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O ator Léo Rosa, de 34 anos, usou as redes sociais, na manhã desta sexta-feira (16), para compartilhar com os seguidores que está curado do câncer, que ele enfrentava desde o final de 2017. "Estou curado. Agradeço pelas energias. Fim do assunto doença. Celebrar a vida. Fui", legendou. 

No Rio Grande do Sul para realização do tratamento, o ator postou imagens do pôr do sol na terra natal. "A pessoa que está doente não quer saber de doença. Vamos tomar cerveja, comer pipoca e dar muito amor para eles, e não ficar falando de doença", comentou. Além disso, ele fez questão de agradecer o apoio dos seguidores e amigos durante esse período. "Independentemente da religião, a energia está chegando com força", continuou.

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O ator anunciou que continuará o tratamento e ficará mais algum tempo fora das produções televisivas. Já as coisas estarão se encaminhando com a saúde, farei um período de repouso. Muito sol e muito amor no coração", finalizou. Confira: 

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Um grupo de cientistas internacionais desenvolveu um novo exame de sangue para o câncer capaz de detectar oito tipos diferentes de tumores antes deles se espalharem para outras partes do corpo.

Liderado por Joshua Cohen, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, o estudo, baseado em uma análise combinada de DNA e proteínas, foi publicado nesta quinta-feira (18) na revista "Science".

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De acordo com a publicação, o "diagnóstico de câncer antes que haja metástases é uma das chaves para reduzir as mortes por esta doença no futuro".

O estudo envolveu 1.005 pacientes cujos cânceres - já pré-diagnosticados com base em seus sintomas - foram detectados com uma taxa de precisão de 69% a 98%.

No primeiro momento, o novo método de diagnóstico foi criado para detectar a doença no ovário, fígado, estômago, pâncreas, esôfago, colorretal, pulmão e mama. Chamado de CancerSEEK, o exame analisa mutações em 16 genes que estão vinculadas a diferentes tumores, bem como 10 biomarcadores de proteínas que circulam no sangue.

"Os pesquisadores encontraram o DNA dos tumores em circulação no sangue junto ao nível de algumas proteínas, que podem ser indícios do desenvolvimento do câncer", revelou Fabrizio d'Adda di Fagagna, pesquisador do Instituto de Oncologia Molecular de Milano.

Os cientistas acreditam que o custo deste exame de sangue poderá ser inferior a US$500 dólares.

Da Ansa

O Ministério da Saúde informou que as chances de cura para as crianças e adolescentes diagnosticadas no início do câncer chegam a 80%. 

Em muitos casos, os sintomas são semelhantes aos de doenças comuns, como vômitos, dores de cabeça, perda de equilíbrio, dificuldade de visão, dores nos ossos e aparecimento de nódulos. Os tumores atinguem crianças com idades entre 0 a 14 anos.

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Em crianças e adolescentes, os casos mais comuns são leucemias, que afetam a medula e representam até 35% dos casos de câncer infantil; e tumores no Sistema Nervoso Central, que somam 26% dos casos, principalmente aos 10 anos de idade. 

Por ano são registrados, em média, 9 mil novos diagnósticos de câncer infantil. Neste ano, a estimativa é de 12,6 mil casos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer infantil reflete em até 4% dos tumores malignos na população em geral e representa a principal causa de morte entre jovens de 1 a 19 anos.

Os pacientes diagnosticados são tratados com sessões de quimioterapia ou radioterapia em Centros Especializados em Atendimento Infantil, onde convivem com outras crianças. Em alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea ou a imunoterapia, que é um tratamento de doenças pela modificação do sistema imunitário.

Estamos em 2005, em uma Chácara em Campina Grande, na Paraíba. Suando em bicas, o jovem Wandeberg está há quase duas horas numa sala cheia de missionários evangélicos. Já levou socos no estômago, pontapés e rasteiras. Chacoalharam-lhe a cabeça e esfregaram-na no chão. Ao ouvido, gritam-lhe: "O sangue de cristo tem poder".

"Muitas igrejas evangélicas consideram a homossexualidade uma forma de possessão demoníaca. No desespero de me tornar ‘santo’, me submeti às chamadas Campanhas de Libertação, que são organizadas com o intuito de promover ‘curas’ diversas", lembra Wandeberg Lima, que, por seis anos, viajou de Norte a Sul do país buscando reorientação sexual através de sua religião. Hoje, é o pastor da Comunidade Cristã Nova Esperança (CCNE), uma Igreja fundada para receber pessoas LGBT. 

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"No início, me lembro que acreditava que alguma coisa ia mudar, mas com o passar do tempo, a sensação ao fim das Campanhas de Libertação era de frustração. Eu sentia uma profunda dor, dor na alma, por não conseguir chegar no meu objetivo de deixar de ser gay, na plenitude que eu não conseguia viver", comenta.

Sete orações, sete cânticos da harpa cristã e sete capítulos da Bíblia eram a receita doméstica para a "cura", uma extensão das extenuantes sessões de exorcismo. Diante do insucesso do "tratamento", Wademberg começou a viajar para outros estados do Brasil, em busca de pastores cada vez mais conhecidos por oferecer o serviço de expulsão de demônios. "Com o passar dos anos, eu comecei a questionar os missionários o porquê de não estar dando certo. A resposta era sempre: ‘você não está conseguindo porque não quer’. Mas se eu estava investindo tanto naquilo, por qu eu não queria? Comecei a me questionar se Deus existia mesmo, por que como ele poderia não me atender?", conta.

De acordo com o psicólogo Hugo Felipe Lima (CRP-02/15.365), colaborador do Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco - 2ª Região (CRP-02) e integrante da Comissão Temática de Gênero e Sexualidade do CRP-02, a impossibilidade de reverter a orientação sexual de uma pessoa é um consenso científico. “A psicologia como um todo entende a homossexualidade como uma das formas de vivenciar a sexualidade humana. A heterossexualidade não é um padrão de desejo da raça humana”, explica.

Recentemente, o Conselho publicou uma nota de repúdio à decisão do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho "que libera psicólogas/os para tratar homossexualidade como doença, e apoio à Resolução CFP nº 001/99 do Conselho Federal de Psicologia, que estabelece normas de atuação para profissionais da psicologia em relação à orientação sexual". Hugo Lima completa: "A psicologia brasileira não vai repetir as violências praticadas contra a população LGBT. O Conselho deve garantir a diversidade da existência humana, para que as pessoas possam estar no mundo de maneira segura. Para isso, é necessário empoderar os indivíduos e dar ferramentas para que vivam sua orientação sexual com plenitude". 

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As dúvidas e sucessivas frustrações de Wandemberg, somadas à exclusão das atividades na igreja tradicional, logo converteram-se em tentativas de suicídio. "Pensei em me matar várias vezes nesse período, em cortar os pulsos. Tomei doze comprimidos de uma só vez antes de dormir, com o objetivo de não acordar, porque não conseguia me libertar daquilo que me afastava de Deus”, desabafa. Foi quando a Comunidade Cristã Nova Esperança cruzou seu caminho. “Ouvi falar que havia uma igreja cristã que aceitava pessoas como eu. Sentia falta das dinâmicas, das orações, das obras, da religião como um todo. Fui a Natal, no Rio Grande do Norte, procurar ajuda da pastora Rejane (Neves), que me disse que Jesus me aceitava como eu era”, recorda. 

Empolgado com o que viu em Natal, ele participou da mobilização para trazer a CCNE a Pernambuco. "Começamos uma célula de discussões na Imbiribeira. O grupo foi crescendo e sentimos a necessidade de abrir um templo físico, que se deu no bairro do Cordeiro, em 2010. Três anos depois, me ordenaram pastor", comemora.

Atualmente, além dos templos do Recife e de Natal, a CNNE também está presente nas cidades de Fortaleza-CE, Macau-RN, São Paulo-SP, Cotia-SP, Osasco-SP, Guarulhos-SP, Santo André-SP, Jandira-SP, Franco da Rocha-SP, Limeira-SP, Vitória-ES, Porto Alegre-RS, Pelotas-RS, com um total de 17 Igrejas. 

“Um lugar de recomeço”  

Segundo o presbítero Letônio, a Igreja não faz nenhum tipo de restrição de vestimenta. (Foto: Marília Parente/LeiaJáImagens)

Cadeiras de plástico, cozinha logo atrás do salão principal e terraço de cimento batido. A CCNE passa longe do luxo e do alto poder aquisitivo das grandes igrejas evangélicas. “Pois é, gente, chegou a hora do dízimo. Aquela hora que tem gente que vira pra mim e diz: ‘o pastor só vive viajando, está rica’. Mas a gente não conta com a ajuda de ninguém e precisa das doações pra manter a Igreja de pé”, um dos fiéis pede o dízimo em tom bem-humorado.

De bermuda, barba e brinco na orelha, o presbítero Letônio Martins explica que cada um ajuda como pode. “Não temos patrocínio e a gente faz o que pode para financiar a manutenção e pagar o aluguel do templo”, coloca. Segundo Letônio, todos os membros da igreja, inclusive o pastor Wandemberg, têm outros empregos, não havendo ninguém que seja financiado por ela ou concentre muito poder dentro da instituição.

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De certa forma, a dinâmica desburocratizada permite que o templo seja bastante liberal. Não há, por exemplo, restrição de roupa. “As pessoas são o que são. Quem sou eu para determinar isso? A gente não precisa impor o que elas vão vestir no culto, nem podemos afastar alguém de Deus por causa de uma vestimenta”, acrescenta Letônio. 

Com cultos abertos ao público nas quintas, sábados e domingos, a CCNE inclui na rotina dos fiéis debates de mulheres, onde são aceitas travestis e transexuais, e teologia inclusiva, partindo de uma abordagem histórico-crítica do que a Bíblia fala sobre homossexualidade. "A Bíblia não nos condena. Muito citam Levítico 18:22, que diz ‘com homem não te deitarás como se fosse mulher, abominação é’. Sobre a utilização da palavra abominação, é importante esclarecer que até os anos 50, encontramos termos como 'impureza' nesse trecho. Logo no versículo 19, encontramos que os homens não podem se relacionar sexualmente com mulheres no período menstrual, porque ambos vão estar contaminados pela prática. Contaminação vem de impureza. Se um homem se relacionar com uma mulher menstruada, então, estaria tão condenado quando um homem que se relaciona com outro homem", argumenta o pastor Wandeberg.

Para ele, muito da intolerância de algumas instituições cristãs aos homossexuais decorre da má compreensão do texto bíblico. “As pessoas querem levar as coisas ao pé da letra, sem considerar aspectos histórico-críticos. Então nosso propósito é acolher homossexuais, intersexuais e transexuais e promover o bem estar delas”, conclui. 

Lésbica e egressa de igrejas tradicionais, Andreza encontrou aceitação dos "irmãos" da CCNE. (Foto: Marília Parente/LeiaJáImagens

Com o lema de “um lugar de recomeço”, no dia da visita de nossa reportagem, a Igreja celebrava a vida de sua levita*, Andreza Terci. Em meio ao bolo do aniversário de 38 anos e aos novos amigos, Andreza lembra da época em que acreditava correr risco de morte. “Sempre fui lésbica e muito ligada à religião evangélica, mas a profecia dada a mim na igreja tradicional era uma só: se eu não me ‘curasse’, Deus tiraria algo de mim. Minha vida ou a de minha esposa”, relata.

Assim como o Pastor Wandeberg, Andreza participou, inutilmente, de uma série de Campanhas de Libertação. “Eu já estava disposta a morrer e ser condenada pela minha sexualidade quando, no ápice da minha perturbação, minha esposa comentou comigo que tinha conhecido um lugar que me agradaria. Cheguei à CCNE e me meti logo nas atividades. Me identifiquei muito e fui bem acolhida neste lugar”, comemora. 

Comunidade Cristã Nova Esperança (CCNE) //Serviço 

Endereço: Avenida Caxangá, 124, Madalena, Recife-PE

Funcionamento: Quintas, sábados e domingos

Horário: A depender. 

*Pessoa responsável por entoar cantos de louvor. 

Marcos Mion mostrou que não é só um pai coruja, mas marido também. No Dia de Nossa Senhora Aparecida, Mion aproveitou para ir até o Santuário da cidade, onde agradeceu pela cura do câncer de sua esposa, Suzana Gullo, com quem tem três filhos, enfrentou.

"Devemos tanto à Senhora, mãezinha. Muito obrigado pelas bençãos ao longo da minha vida, mas principalmente pela maior vitória de nossas vidas... Pedimos, pedimos tanto e recebemos sua presença constante durante toda nossa batalha contra o câncer de mama que eu e minha gata Suzana Gullo enfrentamos. (...) Essa foto é na ante-sala construída pra receber o Papa lá no Santuário! Do outro lado desse vidro está a Santa. Esse é o mais próximo que se chega da imagem e eu posso falar que as lágrimas brotam dos olhos, com uma energia tão linda...", escreveu. 

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Marcelo Rezende, famoso apresentador do ‘Cidade Alerta’, foi internado no dia 8 de maio devido a um câncer no pâncreas que se propagou para o fígado. Hoje (17), o jornalista postou um vídeo no Instagram no qual afirma ter certeza de que já está curado”. Em entrevista à Record, concedida horas antes de ser internado no dia 8, Marcelo já havia dito não temer a doença, pois “nada é difícil quando se tem Deus.” 

No vídeo, Marcelo - que ficou conhecido também por apresentar o global Linha Direta - conta ter passado os últimos sete dias em uma espécie de retiro espiritural, completamente entregue à Deus. Segundo o apresentador, ele só não fez jejum pois ainda está fraco devido aos, e não pode ficar sem comer. "As drogas que me aplicam mais parece que vão me matar do que vão me salvar", disse ele. Por fim, agradece o carinho que tem recebido de todos os seus fãs nesses últimos dias. 

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Confira o vídeo na íntegra:

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Um grupo de cientistas anunciou a criação de um teste de detecção precoce do câncer de pâncreas, um dos mais mortais por causa da sua agressividade e da falta de tratamentos eficazes em estado avançado. Atualmente, este tipo de câncer costuma ser descoberto quando está muito avançado, pois evolui sem sintomas, matando 80% dos pacientes no ano seguinte ao diagnóstico.

Em estudo publicado nessa segunda-feira (6) pela revista científica Nature Biomedical Engineering, pesquisadores americanos e chineses apresentaram um teste econômico e ultrassensível, que facilita diagnosticar precocemente o câncer de pâncreas com uma pequena quantidade de plasma sanguíneo. "O câncer de pâncreas é um dos cânceres para o qual precisamos desesperadamente de um diagnóstico precoce", ressaltou o doutor Tony (Ye) Hu, principal autor do estudo.

O teste que desenvolveu com seus colegas é baseado na detecção de um elemento específico - a proteína EphA2 - em algumas vesículas extracelulares, pequenas bolhas transportadas de célula em célula. Estudos anteriores mostraram que essas vesículas desempenham um papel importante no desenvolvimento e no avanço de alguns cânceres, em especial no do pâncreas. Quando surgem de um tumor, essas vesículas seriam, inclusive, capazes de modificar o entorno, facilitando a metástase.

Atualmente já existe um elemento tumoral detectado, o CA 19-9, porém é pouco específico, uma vez que também pode ser encontrado em pequenas quantidades no fígado, na vesícula biliar e nos pulmões de um adulto saudável. Ainda assim, sua taxa é muito elevada no caso de pancreatite (inflamação do pâncreas) e de obstrução de um canal biliar.

O novo teste se mostrou claramente mais eficaz durante um estudo realizado com 48 pessoas saudáveis, 48 pacientes con pancreatite e 59 pacientes que sofrem de câncer de pâncreas em estado precoce ou avançado. Facilitou detectar mais de 85% dos cânceres.

Esse resultado será validado somente após um estudo mais profundo, antes de poder obter a autorização da agência americana de medicamentos (FDA), ou seja, "provavelmente daqui a dois ou três anos", segundo o doutor Hu.

Após ser atacado a facadas durante um culto, o líder religioso da Igreja Mundial do Poder de Deus, pastor Valdemiro Santiago, publicou um vídeo explicando que a camisa suja de sangue foi guardada e já está curando fiéis e operando milagres. Valdemiro afirmou ser "ungido de Deus" e que o agressor já foi perdoado.

"Passaram até a camisa ensanguentada no manto. Quando ela, a fiel, tocou no manto, ela aprumou. Foi curada. O demônio fez o serviço dele, mas acabou dando o contrário. No acerto de contas com o diabo, foi assim: E aí, como é que foi com o Valdemiro? O saldo foi negativo. Porque teve até gente que saiu curada", disse o pastor em um vídeo ao lado da esposa, Francileia Santiago.

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O responsável pelo ataque ao pastor é o ajudante geral Jonathan Gomes Higino, de 20 anos, preso em flagrante após cometer o crime, na manhã do ultimo domingo (8). Em depoimento, o ajudante disse que só deferiu os golpes porque foi insultado por Santiago em um culto no mês de julho. "Vamos crucificar ele", teria dito o pastor. 

O ataque ocorreu por volta das 7h30 no Brás, na região central. O ajudante-geral atingiu Valdemiro nas costas e no pescoço. Valdemiro levou 25 pontos e foi liberado por volta das 12 horas, ainda do domingo.

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Entre as tantas histórias de fé que podem ser contadas, nesta quinta-feira (8), durante a procissão em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, que acontece no Recife, estão a das donas de casa Solange Araújo e Ana Rosa emocionam.

Solange, 70 anos, diz que foi curada. Há cinco anos, vítima de um rompimento de um aneurisma, esteve  entre a vida e a morte. "Nesses casos, os médicos dizem que ou morremos ou ficamos com alguma sequela. Eu não tive nenhuma", recordou.

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Ela acredita que a santa esteve ao seu lado durante toda a cirurgia. "Sei que é difícil de acreditar, mas, quando o médico veio conversar comigo, ele disse que sentia que tinha alguém o acompanhando no momento em que me operava. Desde aquele momento, eu já acreditava que era Nossa Senhora da Conceição que estava comigo. Existem pessoas escolhidas e eu acredito que sou uma delas".

Desde então, a aposentada anualmente participa da festa realizada e da procissão que segue até o Morro da Conceição. "Eu me ajoelho aos pés dela. Ela foi a minha salvadora e a minha cura. A religião salva". 

Ana Rosa, 57 anos, também não perde o evento. Ela contou que veio agradecer, mas também pedir. Com problemas de artrose e osteoporose, ela diz que a fé remove montanhas. "O que um filho não pede à mãe que não seja  realizado? Nossa Senhora da Conceição toma conta de nós", salientou.

Festa

Há 112 anos, o dia 8 de dezembro é dedicado à santa. São dez dias de festas onde milhares de pessoas pagam promessas de diversos tipos. Na noite de hoje, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, celebra a missa campal solene.

O ator Edson Celulari estava em tratamento devido a um linfoma desde o mês de junho e recebeu o diagnóstico de cura na noite de sexta-feira (25). Na segunda-feira (28), o ator postou um agradecimento no seu instagram:

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Linfoma não-Hodgkin

O câncer que Celulari tratou era um linfona não-Hodgkin, do mesmo tipo que a ex-presidente Dilma Rousseff e o ator Reynaldo Gianecchini tiveram.

A doença causa um aumento dos gânglios linfáticos, popularmente chamados de ínguas, além de interferir na imunidade da pessoa, deixando-a suscetível a doenças oportunistas. O tratamento em geral se dá por meio de quimioterapia e radioterapia, ou ambos. 

Em entrevista ao colunista Ancelmo Gois, Edson detalhou os procedimentos do seu tratamento: 

"Quando terminei de fazer as sessões de quimioterapia, descobri que, por precaução, teria de me submeter a mais doze sessões de radioterapia. Terminei quinta passada. Agora, sinto uma sensação de alívio, uma vontade de comemorar, de agradecer a todos, de fazer uma festa".

O câncer infantil figura atualmente como a segunda causa de morte na faixa etária entre 1 e 19 anos, perdendo apenas para causas externas, como acidentes e violência. Apesar disso, o índice de cura pode chegar a 70% dos casos se houver diagnóstico precoce. O alerta é da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica que promove a campanha Setembro Dourado no intuito de ampliar a conscientização em prol da causa.

De acordo com a entidade, no Brasil, a taxa de cura do câncer infantil gira em torno de 50% dos casos – índice bastante distante de países como os Estados Unidos, onde a taxa é de 80%. A campanha destaca que o tratamento, nestes casos especificamente, vai muito além do papel exercido por hospitais e defende o empenho de diversos setores na luta contra a doença.

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Câncer em crianças X câncer em adultos

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam 12 mil novos diagnósticos de câncer infantil no Brasil a cada ano, com pico de incidência na faixa de 4 a 5 anos e um segundo pico entre 16 e 18 anos.

Os tipos mais comuns de câncer entre adultos são os carcinomas (como câncer de pulmão e câncer de mama), provocados, em parte, por fatores ambientais e estilos de vida. Já em crianças, os tipos mais comuns são leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas (câncer dos gânglios linfáticos), geralmente com origem em células que se desenvolveram em estágios iniciais da gestação.

Câncer infantil é doença familiar

A campanha defende ainda que o profissional de saúde que atende uma criança com câncer deve estender o tratamento a toda a família do paciente, uma vez que o câncer infantil é visto por especialistas como uma espécie de câncer familiar e não de um único indivíduo apenas.

A proposta é que a sociedade civil organizada exerça papel fundamental de dar apoio psicológico, principalmente aos que estão em outra cidade para o tratamento e o acolhimento da família e da criança.

“A luta pelo câncer infantojuvenil é de todos – governantes de todas as esferas, pais, educadores, profissionais da saúde, voluntários, cidadãos. Assim, quanto mais informações sobre a doença forem disseminadas na sociedade e cada um assumir o papel de promoção pela cura, alcançaremos a meta, pois não há prêmio melhor do que uma criança curada.”

Sinais a serem investigados

Os principais sinais de investigação em relação ao câncer infantil são:

- vômitos associados a dores de cabeça (sem náusea)

- desequilíbrio ao andar

- dificuldade na visão

- dores ósseas ou nas articulações

- movimentos limitados

- palidez insistente

- febre persistente

- emagrecimento

- fraqueza

- irritabilidade

- sudorese excessiva

- manchas roxas no corpo ou em pálpebras

- sangramento em geral

- diarreias crônicas

- dores frequentes nos dentes, não associadas a cáries

- dores abdominais prolongadas

- ínguas, gânglios ou nódulos indolores, com rápido crescimento, principalmente no pescoço, axila ou virilhas

- nódulos ou pintas na pele, que crescem ou mudam de cor

- secreção crônica drenada pelo ouvido

- desenvolvimento precoce de caracteres sexuais

- na região dos olhos, pupila branca ou totalmente dilatada, protrusão do globo ocular.

Passados quase 20 anos, a indiana Monica Besra descreveu como a "luz ofuscante" de uma fotografia de madre Teresa a curou de um câncer, um dos dois milagres reconhecidos pelo Vaticano para a canonização da missionária.

Em 5 de setembro de 1998, dia do primeiro aniversário da morte da mulher que se converteu no símbolo dos pobres de Calcutá (leste da Índia), Besra lutava há tempos contra um tumor ovariano.

Exausta pela doença, a integrante da tribo dos Santsal, do estado de Bengala Ocidental, estava sendo atendida em um centro das Missionárias da Caridade, ordem fundada pela religiosa de origem albanesa madre Teresa.

"Duas irmãs me transportaram até a igreja porque eu estava muito fraca para me levantar e caminhar sozinha", conta Monica Besra à AFP, em sua aldeia de Harirampur, a 300 km de Calcutá. "Mal entrei, uma luz cegante, divina, saiu da fotografia de madre Teresa e me envolveu. Fechei os olhos, não entendia o que se passava. Era indescritível".

Duas freiras colocaram sobre seu estômago uma pequena medalha de alumínio abençoada por madre Teresa e rezaram pela cura da doente. Ao final de algumas horas, a mãe de cinco filhos despertou e foi tomar banho, algo geralmente muito doloroso para ela.

"Eu me levantei da cama me sentindo leve e bem. Olhei para baixo e vi que o inchaço havia desaparecido. Não podia acreditar. Toquei meu estômago, apertei, belisquei. Havia desaparecido. Não estava sonhando". O Vaticano considera sua cura milagrosa, o que permitiu a beatificação de madre Teresa em 2003 na praça de São Pedro de Roma. Besra estava lá para a ocasião.

No ano passado, o papa atribuiu um segundo milagre à Nobel da Paz, a cura em 2008 de um brasileiro que padecia de tumores cerebrais múltiplos, com o que eram cumpridos os requisitos para uma canonização.

- 'Fictício' -

O relato de Monica Besra causa estupor entre os médicos que a atenderam, para quem não se trata de milagre. O tumor estava em uma fase precoce de desenvolvimento e respondeu ao tratamento, protestam.

"A senhora Besra se livrou de seu tumor graças aos medicamentos muito fortes e vários dias de tratamento", declarou, em 2002, o ex-ministro da Saúde do estado de Bengala Ocidental, Partho De. "Não quero faltar com respeito à madre Teresa, mas é uma deformação da verdade dizer que foi um milagre dela", afirmou na ocasião.

Em Calcutá, Prabir Ghosh, secretário geral da Associação do Pensamento Racionalista e Científico indiana, contesta a dimensão milagrosa da história de Besra. "Os milagres atribuídos à madre Teresa para sua canonização são completamente fictícios. As Missionárias da Caridade falsearam os fatos", denunciou.

A ordem de madre Teresa prefere não se pronunciar a respeito. Besra tem consciência das críticas, mas pouco se importa. "Madre Teresa realiza milagres apenas para quem acredita e eu sempre acreditei", conclui.

Uma enxurrada de ações judiciais relacionadas à "pílula do câncer" está travando o sistema jurídico da Universidade de São Paulo (USP). Desde o início da polêmica nacional sobre a fosfoetanolamina sintética, em junho de 2015, a instituição já foi citada em mais de 13 mil processos movidos por pacientes que exigem o fornecimento da substância, acreditando tratar-se de uma cura para o câncer.

"Caímos numa armadilha", disse ao Estado o vice-reitor da USP, Vahan Agopyan. "Estamos sendo obrigados pela Justiça a fornecer um produto que não sabemos o que é, não sabemos o que pode fazer nas pessoas, e está sendo produzido em condições totalmente inadequadas. É uma situação muito constrangedora."

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Os processos são tantos, segundo Vahan, que estão interferindo no funcionamento de toda a USP, e não apenas nas atividades do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), onde a substância é produzida de forma artesanal em um laboratório sem qualificação sanitária para produção de fármacos. "Nosso jurídico não está conseguindo atender às necessidades da universidade porque a maioria dos nossos procuradores está ocupada respondendo às demandas judiciais da fosfoetanolamina", relata Vahan. "Vários processos importantes estão sendo prejudicados."

A Procuradoria-Geral da USP chega a receber mais de cem processos de fosfoetanolamina por dia, oriundos de quase todos os Estados do País - e a universidade tem obrigação legal de responder a todos eles. Dos 13 mil processos, cerca de 7 mil são liminares concedidas por juízes do Estado de São Paulo, obrigando a universidade a fornecer a substância para pacientes com câncer. Cerca de 70% dessas liminares foram dadas por uma única juíza, Gabriela Müller Carioba Attanasio, da comarca de São Carlos.

Segundo a procuradora-geral da USP, Márcia Walquiria Batista dos Santos, 22 procuradores (de uma equipe de 46) estão trabalhando quase que em tempo integral com a fosfoetanolamina. "Outros assuntos importantíssimos para a universidade acabam ficando presos nesse fluxo", afirma.

Dificuldades

Não bastasse o grande número de processos, muitos chegam à USP fora dos padrões, sem a documentação necessária e até faltando informações básicas, como o endereço do paciente para o qual as pílulas devem ser enviadas. "Nos deparamos com várias situações absurdas", diz Márcia.

Como os processos se originam de vários Estados, com demandas específicas e protocolos distintos, não é possível dar uma resposta padrão a todos eles. Muitas ações são originárias de pequenas comarcas de regiões interioranas, que não têm sistemas informatizados. Outras exigem a presença física dos procuradores, praticamente impossibilitando a USP de responder em tempo hábil. Todas as ações são contestadas, mas enquanto o processo não é julgado a USP tem obrigação de cumprir as liminares.

Alguns pacientes, insatisfeitos por não receber a substância no prazo esperado, obtêm mandados de busca e apreensão das pílulas no IQSC. "Chega um oficial de justiça lá, entra no laboratório e leva tudo que tiver embora", descreve uma procuradora da universidade.

Segundo Márcia, a taxa de produção do laboratório é de 2,4 mil cápsulas de fosfoetanolamina sintética por semana - muito abaixo do que seria necessário para atender à demanda dos 13 mil processos. As liminares raramente estipulam uma quantidade que deve ser enviada ao paciente. Na maioria dos casos, fazem uma demanda genérica, como "o suficiente para o tratamento". A regra da universidade nesses casos tem sido enviar um saquinho de 60 cápsulas por vez.

A única pessoa que produz a fosfoetanolamina é um funcionário do laboratório no IQSC, Salvador Claro Neto, que é um dos detentores da patente da substância, juntamente com o professor aposentado Gilberto Chierice e outras quatro pessoas. Durante anos eles produziram e distribuíram as pílulas gratuitamente para pacientes com câncer, tendo como base apenas alguns estudos preliminares em camundongos.

A substância, porém, nunca foi testada como medicamento e não há comprovação científica da sua segurança ou eficácia como terapia contra o câncer. A busca pelas pílulas é motivada por relatos pessoais de pacientes que tomaram a "droga" e dizem ter melhorado ou até mesmo se curado da doença.

A substância não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nem o laboratório - dedicado à pesquisa de óleos, resinas e polímeros, sem relação com a área biomédica - tem autorização para trabalhar com síntese de medicamentos. A diretoria do IQSC determinou o fim da produção em junho de 2014, mas a atividade precisou ser retomada para atender às demandas judiciais.

"Trata-se de um laboratório de química básica, sem condições adequadas para a produção de um remédio", afirma Vahan. "Há grande risco de contaminação, e isso nos deixa extremamente preocupados."

Segundo o vice-reitor, a USP não sabe nem a fórmula da substância, pois os pesquisadores registraram a patente sem a participação da universidade - o que contraria as regras de propriedade intelectual da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A única pessoa que produz a fosfoetanolamina é um funcionário do laboratório no IQSC, Salvador Claro Neto, que é um dos detentores da patente da substância, juntamente com o professor aposentado Gilberto Chierice e outras quatro pessoas. Durante anos eles produziram e distribuíram as pílulas gratuitamente para pacientes com câncer, tendo como base apenas alguns estudos preliminares em camundongos.

A substância, porém, nunca foi testada como medicamento e não há comprovação científica da sua segurança ou eficácia como terapia contra o câncer. A busca pelas pílulas é motivada por relatos pessoais de pacientes que tomaram a "droga" e dizem ter melhorado ou até mesmo se curado da doença.

A substância não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nem o laboratório - dedicado à pesquisa de óleos, resinas e polímeros, sem relação com a área biomédica - tem autorização para trabalhar com síntese de medicamentos. A diretoria do IQSC determinou o fim da produção em junho de 2014, mas a atividade precisou ser retomada para atender às demandas judiciais.

"Trata-se de um laboratório de química básica, sem condições adequadas para a produção de um remédio", afirma Vahan. "Há grande risco de contaminação, e isso nos deixa extremamente preocupados."

Segundo o vice-reitor, a USP não sabe nem a fórmula da substância, pois os pesquisadores registraram a patente sem a participação da universidade - o que contraria as regras de propriedade intelectual da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma vacina contra o vírus Ebola mostrou-se 100% eficaz durante um teste clínico realizado na Guiné com mais de 4.000 pessoas, anunciaram nesta sexta-feira os principais participantes do projeto.

"Uma vacina eficaz contra o vírus ebola está ao alcance da mão em escala mundial", assegurou, em um comunicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que falou de um "avanço muito promissor".

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A revista britânica Lancet publicou resultados dos testes da vacina, havia anunciado mais cedo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. Se isso for confirmado, estes resultados, que são "emocionantes e promissores", vão "mudar a gestão da crise do Ebola", disse Chan, sem fornecer mais detalhes.

A epidemia do ebola na África Ocidental, a maior crise desde a identificação do vírus em 1976, teve início no sul da Guiné, em dezembro de 2013. O vírus infectou 27.748 pessoas e matou 11.279 desde o ano passado no oeste da África. Mais de 99% das vítimas se encontram na Guiné, Serra Leoa e Libéria.

Embora a cura do HIV continue distante, os cientistas garantem que o cenário atual de pesquisa é mais animador do que nunca - diante de novas perspectivas divulgadas durante a conferência internacional sobre a aids realizada esta semana no Canadá.

Entre os trabalhos apresentados, informações sobre os progressos em terapias genéticas e o uso de anticorpos para neutralizar o HIV, assim como investigações sobre porque algumas pessoas infectadas são capazes de se manter em remissão sem medicação após tratamentos e uma hipótese de que as vacinas - ainda por serem inventadas - poderiam ser usadas para "chocar e matar" o vírus.

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"O conhecimento sobre o vírus, sua evolução e a resposta do corpo ao HIV está ajudando a limitar e centralizar o enfoque sobre a cura do HIV na agenda de pesquisa", afirmou Françoise Barre-Sinoussi, do Instituto Pasteur da França, premio Nobel e ex-presidente da conferência.

Uma pesquisa divulgada por Christopher Peterson, do centro de pesquisa em câncer Fred Hutchinson de Seattle, Washington (noroeste dos Estados Unidos), divulgou descobertas de um estudo sobre células-tronco modificadas em macacos.

Os especialistas "editaram" com sucesso as células para bloquear a entrada do HIV no sistema de células imunes através de corredores de receptores conhecidos como "cavalo de Troia", informou o estudo.

"Com um número suficiente de células protegidas, o vírus não deveria ser capaz de se expandir e estaríamos diante de uma cura funcional", afirmou Peterson a jornalistas durante a 8ª Conferência sobre a Patogênese do HIV, em Vancouver, por onde passaram cerca de 6 mil pesquisadores e especialistas em HIV.

Outro estudo, liderado por John Mascola, do US National Institutes of Health, administrou anticorpos monoclonais HIV-1 a oito pessoas infectadas com o vírus.

Três meses após receber os anticorpos, a carga viral em seis deles "decresceu aproximadamente entre dez e 50 vezes", afirmou o relatório de Mascola. As outras duas pessoas tinham uma cepa resistente ao anticorpo utilizado, agregou.

Os anticorpos podem ter vários usos para tratar a aids, inclusive a possibilidade de ajudar a "matar o reservatório vital" que se esconde nas células dos infectados, explicou Mascola em coletiva de imprensa.

- Mais perguntas -

Nenhuma das novas descobertas levou a tratamentos práticos e todos "todos geraram mais perguntas do que respostas", afirmou Steven Deeks da Universidade da Califórnia, San Francisco.

Mas Deeks argumentou que as descobertas levarão a "maiores estudos, que podem falhar, mas continuarão levando a novos trabalhos. É assim que a ciência funciona".

Asier Saez-Cirion, do Instituto Pasteur, dirigiu uma pesquisa em uma jovem francesa de 18 anos que nasceu infectada com o HIV cuja família suspendeu o tratamento durante vários anos e mesmo assim a doença se manteve em remissão durante 12 anos.

Nunca antes se havia sabido de um caso no qual uma criança infectada pelo HIV tenha se beneficiado com uma remissão a longo prazo, embora ainda não se saiba como a jovem conseguiu controlar a infecção.

Ainda "precisamos de muita pesquisa de base", explicou Saez-Cirion.

Os pesquisadores convidaram a seguir financiando a busca por uma cura, ainda que as pesquisas não mostrem resultados imediatos. "Menos de 1% do financiamento (global) para a aids é para a investigação de uma cura", enfatizou o pesquisador australiano Sharon Lewin.

Lewin disse à AFP que o sucesso no tratamento de pessoas infectadas pode fazer com que as autoridades e as pessoas pensem que "a aids e o HIV não são grande coisa, que é uma questão resolvida, quando a realidade é que ainda há dois milhões de novos infectados, 1,5 milhões de mortes a cada ano e 35 milhões de pessoas vivendo com HIV".

O próximo passo nas investigações inclui testes clínicos para ajudar os infectados a se manterem em remissão - após suspender o tratamento com antirretrovirais -, tratamentos de "choque e cura" e reforçar o sistema imunológico dos pacientes.

Em um novo marco na impressão em 3D, médicos americanos foram capazes de salvar a vida de três crianças que sofrem de uma doença respiratória fatal, graças à produção de implantes personalizados que foram absorvidos por seus corpos. Três bebês que estavam à beira da morte por uma traqueobroncomalácia, um transtorno incurável que provoca o colapso da traqueia, tiveram talas aplicadas que lhes permitiram recuperar e respirar normalmente - segundo o estudo publicado nesta quarta-feira (29) na revista Science Translational Medicine.

Embora a técnica ainda não tenha sido aprovada pelos reguladores federais nos Estados Unidos, esses dispositivos personalizados, criados por uma impressora 3D, receberam uma exceção médica de emergência para estes casos particulares e ainda são considerados de alto risco. Kaiba Gionfriddo, o primeiro que recebeu o tratamento, tinha três meses de idade quando passou pela cirurgia. Agora, ele é uma criança saudável de três anos que vai à pré-escola, disseram os pesquisadores.

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As outras duas crianças tinham cinco e 16 meses quando foram submetidas à operação. Eles passam bem e não sofreram complicações. "Esta é a primeira cura para a doença", afirmou o principal autor do estudo, Glenn Green, professor de otorrinolaringologia pediátrica do Hospital Infantil C.S. Mott da Universidade de Michigan.

Cerca de uma em cada duas mil crianças nasce com traqueobroncomalácia em todo o mundo, explicou Green. Uma vez que não conseguem exalar completamente, a traqueia fica propensa a entrar em colapso e o único tratamento é a sedação e cuidados intensivos. No entanto, existem complicações e as infecções são frequentes. Green descreveu a expectativa de vida desses pequenos como "sombria".

Os pesquisadores usaram tomografia computadorizada das vias respiratórias das crianças para criar um implante personalizado feito com biomateriais concebidos para expandir à medida que elas crescerem. "As talas impressas eram tubos ocos e porosos que puderam ser costurados nas vias aéreas afetadas e eram feitas de policaprolactona, um polímero que se dissolve no corpo sem causar danos", informou o estudo. O processo de desenhar e imprimir o implante levou entre 1 e 3 dias.

A tecnologia poderia eventualmente tornar mais fácil tratar doenças raras que têm sido negligenciadas pelas empresas de equipamentos médicos por causa do alto investimento envolvido, disse o co-autor Scott Hollister. Um teste clínico feito em 30 crianças deve ser realizado em breve. No campo da tecnologia 3D para a saúde, já são fabricados aparelhos auditivos, implantes dentários e algumas próteses.

Uma substância de combate à Aids desenvolvida por uma equipe americana se mostrou eficaz durante vários meses nos macacos, abrindo a perspectiva de um tratamento de efeito prolongado contra o HIV, anunciou nesta quarta-feira a revista Nature.

"Desenvolvemos um inibidor muito poderoso e de espectro muito amplo que atua sobre o HIV-1, ou seja, o principal vírus da Aids presente no mundo", explicou à AFP Michel Farzan, um dos cientistas que coordenou os experimentos.

A substância desenvolvida é fruto de vários anos de pesquisa realizada principalmente pelo Scripps Research Institute, um centro de pesquisa sem fins lucrativos com sede na Flórida e financiado pelo instituto público de pesquisa americano especializado em doenças infecciosas NIAID.

Este composto denominado eCD4-Ig oferece uma "proteção muito, muito forte" contra o HIV, explicou Farzan, baseando-se em um experimento realizado com macacos e descrito na revista científica britânica Nature.

O teste realizado com macacos mostrou que a substância, injetada apenas uma vez, era capaz de proteger por ao menos oito meses do equivalente à Aids para os macacos.

A enfermeira britânica contaminada pelo vírus Ebola, Pauline Cafferkey, deixou o hospital onde estava internada desde o final de dezembro, em Londres, após ter se "restabelecido completamente" - informou o Royal Free Hospital neste sábado, em comunicado.

"Estou apenas feliz de estar viva. Ainda não me sinto 100% bem, pois estou fraca, mas não vejo a hora de voltar para casa", declarou a enfermeira de 39 anos, agradecendo toda a equipe médica responsável por seu tratamento.

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Pauline Cafferkey "se restabeleceu completamente e não leva mais o vírus que ela contraiu enquanto ajudava pacientes contaminados pelo Ebola em Serra Leoa", explicou o hospital.

"Estamos felizes que Pauline tenha se recuperado e esteja em boas condições de saúde para voltar para casa", disse Michael Jacobs, médico responsável pelos cuidados à enfermeira.

Pauline foi diagnosticada em Glasgow, na Escócia, em 29 de dezembro, após deixar Serra Leoa, onde trabalhava como enfermeira num centro britânico em Kerry Town, para a organização Save the Children.

Ela foi transferida para o Royal Free Hospital, que anteriormente tratou com sucesso o enfermeiro britânico William Pooley, também vítima do vírus Ebola em Serra Leoa.

Colocada em isolamento, ela não pode receber o composto ZMapp, droga experimental administrada em diversas pessoas infectadas pelo Ebola, mas que não estava "mais disponível atualmente", segundo o hospital.

Pauline aceitou receber plasma de um sobrevivente da febre hemorrágica, além de se submeter a um tratamento antiviral experimental.

Ela viu seu estado de saúde se deteriorar e ficou em estado crítico durante mais de uma semana. Em 12 de janeiro, o hospital anunciou que ela já não estava mais em estado crítico, embora continuasse na unidade de isolamento para receber tratamentos específicos.

O vírus Ebola, uma verdadeira praga na África ocidental em 2014, começou sua fase de retrocesso nos três países mais afetados (Libéria, Guiné e Serra Leoa), onde o número de novos casos caiu em janeiro ao seu menor nível desde agosto.

Segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia matou 8.688 pessoas de um total de 21.759 casos.

Um médico italiano infectado pelo ebola no oeste da África está curado, após ter passado por um tratamento especial, informou nesta quinta-feira (1°) a imprensa italiana. Desde que foi retirado de Serra Leoa, em meados de novembro, o siciliano, 50 anos, estava internado em uma unidade isolada do instituto Spallanzani de Roma, especializado em doenças contagiosas.

Há 10 dias, os médicos informaram que ele conseguia respirar, andar e se alimentar sem ajuda. A equipe deverá confirmar a recuperação do paciente em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira.

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O médico trabalhava desde outubro para a ONG italiana Emergency em Lakka, Serra Leoa, onde contraiu a doença. A presidente da ONG, Cecilia Strada, e a ministra italiana da Saúde, Beatrice Lorenzin, participarão da entrevista de amanhã.

Câncer. Palavra pequena, mas de um significado e tanto para quem tem algum tipo de tumor proveniente da doença. Apesar do avanço da medicina, ainda não foi encontrada a fórmula para erradicar a enfermidade. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que as doenças cancerígenas são a segunda maior causa de morte em todo país, perdendo apenas para as  cerebrovasculares.

Nesta quinta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, o INCA alerta para o surgimento de novos tumores. De acordo com o Insitituto, existem, atualmente, 395 mil novos casos da doença. Entre as mulheres, os mais comuns são os de mama, cólon e reto, colo de útero, pulmão e glândula tireoide. Já entre o público masculino, os que predominam são cânceres de próstata, pulmão, cólon e reto, estômago e cavidade oral.

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Hábitos alimentares pouco saudáveis por boa parte da população e excesso de consumo do cigarro são, de acordo com o Instituto, os principais fatores que desenvolvem a célula cancerígena. Por conta destes fatores, o INCA prevê que, em 2020, haja cerca de 800 mil brasileiros vítimas da doença, que muitas vezes chega a ser fatal.

PREVENÇÃO, TRATAMENTO E CURA

Além de manter uma alimentação balanceada e uso em excesso do cigarro, há outras formas de prevenir o câncer. De acordo com o oncologista da clínica Multihemo, Rafael Caires, rastrear a saúde é fundamental. Muitos tipos de cânceres, se diagnosticados em sua fase inicial, têm possibilidade de cura.

“Existem métodos de rastreio de alguns tipos de câncer, como a mamografia para câncer de mama, colonoscopia para câncer colorretal, toque retal e PSA para câncer de próstata e a colposcopia para o câncer de colo uterino. Estes exames permitem o diagnóstico de lesões pré-malignas ou do câncer na sua fase mais inicial, permitindo assim um tratamento com intenção curativa”, explica.
 
Ainda segundo o especialista, o câncer surge de uma alteração da célula que leva a sua proliferação descontrolada. Esta alteração, por sua vez, pode ser causada por fatores ambientais e/ou genéticos.

Os tratamentos para doença são diversos e cada paciente recebe o mais eficaz para seu tipo de câncer. No entanto, o método mais conhecido e eficaz ainda continua sendo a quimioterapia. “Além da quimioterapia, existem a radioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, cirurgia para retirada do tumor e terapia alvo molecular”, explica Caires.

Um dos fatores que mais incomoda os portadores do câncer ao iniciar as sessões de quimioterapia é a queda dos cabelos. No entanto, de acordo com o médico, isto nem sempre acontece. “Apenas alguns tipos de quimioterapia possuem como efeito colateral a queda de cabelo. Além disso, a queda de cabelo não indica que uma quimioterapia é mais eficaz que outra. Cada tipo de câncer possui um esquema de quimioterapia particular para o seu tratamento”, exemplifica.

AO INVÉS DE DOR, SOLIDARIEDADE

Diagnosticada com câncer de mama em estado avançado em março de 2013, a instrutora de treinamento Guiong Lee, de 33 anos, reagiu à doença de forma diferente. Guiong decidiu não ficar trancada em casa se lamentando pela doença e resolveu ajudar mulheres na mesma situação que ela.

Após perder os cabelos por conta das 16 sessões de quimioterapia, Guiong criou a campanha “Lenços de Amor”, que visa à arrecadação de acessórios para as vítimas da doença internadas no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), na área central do Recife.

“Quero que as mulheres que ficaram carequinhas por conta da doença não se sintam desanimadas, e sim que enfrentem a situação de forma mais leve”, diz Guiong. A iniciativa de Guiong deu certo. Três ações de entrega dos lenços já foram realizadas. A quarta está prevista para o próximo mês.

A criadora da campanha diz estar extremamente feliz com o resultado. “Me sinto realizada fazendo o bem para elas. Cada sorriso e abraço me enchem de alegria. Não é porque estamos nesta situação que devemos ficar paradas”, conclui.

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