O acusado de balear o torcedor do náutico, Lucas de Freitas Lyra, de 19 anos, foi denunciado pela promotora de justiça, Érica Lopes, por tentativa de homicídio. O tiro disparado pelo Office- boy, José Carlos Feitosa Barreto, atingiu a cabeça do alvirrubro que está internado no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife.
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De acordo com a promotora, enquanto Lucas estava aguardando uma partida de futebol no bairro dos Aflitos no dia 16 de fevereiro, acompanhado de seu primo, Pedro Henrique Freitas, quando um ônibus com torcedores do Sport, passou pelo local causando confusão. “Nesse momento, a vítima e seu primo tentaram se abrigar sob a marquise do Clube, quando Pedro Henrique começou a ser agredido por Eliezer Batista da Silva, colega de trabalho do acusado”, afirma Érica no texto da denúncia.
Ainda segundo a promotora, enquanto o rapaz era agredido por Eliezer, a vítima sem que pudesse exercer nenhuma defesa foi surpreendida com um tiro na cabeça, disparado por José Carlos.
O acusado confessou o crime, mas alegou que a arma disparou acidentalmente, enquanto agredia Pedro Henrique a coronhadas. A promotora alega que José Carlos não estava próximo do primo de Lucas no momento do disparo, após análise do vídeo das câmeras de segurança da Secretaria de Defesa Social.
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entendeu que, ao empunhar a arma de fogo, contrariando as orientações da empresa Pedrosa, que contratou o acusado para fazer o serviço de segurança do ônibus, assumiu o risco de causar delito grave.
A promotora ainda afirmou que, Eliezer Batista não foi incluído no rol acusatório porque a vítima da agressão porque não quis oferecer representação.
Estado de saúde- Conforme boletim médico divulgado nesta quinta-feira (14), o alvirrubro Lucas Lyra, permanece internado no HR na Unidade de Suporte Avançado em Neurocirurgia (Usan), e ainda inspira alguns cuidados especiais, mas evolui bem.
O rapaz não faz uso de aparelhos para respirar. Desde terça-feira (12), o torcedor do Náutico responde aos estímulos visuais e auditivos da equipe médica e estabelece contato com o ambiente, através do piscar dos olhos, e não faz uso de sedativo.
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