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Uma igreja evangélica localizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, foi interditada por duas vezes por estar funcionando sem permissão, em horário não permitido e com aglomeração de fiéis que não seguiam nenhuma proteção contra a Covid-19. O pastor gritou para a fiscalização que "Covid não existe e quem manda é Deus".

O templo religioso foi interditado pela primeira vez na última quinta-feira (30), quando a prefeitura e o Ministério Público Estadual (MPE) fiscalizavam o cumprimento do toque de recolher. Na igreja, os fiscais se depararam com 60 pessoas, sem máscaras, e funcionando em horário não permitido.

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Segundo o G1, na abordagem o líder religioso disse que "a Covid não existe. Quem manda aqui é Deus e não promotor, prefeito ou governador". Uma confusão foi formada e o pastor rasgou o auto de infração. 

Na noite da sexta-feira (31), mesmo depois da equipe de Vigilância Sanitária interditar a igreja colocando lacre na porta principal, à noite, uma equipe de fiscalização da prefeitura flagrou - novamente - o local funcionando normalmente, com 30 pessoas presente.

O pastor disse que elas entraram pela porta lateral e que o lacre não tinha sido retirado. O culto foi encerrado e, sob pena de ser encaminhado para a delegacia de polícia, o pastor prometeu não desobedecer a ordem pública.

Medo, ansiedade, notícias ruins, crise política, problemas econômicos, desemprego. A pandemia do novo coronavírus ocasionou uma série de dificuldades que estão castigando a rotina da sociedade. Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), realizada por meio do professor Alberto Figueiras, da Instituto de Psicologia da entidade, apontou que incertezas e as mudanças impostas pelo isolamento social vêm provocando sofrimento psíquico: casos de depressão praticamente dobraram entre os brasileiros entrevistados, enquanto os registros de ansiedade e estresse demonstraram crescimento de 80%.

A partir desse cenário preocupante, o programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?” debate, nesta terça-feira (23), o tema “Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?”. A live é exibida no Youtube do LeiaJá, por meio do Instagram @leiaja e no canal no YouTube Vai Cair No Enem. Assista:

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Participam da transmissão a psicóloga Silvia Regina Rodrigues, o sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião Alexandre L’Omi L’Odò, o psicólogo Dino Rangel, além do padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Davi Gonçalves. A apresentação fica por conta do jornalista Nathan Santos.

O ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

Medo, ansiedade, notícias ruins, crise política, problemas econômicos, desemprego. A pandemia do novo coronavírus ocasionou uma série de dificuldades que estão castigando a rotina da sociedade. Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), realizada por meio do professor Alberto Figueiras, da Instituto de Psicologia da entidade, apontou que incertezas e as mudanças impostas pelo isolamento social vêm provocando sofrimento psíquico: casos de depressão praticamente dobraram entre os brasileiros entrevistados, enquanto os registros de ansiedade e estresse demonstraram crescimento de 80%.

A partir desse cenário preocupante, o programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?” debate, nesta terça-feira (23), às 16h30, o tema “Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?”. A live será exibida no Youtube do LeiaJá, por meio do Instagram @leiaja e no canal no YouTube Vai Cair No Enem.

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Participam da transmissão a psicóloga Silvia Regina Rodrigues, o sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião Alexandre L’Omi L’Odò, o psicólogo Dino Rangel, além do padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Davi Gonçalves. A apresentação fica por conta do jornalista Nathan Santos. O programa será exibido excepcionalmente nesta terça-feira em virtude do feriado de São João, celebrado quarta-feira (24) em Pernambuco.

O ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

Serviço

Programa 'Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?'

Quando: nesta terça-feira (23)

Horário: 16h30

Tema: Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?

Convidados: Silvia Regina Rodrigues (psicóloga); Alexandre L’Omi L’Odò (sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião); Dino Rangel (psicólogo); e Davi Gonçalves (padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz).

Onde assistir:

youtube.com/leiajaonline

Instagram @leiaja

youtube.com/vaicairnoenem

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“A ideia é realizar a festividade, mas isso só irá acontecer se houver condições seguras, pois a prioridade número um é a saúde da população”, afirma o coordenador do Círio de 2020, Albano Henriques Martins Junior. O Círio de Nazaré, a maior festa religiosa do país, reúne cerca de dois milhões de pessoas pelas ruas de Belém no segundo domingo de outubro. Este ano, porém, a pandemia do novo coronavírus ameaça quebrar a tradição. Clique no icone abaixo e ouça podcast.

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Em entrevista divulgada pela revista Época, em 6 de maio, o prefeito de Belém, Zenaldo Courtinho, considerou difícil a realização do Círio por causa da pandemia. Para o coordenador do Círio de 2020, Albano Henriques Martins Junior, a festividade católica tem a importância religiosa, cultural, social e econômica para o Pará. Porém, no momento atual, afirmou, as medidas sanitárias e restritivas do isolamento podem, sim, afetar a realização do Círio. 

“Está prevista uma reunião para a segunda quinzena de junho, determinada por dom Alberto Taveira (arcebispo de Belém), na qual todas as entidades convidadas, Governo do Estado, Prefeitura, as Secretárias de Saúde, Forças Armadas, Ministério Público do Estado do Pará, Ministério Público Federal, Conselho Regional de Medicina, estarão presentes para o debate acerca da manutenção ou alteração do calendário do Círio”, afirmou Albano Henriques Martins Junior.

Segundo o coordenador do Círio, assim que a data possível for definida, e quando for seguro realizar o evento, todas as medidas de proteção serão tomadas. Se for recomendado o adiamento, é possível que festividade seja realizada em dezembro. “Jamais faremos algo que coloque em risco a saúde dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Buscaremos outras maneiras de homenagear a Mãe dos paraenses”, assegurou.

De acordo com Albano Junior, a data não passará em branco. Pode ser que a Diretoria da Festa crie uma alternativa totalmente nova e inédita. “Estamos trabalhando e estudante caminhos, e quem sabe algo virtual, um documentário a ser transmitido ou até pequenos eventos cuja realização seja permitida pelas autoridades sanitárias”, afirmou.

Para o jornalista e professor João Carlos Pereira, comentarista do Círio há mais de 25 anos, se o Círio for suspenso oficialmente por questões de saúde será de fato um momento histórico. “Se houver o Círio nos moldes tradicionais, a que estamos acostumados a ver, deverá ser um evento diferente em que aglomerações deverão ser evitadas”, afirmou.

Segundo o jornalista, se não houver Círio os fiéis não devem se entristecer. João Carlos Pereira conta que, no dia 13 de maio, em Portugal, foram canceladas as celebrações para Nossa Senhora de Fátima e que a devoção dos portugueses é parecida com dos paraenses por Nossa Senhora de Nazaré. “Os filhos de Nossa Senhora amam independente da comemoração ou não da festividade. O Círio é uma exteriorização desse amor, mas quem a ama não precisa da comemoração para demonstrar o que sente”, afirma.

Por Amanda Martins.

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Durante o programa Papo de Segunda Verão no Canal GNT, que foi ao ar nessa segunda-feira (17), o cantor Gilberto Gil falou um pouco sobre suas crenças. O ex-ministro contou detalhes de sua vida e visitou locais históricos de Salvador.

Em determinado momento do programa, o cantor foi questionado se Deus estava satisfeito com os acontecimento atuais no país, em resposta Gil disse: “Ninguém sabe quais são os desígnios de Deus, porque ele quer que seja assim ou porque ele quer que seja assado. Eu costumo dizer que Deus nós é que criamos isso; Deus é uma invenção do homem. A crença geral é que é o oposto, que o homem é que foi criado por Deus”.

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O cantor, também falou sobre fé e religião: “A religião, no modo geral, a crença não só em uma transcendência, de uma possível vida depois desta, mas também à regência feita por essa instância superior, normatizando procedimentos e comportamentos, é uma coisa que as religiões adotam e isso acaba, na maioria dos casos, levando as pessoas a uma adoção de uma maneira de ser relativa àqueles preceitos e mandamentos de Deus”.

Gilberto Gil é adepto de Xangó, do Candomblé, religião de matriz africana e ainda contou detalhes de sua ligação desde criança com as tradições religiosas e admiração pela fé independente de religião.

Há três anos, um grupo de jovens estudantes se reúne para refletir sobre os ensinamentos bíblicos em universidade de Belém. Chamado de Pai Nosso Movement, o movimento já tem um grupo no WhatsApp (98191-9210) e conta no Instagram. Um dos líderes, o estudante Paulo Fernandes, aluno do último semestre de Fisioterapia da UNAMA - Universidade da Amazônia, falou ao podcast Na Pauta sobre as ações voltadas para divulgar o amor e a palavra de Deus. Clique no ícone abaixo e ouça a entrevista. 

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Há cinco séculos que a Igreja Católica domina a preferência religiosa no Brasil. No entanto, segundo pesquisa do Datafolha, o número de evangélicos (30%) tem se aproximado do número de católicos (50%). Espíritas (3%), adeptos das religiões afro-brasileiras (2%), outras religiões (2%), ateus (1%) e judaica (0,3%) são as religiões que aparecem em seguida. Se juntar todos esses números, além dos evangélicos e católicos, não chega nos 10% das pessoas que dizem não ter religião alguma.

À Folha de São Paulo, o pesquisador em demografia José Eustáquio Alves revela que até 2032 o número de evangélicos pode superar o de católicos no Brasil, já que anualmente, desde 1991, os católicos caíram 1% ao ano, enquanto os evangélicos cresciam 0,7%. 

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A projeção feita pelo pesquisador é que em 2032, a religião evangélica seja a realidade de 39,8% da população, enquanto os católicos se resumiriam a 38,6% da população. "Não sei se este crescimento vai continuar. Não existe nenhum determinismo nesta questão, mas é uma possibilidade que está aberta e os evangélicos podem, sim, ser maioria absoluta lá pelos idos de 2050. O futuro dirá?", indaga José Eustáquio.

No final dos 1990 e começo dos anos 2000, Ângela Bismarchi ficou conhecida nacionalmente pelas inúmeras cirurgias plásticas e participações nos carnavais em escolas de samba. Atualmente longe dos holofotes, Ângela segue um caminho que não está mais ligado ao universo artístico. Evangélica, a loira usa as redes sociais para compartilhar mensagens otimistas e com temáticas espirituais.

No seu perfil do Instagram, esta semana, Ângela Bismarchi dividiu com os seus seguidores uma reflexão sobre o Natal. Ela declarou que o período natalino é para celebrar Jesus Cristo. "Durante semanas, preparamos nossos corações em esperançosa expectativa e agora estamos a apenas uma semana do Natal. Celebrar e refletir sobre o presente perfeito de Deus para nós: seu único filho, Jesus", escreveu.

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"E, ao reunir amigos e familiares durante as festas de fim de ano, vamos conectar à Palavra de Deus falando da esperança e alegria que temos em Cristo", finalizou. Ângela Bismarchi se converteu ao evangelho há quatro anos.

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O fim de semana será de festa em Barcarena, nordeste do Pará. O município celebra seu 60º Círio de Nossa Senhora de Nazaré prometendo levar milhares de fiéis às ruas da cidade. 

A programação começou em outubro, com as visitas das imagens peregrinas aos lares dos católicos barcarenenses. Os órgãos públicos também receberam a santa. Mas é neste fim de semana que as principais romarias da festa acontecem.

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A programação começou com a apresentação do manto, em 7 de novembro, no Centro de Eventos. Nesta sexta-feira, dia 8, às 18 horas, sai a procissão rodoviária rumo à comunidade do Cafezal. 

No sábado, dia 9, é dia de romaria fluvial, com saída da comunidade Piramanha Baixo, até a orla de Barcarena. À noite, às 19 horas, a trasladação sai do Centro de Eventos rumo à comunidade São Pedro, de onde no dia seguinte, no domingo, sai o Círio 2019, às 6 horas pelas ruas da cidade.

O primeiro círio foi em 1959, a partir da devoção que uma família tinha na cidade pela Virgem de Nazaré. Por anos a procissão saía da comunidade do Cafezal e a imagem peregrina era conduzida num carro de boi. 

Em seguida a devoção passou para a sede da cidade, com a construção da Igreja Matriz na década de 60. Nos dias atuais a Paróquia São Francisco Xavier vive uma festividade diferente, sem a presença da Igreja Matriz, que precisou ser demolida em 2018 por risco de desabamento. As atividades religiosas ocorrem ao lado do que era a igreja, agora no Centro de Eventos paroquial. 

Na festividade 2019, com o tema “Alegra-te, cheia de graça. O senhor é contigo”, a Igreja busca recursos para reconstruir aquilo que será, por anúncio do bispo de Abaetetuba, um Santuário Paroquial à Nossa Senhora de Nazaré. Sem espaço para celebrar o religioso e o cultural ao mesmo tempo, uma estrutura de ferro e lona foi montada na avenida Cronje da Silveira.

A festividade deste ano conta com vários momentos especiais, como o concurso de redação que chegou em 2019 à sua 5ª edição. A prova premia os três primeiros colocados de três categorias de estudantes de escolas públicas e privadas de Barcarena. No sábado da festa, dia 16, pela manhã, ocorre o Círio Mirim, às 7h no Centro de Eventos; e pela tarde a Romaria da Juventude, às 14h na comunidade Nossa Senhora Aparecida. Algo inédito neste ano é a corrida e caminhada do círio, no domingo, dia 17, às 6h. O evento busca arrecadar fundos para a construção da nova Igreja Matriz. Pela noite do domingo, às 19h, missa de encerramento da festa. Na segunda, dia 18, às 19h, também no Centro de Eventos, missa do recírio.

Serviço

Círio 2019 em Barcarena.

Data: 10 de novembro de 2019. Hora: 6h.

Local: saindo da comunidade São Pedro, na Jaime Dias, esquina com Cantídio Nunes, Bairro Novo.

Por Jhonata Chaves.

 

“Convicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma asserção; credulidade, crença. Conjunto de ideias e crenças de determinada religião ou doutrina. A primeira das três virtudes teologais”. Assim é a definição da palavra “fé” no dicionário ‘Michaelis’. O termo, expressado entre religiosos de diversos segmentos, se materializa nas experiências de pessoas que alicerçam suas crenças em algo divino, muitas vezes considerado superior. Também por meio da fé, há quem cultive sonhos e objetivos pessoais ou profissionais; muitos deles atrelados à educação, como no caso de milhões de estudantes que enfrentam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) almejando ingressar na universidade.

A ansiedade invade a rotina de estudantes que durante o ano todo dedicaram suas vidas aos estudos. E a fé é tida como um recurso de combate ao nervosismo que pode atrapalhar o desempenho dos candidatos, assim como um instrumento de confiança para aqueles que sonham com a aprovação.

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 Segundo o teólogo Rodrigo Alves, historicamente a humanidade tem fé por uma necessidade. “A fé nunca será algo abstrato. Sempre estará baseada em alguém ou em alguma coisa. De acordo com o tempo, o homem peca e se afasta de Deus; o homem, naturalmente, sente a necessidade de religar-se com Deus e, nessa tentativa, começa a trazer diversos deuses ou elementos da natureza. Todo ser humano vai procurar algo em que ele possa colocar a sua segurança. Ninguém tem fé no nada”, explica Alves.

No Enem não basta só ter fé

O babalorixá Ivo de Xambá diz que a fé precisa ser ligada ao esforço do cidadão. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Desde 1993 líder da Nação Xambá – em Olinda, na Região Metropolitana do Recife -, Patrimônio Vivo de Pernambuco, o babalorixá Ivo de Xambá acredita que a fé, no contexto do candomblé, “é um sentimento de confiança”. No entanto, ela não pode ser o único recurso para o estudante que vai enfrentar as provas do Enem. Na visão do religioso, os estudantes precisam se preparar para, por meio da crença, pedir aos orixás boas energias que possam os manter tranquilos durante o Exame.

“Freud, mesmo sendo materialista, dizia que se Deus não existisse tinha que ser inventando, porque é essa fé que nos empodera para ter um sentimento de vida melhor. Acho que o Estado tem que ser laico, mas todo homem tem que ter sua fé. Aquele estudante, que está sozinho com o livro, precisa ter alguém que ele possa dividir. Não é uma fé incontrolável, mas sim direcionada, que você sabe onde vai o limite, desde que a fé não atrapalhe sua competência. Você vai ter fé nos orixás, mas você tem que estudar, fazendo sua parte. Tem que se preparar, absorver todas as matérias e fazer uma boa prova”, explica o babalorixá.

Crítico, ao apontar que a educação é, no Brasil, o principal meio de ascensão social, porém, por falta de investimentos, é uma das áreas mais afetadas do país, Pai Ivo reitera que, no Enem, os estudantes depositam o sonho de chegar à universidade. Ao fazer uso da fé, o candidato pode ficar menos nervoso e mais concentrado, além de manter o otimismo na aprovação. 

“Tem que ter um alinhamento, a fé não pode ser aquela pessoa preguiçosa. O cidadão tem que distinguir a fé da questão intelectual. O cara tem que sair do mundo da fantasia, precisa viver a realidade, que é o cara estudar. Não existe outro caminho para você chegar se não for pela cultura e pela educação. E o Brasil perde muito com isso porque ganha menos e é o professor que prepara o jovem que será o Brasil de amanhã”, opina Pai Ivo.

Seu desejo, quando realizado, deve propagar benefícios ao próximo

Pastor Boanerges Dantas pede calma aos candidatos do Enem. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

O pastor evangélico Boanerges (Bona) Dantas, há 20 anos líder da Igreja Batista Oásis, localizada no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, afirma que a fé, na visão cristã, tem ligação com o comportamento dos seguidores de Jesus Cristo. “Quando a bíblia trata de fé, ela diz que é um firme fundamento nas coisas que se não enxerga e uma convicção nas coisas que se espera. Fé não é crença, vai além disso, é comportamental, se representa com atos concretos. É um comportamento resultado de uma crença. Creio em algo ou em alguém e vou me comportar de acordo com o que creio”, explana Dantas.

De acordo com o religioso, os candidatos do Enem podem, por meio de orações, pedir a Deus calma e tranquilidade para desenvolverem boas respostas na prova. Ele alerta, no entanto, que muitas pessoas recorrem a Jesus Cristo pedindo o alcance de objetivos pessoais que não trarão benefícios ao restante da sociedade. “Creio que Deus se importa com o que a gente deseja. Só que existe um mundo consumista, em que as pessoas estão centradas nelas mesmas, e essas pessoas têm ambições só pessoais, que não vão melhorar o mundo em sua volta. Diria que esse tipo de situação não combina com Deus. A própria bíblia combate ambição”, acrescenta o pastor.

Boanerges endossa o discurso de que a fé em Deus pode ajudar os estudantes rumo à aprovação via Enem, desde que eles se esforcem. “Você tem fé no Deus que pode fazer e a própria bíblia diz que tudo é possível naquilo que crê. Porém, digo para essas pessoas que elas não se baseiem em coisas superficiais, mas sim em coisas concretas. Confie em Deus, mas faça sua parte. Estude, se capacite, procure bons professores. Não adianta só ter fé. A fé vai se estabelecer no ponto que existe, então, se não existe estudo, onde vou basear minha fé?”, questiona.

Conhecimento propaga fé

 Silvio Costa é presidente do Grupo de Assistência Mediúnica. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens 

No espiritismo, segundo o presidente do Grupo de Assistência Mediúnica (GAM), situado no bairro da Torre, no Recife, Silvio Costa, a fé é fruto das experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da vida. Assim como os outros religiosos, Costa orienta que os estudantes precisam ter uma preparação adequada para ter um bom desempenho no Enem, além de alimentar a fé espiritual. Nesse contexto, estudar é essencial.

“Fé é conhecimento sobre qualquer aspecto. O conhecimento de alguma coisa leva você a ter a sua convicção. A fé que eu compreendo, segundo as orientações espirituais, ela é baseada no conhecimento, então a partir do momento que a gente começa a te esclarecimento, ela fica cada vez mais convicta. A fé espiritual é conquistada através dos tempos, que cada um vai se preparando ao longo do tempo”, detalha o religioso. 

Para os candidatos do Enem, o presidente do GAM reitera a importância dos estudos aliada à fé. “Preciso me preparar intelectualmente para aquilo que almejo. Os estudos possibilitam isso. Se um jovem quer alcançar seus objetivos, seguindo o ramo da medicina ou do direito, por exemplo, ele precisa estudar para puder alcançar esses objetivos. Quanto mais ele estuda, a sua fé vai ser maior”, aconselha.

No que diz respeito aos espíritos, a partir dos ensinamentos espíritas, Costa diz que eles podem ajudar os candidatos a terem calma durante o Exame, os livrando da pressão exercida pela sociedade que cobra aprovação. “Peça ajuda a Deus e ao seu guia espiritual para que, através deles, você possa manter a tranquilidade durante a prova. Se os estudos você fizer com convicção, vai acreditar. Se você não tem fé, você vai com medo e o medo é empecilho e isso pode causar um bloqueio emocional”, finaliza o presidente do GAM.

Fé em todos os momentos da vida

Padre Francisco Caetano Pereira reforça a fé em Deus para os candidatos do Enem. Arthur Souza/LeiaJáImagens

"A fé, antes de tudo. é entrega. A fé é compromisso, a fé pressupõe a aceitação de Deus de uma maneira tão contundente que você jamais se sentirá só, mesmo nas horas mais  insólitas, a mão poderosa de Deus nos ampara. De tal forma que a fé ela é fundamental para todo cristão, mesmo porque todo ser humano, mesmo que não seja cristão, ele anseia pela eternidade”. Assim é a definição de fé para o padre Francisco Caetano Pereira, há duas décadas a frente da Igreja Nossa Senhora da Piedade, localizada no Recife. Para o representante católico, é óbvio que os candidatos precisam investir em qualificação e de depositar em “Deus” seus esforços.

Segundo o padre, a fé está presente em todos os momentos da vida dos cristãos, não sendo diferente no Exame Nacional do Ensino Médio. “Quando alguém vai fazer a prova Enem, que é estressante, a fé ajuda muito no equilíbrio, na tranquilidade. Se eu tenho fé em Deus, eu coloco na mão de Deus, a mão de Deus é poderosa. Segura na mão de Deus e vai, como diz a música. Então, já vou com mais tranquilidade, e a tranquilidade me leva ao equilíbrio, o equilíbrio me facilita o trabalho ao que estou dedicado, que é exatamente a prova que eu tenho que fazer, a fé tem grande relevância nesse momento”, destaca Caetano.

O representante católico alerta que a relação com a crença em Deus não pode ser pautada em despreparado educacional, indo de encontro a quem acredita que apenas a fé trará aprovação. Não vai pedir o milagre, que vai fazer a prova sem saber de nada. Deus faz a parte dele, mas você tem que fazer a sua, obviamente”, reitera.

O padre ainda traz uma mensagem de alento para os candidatos tomados pela ansiedade. “Coloca na mão de Deus o grande desafio, como diz a oração: seja feita a vossa vontade, assim na terra como nos céus. E a vontade de Deus que deve prevalecer, eu vou fazer a minha parte e sei que Deus faz a parte dele. Então, eu clamo a ele. Na hora que você entrega, tem alguém que está cuidando de você, cuidando daquilo que você está fazendo. Não vou me preocupar, vou me ocupar, a preocupação eu deixei na mão de Deus. Seja feita a vossa vontade, eu vou fazer a minha parte. Isso ajuda imensamente a dar equilíbrio”, diz o religioso.

No vídeo a seguir, os religiosos trazem mensagens para incentivar os candidatos do Enem. Assista:

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Fé e mente

De acordo com o psicólogo Dino Rangel, a fé pode contribuir para os candidatos do Enem, a partir do momento em que ela gera pensamentos positivos. Segundo o especialista, a fé pode fortalecer a autoestima dos candidatos em relação aos conhecimentos adquiridos ao longo do ano, os deixando calmos para enfrentar a prova. Ouça no áudio a seguir:

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Devoção, fé, emoção inexplicável. Tudo isso é o Círio de Nazaré, em Belém. "As pessoas dizem: 'Como é que Nossa Senhora faz tudo isso? Como é que move essa multidão a vir segui-la? Essa é a fé, que a gente não sabe explicar de onde vem”, disse Teresinha Matos, devota de Maria, que estava acompanhando a Trasladação no sábado (12).

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A Trasladação é a última romaria que antecede o Círio. Ela sai do Colégio Gentil Bittencourt, na avenida Nazaré, e segue até a Catedral da Sé, no boulevard Castilhos França.

As procissões do Círio são repletas de promesseiros e devotos que desejam prestigiar Nossa Senhora de Nazaré (veja vídeo acima). Como André Cals, que conta que sua avó sempre o incentivou a participar. “Eu sou católico. Eu sinto essa fé, o sentimento, me sinto bem no meio do Círio”, comentou. O devoto acrescentou que teve uma graça alcançada, a aprovação no vestibular.

Segundo o Dieese Pará (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a Trasladação reúne cerca de 1,4 milhão de fiéis, nos 3,7 quilômetros de percurso. No Círio, esse número chega perto de dois milhões.

Teresinha Matos saiu de Peixe-Boi, a cerca de 150 quilômetros da capital paraense, para demonstrar a gratidão pelas graças conquistadas. “Eu venho todos os anos porque é como se fosse uma promessa, tenho que agradecer pelas graças que recebo da mãezinha querida”, afirmou.

Ela revelou que uma das graças foi a aprovação do filho em um concurso público. “Agora ele passou. Pra mim foi uma graça que eu alcancei com Nossa Senhora”, finalizou.

Com reportagem de Bruna Oliveira.

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A maior manifestação religiosa do Estado do Pará, o Círio de Nazaré, leva milhares de pessoas às ruas de Belém no segundo domingo de outubro. Na edição de número 227, no último dia 13, a devoção e a fé dos católicos paraenses se renovaram em orações, agradecimentos, sacrifício e lágrimas ao longo de quase quatro quilômetros de caminhada.

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Nesta galeria de fotos, imagens captadas no percurso da Catedral Metropolitana, na Cidade Velha, até a Praça Santuário, em Nazaré, o repórter fotográfico Filipe Bispo, estudante de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, revela detalhes da grande procissão.

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Da Redação do LeiaJá Pará.

  

Em todo dia 12 de outubro, milhares de romeiros viajam até o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), para fazer promessas e agradecer pedidos realizados. Para quem não conseguir se deslocar até o Vale do Paraíba, no entanto, a Basílica Nacional oferece uma alternativa: a vela virtual. Todos os dias, cerca de 3,5 mil velas são acesas digitalmente - mais de 100 mil velas por mês.

O pedido online por uma intervenção divina, em conexão de banda larga com Deus, porém, é apenas a ponta de lança do Santuário para estar mais perto do cotidiano dos fiéis. "A igreja precisa estar presente no mundo virtual porque as pessoas estão lá também", diz o padre Luiz Camilo Junior, responsável pela comunicação digital da Basílica.

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Para acender uma vela, basta entrar no site da Basílica e procurar pela ferramenta. Na área específica, é preciso preencher uma lista de informações pessoais e, em seguida, digitar as intenções do pedido. Quando o processo for concluído, aparece uma chama na vela ilustrada no site - o fiel ainda pode escolher se sua causa será divulgada num mural pela internet ou se prefere mantê-la privada.

Interação

A vela virtual nasceu junto com o site do Santuário, há nove anos. "Queríamos criar um espaço em que o devoto possa beber de toda a mensagem de Aparecida também no meio online", afirma o padre.

Para desenvolver a tecnologia, o Santuário teve ajuda de empresa de programação, que também criou o portal da Basílica, o A12, e recursos como o terço virtual e a Bíblia Online, com textos do Antigo e do Novo Testamento.

No longo prazo, um dos planos é criar um robô de conversa para os fiéis que usam a vela e o terço virtuais, "como se fosse Maria acolhendo os pedidos de bênção", diz o padre.

A Basílica também está preocupada com questões mais terrenas, como a privacidade dos fiéis. "Estamos trabalhando em conjunto com uma consultoria jurídica para nos adequarmos à Lei Geral de Proteção de Dados", diz o padre, em referência à nova legislação brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré arrastou uma multidão de fiés, nessa sexta-feira (11), em Belém-PA, durante a primeira grande procisão do Círio. O ato é considerado uma das maiores manifestações religiosas do Brasil.

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Durante a caminhada religiosa, gestores, docentes, acadêmicos e colaboradores receberam, na UNAMA - Universidade da Amazônia, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, no campus Ananindeua. A parada na instituição integra uma das ações oficiais da quadra nazarena, que é o translado da imagem para a Região Metropolitana de Belém.

A chegada da imagem foi às 11 horas. Na oportunidade, agentes de segurança que acompanham a romaria, além da direção do Círio e religiosos, fazem uma pausa para se alimentar e repor as energias e continuar o trajeto total de 50 km. O evento é aberto à comunidade.

Para a reitora da UNAMA, Betânia Fidalgo, o momento é de alegria e confraternização. "Essa é uma oportunidade vivida há mais de 15 anos pela instituição. Por mais que pareça repetitivo, a emoção não muda. É respeito à Maria. Agradecimento de bênçãos. O momento de devoção e fé que representa a nossa história e de tantos outros paraenses", disse a gestora.

Segundo o professor de Relações Internacionais William Rocha, o Círio sobrepôs a ideia de ser só local e passou a ser conhecido regionalmente, nacionalmente e até internacionalmente. “A gente consegue perceber isso pela quantidade de pessoas na cidade. Isso movimenta economia, cultura, e é uma grande festa, e o natal dos paraenses”, afirmou.

Passagem

Torcedores do Paysandu se reuniram, na frente do estádio da Curuzu, na avenida Almirante Barroso, para prestigiar a passagem de Nossa Senhora no Traslado de Belém-Ananindeua, na manhã deste sábado (11). Na ocasião, os torcedores fizeram um café da manhã e doaram água, alimento e sorrisos aos fiéis que passavam correndo, de carro ou de bicicleta.

Todos os anos, milhares de fiéis seguem a imagem que sai da Basílica Santuário, na Praça Santuário, em Nazaré, até a igreja de Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua. Sabendo isso, desde 2014 um grupo de torcedores do Paysandu se reuniu e criou o ponto de apoio Alma Celeste. Os integrantes se reúnem no Estádio Leônidas Sodré de Castro, a Curuzu, e ajudam os fiéis a seguirem o Traslado.

Para Lucival Ferreira, 29 anos, eletrotécnico, um dos responsáveis pelo grupo, ajudar os fiéis é uma forma de fazer o bem ao próximo e a si mesmo. “Espero que a gente possa continuar fazendo pelos próximos anos, porque ajudar os outros faz bem para a gente. Essas pessoas caminham quilômetros e quilômetros para vir ao Círio e fazem sacrifícios muito grandes”, disse o torcedor bicolor.

O Traslado, que saiu às 8 horas, tem percurso de 50 quilômetros e duração de 10 horas. O percurso passa pelas avenidas Nazaré, Almirante Barroso, rodovia BR-316, Cidade Nova, Coqueiro, Paar, Icuí, Maguari, Guajará e Marituba.

Por Rodrigo Moraes e Rosiane Rodrigues

Além de ser um dia dedicado às crianças, o 12 de outubro também será marcado pela fé e oração de milhares de pessoas que visitarão duas das principais festas religiosas do país. O Círio de Nazaré e a Festa da Padroeira, celebrados nos estados do Pará e de São Paulo, respectivamente, devem gerar um fluxo turístico de mais de 250 mil pessoas durante todo o dia de sábado. Para se ter uma ideia, apenas a festa paraense deve movimentar mais de R$ 131 milhões, no período, de acordo com levantamento feito pela Secretaria Estadual de Turismo do Pará.

A festa, inscrita em 2013 na lista da Unesco de patrimônios imateriais da humanidade, espera receber 83 mil pessoas neste ano. Já em Aparecida (SP), onde está localizado o segundo maior santuário do mundo, ficando atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano, são esperadas mais de 170 mil pessoas entre turistas e excursionistas. No ano, os locais recebem cerca de 2 e 12,5 milhões, respectivamente.

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O Calendário Nacional de Eventos, ferramenta do Ministério do Turismo, conta ainda com outras sete festas religiosas celebradas no dia 12. Ao todo, o país conta com 513 cadastradas no site do órgão. No Brasil, o turismo religioso movimenta cerca de 20 milhões de viagens por ano e é responsável por injetar R$ 15 bilhões na economia brasileira, aquecendo atividades do comércio e serviços com a geração de emprego e renda.

Segundo o Departamento de Estudos e Pesquisas da Pasta, anualmente são feitas 8,1 milhões de viagens domésticas movidas pela fé (turistas, sem contar excursionistas). Se somarmos os excursionistas, chegamos a 18 milhões de viagens com essa motivação. Quando falamos em turistas estrangeiros que vêm ao Brasil com fins religiosos, este número é de aproximadamente 30 mil ao ano.

*Da assessoria

Em outubro, a fé move o coração dos fiéis que creem em Nossa Senhora de Nazaré. Todos os anos, no Círio, inúmeras pessoas saem caminhando de vários municípios rumo a Belém para cumprir promessas e testificar sua fé.

Márcia Maria Torres é uma dessas devotas que, em 2012, criou o grupo Caminhada com Maria, que sai de Ananindeua a Belém, andando. A primeira caminhada começou com cinco pessoas; hoje conta com 29 integrantes, entre familiares, vizinhos e amigos.

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O grupo de peregrinos, que sai de Ananindeua por volta de 1 hora e chega na Basílica às 6 horas, tem o objetivo de cumprir as promessas feitas à Nossa Senhora de Nazaré. Márcia contou que também é o momento em que os fiéis fazem seus pedidos à Virgem. “A maioria das pessoas faz a caminhada agradecendo alguma coisa que foi alcançada com a fé. São coisas diferentes. Cada um tem o seu motivo para sair daqui à Basílica”, disse Maria.

Fazem parte do grupo pessoas de outros municípios de Belém, que vêm passar o Círio na casa de amigos e parentes e aproveitam para pagar seus votos à Maria. “Tem gente que vem de Vigia, de Igarapé-Açu e participa. Cada ano aumenta mais”, explicou Márcia.

Márcia se emociona ao recordar o início de sua trajetória na Caminhada com Maria. Ela contou que naquele tempo estava bem de saúde, mas no terceiro ano adoeceu de artrite, o que não foi motivo de desistir e provar sua fé. Para ela, somente com fé é possível fazer a caminhada.

A filha mais nova de Márcia, que acompanha a mãe na caminhada desde o início, descobriu, neste ano, que também está com artrite. “Ela está triste. Está em crise, mas Nossa senhora  intercede por nós”, disse a devota, afirmando que a caminhada é um ato de amor. “A caminhada é uma forma de agradecer a graça recebida e a fé que tenho por Nossa Senhora de Nazaré”, afirmou.

Josilea Pereira, integrante do grupo, falou que a primeira caminhada que fez foi para cumprir uma promessa à Nossa Senhora, em prol da formatura na faculdade e para conseguir um emprego. “Todo tempo eu venho agradecendo à Nossa Senhora por tudo o que conquistei até aqui”, disse.

Para Luanny Torres, que faz parte do grupo desde o início, a caminhada é feita por vários motivos, seja para fortalecer a fé, alcançar uma graça pedida ou simplesmente agradecer. "A caminhada me faz sentir renovada", disse a devota.

 

A corda é um dos principais símbolos do Círio de Nazaré, unindo diversos devotos desde 1885, em Belém. Thalía Araújo, 22 anos, começou a acompanhar o Círio quando criança junto com a mãe, Simony Araújo, 48 anos. Em 2013, Thalía fez uma promessa à Nossa Senhora de Nazaré e desde então acompanha a procissão na corda.

“Minha mãe descobriu que estava com lúpus – doença autoimune que afeta o sangue e a pele – e, por conta disso, ela caiu em depressão. Passei pela Basílica alguns dias antes do Círio de 2013 e pedi para a Nossa Senhora fazer com que ela se recuperasse. Se a minha mãe conseguisse melhorar, eu iria durante cinco anos na corda”, contou a devota.

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No Círio de 2014, um ano após a promessa, Simony estava recuperada da depressão. “Os remédios ajudaram a minha mãe, mas eu sei que a nossa fé foi o que fez ela se reerguer. Sem a fé, nós não seríamos nada”, afirmou.

De acordo com Thalía, Simony ainda tem lúpus, pois a doença não tem cura, mas já está totalmente controlada, e o risco de ela voltar a ter depressão é quase zero. “Nunca esquecerei a promessa que fiz. A minha graça foi alcançada e eu posso dizer que Nossa Senhora conseguiu salvar a vida da minha mãe”, celebrou.

Após a recuperação, Simony passou a ir todos os dias à igreja, não por obrigação, mas porque ela se sente bem e se sente em casa.

“O Círio é uma forma de união, de amor, de carinho e de gratidão. É importante que a gente agradeça à nossa mãezinha querida por tudo que ela faz por nós. Espero que as pessoas continuem fazendo promessas e pedidos. Se você tem fé, isso vai se realizar. A única coisa que resta é a gente ter fé“, concluiu Thalía.  

Por Ana Luiza Imbelloni.

Devoção, amor e fé transbordam no coração dos paraenses no mês de outubro, quando é festejado o Círio de Nazaré, a maior manifestação de fé dos católicos no Brasil e uma das maiores procissões religiosas do mundo. Personagens de várias localidades se unem e compartilham suas experiências de fé em Maria. É o caso de Benedita Negrão, que crê em Nossa Senhora de Nazaré desde a infância.

Benedita morava em Abaetetuba, interior do Pará, e sonhava em participar da procissão do Círio. Em 1970, a devota viajou para Belém e pôde prestigiar a grande concentração de fé. “Pude prestigiar e sentir o que de fato é o Círio”, disse, emocionada.

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Estava nas orações de Benedita a saúde da família, principalmente a do pai, que vendia brinquedos no Círio para ganhar dinheiro para sustentar a família. “Muitas graças foram alcançadas. Hoje só tenho a agradecer a esse exemplo de mãe, modelo de cristã, mãe de Jesus Cristo e nossa mãe”, ressaltou a devota.

Há 10 anos, Benedita participa da peregrinações com muito amor e fé. Para ela, Maria é a melhor amiga que alguém pode ter. “É Círio outra vez. Viva a Nossa Senhora de Nazaré”, concluiu Benedita.

O Círio de Nazaré chega, em 2019, à sua edição 227.

 

 

O Círio representa a força da devoção à Virgem Maria. É, também, um momento de renovação da fé. Angélica Palheta é uma devota com o coração cheio de amor por Nossa Senhora de Nazaré. Ela explica, com muita alegria, que Maria é tudo em sua vida.

Angélica afirma que somente em Maria consegue tudo o que necessita. A devota fala com gratidão sobre a aflição que viveu ao ver sua filha abrindo mão do curso que tanto queria na faculdade para ingressar em outra área. “Eu me apeguei com Maria e disse ‘Maria, abre uma porta para a minha filha’, e eu consegui”, disse a devota.

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Hoje a filha de Angélica vive bem e tem outra profissão. Segundo a devota, tudo isso só foi possível porque Nossa Senhora atendeu suas preces.

Orações diárias e uma vida regada pela fé movem Angélica, que é cristã desde a infância. “Maria, para mim, é minha força. Ela me dá coragem”, explicou, emocionada.

Segundo Angélica, seria impossível uma vida sem a companhia de Maria, com quem ela diz ter intimidade. “Maria é minha amiga, minha companheira de todos os momentos. Converso com ela todas as coisas que eu preciso. Só com ela eu venço todos os obstáculos”, detalhou.

Angélica explicou que só alcançou as bênçãos de Deus em sua vida através da fé. “Com a fé eu consigo viver bem como ser humano, com os meus amigos”, ressaltou. “Amo muito Maria. Maria é um exemplo de mulher para mim. Faço novena de Nossa Senhora de Nazaré em todas as casas que eu puder”, afirmou.

Para Angélica, viver na companhia de Maria faz toda a diferença em sua vida. “Maria, Tu és minha mãe, minha amiga, minha companheira. Tu és todas as coisas que eu preciso ter em minha vida. Eu complemento minha vida com a fé que tenho em Maria”, concluiu.

O Círio de Nazaré é uma das maiores procissões católicas do mundo e chega, em 2019, à sua edição 227.

 

 

Outubro é o mês do Círio, maior manifestação de fé dos paraenses, e muitos são os testemunhos contados pelos devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Zuleide Ferreira não cansa de propagar sua devoção a Maria.

Um episódio marcou Zuleide. Ela tem uma amiga que é evangélica e que duvidava se Jesus aceitava as orações em nome de Maria. Até que ocorreu uma situação difícil na vida da amiga de Zuleide. Ela se separou do esposo e havia um ano que o ex-marido não aparecia para ver os filhos, que já estavam entrando em depressão por saudades do pai.

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Depois de muito sofrimento, a amiga procurou Zuleide e pediu para que ela a acompanhasse em uma oração. Depois de ouvir tudo o que havia acontecido, Zuleide perguntou quem iria fazer a oração e a amiga disse que a devota de Nossa Senhora poderia fazer. “Eu disse: ‘Tu sabes que eu só oro em nome de Maria’, mas ela concordou e eu orei”, detalhou.

Eu disse: “Senhor, eu quero te implorar a tua misericórdia para essa família. Toque, Senhor Jesus, no coração desse pai, desse esposo que está afastado da família, que há um ano não fala com a esposa e com os filhos, que ele possa ser tocado, que esses adolescentes não entrem em depressão. Olhe com o teu olhar de amor e abençoa com a tua misericórdia, em nome do santo nome do imaculado coração da tua mãe, Maria Santíssima, com todos os títulos que ela tem”, disse a devota.

Zuleide concluiu a oração pedindo para Deus tirar a dúvida do coração da amiga e pediu uma confirmação. “Que esse pai ligue imediatamente e procure esses filhos; se não, que o Senhor toque nele de outra forma”, disse ela.

Depois disso Zuleide foi para casa. No outro dia, por volta das 9 horas, a amiga a procurou dizendo que depois que ela havia ido embora, após a oração, ela ouviu baterem na porta e, quando abriu, era o marido, pedindo para dormir lá. “Ela acordou os filhos e foi aquela alegria, aquele abraço, aquele choro, aquela reconciliação do laço de amor que estava quebrado”, detalhou Zuleide, muito emocionada.

Para ela, nada disso teria acontecido se não fosse a fé. “Com a graça de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, essa bênção foi concedida por Jesus, em nome do imaculado coração de sua mãe, Nossa Senhora de Nazaré”, concluiu.

O Círio de Nazaré é uma das maiores procissões católicas do mundo e chega, em 2019, à sua edição 227.

 

 

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