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Ainda era período pré-pandemia, quando o artista plástico Joelson Gomes, convidou o também artista, Maurício Castro, parceiro de outros envolvimentos, aventuras artísticas e de afetos compartilhados pela amizade – amor e admiração, para juntos iniciarem um novo projeto artístico, feito a partir do manuseio com o barro. Joelson também estendeu o convite para Isabela Stampanoni e Joana Liberal, colegas que pouco haviam experimentado a matéria barro e a criação com a cerâmica, mas que poderiam agregar ao projeto, por meio de uma afinidade afetiva e de admiração pelo trabalho de ambas. E foi assim que que nasceu a Exposição A Casa Simples: Envolver-se, que está aberta ao público, até 29 de julho, de 10h às 17h, no Ateliê Casa Simples, no Poço da Panela, reunindo o trabalho desses quatro artistas.

“A ideia inicial era me reunir com os amigos, no meu Ateliê Casa Simples, para a construção do projeto e experimentação coletiva e colaborativa de trocas de saberes, de diálogo, de materiais e de repertórios geracionais. Mas aí veio a pandemia e esses encontros precisaram ser feitos à distância”, explica Joelson. Ele diz também que havia uma crença e uma necessidade política, na vida contemporânea, do encontro e da conversa como estratégia de resistência aos processos de fragmentação e de políticas de eliminação do (a) outra: a contrapelo de uma vida fascista.

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Na impossibilidade dos encontros, cada um dos artistas envolvidos, em conversas mediadas pelas tecnologias foi se reinventando no modo de envolver-se com o barro e o processo criativo. Uma imersão feita na cidade de Tracunhaém, Terra do Barro, também foi importante para os artistas vivenciarem o dia-a-dia de produção do barro, dos oleiros locais, do processo de criação de peças em barro. O resultado está exibido nesta coletiva. “Mesmo que conte muito das subjetividades individuais, simultaneamente fala e grita do tempo que vivemos coletivamente entre o isolamento e o desejo de rua. Fala dos corpos fragmentados, dos desejos de um devir plural e potente para as artes, cultura e para uma vida antifascista, fala diz das coisas e de um planeta vivido em tempos pandêmicos”, conta a curadora Joana D’Arc Lima.

A exposição A Casa Simples: Envolver-se está montada no Ateliê Casa Simples, que fica na Rua dos Arcos, 260, no Poço da Panela. A mostra é aberta ao público, de segunda a sexta, das 10h às 17h, até 29 de julho, com entrada gratuita.

Da assessoria

O espanhol Pablo Picasso (1881-1973) é um dos maiores nomes das artes plásticas no século XX. “A Pomba da Paz”, “Guernica” e “Les Demoiselles d’Avignon” são algumas de suas principais obras. Um dos criadores do “cubismo”, Picasso estreou uma grande exposição em Paris em um dia 24 de junho, no Grand Palais.

Pablo Ruiz y Picasso nasceu em Málaga, Espanha, no dia 25 de outubro de 1881. Filho de José Ruiz Blasco, professor de História da Arte e de desenho, e de Maria Picasso y López. Ainda menino, mostrou seu talento para as artes e recebeu o incentivo de seu pai para continuar. 

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A obra de Picasso foi representada por outros olhares, em filmes, documentários e outros. Um dos principais registros da sua obra foi “O mistério de Pablo Picasso”, documentário que retrata o artista durante a criação de obras que posteriormente foram destruídas.

Dirigido pelo cineasta francês Henri-Georges Clouzot, o filme concentra-se em apresentar o processo criativo do artista, sem se aprofundar em aspectos da vida pessoal. Cada quadro é apresentado em uma tela aparente, para que o espectador possa ter um olhar atento da produção, desde o papel em branco até a obra finalizada.

Considerado como um tesouro sobre a obra do artista, “O mistério de Pablo Picasso” também chama a atenção por sua estética rebuscada. Embora o artista apareça em diversos momentos, o documentário foca principalmente em suas obras. Neste sentido, o uso de películas em preto e branco, além do recurso do stop-motion, cooperam para realçar o tema.

Sinopse

Em 1955, o cineasta Henri-Georges Clouzot convence seu amigo e artista Pablo Picasso a deixar-se filmar em seu ateliê, durante a produção de suas obras de arte. O documentário revela o momento real de todo mistério criativo de Picasso. Utilizando papel e tintas, sobre um vidro transparente, Picasso desenha 20 quadros, que são captados, um a um, pelo olhar atento da câmera de Clouzot. 

A galeria 180Arts, na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, inaugurou a exposição Entre Sertão e Versos, nesta sexta-feira (17). Com entrada gratuita, a mostra coletiva apresenta obras de 21 artistas com recortes de sentimentos, arte, olhares e personalidade do povo sertanejo. O projeto fica em cartaz até 27 de julho.

"Memórias afetivas, cotidiano, terras abstratas, versos sobre imensidão, todas as expressões artísticas desta exposição formam um mapa poético da essência de vida que vibra sob as terras do sertão", conta Yasmin Batista, uma das curadoras da exposição.

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Para Gisele Carvallo, a outra curadora da mostra, o Sertão é sinônimo de vida que pulsa intensamente, histórias de luta, de amores, sorrisos e lágrimas. "Na terra, entre as pessoas, no sol que se põe magicamente, no céu estrelado que surge como tapete de reticências, reticências que faz o povo sonhar", explica.

Os artistas da mostra são Adilson A. Silveira Júnior, Alexsandro S. Maior, Antonio Monteiro, Bella Soares, Cíntia M. da Silva, Diego de A. Martins, Eliza Albuquerque, Flávio H. Nascimento Miranda, Jacira Nascimento, Josiane Nardaci Rodrigues, Kallynny B. Marinho Carvalho, Mariane Paiva, Mayssa L. C. C. Leão, Nilo dos Anjos, Noilton Pereira, Paulo Romão, Pollyanna Queiroz, Romulo Barros, Silvana de Andrade, Vivian Matias dos Santos e Wilder Barros.

Serviço

Exposição coletiva Entre Sertão e Versos

Até 27 de julho | Quarta a sexta, das 10h às 12h e das 14h às 18h; Sábados e domingos, das 14h às 18h

Galeria 180Arts - Rua da Guia, 207, Bairro do Recife

Entrada gratuita

Da assessoria

De 17 de junho a 31 de julho, o público que for ao Shopping Recife terá a oportunidade de conferir uma exposição sobre o pintor Van Gogh. Na mostra Paisagens de Van Gogh, os visitantes farão uma viagem intensa nas obras eternizadas pelo holandês.

"Suas obras com céus estrelados, campos de girassóis, plantações que parecem balançar ao vento, com cores ousadas e traços a frente de seu tempo, nos inspiraram a definir o conceito visual desta exposição", explica a idealizadora e curadora da mostra Karina Israel, da consultoria de ambientes interativos YDreams Global.

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Através de um QR Code, as pessoas poderão buscar informações sobre o projeto em autodescrição pelo serviço de streaming Spotify. Seis dos oito cenários são representados em gigantografia, paisagens retratadas nas telas.

"Sob o pilar da democratização do acesso à arte, a chegada de Paisagens de Van Gogh representa um novo ponto nessa longa trajetória que conecta o Recife e a Holanda, oferecendo experiências de entretenimento e lazer inesquecíveis para toda a família durante o período de férias", declarou Renata Cavalcanti, superintendente do Shopping Recife. Os ingressos para a exposição de Van Gogh estão disponíveis no site da Sympla e também à venda no centro de compras.

Serviço

Paisagens de Van Gogh

17 de junho a 31 de julho

Horário: Segunda a sábado, das 9h às 22h (última sessão às 21h30), e domingos e feriados, das 12h às 21h (última sessão às 20h30)

Local: Praça de Eventos do Shopping Recife

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada ou entrada social - com a entrega de 1kg de alimento não perecível)

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Os alunos do curso de Design Gráfico da UNAMA - Universidade da Amazônia realizam a 1ª Mostra de Cartazes do Círio, com a temática "Design e Fé", no hall de entrada da UNAMA Alcindo Cacela, em Belém, até o dia 10 de junho. Dentro das disciplinas de Ergonomia e Computação, os professores Silvia Nunes e Robson Macedo, em conjunto com a coordenação e a turma, propuseram essa exposição para promover o trabalho dos alunos e conectar-se com a religiosidade.

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A ideia partiu dos alunos de Design Gráfico com a intenção de abordar o Círio de Nazaré, tradicional evento católico de Belém. O projeto estava dentro da proposta da disciplina, a qual trabalha a parte ergonômica e o conteúdo computacional, objetivando a visualização dos elementos que compõem o cartaz.

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"Trazer um cartaz, para nós paraenses que estamos há algum tempo sem Círio, começará a chamar a atenção da sociedade para este grande evento. Para que toda a sociedade perceba o quão compromissados são os nossos alunos e professores", explicou Cristiany Moscoso, coordenadora do curso de Arquitetura e umas das organizadoras da exposição.

A mostra conta com o auxílio de dois tipos de QR Code. O primeiro, que pode ser visto na exposição presencial, apresentará o processo criativo de cada obra. Já o segundo será para a escolha do melhor cartaz, sendo a votação aberta ao público.

Por Giovanna Cunha, Igor Oliveira e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O Museu de Artes da UNAMA – Galeria Graça Landeira retornou às atividades na última quarta-feira (1), após dois anos inativo, com a exposição "Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos – Volume 1". O evento foi realizado em parceria entre os museus da UNAMA - Universidade da Amazônia e Universidade Federal do Pará – UFPA, com curadoria dos professores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia (PPGCLC – UNAMA) Jorge Eiró, arquiteto, e Mariano Klautau Filho, comunicólogo. A exposição também contou com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e da reitora da UNAMA – Universidade da Amazônia, Betânia Fidalgo. A galeria fica na UNAMA Alcindo Cacela, em Belém.

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Jorge Eiró é também artista plástico e está na curadoria desde os anos 1990. O arquiteto diz que seu desejo é que o público desfrute de todas as possibilidades de interpretação, acolhimento e percepção que as obras dão.

“Acho que esse público vai encontrar um repertório muito diversificado da produção artística contemporânea brasileira, em que a figura humana está presente nas suas mais diversas interpretações, o que, certamente, para o grande público, vai possibilitar inúmeras interpretações, inúmeras viagens em torno dessas escolhas que nós fizemos e que nortearam o nosso trabalho”, afirma.

Jorge destaca que o eixo temático da exposição é a figura humana, em suas representações e desfigurações, e que a apresentação da arte se dá em diversas formas por meio de fotografias, pinturas, esculturas e vídeos. Eiró também evidencia seu anseio pelo retorno ao circuito normal das exposições.

Em relação à ligação entre arte e arquitetura, o curador acredita esse elo é algo intrínseco às duas áreas. Para ele, a arte é um elemento indispensável e um componente estético essencial para quem faz arquitetura.

“Durante muito tempo a arquitetura também foi considerada uma grande arte, pois ela englobava todas as manifestações artísticas do seu espaço. Hoje, no contemporâneo, essas relações são diferentes, mas esse vínculo entre arte e arquitetura continua sendo indissociável”, reforça.

Por volta de 2009-2010, Mariano Klautau Filho iniciou na jornada da curadoria em um processo natural do seu trabalho como pesquisador. “A gente está vivendo num país tão difícil, talvez um dos momentos históricos mais terríveis, com experiência do Governo Federal que não gosta de cultura, não gosta de arte, não gosta de índio, não gosta de diversidade. Eu acho que a maneira com que a gente tem de dar o troco é trazendo de volta à vida a produção artística”, salienta.

Klautau destaca que a reativação da Galeria Graça Landeira é uma satisfação que vai além da sua pessoa, visto que é a representação da retomada do patrimônio que a UNAMA possui em seu acervo de arte contemporânea brasileira.

O comunicólogo acredita que a valorização da arte em Belém se dá por meio da educação e que é necessário apresentar às crianças os museus da cidade, para que entendam que a arte é algo integrado à vida. “Quanto mais formos formados pela arte como uma maneira de educação, uma maneira de conhecimento do mundo, a gente vai ter uma relação mais completa da nossa vida”, comenta.

O artista plástico paraense Emanuel Franco é um dos fundadores da Galeria Graça Landeira e esteve presente na reabertura. Ele conta que é satisfatório ver o espaço revitalizado e reconstituído e com suas obras em exibição.

Emanuel iniciou sua carreira nos anos 1980 com desenhos em pastel. Atualmente, trabalha com arte em lonas surradas e vivencia a realidade das estradas, em contato direto com a realidade do cotidiano.

“A gente não para, a gente continua. Eu continuo minha pesquisa, tenho um atelier de arte, onde a minha produção é efetiva. Estou programando exposições. Nessa retomada, eu vou mostrar muito mais daquilo que produzi”, pondera o artista.

Alexandre Sequeira, artista plástico que também teve suas obras expostas na reabertura, declara que o evento é uma exaltação a um acervo que é tão importante para a cidade e para o Brasil.

“Eu acho que as duas universidades precisam olhar para esse material com muita atenção, porque há muito material de estudo disponível. Então, eu fico muito feliz de poder estar aqui celebrando reabertura de galeria e revalorização de acervo nesse momento tão obscuro que a gente vive”, alega.

Sequeira diz que sua produção objetiva promover reflexões e questionamentos e que não possui uma temática específica, pelo contrário, faz suas criações com base em inquietações, vontades e elementos que o cercam.

Jussara Derenji, arquiteta e diretora do Museu da UFPA, destaca que a exposição é muito especial, visto que as atividades presenciais estão retornando. "Isso engrandece todas as instituições participantes e leva a público obras que, de outra maneira, não seriam conhecidas pelos diversos segmentos que entram nas exposições", diz.

Esse é o primeiro seguro entre instituições realizado em Belém, o que Jussara considera um grande avanço. "Nós achamos que o primeiro foi extremamente bem-sucedido. Houve uma curadoria muito cuidadosa, houve avanços no ponto de vista tecnológico e técnico da exposição", ressalta.

O Museu de Artes da UFPA já voltou às atividades, recebendo um público maior do que antes da pandemia, o que gerou muita surpresa. "Recomeçamos com uma exposição da FaygaOstrower, que é uma gravurista conhecida nacional e internacionalmente, mas nós não esperávamos que houvesse uma vontade tão grande do público de voltar a frequentar exposições", conclui a diretora.

Por Lívia Ximenes, Vinícius dos Reis, Igor Oliveira, Rodrigo Sauma e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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O Centro Social de Nazaré recebe, do dia 20 de maio a 19 de junho, a exposição “Caboclos da Amazônia- arquitetura, música, design”, com concepção, projeto e direção de arte do designer paraense Carlos Alcantarino. O evento aborda o Pará e suas manifestações culturais através da arquitetura, design e música.

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O artista, nascido em Belém do Pará, mora no Rio de Janeiro há 40 anos, mas nunca esqueceu suas raízes paraenses. “É uma das minhas características. Eu sou paraense e tenho muito interesse na nossa cultura. Durante as viagens, quando vinha visitar minha família e vinha a trabalho, comecei a observar lugares daqui, como o Combu, com um olhar diferente”, diz Carlos.

A ideia inicial de Carlos era criar um livro sobre arquitetura amazônica com as fotografias que fez em viagens para as ilhas do Marajó e do Combu. No Centro de Referência do Artesanato Brasileiro – CRAB (RJ), porém, surgiu a ideia de transformar o material fotográfico destinado para o livro em exposição para um congresso de arquitetura no Rio de Janeiro. Com a pandemia da covid-19, o congresso foi adiado e a exposição não se realizou. Neste ano, com o retorno das atividades, o designer trouxe a exposição para Belém.

A exposição engloba as várias vertentes da arte amazônica, como a música, a religiosidade paraense, o design criativo visto no letreiro dos barcos. É uma forma de olhar diretamente para quem mora na região. “Hoje em dia se fala muito sobre a Amazônia no mundo inteiro, porém pouco se fala sobre o que os homens e as mulheres que habitam a Amazônia fazem e produzem’’, complementa Alcantarino.

Em uma das salas estão expostas as casas fotografadas nas vilas do Marajó, tanto em seu exterior quanto interior, cada vez mais coloridas, um contraste com o que é visto na capital. Carlos também mostra objetos regionais que causam nostalgia, pois remontam à infância. “Carrinhos de raspa-raspa, as pipas conhecidas como papagaios, as barracas do Ver-o-Peso com as ervas e os banhos de cheiro. Tudo me inspirou”, relata o artista.

Alcantarino diz que cada um vai encontrar um pouco de si pelas várias salas da exposição, embaladas pelo som do carimbó e do brega paraense. Desde as esculturas e os sons dos animais amazônicos, aos objetos de cera carregados pelos fiéis durante a procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, tudo faz o visitante se sentir cercado pela cultura do Pará.

Sobre projetos futuros com a temática paraense, o artista se mostra empolgado para continuar mostrando a diversidade cultural do Estado em suas obras. A exposição, com produção de Ana Maria Silvério e Lana Machado, iluminação de Patrícia Gondim e direção da atividade educativa de Alexandre Sequeira, estará disponível em Belém até o dia 19 de Junho.

Serviço

Exposição “Caboclos da Amazônia- arquitetura, música, design”.

20 de maio a 19 de junho.

Horário: terça-feira a domingo, das 16 às 22 horas.

Local: Estacionamento do Centro Social de Nazaré, ao lado da Basílica Santuário de Nazaré, em Belém.

Evento gratuito.

Informações: instagram @carlosalcantarino

Por Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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A Galeria Graça Landeira, reformada como espaço expositivo do Museu de Arte da UNAMA - Universidade da Amazônia, será reaberta no dia 1º de junho, quarta-feira, às 19 horas, com a exposição “Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos – vol. 1”. A mostra inaugura parceria inédita entre os acervos de arte do Museu da Universidade da Amazônia e Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA) e representa uma etapa da pesquisa do grupo “Arte, Imagem e Cultura”, coordenado pelos professores Jorge Eiró e Mariano Klautau Filho no Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA.

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O projeto marca a retomada de agenda do Museu de Arte da UNAMA, reconfigurado depois de ter suas atividades suspensas por causa da pandemia. A mostra apresenta uma articulação entre UNAMA e UFPA, com o propósito de promover o diálogo em torno dos seus acervos de arte contemporânea brasileira.

As instituições de ensino somam esforços e apoio à pesquisa em seus respectivos acervos artísticos. Sob direção das professoras Betânia Fidalgo (reitora da UNAMA) e Jussara Derenji (Diretora do Museu da UFPA), a convergência proporciona integração maior entre Pós-Graduação e Graduação em torno da produção e reflexão no campo das Artes Visuais. 

“Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos– vol. 1” problematiza os limites entre o moderno e o contemporâneo no âmbito das discussões sobre a arte brasileira, promovendo maior reconhecimento e visibilidade dos acervos constituídos na Amazônia. Além da coordenação de Jorge Eiró e Mariano Klautau Filho, a equipe curatorial é composta por Vera Pimentel, Susanne Pinheiro, Carolina Venturini, Yasmin Gomes e Luiz Fernando Veiga, pós-graduandos, pesquisadores e egressos da UNAMA.

Serão exibidos trabalhos de 58 artistas, dentre os quais 21 do acervo do Museu da UFPA e 37 do Museu da UNAMA. São pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, objetos, esculturas e instalações que reforçam o diálogo entre materialidades e gerações distintas, privilegiando a figura humana em suas mais diversas representações.

Integram a mostra mulheres artistas que representam diferentes gerações e regiões do Brasil. Do acervo da UNAMA estão Rosângela Brito, Camila Soato, Paula Sampaio e Vânia Mignone, entre outras. Do Museu da UFPA, Dina Oliveira, Roberta Carvalho, Jorane Castro e Carmem Souza são algumas das mulheres representadas na exposição. A mostra reúne também obras de Luiz Braga, Sidney Amaral, Nailana Thielly, Ulysses Bôscolo, Duda Santana, Emanuel Franco, Alexandre Sequeira, Francisco Maringelli, Jaime Bibas, entre outros e outras artistas que fazem parte da coleção de ambos museus.

Serviço

Exposição “Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos – vol. 1”.

Museu de Arte da UNAMA – Galeria Graça Landeira. Av. Alcindo Cacela.

Abertura: 1o de junho, quarta-feira, às 19  horas. Visitação de segunda a sexta-feira, de 14 às 18 horas.

Da Redação do LeiaJá Pará.

A médica Mariana de Lima Alves, de 25 anos, virou tema de discussão em alta no Twitter após publicações suas na rede social viralizarem. Em seu perfil, Mariana costumava contar sobre a rotina com pacientes em diferentes unidades de saúde, pelas quais precisou passar para o cumprimento prático do curso de medicina. Nos seus relatos, eram comuns xingamentos e reclamações sobre demandas cotidianas da profissão, inclusive piadas com assuntos sérios de saúde e com pacientes gestantes.

De acordo com o site do Conselho Federal de Medicina, Lima obteve registro profissional em setembro de 2021, há menos de um ano. Apesar de ser paranaense, a jovem obteve seu diploma em Rondônia e atende na cidade de Ariquemes, no interior. O registro, porém, é também do Paraná. Após a repercussão das mensagens, Mariana mudou seu nome de usuário no Twitter e no Instagram algumas vezes, e em seguida desativou suas contas.

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“Gente, qual a 'tara' de vir no pronto socorro num feriado, por uma coisa que você já 'tá' sentindo há mais de 30 dias?” e “Tem que ser muito filha de uma p*ta pra vir uma da manhã no pronto socorro por conta de infecção urinária, viu? Não tem outra expressão pra descrever” foram alguns dos seus comentários.

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O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), pelo qual Mariana é inscrita, ainda não se manifestou sobre as declarações da médica. Até o momento desta publicação, o assunto seguia nos tópicos em alta do Twitter, com mais de sete mil interações só nesta segunda-feira (23). O CRM-PR já está ciente da situação, após o alto número de denúncias pedindo a cassação do registro.

"Seu e-mail foi recebido pelo Setor de Protocolo do CRM-PR e será encaminhado para o Setor competente para as devidas providências”, disse o Conselho a um usuário.

Confira a repercussão no Twitter:

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Nesta semana ocorreu a estreia da exposição “Castelo Rá-Tim-Bum” no Santana Parque Shopping, em São Paulo. A exibição traz elementos originais e réplicas do programa infantil da TV Cultura e ficará em cartaz até o dia 19 de setembro.

O acervo conta com 20 cenários, entre eles o quarto do protagonista Nino, a biblioteca do Gato Pintado, o laboratório de Tíbio e Perônio, a cozinha do castelo, a árvore da cobra Celeste, e o quarto da bruxa Morgana. Além de figurinos e outros objetos usados na produção original de Cao Hamburguer.

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A mostra estreou no Museu da Imagem e Som em 2014 e também já passou pelo Memorial da América Latina em 2017. A novidade do Santana Parque Shopping é a banheira do ratinho cantor de chuveiro, onde é possível entrar e tirar uma foto com o personagem.

Os ingressos custam de R$ 12,50 a R$ 48  e podem ser comprados no site https://www.ingressorapido.com.br/ ou na bilheteria física. Crianças de até dois anos e 11 meses não pagam.

EXPOSIÇÂO CASTELO RA-TIM-BUM

Quando:  Até 19 de setembro de 2022

Onde: Santana Parque Shopping

Endereço: Rua Conselheiro Moreira de Barros, número 2.780 – Santana – São Paulo, SP.

Horário: De terça a sexta-feira, das 13h às 21h30; sábados e feriados, das 11h às 20:30h; e domingos, das 12h às 19:30h

Classificação: Livre. Menores de 12 anos não podem entrar sem acompanhante

Ingressos: https://www.ingressorapido.com.br/

Mais informações no site: https://santanaparqueshopping.com.br/

Por Maria Eduarda Veloso

Nesta quinta-feira (19), às 19h, a Galeria Marco Zero vai abrir suas portas para a inauguração de uma mostra que homenageia o pintor João Câmara. O espaço cultural receberá os visitantes, até 23 de julho, para a exposição João Câmara, nota nova - Ecos de 1967, apresentando uma seleção de trabalhos do artista que vai do período de 1965 até 1971.

De acordo com a curadora do projeto, Cristiana Tejo, o público será testemunha da bravura do paraibano. Para Marcelle Farias, galerista da Marco Zero, as obras de João Câmara trazem luz e reflexão aos acontecimentos de hoje. A Galeria Marco Zero fica localizada na Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado e domingo, das 10h às 17h. A entrada é gratuita.

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Neste sábado (14), no Recife, a Christal Galeria de Artes inaugurou a exposição do xilogravurista J. Borges. Localizado no Pina, na Zona Sul, o espaço vai ficar com suas portas abertas para a mostra 'Pernambuco por J.Borges' até 30 de julho deste ano. Logo em sua abertura, na manhã de hoje, um minidocumentário sobre o Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco foi exibido ao público.

"Esperamos que essa exposição nos aproxime do que o Brasil tem de melhor, como nossa cultura e nosso povo. Assim como de nossos mestres Griôs, guardiões de uma sabedoria tão simples e monumental que ficamos nos sentindo pequenos e acolhidos ao seu lado, sonhando que possamos voltar a viver 'reunidos, respeitando o velho, o novo, o rico e o pobre' como nos disse o próprio artista J.Borges quando estivemos em seu ateliê em Bezerros", declarou Christiana Asfora Cavalcanti, uma das curadoras da exposição.

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A galerista completou: "O tema Pernambuco casa com a proposta desse segundo ano de existência da galeria que pretende se dedicar aos artistas locais, reconhecendo e potencializando a produção e representatividade desse grupo".

"Decidimos incluir J.Borges no calendário de exposições da Christal Galeria em 2022 diante da grandiosidade de sua obra e de seu percurso e cientes de que um nome como esse precisa estar em todos os espaços de arte", destacou a também curadora Stella Mendes.

A Christal Galeria de Artes fica na rua Estudante Jeremias Bastos, nº 266. As pessoas poderão conferir gratuitamente o trabalho de J. Borges de terça-feira a sábado, das 10h às 19h.

O Museu da Parteira marca presença na ação Ocupa Oficina, no próximo domingo (15), a partir das 14h, na Oficina Brennand, no bairro da Várzea, Recife. A ação aberta ao público exibirá a série de curtas documentário Saber de Parteira, com seis episódios.

"O Ocupa Oficina é uma ação no eixo das territorialidades, que visa a abertura do espaço do museu para projetos diversos. No mês de maio, comemoramos tanto o Dia Internacional da parteira como o do Museu, daí a pertinência da ocupação pelo Museu da Parteira", explicou Júlia Morim, antropóloga e integrante da equipe do Museu da Parteira.

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Durante o evento também será apresentado o curta Zefinha Parteira, com direção e roteiro de Bruna Leite, Cecília da Fonte e Júlia Machado. Além disso, no encontro, será realizada uma roda de conversa e uma homenagem à Dona Zefinha, parteira de Caruaru, que foi reconhecida como Patrimônio Vivo do município em dezembro de 2021 e faleceu em fevereiro de 2022.

Caracterizado como experimental, o Museu da Parteira planeja e realiza um conjunto de ações continuadas de salvaguarda, promoção e valorização dos Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais. Coordenado pelas Associações de Parteiras Tradicionais de Jaboatão dos Guararapes e de Caruaru, Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Grupo Curumim, o museu vem desenvolvendo ações em diversas esferas, através de exposições, publicações de livros, produção de filmes, realização de encontros e debates.

Por sua atuação, em 2018, o museu ganhou o Prêmio Ayrton de Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, na categoria Acervo Documental e Memória. A premiação é uma promoção da Secretaria de Cultura de Pernambuco e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

“Nosso grande foco é entender essas mulheres como detentoras de saberes tradicionais do partejado, que são passados de geração em geração", declarou Júlia. Os interessados em conferir o Museu da Parteira poderão se inscrever gratuitamente por meio do perfil da Oficina Cerâmica Francisco Brennand no Instagram.

Da assessoria

Um artista plástico com uma trajetória recente convida um artista plástico com carreira consolidada. Essa é a fórmula para uma série de exposições que estão programadas pela Cecí Galeria, espaço inaugurado pela arquiteta Cecília Ribeiro, em novembro de 2021, na Tamarineira, Zona Norte do Recife, mas que já está em sua terceira mostra, com “A Razão e o Sublime - Silvio Zancheti convida Raul Córdula”. A inauguração acontece nesta quinta (12), a partir das 17h, com a presença dos artistas. A entrada é gratuita.

“A ideia de juntar dois nomes tem caráter formativo. O objetivo é dar oportunidade a um artista em início de carreira não só de expor numa galeria, mas também de participar de todo o processo que antecede e finaliza uma exposição. O convite a um artista experiente também faz parte desse caráter, pois permite criar oportunidade de orientações sobre a prática profissional”, explica Cecília, que criou uma galeria virtual no Instagram durante a pandemia, mas o negócio começou a dar tão certo que decidiu montar um espaço físico para abrigar escritório e galeria.

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“Silvio Zancheti foi o meu professor na universidade. Quando comecei a pensar na galeria, reencontrei ele já como artista, que me apresentou sua produção. Assim, quando abri o escritório e surgiu a ideia do modelo das exposições, ele estava chegando e o convidei”, conta Cecília, que trouxe Luciano Pinheiro para ser o curador da exposição. São 11 obras, todas à venda. Zancheti, que é arquiteto, usa em seus oito quadros selecionados aquarela, nanquim e tinta acrílica, além de apresentar duas pinturas digitais. Para a mostra, escolheu quadros das séries “Minha Jornada” e “Arco-Íris”. Já da lavra de Córdula, conceituado artista paraibano radicado em Pernambuco, são três acrílicos sobre tela.

Para Luciano, a obra de Silvio e Raul tem uma forte conexão. “Silvio fez uma opção por uma arte mais abstrata, geométrica, construtivista, sem se ater totalmente ao racionalismo de um sistema fechado. Silvio, tal qual Raul, mescla, com sabedoria, o racional e o espiritual em suas obras. Isto os conecta, além de ambos trazerem o triângulo equilátero como princípio formador de suas composições plásticas”, explica ele, que também é desenhista, gravador, pintor e arquiteto.

Silvio diz que o trabalho de Raul Córdula é uma inspiração. “É um dos poucos artistas nordestinos que trabalha com figuras geométricas básicas, o círculo, o triângulo, o quadrado. O trabalho de Raul tem carga significativa muito grande. A geometria tem sempre um significado, é sempre simbólica. Raul é um artista que eu sigo há muitos anos. Temos uma afinidade de temas, geométrica e simbólica”, conta ele, que estreia sua segunda exposição (a primeira foi em 2020 no Museu do Estado de Pernambuco) e começou a se dedicar às artes depois que se aposentou.

“Silvio não é um jovem artista, é um artista novo. O trabalho dele é de uma beleza total”, diz Raul, que convida a todos e a todas para visitarem a exposição. “Artes plásticas é para ver. São artes visuais. Não é para ver a figura na televisão ou no livro. É pra ver, ver que tem textura. Ver que foi feita à mão. Ver que existe uma dimensão. Você vê uma figura numa revista, você não sabe o tamanho. Você só sabe o tamanho na frente de uma tela. Há um prazer no olhar”, fala Raul, paraibano de Campina Grande, pintor consagrado no país,  artista gráfico, cenógrafo, professor e crítico de arte.

A exposição “A Razão e o Sublime - Silvio Zancheti convida Raul Córdula” fica em cartaz até 2 de junho, de segunda a sábado, das 15h às 19h. 

Serviço:

Abertura da exposição “O Sublime e a Razão - Silvio Zancheti convida Raul Córdula ”

Onde: Cecí Galeria (Estrada do Arraial, 2541, sala 102, Tamarineira, Recife-PE)

Quando: 12 de maio de 2022 (quinta-feira), às 17h

Quanto: gratuito

Em cartaz de 12 de maio a 2 de junho

Horário: De segunda a sábado, das 15h às 19h

Informações: (81) 99924-8910 

Instagram: @ceci_galeria

As cenas eróticas são tão explícitas que fazem o visitante corar na ambiciosa exposição sobre arte e erotismo na antiga cidade romana de Pompeia, no sul da Itália, repleta de esculturas e pinturas de seios, nádegas e falos.

Das estátuas nuas que adornavam os jardins às pinturas eróticas que decoravam as paredes dos quartos, os habitantes da cidade, soterrada pela erupção do Vesúvio no ano 79, viviam em um cenário que desperta admiração e curiosidade entre os arqueólogos e visitantes do famoso Parque Arqueológico perto de Nápoles.

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Sob o lema "Arte e sensualidade nas residências de Pompeia", o diretor do sítio arqueológico, o alemão Gabriel Zuchtriegel, reuniu cerca de 70 objetos, esculturas e afrescos de residências particulares, termas, espaços públicos ou tavernas de vinte séculos atrás.

"Nas primeiras escavações, realizadas no século XVIII, Pompeia revelou-se uma cidade onde reinavam a sensualidade e o erotismo, que era um tema onipresente", explicou o especialista à AFP diante das estátuas de magníficos centauros - criaturas míticas, metade homem e metade cavalo.

"Desde que começaram as descobertas, esse tema gerou vergonha e perplexidade, mas também curiosidade", comentou, depois de lembrar que o então rei de Nápoles, que financiava as escavações, mandou "guardar a sete chaves, em lugar secreto, os objetos mais obscenos, como eram chamados então".

Esse lugar secreto ainda existe e está no Museu Arqueológico de Nápoles.

- Cultura mais aberta -

Um homem com um enorme pênis ereto surpreende o visitante que entra na exposição. É a estátua do deus Príapo, que curiosamente não tinha nenhuma conotação erótica para os romanos, pois simbolizava fertilidade e prosperidade.

Costumava ser colocado no átrio, ou seja, na entrada das residências romanas, como sinal de bom augúrio.

"Ela recebe os visitantes da exposição e de alguma forma os avisa que nem sempre representa eros, mesmo que a imaginação moderna atribua esse significado a ele", diz Tiziana Rocco, funcionária do parque de Pompeia.

As reações constrangedoras e sorrisos velados de alguns turistas diante do falo anômalo mostram que o assunto ainda é tabu para alguns.

"Acho que a cultura americana é muito pudica com o corpo humano", comenta um turista de Seattle (noroeste dos EUA).

"Adoro saber que a cultura antiga era mais aberta e disposta a mostrar e glorificar o corpo humano", reconhece, enquanto percorre de bermuda e óculos escuros os cômodos de uma casa pompeiana.

Em frente às pinturas que adornam as paredes de um "cubulum", o equivalente a um quarto, as paredes são decoradas com um ciclo de imagens eróticas explícitas, incluindo a de um homem e uma mulher fazendo amor.

É possível que seja uma referência à abundante literatura erótica que floresceu na época, dizem os especialistas.

Uma série de lamparinas a óleo decoradas revelam decorações travessas e servem para explicar às crianças um argumento tão complexo quanto o da sensualidade.

"O assunto pode parecer difícil, mas está em toda parte em Pompeia, por isso deve ser explicado às crianças de uma forma ou de outra", afirma Gabriel Zuchtriegel, que criou um guia ilustrado para a ocasião.

Acompanhado de belas ilustrações coloridas, o guia fala sobre Narciso (um caçador de grande beleza que se apaixonou pela própria imagem), de Dionísio (deus da videira, do vinho e seus excessos), de Hermafrodita (fruto do amor dos deuses Hermes e Afrodite, com órgãos sexuais masculino e feminino).

"Uma forma divertida de conhecer as diferentes figuras dos mitos gregos presentes em Pompeia", resume.

Incorporando lembranças por meio de fotografias, vídeos, áudios e jornais deixados pelo pai, a artista visual Carol Abreu, com a curadoria de Felipe Pamplona, realiza sua primeira exposição individual: “Studio Som Jolie”. Ao fazer parte de mais um desdobramento da sua pesquisa poética, que reúne reflexões sobre a vida, memórias afetivas e música, a mostra é sobre sentimentos, sensações e histórias pessoais compartilhadas com o público.

“Eu me sinto muito feliz em partilhar esse momento, trazer a memória afetiva como tema para se discutir, para se ver e trocar diálogos com o público, com os espectadores que vem aqui. Para mim, é uma honra poder realizar essa exposição”, diz.

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A inspiração do nome e de tudo que há na exposição é o estúdio que seu pai, Aldemário Abreu, mantinha em casa. Em 2020, Carol o perdeu e isso a fez observar o espaço com outros olhos. “Até então, eu sempre estava lá ao lado do meu pai ouvindo música, mas eu nunca parava para olhar de uma outra forma, escavar com curiosidade o que tinha lá. Eu só olhava os discos, ouvia música com ele e partilhava isso. No entanto, a partir desse momento que eu perco ele, eu começo a entrar no estúdio, começo a escrever sobre isso.”, relata.

Carol considera que tudo que seu pai deixou foi, de alguma forma, para que ela publicasse posteriormente, para rememorar tudo que foi vivido e guardado, compartilhando um pouco da vida que tiveram juntos.

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A artista não sabe dizer ao certo a razão da escolha do nome do estúdio. Entretanto, ressalta que a apreciação intensa pela música e o início da coleção de vinis de Aldemário se iniciou quando ele ainda tinha 14 anos. Ao ser questionada se ele a inspirou a ser artista, Carol conta: “Na verdade, eu digo que ele é o artista real de toda essa exposição. Essa exposição é composta pelos trabalhos dele. Eu digo que eu sou uma condutora desse trabalho, desses áudios, das fotografias que ele deixou, e articulo essa exposição, por meio da arte dele”.

Aldemário costumava dizer que deixava mensagens para a posteridade, algo muito apreciado por Carol que, através de sua exposição interativa, também permite que os visitantes transmitam um pouco de si por meio de registros em texto e áudio. Partilhando narrativas e proporcionando diferentes vivências aos espectadores por meio, também, de conversas, a artista acredita que o sentido da vida e da arte se encontra no compartilhamento de memórias e no conhecimento da ancestralidade.

Carol ressalta que sua exposição existe para fazer com que ocorram trocas e diálogos, formas de repensar as memórias afetivas, na família e nas pessoas com quem o público se relaciona. Além disso, também presume que é para relembrar da década de 60 e reviver um pouco a época do vinil e da fita cassete.

A mostra encontra-se no Espaço Cultural do Banco da Amazônia (Av. Pres. Vargas, 800 - Campina, Belém/PA) e estará disponível até o dia 5 de maio, das 9 às 17 horas.

Por Lívia Ximenes, Giovanna Cunha e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Foi inaugurada na última sexta-feira (29), no Atelier Pangeia, no Bairro do Recife, a Exposição Veneza Teimosa, promovida em parceria com a Ong Paratodos. A exibição coletiva reúne obras de oito artistas periféricos da capital pernambucana, que ganharam o prêmio em residência e mentoria artística -  Veneza Teimosa, realizado em 2021.

O prêmio culminou com a exposição de obras que fazem parte do projeto social e cultural que busca, incentiva e promove talentos periféricos a desenvolverem suas expressões culturais. O çançamento da exposição contará com apresentação da poetisa Priscila Ferraz.

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"A Ong Paratodos firmou termo de parceria com a equipe da Veneza Teimosa, na linha de ação Arte Paratodos, com intuito de apoiar artistas de periferia nesse processo  de criação e de ascensão de seus talentos e trajetórias profissionais. Com isso, vamos lançar a exposição conjunta desses jovens periféricos", explicou a presidente da Ong Paratodos, Marina Maciel.

Com foco em artistas periféricos, o Prêmio de Residência e Mentoria Artística Veneza Teimosa lança artistas como Amori, Brenda Bazante, Bubu, Jean Carvalho, Kadu Xukuru, Rayana Rayo, Tereza Pernam e Thais Barreto. Idealizada pelo curador de arte, Aslan Cabral, e pela historiadora da arte, Monica Bouqvar, as preparações para a Exposição Veneza Teimosa iniciaram ainda em 2021, com a seleção de artistas locais para treinamento e incentivo para criação de obras.

"Nós fomos os curadores de artistas que estão mais à margem da sociedade. O Prêmio de Arte Contemporânea foi em busca de minorias. Tivemos mais de 100 inscritos, escolhemos oito e destinamos valor para apoiar criações artísticas. Nosso intuito é impulsionar a arte e apoiar pessoas que precisam de incentivo", declarou Monica Bouqvar.

O título do projeto Veneza Teimosa tem como referência a comparação histórica e controversa entre as cidades de Recife e Veneza, e a Teimosia, elemento fundamental para resistência de levantes culturais e para o enfrentamento de abusos de poder, como no caso da comunidade Brasília Teimosa.

"Diversidade, além de um elemento político, também é um conceito artístico. Com efeito, o recorte do programa Veneza Teimosa serve como vetor cultural", conta Aslan. "Quem visitar a exposição poderá expandir, junto com todo mundo que fez parte da residência, seus parâmetros de arte, bem como entrar em contato com artistas os quais o Brasil ainda vai conhecer, nos próximos anos", complementou Monica. A mostra, que vai até 9 de maio, tem entrada gratuita.

Da assessoria

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A artista plástica parense Melina Mello, 22 anos, ganhou a oportunidade de levar suas obras para Paris, na França. A exposição deve ocorrer no art-shopping do Museu do Louvre, conhecido como Carrossel do Louvre,  em outubro de 2022, onde vai representar a cultura amazônica.

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A jovem artista transmite o protagonismo feminino em seus quadros, dos quais dois foram selecionadas para a exibição. Movida pelos incentivos do pai, Melina deu um novo significado aos desenhos que fazia desde criança. "O meu objetivo é levar as histórias que eu crio e expandir a Amazônia para o exterior", diz a artista.

Por recomendações de sua assessoria, Melina não pode revelar quais quadros serão expostos nem os detalhes sobre a exposição que antecederá a de Paris. Os quadros serão analisados e ajustados para os padrões da exibição, mas a artista está confiante de que tudo vai dar certo.

Recentemente, Melina Mello ganhou o prêmio Artista Revelação da Coluna Robson Lima. A premiação ocorreu na última sexta-feira (8), no Açaí Biruta, em Belém, e teve mais de 20 homenageados. Além de artista, Melina é  empreendedora, tendo sua loja no Instagram (@hanartstore), onde vende produtos voltados para o mundo geek. Confira a entrevista com Melina Mello.

Você ganhou o prêmio de Artista Revelação da Coluna Robson Lima. Como foi essa experiência?

Foi muito legal e, ao mesmo tempo, muito trabalhoso, porque é uma coisa que requer muita ajuda. Encher as pessoas de mensagens, pedindo "vai lá, vota", e você tem que ser sempre muito simpático. O fato de eu ter conseguido demonstra o esforço, não só meu, como o de muitas pessoas que tiraram um minuto do tempo delas para comentar e divulgar. Foi uma experiência bem legal, foi uma forma de muita gente me conhecer e eu estou bem feliz com o resultado.

E agora você tem a oportunidade de mostrar esse talento lá no Museu do Louvre, na França. Isso sempre esteve nos seus planos ou foi uma ideia que surgiu de repente?

Foi uma coisa que meu pai pediu pra eu fazer antes de ele partir. Ele não disse especificamente "vai expor no Louvre", ele nem fazia ideia de que isso era possível, que existia uma exposição em Paris. Ele apenas colocou sementes de um pensamento na minha cabeça, que foi "você precisa levar os seus quadros para fora, para o mundo, para que as pessoas daqui te vejam como alguém importante e te valorizem".

Pouco tempo depois de ele partir, eu pesquisei no Google sobre brasileiros que conseguiram expor suas obras lá fora e eu fui descobrindo lugares que abriam as portas. Um desses lugares é justamente Paris, o Carrossel do Louvre, onde acontece um art-shopping que tem muito espaço pra artista. As pessoas vão especificamente para adquirir arte. Não é um lugar para passeio.

E como foi esse processo, da seleção até o resultado de que você poderia expor suas obras lá fora?

Foi tudo através da empresa "Vivemos Arte", que se responsabiliza por tirar as obras do Brasil e analisar para ver se estão nos padrões do Louvre. Quando eu enviei meu portfólio, viram em mim o potencial para ser uma desses artistas que estarão lá. Depois de analisar meu perfil, fizeram uma entrevista comigo e foi dessa forma que viram que eu me encaixava, que eu tinha algo de relevante para levar da Amazônia. Daí eu indiquei o quadro que eu tinha interesse de levar. Foram dois quadros.

Como tem funcionado o custeio da sua viagem? É por meio de vaquinhas virtuais ou exclusivamente da venda das suas confecções?

A vaquinha anda bem devagar, eu não conto cem por cento com ela. Na verdade, ela vai ajudar muito nos custos de produção das obras, porque, independentemente de eu estar lá ou não, as obras serão levadas. O custeio da viagem eu estou fazendo através das vendas dos quadros, das pinturas em tecido e em tênis. Eu tenho uma loja, onde eu vendo os produtos em feira e eventos, e também tem a rifa.

Desde pequena você tem esse talento? Como tudo começou?

Nas minhas memórias mais antigas, foi na casa da minha avó, onde eu desenhava muito nos murais do quintal dela, um lugar cercado de flores e plantas. Eu me sentia à vontade para passar o dia rabiscando a parede. As mulheres da minha família têm uma veia artística, e minha avó me deixava livre. Eu diria que tudo começou ali.

Você já tem alguma outra exposição à vista? Algum plano para depois do Louvre? 

Um pouco antes de ir pro Louvre já vai ter outra exposição internacional. Eu pensava que o Louvre fosse ser minha primeira experiência lá fora, mas na verdade será a segunda e eu espero que depois dele venham a terceira e a quarta, se Deus quiser. Vou continuar me aplicando e indo atrás de oportunidades do gênero, porque meu objetivo, de fato, é levar as histórias que eu crio e expandir a Amazônia para o exterior.

Você pode falar sobre essa outra exposição de que você vai participar?

Não, mas falta bem pouco tempo pra eles passarem pra mim as artes que eu vou poder divulgar. A exposição está marcada para acontecer em setembro. Eu não vou ser a única artista paraense que vai participar dessa exposição. Serão 33 artistas do Pará, então vai ser uma coisa muito bacana.

Quais são seus quadros favoritos e o que representam para você?

O meu primeiro quadro, "O encontro das aves do Ver-O-Peso", que já foi vendido. Inclusive, ajudou muito no processo de economizar e investir na minha loja. Ele é muito especial para mim e só o fato de ele estar em uma coleção de grande valor já é muito importante, eu não teria feito de outra forma.

O que te inspira a pintar? Por que pintar esses temas em específico?

É uma coisa difícil de explicar "de onde a inspiração vem". Eu diria que eu me inspiro muito na imagem feminina, nos corpos e rostos femininos. Tem muita coisa que me chama atenção e me desperta diversas ideias, tudo o que envolve a natureza, o protagonismo feminino e a beleza que eu enxergo na Amazônia.

Além de pintura em tela, você trabalha com pintura corporal. O que pintar o corpo representa para você? 

A ilusão, que é o que eu mais controlo nas pinturas corporais e é algo que não necessariamente eu aplico nos quadros. Eu levo mais pra coisa imaginativa, falando sobre o medo, sobre querer gritar e não ter voz. Sou muito fã de Halloween, adoro terror, então, pra mim é bem fácil me inspirar nessas questões. Eu adoro a mágica que a pintura corporal traz do ilusionismo. Mas é apenas um hobby.

Que mensagem você daria para jovens artistas que compartilham do mesmo sonho que o seu?

Não se comparem. Esse é um dos maiores erros que eu vejo as pessoas cometendo hoje em dia. Nas redes sociais, parece que tá todo mundo fazendo um trabalho perfeito e muita gente acaba se desestimulando por não conseguir entregar sempre um resultado maravilhoso, mas tudo tem um motivo por trás, cada um tem sua história. Então, eu diria para não se comparar, porque cada um tem seu brilho.

Por Álvaro Frota (sob supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Hoje (13) tem início a mostra "A Tensão” no Centro Cultural do Banco do Brasil, no centro de  São Paulo. A exibição gratuita traz o trabalho do artista argentino Leandro Erlich, que reinventa “lugares-comuns”, deslocando-os de seu estado normal, com ilusões de ótica.

Com um conjunto de 16 obras, a exposição conta com um barco e elevador flutuantes, um jardim imaginário e a atração mais popular: uma piscina na qual o espectador pode entrar sem se molhar. Isto porque de em um lado ela possui uma camada de água, e do outro cria a ilusão de que as pessoas do fundo estão mergulhando na piscina.

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A entrada é gratuita. Os ingressos são liberados toda sexta-feira às 12h para a semana seguinte, e podem ser retirados na bilheteria local, ou no site http://www.eventim.com.br

Leandro Erlich tem 48 anos e começou a produzir suas obras em um ateliê em Buenos Aires e Montevideo (Uruguai). Ele já viveu e trabalhou em Paris e representou seu país em diversas bienais ao redor do mundo, incluindo o Brasil.

SERVIÇO

EXPOSIÇÃO "A TENSÃO"

Data: 13 de abril até 20 de junho

Horário: Todos os dias, exceto terças. Das 9h às 19h.

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Subsolo, Térreo, 1°, 2°, 3° e 4° andar - Centro Cultural Banco do Brasil SP, Centro Histórico -  São Paulo – SP.  Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô.

Classificação indicativa: Livre

Entrada: Grátis

Outras informações pelo telefone (11) 4297-0600.

Por Maria Eduarda Veloso

A vida profissional e pessoal do artista nova-iorquino Jean-Michel Basquiat (1960-1988) virou exposição e está sendo compartilhada em sua cidade natal. "Jean-Michel Basquiat: King Pleasure in New York City" foi idealizada por Jeanine Hariveaux e Lisane Basquiat, irmãs do artista, que morreu de overdose aos 27 anos, em 1988.

“Uma das coisas que queríamos fazer era garantir que as pessoas que apreciam a arte de Jean-Michel tivessem uma experiência totalmente imersiva”, compartilhou Lisane Basquiat. As irmãs levaram aproximadamente 19 meses para preencher completamente o espaço de exposição e reunir todos os artigos que seriam mostrados.

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A experiência começa com o ato “1960 - Introdução”, ano em que Basquiat nasceu. Logo após, a exposição transita para “Kings County”, local onde a família de Jean cresceu no Brooklyn. Os outros ambientes da mostra incluem “World Famous” e “Ideal”, que mostram mais o seu estúdio, o processo criativo e os diferentes períodos na vida do artista.

Ao serem questionadas, as irmãs afirmaram que todos os objetos expostos são de propriedade do espólio e que a família nunca venderá as peças que possuem.

Por Matheus de Maio

 

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