Fãs do México, Brasil e outros países da América Latina se despediram neste sábado de Roberto Gómez Bolaños, falecido aos 85 anos na véspera depois de marcar a infância de uma geração em suas quatro décadas de carreira dedicada à comédia.
O corpo de Bolaños foi levado de sua residência no balneário caribenho de Cancún, onde faleceu, para a Cidade do México.
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Em seu trajeto até o aeroporto da cidade, o carro fúnebre foi acompanhado por uma comitiva de cinco veículos liderados por patrulhas policiais.
Muitos fãs acompanharam o cortejo para dar seu último adeus ao comediante que encarnou o menino carente Cháves e o super-herói atrapalhado Chapolim Colorado, em programas que ainda hoje continuam sendo exibido nas televisões da região.
Gómez Bolaños, que morreu por causas ainda não esclarecidas, mudou para Cancún há vários anos, quando, por seus problemas respiratório, decidiu deixar a capital mexicana, situada a 2.250 metros de altura.
Ele será velado de forma discreta em uma sede da Televisa, emissora em que trabalhou quase toda a vida.
A missa na sede situada no sul da capital será acompanhada por parentes, amigos, colegas de trabalho, diretores da emissora e várias personalidades mexicanas.
A legião de fãs de Bolaños foi convidada a se despedir do ídolo no domingo, na grande homenagem que será realizada no estádio Azteca, que pode receber 105.000 pessoas.
O evento deve durar cinco horas e contará com apresentações musicais e mensagens de personalidades.
Os familiares do ator, incluindo Florinda Meza - sua segunda esposa e que fez a dona Florinda - ainda não fez declarações, mas enviou várias mensagens de agradecimento através do Twitter.
"Em nome da família, obrigada por tanto amor. Esperamos vocês amanhã no Estádio Azteca a partir das 12 para nos despedirmos dele", escreveu a família no Twitter aberto em 2011 pelo próprio Bolaños e que tem mais de 6,7 milhões de seguidores.
No estádio, a equpe do América, propriedade da Televisa, fará um minuto de silêncio na partida deste sábado contra os Pumas pela liga mexicana.
Fãs do mundo todo lamentaram a morte do comediante.
"Eterno/mito/ídolo... Roberto Bolaños, simplesmente Chaves, obrigado!", escreveu o astro brasileiro Neymar em seu Twitter.
"E agora, quem poderá nos defender?", questiona a manchete deste sábado em muitos jornais do México, América Latina e Espanha, reproduzindo o que as personagens falavam quando estavam em perigo e esperavam pela ajuda do Chapolim Colorado.
Mas seu personagem mais celebrado foi 'Chaves', um menino órfão e pobre que
vivia dentro de um barril e sempre se metia em travessuras
A imaginação de Gómez Bolaños criou personagens e frases que fazem parte do imaginário coletivo brasileiro e latino-americano, como "Foi sem querer querendo", ou "Sigam-me os bons".
A imprensa mexicana recordou como, em sua época de ouro, os shows de Bolaños lotavam estádios em todo o continente americano.
Em 1983, chegou a se apresentar duas vezes no Madison Square Garden de Nova York.
Os programas de Bolaños foram exporatados para mais de 25 países, e no Brasil se perpetua em reprises desde os anos 80, com uma dublagem que contribuiu ainda mais para o sucesso.
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