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Donald Trump comparece nesta terça-feira (4) a uma audiência com um juiz de Manhattan para ouvir as acusações pelas quais será processado no caso de um pagamento para comprar o silêncio de uma atriz pornô, no primeiro indiciamento criminal contra um ex-presidente dos Estados Unidos.

O republicano, de 76 anos, chegou na segunda-feira a Nova York a bordo de seu avião particular. Ele deixou sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida, onde repetiu que é vítima de uma "caças às bruxas" em plena campanha para tentar retornar à Casa Branca nas eleições de 2024, nas quais este indiciamento aparece com consequências imprevisíveis.

Alvo de duas tentativas de impeachment do Congresso americano quando era presidente (2017-2021), Trump foi convocado para comparecer ao Tribunal Superior de Manhattan às 14h15 (15h15 de Brasília), onde, como qualquer cidadão indiciado, será fotografado e deixará as impressões digitais registradas.

O juiz Juan Merchán - que também foi o instrutor de outro caso contra a Organização Trump, por fraude fiscal, no fim do ano passado - lerá as acusações do processo, que permanecem confidenciais.

O juiz deve permitir que a imprensa fotografe Trump por poucos minutos no tribunal, antes do início da audiência.

- Inocente -

De acordo com os advogados, Trump vai se declarar inocente e o caso deve prosseguir para julgamento, em uma data que ainda será determinada e que, sem dúvida, será um dos processos com maior cobertura da imprensa na história do país.

Trump é acusado pelo pagamento de 130.000 dólares à atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições de 2016 para comprar seu silêncio por um suposto relacionamento extraconjugal ocorrido 10 anos antes, o que o empresário sempre negou.

"Biden e sua 'gente' sabiam" das intenções do procurador do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, de "perseguir Trump", escreveu o republicano em sua rede Truth Social na segunda-feira. Ele também chamou o procurador de "racista".

O ex-presidente afirma que é impossível ter um julgamento justo em sua cidade natal, governada pelo Partido Democrata, após a decisão de Bragg de acusá-lo na quinta-feira passada, ao confirmar a decisão de um grande júri.

O procurador deve conceder uma entrevista coletiva após a audiência de Trump.

- Mais jornalistas que seguidores -

Diante do temor de distúrbios, como os ocorridos em 6 de janeiro de 2021, quando milhares de seguidores de Trump invadiram o Capitólio, em Washington, a polícia de Nova York está em alerta máximo e isolou as imediações da Trump Tower e do Tribunal Superior do sul de Manhattan, onde pela primeira vez um ex-presidente americano sentará no banco dos réus.

Embora não existam "ameaças críveis" para Nova York, o prefeito Eric Adams, apoiado pelos comandantes das forças de segurança, pediu aos possíveis "agitadores" que se controlem, em particular a congressista radical Marjorie Taylor Greene, que convocou uma demonstração de apoio ao magnata para as imediações do tribunal.

Os jornalistas são muito mais numerosos que os poucos seguidores de Trump que apareceram até o momento para expressar apoio.

Na 5ª Avenida, um grupo de simpatizantes do ex-presidente exibiu uma faixa com a frase: "Termine o Muro, Trump 24", em referência ao muro na fronteira com o México para impedir a imigração.

Entre os manifestantes estava Vito Dichiara, 71 anos, um aposentado que acusou o procurador de conspirar para impedir o retorno de Trump à Casa Branca e repetiu as falsas alegações do republicado de que os democratas roubaram a eleição de 2020.

"Estou aqui para apoiar Donald Trump, ex-presidente e futuro presidente dos Estados Unidos", declarou à AFP.

O caso Stormy Daniels é apenas um dos casos que ameaçam o ex-presidente, que também é investigado por pressionar funcionários públicos para anular a vitória de Joe Biden em 2020, com uma ligação telefônica gravada na qual pediu ao secretário de Estado da Geórgia que "encontrasse" votos suficientes para reverter o resultado.

Trump também é investigado por seu possível papel na insurreição de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio, assim como pela custódia de documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca.

Stormy Daniels, a atriz pornô que cogitou a ideia de entrar para a política, vive uma batalha legal e midiática contra Donald Trump, que valeu ao ex-mandatário uma acusação criminal sem precedentes na história dos Estados Unidos.

Ambiciosa e com uma forte personalidade, essa mulher de 44 anos também pagou o preço pela fama ao receber uma série de comentários desrespeitosos nas redes sociais. O mais notório foi de Trump. Ainda chefe de Estado, ele a chamou de "cara de cavalo" em 2018.

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Stephanie Clifford, seu verdadeiro nome, nasceu em 1979, em Baton Rouge, estado da Luisiana. Criada por sua mãe depois que seus pais se divorciaram, conta em um livro que a família a abandonou e, quando tinha 9 anos, sofreu abuso sexual de um homem mais velho.

Boa estudante e apaixonada por cavalos, dedicou-se ao striptease desde muito jovem, para, logo, dar um salto para o cinema pornô.

A atriz, diretora e roteirista de longos cabelos louros é uma figura conhecida no mundo do pornô, que lhe deu vários prêmios. Porém, sua suposta relação com Trump foi há 17 anos, o que a fez conhecida nos Estados Unidos.

- Resort de luxo -

No verão de 2006, os caminhos da atriz e do magnata imobiliário se cruzaram no idílico cenário de um resort de luxo no estado de Nevada, durante um torneio de golfe às margens de um lago.

Stormy Daniels acabava de aparecer na comédia "O Virgem de 40 Anos" protagonizada por Steve Carell. Trump acabava de ter um bebê com a mulher, Melania.

Segundo o relato da atriz, Trump a convidou para jantar em sua suíte, onde a recebeu de pijama no sofá. Ela assegura que logo eles tiveram uma relação sexual, o que ele nega.

O que está provado é que Stormy Daniels recebeu 130.000 dólares justo antes das eleições presidenciais de 2016, supostamente para não falar sobre o assunto, um pagamento que a Justiça do estado de Nova York suspeita que violou as normas que regem o financiamento das campanhas eleitorais, o que poderia provocar uma acusação criminal contra Trump.

Uma vez revelada a transação, em 2018, a atriz começou a percorrer estúdios de TV e pediu aos tribunais que cancelassem o acordo de confidencialidade que ela havia assinado.

- Cultura popular -

Há cinco anos, no programa "60 minutos", do canal CBS, Stormy Daniels disse que queria deixar as coisas claras. Em primeiro lugar, destacou que não era uma "vítima", e que, apesar de não ter se sentido atraída por Trump naquela noite em Nevada, a relação foi consentida.

A atriz também se referiu às promessas que Trump lhe havia feito sobre uma aparição em "O aprendiz", reality show que o milionário apresentava antes de chegar, em 2017, à Casa Branca. Segundo disse, sentia que Trump o fazia para mantê-la interessada nele.

"Não sou cega. Mas, ao mesmo tempo, poderia ser que funcionasse...", disse sobre a proposta, admitindo que pensou nele "como um negócio".

No enfrentamento público com o então presidente, Stormy Daniels não hesitou em responder, com uma sagacidade mordaz, a cada um dos golpes que ele aplicava no Twitter.

Desde que Trump afirmou que seria preso em relação ao pagamento a Stormy, a atriz redobrou suas estocadas, Assim voltou a usar o apelido com o qual se referia a Trump: "Tiny" (diminuto), em alusão a seu órgão sexual.

Se o assunto certamente converteu Stormy em "persona non grata" entre apoiadores de Trump, essa notoriedade não pareceu aborrecê-la. A estrela pornô, que se declarou republicana em 2010 e avaliou se candidatar ao Senado, não teve reservas em fazer uma esquete de si mesma no programa de TV "Saturday Night Live", ao lado de Alec Baldwin como Trump

Stormy Daniels, que tem uma filha, casou-se pela quarta vez no ano passado, com Barrett Blade, ator pornô.

Donald Trump foi acusado criminalmente na quinta-feira (30) por um tribunal do estado de Nova York, algo sem precedentes para um ex-presidente dos Estados Unidos e apenas o primeiro passo em uma longa jornada jurídica.

- O que aconteceu na quinta-feira? -

O tribunal de Nova York abriu uma investigação em 2018 sobre um suposto pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 666 mil) à estrela pornô Stormy Daniels, pouco antes da eleição presidencial de 2016, para esconder um suposto caso extraconjugal com Trump.

O valor não havia sido declarado nas contas de campanha do candidato republicano, violando as leis eleitorais, e foi registrado como "honorários legais" nos livros de sua empresa com sede em Nova York.

Em janeiro deste ano, o promotor democrata de Manhattan, Alvin Bragg, entregou o caso a um grande júri.

Nos Estados Unidos, o grande júri é formado por cidadãos escolhidos por sorteio que têm a responsabilidade de investigar em total sigilo para determinar se há provas suficientes para apresentar acusações formais contra um suspeito.

Depois de ouvir várias testemunhas, em meados de março o grande júri convidou Trump a depor, uma indicação de que estava quase concluindo seu trabalho.

O ex-presidente recusou e convocou seus apoiadores a se manifestarem contra uma futura "prisão".

Na quinta-feira, o grande júri se reuniu às 14h (15h no horário de Brasília) com a presença de três promotores encarregados do caso, segundo o The New York Times.

Após três horas de deliberação a portas fechadas, o júri se mostrou a favor de uma acusação, cujos detalhes ainda não são públicos.

- O que vai acontecer nos próximos dias? -

Na noite de quinta-feira, os promotores entraram em contato com os advogados de Trump para marcar uma data para que ele compareça ao tribunal de Nova York, onde será formalmente notificado da acusação.

Se ele se recusar a comparecer, pode ser preso e depois "extraditado" da Flórida, onde reside, para Nova York, já que cada estado tem seu próprio sistema judicial.

Nesse cenário, o governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, disse no Twitter que não cooperaria muito, apesar de a Constituição o proibir de se opor à transferência.

No entanto, de acordo com a imprensa americana, Donald Trump deve concordar em comparecer ao tribunal de Nova York, provavelmente no início da próxima semana.

"Ele será fotografado, suas impressões digitais serão registradas e Trump será apresentado a um juiz que lhe perguntará como ele pretende se defender: ele certamente dirá 'inocente'", explica Carl Tobias, professor de direito da Universidade de Richmond, Virgínia.

- E depois? -

Os advogados do ex-presidente devem travar uma batalha jurídica para tentar invalidar a acusação, talvez argumentando que a investigação foi incriminatória ou problema formal.

Se isso não acontecer, o curso normal da justiça prevê três cenários:

- Que as acusações sejam retiradas, algo relativamente frequente e que pode ocorrer com a chegada de um novo promotor. No entanto, é improvável que aconteça no caso de Trump, devido ao seu impacto.

- Que o réu chegue a um acordo com os promotores e concorde em se declarar culpado para evitar ir a julgamento e assim obter uma sentença mais leve. Isso é ainda menos provável, visto que Trump repete veementemente que não fez nada de errado.

- Que vá a julgamento. No entanto, deve primeiro seguir vários procedimentos e várias audiências preliminares devem ser realizadas. Mais uma vez, os advogados de Trump provavelmente usarão todas as estratégias possíveis para atrasar os termos.

- Isso o impede de se candidatar para um segundo mandato? -

Não. Nos Estados Unidos, uma pessoa acusada ou mesmo condenada por um crime pode concorrer a qualquer cargo e ser eleita.

Para servir como funcionário público, a Constituição estabelece apenas uma exceção: ter participado de uma "insurreição" ou de uma "rebelião" contra os Estados Unidos.

Trump, que anunciou a candidatura presidencial de 2024 em novembro do ano passado, também é alvo de uma investigação da Justiça federal por seu papel no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021, mas até este momento ele não foi acusado.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump denunciou na segunda-feira (27) que a investigação contra ele por supostamente comprar o silêncio de uma atriz pornô é uma forma de "interferência eleitoral", orquestrada por "bandidos", antes da eleição de 2024.

O republicano de 76 anos, candidato a um novo mandato presidencial, está sendo investigado no estado de Nova York pelo pagamento de 130.000 dólares em 2016 à atriz e diretora de filmes pornográficos Stormy Daniels.

Depois que a imprensa informou que ele pode ser o primeiro ex-presidente americano a sentar no banco dos réus, Trump afirmou em 18 de março em sua rede Truth Social que seria "detido" e levado a um tribunal em 21 de março.

Nada aconteceu até o momento, mas o país acompanha um possível indiciamento.

Em uma entrevista na segunda-feira ao canal conservador Fox News em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, Trump chamou de "fraude" a investigação do procurador de Manhattan Alvin Bragg.

"Acho que é uma maneira provocar uma trapaça nas eleições. É interferência eleitoral", disse o republicano, que insiste que a eleição de 2020 foi "roubada" pelo presidente democrata Joe Biden.

"Estamos lidando com pessoas desonestas, bandidos. São pessoas, acredito, que odeiam nosso país", denunciou o bilionário.

Bragg, um democrata eleito para o cargo por votação popular, formou o grande júri em janeiro, após uma investigação sobre os 130.000 dólares pagos a Stormy Daniels há mais de sete anos.

O pagamento aconteceu semanas antes das eleições de 2016, supostamente para evitar que a atriz divulgasse um relacionamento que afirma que teve com Trump anos antes.

Trump, que governou o país de 2017 a 2021, nega a suspeita e já chamou a investigação de "caça às bruxas".

Se o pagamento não foi registrado da maneira correta, o mesmo pode ser considerado uma contravenção por falsificação contábil, mas também pode ter violado a lei a lei de financiamento de campanha eleitoral, o que pode resultar em até quatro anos de prisão.

O grande júri do caso deve se reunir, a princípio, na quarta-feira. Se votar a favor do indiciamento, o procurador Bragg deve acatar e divulgar a acusação.

Nos dias seguintes, Trump teria então que "apresentar-se" ao tribunal de Manhattan para ser notificado da acusação por um juiz e ficaria "preso" por alguns minutos para ser fotografado e registrar as impressões digitais. Em seguida, ele deveria se declarar culpado ou inocente.

Donald Trump minimizou neste sábado (25) as investigações contra ele por supostos pagamentos indevidos, no início de sua campanha presidencial em Waco, Texas, cidade onde uma seita armada confrontou autoridades federais há 30 anos.

"O promotor distrital de Nova York, sob os auspícios e direção do 'departamento de injustiça' em Washington DC, estava me investigando por algo que não é crime, não é contravenção", disse o ex-presidente dos EUA a seus apoiadores, no Aeroporto Regional de Waco.

O ex-presidente garantiu recentemente que seria "preso" - fato que não aconteceu - no dia 21 de março em Nova York em um caso envolvendo o pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 687 mil) à atriz pornô Stormy Daniels, pouco antes das eleições presidenciais de 2016, supostamente para evite falar sobre uma suposta relação amorosa entre os dois.

Trump, que no sábado reiterou que concorrerá às eleições de 2024, nega as acusações.

O caso, nas mãos do Ministério Público, poderia ter violado as regras que regem o financiamento de campanhas eleitorais e levar a um processo criminal contra o ex-presidente de 76 anos, casado com Melania Trump.

Para o ex-presidente, é “uma caça às bruxas e uma falsa investigação atrás da outra”. Milhares vieram para vê-lo, mas não alcançou os 15.000 participantes que as autoridades locais haviam previsto.

Trump atacou os promotores que investigam casos contra ele, chamando-os de "escória humana" e "maníacos da esquerda radical".

Seus partidários chegaram a Waco pelo menos um dia antes em trailers, caminhonetes e carregando faixas com os dizeres "Trump 2024" e seu agora famoso slogan "Make America Great Again" nesta cidade de 130.000 habitantes ao sul de Dallas.

Outro outdoor diz que os democratas, seus rivais políticos, "são comunistas". Camisetas com os dizeres "Deus, armas, Trump em Waco, Texas" também foram vendidas fora do aeroporto.

Waco é o "epicentro do movimento patriota", disse Peter Christian, 55, membro do grupo religioso Ramo Davidiano, agora chamado de "The Lord Our Righteousness".

Este encontro dá ao republicano a chance de impulsionar sua campanha, enquanto nem todo o partido o apoia, embora várias pesquisas de opinião o apontem como o ganhador das primárias.

O bilionário insiste em falar de uma "fraude" nunca provada nas eleições presidenciais de 2020, quando foi derrotado pelo democrata Joe Biden.

Trump também viu parte da direita - particularmente seus doadores ricos - voltarem os olhares para um novo personagem, o governador da Flórida, Ron DeSantis, de 44 anos, que ainda não lançou sua candidatura, mas se alinha como um de seus maiores adversários na disputa pela indicação republicana em 2024.

Trump alertou no ano passado que DeSantis não se candidate, pois se o fizer, ameaçou revelar coisas sobre ele "pouco lisonjeiras".

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou neste sábado (18), em sua rede social Truth Social, que espera ser "preso" na próxima terça-feira (21) e convocou protestos, ante uma possível acusação de suborno pago a uma atriz pornô antes das eleições de 2016.

Referindo-se a um "vazamento" do escritório do procurador do estado de Nova York para o bairro de Manhattan, Trump, que pretende voltar a disputar a Casa Branca em 2024, escreveu em letras maiúsculas: "O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos Estados da América será preso na terça-feira da próxima semana. Protestem, recuperem nossa nação!".

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O ex-presidente americano Donald Trump postou, nesta sexta-feira (17), as primeiras mensagens em suas contas restabelecidas no Facebook e no YouTube, mais de dois anos após ter sido banido das plataformas por seu envolvimento na insurreição no Capitólio dos Estados Unidos.

"I'M BACK" ("ESTOU DE VOLTA"), escreveu Trump, ao lado de um vídeo de 12 segundos em que aparece discursando após vencer a eleição de 2016, e dizendo: "Desculpem fazê-los esperar. É um negócio complicado".

O republicano de 76 anos, que anunciou que tentará voltar à Casa Branca nas próximas eleições, tinha sido impossibilitado de postar para seus 34 milhões de seguidores no Facebook e 2,6 milhões de assinantes no YouTube.

As plataformas suspenderam Trump dias após a insurreição de 6 de janeiro de 2021, quando uma multidão de apoiadores do ex-presidente invadiu o Capitólio, em Washington, para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.

Trump foi suspenso por publicar conteúdo incitando os distúrbios, segundo as plataformas. O YouTube anunciou sua reintegração nesta sexta-feira, dois meses depois que o Facebook desbloqueou sua conta.

No Twitter, rede social na qual tem 87 milhões de seguidores, a conta de Trump também foi bloqueada após os tumultos. Em resposta, o ex-presidente criou a plataforma Truth Social, na qual é seguido por menos de cinco milhões de pessoas.

Ele não postou conteúdo no Instagram ou no Twitter desde sua reintegração.

O magnata passou semanas alegando sem provas que a eleição presidencial foi roubada. Posteriormente, ele foi acusado de incitar o motim.

"Mais furioso do que nunca", o ex-presidente americano Donald Trump voltou, neste sábado (28), aos comícios de campanha com a esperança de impulsionar sua candidatura à Casa Branca com um discurso no estado-chave de New Hampshire antes de viajar para a Carolina do Sul.

Dois meses e meio depois de anunciar sua candidatura às eleições de 2024, o ex-presidente americano abandonou os salões dourados de sua residência na Flórida para fazer visitas nada casuais.

New Hampshire e Carolina do Sul serão os primeiros estados a organizar as primárias republicanas no começo de 2024. Uma vitória ali daria a Trump um impulso valioso e necessário para o futuro.

"Precisamos de um líder que esteja preparado para enfrentar as forças que arrasam o nosso país", disse o bilionário diante de uma multidão de centenas de apoiadores na pequena cidade de Salem.

- "Sistema corrupto" -

Mas depois de dominar durante dois anos o "Grand Old Party", como o Partido Republicano é conhecido, Trump, de 76 anos, não pisará necessariamente em um terreno favorável.

Em New Hampshire, estado fronteiriço com o Canadá, muitos parlamentares locais culpam o ex-presidente por ter arruinado as chances dos republicanos nas eleições legislativas de meio de mandato em novembro passado, ao apoiar candidatos considerados radicais.

"Pessoalmente, acredito que ele perdeu muito de sua atratividade e sua aura", disse à AFP o parlamentar local Mike Bordes, que apoiou Trump nas eleições de 2020. Agora, diz estar "pronto (...) para considerar outras opções" para a indicação do candidato republicano à Presidência.

Trump voltou a dizer neste sábado (28) que foi roubado nas eleições presidenciais de 2020 e não abusou dos apelidos depreciativos para se referir a seus adversários.

Ele também promoveu seu histórico sobre segurança pública e imigração, e prometeu salvar o país "da destruição por parte de um sistema político corrupto, radical e egoísta".

"Hoje estou mais furioso e mais decidido do que nunca", disse.

- Reveses -

Na Carolina do Sul, Trump pode encontrar resistência, pois embora seja até agora o único republicano a anunciar sua candidatura, vários neste estado estão se preparando para se lançar no cenário eleitoral.

A começar pela ex-governadora Nikki Haley, que prometeu a seus apoiadores um anúncio muito em breve.

Além disso, vários dos principais doadores de Trump anunciaram publicamente que não vão apoiar sua candidatura e darão respaldo ao governador da Flórida, Ron DeSantis, estrela em ascensão do Partido Republicano, que tampouco lançou-se oficialmente à corrida eleitoral.

São reveses políticos para Trump, que já é alvo de várias investigações judiciais, que poderão ser o principal obstáculo para sua nomeação.

"São promotores radicais de esquerda que são pessoas absolutamente horríveis", disse Trump.

Apesar destes contratempos, seus apoiadores alertam contra um descarte rápido de sua viabilidade política. Sua queda foi anunciada mil vezes, mas até agora Trump sobreviveu a todos os escândalos.

O ex-presidente também poderia se beneficiar do cancelamento em breve da suspensão de suas contas no Facebook e no Instagram, encontrando nestas redes uma considerável caixa de ressonância.

A Meta anunciou nesta quarta-feira (25) que irá "encerrar a suspensão" das contas no Facebook e Instagram de Donald Trump, dois anos depois de o ex-presidente americano ter sido banido das plataformas após a invasão do Capitólio.

"O público precisa ouvir o que os políticos estão dizendo para tomar decisões", disse Nick Clegg, chefe de assuntos internacionais da Meta.

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"Mas isso não significa que não há limites para o que as pessoas podem dizer na nossa plataforma. Quando houver um risco de dano no mundo real, um risco alto que justifique uma intervenção da Meta no debate público, agiremos", acrescentou.

O ex-presidente Trump foi banido da rede social em 7 de janeiro de 2021, quando ainda estava no poder, por ter incentivado na véspera seus apoiadores durante o ataque ao Capitólio, em Washington, uma decisão sem precedentes que foi imitada na época pelas outras principais redes sociais, incluindo o Twitter.

Em junho de 2021, o Facebook decidiu que a exclusão da conta seria por dois anos, e que o bilionário republicano poderia voltar quando "os riscos para a segurança pública" tivessem "desaparecido".

A suspensão "nunca mais deve acontecer com um presidente em exercício ou com qualquer pessoa que não mereça punições!", reagiu Trump em sua conta na Truth Social, a rede social que lançou no ano passado.

Na semana passada, o ex-presidente pediu oficialmente a reativação de sua conta no Facebook.

Seu advogado enviou uma carta ao fundador e presidente da Meta, Mark Zuckerberg, pedindo-lhe para não "reduzir um candidato presidencial ao silêncio".

Trump já havia sido readmitido no Twitter em 19 de novembro de 2022, quatro dias depois de oficializar sua candidatura às eleições presidenciais de 2024.

No entanto, ele ainda não publica mensagens em sua conta e se comunica principalmente por meio de sua própria plataforma, a Truth Social.

O ex-presidente americano Donald Trump confundiu em uma foto a jornalista E. Jean Carroll, que o acusa de estupro na década de 1990, com sua ex-esposa Marla Maples, segundo um documento judicial de uma declaração apresentada em outubro.

Trump, de 76 anos, comparecerá em 10 de abril perante um tribunal de Nova York para enfrentar acusações por difamação e estupro apresentadas por Carroll, de 79 anos, que alega ter sido violentada pelo magnata no provador de uma loja de departamentos em 1995 ou 1996.

O duplo processo civil por suposta difamação e estupro coloca Carroll - ex-colunista da revista Elle - contra o magnata do setor imobiliário e ex-presidente dos EUA (2017-2021) na justiça federal desde 2019.

Carroll processou Trump por difamação em novembro de 2019 após o ex-presidente classificar as acusações de estupro de "mentira completa" em junho do mesmo ano.

As duas partes apresentaram suas declarações juramentadas em outubro passado.

Durante seu depoimento em 19 de outubro, realizado vritualmente e tornado público esta semana, Trump reafirmou sua linha de defesa: "Vou dizer isso com o maior respeito: primeiro, ela não é meu tipo; segundo, (o estupro) não aconteceu".

Mas, quando apresentado a uma foto sua com Carroll em uma recepção de 1990, Trump respondeu: "Essa é Marla, essa é minha esposa", antes de ser corrigido pela própria advogada, Alina Habba.

Donald Trump foi casado de 1993 a 1999 com a atriz Marla Maples, de 59 anos, e conheceu a atual esposa, Melania, em 1998.

Donald Trump está pedindo ao Facebook que reative sua conta na rede social, desativada há dois anos, informaram assessores do ex-presidente americano nesta quarta-feira (18), enquanto ele se prepara para sua terceira candidatura à Casa Branca pelo Partido Republicano.

O advogado de Trump, Scott Gast, disse em carta à Meta, controladora do Facebook, obtida pela AFP, que a proibição "distorceu e inibiu drasticamente o discurso público". Ele pediu uma reunião para discutir o retorno de Trump à plataforma, onde o ex-presidente tinha 34 milhões de seguidores, argumentando que sua condição de principal candidato à indicação republicana para as eleições presidenciais de 2024 justifica o fim da proibição.

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O Facebook baniu Trump da rede social em 7 de janeiro de 2021, um dia após a invasão de apoiadores do ex-presidente ao Capitólio, em Washington.

"Acreditamos que uma proibição contínua constituiria basicamente um esforço deliberado de uma empresa privada para silenciar a voz política do sr. Trump", argumentou Gast.

Um comitê especial do Congresso americano recomendou em dezembro passado que Trump seja processado por seu papel nos incidentes de violência no Capitólio.

A conta de Trump no Twitter, que tem 88 milhões de seguidores, também foi bloqueada após a invasão, fazendo com que o ex-presidente, 76, passasse a se comunicar com seus apoiadores por meio de sua própria plataforma, Truth Social, onde ele conta com menos de 5 milhões de seguidores.

O Facebook, com sede na Califórnia, havia indicado que revisaria a proibição contra Trump em 7 de janeiro, dois anos após a punição. "Anunciaremos uma decisão nas próximas semanas, de acordo com o processo que apresentamos", informou a empresa à AFP nesta quarta-feira.

Com a derrota nas eleições de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não entregar a faixa presidencial ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PL). Além disso, ele vai passar férias no resort de luxo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida.

Bolsonaro não pretende estar no Brasil no dia da posse, e está com viagem marcada para a quarta-feira (28), e pretende passar uma temporada de dois meses no País. 

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A propriedade do resort foi comprada por Trump em 1985, por US$ 10 milhões de dólares. O local tem 6 estrelas e é um marco histórico nacional em Palm Beach, localizado numa ilha. Com 126 quartos, 5.810 m², clube exclusivo para membros com quartos de hóspedes, spa, piscina, vista para o mar, salas de banho com lavatórios forrados a ouro, restaurantes, quadras de tênis, campos de golfe e ginásios, a diária do resort custa R$ 10 mil por pessoa. 

Donald Trump não deveria poder voltar a ocupar cargos públicos após o papel que desempenhou na invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, no ano passado, concluiu um relatório do comitê legislativo que investigou o fato.

A recomendação encabeça uma lista de propostas do documento de 845 páginas, destinado a garantir que não se repita o motim mortal pelo qual o comitê acusa o ex-presidente de orquestrar, em uma tentativa frustrada de se manter no poder após as eleições de 2020.

"Nosso país foi longe demais para permitir que um presidente derrotado se transforme em um tirano exitoso, transtornando nossas instituições democráticas (e) fomentando a violência", diz o presidente do painel, Bennie Thompson, na introdução do relatório publicado na noite de quinta-feira.

O documento recomenda legislar para que Trump e outros que "participaram da insurreição" não possam ocupar cargos públicos, "sejam federais ou estaduais, civis ou militares".

Trump anunciou que tem a intenção de se candidatar novamente para a Casa Branca em 2024.

O relatório foi a conclusão de 18 meses de trabalho dos investigadores do Congresso, que ouviram mais de 1.000 testemunhas para estabelecer a causa principal do ataque, pelo qual culparam diretamente o bilionário republicano.

O comitê - integrado por sete democratas e dois republicanos - também recomendou reformas na lei eleitoral, uma ofensiva federal aos grupos extremistas e a designação da certificação pelo Congresso das eleições presidenciais como um "evento especial de segurança nacional", como o discurso anual do Estado da União.

O partido do ex-presidente se opôs a cada passo da investigação e a mudança legislativa de janeiro, quando os republicanos terão maioria, gera dúvidas sobre a possibilidade de as recomendações serem adotadas.

Trump denuncia uma "caça às bruxas" tanto neste caso quanto em outras investigações penais e cíveis sobre suas práticas comerciais e seus esforços por anular sua derrota eleitoral no estado da Geórgia.

Em sua última reunião pública na segunda-feira, o painel recomendou ao Departamento de Justiça apresentar acusações penais contra Trump por quatro possíveis crimes: obstrução da justiça, conspiração para fraudar os Estados Unidos, declarações falsas ao governo e incitar à insurreição.

O painel começou a apresentar evidências ao procurador independente Jack Smith, que supervisiona as investigações federais sobre o papel de Trump nos distúrbios e sua gestão dos documentos governamentais sigilosos, armazenados indevidamente em sua casa na Flórida.

Após uma investigação de 18 meses sobre a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos no ano passado, os legisladores da comissão de inquérito votam nesta segunda-feira (19) se recomendam acusações criminais contra o ex-presidente Donald Trump e alguns de seus colaboradores mais próximos.

A comissão da Câmara de Representantes entrevistou mais de mil testemunhas e fez audiências públicas explosivas sobre o ocorrido em 6 de janeiro de 2021 e sobre a responsabilidade por esses acontecimentos.

Formado por sete democratas e por dois republicanos, o painel se reunirá às 13h locais (15h em Brasília) para apresentar suas conclusões sobre a investigação do ataque. No episódio, simpatizantes de Trump ocuparam violentamente o Capitólio, sob as falsas alegações de que a eleição presidencial de 2020 foi roubada por Joe Biden.

Os distúrbios deixaram pelo menos cinco mortos e 140 policiais feridos. Cerca de 900 pessoas foram detidas em conexão com a violência que chocou o país e o mundo.

O painel decidirá se recomenda, ou não, que o Departamento de Justiça (DoJ) apresente acusações contra Trump por pelo menos três crimes, de acordo com relatos da imprensa americana. O republicano já é pré-candidato para a corrida presidencial de 2024.

As acusações podem ser por incitação à insurreição, obstrução de um processo oficial do governo e conspiração para fraudar o governo dos EUA, informou a NBC News no domingo (18).

Os representantes não podem autorizar acusações, mas podem recomendar o DoJ a fazer isso. O Departamento já nomeou um procurador especial para investigar o papel de Trump nos distúrbios do Capitólio e seus esforços para derrubar a eleição de 2020.

A votação, amplamente simbólica, não é vinculante, e a decisão caberá ao procurador-geral dos EUA, Merrick Garland. As três acusações que estão sendo consideradas podem resultar na prisão e na inelegibilidade de Trump, que ainda exerce forte influência no Partido Republicano.

"Acho que a evidência está aí. Donald Trump cometeu crimes relacionados a seus esforços para anular a eleição", disse o ex-procurador dos EUA Adam Schiff, representante democrata e membro do comitê de investigação, à CNN.

A Comissão também pode fazer recomendações legislativas para proteger o processo de certificação dos resultados eleitorais. Seu relatório final será publicado na quarta-feira (21).

- 'Democratas, desajustados e valentões' -

Schiff não revelou detalhes sobre as possíveis vinculações criminais contra Trump, nem qual será seu próprio voto. Mas, referindo-se ao ex-presidente no programa "State of the Union" da CNN, afirmou: "Acho que o presidente violou várias leis criminais. E acho que ele tem de ser tratado como qualquer outro americano que infringe a lei, e é isso. Tem de ser processado".

Trump diminuiu, repetidamente, a trabalho do painel da Câmara de Representantes em sua plataforma on-line, a Truth Social, chamando seus membros de "democratas, desajustados e bandidos".

O ex-presidente defende o discurso feito antes dos tumultos de 6 de janeiro e outras de suas ações nesse dia como "suaves e carinhosas". Na data, convocou seus apoiadores a "lutarem como loucos".

Donald Trump anunciou na terça-feira (15) sua pré-candidatura à Casa Branca, estabelecendo a base de uma campanha pela indicação republicana que promete ser implacável no campo conservador, magoado e dividido pela decepção das recentes eleições de meio de mandato.

Estados Unidos estão "de volta", afirmou o ex-presidente de 76 anos a centenas de simpatizantes reunidos em um salão decorado com a bandeira dos Estados Unidos em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

"Para fazer que Estados Unidos volte a ser grande e glorioso, eu anuncio esta noite minha candidatura à presidência", disse Trump, minutos depois de entregar o documento oficial à autoridade eleitoral do país.

O anúncio precoce da pré-candidatra de Trump é considerado uma tentativa de ficar à frente de outros republicanos e evitar possíveis acusações criminais por investigações das quais ele é objeto.

Em um discurso de uma hora, Trump elogiou e, em muitos momentos exagerou, suas conquistas como o 45º presidente da história dos Estados Unidos e atacou o democrata Joe Biden, que o derrotou em 2020.

"Vou garantir que Joe Biden não consiga mais quatro anos", prometeu Trump, enquanto o presidente respondeu no Twitter: "Donald Trump falhou com os Estados Unidos".

Trump anunciou a pré-candidatura com várias desvantagens potenciais.

Ele é alvo de diversas investigações por sua conduta antes, durante e depois do mandato como presidente, o que pode resultar em sua inelegibilidade

Ele é investigado por suposta fraude nas empresas da família, por seu papel no ataque de seus simpatizantes ao Capitólio em janeiro de 2021, por sua tentativa de anular as eleições de 2020 e por ocultar documentos confidenciais em Mar-a-Lago.

Os republicanos tentam superar as feridas provocadas pelas eleições de meio de mandato. Alguns estão convencidos de que não conseguiram resultados melhores devido ao fracasso de candidatos apoiados por Trump.

Alguns se perguntam se Trump, com seu estilo de fazer política e seus problemas jurídicos, é a pessoa certa para representar o partido em 2024.

Ele tem vários rivais de peso para as primárias de 2024, em particular o governador da Flórida, Ron DeSantis, que obteve uma vitória contundente em sua reeleição na votação de 8 de novembro.

- "Nação em declínio" -

Além disso, o poderoso império midiático de Rupert Murdoch parece ter abandonado Trump, chamado de "perdedor" após as eleições de meio de mandato.

Também tem problemas com o Facebook e o Twitter, redes sociais que foram fundamentais em sua impressionante ascensão política.

No discurso na terça-feira, Trump atacou Biden pelos temas inflação, crime e imigração, ironizou a mudança climática e afirmou que seu governo derrotou o Estado Islâmico, manteve a Coreia do Norte sob controle e construiu um muro na fronteira com o México.

"Sob nossa liderança, éramos uma nação grande e gloriosa. Mas agora somos uma nação em declínio", disse. "Esta não é apenas uma campanha, é uma cruzada para salvar nosso país".

"Em dois anos, a administração Biden destruiu a economia americana", afirmou. "Com uma vitória, nós voltaremos a construir a melhor economia da história".

Também denunciou as "ruas ensanguentadas" das grandes cidades pelos "crimes violentos" e prometeu "restaurar e garantir a segurança nas fronteiras".

Biden, 79 anos, tem a intenção de disputar a reeleição, mas só deve tomar uma decisão em 2023.

Antes das eleições de meio de mandato, Trump condicionou seu apoio aos candidatos caso negassem os resultados da votação de 2020.

Mas uma série de derrotas dos aliados mais leais de Trump minou seu impulso para terça-feira.

Os republicanos fracassaram na tentativa de tomar o controle do Senado dos democratas e, embora estejam prestes a controlar a Câmara de Representantes, será uma pequena maioria.

Ainda assim, apesar de ter sido abandonado por vários doadores republicanos importantes, Trump já arrecadou 100 milhões de dólares.

No momento, DeSantis parece o principal rival de Trump no Partido Republicano, uma disputa que também pode incluir o ex-vice-presidente Mike Pence, o senador do Texas Ted Cruz, o governador da Virginia Glenn Youngkin, o ex-secretário de Estado Mike Pompeo e a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley.

Donald Trump deve anunciar, nesta terça-feira (15), sua candidatura para a eleição presidencial de 2024, ignorando os apelos de dentro do Partido Republicano para que volte atrás devido ao mau desempenho dos candidatos leais ao magnata nas eleições de meio de mandato.

O bilionário republicano prometeu um "grande anúncio" em sua luxuosa residência em Mar-a-Lago, na Flórida, às 21h de terça-feira (23h, no horário de Brasília).

Seu assessor Jason Miller prometeu uma declaração "muito profissional, muito formal", embora seja esperado que o ex-presidente esteja cercado por um grupo de apoiadores "com cartazes".

Mas Trump é imprevisível e pode mudar de ideia no último minuto.

Adiar o anúncio, como sugerido por alguns de seus assessores, seria complicado, considerando que ele já se gabou de que é "talvez o discurso mais importante já feito na história dos Estados Unidos".

Trump deixou Washington depois que seus apoiadores invadiram o Capitólio. Mas optou por permanecer na arena política e continuar arrecadando fundos e realizando comícios em todo o país.

Antes das eleições de meio de mandato de 8 de novembro, Trump parecia determinado a aproveitar a derrota prevista para os democratas e o sucesso esmagador dos republicanos para voltar triunfante.

Mas a onda vermelha, a cor dos republicanos, com a qual os conservadores contavam, não aconteceu.

Os democratas mantêm o controle do Senado e, embora os republicanos provavelmente recuperem o controle da Câmara dos Representantes, será por uma margem menor do que pensavam.

Esses resultados decepcionantes, especialmente os de alguns dos candidatos apoiados por Trump, obscurecem seus planos presidenciais. Vozes republicanas influentes pediram inclusive que ele se afastasse da liderança do partido.

- Duelo na Flórida? -

Parte dos conservadores aposta em outro possível candidato à Casa Branca: o governador da Flórida, Ron DeSantis, de 44 anos.

A nova estrela da extrema-direita saiu fortalecida das eleições de meio de mandato e alertou que sua luta está "apenas começando".

No momento, Trump mantém uma popularidade inegável entre a base e as pesquisas continuam a mostrá-lo como o vencedor nas primárias republicanas.

Mas os inúmeros problemas legais do ex-presidente ameaçam sua volta à Presidência americana.

Trump é alvo de várias investigações por seu papel no ataque à sede do Congresso, em 6 de janeiro de 2021, e por sua gestão dos arquivos da Casa Branca, entre outros.

Mas ele, seguindo seu "instinto", como sempre, sabe que até agora sobreviveu a todos os escândalos e ainda está de pé, apesar das inúmeras vezes em que o deram por derrotado.

O ex-presidente Donald Trump deve anunciar, nesta terça-feira (15), uma nova candidatura à presidência dos Estados Unidos, ignorando os apelos de dentro do Partido Republicano para que volte atrás devido ao mau desempenho dos candidatos leais ao magnata nas eleições de meio de mandato.

O bilionário de 76 anos convocou a imprensa a comparecer à sua mansão da Flórida para um "grande anúncio" às 21h de terça-feira (23h em Brasília).

"O presidente Trump vai anunciar na terça-feira que será candidato a presidente", disse Jason Miller, um de seus assessores, que previu que seu discurso será "muito profissional, muito formal".

- Sem 'onda vermelha' -

Na campanha para as eleições de meio de mandato da última terça, nas quais se previa uma derrota dos democratas, Trump tornou a negação dos resultados das eleições de 2020 uma espécie de prova de fogo para que os candidatos obtivessem o seu apoio.

Mas as previsões de uma "onda vermelha" republicana não se materializaram, pois não conseguiram maioria no Senado e na Câmara dos Representantes, onde ainda há apuração, espera-se que os republicanos consigam uma maioria ínfima.

Esses resultados encorajaram os opositores republicanos de Trump e minaram a maior parte de seu impulso político.

- Trump dobra a aposta -

A resposta de Trump foi dobrar a aposta em suas afirmações infundadas de fraude eleitoral nas eleições de meio de mandato. Ele disse em sua plataforma Truth Social que os resultados foram um "escândalo" e responsabilizou o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, pelo mau desempenho.

"É culpa de Mitch McConnell", atacou Trump, ao acrescentar que o senador de Kentucky havia alocado mal os recursos da campanha e seguiu uma agenda legislativa defeituosa.

"Ele arruinou as 'midterms' e todos o desprezam", acrescentou Trump, que está em rota de colisão com McConnell há muito tempo.

O anúncio de amanhã é considerado por muitos como uma forma de minar o apoio a possíveis rivais nas prévias republicanas, como Ron DeSantis, o governador da Flórida reeleito por ampla margem e estrela em ascensão do partido, que também ganhou o apoio do império midiático conservador de Rupert Murdoch.

Uma nova candidatura de Trump à Casa Branca também poderia ser obstaculizada pelas múltiplas investigações judiciais contra o magnata, o que poderia resultar em sua desabilitação política.

Entre elas estão acusações de fraude contra sua empresa familiar, sobre o seu papel no ataque de 6 de janeiro contra o Capitólio e a respeito do manejo inadequado de documentos classificados em sua residência particular da Flórida, que foi alvo de diligências do FBI em agosto.

Mas o ex-presidente não é um novato no que diz respeito a escândalos e sobreviveu a dois procedimentos de impeachment no Congresso.

As eleições de 2024 também poderiam ser uma repetição das de 2020, já que Biden reiterou na quarta-feira que tem a intenção de concorrer à reeleição, mas esclareceu que apenas tomará uma decisão final em 2023.

Apesar dos resultados sólidos das eleições de meio mandato, alguns democratas pedem que Biden não tente a reeleição por sua idade avançada e falta popularidade.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu votos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, no domingo (30). Ele disse, ainda, na sua rede social, Truth Social, que Lula (PT), a quem apelida de “Lulu”, é “lunático”. 

“No domingo, vote no presidente Jair Bolsonaro - ele nunca vai te decepcionar”, escreveu. Trump descreve Bolsonaro como “um grande e respeitado líder, que também é um grande cara com um grande coração”. 

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“Seu oponente, ‘Lulu’, é um lunático da esquerda radical que destruirá rapidamente o seu País e todo tremendo progresso que foi feito sob o presidente Bolsonaro, inclusive tornar o Brasil um País respeitado novamente”, acrescentou o ex-presidente americano. 

A Trump Organization, empresa familiar do ex-presidente americano Donald Trump, senta-se, a partir desta segunda-feira (24), no banco dos réus do estado de Nova York por fraude e evasão fiscal, acusações que podem gerar multas de até US$ 1,6 milhão.

O julgamento começa na Suprema Corte do estado de Nova York, em Manhattan, com a seleção do júri.

Este processo criminal é resultado de uma investigação do Ministério Público de Nova York sobre supostas irregularidades nas contas da empresa desde 2005, assim como de seus executivos, que receberam bônus salariais omitidos do Tesouro.

Allen Weisselberg, ex-diretor financeiro da Trump Organization e próximo de Donald Trump, declarou-se culpado em 18 de agosto de 15 acusações de fraude e de evasão de impostos sobre US$ 1,76 milhão em renda não declarada entre 2005 e 2021.

O ex-executivo de 75 anos, que trabalhava para os Trump desde 1973, será uma das principais testemunhas no julgamento da empresa. Com negócios imobiliários, hotéis e campos de golfe em todo mundo, a organização é, hoje, dirigida por dois dos filhos do ex-presidente - Donald Trump Jr. e Eric Trump -, assim como suas duas subsidiárias, Trump Corporation e Trump Payroll.

Weisselberg, que até agora se recusava a depor contra Donald Trump, vinculou a Trump Organization, diretamente, a "uma ampla gama de atividades criminosas".

De acordo com a acusação apresentada em 1º de julho de 2021, ele foi um dos executivos que "receberam parcelas substanciais de sua renda de forma indireta e secreta".

Após o acordo estabelecido com o Ministério Público, o ex-executivo, que antes de ser diretor financeiro foi contador e controlador da empresa, pagará US$ 2 milhões de ressarcimento e pode ser condenado a cinco meses de prisão.

Sob sua supervisão, a empresa da família Trump, que se declarou inocente, é acusada de ter mantido duas contas paralelas para esconder os benefícios que ele e outros executivos recebiam como complemento salarial.

Donald Trump não é pessoalmente acusado neste caso, mas é alvo, junto com três de seus filhos mais velhos, de outra investigação civil lançada pela procuradora de Nova York, a democrata Leticia James. Ela acusa-os de mentirem para o Tesouro, para credores e para seguradoras, em um esquema que subvalorizou o valor de suas propriedades para enriquecer.

A acusação pede a imposição de US$ 250 milhões em multas ao ex-presidente, que sua família seja impedida de realizar negócios no estado e que seus filhos Donald Trump Jr., Eric Trump e Ivanka Trump sejam impedidos de comprar imóveis no estado por um período de cinco anos.

Donald Trump prestou depoimento nesta quarta-feira (19) em um caso de difamação aberto em 2019 pela ex-jornalista E. Jean Carroll, que acusa o ex-presidente americano de tê-la estuprado na década de 1990.

Em 12 de outubro, um juiz do tribunal federal de Manhattan desconsiderou um pedido de Trump para adiar seu depoimento à Justiça, depois de passar três anos apresentando recursos contra essa acusação.

Na quarta-feira passada, o juiz nova-iorquino Lewis Kaplan intimou Caroll, de 78 anos, e Trump, de 76, para prestarem depoimentos nos dias 14 e 19 de outubro, respectivamente.

"Estamos satisfeitos de que, em nome de nossa cliente, E. Jean Carroll, pudemos receber hoje o depoimento de Donald Trump", indicou, em um e-mail enviado à AFP, o escritório de advogados Kaplan Hecker and Fink, que representa Carroll, sem dar mais detalhes.

Segundo o jornal The New York Times, o depoimento do ex-presidente foi feito por videochamada em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida. Por outro lado, não há informações sobre se Carroll depôs ao tribunal na última sexta-feira.

Neste caso de difamação, E. Jean Carroll, ex-colunista da revista Elle, apresentou um processo contra Trump na Justiça civil de Nova York em novembro de 2019.

A mulher acusa o ex-presidente de tê-la difamado ao tachar de "mentira total", em junho de 2019, a acusação de estupro em um provador de uma das grandes lojas de departamento em Nova York em meados dos anos 1990.

O então presidente republicano disse que não conhecia Carroll e que ela tampouco fazia "o seu tipo".

As dúvidas sobre se Trump deveria ser representado pelo governo americano no julgamento, pois ele era presidente no momento em que fez essas declarações, atrasaram as diligências processuais.

De acordo com vários veículos de imprensa dos Estados Unidos, os advogados do ex-presidente sempre afirmaram que seu cliente estava protegido por sua imunidade, em particular no que diz respeito às declarações difamatórias que ele teria feito durante o seu mandato.

Contudo, o veículo digital Vice News afirma que o bilionário republicano zombou das acusações de estupro de Carroll no dia 12 de outubro em sua rede social, a Truth Social.

Nesse sentido, e de acordo com advogados citados pelo Vice News, a demandante poderia alegar que Trump a difamou outra vez, agora como um simples cidadão.

Na semana passada, o juiz Kaplan indicou que Carroll poderia reivindicar o pagamento de uma indenização a Trump pelo suposto estupro a partir de 24 de novembro, assim que entrar em vigor uma lei do estado de Nova York que permite apresentar demandas civis independentemente dos prazos de prescrição.

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