleração descontrolada", frisa o secretário. Ele ainda salienta que só depois do mês de maio é que haverá uma desaceleração dos casos de coronavírus, especialmente em Pernambuco. "Serão dois meses duríssimos para a saúde pública de Pernambuco, para a sociedade pernambucana, e nós precisamos fazer a nossa parte para enfrentar essa situação da melhor maneira possível", pontua.

 

Além da alteração nas rotinas com as medidas de isolamento, como a suspensão das aulas presenciais e o fechamento do comércio, a pandemia do coronavírus poderá afetar as eleições de 2020. A crise sanitária tem levado muitos senadores a pedir mais prazo para a regularização de documentos eleitorais e até a sugerirem o adiamento das eleições municipais.

Conforme o calendário eleitoral, as eleições para prefeito e vereador devem acontecer em outubro. Por ora, os prazos previstos estão confirmados. Nesta sexta-feira (3) a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou pedido do Partido Progressistas (PP) para adiar por 30 dias o prazo final para filiação de candidatos ao partido político pelo qual vão concorrer.

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O site oficial do TSE informa que nesta sexta termina a janela para trocas partidárias, período no qual os vereadores que pretendem concorrer à reeleição ou ao cargo de prefeito podem mudar de partido e, ainda assim, disputar o pleito.

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) foi ao Twitter lembrar que, com a negação da liminar pelo STF, o prazo para filiação dos futuros candidatos a vereadores e prefeitos se encerra neste sábado (4). Também pelo Twitter, o senador Irajá (PSD-TO) alertou os candidatos a cargos municipais a não perderem o prazo.

Adiamento 

No Senado, as propostas legislativas de adiamento das eleições municipais, de 2020 para 2022, vêm ganhando força. O senador Major Olimpio (PSL-SP), por exemplo, defende a unificação dos pleitos federais, estaduais e municipais, evitando assim os gastos com as campanhas eleitorais deste ano. A economia esperada, segundo o senador, seria de até R$ 1,5 bilhão, além dos recursos do fundo eleitoral, que não seriam utilizados. Ele anunciou que pretende apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para viabilizar o adiamento.

O senador Elmano Férrer (Podemos-PI) também já pediu o adiamento das eleições deste ano. Ele informou que estuda uma PEC nesse sentido. Para Elmano, a verba das campanhas eleitorais deveria ser destinada a estados e municípios na luta contra a covid-19.

Na mesma linha, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) anunciou, nesta sexta-feira, a apresentação de uma PEC para tornar coincidentes os mandatos eletivos, criando uma eleição geral em 2022. Ele pediu o apoio dos demais senadores a essa PEC, que daria segurança jurídica ao pleito municipal previsto para este ano, que, na sua opinião, inevitavelmente deverá ser adiado.

"Com isso, poderemos aproveitar os recursos destinados pelo Orçamento à Justiça Eleitoral e também ao fundo eleitoral", declarou o senador.

No início da semana, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Mailza Gomes (PP-AC) também se pronunciaram sobre o tema nas redes sociais. Para Ciro, o adiamento das eleições seria um “ato humanitário” que poderá salvar milhares de vidas, com o uso de recursos eleitorais no enfrentamento da pandemia. Já Mailza afirmou que, em vez de campanha eleitoral, o tempo é de união de esforços e de atenção das autoridades voltadas unicamente às medidas de combate e enfrentamento ao coronavírus no país.

TSE

Em nota divulgada no último domingo (29), a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, reafirmou que o calendário eleitoral das eleições 2020 está sendo cumprido. A ministra reconhece como “preocupante” o cenário criado pela pandemia de coronavírus, mas diz considerar prematuro o debate sobre adiamento do pleito no atual momento. Rosa Weber declarou, no entanto, “que a velocidade da evolução do quadro exige permanente reavaliação das providências”.

*Da Agência Senado

 

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