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Um grupo de quatro acionistas minoritários da OGX entrou nesta quinta-feira (5), com ação cível contra o empresário Eike Batista na Justiça Federal do Rio. Na petição inicial, Márcio de Melo Lobo, Henrique Nunes, Mauricio Nahas e Toth Brondi pedem ressarcimento por perdas devido a informações supostamente inidôneas prestadas pelo controlador da companhia. A petição inicial e seus anexos, com um relatório feito pelos acionistas, tem mais de 400 páginas.

"Tenho 30 anos de mercado de capitais, mas perdi totalmente a confiança para investir na Bolsa. Vamos tentar mostrar ao juiz o tamanho do prejuízo e buscar ressarcimento. Vemos políticos sendo condenados, mas nunca vimos o presidente de uma grande companhia ser responsabilizado por má-gestão", diz Henrique Nunes.

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Além de Eike, são réus na ação o pai do empresário, Eliezer Batista, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Eliezer é acusado, na qualidade de conselheiro, de ter sido omisso na fiscalização das informações prestadas ao mercado. Já a CVM, xerife do mercado de capitais, é acusada pelos minoritários de ter sido negligente na fiscalização da companhia e na prestação de informações pelo controlador da OGX, Eike Batista.

O prejuízo calculado com base no valor de compra das ações e da atual cotação dos papéis, hoje valendo centavos, supera os R$ 3 milhões. Os autores, entretanto, pedem na ação que a Justiça calcule o valor das perdas. A ação também menciona violações à Lei das S.A., como manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas.

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a tramitação por dependência da recuperação judicial de OSX e OGX. A liminar foi concedida em um recurso da espanhola Acciona, uma das principais credoras da empresa de construção naval do grupo X, com uma dívida de R$ 300 milhões. Atualmente os dois processos correm na 4ª Vara Empresarial do Rio.

Na prática, a medida paralisaria o processo de recuperação judicial da OSX até o julgamento do mérito do recurso em que a Acciona pede a separação dos processos. Mas o desembargador Gilberto Guarino, da 14ª Câmara Cível, entendeu que isso poderia agravar a crise financeira da empresa de construção naval e causar mais prejuízos aos credores.

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Assim, permitiu que o juiz da 4ª Vara Empresarial, Gilberto Clovis Matos, continue tomando medidas "necessárias e urgentes" que evitem o total congelamento da recuperação. É possível, entretanto, que a análise dos pedidos de impugnação de créditos na recuperação judicial da OSX fiquem parados. Isso pode significar um atraso na entrega do plano de pagamento da empresa aos credores.

Redistribuição - Caso o desembargador julgue o recurso da Acciona procedente em sua decisão final, o processo de recuperação da empresa OSX será redistribuído para outra vara empresarial. O novo juiz vai analisar o processo do zero e provavelmente indicar outro administrador judicial para a empresa. Por enquanto a Deloitte foi designada para atuar nas recuperações de OGX e OSX.

O desembargador levou em conta que os grupos são conglomerados distintos, com ativos, dívidas e credores independentes. O reflexo da crise econômica da OGX sobre a OSX não seria argumento suficiente para gerar a conexão entre os processos. Para ele não há risco de decisões conflitantes caso as recuperações judiciais corram em separado.

Assessorada pelo escritório Antonelli & Associados, a Acciona alegou no pedido de liminar que os processos não devem ser acompanhados pelo mesmo juiz porque os grupos têm situações financeiras distintas - a OSX teria mais chances de se recuperar da crise - e interesses conflitantes.

A análise é de que a reunião dos casos poderia prejudicar os credores da OSX. A empresa é uma das maiores credoras da petroleira, mas não há consenso quanto ao valor devido. Na lista de credores da OGX aparece uma dívida de R$ 2,4 bilhões, mas que pode superar os R$ 3 bilhões segundo fontes.

Quando encaminharam o pedido de recuperação judicial da OSX - que incluiu a OSX Brasil, a OSX Construção Naval e a OSX Serviços Operacionais Ltda - os advogados da companhia de Eike Batista pediram que o processo fosse enviado à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida da recuperação judicial da OGX. Segundo eles, embora sejam independentes, as empresas de construção naval e de petróleo sempre atuaram de forma integrada. Também destacam a posição relevante da OSX na lista de credores da OGX. O pedido de distribuição conjunta havia sido deferido em 19 de novembro e a recuperação judicial, no dia 25.

A MMX Mineração e Metálicos, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou na noite desta sexta-feira, 29, que registrou prejuízo líquido de R$ 1,206 bilhão no terceiro trimestre de 2013, aumento de 1.106% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado negativo foi de R$ 100,114 milhões. Em relação ao segundo trimestre deste ano, quando foi verificada perda de R$ 451,169 milhões, o prejuízo de julho a setembro deste ano cresceu 168%.

Segundo a companhia, os principais eventos que contribuíram para esse resultado foram o impacto negativo por conta do reconhecimento de multa e "take or pay" com a Usiminas no valor de R$ 113,4 milhões; o impacto negativo no valor de R$ 79,2 milhões relativos ao ajuste a valor presente da expectativa do fluxo de pagamento dos royalties aos detentores dos títulos de remuneração variável; e o impacto negativo por conta do reconhecimento de redução do valor recuperável dos ativos de Serra Azul e direitos minerários de Bom Sucesso no valor total de R$ 913 milhões.

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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado no terceiro trimestre deste ano ficou negativo em R$ 983,280 milhões, ante Ebitda positivo de R$ 40,711 milhões em igual etapa de 2012. No critério ajustado, o Ebitda ficou negativo em R$ 69,780 milhões, ante número positivo de R$ 47,097 milhões na comparação anual.

O conselho de administração da OSX Brasil elegeu, nesta terça-feira (26), Euchério Lerner Rodrigues para o cargo de diretor-presidente da companhia, no lugar de Ivo Dworschak Filho, que renunciou. Dworschak Filho havia sido eleito para a função no último dia 8 de novembro. Foi eleito ainda para o cargo de diretor financeiro e de Relações com Investidores Cláudio Antonio da Silva Zuicker, que substituirá Luiz Guilherme Esteves Marques, que também renunciou nesta terça-feira.

A OSX, braço de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, teve seu pedido de recuperação judicial aprovado nesta segunda-feira pela Justiça. Também ontem, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,841 bilhão no terceiro trimestre de 2013. O balanço do trimestre passado foi divulgado dez dias após o encerramento do período estipulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que se encerrou em 15 de novembro.

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A OSX Brasil, empresa de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, registrou prejuízo líquido de R$ 1,841 bilhão no terceiro trimestre de 2013, revertendo o lucro líquido de R$ 6,9 milhões verificado no mesmo período em 2012. No segundo trimestre deste ano, a companhia, cujo pedido de recuperação judicial foi aceito, nesta segunda-feira (250, pela Justiça, teve prejuízo de R$ 152,7 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da OSX entre julho e setembro deste ano ficou negativo em R$ 1,839 bilhão. No terceiro trimestre do ano passado, o Ebitda ficou positivo em R$ 76,5 milhões e, no segundo trimestre de 2013, negativo em R$ 100,2 milhões.

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A receita líquida da companhia somou R$ 151,9 milhões no trimestre passado, 88,9% maior do que em igual intervalo de 2012 (R$ 80,4 milhões), mas 19,41% abaixo da registrada no segundo trimestre deste ano (R$ 188,5 milhões). Ainda conforme a apresentação dos resultados, o endividamento consolidado da OSX ao final do terceiro trimestre era de R$ 4,8 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão referentes à Unidade de Construção Naval (UCN) Açu, R$ 648 milhões ao FPSO OSX-1, R$ 1,2 bilhão ao FPSO OSX-2, R$ 1,1 bilhão ao FPSO OSX-3 e R$ 201 milhões em outros financiamentos.

A Justiça do Rio deferiu o pedido de recuperação judicial da OSX, empresa de construção naval de Eike Batista. O pedido foi apresentado a 4ª Vara Empresarial do Rio no último dia 11. Na decisão, o juiz Gilberto Clovis Farias Matos acatou o pedido de vinculação à recuperação judicial da OGX em função da "posição creditícia extremamente relevante" entre as duas empresas irmãs fruto de contratos de locação e construção de plataformas de exploração de petróleo.

O juiz determinou que a empresa apresente em seis meses um plano de recuperação judicial, independente da OGX, ainda que os processos sejam "interdependentes". Em sua argumentação, Matos afirmou que os pedidos devem ser avaliados separadamente pelos credores e com "absoluto respeito à autonomia patrimonial de cada sociedade". Até a apresentação, a dívida da empresa, estimada em mais de R$ 4,5 bilhões, fica congelada. Também ficam suspensas as ações de execução de dívida, movidas por fornecedores.

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O juiz indicou ainda a empresa Delloite Touche Tohmatsu como administradora judicial da empresa. A consultoria terá 24h para apresentar proposta para os honorários que serão avaliados pela empresa no prazo máximo de um dia. Matos inclui no processo também as subsidiárias e afirma que a atuação das empresas "abrangem um nicho de mercado com pesados investimentos de credores internacionais, centenas de empregos, fornecedores de produtos e prestadores de serviços" considerados de "enorme relevância" para a sociedade.

A OSX Brasil, empresa de construção naval do Grupo EBX, que pediu recuperação judicial, comunicou nesta terça-feira, 19, que foi informada pelo Banco Votorantim que o banco honrou a carta de fiança encaminhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) relacionada à execução da garantia bancária para o empréstimo-ponte contratado pela subsidiária OSX Construção Naval (OSX CN). A informação foi adiantada na segunda-feira (18), pela Agência Estado.

O empréstimo-ponte foi contratado em dezembro de 2011 para o financiamento da construção da UCN Açu no valor de R$ 427,8 milhões (equivalente a US$ 227,96 milhões). O valor atual da dívida era de R$ 548 milhões.

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Conforme o fato relevante, no início de novembro a OSX CN firmou com o Votorantim um acordo de standstill válido até outubro de 2014, incluindo cláusulas relativas ao exercício do direito legal à recuperação judicial da companhia.

A OGX comunicou, nesta segunda-feira (18), que recebeu da Petronas notificação referente à rescisão de contrato relativo a venda de participação de 40% nas concessões dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, localizados na Bacia de Campos.

Segundo o fato relevante, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a OGX submeteu o assunto à análise de seus advogados e avalia a adoção das medidas legais cabíveis. A OGX havia informado, em 31 de outubro, que o acordo assinado em maio com a Petronas poderia acabar em litígio. Segundo a companhia, o fato de a petroleira malaia não ter desembolsado o montante previsto na compra de 40% dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, no campo de Tubarão Martelo, "provavelmente vai gerar um processo arbitral".

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Anunciado em maio deste ano, o negócio com a Petronas previa o pagamento imediato de US$ 250 milhões e um segundo aporte de US$ 500 milhões com a entrada em produção de Tubarão Martelo. Em agosto, a Petronas condicionou o pagamento ao equacionamento financeiro da OGX. Na época, a petroleira de Eike Batista divulgou nota afirmando entender que "a Petronas não tem direito a adiar o fechamento financeiro da transação" por considerar que as condições do negócio não contemplam a reestruturação de dívida.

O cenário traçado no pedido de recuperação judicial das três empresas da OSX com sede no Brasil prevê que as companhias "sucumbirão" caso não haja o deferimento imediato da proteção da Justiça brasileira. A projeção é que elas possam atingir um caixa negativo em R$ 1,2 bilhão em abril de 2014 caso a recuperação seja negada.

O cálculo é feito com base nas dívidas a vencer nesse período e parte de um caixa realizado de R$ 7,1 milhões. Já em um cenário em que a recuperação é deferida, a expectativa é que o caixa fique positivo em cerca de R$ 31,8 milhões no mesmo prazo. A recuperação judicial protege a companhia sob seu manto de ações e execuções por 180 dias a partir do deferimento pela Justiça.

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Na petição inicial entregue nesta segunda-feira, 11, à Justiça do Rio, os advogados afirmam que as companhias OSX Brasil, OSX Construção Naval e OSX Serviços Operacionais não possuem dívidas trabalhistas e que "a folha de seus empregados encontra-se rigorosamente em dia".

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) confirmou, nesta segunda-feira (11), sua recomendação para que o Tribunal de Justiça do Rio rejeite o pedido de recuperação judicial das subsidiárias estrangeiras da petroleira OGX, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista. A recomendação já havia sido adiantada na sexta-feira (8), e foi confirmada em nota pelo MP-RJ.

No parecer encaminhado ao Tribunal, o MP ressalta que tanto as devedoras como os credores detentores dos títulos de dívida, emitidos na Áustria, têm domicílio no exterior. O pedido, ajuizado em 30 de outubro, inclui a OGX Participações, a OGX Petróleo e Gás, a OGX International GMBH e OGX Áustria GMBH. As duas últimas sediadas na Áustria.

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O parecer da 2ª Promotoria de Justiça de Massas Falidas do MP-RJ está baseado no princípio da territorialidade. Segundo a nota, por esse princípio, "é no país da sede da sociedade empresária que deve ser processada eventual falência ou recuperação judicial". Além disso, pela Lei de Falência e de Recuperação de Empresas, "o juízo do local do principal estabelecimento do devedor" é o competente para homologar os planos de recuperação.

Os promotores Marcos Lima e Leonardo Marques destacam ainda uma contradição na conduta da OGX, conforme um trecho do parecer citado pela nota: "Ao optarem pela constituição dessas sociedades na Áustria é porque não queriam estar submetidos à legislação brasileira, sobretudo fiscal! E agora, no momento de dificuldade, não nos parece legítimo as requerentes pretenderem a guarida do Poder Judiciário Brasileiro e das leis brasileiras, antes relegados por opção própria".

A Promotoria lembra ainda "que tanto a OGX Internacional como a OGX Áustria não possuem filial ou ativos físicos no Brasil" e que existe autonomia patrimonial entre as empresas, embora pertençam ao mesmo grupo econômico.

A OSX, braço de construção naval do grupo EBX, formalizou nesta segunda-feira (11), pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Na sexta-feira (8), a OSX divulgou fato relevante antecipando que o processo deveria ser ajuizado nesta segunda-feira. A empresa pediu que o processo fosse distribuído por dependência no processo de recuperação judicial da petroleira OGX.

O pedido deverá ser avaliado pelo juiz da 4ª Vara empresarial, Gilberto Clóvis Farias Matos. A OSX também anunciou, na sexta-feira, a demissão do presidente, Marcelo Gomes, da consultoria Alavarez&Marsal, que foi substituído pelo novo presidente, Ivo Dworschak Filho, função que acumulará com a de diretor de Construção Naval.

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As últimas informações abertas davam conta de que a OSX tinha uma dívida de R$ 5,3 bilhões. Desse total, R$ 676,4 milhões são referentes ao financiamento da plataforma OSX-1 com um sindicato de bancos liderados pelo DVB Group; R$ 1,4 bilhão é relativo a uma dívida do OSX-2 com instituições como Itaú BBA, ING e Santander; a Caixa Econômica Federal (R$1,1 bilhão); o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (R$ 548 milhões), e outros (R$ 260 milhões).

Os negócios com ações da OSX estão suspensos a partir desta segunda-feira, 11, no aguardo da confirmação da efetiva entrada em juízo do pedido de recuperação judicial da companhia, segundo informações da BM&FBovespa.

Na sexta-feira, 08, a empresa de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou que seu conselho de administração aprovou, em caráter de urgência, o ajuizamento, na Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, de pedido de recuperação judicial. O pedido deverá ser feito nesta segunda-feira em conjunto com suas controladas, OSX Construção Naval e OSX Serviços Operacionais.

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Pouco mais de uma semana depois de a OGX, petroleira de Eike Batista, pedir recuperação judicial, agora é a vez da OSX, empresa de construção naval do empresário, anunciar formalmente que irá seguir o mesmo caminho. A decisão foi tomada em caráter de urgência pelo Conselho de Administração, segundo fato relevante divulgado na noite desta sexta-feira (8), e o pedido deverá ser ajuizado na segunda-feira (11). A empresa já começou a demitir parte de seus funcionários.

O pedido de recuperação será feito pela OSX Brasil, holding da companhia, em conjunto com suas controladas OSX Construção Naval e OSX Serviços Operacionais. Ficam excluídas do processo as subsidiárias no exterior. Dessa forma, os credores das dívidas externas, garantidas pelas três plataformas do grupo, podem ficar de fora da recuperação judicial.

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A estrutura societária da OSX é complexa. As plataformas OSX-1, OSX-2 e OSX-3, por exemplo, são pessoas jurídicas independentes. Com sede na Holanda, as empresas são controladas indiretas de outras subsidiárias da OSX Brasil. Boa parte das companhias sediadas no exterior são controladas diretas da OSX Gmbh, constituída sob as leis da Áustria.

Ao deixar as subsidiárias de fora, a OSX segue um caminho diferente da estratégia adotada pela petroleira OGX, que incluiu suas subsidiárias no pedido de recuperação. A petroleira entrou com pedido para quatro empresas, duas sediadas no Brasil e duas no exterior. A Justiça pode acatar ou não a recuperação judicial dessas subsidiárias no exterior. Há controvérsia se a Justiça brasileira teria competência para tratar do caso das subsidiárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a OSX, empresa de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, anunciar na noite desta sexta-feira (8), que decidiu pedir recuperação judicial, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) veio a público para reforçar que o empréstimo contratado pela empresa possui garantia de fiança bancária e que não possui participação acionária da companhia.

Segundo o BNDES, o empréstimo-ponte (modalidade de curto prazo usada para adiantar recursos enquanto o crédito de longo prazo é analisado) é denominado em dólares e foi contratado com o valor de R$ 400 milhões, no fim de 2011.

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"O total desembolsado em financiamentos para a empresa se refere a um empréstimo-ponte denominado em dólares, de US$ 227,96 milhões. O valor contratado, em reais, foi de R$ 400 milhões. O referido crédito possui garantia de fiança bancária, não havendo risco direto para o BNDES", diz o banco de fomento, em nota.

No último balanço da OSX, o empréstimo-ponte está registrado com o valor de R$ 548 milhões, por causa da variação cambial, e tem prazo de vencimento no próximo dia 15. No último dia 31, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, sinalizou com a prorrogação do prazo do empréstimo, mas com o pedido de recuperação judicial, que deverá ser feito na segunda-feira, o processo ficaria em suspenso.

O financiamento de longo prazo para a Unidade de Construção Naval (UCN) da OSX soma R$ 1,344 bilhão e foi aprovado no BNDES em 2012. A UCN estava em construção dentro do Superporto do Açu, projeto da LLX Logística, recentemente vendida para a empresa norte-americana de investimentos em infraestrutura EIG. O empréstimo-ponte está incluído no valor do financiamento de longo prazo.

Inicialmente, o empréstimo-ponte tinha prazo de 18 meses e venceria em agosto passado. Em julho, foi prorrogado por 60 dias, passando a ter vencimento em 15 de outubro. No último dia 14, teve mais uma prorrogação, por 30 dias. A nota do BNDES destaca ainda que a BNDESPar, empresa de participações do banco, "não possui nem nunca possuiu participação acionária na OSX".

A OSX Brasil, empresa de construção naval do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, informou nesta sexta-feira (8), que seu conselho de administração aprovou, em caráter de urgência, o ajuizamento, na Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, de pedido de recuperação judicial, que será feito em conjunto com suas controladas, OSX Construção Naval e OSX Serviços Operacionais.

O conselho também deliberou destituir Marcelo Luiz Maia Gomes e eleger Ivo Dworschak Filho como diretor presidente, que acumulará as novas atribuições com as de diretor de Construção Naval. Maia Gomes deixa o cargo em menos de três meses após sua posse. Ele havia sido eleito em agosto para substituir Carlos Bellot, que se desligou da companhia.

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Também foi aprovada a contratação da consultoria Angra Partners, liderada pelo sócio Giovanni Foragi, para coordenar e assessorar a companhia no seu processo de reestruturação, em substituição à Alvarez & Marsal, da qual Maia Gomes foi diretor geral.

Foi convocada assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 28 de novembro, às 12h, para ratificar o pedido de recuperação judicial, destituir e eleger membros do conselho de administração, alterar a denominação social e o endereço da sede social da companhia.

Ainda conforme o fato relevante, os conselheiros determinaram à diretoria da OSX que contrate consultoria especializada de reputação internacional para a realização de auditoria quanto aos exercícios sociais de 2010 a 2013.

"As deliberações adotadas têm por objetivo fortalecer a companhia no processo de readequação de sua estrutura de capital, reestruturação e reposicionamento estratégico, em benefício de seus acionistas, colaboradores e credores, cumprindo com sua função social", diz a OSX, no comunicado.

Com a aprovação, pelo conselho, do pedido de recuperação judicial, a OSX segue o mesmo caminho da petroleira OGX, também do Grupo EBX, que solicitou proteção judicial à Justiça do Rio de Janeiro na semana passada.

Uma surpreendente fusão entre a petroleira OGX e a empresa de construção naval OSX faz parte das alternativas em estudo pelo grupo responsável pela reestruturação das empresas de Eike Batista, apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. A medida, de acordo com fontes que acompanham o processo, é tecnicamente possível, mas seria uma opção para os próximos meses, depois de vencida a primeira etapa judicial da recuperação.

A OSX tem apenas um cliente, a OGX, e quatro ativos: as plataformas construídas para atender a petroleira. Uma delas, a OSX-3, deve ser mantida na empresa para operar na área de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos. A intenção da OGX é iniciar a produção de petróleo no campo na última semana deste mês.

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Com a venda de uma fatia na OGX Maranhão, anunciada na semana passada, a OGX resolveu a questão de caixa até janeiro de 2014, segundo a fonte. A venda, para a Eneva (ex-MPX, que foi adquirida pela alemã E.On) e o fundo Cambuhy, de Pedro Moreira Salles, ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Mas uma pequena parcela dos R$ 344 milhões pode contribuir ainda este ano para reforçar o caixa da OGX.

A ideia que ganha corpo no processo de reestruturação é, depois de protocolado o pedido de recuperação judicial da OSX, o que deve ocorrer nos próximos dias, submeter à apreciação do juiz responsável pelo caso a proposta de venda das outras três plataformas da OSX. Está sendo estudada inclusive a possibilidade de os dois processos de recuperação judicial tramitarem em paralelo, na mesma vara empresarial, caso o juiz aceite eventual proposta feita pelos advogados das duas companhias. A futura fusão só será possível com a avaliação da situação das empresas - especialmente em relação a eventuais litígios judiciais.

Na quarta-feira, 6, a Techint Engenharia e Construção entrou com ação de execução de título extrajudicial contra a OSX na 28ª Vara Cível do Rio, depois que as negociações com a empresa não avançaram. A Techint reclama débitos relativos à construção da plataforma WHP-2, que teve contrato de afretamento suspenso pela OGX em julho deste ano. De acordo com fontes, a Techint reclama o pagamento de US$ 1 bilhão. O Broadcast apurou que a OSX, por sua vez, calcula o crédito em torno de US$ 500 milhões. A Techint Engenharia, empresa do grupo ítalo-argentino Techint, foi contratada pela OSX em 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa Econômica Federal confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, a renovação por 12 meses de empréstimo de R$ 400 milhões com a OSX, empresa de Eike Batista. A Caixa disse também que a renovação foi feita com fiança bancária de 100%.

O empréstimo venceu dia 19 de outubro e tem fiança do Santander.

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O processo de recuperação judicial da petroleira OGX chegou nesta segunda-feira (4), às mãos do juiz Gilberto Clovis Farias Matos, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Em despacho desta segunda o juiz determinou que o processo de cinco volumes e mil páginas seja encaminhado ao Ministério Público.

O MP deverá apresentar um parecer a respeito dos documentos apresentados pela companhia para instruir a ação. Isso inclui as demonstrações financeiras da empresa, as relações de bens particulares dos administradores e da controladora Centennial Asset Mining Fund, relação de empregados e credores, entre outros pontos.

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A OGX entrou com o pedido de recuperação judicial na quarta-feira, 30 de outubro.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta sexta-feira (1°), que os problemas financeiros enfrentados pela petroleira de Eike batista, OGX, é um acidente de mercado que não deve atrapalhar o projeto de ampliação do mercado de capitais.

"O mercado de capitais sabe diferenciar essas coisas e sabe que acidentes acontecem em todo o mundo", disse Coutinho ressaltando que, prova disso, é que recentemente várias emissões foram realizadas no exterior. Ele participou do 5º seminário Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) de Renda Fixa e Derivativos de Balcão.

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Perguntado se as finanças do BNDES não seriam especificamente afetadas pelos problemas no grupo "X" , Coutinho disse que não há essa possibilidade. Isso porque, de acordo com ele, nas operações entre o banco de fomento e as empresas de Eike existem fianças bancárias de "instituições sérias" e não apenas do BNDES.

O administrador judicial nomeado para cuidar da OGX pode receber até R$ 560 milhões por atuar no caso. Pela lei brasileira, a remuneração do administrador pode ser de até 5% do passivo da companhia, neste caso de R$ 11,2 bilhões. A recuperação judicial da petroleira é a maior da América Latina.

O valor corresponderia a cerca de um quarto do atual patrimônio de Eike Batista, que viu sua fortuna pessoal cair de US$ 30 bilhões em 2011 para menos de US$ 1 bilhão, segundo o ranking mais recente da revista Forbes, divulgado em agosto.

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A hipótese de a empresa indicada para a função receber essa pequena fortuna, entretanto, é remota. A advogada Juliana Bumachar, especialista em recuperação judicial e falências, explica que a praxe do mercado é estabelecer que, quanto maior o passivo, menor o porcentual estabelecido a título de remuneração.

Normalmente 60% desse montante são parcelados, sendo pagos a partir da nomeação, e outros 40% são pagos ao fim do processo. Quem definirá o nome do administrador será o juiz da 4ª Vara Empresarial, Gilberto Clovis Farias Matos.

Pela complexidade do caso - vulto da dívida, grande número de credores e participantes estrangeiros - o mais provável é que o juiz escolha uma grande auditoria com experiência internacional. No caso Varig, por exemplo, a administração ficou a cargo da Delloite.

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