LISBOA (POR) - A capital portuguesa abriu suas portas para receber a maior conferência de tecnologia, inovação e negócios do mundo: o Web Summit 2019. O evento trata-se de uma missão de negócios que reúne mais de 100 startups, além de investidores para imergir no ecossistema de Lisboa, oferecendo ainda, aproximadamente, 650 palestras e workshops abrangendo variados temas do empreendedorismo.
Entre os países com o maior número de representantes, o Brasil se destaca não só pela presença entre os participantes, mas principalmente pela quantidade de empresas exibindo e participando de pitchs durante o evento. Buscando entrar no mercado europeu em apenas cinco meses depois de criada, a startup paulista You Chekin veio à Lisboa com o intuito de apresentar a proposta, conseguir investimentos e parceiros. “Como a solução foca em hotéis e pode ser replicado em qualquer lugar do mundo, vimos na Web Summit uma oportunidade e já fechamos uma parceria com uma empresa portuguesa para tocar a operação por aqui e nos ajudar a expandir, destaca Vinicius Gallafrio, co-fundador da You Checkin, empresa que desenvolveu soluções para simplificar o processo de checkin nos hotéis.
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Também de São Paulo, a Bhomy foi selecionada para a exibição “Alfa Program”, para empresas em estágio inicial, embarcou buscando entrar em contato com outras empresas do setor de hospitalidade, conversar com investidores e grandes players. “A bhomy é uma plataforma de gestão de imóveis de curta e médias estadias, fazendo o serviço completo, desde a avaliação do potencial até a distribuição nos diversos canais”, explica o co-fundador e CEO da empresa, Eilliam Astolfi. “Estávamos participando de outros eventos fora do Brasil e não podíamos deixar de participar do maior de todos. Desde que montamos a empresa, em 2015, temos visto o amadurecimento do mercado brasileiro de startups com a criação de novas incubadoras e centros de inovação, e isso é muito positivo, pois traz um importante combustível para o país”.
Para Luiz Gomes, head da Overdrives, centro de inovação e aceleradora localizada no Recife, também presente a Web Summit, a é muito importante a participação das startups brasileiras em eventos como este. “É importante para entender o contexto do ecossistema europeu de startups, mas também para mostrar o que está sendo produzido no Brasil, em termos de tecnologia, já que o mercado digital não tem muitas barreiras físicas. Uma startup brasileira pode muito bem estar comercializando o seu serviço ou o seu produto fora do país, na Europa, e Portugal tem cada vez mais se mostrado uma boa porta de entrada para os brasileiros chegarem neste continente.
Buscando esta aproximação com a Europa, outra empresa brasileira satisfeita neste primeiro dia de evento foi a Itlinks SmartConecting, startup criada em Salvador-BA para fazer gerenciamento de compras recorrentes, como mantimentos para casas, rações para animais ou até suplementos alimentares. Com 18 meses de desenvolvimento, a Startup veio a Lisboa buscando um evento relevante no mercado de tecnologia para ter uma troca de experiências e garante ter acertado na escolha.
“Queríamos aprender e alavancar o nosso produto e, de fato, tudo que imaginamos está se concretizando aqui no evento. A quantidade de pessoas que passa por aqui, a troca de experiências e as informações que estamos recebendo estão valendo muito a pena”, garante o co-fundador da Itlinks, Alexandre Sangalo. “Ficamos sabendo que mais de 20 mil startups aplicaram para esta edição e apenas cerca de 10% delas foram selecionadas. É bom estarmos aqui e temos estarmos aprendendo muito”, complementa.
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Cada startup selecionada para os programas Alfa, Beta e Growth expõe durante um dos dias de evento e pode participar de sessões de pitch, de mentoria, e ter acesso aos investidores, a mídia e ao público em geral. Além dessas, 25 startups brasileiras foram escolhidas para uma exibição especial num novo espaço, chamado de Startup Showcase, onde elas apresentam um case no palco, e das 900 empresas inscritas para a disputa principal de pitch, 135 foram selecionadas e, dessas, seis são brasileiras, incluindo a Slicing Dice, criada como solução para pequenas e médias empresas que precisam trabalhar com dados.
“Nossa plataforma tem a capacidade de consultar, armazenar e trabalhar qualquer tipo de dados, permitindo que empresas possam aproveitar este universo dos dados mesmo sem times técnicos especializados ou ferramentas muito caras”, explica Gabriel Menegatti, co-fundador e CEO da empresa, que hoje já tem mais da metade dos clientes fora do Brasil. “A vinda para a Web Summit partiu de um convite da Apex Brasil, por quem também fomos selecionados para ir para a China. A ideia é mostrar que é possível, sim, criar alta tecnologia no Brasil e nosso objetivo aqui é expandir a nossa operação e mostrar que o Brasil pode ser sim um celeiro de alta tecnologia e bons produtos”.
O LeiaJá está conferindo os detalhes do Web Summit 2019 de perto. Assista:
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