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O policial militar reformado Fabrício Queiroz (PTB), aliado de Jair Bolsonaro (PL) e família, relatou, em entrevista à Veja, que tem sido tratado como um “leproso” pelo antigo clã presidencial e se queixou de não ter recebido suporte dos ex-amigos para sua campanha à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em 2022. O militar também afirmou que pretende disputar o cargo de vereador da capital carioca nas eleições de 2024, mas que não conta mais com o apoio da família. 

Além do espaço que ocupou na polícia, Queiroz ficou conhecido nacionalmente pelo envolvimento no caso das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os trai”, afirmou o ex-militar. “Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado”, lamentou, ao relembrar que, mesmo assim, fez campanha para o amigo na disputa presidencial de 2022. 

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Queiroz chegou a comparar a postura de Bolsonaro com a do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que saudou os aliados no discurso de vitória. “Lula, assim que ganhou a eleição, foi para a Avenida Paulista em seu primeiro discurso. Do seu lado, estavam José Guimarães, Lindbergh Farias, e vários outros acusados por crimes. Para a família Bolsonaro, eu sou um leproso”, disparou. 

No ano passado, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj concorreu a uma vaga no legislativo estadual pelo PTB, partido de Roberto Jefferson, mas sem sucesso. Obteve apenas 6,7 mil votos. Por conta disso, decidiu tentar a candidatura a vereador em 2024. 

Ele explicou que quer aproveitar esse capital político e disse que ainda não decidiu por qual legenda vai lançar a candidatura. Sua única certeza é que será um partido de direita que lhe dê mais estrutura e mais chances de vencer. “Alguns já me procuraram. Mas ainda estou vendo com minha equipe”, contou Queiroz, ainda filiado ao PTB. 

Conversas de Whatsapp apontam que a família Bolsonaro, durante o mandato presidencial de 2019 a 2022, utilizou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para viagens não-oficiais, chegando a levar passageiros que não tinham nenhuma ligação com o governo federal. As informações foram divulgadas pelo jornalista Arthur Guimarães, no portal Metrópoles nesta quinta-feira (5).

De acordo com a reportagem, em 2019 Michelle e Renan Bolsonaro voaram no avião presidencial para compromissos privados, como a presença em um evento em uma igreja no Rio de Janeiro feita pela então primeira-dama, ou a visita do filho 04 à sua mãe. Michelle Bolsonaro chegou a realizar 54 voos com finalidade pessoal. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) embarcou dez vezes, e Jair Renan decolou sete. Os dados são do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que mostrou à reportagem registros de voos realizados sem a presença do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

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Michelle Bolsonaro realizou 54 viagens no avião da FAB sem a companhia do esposo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Agendamento por Whatsapp

O canal de comunicação entre os funcionários do GSI e a FAB era um grupo de Whatsapp, considerado como meio oficial para informar e confirmar os voos. As viagens oficiais feitas pela FAB são, via de regra, disponíveis não apenas para o presidente da República, mas para outras autoridades, como ministros, deputados e senadores, por exemplo.

A reportagem revela ainda que, além dos assentos reservados para os membros da família Bolsonaro, havia também um sistema de “carona”. Um dos exemplos é a marcação de um voo para a primeira-dama ao Rio de Janeiro, onde era informado que ela voaria acompanhada de dez pessoas na ida, e oito na volta para Brasília. 

Cadela passageira

Outra mensagem mostra que os agendamentos eram feitos dando uma certa prioridade à família e seus convidados. Em uma ocasião que estava no Rio de Janeiro, o GSI solicitou uma aeronave saindo de Brasília para buscá-la. Para aproveitar a carona, Jair Renan, o 04, embarcou de Brasília para visitar a mãe por alguns dias no Rio. Na volta do Galeão, já com Michelle à bordo, outra passageira veio junto, a cadela Beretta, vira-lata que pertence ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O embarque do animal foi autorizado pelo então braço direito do ex-presidente, Mauro Cid. Em um trecho da conversa, há um entendimento de que aquela não era a primeira vez que a cachorra viajava no avião presidencial, quando alguém faz o alerta de que “no último embarque a casinha de transporte não passava na porta, causando transtornos”.

Alerta ignorado

Os diversos usos dos aviões da FAB pela família presidencial não deixaram de ser notados, na época, pela equipe de funcionários envolvidos na logística. Uma das mensagens enviadas no grupo de Whatsapp relembra o caso em que o filho do presidente Lula (PT) pegou carona em um avião da FAB. O fato aconteceu em 2009, na ocasião do segundo mandato do petista, e foi considerado um escândalo. 

O remetente da mensagem comentou o caso, em tom de crítica, com a frase “as mesmas coisas feitas por outras pessoas”, como uma forma de alertar que o uso dos aviões pelos filhos de Jair Bolsonaro poderiam ser vistos com maus olhos pela mídia. “Filho de presidente não pega carona!”, disse em outra mensagem.

Campanha eleitoral

Segundo a reportagem, algumas viagens do então presidente Bolsonaro foram realizadas para fins de campanha eleitoral durante as eleições de 2022. Segundo as regras de uso dos aviões da FAB, é permitido realizar voo para campanha eleitoral, desde que haja o reembolso do partido. O texto revela que não houve confirmação por parte do GSI, da FAB e da Presidência do registro do reembolso do Partido Liberal (PL) pelas viagens feitas durante o período.

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro supostamente recebia envelopes de dinheiro enviados por Rosemary Cardoso Cordeiro, com regularidade no Palácio do Planalto, em Brasília, de acordo com Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, do Metrópoles. 

Rosemary é amiga íntima de Michelle e, no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PL), viu o salário de assessora no gabinete de um senador governista quase triplicar. 

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Os indícios apontam para mais um caso de rachadinha no clã Bolsonaro, mas os detalhes só poderão ser vistos na investigação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). “Áudios e outros registros aos quais a coluna teve acesso, comprovam que assessores de Michelle no Palácio da Alvorada tinham por tarefa com Rosi - seja no prédio dela, no Riacho Fundo, seja em um ponto de encontro entre o Planalto e o Congresso Nacional - os envelopes recheados de notas de reais”, relata a reportagem. 

O deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, pediu, durante sessão na câmara na última segunda-feira (9), que o governo da Itália não conceda cidadania ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar, em outras ocasiões, também já havia alertado sobre pedidos realizados pelos filhos do ex-presidente, Flávio e Eduardo. O ex-mandatário, porém, não tem pedidos sob análise até o momento. 

A comunidade internacional está em alerta desde novembro do ano passado, quando a derrota de Bolsonaro nas urnas passou a provocar reações na direita brasileira e especulações sobre uma possível fuga, a partir de 2023. Com os atos terroristas do último domingo (8), o alerta ficou em evidência novamente. Em Roma, a presença de aliados e um governo também de extrema-direita facilitariam um novo lar ao brasileiro. 

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“Há rumores da imprensa brasileira de que o Jair Bolsonaro, que está atualmente na Flórida, solicitou cidadania italiana. Você sabia que os filhos de Bolsonaro também solicitaram cidadania? Isso seria um grande problema para a república italiana porque diante dos acontecimentos não pode haver incerteza de não dar a cidadania italiana à família Bolsonaro, sobre quem tramitam processos judiciais na Justiça brasileira”, disse o parlamentar. 

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, por sua vez, afirmou, em entrevista a uma rádio, que o antigo presidente brasileiro não fez o pedido. Desde 30 de novembro, Jair Bolsonaro está em um condomínio de luxo na Flórida, Estados Unidos, em período sabático. 

Em sua fala, Bonelli fez referência ainda aos atos terroristas de domingo, que vandalizaram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília. “O governo italiano deve ser claro. Sem cidadania para os filhos de Bolsonaro e para o ex-presidente. Sem cidadania para os golpistas”, acrescentou. 

Comunidade europeia 

Embaixadores europeus também temem que o ex-presidente Jair Bolsonaro se mude com a sua família para a Itália. O temor se dá pela reação que líderes europeus podem ter com o desembarque de Bolsonaro no continente. A informação é do colunista do UOL Jamil Chade. 

Deputados do Parlamento Europeu tentam colocar a tentativa de golpe de extremistas no país no domingo (8) na pauta de discussão do Legislativo da União Europeia. A intenção dos parlamentares é apontar a gravidade do tema e o comportamento de Bolsonaro durante o mandato que contribuiu para que seus apoiadores partissem para a invasão às sedes dos três Poderes. 

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL), os filhos, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros aliados do presidente são réus em duas denúncias feitas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo Partido dos Trabalhadores e acatadas pelo ministro Benedito Gonçalves, por utilizarem as redes sociais para duvidar do sistema eleitoral brasileiro. 

Além dos nomes já mencionados, também estão: as deputadas federal Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), os deputados eleitos Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e o candidato derrotado à Vice-Presidência da República Braga Netto (PL-MG).

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A denúncia apontou os motivos da ação. “A autora sustenta a tipicidade da conduta, ao argumento de que os investigados, a partir de ‘premissas corrompidas’, usam as redes sociais para propagar ‘a narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro seria inseguro e manipulável’, alcançando milhares de seguidores, de modo a exercer uma ‘dominação do território virtual através da manutenção dos seus vínculos para amplificar o alcance da desinformação e violar a liberdade de pensamento, opinião e voto livre e consistente das pessoas’”, detalha o texto da ação. 

O ministro Benedito Gonçalves falou que as imputações também envolvem o desvio de finalidade no exercício das funções do presidente da República e cargos parlamentares “que teriam se aproveitado de sua enorme capacidade de influência nas redes sociais para ferir a isonomia, a normalidade eleitoral e a legitimidade do pleito”. 

Na segunda ação, apenas Bolsonaro e Braga Netto serão investigados por suposta prática de abuso de poder político e econômico. A argumentação é que os réus se beneficiaram de atos do presidente da República durante a eleição e se valeram da máquina pública para influenciar na escolha dos eleitores. 

“São citadas, entre outras medidas supostamente exploradas para finalidades eleitorais: antecipação da transferência do benefício do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás; aumento do número de famílias beneficiadas pelo Auxílio-Brasil; antecipação do pagamento de auxílio a caminhoneiros e taxistas”, dispõe a ação. 

A decisão do ministro Benedito diz que os acusados têm até cinco dias para apresentar os argumentos contra as acusações descritas nas ações. 

O deputado italiano Angelo Bonelli pediu esclarecimentos ao Ministério de Relações Exteriores da Itália sobre a possível tentativa de fuga dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL) de garantir a cidadania italiana, segundo Jamil Chade, do Uol. 

De acordo com o veículo, há uma precaução do deputado europeu de que Bolsonaro também tenha tomado medidas no mesmo sentido, o que poderia, de alguma forma, representar alguma movimentação para fugir de processos. 

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A ação diz respeito à publicação do portal Metrópoles de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-EJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) os filhos 01 e 03 do presidente, procuraram a embaixada italiana em Brasília na terça-feira (8), para obter a cidadania. 

Os filhos 01 e 03 do presidente Jair Bolsonaro  (PL), o senador Flávio e o deputado Eduardo, foram à embaixada da Itália em Brasília nesta terça-feira (8), nove dias após a derrota do pai nas urnas, para avançar no processo para obter a cidadania italiana, segundo o colunista do Metrópoles, Rodrigo Rangel. 

Os irmãos foram à representação diplomática nesta manhã, acompanhados de seguranças. O senador chegou a confirmar ao Metrópoles que está tratando o processo de cidadania. “A minha família tem origem italiana e eu tenho direito de requerer cidadania italiana, o que começou a ser tratado em setembro de 2019”, afirmou.

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No entanto, Flávio negou que esteja pensando em sair do Brasil. “Sou senador da República por mais quatro anos, pretendo disputar a reeleição e, antes que comecem a criar teses mirabolantes, sair do País não é uma opção para mim”, ressaltou. 

Tendo as redes sociais como principal meio de comunicação, o presidente Bolsonaro (PL) e seus três filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, todos com cargos políticos, diminuíram drasticamente a frequência de publicações nos respectivos perfis das redes sociais após Lula (PT) ter sido eleito no segundo turno das eleições, no último dia 30.

De acordo com um levantamento feito pelo Globo com base na plataforma de monitoramento de redes, a CrowdTangle, a média de publicações por dia no Facebook é 14 vezes menor do que a registrada durante a campanha eleitoral. 

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Apesar de os dados analisados serem apenas de publicações do Facebook, os conteúdos compartilhados pela família geralmente são os mesmos em todas as redes sociais. A família fez apenas nove postagens no Facebook durante os cinco primeiros dias após o segundo turno. Considerando os perfis de Bolsonaro e dos filhos, significa uma média de menos de duas publicações por dia.

No entanto, do dia 4 de agosto até o dia 30 de outubro, dia do segundo turno, os perfis fizeram, em média, 26 publicações diárias.

A conta de Flávio Bolsonaro foi a mais ativa durante a campanha. Ele fez, em média, 10 publicações por dia, seguida da conta do pai, Jair, que fez oito postagens por dia. Após o segundo turno, o total de publicações feitas pelos quatro integrantes do clã foi: quatro de Flávio, três de Eduardo e duas de Jair. O estrategista da campanha digital de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, não chegou a utilizar o Facebook e as demais plataformas desde a derrota do pai nas urnas.  

Bolsonaro compartilhou apenas a transmissão ao vivo do seu pronunciamento depois da vitória de Lula, na terça-feira passada, além de um vídeo, na última quarta-feira, onde ele pede o fim dos bloqueios de estradas e dá apoio aos atos antidemocráticos. 

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 17, em evento com católicos em São Paulo, que a família Bolsonaro representa o "sentimento raivoso" da direita internacional.

"Hoje, todo mundo está sendo mais ameaçado, e não é só no Brasil. É no mundo. Vimos o que aconteceu na Itália, a extrema-direita com a cabeça fascista ganhou as eleições. A gente sabe o que acontece na Hungria, que no Brasil tem representação. A família do atual presidente representa esse sentimento raivoso da direita internacional, que construiu um inimigo, que é o Foro de São Paulo", declarou Lula no evento.

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O petista ressaltou que padres católicos têm sido criticados por militantes bolsonaristas pelo País em pregações contra a fome. "Tenho lido notícias de padres atacados nas missas porque falam da fome, pobreza, democracia, são atacados por pessoas que sempre conviveram com a gente e a gente não sabia que essa pessoa tinha tanto ódio dentro dela. Esse ódio é como se fosse casulo aberto", disse o candidato.

Com a presença do Padre Julio Lancelotti, o ato com católicos, freis e freiras contou com leitura do Evangelho do Dia. O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou ter "dor na alma" quando um brasileiro agride outra religião. "Transformar a intolerância religiosa em política de Estado é uma coisa que eu tenho certeza, minha família jamais imaginou ver no Brasil", declarou o ex-prefeito de São Paulo.

O candidato a vice-presidente de Lula, Geraldo Alckmin, ressaltou que o espírito da vida pública é o amor ao próximo. "São Mateus nos alerta contra os falsos profetas", disse o ex-tucano.

Lula reforçou seu aceno ao segmento religioso e prometeu, se eleito, reuniões periódicas com representantes de Igrejas. "As igrejas podem suprir deficiências do Estado muito grandes", declarou.

"Esse encontro nosso não termina aqui. Está apenas começando. Quando a gente estiver no governo, vai precisar de muitas reuniões", acrescentou. De acordo com Lula, a extrema-direita quer impor o bolsonarismo como uma "agenda definitiva" para o Brasil, o que sua candidatura tentaria barrar. Ele terminou o discurso com a expressão "Deus abençoe vocês".

Congresso

O petista afirmou também que o Congresso Nacional "mudou para pior" com a eleição do último dia 2. "Esperamos para ver se ia mudar para melhor o Congresso e mudou para pior", declarou Lula. "Se olhar para cara do Congresso Nacional, se pensar que todos nós somos maioria, somos minoria lá", acrescentou, ao destacar a discrepância entre representantes do agronegócio e dos sem-terra em Brasília.

Para Lula, que voltou a mostrar confiança em sua vitória, 2023 será um ano "muito complicado" com o Orçamento já em tramitação no Congresso e com parlamentares conservadores. "Estamos vivendo momento difícil, nunca vivi momento como esse no Brasil", afirmou o petista.

O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, "04", usou as redes sociais para defender sua mãe, Ana Cristina Valle, depois de uma “indireta” da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em publicação no Instagram, a atual esposa do chefe do Executivo afirmou que seu irmão Eduardo Torres é o único candidato da família Bolsonaro a concorrer para deputado distrital. Disse ainda que há “alpinistas” na disputa, tentando utilizar do sobrenome Bolsonaro para benefício próprio. 

Ana Cristina Valle também é candidata a deputada pelo Distrito Federal. Na urna, ela usa o nome de Cristina Bolsonaro para concorrer à vaga. Nas redes, Jair Renan defendeu o direito de sua mãe usar o nome do clã e criticou o uso da expressão “alpinista”. 

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“Minha mãe Cristina Bolsonaro teve uma história de vida com o atual presidente Jair Messias Bolsonaro, onde foram casados por 16 anos, e sou fruto desta relação; onde houve parceria e muito amor”, escreveu: 

“Portanto, não podemos negar o fato de que minha mãe teve sua contribuição com a chegada do meu pai à Presidência da República. Por esse motivo, minha mãe, Cristina Bolsonaro, tem o direito de usar o sobrenome do meu pai, não por vaidade, mas por fato e direito.” 

Em outra publicação nos stories, Jair Renan mencionou de forma indireta a madrasta: "Cristina Bolsonaro, que está na disputa a uma vaga da Câmara Legislativa do DF tem meu apoio e deixou claro que a fala de terceiros, 'Alpinista', não reflete a realidade." 

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O ex-cunhado do presidente Jair Bolsonaro (PL), André Siqueira Valle, irmão mais novo de Ana Cristina Siqueira Valle, com quem ele era casado até 2007 e é mãe do filho 04, Jair Renan, contou que o casal guardava “caixas de dinheiro vivo” na mansão da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando Bolsonaro ainda era deputado federal. 

A revelação está no livro “O negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro, escrito pela jornalista Juliana Dal Paiva. “Pô, você não tem ideia de como que é. Um monte de caixas de dinheiro lá. Você fica doidinho”, disse. 

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O livro chegará às livrarias ainda em setembro, mas o trecho que trata sobre a relação de André com Bolsonaro foi divulgado na UOL, pelo jornalista Chico Alves.

O próprio André Valle era peça importante do esquema das rachadinhas que, por anos, arrancou de assessores parlamentares da família, sendo vários deles fantasmas, a maior parte dos seus salários. Ele foi demitido do gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados por não devolver o valor acordado ao chefe e cunhado, pois deveria ficar apenas com 10% do montante. 

A história da demissão foi contada pela irmã de André e de Ana Cristina, a fisiculturista Andréa Siqueira Valle. “O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido. Tinha que devolver R$ 6 mil, ele devolvia R$ 2 mil, R$ 3 mil. Foi um tempão assim, até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo”, contou. Ela também admitiu que ela devolveu 90% do salário durante os 10 anos (de 2008 a 2018) em que ficou nomeada no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente. 

Por sua vez, André passou pouco menos de um ano no gabinete do ex-cunhado, mas já havia trabalhado como assessor do vereador Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente. Atualmente ele trabalha com eventos. André e a irmã Andréa estão entre os 18 parentes da família Siqueira Valle que foram nomeados em um dos três gabinetes da família Bolsonaro. À medida que a candidatura de Bolsonaro ganhava visibilidade para o Palácio do Planalto, em 2018, os servidores irregulares iam sendo exonerados. 

Atual presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado, o petista Humberto Costa enviou um pedido, nesta sexta-feira (3), para o ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitando proteção para Marcelo Luiz Nogueira Santos, que era funcionário da família Bolsonaro. Em entrevista, Santos deu detalhes de como funcionava um suposto esquema de rachadinha.

As revelações feitas ao colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles, trazem relatos de como a suposta operação funcionava. Segundo Marcelo, a ex-esposa do presidente, Ana Cristina Valle, era quem ficava com repasse de dinheiro que era de cerca de 80% do salário dos funcionários do gabinete do então deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro. 

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“Cabe às autoridades públicas a preservação da democracia, das instituições e das pessoas expostas à grave ameaça, em razão de colaborarem com a investigação ou processo criminal, como ocorre no caso das investigações sobre o ‘esquema das rachadinhas’, envolvendo parlamentares federais e estaduais do Rio de Janeiro”, pediu Humberto Costa ao ministro da Justiça, ao diretor da PF, Paulo Maiurino, e à ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, de acordo com o Metrópoles. Ele também solicitou que Marcelo fosse incluído no programa de proteção à testemunha.

De acordo com informações da 'Revista Época', a família do presidente da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido) teria movimentado mais de R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo, com transações que envolveriam pagamentos e recebimentos. 

Segundo o veículo de imprensa, o total incluiria quantias movidas, supostamente, por diversos membros da família: Rogéria Bolsonaro, ex-esposa e mãe dos três filhos políticos do presidente, que comprou um apartamento avaliado em R$ 95 mil em cash no ano de 1995, quando ainda era casada com Bolsonaro. Fernanda Bolsonaro, esposa de Flávio Bolsonaro e portanto nora do presidente, teria recebido R$ 25 mil de Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu marido, no ano de 2011. A 'Época' diz que há, ainda, um depósito de R$ 12 mil em espécie em favor de Fernanda, cujo autor não foi identificado.

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Flávio Bolsonaro

O filho 01 do presidente teria adquirido salas comerciais na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por R$ 86,7 mil em 2008, por meio de depósito; um apartamento em 2012 na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, avaliado em R$ 638,4 mil, adquirido junto à sua esposa, Fernanda Bolsonaro, segundo o Ministério Público e, em 2014, ele pagou R$ 30 mil em depósitos fracionados de R$ 3 mil para adquirir móveis que estavam em um apartamento que comprou, também na Barra da Tijuca. Em 2017, teriam sido depositados R$ 96 mil, fracionados em depósitos de R$ 2 mil, na conta do agora senador. 

Entre os anos de 2014 e 2018, 53 boletos da escola dos filhos de Flávio e Fernanda, somando R$ 153,2 mil, teriam sigo pagos, de acordo com a revista, com dinheiro vivo na boca do caixa. De modo similar, entre 2013 e 2014, 63 boletos da fatura do plano de saúde da família de Flávio, totalizando R$ 108,4 mil, teriam sido pagos em dinheiro.

No ano de 2009, Flávio Bolsonaro e seu irmão, Carlos Bolsonaro, teriam pago R$ 31 mil em dinheiro para cobrir prejuízos que tiveram em investimentos feitos na Bolsa, através de uma corretora de valores. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) suspeita que Flávio Bolsonaro lavou cerca de R$ 1,6 milhão por meio de sua loja de chocolates e, caso isso se confirme, o montante final movimentado pela família em dinheiro vivo ainda pode aumentar.

Ana Cristina Valle, ex-esposa de Bolsonaro

Ainda durante o casamento com Bolsonaro, Ana Cristina Valle, segundo a 'Época', adquiriu 14 casas, terrenos e apartamentos que, somados, foram avaliados em R$ 3 milhões no momento do divórcio, em 2007. Dos 14, cinco imóveis foram pagos em dinheiro vivo (duas casas, um apartamento e dois terrenos), através de negociações distintas, entre os anos 2000 e 2006, totalizando R$ 243.300 em valores da época, pagos, segundo a revista, em cash. 

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 O presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Eliot Engel, reagiu nesta segunda-feira (27) à publicação de um vídeo de apoio ao presidente Donald Trump pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro.

A peça de campanha para as eleições americanas deste ano foi divulgada pelo filho de Jair Bolsonaro no último domingo (26), acompanhada pelo texto "Trump 2020".

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"Nós já vimos esse manual antes. É vergonhoso e inaceitável. A família Bolsonaro precisa ficar de fora das eleições nos EUA", disse Engel, que é do Partido Democrata, de oposição a Trump.

A família Bolsonaro tem se mostrado uma fiel aliada do presidente americano, mesmo após ele ter citado o Brasil como exemplo negativo de combate à pandemia do novo coronavírus.

Trump tentará a reeleição em disputa contra o ex-vice-presidente Joe Biden, que concorre pelo Partido Democrata e lidera as pesquisas atualmente. A votação está marcada para 3 de novembro.

Da Ansa

Advogados do inventário de Marisa Letícia Lula da Silva, falecida esposa do ex-presidente Lula, prestaram esclarecimentos sobre o valor de Certificados de Depósitos Bancários (CDB) da ex-primeira-dama.

Os documentos haviam causado confusão anteriormente quando, de acordo com o texto publicado nesta quarta-feira (15) pela página do Instituto Lula, o juiz da 1º Comarca de Família e Sucessões de São Bernardo do Campo confundiu o valor unitário de cada certificado com outro tipo de documento, gerando uma cifra maior que a verdadeira, de R$ 26 mil, e “fake news divulgadas pela família Bolsonaro e rádio Jovem Pan”, segundo o instituto.

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Em esclarecimentos prestados nesta quarta-feira (15) ao juiz os advogados de Marisa afirmaram que “em razão da aplicação automática de valores que estavam disponíveis na conta-corrente que pertencia à D. Marisa e que já haviam sido trazidos a estes autos, foi identifica a existência de CDBs em nome da falecida, os quais, segundo extrato atualizado do Banco Bradesco, correspondem à quantia (líquida) de R$ 26.281,74”.

Ainda segundo a defesa, “o valor real é 10.000 vezes inferior ao divulgado pelos parlamentares Carlos e Eduardo Bolsonaro e pela secretária de Cultura Regina Duarte, que divulgaram a fake news da estimativa equivocada nas suas redes sociais para caluniar uma pessoa falecida com fins políticos”.

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O ex-deputado Jean Wyllys disparou contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por ter publicado uma imagem falsa da ativista ambiental, Greta Thunberg, nas redes sociais. Para Wyllys, a família do presidente Jair Bolsonaro (PSL) age como “uma máfia” e um a “organização criminosa que usa mentiras” como arma para destruir quem se opõe aos objetivos deles. 

“Eduardo Bolsonaro está fazendo contra Greta Thunberg o que sempre fez contra adversários na Câmara: MENTIR [sic] e falsificar. Estranha é a impunidade dele!”, escreveu Jean, em publicação no Twitter. 

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Eduardo Bolsonaro postou uma imagem em que Greta aparece confortável e em uma mesa farta dentro de um trem, enquanto crianças pobres a observam da janela. A imagem real foi retirada do Instagram de Thunberg, em um post feito em janeiro. Nela, a ativista aparece comendo em um trem, mas a janela reflete apenas árvores e não as crianças.

Greta fez parte de um grupo de 16 adolescentes que foi até a Cúpula do Clima na Organização das Nações Unidas, em Nova York, para denunciar o Brasil e outros países por não fazerem o suficiente para impedir o aquecimento global.

Na ótica de Wyllys, “a família Bolsonaro e o PSL agem como uma máfia, uma organização criminosa que usa mentiras, fake news, calúnias, falsificações e teorias conspiratórias como armas de destruição dos que contrariam seus objetivos”. 

Falsificação de vídeo

Ao falar da postura do filho do presidente sobre Greta, Jean relatou que Eduardo, em 2016, teria adulterado “criminosamente” um vídeo para mover um processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. 

“Processo que os demais canalhas aliados dele acataram! Havia, na origem daquele processo contra mim, não só UM CRIME [sic] comprovado pela polícia, mas algo kafkiano: como escroques e desonestos poderiam levar, para ser julgado ao Conselho de Ética, alguém que era ético e estava sendo acusado num processo fraudulento? O processo seguiu por um ano”, contou, reclamando também da atuação da imprensa.

“A homofobia social também esteve por trás da maneira como deputados e jornalistas silenciaram sobre (e pactuaram com) a violência que era aquele processo fraudulento contra mim no Conselho de Ética da Câmara, processo movido e acatado por conhecidos escroques da política”, salientou.

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