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Considerado como o Natal dos paraenses, o Círio 2018 chegou. A festa, que é comemorada no domingo (14), reúne famílias em torno da devoção à Nossa Senhora de Nazaré. Nessa festa de fé, que existe desde 1793, várias histórias são compartilhadas, histórias de milhares de graças alcançadas pela fé em Nossa Senhora. 

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Entre as histórias está a de Ana Virgínia Cunha, 60 anos, professora de arte culinária, que recebeu uma grande bênção. "Estava na procissão do Círio 2017, como todo paraense, pedindo uma graça à Nossa Senhora. Minha filha, casada há dois anos, estava tentando engravidar e com muita fé pedi a nossa mãezinha que me desse essa graça e no mês de novembro veio a confirmação da gravidez", contou Virgínia.

Depois que Virgínia conseguiu essa bênção, enfrentou outro obstáculo, a gravidez de risco da filha. "Foi uma gravidez com riscos, pela perda de líquido e minha filha tendo que ficar 10 dias internada, mas consagramos a bebê à Nossa Senhora e que ela se chamaria Maria", afirmou Virginha, que mantinha a fé de que as coisas se resolveriam e que seu pedido seria atendido.

O tempo passou e a gravidez de risco da filha de Virgínia foi superada e finamente a família viu o rosto do bebê que tanto esperava. "Ela nasceu dia 27 de agosto, dia de Santa Mônica, mais uma graça, e ela nasceu com saúde. Este ano vamos ao Círio agradecer tudo isso. Minha neta se chama Maria Luiza. Maria por causa da graça de nossa mãe e Luiza, nome escolhido do feminino do pai", explicou a devota.

Ana Virgínia diz que a fé é a explicação para alcançar as graças de Deus. "Quem tem fé e confia plenamente em Deus alcança graças. Sempre que colocamos nossa vida em comunhão com Deus e com a Virgem Maria as graças são divinas. A cada mês, quando celebramos o mesário da minha neta, Maria é lembrada e celebrada", concluiu. 

Essa é a fé que move os paraenses. 

Por Rosiane Rodrigues.

 

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Histórias de fé, emoção, alegria e gratidão são os ingredientes que compõem o Círio. A festa, que ocorre no segundo domingo de outubro, reúne os paraenses que partilham a mesma fé em Nossa Senhora.

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Maria de Nazaré Silva, 69 anos, aposentada, recebeu esse nome em homenagem à padroeira dos paraenses, depois de promessa feita pela mãe. “Minha vida sempre foi muito voltada à fé. Somos uma família católica, não só católica na boca, mas praticante, com envolvimento na igreja”, disse Nazaré.

A aposentada disse que enfrentou muitos obstáculos na vida, mas sua fé em Maria a fortaleceu. “Casei muito jovem, perdi um bebê, que era meu segundo filho. Depois engravidei de novo e tive o Luís Henrique, e vi Maria carregando meu filho. Ele nasceu com quase dez meses, prematuro, muito pequenino, com morte aparente, e eu disse à Nossa Senhora: Oh, minha mãe, toma conta do meu filho, que talvez ele não vá viver”, detalhou a fiel.

Nazaré não sabia o que sucederia, mas tinha fé que Nossa Senhora a ajudaria. “Ninguém acreditava que ele fosse sobreviver. Hoje, meu filho é um homem de 1 metro e 90, pai de três filhos, entre eles minha neta linda, Maria Luiza. Esse meu filho ficou até os dois anos com dificuldade para andar, mas eu tinha tanta certeza que Nossa Senhora ia curar ele e realmente curou”, contou a aposentada.

Mas a história de fé da devota Nazaré não parou por aí. Aos 26 anos, a filha Débora teve uma complicação séria no ovário e útero. “Eu fiquei desesperada, minha única filha. E eu me peguei com Nossa Senhora, porque naquela época, se hoje ainda é, um câncer é um câncer. Hoje está aí, um mulherão, e psicóloga”, concluiu a devota.

Como dona Nazaré, muitas outras histórias de fé são partilhadas nesse momento tão especial para os paraenses, que é o Círio 2018.

Por Rosiane Rodrigues.

 

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No Círio, milhares de fiéis se reúnem para celebrar a padroeira dos paraenses, Nossa Senhora de Nazaré. Nesse encontro de fé, muitas histórias se misturam com as lágrimas de agradecimento, fé e devoção, nesta que é a 226ª edição da maior festa de fé do mundo.

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João Serafim, 60 anos, natural de Breves e professor de História, em 2011 parou de lecionar porque foi diagnosticado com câncer na base da língua, próximo à garganta. “Eu passei por cirurgia, fiz quimioterapia, radioterapia, mas sempre me apegando com Nossa Senhora, porque, desde que me entendo por gente, sempre fui muito devoto de Nossa Senhora, participava do Círio desde criança, aqui em Belém, e nas horas mais difíceis pedi a intercessão dela a Jesus”, contou João.

O professor conta que sempre pedia uma prova, à padroeira dos paraenses, sobre a cura da doença. “Depois da quimioterapia veio logo o sinal, que não caiu meu cabelo, que é a marca da justiça. Quando eu estava no acompanhamento do tratamento, peguei hepatite B. Eu já estava muito debilitado e o médico disse que eu precisaria passar um ano tomando medicação, um comprimido todos os dias, mas talvez eu não aguentasse”, detalhou João.

Sem saber o que poderia acontecer, com muita fé, João entregou tudo nas mãos de Nossa Senhora. Ele disse o que aconteceu com o passar dos dias. “Eu fui para frente do espelho, me olhei e vi que até meus olhos estavam ficando mais corados. Retornei de Breves a Belém e fui ao médico, que se espantou quando me viu e perguntou se eu estava tomando medicação direitinho. Eu disse que não, que entreguei tudo nas mãos de Nossa Senhora. Ele pediu para eu repetir os exames e já estava com 50% de recuperação, sem tomar nenhum medicamento, e depois de um tempo fiz de novo os exames e não deu nenhum sinal em meu organismo de hepatite B, e até hoje agradeço muito a Nossa Senhora”, concluiu.

A história de fé de João foi além. Em 2013, com a chegada do papa Francisco ao Brasil, o professor decidiu escrever uma música para acolhê-lo e não demorou a tocar no Rio de Janeiro. “Foi um prazer incomparável, chegar em Copacabana tocando a minha música e quando eu cheguei aqui escrevi uma música em agradecimento à Nossa Senhora, que se chama “Nazinha querida”. E a última que escrevi foi a que está no Youtube, que se chama “Descendo do Glória”.

Essa é uma das milhares de histórias de fé do povo paranese.

Por Rosiane Rodrigues.

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Com a chegada do Círio, no domingo (14), os devotos de Nossa Senhora de Nazaré fiéis se enchem de emoção, alegria, fé e renovação. Entre eles está a manicure Margarete Borges, que há oito anos faz parte do grupo de peregrinação da paróquia Sagrada Família.

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Margarete leva a imagem da santa na casa dos fiéis todos os anos, e compartilha um pouco da emoção dos devotos que aguardam ansiosos pela visita da padroeira. “Vocês nem imaginam o quanto de emoção com que somos recebidos. O amor por Nossa Senhora não tem limites. Para mim, é muito emocionante”, declara a devota.

O amor e a fé são espalhados pela casa com os aromas das rosas que embelezam o altar de Maria. “Em cada encontro me renovo como pessoa, de poder falar, rezar e compartilhar o dia a dia de cada família, suas histórias e vitórias que alcançaram”, disse Margarete.

No período do Círio, 15 casas são visitadas, mas Margarete conta que, devido aos muitos pedidos dos fiéis, esse número dobrou e agora 30 famílias recebem a visita da santa. “Quando chegamos ao final é feito um sorteio da pequena imagem e vocês não podem imaginar o tamanho da alegria do ganhador do sorteio. Para mim, é o melhor relato de amor e fé”, concluiu.

O Círio é comemorado pelos paraenses desde 1793 e atrai milhares de devotos todos os anos. É a maior procissão de fé do mundo.

Por Rosiane Rodrigues.

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O Círio 2018 chegou. Com ele a renovação de fé dos paraenses que são devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Fiéis que pagam seus votos, suas promessas e se emocionam nesta que é a 226ª edição do Círio de Nazaré.

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Entre os milhares de fiéis está a dona de casa Cláudia Elane Pardal, 48 anos, que tem um altar em casa com a imagem de Nossa Senhora. “No final de 2016, apareceu uma mancha branca em minha perna, eu ficava olhando e acha que era do sol. Na casa do meu sogro, ao sentar, cruzei as pernas e a esposa dele perguntou o que era aquela mancha branca na minha perna, eu disse que achava que não era nada, mas ela pediu para tirar uma foto e enviou para uma amiga dela que é dermatologista”, contou Cláudia, emocionada.

Esse é o início dessa história de fé. Cláudia não imaginava o que estava prestes a acontecer. “A dermatologista não gostou do que estava vendo e me pediu um exame. Foi um choque para mim: eu era portadora da hanseníase e me perguntava: por que isso comigo?”, detalhou a devota.

Após saber que estava com a doença, Cláudia passou a pedir, com insistência, a Nossa Senhora, que pudesse ser curada, e a essa fé ela se apegou. “Fiz o tratamento de seis meses, tudo direitinho, a hanseníase foi da mais leve, não foi da contagiosa, eu não sei como peguei. Graças a minha fé em Nossa Senhora eu fiquei curada”, afirmou Cláudia.

Cláudia disse que é a primeira vez que dá o testemunho da cura e que, apesar de ir com frequência à igreja, e de ouvir o padre falando sobre a importância do testemunho, faltava-lhe coragem para contar sua experiência de fé. “É a primeira vez que estou falando, que estou dando esse testemunho: estou curada da hanseníase, graças à Nossa Senhora, a quem eu pedi tanto que ficasse curada. Tenho muita fé em Nossa Senhora”, concluiu a dona de casa.

Por Rosiane Rodrigues.

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"O nosso Círio passou a ser no sábado. Nós almoçamos e aguardamos ela passar às seis horas da tarde", diz Carmen Laura, ao imaginar a família vendo a Trasladação. A administradora aposentada, de 61 anos, mora em frente à Brasílica Santuário de Nazaré, entre 14 de Março e Generalíssimo Deodoro. É do edifício onde mora, com uma vista privilegiada, que ela vê a saída da procissão. "A minha mãe dizia: 'Nós não podemos deixar de fazer isso porque nós não vamos vê-la. Ela que vem até a nossa casa'. Então isso pra mim é uma grande bênção", relata Carmen.

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A Trasladação é a procissão anterior ao Círio. Sai todos os anos do Colégio Gentil Bittencourt, no sábado à tarde, depois de uma missa. A procissão tem origem em 1793, quando Dom Francisco de Souza Coutinho determinou que fosse conduzida a imagem da igreja onde estava a capela do Palácio do Governo, para sair o Círio no dia seguinte. A caminhada faz o trajeto inverso do Círio, levando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré até à Catedral Metropolitana, de onde no outro dia sai a grande procissão.

Carmem acompanha a Trasladação da varanda do prédio. Já a estudante Jamille Amorim vive a emoção da procissão no meio do povo, e na corda. Para Jamille, o que a motivou a ir na caminhada segurando a corda foi a curiosidade. "Foi pela fé, pela devoção. Eu nunca fui na corda. E foi mais pela experiência, por ser algo novo. Até porque eu não conseguia estar lá e ver aquelas pessoas na corda e não fazer a mesma coisa", relata a estudante. "E desde o momento que consegui entrar e peguei de fato na corda, foi inexplicável", conta, emocionada.

Jamille mora longe do ponto de partida da Trasladação. Pela beleza da procissão, ela não esconde o encantamento. "O traslado tem a beleza da noite, das luzes da rua que iluminam e faz o percurso ficar mais bonito. Acho a berlinda muito mais iluminada e bonita de se ver à noite, fora os fogos que são bem emocionantes", explica. 

Há três anos Jamille não foi mais na corda, mas não deixa de ir na procissão. Em 2015 ela assistiu à Trasladação passar sem poder caminhar com a multidão. Para ela, foi um momento de tristeza por não acompanhar Nossa Senhora de Nazaré. "Nesse ano eu queria muito ter ido na corda. Foi muito triste pra mim porque eu só vi ela passar. Eu engravidei no ano seguinte e Nossa Senhora sabia por que eu estava só assistindo", relata.

Depois de ter o bebê, em 2017 Jamille voltou ansiosa para a caminhada de devoção. "Ano passado eu pude, graças a Deus, levar a minha filha. E quando Nossa Senhora passou foi a mais emocionante de todas as procissões da minha vida por ter levado a minha filha", explica.

Em 2018, perguntar se Jamille vai à Trasladação é receber um "sim" do tamanho da fé que ela tem por Maria. "Esse ano eu vou na corda pelo simples fato de agradecer por estar voltando para o meio do povo, segurar a corda pra puxar a berlinda e pra agradecer pela vida da minha filha", comenta, já se imaginando na caminhada. 

Alguns têm o privilégio de uma ampla visão da imagem de Nossa Senhora pelas ruas da capital paraense à noite. Outros querem ficar o mais perto possível dela, segurar a corda, deixar a multidão levar e ser movido pela fé. Muito mais alegria tem um guarda de Nazaré. São eles que ficam frente a frente com a berlinda. São eles que puxam a redoma florida no meio da procissão. Trabalhar no Círio e na Trasladação é algo explicável, mas tem um sentido maior quando se tem a família por perto. "Uma experiência marcante pra mim foi quando minhas filhas tiveram a iniciativa de participar da trasladação. Não só por incentivo meu, mas quando percebi que elas estavam se tornando devotas de Nossa Senhora de Nazaré", relata o guarda Alberto Neto.

A cada ano a Trasladação se renova. São novas histórias e vivências que motivam os promesseiros. Há quem  participe da procissão para pagar promessas e já cumprir a devoção, sem ir ao Círio. Para cada fiel basta a música que entoam com a alegria: "Fiéis, servir-te até morrer". Neste ano a caminhada será no dia 13 de outubro, às 17 horas, com saída do Colégio Gentil Bittencourt.

Por Caio Barreto, Gerson Rocha e Jhonata Chaves.

 

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A Basílica Santuário de Nazaré é o ponto de chegada da procissão do Círio. Localizada na Praça Santuário, no bairro de Nazaré, em Belém, a Basílica recebe milhares de fiéis ao longo do ano. No Círio, consagra a devoção a Maria com as manifestações de devotos católicos do mundo todo. A berlinda chega à Basílica por volta de meio-dia. Ao fim da grande romaria segue-se a missa de encerramento do ciclo de procissões.

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As arquibancadas para o Círio 2018 já estão prontos para receber os fiéis. O trabalho de montagem começou no dia 17 de setembro terminou em uma semana. Com 300 lugares a menos, os ingressos para assistir à passagem das procissões pela avenida Presidente Vargas se tornam ainda mais disputados. “Esse ano nós vamos colocar em frente ao Teatro Waldemar Henrique um espaço para que as pessoas possam frequentar o teatro”, explicou o diretor de recursos socioeconômicos do Círio, Roberto Souza. Leia mais aqui.

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O Círio de Nossa Senhora de Nazaré é uma das maiores manifestações religiosas do Brasil e do mundo. Todos os anos, no segundo domingo de outubro, a cidade de Belém do Pará reúne cerca de dois milhões de pessoas, entre paraenses e turistas que invadem as ruas em uma procissão de fé e devoção à Padroeira da Amazônia.

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O domingo do Círio começa com a missa na Igreja da Sé, pela manhã. Terminada a celebração, a procissão percorre as ruas de Belém até à Praça Santuário de Nazaré, em um percurso de 3,6 quilômetros. No trajeto, passa por um dos pontos mais importantes para cidade de Belém: o Complexo do Ver-o-Peso, que representa fortemente a cultura paraense.

Mais que um ponto turístico, o Ver-o-Peso representa o ponto central da economia belenense. Além da sua relação com o trajeto da imagem peregrina, o mercado começa a respirar o Círio nas duas semanas que antecedem a procissão, quando os paraenses o visitam para comprar os ingredientes do almoço de domingo. Os feirantes veem a época como uma oportunidade de aumentar a renda e afirmam que nem no Natal o mercado fica tão movimentado quanto no mês de outubro.

No Ver-o-Peso, cada feirante tem sua relação pessoal com a festividade. A vendedora de camisas Geni Raiol trabalha desde criança no setor de confecção de roupas do mercado com a família e já viu várias procissões passarem por ali. Para Geni, o Círio não significa somente o sustento da sua família, mas também a sua fé na santinha. “Eu vivo o Círio. Pra mim o Círio é sagrado, então eu não trabalho nesse dia. A minha relação com o Círio não é só comercial, eu vivo o Círio em toda amplitude que ele tem, eu e toda a minha família. O Círio é muito cheio de significados e sentimentos. Eu vivo todos os Círios que você pode imaginar. É nessa época que eu pago todas as minhas contas e ainda guardo dinheiro. Eu também vivo a parte religiosa”, diz a vendedora.

Geni ainda conta que o mercado funciona de uma forma diferente perto da festividade. “Perto do Círio é um outro tipo de Ver-o-Peso que funciona, o comércio funciona de forma diferente. Tem mais variedades de produtos, tem novidades, a quantidade de pessoas pelo mercado é maior, até os consumidores já vêm com o espírito diferente, quando eles perguntam sobre uma mercadoria de fato eles levam. Quando começa a quadra nazarena, começa a se viver um comércio diferente. O restante do país vive a alta no comércio de vendas no Natal e aqui o nosso Natal é o Círio, ele que movimenta. Eu cresci nessa feira e o Círio sempre vendeu mais que o Natal, pelo menos aqui na parte que eu trabalho”, explica.

Assim como na cidade de Belém, o mercado do Ver-o-Peso concentra uma grande diversidade cultural e religiosa. Diva da Silva, vendedora de artesanato do mercado há 20 anos, é evangélica e diz que respeita a manifestação da fé católica, mas conta que já ouviu comentários sobre a religião que pratica e a relação com o Círio. “Às vezes eu escuto uma piada: ‘tem gente que não gosta da santa, mas gosta do dinheiro da santa’. A santa não me deu dinheiro, quem me deu dinheiro foi o suor do meu trabalho. Agora se eu trabalho aqui e a movimentação maior é nessa época, eu não vou deixar de vender por causa do Círio”, disse a vendedora.

Na semana da festa o setor da culinária também fica muito movimentado. As vendas sobem quando os paraenses e turistas correm para comprar a maniva e para encomendar o tucupi. Maria de Jesus, de 52 anos, tem uma barraquinha de tucupi e trabalha há 40 anos no mercado. Para ela, essa é a melhor época do ano. “Quando chega próximo ao mês do Círio é muito bom porque as vendas melhoram. O mercado muda quando chega esse período, aqui fica muito movimentado, vêm pessoas de fora, de outros Estados. No dia do Círio aqui é tão movimentado que essa parte da feira fica aberta até cinco horas da tarde no domingo do Círio. É uma santa que eu sou muito grata a ela, tem algumas coisas que eu conquistei pedindo a ela que me abençoasse e me ajudasse, então pra mim é muito boa essa época” , conta Maria de Jesus.  

Por Belisa Amaral, Irlaine Nóbrega e Jamyla Magno.

 

O candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) não teve o desempenho que ele esperava nas pesquisas de intenções de votos. Com aproximadamente 11% das intenções de voto, o presidenciável estagnou nos levantamentos já divulgados. Apesar do cenário, Ciro mostrou estar otimista. “Tenho fé em Deus que vou virar esse jogo”, disse em entrevista concedida à Rádio Jornal Petrolina, na manhã desta sexta-feira (5).

Durante a conversa, o pedetista falou que é único que pode derrotar Jair Bolsonaro (PSL), o candidato do PSL. “O PT perdeu a condição política de enfrentar isso. As pesquisas dão a mim essa responsabilidade como único candidato que pode derrotar o Bolsonaro”. 

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“Vou lutar, é preciso acreditar que é possível, tenho que lutar para proteger o país do precipício. Tenho o melhor projeto, só eu posso salvar o Brasil de cair na mão de um radical de direita que não tem apreço pela pobreza e quer entregar riqueza para a cobiça internacional”, ressaltou. 

Ciro também afirmou que é o único candidato nordestino e o único que pode proteger o Nordeste. “Tenho plano de dobrar o valor da Bolsa Família ainda no meu governo e transformar num programa definitivo de renda mínima. Conheço a importância do gesso em Pernambuco, da transnordestina, da irrigação do São Francisco”.

Mesmo em terceiro lugar nas pesquisas divulgadas, Ciro ultrapassou o presidenciável Fernando Haddad (PT) nas menções entre usuários do Twitter nesta semana. O ex-governador do Ceará, no Facebook, mostrou vantagem em dias alternados alcançando 692 mil desde o início da semana, segundo dados do estudo elaborado pela Diretoria de Análise das Políticas Públicas (DAPP), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Responsável por injetar R$ 15 bilhões na economia de diversas cidades brasileiras, o turismo religioso no Brasil movimenta cerca de 20 milhões de viagens todos os anos. No mês de outubro, das 185 atrações e festividades inscritas no Calendário Nacional de Eventos do Ministério do Turismo, 49 estão relacionadas a romarias, círios, procissões, peregrinações e missas.

As festas de São Francisco de Assis, cujo centro de romarias é Canindé (CE), estão entre as grandes festividades do início do mês. A cidade, localizada a 110 km de Fortaleza, tem a segunda maior romaria Franciscana do mundo, com um milhão de fiéis por ano. Eles percorrem até esta quinta-feira (4), Dia de São Francisco, mais de 120 km debaixo do forte sol até chegar ao maior santuário franciscano das Américas.

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Em outubro também acontece o Círio de Nazaré, em Belém (PA). Durante o festejo religioso, realizado sempre no segundo domingo do mês, mais de dois milhões de fiéis chegam a se reunir na cidade. A celebração religiosa dura duas semanas e está para os paraenses assim como o Natal para o restante do Brasil. Devido ao simbolismo e importância, a festa da padroeira da Amazônia foi reconhecida pela Unesco como patrimônio imaterial da humanidade.

Já no Sudeste, Aparecida do Norte (SP) é famosa entre os turistas religiosos por abrigar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, segundo maior do mundo, atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano. A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, é considerada também o maior santuário mariano do mundo. Com 143 mil m² de área construída, a basílica recebe mais de 12 milhões de romeiros por ano.

Do Governo do Brasil

Fé e devoção fazem parte do cotidiano de quem deseja ter um coração quebrantado, disposto a viver sem rancor, pronto para perpetuar o bem, sem a pretensão de trocar favores. A busca para o autoconhecimento, na maioria dos casos, surge através de inúmeras dúvidas que perambulam em momentos de incerteza. As respostas para as súplicas brotam em palavras confortantes, afetos inesperados e canções que possuem a incumbência de mudar uma história.

Para celebrar nesta segunda-feira (16) o dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife, o LeiaJa.com escolheu cinco músicas interpretadas por grandes vozes da Música Popular Brasileira.

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Roberto Carlos – Nossa Senhora

Joanna – A Padroeira

Elis Regina – Romaria

Elba Ramalho – Ave Maria

Maria Bethânia – Oferta de Flores

Após evangélicos protestarem contra a exposição coletiva “Tramações: Cultura Visual, Gênero e Sexualidades”, oferecida pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFPE, acusando debochar de símbolos de fé, a vereadora do Recife Irmã Aimée (PSB) também criticou a exposição. No plenário da Câmara Municipal do Recife, nessa segunda (4), ela definiu como "um horror" a mostra.

Aimée disse que a Bíblia sagrada se tornou, novamente, alvo de uma expressão de desrespeito. “A exposição trouxe páginas rasgadas da Bíblia, além de desenhos de partes íntimas nas folhas do livro sagrado, que horror. Lamento pelos apoiadores e promotores de uma exposição como esta porque é de uma má educação enorme expor e ridicularizar os elementos da fé dos cidadãos da nossa cidade”.

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A vereadora também falou que quanto mais “batem” nos evangélicos, mais crescem. “Lamento por aqueles que acham que, deste modo, conseguem avançar em alguma direção sem se dar conta de que quanto mais batem, mais crescemos. Ninguém detém. A obra é santa”.

Em seu discurso, a irmã Aimée ainda ressaltou que Pernambuco é o maior estado do Nordeste com número de protestantes, principalmente de pentecostais. “São muitos os cidadãos em todo Pernambuco que professam a fé e se reconhecem pentecostais, mas lamentavelmente enquanto cidadãos e evangélicos comemoram evento como esse, outros se acham no direito de ridicularizar e tentar diminuir a nossa fé e a nossa crença”, acrescentou.

O sertanejo Fabiano, dupla com o irmão César Menotti, conseguiu uma vaga na agenda para reabastecer sua fé. É que o cantor participou de um culto evangélico ministrado por Nívea Soares em Orlando, nos Estados Unidos, na Igreja Lagoinha Church. Fabiano, de férias com a família, marcou presença na igreja da família Valadão (responsáveis pelo grupo mineiro Diante do Trono).

Nesta sexta-feira (2), é comemorado o Dia de Iemanjá, considerada a “rainha do mar”. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), em seu Facebook, fez uma homenagem pela data. O parlamentar falou que, mesmo com toda a intolerância que existe, é “linda” a fé e a cultura do povo brasileiro. 

“Como é tradição no Candomblé, em alguns terreiros de Umbanda e de outras religiões de matriz africana, milhares de pessoas vestem roupas brancas e fazem festas para Iemanjá. Em Salvador, onde a data é mais tradicional, uma multidão lota a praia do Rio Vermelho e a festa também atrai turistas de outras cidades para homenagear Iemanjá”, destacou. 

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Ele desejou um dia de “muito axé” para todos os brasileiros. No Rio de Janeiro, também houve cortejos até o mar. Nas religiões de matrizes africanas, Iemanjá é a mãe de todos os orixás. Por esse motivo, muitos recorrem a ela para um pedido em especial.

 

Mais de 3.000 cristãos, dois terços deles na Nigéria, foram mortos no mundo entre novembro de 2016 e outubro de 2017 "por razões relacionadas às suas crenças", indicou a ONG Portas Abertas.

Esta organização protestante publicou nesta quarta-feira (10) sua lista de 2018 dos "50 países onde os cristãos são mais perseguidos", reportando 215 milhões de vítimas de um grau de perseguição de "forte a extremo".

A Coreia do Norte figura pela 17ª vez seguida no topo da lista anual, estabelecida com base em indicadores que medem a violência, mas também uma opressão diária mais discreta. Seguem o Afeganistão e a Somália.

De 1 de novembro de 2016 a 31 de outubro de 2017, pelo menos 3.066 cristãos foram mortos por razões relacionadas à fé, de acordo com organização. Esse número é inferior ao registrado na lista de 2016 (7.106 mortos), mas muito superior (+154%) do que no ranking de 2017 (1.207 mortos).

"A relativa trégua observada na lista de 2017 deveu-se ao declínio nas atividades do Boko Haram (grupo jihadista) na Nigéria. Mas os assassinatos foram retomados neste país com as ondas de ataques realizados por homens fortemente armados da etnia fulani contra cristãos no Cinturão Central do país", escreve Portas Abertas em seu relatório, que menciona cerca de 2.000 mortos em solo nigeriano.

O número de igrejas que foram alvos (fechadas, atacadas, danificadas, queimadas) recuou: 793 foram alvos entre novembro de 2016 e outubro de 2017, contra 1.329 no ano anterior.

"Esta queda é uma boa notícia, em parte porque as igrejas estão sendo melhor proteidas pela polícia no Paquistão", aponta Michel Payton, diretor da Portas Abertas na França.

Esta evolução não impediu o sangrento ataque jihadista em uma igreja metodista em Quetta (sudoeste do Paquistão) em dezembro, que ocorreu após o período abrangido pela lista de 2018.

A organização adverte que seus números, que incluem apenas os assassinatos de cristãos comprovados com base em informações cruzadas do campo, da imprensa e da internet, estão "abaixo da realidade". Assim, a Coreia do Norte não aparece na declaração de mortos, por falta de "dados confiáveis".

PARA DOMINGO DE MANHÃ

Pular sete ondas, comer lentilha e romã, usar cores específicas para atrair dinheiro, amor e paz. São inúmeras as simpatias que prometem garantir boa sorte para um ano novo que está prestes a começar. No réveillon, é possível ver todo tipo de gente, independente de crença e religião, fazendo uma ‘fézinha’. A passagem do ano parece ser o momento ideal para pedir proteção e bons fluídos para o futuro próximo.

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Segundo o candomblecista Pai Sérgio de Esú, este é um momento de transformação: “Estamos em dezembro e, na virada do ano, começamos um novo ciclo, em janeiro”. Ele dá a dica para garantir a boa sorte: “Temos que levar algo que seja uma lembrança pra enfeitar o mar, pra Iemanjá. Ela pode nos ajudar, não tem nada que a gente peça chorando que ela não nos ajude. Ela é tudo, porque ela é mãe”. Pai Sérgio indica presentear a “rainha das águas salgadas” com flores brancas e perfume, mas, ressalta que só o presente é insuficiente: “Não é só levar as flores, você tem que dialogar, trazer Iemanjá para você”.

Já para aqueles que estarão longe do oceano no momento da virada, a dica é o pensamento positivo assim que o relógio marcar 0h, a chamada “hora grande”:  “Naquela hora em que estamos todos exaltados, cantando e vibrando porque é o ano novo, tem que cantar, harmonizar, tem que ter muita paz”.

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Quinta-feira, 19h. Dez pessoas estão reunidas às margens do Rio Capibaribe, na aresta da Rua do Sol com a Ponte Duarte Coelho, no Centro da cidade. Outras vão chegando aos poucos. Em pé, algumas entregam folhetos aos transeuntes. Sentadas, as demais se conectam ao que a fé lhes dirige. Em um microfone conectado a um amplificador, participantes fiéis do ponto de pregação "Gideões de Cristo" se alternam em cânticos, orações e mensagens.

O encontro - que ocorre todas as quintas e, nesta semana, completou 19 anos - não é vinculado a nenhuma instituição religiosa. Ele surgiu do ensejo de amigos, irmãos, evangélicos das mais diversas denominações, de pregar a palavra que há séculos norteia o cristianismo e seus seguidores.

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As falas são de encorajamento, pacifismo e mudança de vida. O convite é para qualquer um que deseje sentir o que os participantes chamam da "presença do Espírito Santo". As histórias de vida dos membros do ponto de pregação conotam a trajetória árdua de quem encontrou na fé o amparo para as dores do mundo. 

Conheça um pouco mais dos "Gideões de Cristo" na matéria em vídeo abaixo. 

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Centenas de fiéis se reuniram para acompanhar a tradicional Missa do Galo, realizada no quartel do Derby, área central do Recife, na véspera de Natal, neste domingo (24). Na capital pernambucana, a celebração completou 65 anos de existência e foi presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Apesar do público reduzido neste ano, os presentes fizeram orações e demonstraram o sentimento de gratidão por mais um ano de vida. 

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A celebração teve início por volta das 18h com a apresentação musical da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE). Também foi apresentado o recital “Um Poema de Natal” e o espetáculo “Filho de Deus, Menino Meu!”, auto de Natal protagonizado pela Comunidade Shalom, além da apresentação da cantora Cristina Amaral.

A aposentada Lindinalva Ferreira, 67, vem à tradicional missa desde os 20 anos e diz que a festividade Natalina tem sofrido alterações ao longo dos anos. "A data está muito comercial, as lojas querendo vender e o capitalismo mudando o sentido do nascimento de Jesus Cristo. Mas a religião ainda permanece e a noite está linda", disse. 

Para ela, a Missa do Galo já virou seu Natal de tradição. "Saindo daqui vou para minha casa dormir. Minha ceia é aqui porque o menino Jesus era tão simples", comentou. Lindinalva ressaltou a falta de público na Missa em comparação com anos anteriores. "Acho que a divulgação foi pouca e a gente não sabia se o evento seria celebrado aqui ou na rua da Aurora", falou.

Em outras localidades, a missa é celebrada à meia noite, mas no Recife é sempre antecipada em quatros horas e teve início às 20h. Como já é tradição, a Santa Missa de Natal foi presidida por dom Fernando Saburido.

Acompanhando a celebração pela quinta vez consecutiva, a aposentada Maria José, 76, trouxe uma oração e pedido especial para esta véspera de Natal. Ao lado do marido, a senhora reza para que ele tenha sucesso na cirurgia que fará da vista e não fique cego. "Hoje estou aqui para agradecer pelo ano, mas também sigo esperando uma graça na minha vida e na do meu esposo, José Geraldo", afirmou.

Durante a missa, Saburido pontuou a trajetória do menino Jesus, desde a manjedoura, quando era um menino pobre. Ele pediu uma atenção especial às crianças necessitadas, aos idosos. "O Natal é uma solenidade muito voltada para o social para que de fato possamos acolher cada irmão que se aproxima de nós é ajudar em suas necessidades", pontuou.

Saburido enfatizou a mensagem de paz e amor ao próximo, um desejo de toda a Igreja Católica. "Que o Natal nos retorne a solidariedade para vivermos o espírito do evangelho", frisou.

História - A expressão “Missa do Galo” é específica dos países latinos e deriva da lenda ancestral segundo a qual, à meia-noite do dia 24 de dezembro, um galo teria cantado fortemente, como nunca ouvido de outro animal semelhante, anunciando a vinda do Messias, filho de Deus vivo, Jesus Cristo.

Baseados na fé e amor por Nossa Senhora da Conceição, na data em que é comemorado o seu dia, os fiéis seguem pagando suas promessas feitas no último ano ou há décadas. Na tarde desta sexta-feira (8), o Morro da Conceição, no bairro de Casa Amarela, ficou tomado por peregrinos e muitos deles agradeciam pelo que chamam de milagres.

"Há uns 50 anos eu venho aqui todo dia 8 para agradecer a minha vida. Eu adoeci, não conseguia andar, também tive doença do coração, mas fui curada. Por causa disso eu venho todo ano e também com meu filho. Esse ano eu agradeço também pelo meu neto que ficou entre a vida e a morte", contou Severina da Silva, descalça e vestida com roupa inspirada no manto azul de Nossa Senhora da Conceição. 

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Andando de costas desde o pé do Morro até a capela dedicada à santa, situada no topo, Michele Magda agradecia pela vida da filha. "Tive uma gestação com risco de morte do meu bebê. Fiz a promessa no ano passado e hoje pago com minha filha nos meus braços", relatou. Ela ainda contou ter produzido as roupas vestidas pelas crianças, também na cor azul, inspirada na Santa.

Para agradecer ter conseguido construir sua casa, Rillary Barbosa contou que desde 2014 sobe o Morro com um tijolo na cabeça. Em oração, ela agradece pela residência alcançada e prometeu voltar todos os anos pagando a mesma promessa. A Festa do Morro segue até o próximo domingo (10) com missas e adoração à Nossa Senhora da Conceição.

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Janailson da Silva saiu de San Martin, na Zona Oeste do Recife para, aos pés do Morro, iniciar o pagamento da sua promessa. Sem revelar o que havia pedido, limitou-se a dizer apenas que fez a promessa no ano passado e, nesta sexta, foi cumprir. “Eu sou devoto de Nossa Senhora da Conceição durante a minha vida toda e por isso estou aqui agradecendo a graça alcançada”. 

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