Depois de visíveis oscilações ao longo do ano, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fecha 2014 com a marca de 93,4 pontos, 13 pontos superior à de novembro. O resultado do levantamento deste mês, realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), é inferior apenas ao indicador de abril, que atingiu a marca de 96,2 pontos. Ainda assim, a pesquisa também revela que a recuperação dos números do ICC não é suficiente para zerar o saldo negativo durante 2014, considerado o pior ano do ICC médio nos últimos cinco anos.
Em dezembro, a recuperação na percepção positiva sobre as condições econômicas foi apontada como o principal fator responsável pela elevação dos números do Índice, com crescimento de 19,3% em relação ao mês de novembro. As expectativas futuras também cresceram em relação ao mês anterior, registrando 13,4 pontos percentuais a mais do que em novembro.
##RECOMENDA##Entretanto, ao observar o ano de forma geral, o índice apresenta uma trajetória descendente. Ao longo de cinco anos de pesquisa, 2014 foi apontado como o ano em que houve uma redução da média anual do indicador. O fraco desempenho econômico no cenário nacional, o desaquecimento da economia local e a conclusão de grandes obras no Estado – gerando demissões em alguns setores do mercado de trabalho – são fatores apontados como alguns dos motivos da diminuição do ICC.
De acordo com as categorias analisadas pela pesquisa, é possível perceber que há um grande número de indivíduos confiantes no quesito Economia de Pernambuco. Em seguida, o maior percentual de confiança está na categoria finanças pessoais. A categoria Economia do Brasil registra o menor número de entrevistados confiantes. Ainda assim, o mês de dezembro registrou aumento de 6% nessa última categoria, resultado que contribuiu para a boa avaliação do mês de dezembro.
ESTATÍSTICAS – Integrante da Pesquisa Mensal de Expectativa de Consumo (PMEC-IPMN), o Índice de Confiança do Consumidor indica a percepção dos consumidores do Recife sobre as finanças pessoais e os cenários local e nacional da economia. Para realizar o levantamento de dezembro, foram feitas 625 entrevistas com recifenses acima dos 16 anos.