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O republicano Donald Trump, ex-presidente americano e pré-candidato à presidência do país em 2024, foi novamente indiciado, nesta terça-feira (1°), desta vez por ter tentado reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020.

Seguem abaixo outras investigações judiciais de que o magnata é alvo:

- Arquivos da Casa Branca -

Ao deixar a Casa Branca, Trump levou consigo caixas repletas de documentos, apesar de uma lei de 1978 obrigar os presidentes americanos a enviarem todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais.

Em janeiro de 2022, Trump devolveu 15 caixas, mas o FBI, a polícia federal americana, estimou que o ex-presidente provavelmente tinha mais em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Posteriormente, agentes do FBI fizeram uma revista com mandado judicial por "retenção de documentos sigilosos" e "obstrução de investigação federal", e confiscaram cerca de 30 outras caixas.

Começou, então, uma intensa batalha legal para determinar a natureza dos documentos apreendidos - sigilosos, pessoais ou com o sigilo suspenso? -, o que atrasou o processo.

Acusado de pôr a segurança dos Estados Unidos em perigo, Trump foi indiciado a nível federal no início de junho, algo inédito para um ex-presidente americano.

Compareceu a um tribunal federal de Miami, onde se declarou não culpado das 37 acusações que lhe são imputadas.

O caso é investigado pelo promotor especial Jack Smith, o mesmo a cargo das investigações sobre a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

- O caso Stormy Daniels -

Trump foi indiciado no início de abril por ter "orquestrado" pagamentos para silenciar três pessoas cujas revelações poderiam ter-lhe prejudicado no período anterior às eleições presidenciais de 2016, da qual foi vencedor.

Concretamente, ele é acusado do pagamento de 130.000 dólares (cerca de 624.000 reais na cotação atual) à atriz pornô Stormy Daniel para que ela ficasse em silêncio sobre uma suposta relação extraconjugal que remonta a 2006.

Esses pagamentos não são ilegais, mas o problema é que Trump os classificou como "honorários jurídicos" nas contas de sua empresa, a Trump Organization. Como consequência, ele enfrenta 34 acusações por "falsificação de documentos contábeis".

O ex-presidente, que compareceu ao tribunal de Nova York em 4 de abril, se declarou não culpado. O julgamento está pendente.

- Eleições na Geórgia -

Uma procuradora da Geórgia investiga desde 2021 as "tentativas de influenciar as operações eleitorais" naquele estado do sul do país, onde Biden venceu por estreita maioria em 2020.

Em um telefonema, cuja gravação foi tornada pública, Trump pediu a Brad Raffensperger, alto funcionário local, que "encontrasse" quase 12.000 votos a seu favor.

Fani Willis, promotora do condado de Fulton, que inclui Atlanta, nomeou um grande júri (um painel de cidadãos dotados de poderes de investigação) para determinar se há provas suficientes para indiciar o ex-presidente.

Pessoas ligadas a Trump, como seu ex-advogado pessoal, Rudy Giuliani, testemunharam.

Este grande júri recomendou o indiciamento de várias pessoas, sem revelar se o ex-presidente está entre elas.

Antes de setembro, a promotora deve anunciar os resultados da investigação e os possíveis indiciamentos.

- Condenações em Nova York -

Em janeiro, a Organização Trump foi condenada, em Nova York, a pagar uma multa de até 1,6 milhão de dólares (R$ 8,3 milhões) por fraude fiscal e financeira. É um caso criminal, mas se espera outro na esfera cível dentro de alguns meses.

A procuradora-geral do estado de Nova York, a democrata Letitia James, apresentou um processo contra Trump, seus filhos e a Organização.

Eles são acusados de terem manipulado deliberadamente o valor dos ativos do grupo - que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades - para obter empréstimos mais vantajosos dos bancos ou reduzir impostos.

Letitia pede 250 milhões de dólares (mais de R$ 12,9 bilhões) em indenizações em nome do estado, e a proibição de que o ex-presidente e seus familiares administrem empresas.

Donald Trump também foi condenado em maio, por um tribunal civil de Nova York, a pagar US$ 5 milhões à ex-jornalista E. Jean Carroll, ao ser declarado culpado de agressão sexual ocorrida em 1996.

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Donald Trump foi indiciado, nesta terça-feira (1º), por seus esforços para reverter os resultados da eleição presidencial de 2020 - a ameaça legal mais séria até agora ao ex-presidente, que busca retornar à Casa Branca.

Trump enfrenta três acusações de conspiração e uma acusação de obstrução na denúncia de 45 páginas apresentada pelo procurador especial Jack Smith.

Trump é acusado de conspiração para fraudar os Estados Unidos e conspiração para obstruir um procedimento oficial: a sessão conjunta do Congresso de 6 de janeiro de 2021, realizada para certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

"O objetivo da conspiração era reverter os resultados legítimos das eleições presidenciais de 2020, usando alegações sabidamente falsas de fraude eleitoral", diz a denúncia.

Smith já havia apresentado acusações contra Trump pela má gestão de documentos sigilosos do governo, e o ex-presidente também enfrenta um julgamento em Nova York por supostamente pagar propina a uma atriz pornô para silenciá-la às vésperas da eleição.

"Apesar de ter perdido, o réu estava determinado a permanecer no poder", diz a denúncia. "Por mais de dois meses após o dia da eleição, em 3 de novembro de 2020, o réu espalhou mentiras de que houve fraude determinante no resultado da eleição e que ele havia realmente vencido."

"Essas afirmações eram falsas, e o réu sabia que eram falsas", acrescenta.

A denúncia menciona seis co-conspiradores, mas nenhum deles é identificado. Trump é o único réu nomeado.

De acordo com relatos da mídia norte-americana, Trump será convocado para comparecer ao tribunal em 3 de agosto.

Trump, favorito à indicação republicana para as eleições presidenciais de 2024, atacou Smith, chamando-o de "enlouquecido" e afirmando que ele emitiu "mais um Falso Indiciamento" para "interferir na eleição presidencial".

"Por que eles não fizeram isso há 2,5 anos?", disse Trump em uma mensagem em sua plataforma Truth Social. "Por que esperaram tanto tempo?"

"Porque eles queriam fazer isso bem no meio da minha campanha", frisou.

Trump tem repetidamente classificado a investigação como uma "caça às bruxas" política organizada pelo Departamento de Justiça.

- Julgamento dos documentos em maio -

Trump deverá ser julgado na Flórida no caso dos documentos sigilosos em maio do próximo ano, no auge do que se espera ser uma campanha presidencial bélica com os democratas.

No início de junho, o ex-presidente recebeu 37 acusações relacionadas à sua recusa em devolver documentos sigilosos levados para a Flórida depois que deixou a Casa Branca.

Essas acusações incluem retenção de informações de defesa nacional, obstrução de justiça e fornecimento de informações falsas, que podem resultar em até 20 anos de prisão.

Na semana passada, Smith apresentou acusações adicionais contra Trump em uma denúncia substitutiva.

No mais recente indiciamento, Trump é acusado de tentar apagar as imagens das câmeras de segurança em sua residência em Mar-a-Lago para impedir que fossem fornecidas ao FBI e a um grande júri.

Os promotores da Geórgia também investigam se Trump tentou ilegalmente reverter o resultado das eleições de 2020 neste estado do sul dos Estados Unidos.

A investigação foi desencadeada pela ligação telefônica de Trump, em 2 de janeiro de 2021, ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, na qual o então presidente pressionou o funcionário a "encontrar" 11.780 votos que revertessem sua derrota para Biden no estado.

Como presidente, Trump foi alvo de processos de impeachment na Câmara dos Representantes controlada pelos democratas por buscar informações políticas sobre Biden da Ucrânia e pelos eventos de 6 de janeiro, mas foi absolvido pelo Senado, que tinha maioria republicana, em ambas as vezes.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta sexta-feira (28) que irá manter sua candidatura para retornar à Casa Branca mesmo se for considerado culpado e condenado em qualquer uma das investigações criminais que estão sendo realizadas contra ele.

A reação ocorre um dia após procuradores federais acrescentarem três acusações graves à sua denúncia seu manuseio de documentos confidenciais.

Questionado pelo radialista conservador John Fredericks se uma decisão desfavorável interromperia sua campanha, Trump respondeu rapidamente: "De jeito nenhum. Não há nada na Constituição que diga que deveria".

De acordo com o principal candidato ao Partido Republicano, "até mesmo os loucos da esquerda radical dizem que não, que isso não me impediria. Essas pessoas estão doentes", disse.

O ex-presidente dos EUA ainda destacou que seus antecessores, incluindo o democrata Barack Obama (2009-2017) e o republicano George W. Bush (2001-2009), "pegaram documentos" dos arquivos da Casa Branca, sugerindo falsamente que tiveram conduta semelhante aos supostos crimes dos quais ele é acusado.

"Nunca ninguém passou por isso. Isso é uma loucura", acrescentou, afirmando que não fez nada de errado.

No mês passado, o magnata republicano, que sobreviveu a dois julgamentos no Congresso, foi indiciado pela primeira vez no caso dos documentos confidenciais.

De acordo com o tribunal, ele é responsável por colocar em risco a segurança nacional ao armazenar informações nucleares e de defesa ultrassecretas após deixar a Casa Branca.

Quando foi nomeada há três anos por Donald Trump, a juíza Aileen Mercedes Cannon dificilmente imaginaria que podia presidir um julgamento contra o ex-presidente.

No entanto, nesta sexta-feira (21), a magistrada foi escolhida para presidir uma audiência criminal sem precedentes do magnata americano no dia 20 de maio de 2024, em Fort Pierce, na Flórida.

Sua nomeação acrescentou ainda mais polêmica ao caso.

"Agora é impossível para Trump reclamar que tem um juiz tendencioso contra ele", disse Edward Foley, professor de direito constitucional da Ohio State University.

Ao todo, Trump é denunciado por 37 acusações por manter, deliberadamente, documentos altamente confidenciais em sua casa em Mar-a-Lago, Flórida, obstruir a Justiça e por falsos testemunhos.

Algumas das imputações podem chegar a 20 anos de prisão e Cannon decidirá sobre sua sentença caso o júri o considere culpado.

A pressão fica ainda maior visto que a audiência será realizada em um momento de efervescência política frente à eleição presidencial de novembro de 2024, na qual o empresário lidera a corrida pela nomeação republicana.

- Cargo vitalício -

Nascida em Cali, na Colômbia, Cannon cresceu na Flórida porque sua mãe imigrou de Cuba para os Estados Unidos quando ela era criança.

A juíza foi nomeada por Trump em 2020, aos 38 anos, uma idade relativamente jovem para uma indicação de cargo vitalício.

Formada em Direito pela prestigiada Universidade de Michigan, a magistrada é membro da Federalist Society, um grupo de advogados, juízes e especialistas conservadores.

Ela também trabalhou em um escritório de advocacia em Washington por três anos e mais sete como promotora assistente antes de se tornar juíza.

- Revés -

Sua seleção para presidir a audiência do ex-presidente ocorreu de forma aleatória, entre vários juízes federais em atividade no Departamento de Justiça no distrito sul da Flórida.

Alguns especialistas acreditam que ela deveria ter recusado, pois, supostamente teria sido parcial no ano passado, diante da demanda apresentada a ela por Trump contra a operação do FBI que buscou recolher os documentos na casa de Mar-a-Lago.

Diante da data do início do processo, em meio à campanha presidencial, caso o julgamento se estenda e o magnata vença as eleições de novembro de 2024, ele poderá tomar medidas para intervir ou até mesmo perdoar a si mesmo após ser empossado.

Daniel Richman, professor de Direito da Universidade de Columbia, acredita que a juíza tem um poder enorme no desenrolar da deliberação.

"Mesmo em um caso comum, o juiz pode ter um efeito significativo e às vezes até decisivo no processo", explicou ele.

Já o professor de Ciências Políticas da Universidade de Wisconsin-Milwaukee Thomas Holbrook destaca a "posição difícil" de Cannon.

"Quase não importa o que ela faça, isso alimentará as preocupações existentes sobre seu potencial viés ou desapontará os apoiadores de Trump", acrescentou.

O julgamento de Donald Trump por sua má gestão de documentos sigilosos começará em maio do próximo ano, disse nesta sexta-feira (21) a juíza que conduz o caso.

A juíza Aileen Cannon, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, determinou que o julgamento do ex-presidente, o primeiro a enfrentar acusações criminais, comece em 20 de maio de 2024.

Os promotores pediram que o julgamento começasse em dezembro, enquanto os advogados de defesa de Trump pediram que ocorresse após a eleição presidencial de novembro de 2024.

Trump, de 77 anos, é o favorito à indicação presidencial republicana e o julgamento acontecerá no auge da campanha das primárias para escolher o nome do partido nas eleições.

O ex-presidente americano Donald Trump, acusado de manipulação negligente de segredos de Estado, falava de um plano para atacar o Irã, supostamente contido em documentos confidenciais que mantinha em sua casa, de acordo com uma conversa gravada divulgada pela rede CNN na noite de segunda-feira (26).

De acordo com a emissora americana, trata-se de "uma conversa de julho de 2021, pouco depois de sua saída do poder, durante a qual o ex-presidente Donald Trump admitiu ter guardado um documento confidencial do Pentágono relativo a um possível ataque contra o Irã".

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"Esses são os papéis", diz Trump no áudio divulgado pela CNN e também obtido pelas redes ABC e CBS. Aparentemente, ele fala com assessores sobre os planos de ataque do Pentágono.

"Os militares fizeram isso e me deram. Como presidente, eu poderia tê-los 'desclassificado'. Agora não posso, vocês sabem, mas continua sendo um segredo", afirma.

"Agora temos um problema", diz, então, um dos assessores.

"Não é interessante? É tão bom", responde o ex-presidente republicano (2017-2021), que termina a gravação mandando alguém trazer alguns refrigerantes.

Em meados de junho, Trump se declarou inocente de 37 acusações de má gestão deliberada de arquivos secretos do governo e de conspiração para evitar sua devolução, tornando-se o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar um julgamento criminal. A acusação menciona parte da gravação divulgada pela CNN.

Trump se referiu ao procedimento como um "atroz abuso de poder", negando ter guardado documentos confidenciais.

Isso prepara o terreno para um julgamento histórico e potencialmente muito prejudicial para sua campanha antes da eleição presidencial de 2024.

O republicano é acusado de colocar a segurança dos Estados Unidos em risco, ao armazenar documentos confidenciais, incluindo planos militares e informação sobre armas nucleares, em um banheiro ou depósito de sua luxuosa residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Também é acusado de se recusar a devolver estes documentos, apesar de ordens judiciais, o que configura “retenção ilegal de informação relativa à segurança nacional”, “obstrução à justiça” e “falso testemunho”.

Trump havia sido indiciado no início de abril nos tribunais do estado de Nova York por várias fraudes contábeis relacionadas a um pagamento feito antes da campanha presidencial de 2016. O objetivo era silenciar uma atriz pornô que afirma ter sido sua amante.

Isso se soma a outras questões legais pendentes.

Uma promotora do estado da Geórgia deve anunciar até setembro o resultado de sua investigação sobre a suposta pressão exercida pelo magnata para tentar mudar o resultado da eleição presidencial de 2020, na qual foi derrotado pelo democrata Joe Biden.

Além disso, um procurador especial também investiga sua participação na violenta invasão do Capitólio – sede do Congresso americano – em 6 de janeiro de 2021.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, nesta terça-feira (20), o novo livro escrito pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A peça conta com uma dedicatória, em que o republicano se dirige ao brasileiro pelo primeiro nome. “Jair, você é ótimo”, escreveu Trump.

O livro, Letters to Trump (em tradução livre, Cartas ao Presidente), lançado em abril, é um compilado de cartas recebidas por Donald Trump de pessoas do mundo todo, entre celebridades, líderes políticos e demais personalidades. Entre alguns nomes conhecidos estão Bill e Hillary Clinton, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un e a princesa Diana.

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Bolsonaro figura na publicação em quatro páginas, com imagens de encontros entre os dois ex-presidentes, além de uma carta sua enviada a Trump. No texto, Bolsonaro comenta sobre a época em que os dois eram presidentes de seus respectivos países, quando conseguiram “grandes conquistas para nossas nações”. Ele também fala sobre a relação entre os Estados Unidos e o Brasil, e finaliza afirmando que Trump “sempre será um parceiro e amigo” no país.

Foto: Arquivo Pessoal

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que enfrenta dezenas de acusações por manuseio negligente de documentos sigilosos do governo, defendeu-se nesta segunda-feira (19), em entrevista ao canal de TV conservador Fox News, na qual disse que estava "muito ocupado" para revisar os documentos.

O ex-presidente é alvo de 37 acusações, após levar consigo montanhas de documentos ao deixar a Casa Branca e tentar evitar que investigadores os recuperassem.

Em entrevista exibida na noite de hoje, Trump disse que, como desocupou a Casa Branca rapidamente em janeiro de 2021, seus pertences foram misturados com documentos do governo. "No meu caso, tirei tudo com muita pressa, mas pessoas empacotaram e fomos embora. E eu tinha roupas lá, tinha todo tipo de itens pessoais lá, muitas coisas. Tenho todo o direito de ter essas caixas", afirmou.

Perguntado pelo apresentador Bret Baier sobre o porquê de não ter entregue os documentos quando funcionários solicitaram, Trump respondeu: "Porque eu tinha caixas. Quero examiná-las e tirar todas as coisas pessoais. Não quero entregá-las ainda. Estava muito ocupado."

O Departamento de Justiça apresentou provas em áudio de uma reunião que Trump teve em julho de 2021, quando já não era mais presidente, com um autor, um editor e dois membros de sua equipe, em que o ex-presidente teria mostrado um documento "secreto" e "altamente confidencial". Pressionado por Baier na entrevista, Trump disse que o que mostrou "não foi um documento. Tinha cópias de artigos jornalísticos, de revistas. Era uma quantidade enorme de papéis e outras coisas que falavam sobre o Irã e outros assuntos."

Baier também foi incisivo ao perguntar a Trump sobre os muitos republicanos que lhe serviram e que, agora, desafiam o ex-presidente em seu caminho à Casa Branca ou o criticam, entre eles Bill Barr, que, como procurador-geral, negou-se a concordar com suas alegações de fraude eleitoral. Quando Trump repetiu estas afirmações, Baier lhe disse: "Você perdeu as eleições de 2020."

O ex-presidente, 77, também está na mira da Justiça por seu suposto papel no ataque ao Capitólio por uma multidão de apoiadores, em janeiro de 2021. O julgamento criminal relacionado ao caso aberto em Nova York deve acontecer em janeiro de 2024, em plena campanha para as primárias republicanas, nas quais Trump é o grande favorito.

Donald Trump comparecerá nesta terça-feira (13) a um tribunal federal em Miami para o caso mais comprometedor aberto contra ele até o momento. O ex-presidente republicano foi indiciado por administrar segredos de Estado de maneira negligente, colocando em perigo a segurança nacional.

Trump, 76 anos e pré-candidato para retornar à presidência, deve comparecer ao tribunal às 15h locais (16h de Brasília) para a leitura das acusações.

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A Procuradoria acusa o republicano de ter conservado documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca, incluindo alguns que continham informações secretas sobre armas nucleares.

Trump enfrenta 37 acusações, incluindo "retenção ilegal de informações vinculadas à segurança nacional, obstrução de Justiça e falso testemunho".

- Um caso mais comprometedor -

Esta é a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos é indiciado pela Justiça federal.

No início de abril, ele foi indiciado por fraude contábil no estado de Nova York por um pagamento efetuado antes das eleições presidenciais de 2016 para silenciar uma atriz de filmes pornográficos que alega ter sido sua amante.

Mas o caso julgado em Miami parece mais comprometedor para Trump.

Nos Estados Unidos, uma lei obriga os presidentes a enviarem todos os e-mails, cartas e outros documentos de trabalho para o Arquivo Nacional. Outra lei proíbe a manutenção de segredos de Estado em locais não autorizados e considerados inseguros.

Em janeiro de 2021, quando deixou a Casa Branca e seguiu para sua mansão de Mar-a-Lago, na Flórida, Trump levou dezenas de caixas repletas de arquivos.

- Operação do FBI -

De acordo com a acusação, as caixas foram empilhadas no palco de um salão de dança do complexo hoteleiro antes de serem transportadas para um depósito perto de uma piscina. Algumas tinham as palavras "segredo de Defesa".

Em janeiro de 2022, depois de receber vários pedidos das autoridades, Trump decidiu devolver caixas com quase 200 documentos confidenciais.

Convencidos de que Donald Trump não havia entregado todos os documentos em seu poder, vários agentes do FBI entraram em Mar-a-Lago em 8 de agosto e levaram mais de 30 caixas com 11.000 documentos.

Trump considera o caso uma "caça às bruxas" para prejudicar sua candidatura à presidência. O republicano acusou uma interferência do presidente democrata, Joe Biden, que pode ser mais uma vez seu rival nas eleições de 2024.

De acordo com uma de suas advogadas, Trump vai se declarar inocente.

O comparecimento do ex-presidente provoca temores com a segurança ao redor do tribunal, depois que cidadãos ultraconservadores convocaram manifestações em defesa de Trump.

"Levamos este evento muito a sério", afirmou o chefe de polícia de Miami, Manuel Morales, na segunda-feira.

- Milhões de dólares -

Assim como aconteceu depois da audiência em Nova York em abril, Trump convocou os simpatizantes para um discurso que, desta vez, acontecerá em seu clube de golfe de Bedminster, em Nova Jersey.

Após o indiciamento de abril, o ex-presidente se gabou de ter recebido milhões de dólares de seus seguidores. Muitos deles, convencidos de que Trump é vítima de uma conspiração, continuam a apoiá-lo contra todas as adversidades.

É um apoio necessário para Trump, que enfrenta outras investigações judiciais. Uma procuradora do estado da Geórgia deve anunciar até setembro o resultado de uma investigação sobre as supostas pressões que o republicano exerceu para tentar mudar o resultado das eleições de 2020.

O julgamento criminal do caso aberto em Nova York provavelmente acontecerá no início de 2024, em plena campanha para as primárias republicanas, nas quais Trump é o grande favorito.

Donald Trump foi informado pela Justiça federal dos Estados Unidos que está sendo investigado pessoalmente pela gestão de arquivos sigilosos da Casa Branca, um novo desafio para o ex-presidente dos Estados Unidos, que aspira a um novo mandato em 2024.

De acordo com vários veículos da imprensa dos Estados Unidos, incluindo The New York Times e CNN, os promotores federais notificaram os advogados do ex-presidente de que a investigação não se limitava mais a seus colaboradores mais próximos, mas se dirigia diretamente a ele.

Os promotores o acusam de ter guardado caixas inteiras de documentos, incluindo alguns classificados como "ultrassecretos" após sua saída de Washington em 2021, e de ter se recusado a devolvê-los, violando as leis federais.

A imprensa americana não especifica quando o ex-presidente foi informado, mas seus advogados se reuniram na segunda-feira com funcionários do Departamento da Justiça, em particular o promotor especial Jack Smith, encarregado de supervisionar de forma independente a investigação.

Trump, que por enquanto está amplamente à frente dos demais candidatos após a candidatura republicana, sempre se defendeu de qualquer peculato e se apresenta como vítima de “perseguição política”.

“Como poderia o Departamento da Justiça me indiciar quando não fiz nada?”, escreveu na sua plataforma Truth Social na segunda-feira, quando os seus advogados foram recebidos por responsáveis deste ministério.

- Tapete florido -

Nos Estados Unidos, uma lei de 1978 exige que todo presidente americano transmita todas as suas cartas, e-mails e outros documentos de trabalho ao Arquivo Nacional. Outra lei, sobre espionagem, proíbe qualquer pessoa de manter documentos confidenciais em locais não autorizados e sem segurança.

Ao deixar a presidência para se estabelecer em uma luxuosa residência em Mar-a-Lago, na Flórida, Trump levou consigo caixas inteiras de documentos.

Em janeiro de 2022, após vários lembretes, ele concordou em devolver 15 caixas contendo mais de 200 documentos classificados. Por e-mail, seus advogados garantiram que não havia outros.

A Polícia Federal estimou, porém, que ele não havia devolvido tudo e que ainda tinha muitos em seu clube de Palm Beach.

Agentes do FBI foram lá em 8 de agosto e apreenderam outras trinta caixas contendo 11.000 documentos, incluindo alguns documentos altamente confidenciais sobre o Irã e a China.

Denunciando veementemente uma operação midiática, seus advogados criticaram amplamente o FBI por publicar uma foto mostrando documentos confiscados carimbados como "Top Secret" em um tapete florido.

Para reprimir as alegações de jogo sujo, o procurador-geral Merrick Garland nomeou o conselheiro especial Jack Smith para supervisionar esta investigação, assim como outra sobre o papel de Trump no ataque ao Capitólio.

- Estrela pornô -

Outro promotor especial está investigando paralelamente documentos confidenciais encontrados no início do ano em um antigo escritório na casa do presidente democrata Joe Biden por seus advogados.

Essas constatações embaraçosas, assim como outras em uma residência do ex-vice-presidente Mike Pence, permitiram a Trump relativizar sua conduta, embora Biden sempre tenha cooperado com a Justiça, devolvendo voluntariamente os documentos.

O bilionário republicano também usou essas descobertas para unir seus apoiadores quando a Justiça o alcança.

Este foi especialmente o caso em abril, quando o tribunal do estado de Nova York o acusou de falsificar documentos contábeis relacionados ao pagamento de US$ 130.000 (R$ 638 mil, na cotação atual) à atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016, em troca de seu silêncio sobre uma suposta relação.

Foi a primeira vez na história dos Estados Unidos que um ex-presidente foi alvo de processo criminal.

O ex-governador de Nova Jersey, o republicano Chris Christie, antigo aliado de Donald Trump e que se tornou um de seus maiores críticos, entrou para a corrida presidencial de 2024 nesta terça-feira (6), apresentando-se como o único candidato capaz de enfrentar o ex-presidente.

Christie, de 60 anos e conhecido por seu estilo aguerrido, registrou sua candidatura na Comissão Federal Eleitoral (FEC, na sigla em inglês).

Assim, ele se junta a um grupo já nutrido de aspirantes do Partido Republicano para a Casa Branca, entre eles o governador da Flórida, Ron DeSantis, e o ex-vice-presidente Mike Pence, que deve oficializar sua candidatura nesta quarta.

Christie, por sua vez, fará um anúncio público esta noite em New Hampshire. Em 2016, ele chegou a participar das primárias republicanas, mas desistiu e passou a apoiar Trump.

Naquele momento, ele havia se tornado um dos assessores mais próximos do ex-presidente, mas rompeu com ele depois que Trump se recusou a reconhecer a derrota para o democrata Joe Biden em 2020.

Christie, que aparece com pouco apoio nas pesquisas, já começou a direcionar seus ataques contra Trump, sugerindo que o favorito republicano, segundo essas mesmas pesquisas, tem "medo" de debater com oponentes sérios.

Também atacou Trump em outras frentes, em particular ao mencionar as muitas investigações que existem a sua espreita e o classificando de "marionete de Putin", após comentários ambíguos do ex-presidente sobre a guerra na Ucrânia.

Donald Trump descreveu a mulher que o acusa de estupro como "doente mental", em um depoimento em vídeo exibido nesta quinta-feira (4) para os jurados no processo civil de agressão sexual e difamação contra ele.

"É uma mentirosa e uma pessoa realmente doente. Acho que ela é doente, doente mental", disse Trump, referindo-se à escritora e ex-jornalista E. Jean Carroll.

O ex-presidente deu este depoimento em outubro, quando lhe foi pedida uma declaração sobre a denúncia de Carroll.

A escritora processou Trump no ano passado, alegando que ele a estuprou em um provador de uma loja de departamentos de luxo em Nova York em meados da década de 1990.

Carroll também processou o ex-presidente republicano por difamação, após o magnata a acusar de mentir quando ela tornou o caso público em 2019.

Trump negou repetidamente essas alegações e não foi processado criminalmente por elas.

No depoimento em vídeo, Trump reiterou que não conhece Carroll e repetiu diversas vezes: "Ela não faz meu tipo".

Nesta quinta-feira, uma amiga de Carroll testemunhou afirmando que a escritora lhe disse logo após o suposto estupro que Trump a havia atacado.

Quase uma dúzia de mulheres acusaram Trump de má conduta sexual durante o período em que foi candidato à Presidência, em 2016. Entre elas, a ex-empresária Jessica Leeds, que no caso Carroll testemunhou que Trump a agrediu sexualmente em um avião na década de 1970.

As compensações financeiras pedidas por Carroll no processo não foram especificadas, mas a denunciante exige que Trump se retrate publicamente.

Os advogados de Trump disseram que o ex-presidente americano não sentaria no banco dos réus durante o julgamento. Se for considerado culpado, será a primeira vez que ele enfrentará consequências legais por acusações de agressão sexual.

O caso é apenas um dos vários desafios legais que o republicano de 76 anos enfrenta enquanto tentar retornar à Casa Branca nas eleições presidenciais de 2024.

No mês passado, o magnata se declarou inocente em um processo criminal pelo pagamento de propina por meio de terceiros a uma atriz pornô antes da eleição de 2016.

Trump também está sob investigação por tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020 no estado sulista da Geórgia, pelo suposto uso indevido de documentos confidenciais retirados da Casa Branca e por seu envolvimento no ataque ao Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.

O juiz criminal de Nova York responsável pelo caso de Donald Trump pediu, nesta quinta-feira (4), à promotoria e à defesa que entrassem em acordo sobre uma data exata para o julgamento, entre fevereiro e março do próximo ano.

Isso significa que o julgamento pelo dinheiro pago pelo ex-presidente a uma estrela pornô ocorrerá no meio das primárias republicanas para a corrida presidencial de 2024, na qual Trump tentará recuperar o cargo.

O juiz Juan Merchan disse que, uma vez que a data seja definida, todas as partes, incluindo Trump, favorito para a nomeação republicana, não devem agendar outros eventos.

"Ele não pode aceitar nenhum compromisso de eventos públicos ou aparições", afirmou Merchan perante a corte estadual de Manhattan.

Trump não compareceu ao tribunal.

As declarações de Merchan ocorreram durante a primeira audiência do caso desde que Trump recebeu no mês passado 34 acusações de falsificação de registros comerciais.

O juiz disse que, após tomar uma decisão, Trump deverá comparecer virtualmente ao tribunal para ser notificado.

Trump negou as acusações relacionadas aos reembolsos ao seu então advogado Michael Cohen pelo pagamento de US$ 130.000 à atriz pornô Stormy Daniels.

Os promotores dizem que os pagamentos de 2016 tinham a intenção de silenciar Daniels por conta das relações sexuais que ela diz ter tido com o magnata anos antes.

Trump é o primeiro ex-presidente ou presidente em exercício dos Estados Unidos a ser acusado de um crime.

O ex-presidente de 76 anos vai tentar retornar à Casa Branca nas eleições de novembro de 2024.

O que papa Francisco, Donald Trump e Beyoncé têm em comum? Os três perderam o selo azul no Twitter, sinal de usuário verificado, quando a rede social começou a cumprir a ameaça de seu dono, Elon Musk, de retirá-lo de quem não pagasse por ele.

A rede social começou na quinta-feira a retirar massivamente esta marca e também retirou os rótulos "filiado ao Estado" e "financiado pelo governo" das contas de vários meios de comunicação, constatou a AFP nesta sexta-feira (21).

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Musk, que viu seu investimento diminuir desde que comprou o Twitter no final de outubro por US$ 44 bilhões (R$ 233,1 bilhões, nos valores da época), havia prometido se livrar do selo azul de verificação dos usuários.

O bilionário chamou o selo de "sistema de senhores feudais e camponeses" e se ofereceu para concedê-lo a qualquer um que pagasse uma assinatura de oito dólares por mês (40,3 reais, na cotação atual).

Prazos anteriores para a remoção do distintivo azul, usado principalmente por celebridades, jornalistas e políticos, não geraram mudanças. Mas na quinta-feira, as contas de alto perfil, bem como as de muitos repórteres de agências de notícias como a AFP, perderam seus selos de verificação.

Entre os políticos, muitos o perderam, embora alguns tivessem a marca cinza, reservada às contas do governo ou de certas organizações. É o caso de Kevin McCarthy, líder dos republicanos na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

O selo azul agora é destinado a quem paga mensalmente para tê-lo, junto com outras vantagens do “Twitter Blue” (mais visibilidade, privilégios técnicos, menos anúncios), como Donald Trump Jr. ou o Dalai Lama.

Mas algumas celebridades ainda tinham o selo azul, apesar de não serem assinantes.

Musk explicou que estava "pagando pessoalmente por algumas assinaturas" e esclareceu que era "apenas" para o ator de Star Trek, William Shatner, o astro do basquete, LeBron James, e o escritor Stephen King.

Em outra mudança controversa relacionada ao novo sistema de autenticação, os rótulos cinzas para "afiliado do Estado" e "financiado pelo governo" foram removidos de muitas contas.

As marcas não apareceram nas contas da rádio americana NPR, da emissora canadense CBC, da agência oficial de notícias chinesa Xinhua, da russa RT e da espanhola RTVE.

O Twitter há muito tempo rotulou contas vinculadas à mídia estatal ou a funcionários do governo, especialmente da China e da Rússia. Recentemente, no entanto, aplicou esses rótulos a veículos de notícias que receberam financiamento público, mas não são controlados por nenhum governo. Depois disso, a NPR parou de usar o Twitter e a CBC fez o mesmo.

Não ficou imediatamente claro por que alguns rótulos cinzas foram removidos, mas a mudança foi elogiada em alguns setores.

"Apoio a remoção do Twitter de todos os rótulos de 'mídia afiliada ao Estado'", tuitou Hu Xijin, ex-editor do tabloide estatal chinês Global Times, cuja conta não era mais rotulada como afiliada ao Estado chinês.

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O ex-presidente americano Donald Trump volta a comparecer à Justiça, nesta quinta-feira (13), para ser interrogado em um caso de fraude em sua empresa Trump Organization, uma semana após seu indiciamento em outro processo criminal.

Neste caso civil, a procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, está instaurando um processo contra Donald Trump e três de seus filhos, dos quais reclama 250 milhões de dólares (em torno de 1,22 bilhão de reais) por supostas fraudes fiscais e financeiras na avaliação dos ativos do grupo.

"Estou indo para o centro (de Nova York) para me encontrar com uma racista que vazou que estarei lá às 9h30", escreveu Trump sobre a procuradora, uma democrata afro-americana eleita nas urnas.

Consultados na semana passada pela AFP, os serviços da procuradora-geral não confirmaram esta audiência, que poderá acontecer em seus gabinetes.

A procuradora já havia interrogado Trump sob juramento em agosto passado. O julgamento está previsto para começar em 2 de outubro de 2023.

O ex-presidente, que aspira a voltar à Casa Branca nas eleições de 2024, qualificou o caso de "ridículo", "igual ao resto dos casos de interferência eleitoral dos quais sou objeto".

James acusa o magnata republicano de 76 anos e seus três filhos de terem manipulado "deliberadamente" os ativos do grupo – que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades – para obterem empréstimos bancários mais vantajosos, ou para reduzirem impostos.

Este caso é diferente do processo criminal, em que ele foi indiciado na semana passada. Neste último, foi acusado de 34 crimes por suposta fraude contábil e fiscal para ocultar um pagamento a uma atriz pornô feito para comprar seu silêncio na reta final das eleições de 2016. O objetivo era evitar que viesse a público um suposto relacionamento entre ambos dez anos antes, o que Trump sempre negou.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, indiciado criminalmente em Nova York, prometeu nesta terça-feira (11) que "nunca desistiria" da corrida de 2024 à Casa Branca e insistiu que Joe Biden não está em condições de concorrer novamente.

O magnata republicano, que enfrenta 34 acusações criminais em Nova York relacionadas a um pagamento em 2016 para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels para esconder uma relação extraconjugal, disse à Fox News que nada o impediria de concorrer, nem mesmo uma condenação.

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"Eu nunca desistiria", garantiu o magnata. "Não sou assim, eu não faria isso."

Em sua primeira entrevista desde que foi indiciado e teve as impressões digitais recolhidas, Trump lançou dúvidas sobre se Biden, de 80 anos, teria condições para disputar a reeleição em 2024.

"Não vejo como isso seria possível", disse o ex-presidente de 76 anos. "Não é uma questão de idade... acho que ele não conseguiria."

"Simplesmente não vejo Biden fazendo isso do ponto de vista físico e mental. Não vejo isso", acrescentou.

Trump e outros membros do alto escalão republicano insistem na aparente fragilidade física de Biden e em sua falta de acuidade mental.

As ilustrações chamativas, às vezes polêmicas, de Edel Rodríguez sobre Donald Trump têm estampado a capa de publicações importantes como as revistas Time e Der Spiegel, e com as recentes acusações ao ex-presidente americano, o artista voltou com tudo.

A última obra deste ilustrador que deixou Cuba ainda criança vai estampar a capa da revista Time, embora já tenha sido publicada e compartilhada milhões de vezes nas redes sociais: sobre um fundo escuro, uma impressão digital sai em espiral da boca de Trump.

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Trump "está preso em uma tempestade criada por ele próprio", diz Rodríguez sobre o ex-presidente americano, em sua casa vitoriana em um recanto do município de Tabor, no estado de Nova Jersey.

A imagem não é nem de longe a mais polêmica que ele dedicou ao ex-chefe da Casa Branca, acusado recentemente de fraude financeira pelo pagamento de 130.000 dólares (cerca de 420 mil reais, segundo valores de 2016) a uma atriz pornô em troca de seu silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal.

No começo de 2017, a revista alemã Der Spiegel publicou na capa uma ilustração de Rodríguez na qual criticava o decreto de Trump contra os imigrantes de países de maioria muçulmana. Nela, o então presidente americano aparecia agitando uma faca e segurando a cabeça decapitada e ensaguentada da Estátua da Liberdade.

Os críticos de Trump usaram essa imagem em seus protestos, mas a mesma gerou indignação em alguns políticos e articulistas de opinião.

- Responsabilidade versus 'neutralidade' -

Este artista de 51 anos afirma que pretende usar suas imagens para sacudir a consciência dos cidadãos sobre os riscos que rondam a democracia, e por isso, Rodríguez não pretende ser "neutro" em seu trabalho.

"Entendo que é preciso manter certa neutralidade", diz, sentado em meio a um punhado de ilustrações suas, incluindo capas da The New Yorker e da revista francesa America. "Mas sempre é preciso se perguntar quando a neutralidade vai longe demais, e senti que ser neutro com Trump em 2016 não era o certo porque podia ver o que se aproximava".

Rodríguez representou Trump como um meteorito prestes a colidir com a Terra, ou uma criança sentada sobre um míssil junto do líder norte-coreano, Kim Jong Un.

E, assim como outros artistas, também representou Trump com símbolos da Ku Klux Klan, sobretudo quando o 45º presidente não condenou o ataque de supremacistas brancos contra manifestantes que protestavam contra o racismo em Charlottesville, em 2017.

Segundo o artista, a invasão, em 6 de janeiro de 2021, ao Capitólio, sede do Legislativo americano, por apoiadores de Trump foi a evidência de que algo muito perigoso estava sendo gestado.

"Estávamos perto de um golpe de Estado", explica.

A vida de Rodríguez alimenta sua obra. Quando tinha nove anos, ele fugiu da Cuba de Fidel Castro com os pais. Em uma revista em quadrinhos que será publicada no próximo outono no hemisfério norte, ele relata sua experiência com a "ditadura" e o êxodo de Mariel, emigração em massa na qual, durante seis meses de 1980, 125.000 cubanos deixaram a ilha comunista com destino à Flórida.

Rodríguez considera que Trump inspirou o pior nas pessoas, criando uma imagem dos Estados Unidos que contrastava com sua própria experiência: "sei como o povo deste país é bom", afirma.

Ele garante que a temática de sua obra se inspira em sua família e em Cuba, e tem como referências artísticas Picasso, Matisse e Paul Klee.

Para desenhar Trump, Rodríguez usa códigos visuais recorrentes, como a pele alaranjada, o cabelo amarelo berrante, a boca aberta, como se estivesse gritando, e sem olhos. "Acho que estas capas não o normalizam e o mostram como é", assegura Rodríguez.

O traficante de armas russo Viktor Bout, que foi recentemente liberado por Washington em uma troca de prisioneiros com a Rússia, propôs nesta sexta-feira (7) ao ex-presidente americano Donald Trump obter refúgio na Rússia.

"Acredito que sua vida está em perigo", escreveu Bout em uma mensagem enviada a Trump e que exibiu à imprensa em Moscou. "O governo (do presidente Joe) Biden não vai se conformar em apenas arrastá-lo ao complexo industrial tribunal/prisão".

"Eles preferem acabar com sua vida do que deixar que você apareça no caminho deles", acrescentou Bout a Trump.

"Você é bem-vindo na Rússia. Aqui encontrará um refúgio seguro e poderá liderar a luta pelo povo americano", acrescenta a carta.

Viktor Bout foi detido em 2008 na Tailândia e condenado a 25 anos de prisão nos Estados Unidos.

O traficante de armas foi entregue à Rússia em dezembro do ano passado em troca da jogadora de basquete americana Brittney Griner, que havia sido condenada por tráfico de drogas.

Moscou e Washington realizaram várias trocas de prisioneiros nos últimos anos.

A Rússia ainda tem pelo menos três cidadãos americanos em suas prisões, incluindo o jornalista Evan Gershkovich, detido na semana passada pela acusação de espionagem.

Donald Trump se apresentou nesta terça-feira (4) em um tribunal criminal de Nova York, após ter sido indiciado por fraude contábil para encobrir, entre outros, o pagamento de propina para calar uma atriz pornô em 2016. O ex-presidente é alvo, no entanto, de outras investigações, relacionadas abaixo:

- Invasão do Capitólio -

Um comitê do Congresso, dissolvido pela maioria republicana que assumiu este ano a Câmara baixa, investigou o papel de Trump na invasão de seus apoiadores ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando os legisladores se preparavam para certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.

Durante várias audiências, o comitê, formado, sobretudo, por democratas, assegurou que o ex-presidente republicano inflamou seus apoiadores antes do ataque e que "fracassou em seu dever como comandante-em-chefe" durante a invasão.

Em seu relatório final, o painel concluiu que Trump não deveria voltar a ocupar um cargo público e recomendou que os tribunais federais abrissem um processo criminal contra ele, sobretudo por incentivar a insurreição. Este é o caso que poderia resultar em acusações mais graves contra Trump.

O promotor especial Jack Smith investiga, ainda, o papel do ex-presidente nas tentativas de revogar os resultados das eleições presidenciais de 2020. Quando concluir as investigações, ele poderá decidir indicia-lo ou não. Mas a última palavra será do secretário de Justiça, Merrick Garland.

- Apuração de votos na Geórgia -

Uma procuradora da Geórgia investiga desde 2021 as "tentativas de influenciar as operações eleitorais" naquele estado do sul do país, onde Biden venceu por estreita maioria em 2020.

Em um telefonema, cuja gravação foi tornada pública, Trump pediu a Brad Raffensperger, alto funcionário local, que "encontrasse" quase 12.000 votos a seu favor.

Fani Willis, promotora do condado de Fulton, que inclui Atlanta, nomeou um grande júri para determinar se há provas suficientes para indiciar o ex-presidente. Pessoas próximas de Trump, como seu ex-advogado pessoal, Rudy Giuliani, testemunharam.

Este grande júri recomendou o indiciamento de várias pessoas, sem revelar se o ex-presidente está entre elas.

- Arquivos da Casa Branca -

Ao deixar a Casa Branca, Trump levou consigo caixas repletas de documentos, apesar de uma lei de 1978 obrigar os presidentes americanos a enviarem todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais.

Em janeiro de 2022, Trump devolveu 15 caixas, mas o FBI, polícia federal americana, estimou que o ex-presidente provavelmente tinha mais em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Posteriormente, agentes do FBI fizeram uma revista com mandado judicial por "retenção de documentos sigilosos" e "obstrução de investigação federal", e confiscaram cerca de 30 caixas mais.

Começou, então, uma intensa batalha legal para determinar a natureza dos documentos apreendidos - sigilosos, pessoais ou com o sigilo suspenso? -, o que atrasou o processo, mas o caso pode resultar em um indiciamento por crime federal. O promotor especial Smith também investiga o caso.

- Assuntos financeiros -

Em janeiro, a Trump Organization foi condenada, em Nova York, a pagar uma multa de até 1,6 milhão de dólares (R$ 8,3 milhões) por fraude fiscal e financeira. É um caso criminal, mas se espera outro na esfera cível dentro de alguns meses.

A procuradora-geral do estado de Nova York, a democrata Letitia James, apresentou um processo contra Trump, seus filhos e a Trump Organization.

Eles são acusados de terem manipulado deliberadamente o valor dos ativos do grupo - que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades - para obter empréstimos mais vantajosos dos bancos ou reduzir impostos.

Letitia pede 250 milhões de dólares (mais de R$ 12,9 bilhões) em indenizações em nome do estado, e a proibição de que o ex-presidente e seus familiares administrem empresas.

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Donald Trump se apresentou à Justiça nesta quarta-feira, 4, e deve se tornar o primeiro ex-presidente americano a ser fichado em um processo criminal nos Estados Unidos. Ele compareceu à Justiça de Nova York e está sob custódia para uma audiência preliminar do caso que o acusa de subornar uma atriz pornô com verbas não declaradas durante a sua campanha pela Casa Branca em 2016. Nesta primeira audiência, Trump deve ouvir todas as acusações feitas contra ele, fornecer suas impressões digitais, fotografia e dados pessoais à Justiça americana, e ouvir seus direitos perante a lei, se tornando oficialmente réu no caso.

O caso, apresentado na cidade que tornou Trump famoso como empresário e estrela de reality shows, envolve um pagamento clandestino de US$ 130.000 que seu agente, Michael Cohen, fez à estrela pornô Stormy Daniels, em os últimos dias da campanha de 2016. O pagamento, que Cohen disse ter feito sob orientação de Trump, garantiu que Daniels não tornaria pública sua história de uma ligação sexual com Trump.

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Oficialmente, Trump está detido sob custódia, para que suas informações pessoais sejam colhidas e conduzido ao tribunal. No entanto Trump não deve ser algemado, pois permanecerá sob constante proteção policial. Seu desejo, segundo informações de pessoas próximas, era ser algemado para poder explorar politicamente a imagem.

Trump, que foi indiciado na semana passada, negou todas as irregularidades, e as acusações que ele enfrenta, que permanecem sob sigilo. Informações iniciais davam conta de que seriam mais de 30 acusações contra o ex-presidente.

Depois de sair de um SUV e acenar brevemente, Trump foi escoltado para dentro do escritório do promotor distrital de Manhattan. As acusações exatas contidas na acusação contra Trump, votadas por um grande júri na semana passada, não serão reveladas até que ele compareça perante o juiz Juan M. Merchan, juiz da Suprema Corte estadual, que ouvirá o caso.

Ele chegou a Nova York na segunda-feira, 3, para se apresentar nesta terça, 4, ao tribunal, em um episódio que demandou intenso esforço de segurança devido a riscos de confrontos entre apoiadores e opositores do ex-presidente que se reuniram em frente ao tribunal.

O ex-presidente entrou no tribunal por volta das 13h24 locais (14h24 de Brasília) por uma porta especial que dá acesso a um elevador privado reservado ao promotor distrital e juízes, após fazer uma carreata da Trump Tower, no centro de Manhattan, onde passou a noite de segunda-feira. Ele andou sozinho em um carro com agentes do Serviço Secreto, mas foi acompanhado ao tribunal por vários advogados e assessores políticos em outros veículos.

Próximos passos

O comparecimento do ex-presidente ao tribunal hoje, no entanto, é apenas um passo no que provavelmente será um longo processo legal. Os próximos passos incluem uma série de audiências, onde o juiz do caso deve ouvir as argumentações da defesa e decidir se deve arquivá-lo ou não.

Juristas dizem que a base do caso envolve uma interpretação incomum da lei estadual, que vincula um crime na esfera estadual a outro na alçada federal. Essa nova interpretação, acreditam os especialistas, não deve servir para anular o caso, mas o ambiente político carregado da denúncia torna seu desfecho imprevisível. A principal estratégia dos advogados de Trump no caso deve ser convencer o juiz que essa interpretação da promotoria está equivocada.

O último passo é o julgamento. Caberá aos jurados definir se o republicano é ou não culpado das acusações, após a apresentação das provas da acusação e da defesa.

A grande questão - se Trump acabará na cadeia ao fim do processo ou não - depende não apenas da acusação, mas também da extensão da condenação. A acusação de não declarar o pagamento pelo silêncio de Stormy Daniels seria, na lei americana, mais ou menos o equivalente a uma contravenção. De acordo com a lei do estado de Nova York, poderia render a Trump até quatro anos de prisão.

Mas as acusações podem ser reduzidas, as sentenças variam caso a caso e, em geral, é incomum que uma pessoa sem antecedentes criminais seja condenada a uma pena de prisão extensa. Além disso, outros atenuantes podem fazer com que Trump passe um dia sequer atrás das grades. Pelo menos no caso Stormy Daniels.

Efeitos políticos

Trump enfrenta vários outros inquéritos que podem resultar em acusações, e talvez sejam até mais prejudiciais para sua carreira política. Suas ações em torno de sua derrota eleitoral e seu manuseio de documentos confidenciais são o foco de investigações federais. E um promotor da Geórgia está nos estágios finais de uma investigação sobre as tentativas de Trump de reverter os resultados eleitorais naquele Estado.

Tudo isso se desenrola no contexto de sua terceira candidatura à Casa Branca. A acusação de Trump lançou a disputa pela indicação republicana - que ele lidera na maioria das pesquisas - em território desconhecido.

Ao mesmo tempo, ele alternadamente se preocupava e se gabava com a perspectiva de uma prisão, enquanto seus assessores aproveitaram o indiciamento para aumentar a arrecadação de fundos e empurrar os rivais de primárias para uma dança desajeitada entre criticar os promotores e apoiar Trump.

Na Casa Branca, a porta-voz da presidência, Karine Jean-Pierre, disse que o fichamento de Trump não é uma prioridade hoje para o presidente Joe Biden. "Obviamente, ele será atualizado das notícias no momento do dia em que puder fazer isso, mas não é uma prioridade para ele", disse a porta-voz. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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