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O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Santiago, exonerou neste sábado o seu chefe de gabinete, Robério Gress do Vale, a mando da presidente Dilma Rousseff. Vale é acusado de operar um esquema fraudulento que teria desviado R$ 100 milhões para o caixa 2 de campanhas eleitorais de petistas do Ceará. O esquema está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) com base em auditorias do BNB e da Controladoria Geral da União (CGU) que encontraram indícios de fraude em 24 operações de crédito envolvendo petistas.

A auditoria concluiu que empresa dos cunhados de Vale recebeu R$ 12 milhões. O ex-chefe de gabinete do BNB foi, em 2010, o quarto maior doador, pessoa física, da campanha do deputado José Guimarães Nobre (PT-CE), irmão do ex-presidente do PT José Genoino. A denúncia foi publicada pela revista Época deste final de semana.

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Em nota, Vale disse que está disposto a prestar todos os esclarecimentos à PF. "Como funcionário de carreira, técnico desta instituição, tendo exercido dentre outras funções a chefia de gabinete na gestão Roberto Smith e na atual, nunca me envolvi em defesa de quaisquer interesses de pessoas, parentes e afins, conforme insinua a referida matéria (publicada na revista)", disse.

Mais adiante o ex-chefe de gabinete do BNB destaca: "Ao longo de minha trajetória nesta instituição, nas várias funções que exerci, sempre pautei minha vida pela ética, moralidade e a transparência".

Em relação à acusação de que foi um dos principais doadores da campanha de José Nobre Guimarães, Vale admite que foi um dos contribuintes do petista, com um valor de R$ 10 mil. Nota do BNB diz que o banco passou, "espontaneamente" a interagir com a CGU e a Polícia Federal para esclarecer o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cinco pessoas foram presas nesta quarta-feira durante a operação Peculatus, da Polícia Federal, no Espírito Santo, acusadas de participar de uma quadrilha que pratica os crimes de peculato, formação de quadrilha, falsificação de documento público, uso de documento falso, falsidade ideológica e estelionato qualificado contra a Caixa Econômica Federal.

De acordo com a PF, o bando realizava saques de precatórios judiciais e aposentadorias, usando documentos falsos, bem como saques de valores de contas bancárias mediante uso de cheques furtados e falsificação de assinaturas, provocando um prejuízo de pelo menos R$ 1 milhão à instituição.

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Estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão e 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelas justiças Federal e Estadual. Segundo a PF, a quadrilha contava com participação de funcionários da instituição. Foram detidos um servidor efetivo da Caixa, um contador, vários estelionatários e dois servidores da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, em razão de suspeita de corrupção.

Parte da quadrilha também foi responsável pelo desvio de cerca de R$ 250 mil por meio de fraudes no pagamento por meio de cartões de crédito em um posto de gasolina na região metropolitana de Vitória, segundo a PF.

Três dos principais candidatos para as eleições presidenciais do Egito entraram com pedido de recurso para recontagem de votos na comissão eleitoral do país, alegando a ocorrência de fraudes durante o primeiro turno. Segundo eles, estas fraudes podem alterar o resultado do pleito.

Resultados preliminares da eleição realizada na semana passada indicaram o candidato do partido da Fraternidade Islâmica, Mohammed Morsi e o último primeiro ministro de Hosni Mubarak, Ahmed Shafiq, como os dois candidatos escolhidos para o segundo turno das eleições, marcadas para os dias 16 e 17 de junho. Treze candidatos estavam concorrendo no primeiro turno.

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Shafiq, que ficou em segundo lugar depois de Morsi, disse que os votos registrados em seu nome em uma província não foram incluídos na contagem oficial.

Os eleitores jovens, liberais e secularistas que lideraram a rebelião popular que derrubou o longo governo de Hosni Mubarak no ano passado não conseguiram colocar um candidato da etapa final.

Uma grande fatia dos votos - mais de 40% - foi para os candidatos considerados mais próximos do espírito da rebelião e não para os dois classificados. Mas estes votos ficaram divididos entre os dois candidatos que ficaram em terceiro e quarto lugar. O mais votado, Morsi, conseguiu cerca de 25% dos votos, de acordo com resultados preliminares.

O socialista Hamdeen Sabahi, considerado o "defensor dos pobres", pediu para uma recontagem parcial dos votos depois de ficar em terceiro colocado, com uma pequena margem de diferença de 700 mil votos atrás de Shafiq. Os responsáveis pela campanha de Sabahi disseram neste domingo que eles se encontraram com a comissão eleitoral para pedir que os resultados oficiais não sejam anunciados até que os votos de cinco províncias sejam revistos. A primeira rodada de resultados deve ser divulgada na segunda ou terça-feira.

Abdel-Moneim Abolfotoh, um islâmico moderado que terminou em quarto lugar, também entrou com um recurso na comissão eleitoral. Seu advogado informou que ele tem provas que votos foram registrados em nome de pessoas já falecidas, e em alguns casos, votos foram comprados.

No geral, contudo, a eleição presidencial foi considerado a mais livre e transparente já ocorrida no Egito em décadas. Juízes estiveram presentes em cada local de votação. Observadores internacionais e locais, assim como jornalistas e representantes dos candidatos, foram permitidos para inspecionar o processo, o que não acontecia nas eleições ocorridas no governo de Mubarak. As informações são da Associated Press.

Depois de fazer uma promoção em que seus clientes recebem uma bonificação por cada mensagem recebida, os concorrentes da VIVO fizeram uma denúncia a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acusando a operadora de uma possível fraude.

A promoção da empresa era de que a cada mensagem recebida de outra operadora o cliente participante recebe R$ 0,01 em bônus para trocar por produtos e serviços. Ao acumular R$ 100, ele poderia gastar na própria operadora ou em diversos estabelecimentos conveniados. Essa promoção faz parte do Vivo On, que é um pacote de serviços que beneficia o cliente pré-pago com minutos, mensagens e acesso à internet.

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O problema é que para cada mensagem enviada de uma operadora a outra, a operadora de origem deve pagar uma taxa de interconexão estabelecida pela Anatel. Com isso, as operadoras Claro e TIM acusam a concorrente de facilitar uma fraude – no caso, quase R$ 60 milhões.

Nas promoções de mensagens da Claro e TIM, é possível pagar uma pequena taxa de uso diário e enviar torpedos ilimitados. Porém, nas promoções de ambas, o uso excessivo das mensagem é proibido, tendo o bloqueio da linha como pena.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, durante um mês, 17% de todas as mensagens com origem da operadora Claro foram enviadas para dez número específicos da Vivo. Desses 17%, um cliente enviou, sozinho, 1,4 milhão de mensagens para um único cliente.

A Claro fez queixa do problema a Anatel. O diretor de marketing da TIM afirmou por email à Folha que “esse tipo de promoção estimula o uso fraudulento dos serviços de SMS”, e ainda alfinetou a Vivo: “é surpreendente que empresas de grande porte desenvolvam produtos que possam estimular fraudes”.

Já a Vivo afirmou que sua promoção foi aprovada pela Anatel e que não apresenta nenhum problema. As operadoras concorrentes já bloquearam o envio de mensagens em massa para esse número.

A Polícia Federal vai investigar a suspeita de atuação coordenada de escritórios de advocacia para lesar o Fundo de Compensações de Variações Salariais (FCVS) em ações que cobram o seguro habitacional de financiamentos concedidos há mais de 30 anos para moradias populares. O foco será verificar se houve fraude na atuação dos advogados e pelas pessoas beneficiadas com os processos judiciais. Conforme revelou a Agência Estado, na última sexta-feira, aproximadamente 28 mil ações em todo o Brasil cobram o seguro habitacional com cobertura do FCVS, que podem levar a um rombo de mais de R$ 12 bilhões aos cofres públicos.

O diretor jurídico da Caixa, Jailton da Silveira, disse que os advogados que estão assumindo a defesa das ações farão uma análise dos processos. Identificada a fraude, a denúncia será encaminhada para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal. Este último já abriu investigação preliminar com base nos indícios encaminhados pelo governo. "Se o cenário que passaram para a gente for verdadeiro, a gente vai de fato identificar problemas de fraudes. Deve ter caso que é legítimo, mas a curva é estranha. Não tem lógica", afirmou Silveira.

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'Indústria'

Segundo documentos enviados pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) ao governo, "uma verdadeira indústria" foi instalada por escritórios de advocacia para cobrar seguros habitacionais cobertos pelo FCVS, que é administrado pela Caixa e, em última instância, tem o respaldo financeiro do Tesouro. Há suspeita também de envolvimento da Justiça em alguns Estados na execução das sentenças.

"A nossa estratégia vai ser a cada caso que a Caixa identificar indício de fraude fazer a denúncia na Polícia Federal", disse o diretor jurídico. A Caixa quer identificar se os beneficiados pelas ações tinham de fato seguro e a legalidade dos laudos apresentados à Justiça sobre as condições dos imóveis.

"Serão 28 mil discussões no processo. Rachou não rachou (o imóvel). Morreu não morreu (o mutuário). Tinha seguro? Tem casos que nunca teve financiamento, então nunca teve seguro", explicou Silveira. Segundo ele, serão avaliadas as responsabilidades de cada parte no processo. "Se não teve seguro, ou é fraude ou é falha na defesa. Vamos olhar", afirmou.

Até o final do ano passado, a defesa das ações contra o FCVS era feita pelas seguradoras. Caso elas perdessem o processo, as indenizações eram ressarcidas às seguradoras pelo fundo. O superintendente Nacional da Caixa, Jucemar Imperatori, responsável pelo setor que analisa os pedidos de ressarcimento, disse que será verificado se houve falha das seguradoras na defesa dos processos. Caso haja problemas, o Caixa não fará a cobertura dos seguros.

Um movimento orquestrado por escritórios de advocacia em todo o Brasil, associado a suspeitas de fraude na Justiça dos Estados, ameaça abrir um rombo bilionário nas contas do Tesouro Nacional e vem mobilizando um batalhão de advogados da Caixa Econômica Federal. Uma avalanche de 28 mil ações, ajuizadas por 257 mil pessoas, cobra garantias do extinto seguro habitacional do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de financiamentos concedidos há mais de 30 anos. O prejuízo pode atingir R$ 12,7 bilhões, segundo cálculos preliminares.

Esse dinheiro equivale a duas vezes os recursos que estão na reserva técnica do Fundo de Compensações de Variações Salariais (FCVS), que é responsável em ressarcir as seguradoras pelas perdas judiciais. O valor desembolsado para pagamento das ações já perdidas somam R$ 1,03 bilhão.

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O seguro, que deveria ser utilizado para cobrir casos de morte e invalidez do mutuário ou danos físicos e climáticos dos imóveis que ainda estão sendo financiados, acaba sendo liberado até mesmo para pessoas que nunca tiveram a cobertura. Os advogados vêm conseguindo sentenças milionárias que superam em muito o valor do próprio imóvel.

Isso acontece, segundo a Caixa, porque o cálculo de multas diárias é exagerado - muito desproporcional ao prejuízo alegado - e ao final do processo se transforma em valores que não condizem com o preço de mercado dos imóveis.

Foi justamente a falta de critério nas decisões dos juízes e o aumento gigantesco do número de ações, nos últimos anos, que levou o governo a pedir ao Ministério Público Federal, em março, a abertura de investigação e inquérito.

No pedido, o Tesouro Nacional argumenta que a via judicial está sendo utilizada sem que o mutuário solicite primeiro o seguro à seguradora, o que causa estranheza no governo. É como se uma pessoa batesse o carro e fosse direto à Justiça, sem acionar a seguradora.

Segundo a Caixa e o Tesouro Nacional, os valores das indenizações que estão sendo concedidas pela Justiça são tão astronômicos que em uma ação de quatro mutuários de Londrina (PR) a cifra envolvida foi de R$ 723 milhões.

Nesse caso, o seguro foi negado pela seguradora por falta de cobertura na apólice. Mas os advogados recorreram à Justiça, que considerou, em primeira instância, o pedido procedente. A sentença ainda está em fase de execução, segundo o Tesouro.

As denúncias foram encaminhadas ao MPF depois que a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) entregou ao governo dossiê com levantamento detalhado da atuação organizada de escritórios de advocacia em vários Estados, principalmente em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Piauí. A documentação tem quase 500 páginas, com dados detalhados das ações.

Segundo o levantamento da FenSeg, o número de ações cresceu de forma absurda, o que evidencia uma verdadeira "indústria" para obter o seguro habitacional. O movimento, de acordo com a FenSeg, tem sido coordenado por advogados que procuram moradores de conjuntos habitacionais financiados pelo SFH e organizam mutirões para recolher procurações e representá-los judicialmente requerendo a reparação do imóvel sob alegação de vícios na construção. A suspeita é que a Justiça dos Estados está articulada com escritórios para agilizar o processo e garantir as indenizações.

O MPF já instaurou procedimento preparatório para apurar as denúncias e solicitou informações à Superintendência de Seguros Privados (Susep) e à Caixa. O alvo da investigação, segundo portaria do MPF, são os indícios de fraudes contra o SFH pelos escritórios de advocacia, celeridade "incomum" na tramitação das ações na Justiça e possível omissão da Caixa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF) de Pernambuco deflagrou, nesta quarta-feira (25), mais uma ação de repressão ao desvio de verbas públicas, desta vez, no município de Araçoiaba, Região Metropolitana do Recife (RMR). A fase ostensiva da investigação apura fraudes de licitação do transporte escolar realizadas pela Prefeitura da cidade em 2011, além do desvio de recursos públicos decorrentes da execução desse contrato.

Dezoito investigados e testemunhas intimadas estão participando de uma ouvida simultânea. A ação conta com o apoio de 50 policiais federais, atuando nos município de Garanhuns, Lagoa do Carro, Araçoiaba, Itaquitinga, Itapissuma, Igarassu e Recife. A expectativa é conseguir identificar outros participantes da fraude.

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De acordo com a PF, a investigação foi iniciada em setembro do ano passado e atualmente conta com várias provas conclusivas da existência dos crimes como fraude à competitividade de licitação, com pena máxima de quatro anos de reclusão e peculato praticado por prefeito, cuja pena máxima é de 12 anos. Quatro pessoas já foram indiciadas, entre empresários e servidores públicos do município.

As investigações apontam que o esquema foi montado para permitir que uma empresa específica pudesse vencer a licitação e firmasse o contrato de transporte escolar com a prefeitura, no valor aproximado de R$ 579 mil. O processo licitatório apresentou várias falhas, comprovando que a competição entre as empresas foi simulada.

A PF também conseguiu comprovar que o contrato foi firmado com indícios de superfaturamento e que houve pagamento pela Prefeitura sem a correspondente prestação de serviço. As investigações estão sendo acompanhadas pela Procuradoria Regional e Tribunal Federal da 5ª Região, já que a prestação do serviço de transporte escolar pela Prefeitura foi custeada com recursos do Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE) do Governo Federal.

Uma operação da Polícia Federal do Acre prendeu, na manhã deste domingo, o prefeito da cidade de Porto Walter, Neuzari Pinheiro (PT), por fraudes no processo de regularização de terras da União localizadas no município.

De acordo com a Polícia Federal, o secretário de obras e mais três empresários, parentes de Pinheiro, também estavam envolvidos no caso e foram detidos. O grupo vai responder pelos crimes de peculato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e ocultação de bens de origem ilícita.

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Segundo informações da assessoria da PF, as prisões estão baseadas em levantamentos realizados durante a Operação Humanitá, que identificaram transferências ilegais de terrenos para empresas cujos proprietários são parentes do prefeito de Porto Walter.

Dados da operação registram que até abril deste ano, cerca de 103 terrenos, totalizando uma área superior a 34 mil metros quadrados, haviam sido transferidos para a empresa D.N. Construções Ltda, de propriedade do filho e do irmão do prefeito. Outros 11 terrenos, de acordo com a Polícia Federal do Acre, foram transferidos para o nome do próprio Neuzari Pinheiro, totalizando 3,5 mil metros quadrados de área.

Ainda segundo os dados levantados durante a operação, mais 10 terrenos, somando mais de 4 mil metros quadrados, foram transferidos para a empresa individual do filho do prefeito, que não teve nome divulgado pela PF e também preso na operação. A fraude está estimada em mais de R$ 1 milhão, afirma a Polícia Federal.

O prefeito, seu filho e um dos empresários, foram localizados neste domingo pelas equipes policiais no Rio Juruá, enquanto deixavam o município, em embarcações.

Cinco pessoas foram presas durante operação da Polícia Civil de Pernambuco acusados de pertencer a uma quadrilha de estelionatários que fazia uso de documentos falsos para obter vistos de viagens no Consulado americano, no Recife.

Diversos documentos falsos como contra-cheques, declaração de impostos de renda, cartões, extratos, carteiras de estudante, além de pen-drives, notebook, impressoras e três passaportes foram apreendidos, segundo a Polícia Civil. As prisões aconteceram no interior do Consulado e num hotel, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife, segundo a polícia.

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A Polícia Federal no Rio Grande do Sul indiciou o reitor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Marcos Ziemer, e outras quatro pessoas por falsidade ideológica em um inquérito que investiga irregularidades no ensino à distância (EaD). Com sede em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, a universidade, que conta com 40 mil alunos em 12 cursos de EaD, é suspeita de aprová-los sem a correção das provas.

Em 2011, um ex-funcionário da Ulbra denunciou o esquema, que teria deixado de corrigir 100 mil provas de estudantes do EaD. O ex-pró-Reitor de Extensão e o ex-diretor-geral de Ensino são apontados como conhecedores e incentivadores da ilegalidade. A coordenadora dos cursos à distância e uma funcionária também participariam da fraude.

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Em julho de 2011, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão, momento em que recolheu malotes de provas não corrigidas. O material foi encaminhado à perícia, que confirmou a irregularidade. Também há casos de alunos que foram aprovados mesmo tendo abandonado os cursos.

Após saber da denúncia, o Ministério da Educação (MEC) proibiu novos vestibulares para os cursos à distância. Na ocasião, a Ulbra foi instruída a refazer o seu EaD, porém ainda segue impedida de receber novos estudantes nessa modalidade. Dos 279 polos de apoio presencial em todo o País, 198 foram encerrados.

Caso sejam denunciados pelo Ministério Público Federal, os indiciados podem virar réus. A universidade informou em nota que aguardará ser citada e ter acesso ao relatório da PF para se pronunciar.

Na tarde desta quinta-feira, a reportagem tentou entrar em contato com a reitoria da Ulbra, mas ninguém atendeu às ligações. O reitor Marcos Ziemer foi nomeado para o cargo em abril de 2009, após o afastamento de Ruben Becker, acusado por funcionários de ser o responsável por inúmeras irregularidades administrativas.

A instituição passava por dificuldades. Em 2010, tinha R$ 3 bilhões em débitos tributários com a União e R$ 32 milhões com funcionários. Em abril de 2011, Becker, que estava no cargo há 36 anos, foi indiciado pela PF em um inquérito que apurava fraude em processo de execução fiscal da União.

A Polícia Federal está investigando um suposto esquema de venda de créditos ambientais gerado pelas áreas de Mata Atlântica do Estado de São Paulo em benefício de empresas, prefeituras, funcionários públicos e organizações não governamentais.

De acordo com denúncia protocolada na delegacia da Polícia Federal de Sorocaba, um grupo formado por advogados, ONGs e agentes públicos do setor ambiental convence os prefeitos de cidades com matas a criarem unidades de conservação (UCs), como parques e reservas. Em seguida, a gestão da unidade é transferida para uma ONG que vende créditos de carbono a empresas nacionais e estrangeiras a título de compensação ambiental. O valor total do negócio pode passar de R$ 1 bilhão.

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A ação do grupo foca principalmente os municípios do Vale do Ribeira, região que concentra as maiores reservas de Mata Atlântica do Estado. Pelo menos 20 prefeituras já fizeram decretos visando à criação de reservas municipais. As áreas transformadas em parques incluem matas fechadas particulares ou da União, como territórios quilombolas e de comunidades tradicionais.

O simples decreto de utilidade pública da área basta para que o contrato seja firmado entre a ONG e as empresas. Ainda conforme a denúncia, as cotas correspondentes a um hectare de mata seriam vendidas por R$ 13 mil, sendo que R$ 11 mil ficariam com a ONG incumbida da gestão da unidade. Os R$ 2 mil restantes seriam divididos entre a prefeitura e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Juntas, as áreas com decreto somam 200 mil hectares no Estado.

Decreto - Um dos casos citados na denúncia envolve a prefeitura de Apiaí, a 322 km de São Paulo. Em dezembro de 2011, o prefeito Emilson Couras da Silva (DEM) baixou decreto criando o Parque Municipal de Apiaí, com 18,5 mil hectares. O decreto foi baixado sem discussão prévia e houve protestos. O prefeito revogou a criação do parque, mas, em fevereiro, baixou novo decreto delimitando uma reserva biológica de 29 mil hectares. A assessoria de Silva informou que o objetivo é garantir a preservação da área para eventual criação de unidades municipais de conservação.

A prefeitura de Iporanga também declarou de utilidade pública uma área de 14,3 mil hectares. Com a mobilização de ambientalistas contrários à proposta, o decreto também foi revogado, mas a prefeitura editou outro, com área de 5,2 mil hectares, em fevereiro deste ano. A então secretária municipal do Meio Ambiente, Janayna de Oliveira, que se opôs à proposta, foi demitida.

Segundo o prefeito Ariovaldo da Silva Pereira (DEM), a criação do parque permitirá ao município se beneficiar do sistema de compensação da reserva legal, previsto no novo Código Florestal. A ideia consiste em desonerar o agricultor da necessidade de prover a reserva legal dentro de sua propriedade e averbá-la a uma área verde municipal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou até agora um rombo de R$ 124 milhões em contratos de obras e prestação de serviços com a rede de seis hospitais federais do Rio de Janeiro. Solicitada pelo Ministério da Saúde, a auditoria começou em abril de 2011 e já rastreou um total de R$ 887 milhões em negócios com empresas privadas nos últimos anos. As fraudes consumiram mais de 14% desse montante e três das quatro empresas que participaram do esquema de corrupção denunciado pelo programa Fantástico, da TV Globo, estão entre as citadas no levantamento da CGU.

São elas a Rufolo Serviços Técnicos e Construções, a Locanty Soluções, especializada em coleta de lixo e serviços hospitalares e a Toesa Service, que atua como locadora de veículos, transporte e atendimento emergencial em UTIs móveis. Entre outras irregularidades, os auditores anotaram indícios de direcionamento de licitações realizadas pelos hospitais, cartelização nos serviços de lavanderia, limpeza e conservação hospitalar e alimentação, superestimativa de quantitativos de equipamentos locados e alto custo das locações quando comparadas à possibilidade de compra.

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Até agora, a auditoria nos seis hospitais federais fluminenses resultou em recomendações ao Ministério da Saúde. Uma delas, já implementada, consiste na adoção de pesquisa de mercado junto a sistemas de compras de todo o País, para cotação de insumos. Outra medida, a centralização de compras de bens e serviços realizadas para todos os hospitais, segundo a CGU, implicou em economia de R$ 40,4 milhões no custeio de 2011.

A CGU informou que considera essencial a aprovação, pelo Congresso, do Projeto de Lei 6826, que propõe novas formas de punição a empresas envolvidas em corrupção, como fraude em licitações, pagamento de propina a servidores públicos, lavagem de dinheiro ou maquiagem de serviços e produtos fornecidos ao governo. Entre as novas punições previstas estão multa (de 1% a 30% do faturamento bruto), impedimento de receber benefícios fiscais, fechamento temporário ou mesmo extinção, dependendo da gravidade do ilícito praticado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para ele, esses dados deveriam ser gerados pelos órgãos públicos que promovem as licitações e disponibilizados em seus sites, para que organizações da sociedade civil e a imprensa pudessem verificar possíveis distorções.

Abramo destacou que os tribunais de Contas e as controladorias estaduais e municipais podem ajudar no processo, mas defendeu que a responsabilidade principal é da administração do órgão que promove a concorrência pública.

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“A responsabilidade principal [de encontrar irregularidades nas licitações] é do próprio órgão. E isso não se faz examinando o depois, nem cada licitação individualmente, mas por meio de estudos estatísticos da distribuição dos contratos, dos preços praticados para permitir uma comparação com os preços de mercado, de quem está levando o que e com que periodicidade”, explicou.

Abramo acrescentou que nem mesmo os pregões eletrônicos, realizados pela internet, estão livres dos esquemas de corrupção.

“O pregão eletrônico amplia a possibilidade de empresas de todo o território nacional participarem da concorrência, mas não reduz a vulnerabilidade do processo à corrupção. Os cartéis funcionam também nos pregões eletrônicos”, lamentou.

Segundo o diretor executivo da Transparência Brasil, a administração pública deve ficar atenta, principalmente às contratações por emergência que, em muitos casos, são “fabricadas para fraudar as compras do Estado”.

“É comum haver as emergências planejadas, quando um setor deixa faltar de propósito um produto importante para o funcionamento do órgão público e depois diz que, por emergência, precisa de algo e então a licitação é dispensada”, ressaltou.

Para combater esses desvios, Cláudio Abramo acredita que é preciso melhorar o mecanismo administrativo dos órgãos públicos. “É possível, melhorando a eficiência da administração pública, e isso é responsabilidade dos governos”, acrescentou.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria, a ser publicada terça-feira no Diário Oficial da União, suspendendo os contratos com quatro empresas flagradas em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, oferecendo propina para fraudar licitação no hospital Clementino Fraga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Paralelamente, a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciaram uma devassa nas compras de produtos e serviços em hospitais públicos no Estado, ante suspeitas de fraudes generalizadas.

As empresas denunciadas são a locadora de veículos Toesa Service, a Rufolo Serviços Técnicos e Construções, a Bela Vista Refeições Industriais e a Locanty Soluções, que atua no setor de lixo hospitalar. Todos os contratos dessas empresas - não só com o hospital fluminense, mas com a saúde pública em todo o País - passarão pelo pente fino do Ministério, que acionou o Departamento Nacional de Auditoria do SUS para atuar em parceria com a CGU na devassa.

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Na esfera criminal, a investigação correrá na Superintendência da PF no Rio. Foram abertos quatro inquéritos para investigar as denúncias, a cargo do delegado federal Vítor Poubel. Ainda esta semana os sócios das empresas serão intimados para depor. A PF informou que, dentre outras tipificações, serão investigados indícios criminais de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e formação de cartel.

Com conhecimento da diretoria do hospital universitário, um repórter que fingiu ser o novo gestor de compras da instituição. Gerentes e sócios da empresa chamados a participar das licitações deram uma aula de corrupção explícita e revelaram as entranhas do submundo das compras de bens e serviços para a saúde pública.

As negociações, gravadas em vídeo, mostram licitações com cartas marcadas, combinações de suborno, formas de pagamento de propina e truques para driblar a fiscalização.

Em nota distribuída nesta segunda, o Ministério da Saúde informou que as fraudes no setor não são novas no Rio e, após auditorias, motivaram, em abril de 2011, a reestruturação administrativa nos seis hospitais federais do Estado - Andaraí, Lagoa, Ipanema, Servidores do Estado, Cardoso Fontes e Bonsucesso. Já naquela época, a Pasta determinou a suspensão e cancelamento de diversos contratos, alguns envolvendo as empresas citadas na reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agentes da Polícia Federal estão cumprindo hoje 13 mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que fraudava seguro-desemprego na região sul de Minas Gerais. A PF calcula um prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 500 mil.

O grupo começou a operar em agosto do ano passado, criando vínculos trabalhistas fictícios em carteiras de trabalho, de pessoas que eram procuradas pelos integrantes da quadrilha. Usando a ata de audiência falsa, da Justiça do Trabalho, buscavam obter parcelas de seguro-desemprego, segundo a PF. A Operação Hefesto foi desencadeada nas cidades de Pouso Alegre e Machado.

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A Polícia Federal desarticulou, nesta terça-feira (12), uma quadrilha que fraudava vestibulares de medicina em cinco Estados brasileiros. Até o momento, foram presas 11 pessoas: duas no Estado de São Paulo, uma no Rio Grande do Sul, uma na Bahia, uma no Pará, três no Piauí, duas em Goiás, e uma em Tocantins. Na residência de dois dos envolvidos foram encontradas duas armas de fogo.

Segundo a Polícia Federal, o grupo já burlou 13 vestibulares de instituições privadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Maranhão e Mato Grosso. A ação corresponde à Operação Arcano, de acordo com a PF de Araraquara, no interior de São Paulo, responsável pelas investigações. Foram expedidos 15 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão.

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Em nota, a PF afirma que os presos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de formação e quadrilha e estelionato, cujas penas somadas podem atingir de 2 a 8 anos de prisão. Os alunos que se beneficiaram da fraude responderão por crime de estelionato.

A Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira, 28, a Operação Mercúrio, com o objetivo de apurar fraudes em licitações públicas federais praticadas por uma organização criminosa sediada em Juiz de Fora, em Minas. As diligências foram realizadas nos municípios mineiros de Juiz de Fora e de Ewbanck da Câmara, onde havia endereços fictícios fornecidos pela quadrilha.

Por meio de empresas constituídas em nome de laranjas, a organização criminosa realizava diversos contratos com a administração pública federal, incluindo o Poder Judiciário, o Ministério Público e órgãos da Administração Pública Federal Direta e Indireta.

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Segundo a PF, foi verificado que existem contratos de prestação de serviços, com indícios de fraudes, com os órgãos IBGE, INMETRO, AGU, ANTT, GCU, Colégio Militar de Juiz de Fora, CVM, DEPEN, DNPM, DPU, HEMOBRÁS, Hospital Universitário de Dourados, no mato Grosso do Sul, Empresa de Projetos Navais, no Rio, SERPRO, Receita Federal, TST, CONAB, INPI, Marinha Mercante, Ministério do Trabalho e Ministério Público Militar.

Durante as buscas realizadas em Juiz de Fora e região foi apreendida documentação que aponta a prática de delitos como formação de quadrilha, falsidade ideológica, fraudes em licitações públicas, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos, entre outras irregularidades.

 

Um dos mais importantes esportes do Japão passa por um momento turbulento. Com dívidas que estão perto dos U$ 50 milhões, a Associação Japonesa de Sumô enfrenta uma grave crise após a divulgação de um escândalo envolvendo manipulações de resultados.

Devido às acusações, o governo japonês fez um alerta a entidade e emissoras de TV deixaram de transmitir as lutas. Para o presidente da associação, Kitanoumi, será um árduo trabalho recuperar o confiança do público. “Nós nos encontramos em uma posição extremamente difícil. Temos que enfrentar o problema e rapidamente restaurar a fé do público no sumo”.

Todo o esquema foi descoberto quando a polícia investigou mensagens telefônicas entre os envolvidos que acarretou na suspensão do torneio de primavera da modalidade. O sumô já vinha com a imagem arranhada desde o ano passado, quando o chefe de um ginásio foi flagrado espancando lutadores com um taco de golfe.

Com o público cada vez menor, o esporte também ver os investidores se distanciarem da modalidade. O próprio governo japonês suspendeu os incentivos fiscais e avisou que a categoria precisa limpar o nome. Vários lutadores, técnicos e organizadores de eventos foram presos devido as acusações.

Sete pessoas foram presas em uma operação para prender suspeitos de fraudes contra clientes do Banco do Brasil. A ação ocorreu nos estados de Mato Grosso, Ceará, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.

As investigações tiveram início há oito meses no Estado de Mato Grosso, quando foi descoberto um aplicativo usado por um hacker da quadrilha, que era capaz de furtar os dados dos correntistas.

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Na maioria dos casos, as vítimas acessavam o link para uma página falsa do banco. Os presos serão indiciados por formação de quadrilha, furto qualificado mediante fraude e violação de sigilo bancário. 

 

Com recentes escândalos em diversos campeonatos no mundo, inclusive no Brasil, envolvendo árbitros, apostas e manipulações de resultados, a FIFA afirmou, nesta terça-feira, que irá contar com o apoio da Interpol para coibir as práticas ilegais dentro do futebol.

Entre as medidas que serão tomadas pela entidade estão a reabilitação de pessoas envolvidas em esquemas no passado e a proteção de fontes que denunciarem esquemas ilegais. “Atualmente enfrentamos alguns desafios sem precedentes a esse respeito e os efeitos são sentidos em nível regional, nacional e internacional”, divulgou em nota a FIFA.

As ações integradas entre Interpol e FIFA terão início na Ásia. Oriente Médio e América também receberão ações de investigação durante 2012.  

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