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O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma ação civil pública (ACP) para que a União retire uma regra que impede pessoas casadas ou que têm filhos de participar do concurso da Escola de Sargentos de Armas (ESA). O objetivo da ação, contudo, é que o impedimento, considerado inconstitucional pelo órgão, deixe de valer também em seleções futuras realizadas pelo Exército Brasileiro e demais instituições militares federais, sem desligamento de nenhum candidato previamente aprovado em decorrência da mudança.

A ação é resultado de uma investigação iniciada após denúncias de restrições feitas pelo edital do concurso público para admissão aos cursos de formação e graduação de sargentos das áreas geral, música e saúde da ESA, publicado no mês de fevereiro, com provas previstas para agosto e curso de formação iniciado em fevereiro de 2021, com término em dezembro de 2022. Para o MPF, exigir que os candidatos não tenham filhos ou cônjuge é uma medida impertinente com a natureza do cargo, “inexistindo comprovação eficaz, pelo Exército Brasileiro, de interferência na qualidade laboral do aspirante castrense”. 

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No entanto, em sua defesa, a Escola de Sargentos de Armas reafirmou a legalidade da restrição inserida no edital. “Fazendo transparecer que, em futuros concursos públicos, o ente federal também exigirá o cumprimento do sobredito dispositivo”, argumentou a instituição militar.

Contudo, a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal indica que a restrição do edital viola princípios constitucionais, como os da igualdade, a inviolabilidade à vida privada, o livre planejamento familiar do casal, a proporcionalidade e a razoabilidade e tramita na Justiça Federal no Rio Grande do Norte, pedido liminar a respeito do concurso específico para a ESA.

Pedro Scooby quis mostrar que está se divertindo na Suíça com os filhos, mas já aproveitou para mandar um recado para aqueles internautas que estão sempre lhe criticando.

No sábado, dia 25, o surfista publicou uma série de fotos e vídeos mostrando que praticou wakesurf com os filhos Dom, de oito anos de idade, e Bem, de quatro anos. Já prevendo as mensagens que receberia por aparecer com as crianças praticando um esporte radical, Scooby escreveu:

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"Não adianta vir julgar! Wakesurf não se usa capacete. Só wakeboard normal, escreveu ele na legenda do vídeo em que o filho mais velho aparece sozinho na prancha".

As crianças, que são fruto da relação dele com Luana Piovani, aparecem usando colete salva-vidas a todo momento do passeio. O caçula apenas apareceu praticando o esporte na companhia do pai.

No ano passado, Benício, filho de Luciano Huck e Angélica, sofreu um acidente ao praticar wakeboard sem capacente. Ele precisou ficar internado e realizar uma cirurgia ao sofrer um traumatismo craniano. Na época, Huck reconheceu o erro pelo filho estar sem capacete e passou a incentivar o uso da proteção durante a prática.
 

Giovanna Ewbank reapareceu nas redes sociais alguns dias após ter dado à luz Zyan, seu terceiro filho com Bruno Gagliasso. Além de falar sobre a correria que está em casa para administrar o tempo com as crianças, a apresentadora também matou a curiosidade dos internautas e os respondeu através do Instagram.

Uma fã perguntou qual foi a reação de Titi e Bless ao conhecer o irmão caçula e Gio foi direta na resposta, dizendo o que todos já imaginavam: "Estão apaixonados!", escreveu ela adicionando emojis com coração.

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A mamãe-coruja ainda compartilhou uma foto da filha mais velha, revelando que ela está a todo momento ao seu lado nos últimos dias. "Ela sempre ao meu lado...em todos os momentos! Minha parceirinha", escreveu.

Por causa do isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus, a apresentadora explicou que não está recebendo visita de amigos e familiares no momento especial e, por isso, resolveu encaminhar algumas lembranças aos parentes para ficar registrado a chegada do bebê. Eles contrataram serviços de um ateliê, que forneceu lembranças e até alguns doces, como bem-nascido.

"Porque vocês sabem, a gente não pode receber ninguém em casa. Então, elas fizeram um kit para mandar para a família e amigos com álcool gel, bem-casado, balinhas, caderninho com lápis para crianças e água", mostrou.

Recentemente, o casal foi criticado por levar uma fotógrafa à maternidade, para que ela registrasse o nascimento de Zyan. O hospital até chegou a se pronunciar, dizendo que abriu uma exceção aos artistas, mas que ainda não é permitido a entrada dos profissionais e visitantes por conta da pandemia.

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Leonardo tranquilizou seus fãs sobre o acidente de carro sofrido por seus filhos João Guilherme e Matheus Vargas e o sobrinho Leandrinho, filho do cantor Leandro, na noite da última terça-feira (30), no interior de Goiás. Ao lado dos jovens, o cantor surgiu em um vídeo, publicado na madrugada desta quinta-feira (2), dizendo que o acontecimento não passou de um susto.

"Como vocês já viram um acidente que teve com os meninos. O Zé Felipe não estava. Estava o Matheus, o Leandrinho, meu sobrinho, filho do Leandro, e o João Guilherme e o Tita, o motorista. Eles estavam vindo para a fazenda ontem à noite. Tem 50 quilômetros de estrada de terra. A estrada está muito boa, mas as pontes são aquelas feitas de madeira feitas há 100 anos", começou o sertanejo.

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Segundo Leonardo, os jovens receberam ajuda de caminhoneiros que estavam no local.

"O motorista por ser um cara de cidade, de asfalto, passou direto na poeira dos caminhões que estava passando... Na poeira ele passou direto e caiu dentro do córrego. Para a felicidade de todos nós o córrego estava com pouca água. Eles caíram de uma altura de 10 metros, bateu e virou com as quatro rodas pra cima. Graças a Deus os caminheiros ajudaram eles a sair do carro. Só o Leandrinho que teve uma luxação no pulso, mas está tudo certo", completou.

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A atriz Giovanna Ewbank compartilhou em suas redes sociais, na última quarta-feira (24) o quarto dos filhos após uma reforma na casa, para a chegada de Zyan. 

“Finalmente o quarto dos meus meninos ficou pronto”, escreveu a atriz, compartilhando a foto do novo cômodo. Os fãs da atriz ficaram apaixonados e elogiaram pela reforma: “Ficou lindo demais”; “que fofura”; “Meu Deus que coisa mais linda”.

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Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso já são pais de Titi e Bless, agora esperam Zyan.

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Divididas entre a expectativa para nascimento dos filhos e o medo em meio às incertezas da Covid-19, gestantes e profissionais de obstetrícia da Região Metropolitana do Recife (RMR) sofrem com uma rotina de pressão e com limitações para manter o pré-natal em contexto de isolamento. O risco de contaminação degrada o fator psicológico das parturientes, no entanto, os atendimentos e partos seguem normalmente, segundo secretarias de saúde.

"O último exame que fiz foi logo no começo da quarentena", lembra a microempreendedora Cybele Campos. Com 28 semanas de gestação, ela aguarda o nascimento da segunda filha e admite a tensão vivida nesta gravidez. "Tô morrendo de medo. Só rezando para passar daqui para setembro, [...] a pessoa fica em casa procurando fazer várias coisas, porque se não a pessoa é capaz de se entregar", lamenta.

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Embora seja acompanhada pela rede particular, Cybele prefere evitar deslocamentos e, para isso, mantém contato com o obstetra mesmo à distância. "Tudo que eu posso, pergunto a ele por ligação mesmo. Prefiro ligar", pontua. Em um momento em que é necessário redobrar a atenção para que todas as recomendações sejam cumpridas, a primeira medida tomada por ela foi escolher uma unidade que não recebesse pacientes da Covid-19.

Agora, o objetivo é continuar em casa e evitar contato com pessoas até o dia do parto. "Não sei se ela vai ter que usar aquelas viseirinhas assim que nascer, mas espero que passe dois dias só no hospital e tome o maior cuidado possível. Álcool em gel, luva, máscara e tudo direitinho[...] a pessoa tem que seguir as regras para tentar amenizar", recomenda.

A obstetra Flávia Gusmão reforça que as mães realmente estão sendo afetadas psicologicamente pelo medo da Covid-19. Muito desse temor é resultado da morte de grávidas com comorbidades, que contraíram a doença. "Outra [gestante] era para fazer o tratamento, fugiu do hospital porque não quis ficar lá e voltou gravíssima, e morreu no mesmo dia", conta.

Ela ainda acrescenta que tal condição reverbera e também é sentida pelos profissionais da área, sobretudo os envolvidos em gestações de alto risco. "O estresse emocional é muito maior. Porque os tempos tão muito difíceis, a gente fica sem saber se vai pegar a doença, fica vendo colega adoecendo e morrendo", relata.

Gusmão estipula que nos próximos meses pode haver uma queda no índice de natalidade da região, tendo em vista que muitas mulheres adiaram o sonho de engravidar durante a pandemia. "A minha recomendação é dar um tempo [de tentar engravidar]. A gente só vai poder dar segurança quando houver uma vacina", avalia a profissional.

Ainda que acredite na possibilidade de uma segunda onda de surto, a médica prega cautela e bom senso. Mesmo assim, aprovou o retorno dos atendimentos e consultas médicas em Pernambuco, no último dia 10, tendo em vista a necessidade de outros tratamentos e enfermos. "Eu tenho pacientes que estão tendo hemorragia por causa de mioma e não conseguiram se operar. Hemorragia mesmo de sangrar por 10, 15 dias e não puderam se operar porque tudo é só Covid", disparou.

Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

O LeiaJá solicitou informações e registros das principais secretarias de saúde da RMR. A secretaria do Recife informou que entre 12 de março e 26 de maio realizou 3.500 partos agendados nas maternidades Arnaldo Marques, no Ibura; Bandeira Filho, em Afogados; e Barros Lima, em Casa Amarela. As consultas do pré-natal são realizadas normalmente, em 130 unidades de Atenção Primária à Saúde, que não recebem pacientes da Covid-19. Maternidades próximas aos hospitais de campanha, como o Hospital da Mulher do Recife (HMR), no Curado, há uma divisão de setores e isolamento para infectados.

Em Olinda, a rede com 57 equipes de Atenção Básica manteve os atendimentos às gestantes com risco habitual. A unidade destinada para a classificação foi o Hospital Tricentenário, em Bairro Novo. Já as mães classificadas como alto risco tiveram à disposição nove policlínicas para o acompanhamento pré-natal e foram assistidas pela rede estadual. Entre março e abril o município contabilizou 679 partos, informa o comunicado.

Jaboatão dos Guararapes somou 714 partos no Hospital Memorial Guararapes e no Hospital Jaboatão Prazeres, entre fevereiro e março, garante a secretaria de Saúde. O atendimento pré-natal está mantido em todas as Unidades de Saúde da Família, no Centro de Referência em Saúde da Mulher e na Rede Conveniada (Humanize).

O professor Júlio César dos Reis Martins, de 27 anos, morreu em razão do novo coronavírus nesse domingo (7), em Caridade, cidade do interior do Ceará. Um dia depois, a esposa Andrelice Fernandes, de 25 anos, deu à luz aos filhos do casal, os gêmeos Téo e Bento.

"Ela está muito abalada, emocionada, tentando entender tudo que aconteceu, mas tem muita fé e vai superar", comentou Maria Luciene, diretora da Escola de Ensino Médio Nilton Franco, em entrevista ao G1. Ela conta que Júlio César lecionava aulas de Português, Redação e Espanhol na instituição há aproximadamente dois anos, e era querido pelo engajamento em projetos escolares.

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A prima do professor, Lucivânia Rodrigues, diz que todos acreditavam que ele iria se recuperar da Covid-19, pois o quadro era estável. No entanto, Cesinha - como era conhecido - era asmático e não suportou a piora. "Tudo isso é tão sofrido, não deu tempo de ele conhecer os filhos, mas são os planos de Deus, que não conseguimos entender", lamentou.

Inserido no grupo de risco, mesmo doente, ele preferiu ficar em casa. Porém, em apenas três dias a doença evoluiu e ele precisou ir ao hospital. Júlio César chegou a ser transferido de unidade e depois foi internado na UTI de Crateús, pois necessitava de hemodiálise.

Ele morreu e foi sepultado no domingo (7). Moradores foram às calçadas para homenagear e se despedir do professor.

O youtuber Matheus Mazzafera liberou no seu canal uma entrevista bem descontraída com a cantora Simaria Mendes, dupla com a irmã Simone. No vídeo divulgado, ela abriu o coração. Casada com o espanhol Vicente, Simaria revelou que não pode mais engravidar e optou por fazer uma laqueadura.

"Ninguém sabe. Eu não posso ter mais filhos. [...] Minhas gravidezes foram muito difíceis, sempre passei muito mal. Eram 9 meses enjoando todos os dias. Eu sofria demais! Era na época que eu viajava muito de ônibus. A gente ainda estava no processo de explodir no Brasil inteiro", contou.

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Mãe de Giovanna, 7 anos, e Pawel, 4, Simaria declarou que não queria ter mais por conta da agenda intensa de shows. Sobre o ritmo acelerado de shows ao lado de Simone, ela disse que conseguiu dar mais atenção à saúde, após ser diagnosticada com tuberculose ganglionar: "Foi um momento que consegui dar um freio na agenda, porque minha saúde não me permitia fazer aquelas loucuras como fazíamos antes. Estou ótima!".

 

Sabe aquele ditado quanto mais, melhor? Alguns famosos levaram a sério. Isso porque, para eles, ter uma família grande é sinônimo de felicidade. Roberto Justus, por exemplo, é pai de uma família bem grande.

Após deixar a maternidade com Ana Paula Siebert e a filha caçula, Vicky, nos braços, o empresário reuniu em casa todos os seus cinco filhos.

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Os dois primeiros hardeiros, do casamento com Sasha Crysma, Ricardo e Fabiana apareceram lado a lado, enquanto a filha do segundo casamento com a empresária Gisela Prochaska, Luiza aparece no clique ao lado de Fabiana e também da baixinha Rafaella Justus, do casamento com Ticiane Pinheiro, que até então era a mais nova da família.

"A maior riqueza que construí em minha vida! Meus 5 filhos! Ricardo, Fabiana, Luiza, Rafaella e Vicky. Família é tudo, escreveu ele na legenda do clique".

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Nesta segunda-feira (18), o cientista político Adriano Oliveira analisa em seu podcast a instalação de um processo mais forte de crise dentro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele ressalta que criar crises é o modus operandi desde o começo do mandato do atual presidente da república, em janeiro de 2019. Por trás dessas atribulações, os principais atores são o próprio mandatário máximo da nação ou um dos seus filhos que se alternam neste papel. Oliveira aponta que desde o princípio detalhou os quatro pontos de sustentação do governo federal, que eram o ex-ministro Sérgio Moro, o ministro da economia, Paulo Guedes, os militares e os filhos de Bolsonaro. Porém, Adriano mostra que por conta da agenda ideológica dos filhos, junto com a militância digital deles, este quarto ponto tem sido cada vez mais uma fagulha para acender crises políticas dentro do palácio, ao invés de contribuir para o andamento das ações governamentais. 

Adriano Oliveira comenta que por conta da falta de diálogo e negociação por parte de Bolsonaro, a tão desejada coalizão partidária nunca existiu em seu governo, o que aumenta o atrito com o Congresso e alimenta reiteradas vezes a crise política. Outros problemas apontados são, primeiro: o presidente não permite o protagonismo de seus ministros, o que em um ano e meio já culminou na saída de dois personagens importantes das suas pastas ministeriais, Moro e Mandetta. Em segundo lugar vem o fato de Jair Bolsonaro alimentar as intrigas com instituições através da militância digital dos seus filhos, convocando ou apoiando protestos contra o STF e o Congresso Nacional, o que só faz aumentar o vulto das crises. 

Oliveira detalha ainda que as próximas semanas serão bastante turbulentas para o país, com mais crises políticas, pois a conjuntura atual da investigação sobre a possível interferência de Bolsonaro no comando da Polícia Federal (PF), (que está em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria Geral da República (PGR)), deflagrada por acusações do ex-ministro Sérgio Moro, poderão abalar ainda mais os alicerces já combalidos do presidente. Para o cientista político a junção da crise sanitária, com a crise econômica mais esse inquérito supracitado, com as declarações dadas ontem por Paulo Marinho, empresário e suplente do Senador Flávio Bolsonaro, a Folha de São Paulo, de que a investigação sobre a prática de "rachadinha" feita pelo Senador, foi encerrada por ordem de Jair Bolsonaro, são elementos que amplificam ainda mais as crises dentro do governo nacional. 

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira esta análise a seguir:

Mães que saem preocupadas de suas casas porque precisam trabalhar; mães que têm enfrentado o home office e, em paralelo a isso, a dificuldade de conciliar a maternidade com as atividades profissionais; futuras mamães à espera dos seus bebês, inseridas em um grupo de risco de uma doença desafiadora para a ciência; filhos e filhas que passarão o dia dedicado às mães de uma forma atípica e jamais imaginável. Estes são cenários insólitos impostos pela pandemia do novo coronavírus.

Diante desta realidade, estão os relatos da autônoma, futura mamãe e filha, Rossane Araújo; da assistente administrativa, que também é filha, Beatriz Carvalho; das mães: a dona de casa Aldinete Pinho, a fisioterapeuta e técnica da Vigilância Epidemiológica da Prefeitura do Recife, Adriana Cytha e a atendente de telemarketing Wacylene Silva. Personagens da vida real que compartilham suas histórias, neste Dia das Mães, na reportagem especial a seguir:

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A espera de quatro anos para se tornarem pais terminou para Daniela Patrícia da Silva e Thiago Ângelo Santos Cavalcante. Inscrito no cadastro para adotantes, hoje Sistema Nacional de Adoção (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde o fim de 2015, o casal teve a sentença deferida na última quinta-feira (23) para a adoção da filha Maria, de 1 ano e 11 meses.

Em tempos de pandemia pelo coronavírus (Covid-19), a audiência de instrução e julgamento para viabilizar a adoção da criança aconteceu de forma diferente. Por meio virtual, através da plataforma emergencial de videoconferência disponibilizada pelo CNJ e regulamentada no Judiciário estadual pernambucano desde 17 de abril, a juíza Christiana Caribé, titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Jaboatão dos Guararapes, proferiu a sentença.

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A audiência de instrução e julgamento estava designada para o dia 2 de abril deste ano, mas deixou de ser realizada na Vara, em razão da suspensão do atendimento presencial pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), através da Portaria Conjunta nº 05, de 17 de março, como medida para contenção do novo coronavírus.

“Com a plataforma disponibilizada pelo CNJ, eu entendi ser viável realizar o ato por videoaudiência, concedendo de forma mais célere a adoção da criança ao casal, assegurando-lhe todos os direitos decorrentes da adoção, proporcionando a todos maior segurança jurídica e legal. Levei em consideração que a criança já estava adaptada aos adotantes, que haviam passado pelo estágio de convivência e cumprido todas as etapas necessárias ao processo, restando apenas a audiência para prolatar a sentença”, revela a juíza.

Durante a audiência foram ouvidos por videoconferência os adotantes, a promotora de Justiça Thatiana Barros Gomes e a psicóloga Gilvete Ferreira de Brito, da equipe interprofissional que acompanhou o período do estágio de convivência, iniciado em dezembro do ano passado. 

A sentença de adoção, proferida às 10h da última quinta-feira (23), marca o início de uma nova vida para Maria. A criança viveu numa instituição de acolhimento em Jaboatão dos Guararapes, de março até dezembro de 2019, quando foi concedida pela Justiça a sua guarda provisória para Daniela Patrícia da Silva e Thiago Ângelo Santos Cavalcante para o estágio de convivência.

“Durante todo o período em que permaneceu acolhida foram tomadas todas as medidas com a finalidade de promover a sua reintegração familiar, porém foram inexitosas. Também se mostrou inviável a sua colocação em família extensa, que é a formada por parentes próximos com os quais a criança convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade, pois a genitora já havia negligenciado outros cinco filhos e não foram identificados familiares em condições de se responsabilizar por mais uma criança”, conta a juíza.

Após a audiência, Daniela Patrícia da Silva falou do sentimento como mãe de Maria e o que significou cumprir a última etapa do processo de adoção. “Hoje é um dia de muita felicidade para nossa família. Esperamos por esse momento com muita expectativa e a certeza de um final feliz. A sentença representou a segurança e a tranquilidade de que Maria é definitivamente nossa filha. Já sentíamos isso desde o momento em que fomos buscá-la para o estágio de convivência, mas cumprir a etapa final do processo representou para nós a legalização jurídica da nossa família”, afirmou.

O pai, Thiago Ângelo Santos Cavalcante, falou sobre o que achou da forma usada pela Justiça para concluir o processo de adoção e como se sente após a sentença. “Se não fosse por meio dessa ferramenta teríamos que esperar muito tempo para conseguirmos concluir a adoção da nossa filha. Maria mudou completamente a vida da gente. Somos pessoas muito mais felizes com a presença dela na nossa casa. Hoje é um dia que ficará marcado para sempre nas nossas vidas”, revelou.

Ferramenta para audiências – O uso da plataforma emergencial de videoaudiência do CNJ nas varas de competência da Infância e Juventude do Judiciário estadual pernambucano, durante o período de pandemia do coronavírus, foi regulamentado por meio da Instrução Normativa nº 10, publicada no Dário de Justiça eletrônico (DJe), no dia 17 de abril, pela Presidência do TJPE e pela Corregedoria Geral da Justiça. A ferramenta pode ser usada nas audiências de processos do sistema socioeducativo, nos casos de ato infracional praticado com violência ou grave ameaça, bem como na realização de audiências e atos de urgência no âmbito das medidas de proteção, incluindo os acolhimentos que põem em risco a garantia da integridade física e mental das crianças e dos adolescentes.

“Acredito que a ferramenta continuará sendo bastante útil após o fim da pandemia. Entendo que seja importante os Tribunais/CNJ disciplinarem o seu uso para além de situações como a que estamos vivenciando no momento. Poderá ser uma ferramenta de suma importância para dispensar, por exemplo, a expedição de cartas precatórias e rogatórias. No âmbito da Infância e Juventude, poderá ser utilizada para a realização de audiências com pretendentes à adoção residentes em outros estados, com dispensa de cartas precatória para este fim. Também poderá ser utilizada para promover a aproximação entre adotantes e adotandos, quando estiverem em locais diferentes, antes do início do estágio de convivência, ampliando o serviço que já é oferecido pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja). E, ainda, para a oitiva de familiares que residem em outros estados, cidades, para facilitar a avaliação da concessão da guarda de crianças e adolescentes que estão em situação de acolhimento institucional, tornando mais célere a análise das reavaliações de acolhimentos institucionais”, considera a juíza Christiana Caribé (foto acima).

Da asscom do TJPE

No podcast desta segunda (27), o cientista político Adriano Oliveira aponta as questões que atrapalham a estabilidade política do presidente, que constantemente produz crises, como já dito em outras edições do Descomplicando. Para Adriano, há dois motivos: o primeiro é o temperamento do presidente e o segundo é a sua dependência e o comportamento dos filhos. Sobre o primeiro deles, o cientista analisa as falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que dá a entender que acredita que a sua eleição confere plenos poderes a ele, podendo, inclusive, exigir relatório de órgão que precisam agir independentes. Um exemplo é a Polícia Federal, que precisa ter a liberdade de seguir com os seus processos sem a interferência de fora.

Acerca do segundo, Adriano aponta que os filhos são uma base moral para o seu governo. Não política, já que essa é composta hoje por Paulo Guedes e os militares - antes também havia a presença de Sérgio Mouro, mas este pediu demissão na sexta (24). Os três filhos do presidente tem uma percepção muito parecida com a do pai, de ideia de poder ilimitado e também são geradores de crise. 

O cientista aponta que esses motivos fazem com que a sociedade não confie no presidente, figura que é previsível já que está sempre produzindo crises. Ele precisa mudar o seu temperamento e se afastar politicamente dos filhos. Adriano não acredita que ele conseguirá, havendo mais instabilidade e discussões sobre um impeachment.

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira mais uma análise a seguir:

 

O presidente Jair Bolsonaro rebateu, na manhã deste domingo, 26, críticas à indicação do delegado Alexandre Ramagem, próximo da família, para o comando da Polícia Federal. Em resposta no Facebook a uma seguidora que observou que Ramagem foi indicado pelo filhos do presidente, Bolsonaro respondeu: "E daí?". A nomeação do novo chefe da Polícia Federal ainda não foi oficializada no Diário Oficial da União.

Na publicação na rede social, o presidente justifica que conheceu Ramagem, atual chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), antes de seus filhos. "E daí? Antes de conhecer meus filhos, eu conheci Ramagem. Por isso deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?", questionou.

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Outro seguidor postou uma foto em que Ramagem aparece em uma festa de réveillon ao lado do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos): "Está tudo em casa, né, Vossa Excelência?!", escreveu o homem.

O presidente respondeu com uma montagem feita com fotos antigas por um apoiador, em que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro aparece ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e do apresentador Luciano Huck, cotado como um nome que pode concorrer à Presidência. "Entrou no Ministério da Justiça juiz e saiu político aliado da oposição, e se fazendo de coitadinho. Só se deixa enganar quem quer", diz o texto da imagem republicada por Bolsonaro.

Nas redes sociais, bolsonaristas têm usado imagens antigas de Moro com diversos políticos para insinuar que o ex-ministro faz parte de um complô contra o governo.

Os comentários de Bolsonaro foram feitos em uma postagem dele próprio no Facebook. O presidente divulgou um vídeo da presidente do Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo, Susanna Val Moore, em que ela fala que a PF "tem exercido um protagonismo no combate à corrupção e suas atribuições de forma independente".

Juntamente ao vídeo, o presidente escreveu ainda que Moro mentiu. "Lamentavelmente o ex-ministro mentiu sobre interferência na Polícia Federal. Nenhum superintendente foi trocado por mim. Todos foram indicados pelo próprio ministro ou diretor geral. Para mim os bons Policiais estão em todo o Brasil e não apenas em Curitiba, onde trabalhava o então juiz", escreveu na publicação.

Ao anunciar sua saída do governo, Moro relatou que Bolsonaro demonstrou preocupação com o andamento de inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), como o que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares. O ex-ministro também acusou o presidente de querer interferir politicamente na PF e ter acesso a relatórios de inteligência.

A saída de Moro ocorreu após Bolsonaro exonerar Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal para nomear Alexandre Ramagem. O delegado da PF entrou para o rol auxiliares de confiança do Planalto com o apoio de Carlos Bolsonaro. A nomeação de Ramagem para a Abin, em julho do ano passado, é atribuída ao filho do presidente.

A aproximação entre Carlos e Ramagem, delegado da PF desde 2005, ocorreu durante a campanha eleitoral, em 2018. Na época, o policial assumiu a coordenação da segurança de Bolsonaro após a facada sofrida pelo candidato em Juiz de Fora (MG). Como chefe da Abin, Ramagem passou a frequentar o gabinete presidencial.

Diante das críticas, Carlos Bolsonaro também postou em seu perfil no Twitter uma outra montagem com fotos antigas de Moro. Em uma delas, o ex-ministro está conversando com o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) durante uma premiação da revista "IstoÉ", em dezembro de 2016. Em outra imagem, Moro está ao lado de Joice e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em um café da manhã em março de 2019. O encontro ocorreu após Maia e o então ministro trocarem farpas por divergência na tramitação do pacote anticrime.

Na última terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes abriu um outro inquérito para apurar "fatos em tese delituosos" envolvendo a organização de atos antidemocráticos, após Bolsonaro participar de protesto em Brasília convocado nas redes sociais com mensagens contra o STF e o Congresso e favoráveis a uma intervenção militar.

Outra apreensão do presidente é a apuração sobre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que trata de um esquema de "rachadinha" em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

No podcast desta sexta-feira (24), o cientista político Adriano Oliveira faz uma análise sobre as instabilidades que os filhos de Bolsonaro e Sérgio Moro produzem para a sua governabilidade. O mote dessa fala é a demissão de Maurício Valeixo do cargo de diretor da Polícia Federal, órgão que estaria sob jurisdição do Ministério da Justiça. Para Adriano, essa demissão, sem o apoio de Moro, provavelmente, foi ocasionada porque alguma investigação da PF estava chegando a algum dos filhos do presidente. Como o cientista já apontou outras vezes, o comportamento dos filhos gera instabilidade no exercício do cargo do pai.

Essa demissão causa conflito na relação de Jair Bolsonaro (sem partido) com um ministro de grande popularidade que é Sérgio Mouro. Se houver realmente a demissão, Bolsonaro pode perder o apoio de parcela da população. Entretanto, Mouro dentro da equipe do presidente também pode gerar instabilidade, já que, devido ao seu trabalho frente à Operação Lava Jato, ele não é bem visto dentro da classe política. Classe essa com a qual o presidente precisa estar alinhado para governar.

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira mais uma análise a seguir:

 

O confinamento doméstico imposto pela pandemia do novo coronavírus é uma excelente oportunidade para aproximar pais e filhos em torno da leitura. Esta é visão de especialistas ouvidos pela Agência Brasil pela passagem do Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado neste sábado (18).

A data lembra o nascimento dos escritores Hans Christian Andersen e de Monteiro Lobato, respectivamente. Estórias e personagens do escritor dinamarquês e do escritor brasileiro permitiram a diversas gerações de crianças abrir as portas da imaginação, conhecer o mundo, partilhar experiências, estimular o senso crítico e até superar adversidades, como a de ter de ficar em casa, em distanciamento social, para evitar a propagação uma doença que pode ser fatal.

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“Quem lê amplia o olhar, torna-se mais tolerante ao perceber na visão do outro formas de alargar a sua própria visão das coisas. Quem lê, escreve melhor, consegue ter uma percepção mais crítica de tudo”, diz a escritora Alessandra Roscoe, que também desenvolve em Brasília o Projeto Uniduniler para incentivo à leitura, de mulheres grávidas a idosos.

O livro pode ser uma ótima distração para os dias de Covid-19, recomenda Sandra Araújo, poetisa e doutora em literaturas de língua portuguesa. “A atividade de leitura pode ser enriquecedora inclusive para preenchimento do tempo, que pode ficar ocioso. Quando contamos estórias, conversando, todo mundo fica encantado”, afirma Sandra.

Para Dianne Melo, fonoaudióloga e especialista em linguagem, o encantamento das letras pode ser uma terapia muito oportuna contra o estresse do presente. “Em um momento como este, em que somos bombardeados com notícias sobre a pandemia, [é bom] ter acesso a livros que nos permitem entrar em contato com outras realidades, fantasias, personagens, elaborar algumas situações e até mesmo nos conectar com outras formas de ver o mundo.”

Livro e afeto

Dianne Melo é coordenadora de Engajamento Social e Leitura do Itaú Social, que desenvolve com voluntários projetos de leitura para crianças de até 6 anos em pré-escolas de redes públicas. “É maravilhoso ler para as crianças. A carinha delas prestando atenção às histórias não tem preço”, conta Catarina Tomiko Yamaguchi, leitora voluntária em escolas nos bairros do Braz, Mooca e Bom Retiro (na região da Luz, em São Paulo).

“É interessante como as crianças se identificam com as histórias que você vai lá contar”, complementa José Fernandes Alves Santos, que é voluntário no mesmo projeto e periodicamente visita escolas no Jabaquara. Catarina e José Fernandes  sentem-se emocionalmente recompensados pela atividade de ler livros para pequenos nas escolas.

A leitura cativa e provoca afeição entre quem conta  e quem ouve estórias. “Quando o adulto lê em casa, geralmente pega a criança no colo, fica bem perto, lê para a criança dormir. Ele fica muito perto da criança e com a atenção voltada para ela. Isso é o que a criança mais deseja: a atenção dos pais para ela”,ressalta Norma Lúcia Neris de Queiroz, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.

A fonoaudióloga Dianne Melo destaca também a oportunidade dos pais de usufruir desse momento, conhecendo melhor a criança, identificando seus gostos, medos e aflições.

“Ler com as crianças é um ato de afeto. A leitura abre as portas da imaginação, estmula a linguagem e a expressão próprias da criança e, no caso da leitura partilhada, em família, é também uma forma de se estabelecer um vínculo”, testemunha Alessandra Roscoe, mãe de três filhos com diferentes idades.

“Aqui em casa, até jogos são criados a partir das leituras. Inventamos personagens e enredos que um começa e outro termina”, diz.

Leitura e internet

A escritora assinala que é possível cultivar o gosto pela leitura aproveitando as possibilidades abertas pela tecnologia da informação. “Muita gente resolveu ler para crianças e adultos em vídeos e intervenções ao vivo pelas redes sociais. Alguns autores, mais talentosos com os novos meios, estão animando os próprios poemas e livros”, comenta a autora.

Para a poetisa Sandra Araújo, há interface entre livros e jogos eletrônicos na internet ou em dispositivos sem conexão. “Nos jogos tem narrativas contadas ali. O encadeamento das ideias, como o jogo é organizado, desperta o interesse das crianças e desenvolve habilidades. Há um universo de estórias que dialogam e se relacionam com jogos. Há livros que falam dos personagens dos jogos, e isso, de alguma forma, pode estimular a leitura das crianças.”

A disponibilidade dos recursos trazidos pela internet e dos aparelhos eletrônicos reforça a necessidade de as famílias lerem precocemente para suas crianças, opina a pedagoga Norma Lúcia. “As famílias têm de começar bem cedo com o livro. As crianças maiores têm lido também nos tablets, computadores e outros. Quando  já desenvolveram o gosto [pela leitura], as crianças leem em todos os ambientes, inclusive os livros indicados pela escola.”

Além de ler desde tenra idade, os pais precisam dar exemplo. “A criança tende a imitar o comportamento dos pais. Se os pais ficarem o dia todo no celular, certamente esse dispositivo terá maior apelo para a criança”, pondera Dianne Melo, que recomenda manter sempre por perto um livro para que as crianças tenham acesso.

“Podemos e devemos usufruir dessas ferramentas, ainda mais em tempos de isolamento, mas tudo deve ser dosado, como qualquer outra atividade. O importante é que o livro físico também tenha espaço nessa rotina. Que todos possam ter um tempo para manusear.”

A dosagem das atividades também é prescrita por Sandra Araújo, que recomenda a negociação com os filhos para que tenham disciplina e “não leiam por hábito, e sim por vício. Vício é aquilo que toma conta da gente, que não conseguimos dominar”, finaliza citando o escritor carioca Alberto Mussa.

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O TikTok anunciou na última quarta-feira (15), que vai aumentar o poder de decisão dos pais em relação ao tempo que os adolescentes passam na rede social. Em comunicado, a empresa afirma que, por conta da quarentena, muitas famílias passaram a usar a ferramenta e isso inclui os menores de idade, exigindo da companhia uma transparência maior de segurança e conteúdo. 

O recurso é chamado de Family Pairing ou pareamento familiar, em tradução livre. Ele permite que pais e adolescentes personalizem suas configurações de segurança com base nas necessidades de cada um. É possível gerenciar o tempo de tela, filtrar conteúdos considerados inapropriado para menores e restringir o envio de mensagens.

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Para ativar o filtro basta linkar a conta do responsável com o adolescente (que precisa aceitar a solicitação de pareamento das contas) e escanear de um código QR na tela do celular onde está a conta do menor de idade.

Se, após a ativação o jovem desabilitar o recurso, o responsável recebe um aviso e pode reconectar remotamente se achar necessário. O TikTok também informou que vai desativar, a partir do dia 30 de abril, mensagens diretas contas pertencentes a menores de 16 anos. Porém, elas podem ser reativadas manualmente. 

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, teve dois filhos com uma advogada durante o período em que ele era refugiado na embaixada do Equador em Londres, informou o jornal britânico Mail na edição deste domingo (12).

O australiano, que os Estados Unidos querem julgar espionagem, é pai de dois filhos com Stella Morris, 37, advogada de origem sul-africana, de acordo com o tabloide, que garantiu que o mais velho dos filhos, Gabriel, tem dois anos de idade, e o caçula, Max, um ano.

O jornal publicou fotos de Assange com seus filhos e uma entrevista com Morris, que relata que se apaixonou pelo fundador do Wikileaks há cinco anos e que o casal planeja se casar.

A advogada decidiu revelar a existência dos filhos, Gabriel e Max, porque "teme que a vida de Assange esteja em perigo se ele permanecer em Belmarsh", a prisão de alta segurança de Londres, onde ele está atualmente detido devido à nova pandemia de coronavírus, informou o jornal.

A justiça britânica, no final de março, recusou-se a libertar Assange sob controle judicial, alegando que havia "sérias razões para acreditar" que ele pode não comparecer em convocações futuras.

No Twitter, o Wikileaks observou que a companheira de Assange, "mãe de dois filhos pequenos, insta o governo do Reino Unido a libertá-lo e a outros prisioneiros, pois o #coronavírus está causando estragos nas prisões".

A justiça britânica suspendeu até 18 de maio o exame do pedido de extradição do fundador do Wikileaks para os Estados Unidos, país que pretende processá-lo pela publicação de um grande número de documentos confidenciais.

Segundo o jornal britânico, Assange e sua advogada começaram seu relacionamento em 2015, quando ela visitou seu cliente na embaixada, e o primeiro filho foi concebido no ano seguinte.

Assange até acompanhou o nascimento em Londres dos dois filhos em vídeo e pôde ver o mais velho, Gabriel, dentro da embaixada, para onde a criança foi levada secretamente, acrescentou o jornal.

As duas crianças são britânicas e já visitaram o pai na prisão, de acordo com o Mail.

Para impedir a disseminação do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) orientou a população a ficar em casa, o que obrigou muitos trabalhadores a mudarem suas rotinas. Nessa nova realidade, muitas profissionais que também são mães tiveram de se adaptar ao home office, dispensar as babás ou domésticas e conciliar as tarefas do emprego com o cuidado dos filhos e da casa.

Antes da pandemia, o horário de trabalho da personal trainer, Daphine Santana, 34 anos, era o mesmo em que o pequeno Lorenzo Cruz, 3 anos, estava na escola. "Eu tinha o restante do dia para cuidar do meu filho, que é autista. Agora, tento planejar minhas aulas um dia antes, no período em que ele está dormindo", diz ela que, para tentar adaptar o menino à nova rotina, optou por seguir os horários com os quais ele estava acostumado. "O almoço, por exemplo, ofereço no mesmo horário que seria o da escola e com o mesmo cardápio", complementa.

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Daphine Santana e o filho Lorenzo | Foto: Arquivo Pessoal

O isolamento social não altera apenas o cotidiano das mães, os filhos também precisam se adequar ao ensino online, por exemplo. É o caso da empresaria Sandra Turchi, mãe de Lucca Memoli, 9 anos. Além do home office, ela precisa prestar suporte ao filho, acessar as aulas e compreender os conteúdos para dar-lhe auxílio. "Minha mãe mora conosco e me ajuda bastante. Também temos um cachorro que o distrai, além dos jogos online e dos vídeos do YouTube", conta.

Já a vendedora de softwares, Nathalia Soares, 33 anos, mãe de Mariah Soares, 1 ano, conta que dispensou a babá durante o período de quarentena, e que o marido também está de home office, o que dificulta conciliar os horários de trabalho, as tarefas domésticas e os cuidados com a filha. "A pequena está na fase de querer atenção, e por conta disso, precisei organizar melhor as reuniões para sempre ter tempo de brincar com ela. Durante o dia, ela dorme por uma hora. Quando isso acontece, aproveito para dar um 'gás' na casa, comida e nas roupas", conta.

Nathalia Soares é mãe da pequena Mariah | Foto: Arquivo Pessoal

Para distrair a filha, Nathalia tem sido criativa e coloca Mariah para interagir com as tarefas domésticas. "Dou as roupas sujas para ela colocar na máquina, e quando estou cozinhando dou uma panela para ela brincar", diz a vendedora, que encontra felicidade mesmo diante de tantas obrigações. "O lado bom de tudo isso é que todos dias estamos almoçando juntos", finaliza.

Em todo o país, milhares de crianças e adolescentes estão com as aulas suspensas. Alguns, rapidamente tiveram a sala de aula substituída por ambientes virtuais, outros, receberam orientações desencontradas e ainda estão se ajustando à nova rotina. Há ainda quem não foi orientado pela escola e teme não conseguir fazer exercícios online por conta da baixa qualidade da internet em casa. 

A Agência Brasil conversou com mães que contam como estão lidando com o fechamento das escolas e com as medidas de isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus (covid-19). 

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Apenas um dia foi o tempo necessário para que a escola particular em Brasília onde estuda Maria Giulia, 11 anos, passasse a oferecer aulas remotas aos estudantes. A instituição, que já utilizava plataformas online para desenvolver exercícios com os alunos transferiu todo o ensino para o ambiente digital. “As aulas incluem quase todas as matérias, até teatro e educação física, que ela vai ter hoje. Eles filmam o que fazem e enviam para o professor. Eles conseguem ver os vídeos uns dos outros e se divertem”, diz a mãe de Maria Giulia, a juíza federal Katia Balbino.

Katia também está trabalhando em casa, em um computador na frente do da filha. Dessa forma, consegue acompanhar mais de perto o aprendizado dela. A mãe está orgulhosa da filha e satisfeita com a escola. Ela conta que os professores têm falado com os alunos sobre a situação do país e têm mostrado também empatia, dizendo que estão com saudades dos estudantes. Tudo isso, sem deixar o rigor de lado, passando uma série de atividades para serem desenvolvidas em casa. 

A escola também incentiva a comunicação entre os próprios estudantes. “Eles têm parceiros que revisam o trabalho um do outro. Você faz o trabalho, entra em contato com um colega e manda o seu trabalho. Isso gera interação entre eles”, diz Katia. 

“Uma coisa que eu estou gostando é que a gente continua se comunicando com professores e pode ver o rosto dos amigos [o que a plataforma usada permite] sem ninguém se contagiar”, diz, Maria Giulia. “Sabemos que pertencemos a um grupo de privilegiados, que essa não é a realidade da população, mas sabemos também que têm muitas escolas que estão preparadas e que estão dando conta dos alunos”, complementa Katia. 

Quadro de tarefas

Já a escola de Maria Luísa, 15 anos, e João Rodrigo, 10 anos, também particular, em Brasília, não estava tão preparada para uma transição tão rápida. “As diretrizes que foram passadas pela coordenação acabaram se atropelando e sendo contraditórias em um primeiro momento. Uma hora passaram atividades acadêmicas para fazer em casa, depois disseram ‘agora vamos ter vídeo aulas’. A gente vê que, não só a escola dos meus filhos, mas várias instituições não têm preparo para uma realidade como essa”, diz a advogada e professora universitária Susana Spencer. 

O Distrito Federal está com as aulas suspensas desde o dia 12 de março. A primeira semana, segundo Susana, foi de adequação. Em casa, ela diz que não exigiu muito dos filhos. “Deixei eles bem à vontade, como se fossem férias”. Mas, desde o último final de semana, eles passaram a ter uma rotina diária registrada em um quadro de tarefas, que além das atividades escolares prevê também atividades domésticas. “Tenho colocado para eles essa ideia da família, de atuar em prol do grupo. Não pode sobrar para ninguém, se sobrar para mim, por exemplo, eu fico sobrecarregada e outras pessoas não”, diz. 

Segundo Susana, eles estão aprendendo juntos com a convivência e conversando bastante sobre o momento que estão vivendo. Uma das preocupações de João, no entanto, é perder o ano letivo. “Falo que é mais importante se manter saudável do que propriamente o aprendizado. Se ele ficar falho agora, em algum momento, vai ter reposição disso. Não quero trazer mais preocupação diante desse cenário que por si só já é preocupante”.

Sem aulas a distância

No Rio de Janeiro, Júlia, 8 anos, que estuda no Colégio Pedro II, e Caio, 15 anos, que estuda no Colégio Estadual Amaro Cavalcanti não estão tendo disciplinas online. O Colégio Pedro II, que é de administração federal, optou por suspender as aulas e explicou, em nota, que decidiu não dar aulas a distância porque não são todos os estudantes que possuem em seus lares acesso a computadores e à internet e que não é possível garantir que o trabalho docente remoto substituirá a necessidade de reposição das aulas, entre outros motivos.

A própria Júlia está entre esses estudantes que não possuem computador. Ela só tem acesso a celular dentro de casa e a rede de internet é dividida com a vizinha. 

Caio, em breve deverá começar a ter aulas online. A Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) anunciou que vai disponibilizar, já a partir da próxima segunda-feira (30), aulas no formato, graças a convênio firmado com o Google, na plataforma Google Classroom. 

“Na minha opinião, acho que nada melhor que aula presencial porque as crianças estão ali, interagindo com os outros alunos, tirando dúvidas com o professor. Acho que aulas online não serão 100% não, mas se for o caso de suspensão longa, é melhor ter essa aula, senão vai impactar muito a vida escolar”, diz a diarista Alessandra Santos, mãe de ambos. 

A maior preocupação de Alessandra é, no entanto, alimentar a família. Com todos em casa, a fome também aumenta e o consumo de alimentos. Ela, que recebe por dia trabalhado, está sem serviço por conta do isolamento social. No mercado, ela já observa uma escalada de preço. “A gente vai revezando, um dia frango, um dia ovo mexido, ovo com legumes, para coisas durarem. Não sei o que vou fazer com todo mundo em casa e tendo todas as refeições: café, almoço e jantar”, diz.

No Brasil, há suspensão de aulas em todos os estados. A medida não é exclusiva do país, no mundo, de acordo com os últimos dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que monitora os impactos da pandemia na educação, 156 países determinaram o fechamento de escolas e universidades, afetando 1,4 bilhão de crianças e jovens, o que corresponde a 82,5% de todos os estudanteeducaçãos no mundo.

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