Tópicos | Ministério Público Federal (MPF)

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma ação civil pública (ACP) para que a União retire uma regra que impede pessoas casadas ou que têm filhos de participar do concurso da Escola de Sargentos de Armas (ESA). O objetivo da ação, contudo, é que o impedimento, considerado inconstitucional pelo órgão, deixe de valer também em seleções futuras realizadas pelo Exército Brasileiro e demais instituições militares federais, sem desligamento de nenhum candidato previamente aprovado em decorrência da mudança.

A ação é resultado de uma investigação iniciada após denúncias de restrições feitas pelo edital do concurso público para admissão aos cursos de formação e graduação de sargentos das áreas geral, música e saúde da ESA, publicado no mês de fevereiro, com provas previstas para agosto e curso de formação iniciado em fevereiro de 2021, com término em dezembro de 2022. Para o MPF, exigir que os candidatos não tenham filhos ou cônjuge é uma medida impertinente com a natureza do cargo, “inexistindo comprovação eficaz, pelo Exército Brasileiro, de interferência na qualidade laboral do aspirante castrense”. 

##RECOMENDA##

No entanto, em sua defesa, a Escola de Sargentos de Armas reafirmou a legalidade da restrição inserida no edital. “Fazendo transparecer que, em futuros concursos públicos, o ente federal também exigirá o cumprimento do sobredito dispositivo”, argumentou a instituição militar.

Contudo, a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal indica que a restrição do edital viola princípios constitucionais, como os da igualdade, a inviolabilidade à vida privada, o livre planejamento familiar do casal, a proporcionalidade e a razoabilidade e tramita na Justiça Federal no Rio Grande do Norte, pedido liminar a respeito do concurso específico para a ESA.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou seis pessoas acusadas de fraude na edição de 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o órgão, os acusados usaram, indevidamente, “conteúdo sigiloso no processo seletivo”, nas escolas 13 e maio e Maria Gregoria Ortiz Cardoso, na cidade de Porto Esperidião, no Mato Grosso.

O “conteúdo sigiloso” em questão não foi detalhado pelo MPF. Porém, a entidade informou, nessa terça-feira (26), que os desempenhos dos candidatos acusados apresentaram características em comum, ocasionando clara similaridade nas respostas dos gabaritos.

##RECOMENDA##

“Conforme a denúncia, os seis candidatos obtiveram a mesma nota (930,2) na área de matemática e suas tecnologias, sendo que, num total de 6.195.527 (seis milhões, cento e noventa e cinco mil e quinhentos e vinte e sete) estudantes inscritos no exame, apenas 24 tiraram a mesma nota. Também foi constatada similaridade entre as notas nas demais áreas do conhecimento, sendo que em Linguagens, Códigos e suas tecnologias, todos tiveram a mesma nota, e em Ciências Humanas, dois obtiveram nota igual”, comunicou o MPF.

A investigação apontou que, do total de 180 questões da prova de 2014, 139 foram respondidas de maneira igual pelos denunciados, correspondendo a uma similaridade de 77,22%. Além disso, cinco dos seis estudantes denunciados responderam 163 questões da mesma maneira.

Ainda no que diz respeito a essa apuração, considerando somente o segundo dia de provas, do conjunto de 90 quesitos, o MPF identificou que 89 tiveram as mesmas respostas entre os denunciados, ocasionando uma semelhança de quase 99%. “Foram constatados ainda, por meio de diligências para averiguar a veracidade dos endereços informados pelos denunciados na inscrição do Enem, que todos os denunciados eram desconhecidos nos respectivos locais. Inclusive alguns, vieram de outros estados como Minas Gerais e São Paulo”, detalhou o Ministério.

De acordo com o MPF, a fraude também se justifica pelo fato de o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela prova, ter detectado que um dos candidatos denunciados afirmou o recebimento de proposta “prometendo vantagens, mediante pagamento de valores entre R$ 100 mil e R$ 180 mil, para candidatos que realizassem o Enem no município de Porto Esperidião”.

A partir das apurações, o Ministério Público Federal exige, junto à Justiça Federal, a condenação dos denunciados por fraude em processo seletivo para ingresso no ensino superior. As identidades dos denunciados não foram divulgadas pelo órgão.

“Tratar as ocupações de estabelecimentos de ensino do Estado por estudantes como um evento político–constitucional, e não um evento criminal”. Esse foi um dos acordos da reunião realizada na tarde desta segunda-feira (28), na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, no Recife, com o objetivo de discutir ações acerca das ocupações estudantis em protesto contra a PEC do Teto e reforma do ensino médio. Várias instituições de ensino participaram do encontro e assinaram um protocolo que determina o modelo de atuação interinstitucional, no que diz respeito às intervenções.

Segundo o MPF, o protocolo trata as ocupações se utilizando do princípio democrático de reunião e manifestação, desde que os procedimentos ocorram de maneira pacífica. Estiveram no encontro representantes das Universidades Católica de Pernambuco (Unicap), Federal de Pernambuco, Instituto Federal (IFPE), além de integrantes do próprio MPF e da Defensoria Pública da União (DPU).

##RECOMENDA##

O protocolo diz ainda as instituições ocupadas devem respeitar o processo democrático de negociação, “dando margem ao desenvolvimento do diálogo entre estudantes - ocupantes ou não - e profissionais das instituições de ensino para solução pacífica do impasse”. Também foi prometido que não serão usados meios de coação para desocupar as unidades de ensino, como cortes de água, energia elétrica, bem como não será permitido impedir a entrada de alimentos nas ocupações, entre outras promessas.

Outro ponto do acordo é que, caso haja necessidade do trabalho da Polícia Militar nas ocupações, a entidade de segurança deverá utilizar, prioritariamente, “instrumentos de menor potencial ofensivo, com baixa probabilidade de causar mortes ou lesões permanentes”. Também ficou acordado que desocupações só acontecerão com prévia notificação ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Esses órgãos deverão acompanhar a saída dos estudantes dos prédios ocupados. 

Todos os detalhes sobre o que foi decidido na reunião devem ser consultados no protocolo. Vale lembrar que o MPF pode ser acionado via internet.

LeiaJá também

--> Mãe resolve ocupar escola junto com a filha no Recife  

As inscrições para o concurso do Ministério Público Federal (MPF), que encerrariam nesta quarta-feira (28), foram prorrogadas até o dia 5 de outubro. O certame dispõe de 82 vagas voltadas para o cargo de procurador da República, distribuídas em todo o País, com remuneração inicial de R$ 25. 260 e exigência de bacharelado em direito e três anos de atividade forense comprovada.

Para se candidatar, é necessário preencher o formulário online e pagar a taxa de inscrição, de R$ 250, por meio de GRU nas agências do Banco do Brasil. Após essas etapas, os interessados precisarão dirigir-se a uma das Procuradorias da República, portando todos os documentos indicados no edital para concluir o cadastro.

##RECOMENDA##

A avaliação será composta por cinco provas escritas. Desse total, uma será objetiva (marcada para 27 de novembro) e quatro serão subjetivas (a serem aplicadas de 1º a 4 de abril de 2017). Além disso, haverá exames orais de cada disciplina (de 21 a 25 de agosto de 2017), bem como análise de títulos.

Os aprovados tomarão posse no dia 6 de novembro de 2017, com contratações sob regime estatutário, que garante estabilidade empregatícia. A validade é de dois anos, prorrogáveis por igual período.

LeiaJá

-->TRE-PE abre inscrições para concurso nesta segunda (26)

-->Nestlé busca candidatos para projeto trainee 

Prefeituras de 12 municípios do oeste paulista serão obrigadas pelo Ministério Público Federal (MPF) a tomar medidas para reduzir o índice de larvas do mosquito Aedes aegypti. Cidades como Aspásia, Fernandópolis, Palmeira D'Oeste, Populina, Rubineia e Três Fronteiras, que tiveram casos de dengue em 2015, voltaram a apresentar alto índice de infestação do mosquito em prédios ou densidade de larvas acima do limite aceitável pelo Ministério da Saúde, segundo o MPF.

Representantes das prefeituras foram convocados para uma reunião com procuradores da República em Jales, na próxima segunda-feira (29). O município de Vitória Brasil, que já registra epidemia de dengue, também foi chamado.

##RECOMENDA##

No ano passado, o MPF abriu inquérito civil para acompanhar as medidas de prevenção e combate ao mosquito em 40 municípios da região. As prefeituras foram obrigadas a realizar mutirões e promover ações para melhorar o atendimento aos pacientes.

No fim de 2015, no entanto, os procuradores constataram que 12 desses municípios já tinham novos casos de dengue ou ostentavam índices elevados de infestação pelo mosquito. Em janeiro, segundo a Secretaria de Saúde do Estado, Fernandópolis notificou 86 casos e confirmou 11. Rubineia teve 15 casos confirmados, Palmeira d'Oeste, 14 suspeitos e um confirmado, e Vitória Brasil, 12 notificados e 3 confirmados.

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu um parecer favorável ao posicionamento dos Conselhos Federal (CONFEF) e Regional (CREF, da 12.ª Região) de Educação Física. Esses órgãos estabelecem áreas diferentes de atuação para profissionais formados nos cursos de bacharelado e licenciatura. O parecer do MPF foi emitido por meio da Procuradoria Regional da República da 5.ª Região (PPR5).

De acordo com o MPF, um licenciado em educação física entrou na Justiça almejando autorização para atuar tanto em escolas quanto em academias, além de clubes e ambientes não escolares. O profissional solicitava que os Conselhos alterassem, por obrigação, a anotação na sua carteira de trabalho, de “atuação em educação básica” para “atuação plena”.

##RECOMENDA##

O pedido foi negado pela 1.ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco e o licenciado acabou recorrendo ao Tribunal Regional Federal da 5.ª Região (TRF5), por entender que o artigo 3.º da Resolução CONFEF n.º 182/2009 ofende a liberdade profissional garantida pela Constituição Federal. Segundo o autor da ação, levando em consideração as modalidades de formação, os limites de atuação da profissão apenas poderiam ser estabelecidos por lei federal, e não por uma resolução administrativa. O licenciado, de acordo com o MPF, também alegou que as atividades desenvolvidas por profissionais de licenciatura e bacharéis são “essencialmente as mesmas”.

Já no argumento do MPF, a liberdade profissional não é irrestrita e a própria Constituição estabelece o livre exercício de qualquer trabalho ou profissão, desde que sejam atendidas as qualificações estabelecidas na legislação. “No caso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9394/96) impõe a formação em curso superior de licenciatura como requisito para a atuação na educação básica. Além disso, o Conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu diretrizes para a graduação em educação física voltada para as demais áreas de atuação, que não a de educação básica, por meio do curso de bacharelado”, informou o MPF, através da sua assessoria de imprensa.

O Ministério ainda alega que, a Lei n.º 9696/98, que regulamenta a profissão dos educadores físicos, determina a necessidade de o profissional de educação física registrar-se perante o CREF. Para o procurador regional da República, Francisco Chaves, autor do parecer favorável aos Conselhos, a licenciatura trabalha com qualificações voltadas para o segmento de magistério. Por outro lado, o curso de bacharelado, segundo Chaves, oferece uma formação mais abrangente e direcionada para instruir a sociedade sobre um modo de vida mais saudável e ativo.

O CNE, por sua vez, estabeleceu exigências distintas para as duas modalidades. Na licenciatura, por exemplo, o curso tem duração mínima de três anos e carga horária de 2800 horas. Já no bacharelado, o tempo mínimo de curso é de quatro anos, com 3200 horas.

O posicionamento do MPF foi reforçado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O STJ julgou o caso do licenciado e entendeu não existir a possibilidade da plena atuação profissional dos licenciados em educação física em duas modalidades diferentes de curso. 

A Procuradoria-Geral da República divulgou nesta sexta-feira (20) um conjunto de propostas que será enviado ao Congresso Nacional para aprimorar o combate à corrupção. Dividido em dez medidas, o plano apresenta semelhanças ao plano anticorrupção apresentado na última quarta (18) pelo governo federal.

O objetivo é acelerar o trâmite dos procedimentos e dos processos decorrentes desse tipo de crime, além de combater a impunidade. Entre as ações, o Ministério Público Federal quer responsabilizar os partidos que fizeram caixa dois – passando a ser criminalizado -, aumentar as penas, agilizar as ações de improbidade administrativa e incluir a corrupção na lista de crimes hediondos.

##RECOMENDA##

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, surgiram de necessidades observadas em operações recentes, como a Lava Jato, e tem o objetivo de melhorar a atuação do próprio MPF, com reflexo na atuação do Poder Judiciário. “Precisamos combater essa chaga da sociedade, que é a corrupção”, frisou.

O procurador Deltan Dallagnol, que coordenou a força-tarefa da Lava Jato que atua junto à Justiça do Paraná, destacou que o esquema de corrupção na Petrobras "até agora indignou o País", mas "não transformou o País em país com menos corrupção e impunidade". "O meu sonho é o sonho do brasileiro, que tenhamos um país melhor, com menos corrupção e menos impunidade”, sustentou.

Para prevenir a corrupção, o MPF propõe a criação de regras de accountability para o Poder Judiciário e o Ministério Público, além da realização de testes de integridade aos agentes públicos e da realização de ações e programas publicitários. Também foi proposta a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos e do uso do caixa 2 de campanha para candidatos e partidos.

Na lista de sugestões também está o aumento das penas de corrupção ativa e passiva, por exemplo, de 2 a 12 anos para de 4 a 12 anos, a ser ampliada gradativamente a depender do prejuízo causado ou benefício recebido. “Com isso, o corrupto começaria a cumprir pena, no mínimo, no regime semiaberto”, ressaltou Dallagnol. Os crimes superiores a 100 salários mínimos passariam a ser considerados hediondos.

Também foi proposta a prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado e a multa para descumprimento de ordem judicial relativa à quebra de sigilo bancário e fiscal.

Dois estudantes acusados de montar um esquema para acessar o conteúdo sigiloso no processo seletivo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado em novembro deste ano, foram denunciados nesta segunda-feira (15) pelo Ministério Público Federal (MPF) no Ceará. A ação penal é assinada pelo procurador da República Celso Costa Lima Verde Leal, em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense. De acordo com o procurador, os denunciados Bianca Miranda Matias e Valbert Souza Gomes contrataram um homem que, no segundo dia de aplicação da prova do Enem, repassou o gabarito do exame aos dois acusados, via celular.

Segundo o MPF, em depoimento, um dos estudantes relatou que há alguns meses, em João Pessoa, um homem lhe cobrou R$ 15 mil para fazer a fraude. Para viabilizar o esquema, o estudante se inscreveu no Enem como sabatista e tendo problemas de visão. Para isso, obteve um atestado médico assinado por Miguem E. Duran Navarro, no município cearense de Porteiras.

##RECOMENDA##

No dia do exame, o denunciado Valbert Gomes foi ao local da prova com um celular comprado exclusivamente para a fraude. Mesmo alertado de que não poderia ficar com o aparelho, ele manteve o celular ligado dentro de uma sacola. Já Bianca Miranda Matias usou dois celulares, um deles comprado por ordem de um homem que repassaria o gabarito. "Antes do início da prova, entregou apenas um celular, o de sua propriedade, mantendo o outro dentro de sua bolsa", disse o procurador Celso Leal, na ação penal.

Consta ainda da denúncia que, diante de um problema elétrico na sala de aplicação da prova, os dois estudantes denunciados tiveram de mudar de sala. Na saída do local de prova, ao serem revistados por policiais federais, foram encontrados os celulares com mensagens de texto que continham o gabarito da prova. Na ação penal, o procurador Celso Leal pede a condenação dos dois réus pelo crime de fraude em certames de interesse público, que prevê pena mínima de um ano de reclusão.

O caso de estudantes que receberam foto da página da prova com o tema da redação do Enem deste ano continua sendo investigado pela Polícia Federal. O Enem foi aplicado nos dias 8 e 9 de novembro. Mais de 6,2 milhões de estudantes fizeram as provas em mais de 1,7 mil cidades.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando