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A Controladoria-Geral da União cassou a aposentadoria do ex-presidente petista da Petrobras José Sérgio Gabrielli. Ele chefiou a estatal entre 2005 e 2012, durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

O ato foi publicado na edição do Diário Oficial da União de terça-feira, 24, e é assinado pelo ministro substituto da CGU, Valmir Gomes Dias. Com base em parecer de 6 de dezembro, a CGU entendeu que a aposentadoria pôde ser cassada porque o petista praticou infrações disciplinares à frente do cargo.

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Gabrielli é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em processo que apura superfaturamento de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Além de chefiar a Petrobras, Gabrielli também trabalhou como professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República e ex-presidente Petrobras, José Sergio Gabrielli, fez um novo apelo ao Supremo Tribunal Federal para derrubar decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou o bloqueio de seus bens em processo envolvendo superfaturamento de R$ 960,9 milhões na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Gabrielli, que comandou a Petrobras entre 2005 e 2012, o ex-diretor de Serviços da estatal e delator da Operação Lava Jato Renato Duque, o ex-presidente da Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho (que morreu em dezembro do ano passado), a Queiroz Galvão, Valdir Lima Carreiro, da Iesa, e o consórcio responsável pela obra da refinaria em Pernambuco são alvo da medida cautelar deste dezembro de 2017.

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Os ministros do tribunal de contas determinaram o confisco pelo prazo de um ano. Na época, de acordo com a decisão do TCU, o bloqueio foi solidário, o que significa que os bens dos citados foram bloqueados até o valor de R$ 960,9 milhões. O relator do caso, Benjamin Zymler, apontou o sobrepreço em contrato da obra para a instalação de tubovias na refinaria.

Em julgamento, os ministros do TCU decidiram decretar o bloqueio para "garantir o integral ressarcimento do débito em apuração imputado a cada responsável, ressalvados os bens financeiros necessários ao sustento das pessoas físicas e à continuidade das operações das pessoas jurídicas".

A defesa de Gabrielli entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra o bloqueio no dia 27 de junho. Os advogados Antonio Perilo Teixeira e Henrique Araújo Costa, que defendem o ex-presidente da Petrobras, afirmaram que, em 2016, o tribunal de contas havia determinado, no mesmo processo, o bloqueio, por um ano, dos investigados, e que, em acórdão, estendeu a cautelar por mais um ano.

A defesa sustentou que a ministra Rosa Weber, do Supremo, chegou a conceder liminar para suspender o bloqueio em relação à empreiteira Queiroz Galvão. "Assim, o ora impetrante (Gabrielli) sofreu o bloqueio todos os dias e continua a ter seus bens bloqueados, mesmo após a concessão de duas liminares em outros mandados de segurança, os quais versam sobre questão idêntica à destes autos", alegaram os advogados.

"O TCU defende que o bloqueio de 2017 teria sido o primeiro bloqueio válido. No entanto, a leitura dos autos revela que o bloqueio de 2017 foi mera extensão ilegal do bloqueio de 2016", afirmou a defesa do ex-presidente da estatal.

Prazo

O ministro do Supremo Celso de Mello, no entanto, rejeitou o recurso em 28 de setembro. O decano da Corte evocou decisões colegiadas em que o tribunal conferia ao Tribunal de Contas da União autonomia para determinar medidas cautelares contra investigados.

Celso de Mello mencionou a "possibilidade, ainda que excepcional, de concessão de medidas cautelares, por deliberação do Tribunal de Contas, sempre que necessárias à neutralização imediata de situações de lesividade, atual ou iminente, ao interesse público". No entanto, disse o ministro, "as informações oficiais do Tribunal de Contas da União, por sua vez, registram que não houve prorrogação da medida cautelar de bloqueio de bens, mas, isso sim, decretação originária de tal medida, que se deu em 6 de dezembro de 2017, a significar, portanto, que a eficácia da indisponibilidade patrimonial ainda subsiste no prazo", afirmou o ministro do Supremo.

Em agravo regimental contra a decisão do ministro Celso de Mello, que será ajuizado hoje, os advogados reforçam que outros recursos sobre o mesmo tema e o mesmo caso foram acolhidos pela Corte. "Assim, contraria a previsibilidade que, após diversos mandados de segurança nos quais se discutiu idêntica questão de direito, somente agora venha a ser esposada a tese de que a via seria incabível quando estiver em desacordo com argumentação promovida pelo TCU", argumenta a defesa de Gabrielli. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu manter o bloqueio de bens do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e dos ex-diretores Renato de Souza Duque, Idelfonso Colares Filho e Valdir Lima Carreiro. A decisão também atinge a construtora Queiroz Galvão e o consórcio CII - Ipojuca Interligações.

A determinação de bloqueio já tinha sido tomada pelo tribunal, mas sem ouvir as partes citadas. A decisão ocorre após a corte ouvir os argumentos de cada um dos citados. Todos negam irregularidades.

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O processo tem origem nas obras de implantação das "tubovias" da refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco, que era executada pelo consórcio Ipojuca Interligações - CII, formado pelas empresas Queiróz Galvão e Iesa Óleo e Gás.

O contrato, que chegou a R$ 3,56 bilhões, apresentou um superfaturamento de R$ 682,4 milhões. Esse valor chega a R$ 960 milhões, com atualização monetária e incidência de juros de mora.

A decisão determina o bloqueio, primeiramente, dos bens imóveis suficientes para saldar o débito e, caso o débito em exame seja maior, indisponibilizar posteriormente as participações societárias dos responsáveis e, por último os demais ativos financeiros. No caso da Construtora Queiroz Galvão, a corte decidiu afastar o bloqueio de bens que estejam sob a guarda de instituições financeiras, necessários à manutenção das atividades operacionais da empresa.

A ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli prestarão depoimento nos próximos dias no âmbito de uma ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo.

O depoimento de Dilma está marcado para as 13h desta sexta-feira (28), na sede da Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Já Gabrielli prestará depoimento na próxima segunda-feira (31), na sede da Seção Judiciária do Estado da Bahia, às 17h. Ambos falarão na condição de testemunhas de defesa. Na última segunda-feira (24), a ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster prestou depoimento ao STF, também como testemunha de defesa.

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Em setembro do ano passado, a Segunda Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia contra Gleisi e Paulo Bernardo, que se tornaram réus na Operação Lava Jato. Gleisi e Bernardo são investigados por suposto recebimento de R$ 1 milhão para custear a campanha eleitoral da petista ao Senado Federal em 2010.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o dinheiro era oriundo do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro estabelecido na diretoria de Abastecimento da Petrobras, na época chefiada por Paulo Roberto Costa. O suposto repasse de quantias ilícitas, de acordo com a PGR, tinha como finalidade a manutenção de Costa no cargo. O pagamento do dinheiro teria sido operacionalizado pelo doleiro Alberto Youssef.

As defesas de Gleisi e Paulo Bernardo alegam que a PGR se baseou exclusivamente nas delações premiadas de Costa e Youssef para apresentar a denúncia.

"Política de coalizão". No último dia 7, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou depoimento ao STF no âmbito da ação penal contra Gleisi e Paulo Bernardo. Na ocasião, Lula disse que o Ministério Público acha "criminoso" o fato de partidos políticos indicarem nomes para ocupar cargos na administração pública federal.

Segundo Lula, essas nomeações fazem parte de uma "política de coalizão" para garantir a governabilidade. Em tom irônico, o petista afirmou que, em outra encarnação, "vamos indicar só gente do Ministério Público" para cargos do Executivo.

De acordo com Lula, Gleisi não teve nenhuma influência na indicação de Costa à Petrobras. "Ela (Gleisi) não tinha cargo público, e o Ministério do Planejamento (na época ocupado por Paulo Bernardo) não tinha nada a ver com as indicações da Petrobras", disse o ex-presidente. (R

O Tribunal de Contas da União (TCU) renovou nesta quarta-feira, 2, o bloqueio de bens de ex-executivos da Petrobras condenados por prejuízo de US$ 792 milhões na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Pela decisão, dez ex-dirigentes da estatal continuam com o patrimônio indisponível por mais um ano. A lista inclui o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e ex-diretores implicados na Lava Jato, como Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Internacional).

O pedido para prolongar a medida foi feito pelo ministro Vital do Rêgo, relator do caso no TCU, como antecipou o jornal O Estado de S.Paulo nesta quarta-feira, 3.

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O tribunal concluiu em 2014 que houve dano ao erário na aquisição de Pasadena, feita em duas etapas, em 2006 e 2012. Os ministros decidiram abrir tomadas de contas especiais para confirmar as perdas e a responsabilidade de cada envolvido.

Pelas normas do TCU, a indisponibilidade patrimonial vale por um ano. Na maioria dos casos, vencerá este mês. Porém, como as tomadas de contas não foram concluídas, o ministro requisitou aos colegas de plenário que decretassem novamente o bloqueio. A medida visa impedir que os ex-executivos se desfaçam dos bens antes do desfecho dos processos.

A compra de Pasadena é considerada um dos piores negócios já feitos pela Petrobras. Delatores da Lava Jato já confirmaram que houve pagamento de propina a executivos da estatal para aprová-la.

Como revelou ao jornal O Estado de S.Paulo, a aquisição dos primeiros 50% da refinaria teve aval, em 2006, da então presidente do Conselho de Administração e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de demais integrantes do colegiado. Em nota ao jornal, a presidente justificou em 2014 que se baseou num parecer falho, elaborado por Cerveró, que omitia cláusulas prejudiciais do negócio. Do contrário, assegurou, não votaria a favor do negócio.

O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), vai pedir nesta quarta-feira, 2, aos colegas de corte que renovem por mais um ano o bloqueio de bens de ex-executivos da Petrobrás condenados por prejuízo bilionário na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

A lista inclui o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e ex-diretores implicados na Operação Lava Jato, como Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Internacional).

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O tribunal concluiu em 2014 que houve dano ao erário de US$ 792 milhões na aquisição de Pasadena, feita em duas etapas, em 2006 e 2012. Os ministros decidiram abrir tomadas de contas especiais para confirmar as perdas e a responsabilidade de cada envolvido. Dez ex-dirigentes da estatal tiveram os bens bloqueados, com o objetivo de resguardar eventual ressarcimento aos cofres públicos.

Conforme o Regimento Interno do TCU, a indisponibilidade patrimonial vale por um ano. Na maioria dos casos, vencerá este mês. Porém, como as tomadas de contas não foram concluídas, o ministro pedirá aos colegas de plenário que decretem novamente o bloqueio, baseado na jurisprudência da corte de contas. A medida evitaria que os ex-executivos se desfaçam dos bens antes do desfecho dos processos.

Se a corte não renovar os bloqueios, restará ao governo pleiteá-los, o que dependeria de uma decisão da Advocacia-Geral da União (AGU).

A compra de Pasadena é considerada um dos piores negócios já feitos pela Petrobras. Delatores da Lava Jato já confirmaram que houve pagamento de propina a executivos da estatal para aprová-la.

Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a aquisição dos primeiros 50% da refinaria teve aval, em 2006, da então presidente do Conselho de Administração e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de demais integrantes do colegiado.

Em nota ao jornal, a presidente justificou em 2014 que se baseou num parecer falho, elaborado por Nestor Cerveró, que omitia cláusulas prejudiciais do negócio. Do contrário, assegurou, não votaria a favor do negócio.

Embora não tenha bloqueado os bens de ex-integrantes do Conselho de Administração, o TCU deve se aprofundar sobre a responsabilidade dos conselheiros. A compra da refinaria também é alvo da Lava Jato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli chamou de 'ficção' a conclusão do Tribunal de Contas da União (TCU) de que a compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA, causou prejuízo. Em depoimento à Polícia Federal, dia 9 de dezembro, em Brasília, Gabrielli afirmou que o TCU não levou em conta os preços de mercado da época, em 2006. "Que afirma que a Tomada de Contas realizada pelo TCU e que aponta que a compra da Refinaria causou prejuízo é uma ficção; que considera uma ficção pelo fato de que o TCU tomou em conta para considerar o prejuízo o valor definido após a decisão judicial e em comparação a uma planilha elaborada pela Consultoria Muse Stancil, sem levar em conta os preços de mercado da época."

O TCU apontou lesão de US$ 792 milhões à Petrobras no negócio de Pasadena. Gabrielli disse que já era presidente da estatal quando houve a aquisição da Refinaria.

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Segundo Gabrielli, a consultoria foi realizada a pedido da própria Petrobras. "Afirma que se os dados desta planilha fossem tomados para outros casos, a aquisição teria sido pela metade do menor valor de transação da época; que o declarante foi responsabilizado nesta Tomadas de Contas feita pelo TCU."

O ex-presidente da Petrobras disse que, além dele, toda a Diretoria Executiva da Petrobras foi responsabilizada. "Ninguém do Conselho de Administração, além do próprio declarante, foi responsabilizado por esta aquisição; à época da aquisição da Refinaria o Conselho de Administração da Petrobras era presidido pela atual Presidente da República Dilma Rousseff; em razão dos altos valores de compra das refinarias dos Estados Unidos na época da aquisição da Refinaria de Pasadena, a Petrobras buscou adquirir uma refinaria que não estivesse com investimentos já realizados para processar o petróleo pesado brasileiro, conhecido coma Marlim; à época da aquisição nenhuma das unidades técnicas da Petrobras encarregada de avaliar as condições da Refinaria desaconselhou a sua aquisição; alguns setores apontaram problemas quanto às condições físicas da Refinaria, de operação e meio ambiente."

Ele defendeu a operação. "Que acredita que a aquisição da Refinaria foi um bom negócio na época para a Companhia." Recorreu às dificuldades da economia americana para explicar o rombo em Pasadena. "Deu prejuízo com a chegada da crise nos Estados Unidos'.

Segundo o ex-presidente da Petrobras "desde o ano de 2013 a Refinaria voltou a ser lucrativa para a Petrobras'.

"Somente agora com as denúncias é que tomou conhecimento que a compra desta Refinaria gerou vantagens indevidas a agentes políticos e funcionários da Petrobras; Que não recebeu qualquer pressão ou solicitação externa a fim de que a Petrobras realizasse a compra desta Refinaria."

José Sérgio Gabrielli falou das polêmicas cláusulas do contrato de Pasadena. "A compra se deu sem que a Diretoria e o Conselho de Administração tivessem o conhecimento de duas cláusulas do contrato; que a primeira delas é a cláusula put option, que determina que um dos sócios compre a parte do outro em caso de desavença que inviabilize a manutenção da sociedade; que a segunda cláusula, denominada cláusula Marlim, determinava uma rentabilidade mínima para os sócios estrangeiros, uma vez que o petróleo a ser processado era petróleo brasileiro; que afirma que estas duas cláusulas jamais foram utilizadas pela empresa parceira da Petrobras, a Astra Oil; que, ainda que fossem do conhecimento da Diretoria e do Conselho de Administração, o declarante acredita que estas duas cláusulas não teriam inviabilizado a compra da Refinaria, uma vez que esta compra estava adequada ao plano estratégico da Companhia; que no ano de 2007 se iniciou um litígio entre a Petrobras e a Astra Oil; que o motivo deste litígio foram as desavenças entre a Petrobras e a Astra Oil quanto a critérios de operacionalização da Refinaria; Que este litígio resultou no desfazimento da sociedade em junho de 2012, decorrente de uma decisão do Poder Judiciário dos Estados Unidos."

Gabrielli afirmou ao delegado da PF Josélio Azevedo de Sousa que 'não passou qualquer orientação' ao então diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró 'no sentido de que a compra deveria ser feita de qualquer maneira pois era de interesse da Presidência da Companhia'.

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou nesta segunda-feira, 16, que a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, em 2006, foi "uma operação coerente com o Plano de Negócios da Companhia". A aquisição, caso emblemático de corrupção na estatal, é alvo da Operação Corrosão, 20ª etapa da Lava Jato, deflagrada nesta manhã.

"Reafirmo que a aquisição da Refinaria de Pasadena em 2006 foi uma operação coerente com o Plano de Negócios da Companhia, em vigor desde 1997, com orientações estratégicas para um mercado brasileiro de combustíveis, que não crescia desde aquele ano, mas tinha perspectivas de aumentar a produção do seu petróleo Marlim", disse Gabrielli, em nota. "Nos EUA havia um boom de aquisições de refinarias com baixa capacidade de processamento de petróleo pesado, para que o comprador, geralmente produtor de petróleo pesado, fizesse os investimentos necessários para processar este tipo de petróleo e capturar as margens relevantes. Assim orientava o Plano de Negócios da Petrobras aprovado pelo Conselho de Administração antes de 2003."

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O engenheiro Agosthilde Mônaco de Carvalho, novo delator da Operação Lava Jato, declarou à força-tarefa do Ministério Público Federal que o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró lhe disse que a compra de Pasadena poderia "honrar compromissos políticos" de Gabrielli. Agosthilde Mônaco de Carvalho foi assistente de Cerveró na área Internacional.

"De acordo com as informações fornecidas por Nestor Cerveró, este negócio atenderia ao interesse de Gabrielli em realizar o Revamp (Renovação do Parque de Refino) e ao interesse da área internacional em adquirir a Refinaria", declarou Mônaco.

José Sérgio Gabrielli rechaçou as declarações de Agosthilde Mônaco de Carvalho. "As delações premiadas destes corruptos confessos não fazem acusações diretas a minha pessoa, sempre se referindo a "ouvir dizer", "fulano comentou", "sicrano disse" e portanto, acredito, as investigações vão concluir pela falsidade das ilações."

Segundo o Tribunal de Contas da União, a compra da refinaria causou um prejuízo de US$ 792 milhões. Os delatores Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da Petrobras) e Fernando Baiano (operador de propinas na estatal) confessaram pagamento de propina no negócio.

Segundo Baiano, a compra de Pasadena envolveu uma propina de pelo menos US$ 15 milhões e teve como figura central das negociações o ex-gerente de Inteligência de Mercado da Diretoria de Internacional da Petrobras Rafael Mauro Comino, um dos alvos da Operação Corrosão. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato, mencionou pagamento de propina envolvendo o negócio em sua colaboração. Costa afirmou, sem dar mais detalhes, que a propina neste negócio poderia ter chegado a US$ 30 milhões, e disse que recebeu US$ 1,5 milhão para "não atrapalhar" a compra.

"Se alguém se locupletou com operações fraudulentas relacionadas com a aquisição, que pague por seus erros, depois das investigações policiais e o devido processo legal. Corrupção é um caso de polícia e como tal deve ser tratado, dentro dos marcos legais vigentes na democracia brasileira. Se houve comportamento inadequado de alguns, que se cumpra a Lei", sustentou Gabrielli.

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DIVULGADA PELO EX-PRESIDENTE DA PETROBRAS JOSÉ SÉRGIO GABRIELLI

"Reafirmo que a aquisição da Refinaria de Pasadena em 2006 foi uma operação coerente com o Plano de Negócios da Companhia, em vigor desde 1997, com orientações estratégicas para um mercado brasileiro de combustíveis, que não crescia desde aquele ano, mas tinha perspectivas de aumentar a produção do seu petróleo Marlim. Nos EUA havia um boom de aquisições de refinarias com baixa capacidade de processamento de petróleo pesado, para que o comprador, geralmente produtor de petróleo pesado, fizesse os investimentos necessários para processar este tipo de petróleo e capturar as margens relevantes. Assim orientava o Plano de Negócios da Petrobras aprovado pelo Conselho de Administração antes de 2003.

A Refinaria foi adquirida por um valor de cerca de 7900 dólares por barril de capacidade de destilação, no ano em que as 11 operações de aquisições de refinarias no mundo foram transacionadas entre 3 mil e poucos dólares por barril e 18,9 mil dólares, com uma média de 10,9 mil dólares por barril. Pasadena foi adquirida assim por menos do valor médio de aquisições de refinarias daquele ano.

O mercado mudou radicalmente a partir de 2008, com a crise financeira internacional e com a expansão da oferta de petróleo leve nos EUA e a Refinaria enfrentou problemas até 2013, quando passou novamente a ser um bom negócio com a queda dos preços da matéria prima leve no Texas e altas margens de refino que continuam até hoje em 2015. O mercado de refino é cíclico e a Refinaria sofre estas subidas e descidas do mercado.

A partir de 2008 com a intensificação dos conflitos com o sócio belga na refinaria, a Petrobras não realizou qualquer pagamento até que a Justiça americana decidisse o valor da segunda metade, quando, em meados de 2012, a operação foi concluída para cumprir as decisões judiciais.

Se alguém se locupletou com operações fraudulentas relacionadas com a aquisição, que pague por seus erros, depois das investigações policiais e o devido processo legal. Corrupção é um caso de polícia e como tal deve ser tratado, dentro dos marcos legais vigentes na democracia brasileira. Se houve comportamento inadequado de alguns, que se cumpra a Lei.

As delações premiadas destes corruptos confessos não fazem acusações diretas a minha pessoa, sempre se referindo a "ouvir dizer", "fulano comentou", "sicrano disse" e portanto, acredito, as investigações vão concluir pela falsidade das ilações".

Ex-presidente da Petrobras, citado em investigações sobre desvios na estatal, José Sérgio Gabrielli afirmou nesta terça-feira. 20, que os recursos relacionados a corrupção são "muito pequenos" diante do tamanho da companhia.

Em entrevista a blogs e sindicalistas, o executivo classificou a CPI da Petrobras como um "espetáculo onde a pergunta é mais importante que a resposta" e afirmou que a Operação Lava Jato provoca um "pequeno problema de reputação" para a empresa. Para Gabrielli, a paralisia na empresa, em função da queda na cotação internacional de petróleo, "pode ser a diferença entre (o PIB) crescer e não crescer".

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"Quando você olha os casos confessados pelos corruptos, os números são muito pequenos em relação à Petrobras. Temos um gerente executivo confesso, um diretor corrupto confesso, dois outros que negam as acusações. São quatro ou cinco pessoas de alto nível da companhia em uma estrutura altamente complexa. São 55 mil contratos geridos por 3 mil gerentes coordenadores de despesas, com diferentes níveis de alçada. Projetos que chegam à diretoria acima de US$ 25 milhões - abaixo, nem chega", afirmou Gabrielli.

Na entrevista veiculada ontem pela internet, o executivo comparou a empresa a "botequim ou um armazém" onde "mesmo com o dono sentado no balcão" existem perdas não reconhecidas de 3% sobre o faturamento.

"Os procedimentos internos da companhia foram seguidos, e o processo de corrupção ocorreu na relação deles (ex-funcionários) com fornecedores externos. Era impossível que a estrutura normal da companhia percebesse esses problemas. Na vida real, era quase impossível saber", ponderou.

A entrevista foi concedida aos jornalistas Altamiro Borges, Paulo Salvador e Eduardo Guimarães, no programa Contraponto, do Sindicato dos Bancários, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Sem ser citado no relatório final da CPI da Petrobras, na Câmara, Gabrielli avaliou que a comissão não investigou com detalhes os contratos da estatal e se tornou um "espetáculo onde a pergunta é mais importante que a resposta".

O ex-presidente da Petrobras também avaliou que a Operação Lava Jato causa um "pequeno problema de reputação" à estatal. "Pequeno é uma condescendência", retificou Gabrielli. "Lava Jato cria um grande problema reputacional que, associado a problema financeiro de curto prazo, cria problema de imagem de curto prazo. Mas não se pode destruir o valor de longo prazo e o potencial extraordinário para a companhia e para o Brasil".

Sobre a refinaria de Pasadena, Gabrielli voltou a defender a compra da mesma, considerada um "excelente negócio" em 2006, ano de sua polêmica aquisição. Para o ex-presidente, a refinaria tem "situação favorável e margens razoáveis" devido à localização e enfrenta ciclos típicos de uma refinaria. A compra é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou um prejuízo de mais de US$ 700 milhões com a compra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e filiado ao PT, foi anunciado e está no palco junto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros dirigentes do partido, na quadra do sindicato dos Bancários, na região central de São Paulo nesta terça-feira, 31.

Como em outros locais do País, sindicalistas e militantes petistas fazem plenárias para "defender" a Petrobras, a democracia e os direitos dos trabalhadores. Além de Lula e Gabrielli, estão no palco o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o presidente paulista da legenda, Emídio de Souza. Está presente também o presidente do PCdoB, Renato Rabello.

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O Tribunal de Contas da União não descarta a possibilidade de chamar para esclarecimentos e até uma eventual responsabilização dos membros que compunham o Conselho de Administração da Petrobrás em 2006 - entre eles a hoje presidente da República, Dilma Rousseff.

Em nota encaminhada na segunda-feira,19, ao jornal O Estado de S. Paulo, o tribunal argumenta que o acórdão em que são relatados indícios de irregularidades na aquisição da refinaria de Pasadena, com potencial prejuízo de U$ 792 milhões, é preliminar e sem decisão definitiva. "É importante esclarecer que o processo ainda não foi julgado no mérito, e que não é possível afirmar que foi desconsiderada a responsabilidade do conselho de administração da Petrobrás", diz a nota.

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Segundo o tribunal, "por prudência", neste primeiro momento, optou-se por chamar para apresentar defesa os diretores da empresa. O órgão afirma, porém, que a depender dos argumentos a serem trazidos por eles, "não está descartada a possibilidade de o conselho de administração ser chamado aos autos."

A reportagem tentou contato com os membros do conselho na formação de 2006, mas não obteve respostas. Em declarações públicas feitas por eles desde que o caso veio à tona, em março passado, todos defendem o negócio. A presidente Dilma Rousseff diz que apoiou baseada em documento incompleto e juridicamente falho, responsabilizando a diretoria Internacional da estatal, dirigida na época por Nestor Cerveró.

O hoje ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou na ocasião que os conselheiros confiaram nos responsáveis pela confecção do contrato e, com foi apresentado, decidiu por unanimidade que a compra era importante. O hoje executivo da Abril Mídia, Fábio Barbosa, disse que o negócio estava alinhado com o plano estratégico vigente para a empresa e que o valor da operação estava dentro dos parâmetros de mercado. Jorge Gerdau Johannpeter afirmou que avaliações técnicas apontavam para a validade do negócio. Claudio Haddad disse que o conselho dispunha de informações fundamentadas para a aprovação da compra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em defesa apresentada ao Tribunal de Contas da União, o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli pede para ser excluído, junto com outros dez ex-integrantes da Diretoria Executiva da estatal, do processo que determinou o bloqueio de bens dos executivos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

Caso o pedido não seja aceito, solicita que o Conselho de Administração que autorizou o negócio em 2006 seja responsabilizado pelo prejuízo da compra e tenha o mesmo tratamento dos ex-diretores: todos precisam ser ouvidos no processo e ter o patrimônio congelado.

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Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administração da estatal à época. O argumento da hoje presidente da República para ter aprovado o negócio é que o conselho se baseou em um resumo técnico "falho" e "incompleto" a respeito do negócio.

Em decisão preliminar de julho do ano passado, o tribunal isentou o Conselho de Administração. Na segunda-feira, 19, em resposta ao jornal O Estado de S. Paulo, o TCU não descartou a possibilidade de arrolar Dilma e os demais ex-conselheiros no processo sobre a compra da refinaria.

Segundo concluiu o tribunal, o prejuízo da Petrobrás com o negócio foi de US$ 792 milhões. A defesa de Gabrielli argumenta que o Conselho de Administração teve tanta ou mais responsabilidade do que a Diretoria Executiva na compra da refinaria.

Justificativa

No texto de 64 páginas, entregue no dia 5 de dezembro, Gabrielli diz que não se sustenta a justificativa de Dilma de que o relatório de Néstor Cerveró - então diretor de Internacional - era falho por omitir que o contrato tinha as cláusulas Marlim (que garantia rentabilidade mínima de 6,9% à Astra Oil, parceira da Petrobrás na refinaria) e Put Option (que obrigava a Petrobrás a comprar a parte da sócia se houvesse divergência de gestão).

De acordo com a defesa de Gabrielli, o Conselho tinha "obrigação de fazer uma avaliação criteriosa" de todos elementos do contrato antes de autorizar a compra, e contava com "os mesmos elementos fornecidos pelas mesmas pessoas" com os quais a Diretoria tomou a decisão.

Diferença

Conforme o documento assinado pelo advogado Antonio Perilo Teixeira, ao contrário de outras empresas nas quais as funções dos conselhos se limitam a planejamento e estratégia, o estatuto da Petrobrás confere ao Conselho de Administração poderes executivos. "Esse fato é demonstrado na própria aquisição de Pasadena, tendo visto que a Diretoria havia aprovado sugestão de Cerveró de adquirir a segunda metade da Astra mas essa posição foi rejeitada pelo Conselho", diz o texto.

É com base no estatuto que Gabrielli pede que os integrantes do Conselho também sejam responsabilizados. "Caso este tribunal entenda que não é possível afastar a responsabilidade dos integrantes da Diretoria Executiva, que sejam então chamados para manifestar-se todos integrantes envolvidos na aprovação dos contratos, incluindo os membros do Conselho de Administração."

Ao final, a defesa de Gabrielli sustenta que caso o TCU se negue a excluir a Diretoria Executiva do processo, "que os integrantes do Conselho de Administração sejam citados para integrar a lide, tendo seus bens bloqueados em igualdade de condições com os atuais requeridos".

No documento, a defesa cita Dilma explicitamente ao lembrar da primeira conclusão do TCU. "Essa posição (de que os conselheiros são responsáveis), que implicaria a oitiva da Presidenta da República e de outras altas autoridades do atual governo, recém reeleito, foi descartada."

Além de Dilma, faziam parte do Conselho o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, o ex-presidente do PT e da Petrobrás José Eduardo Dutra, o ex-ministro Antonio Palocci, o atual presidente da Abril Mídia, Fábio Barbosa; o economista Cláudio Haddad, presidente do Insper, os empresários Jorge Gerdau e Arthur Sendas (falecido) e o ex-comandante do Exército Gleuber Viana.

Em julho do ano passado, logo após o TCU dar sua decisão preliminar, Cerveró e Ildo Sauer, ex-diretor da área de Gás e Energia, também tentaram responsabilizar o Conselho. Cerveró encontra-se atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele é acusado pela Operação Lava Jato de receber propina em contratos da Petrobrás.

'Erro médico'

No documento de sua defesa, Gabrielli aproveita para defender a compra de Pasadena. Diz que os lucros já cobriram os gastos, contesta os critérios e números apontados pelo TCU e diz que em momento algum foi demonstrado dolo ou culpa da direção da Petrobrás. Para fins legais, o ex-presidente da estatal compara o negócio a um erro médico, "no qual a relação com o paciente é de meio e não de fim". Para Gabrielli, a compra de Pasadena "não foi, certamente, a maior barganha realizada pela Petrobrás, mas tampouco foi a maior venda da Astra". Gabrielli aproveita para provocar a desafeta Graça Foster, atual presidente da estatal, dizendo que a Petrobrás não forneceu uma série de documentos que poderia ajudá-lo na defesa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Integrante do Conselho de Administração da Petrobras na época da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), criticou a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de pedir o bloqueio dos bens do ex-presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, por possíveis irregularidades na negociação. Além disso, Wagner desqualificou a CPI que investiga a empresa e chamou de "pataquada" as denúncias da revista Veja, que apontou vazamento das perguntas que seriam feitas na comissão parlamentar a Gabrielli e para a atual presidente da estatal, Graça Foster.

O governador considera "uma tremenda injustiça" do TCU o bloqueio dos bens de Gabrielli, hoje seu secretário de Planejamento. "Nesse caso, posso garantir que, no final de qualquer história, vai estar garantida a isenção dele", afirmou. "Não estou falando que os outros não estejam isentos, mas não tenho elementos para julgá-los."

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Wagner, por outro lado, diz não ver favorecimento do TCU à presidente Dilma Rousseff, então presidente do conselho de administração da estatal, e aos conselheiros da época da compra da refinaria americana, que não foram envolvidos nas investigações. "Não sei qual critério o TCU adotou, mas é evidente que a diretoria não deve ter gostado, porque quem tomou a decisão final foi o conselho depois de trazidas as informações", ponderou. "Mas o TCU deve ter considerado que o conselho aprovou a compra apoiado na análise da diretoria. E é óbvio que quem está no foco é o (Nestor) Cerveró, que era da área internacional e partiu da diretoria dele a avaliação toda, dos gerentes, subgerentes, etc, que ele levou para a diretoria. Quando a diretoria se convenceu, levou para a reunião do conselho."

Para Wagner, a decisão do TCU de não punir os integrantes do conselho pode ser até benéfica a Gabrielli. "Ele pode chamar a decisão do TCU para dizer 'eu também decidi com base na mesma informação que foi levada para o conselho'", argumentou. O governador também isentou Dilma de responsabilidade no caso. "Isso não é problema da presidente. Ao lado dela havia executivos de primeira linha, no conselho de administração (da Petrobras)."

O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou na tarde desta quarta-feira (25) em depoimento na CPI mista da Petrobras, que o preço da Refinaria Abreu e Lima está ligado à complexidade da obra. Segundo ele, a refinaria vai custar US$ 87 mil por barril, enquanto o investimento da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), está em cerca de US$ 5,5 mil por barril.

Gabrielli exemplificou que a refinaria, que começará a operar no final do ano, vai produzir diesel de altíssima qualidade. O ex-presidente defendeu também a elevação dos preços das ações da Petrobras-FGTS. Segundo ele, desde o ano de 2000, quando os trabalhadores fizeram as primeiras aquisições, as ações valorizaram 412%, mesmo com toda a queda registrada este ano. Ele observou que a valorização do FGTS no período foi de 90%.

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Licitações

Durante o depoimento, Gabrielli preferiu não comentar a decisão do Palácio do Planalto de eliminar a licitação de quatro campos do pré-sal e concedê-los diretamente para exploração da estatal. Com a operação, a Petrobras ganhará reservas adicionais de petróleo, mas terá de fazer um desembolso bilionário para o caixa do governo. "Prefiro não comentar porque não sei dos detalhes", afirmou ele, em depoimento à CPI mista da Petrobrás. Contudo, Gabrielli observou que a contratação direta é parte do novo marco brasileiro de exploração do petróleo, que foi aprovado pelo Congresso Nacional.

O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli mudou a versão dada na semana passada à CPI da estatal no Senado sobre aditivos contratuais da refinaria de Abreu e Lima. Em ofício à comissão, Gabrielli afirmou que "alguns" contratos e aditivos da refinaria eram submetidos à Diretoria Executiva da estatal.

No depoimento prestado na terça-feira passada (20), o ex-presidente da estatal disse que a Rnest, como a refinaria é conhecida, tinha um conselho de administração próprio que tomava decisões sobre a assinatura de novos contratos e aditivos, sem submetê-los ao conselho e à diretoria da Petrobras. Ao menos, conforme notícias veiculadas, 150 aditivos teriam sido firmados na refinaria.

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Um dia depois da sua fala, Gabrielli retificou sua declaração. "Conforme os termos de Governança da Petrobras, os aditivos e contratos da Rnest passavam pela análise e aprovação de vários órgãos de empresa antes de serem encaminhados à Refinaria Abreu e Lima S.A. Alguns, em razão de valor ou da matéria, eram submetidos à Diretoria Executiva da Petrobras. O demais aditivos eram analisados e aprovados por outras autoridades da Petrobras nos seus limites de competência. Todos, no entanto, eram de responsabilidade executiva da refinaria", afirmou o documento.

Para alterar sua versão, o ex-presidente da Petrobras alegou que o fato de que ele deixou a estatal em fevereiro de 2012 e que houve um "expressivo número" de perguntas feitas durante o depoimento.

Em uma semana considerada decisiva para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás, a oposição acredita que a entrevista do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli ao Estado reforça seus argumentos a favor de uma investigação no Congresso que apure negócios da empresa.

Na entrevista, publicada ontem, Gabrielli afirma que a presidente Dilma Rousseff não pode fugir de sua responsabilidade pela decisão da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos - operação iniciada em 2006 e concluída em 2012, após a Petrobrás perder uma batalha judicial com a empresa belga Astra Oil. A aquisição da refinaria localizada no Texas, ao custo final de US$ 1,2 bilhão, é a principal polêmica que envolve a estatal. Dilma, então ministra da Casa Civil, era a presidente do Conselho de Administração da empresa na época do negócio.

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"O objetivo dela (a CPI) é exatamente determinar, sem qualquer pré-julgamento, qual é a responsabilidade de cada um nesse caso da refinaria de Pasadena e em outros episódios envolvendo a Petrobrás. A CPI não é uma demanda das oposições, como querem fazer crer alguns governistas, mas sim da sociedade brasileira", afirmou ontem ao Estado o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves.

No Palácio do Planalto, a entrevista de Gabrielli foi tratada com discrição. Auxiliares da presidente procuraram minimizar o impacto da fala do ex-presidente da Petrobrás. A avaliação é que se trata de uma linha de defesa adotada por Gabrielli, já que a operação de compra da refinaria de Pasadena está sob investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU) e ele poderá ser chamado a depor.

A expectativa é de que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, decida amanhã se o Congresso pode instalar uma CPI restrita à estatal, como querem os oposicionistas, ou ampliada - para investigar também o cartel dos trens em São Paulo e no Distrito Federal e obras no Porto de Suape, em Pernambuco -, como desejam os governistas.

Líder do PSB na Câmara, o deputado Beto Albuquerque (RS) afirmou que, além de mostrar a necessidade de se fazer a CPI para investigar a operação de compra de Pasadena, ficou claro que Gabrielli "deu um puxão de orelhas" em Dilma.

"Quando o Gabrielli assume a responsabilidade pela compra de Pasadena, por ser o presidente da companhia, na época, ele está sendo honesto. Não tem como negar que é mesmo o responsável. E não há como negar que Dilma, então presidente do Conselho de Administração, tem responsabilidade igual", disse. "O Gabrielli botou a bola na marca do pênalti."

Já para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), Gabrielli foi muito claro na entrevista. "Ele disse, sem rodeios: ‘somos todos responsáveis’. Não adianta achar que uns vão tirar a sardinha do fogo com a mão do gato. Está muito claro que a então ministra Dilma Rousseff era responsável pela decisão da compra da refinaria. Ela era presidente do Conselho de Administração, que aprovou a compra."

Resumo

Na entrevista, Gabrielli também reforçou a afirmação de que o resumo executivo em que o conselho baseou sua decisão sobre a compra foi "omisso", mas não falho. O ex-presidente da estatal, contudo, acrescentou que isso não foi relevante para a decisão.

Dilma havia afirmado que só aprovou a compra de 50% da refinaria da Astra Oil, em 2006, porque o resumo executivo feito na época pelo então diretor da área internacional da Petrobrás Nestor Cerveró foi falho porque não continha as cláusulas Put Option - que obrigava a Petrobrás a adquirir a outra metade da refinaria em caso de desentendimento com a sócia - e Marlin - que garantia lucro mínimo ao grupo belga.

Na semana passada, Nestor Cerveró depôs na Câmara dos Deputados. Ele se defendeu, dizendo que o resumo executivo que fez não foi determinante para a compra e as cláusulas omitidas irrelevantes para a decisão do conselho.

Para o deputado José Guimarães (CE), vice-presidente nacional do PT e ex-líder do partido na Câmara, a oposição tenta fazer um "carnaval". "Isso que o Gabrielli falou não tem importância nenhuma. Está claro que a oposição fez um carnaval do tamanho do mundo com os depoimentos da Graça Foster e do Nestor Cerveró, que responderam tudo", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A entrevista de José Sérgio Gabrielli ao Estado de Domingo, 20, na qual ele afirma que a presidente "Dilma não pode fugir à responsabilidade" pela decisão da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, reforçou a necessidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o negócio, avaliaram líderes da oposição, entre eles o senador tucano Aécio Neves (MG), pré-candidato a presidente da República. Esta será uma semana decisiva para a criação da CPI, pois a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deverá decidir se o Congresso fará uma CPI restrita à estatal, como querem os oposicionistas, ou se abrangente, para investigar também o pagamento de propina para facilitação de obras no metrô e nos trens de São Paulo, e sobre a construção do Porto de Suape, em Pernambuco.

Gabrielli era o presidente da Petrobras à época da compra da refinaria de Pasadena e Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, era a presidente do Conselho de Administração da empresa. Na entrevista ao Estado, Gabrielli disse ser o "responsável" pela operação de compra, já que era o presidente da estatal, mas dividiu o ônus com Dilma. Gabrielli reforçou a afirmação de que o resumo executivo em que o conselho baseou sua decisão sobre a compra foi "omisso", mas acrescentou que isso não foi relevante para a decisão. Dilma havia afirmado a mesma coisa quando justificou seu voto pela compra da refinaria. O resumo executivo foi feito pelo então diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

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Do lado da presidente Dilma Rousseff, as informações foram de que ela não reagiu à entrevista de Gabrielli. De acordo com auxiliares próximos a ela, Dilma Rousseff viu na entrevista do ex-presidente da Petrobras a clara linha de defesa de Gabrielli, uma vez que a compra da refinaria de Pasadena está sob investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU). Gabrielli estaria, na visão de Dilma, definindo as linhas do que pretende dizer quando for procurado, com a tentativa de divisão de responsabilidade por todos os setores.

Para Aécio, a entrevista do ex-presidente da Petrobras reforçou a necessidade de uma CPI. "O objetivo dela (a CPI) é exatamente determinar, sem qualquer pré-julgamento, qual é a responsabilidade de cada um nesse caso da refinaria de Pasadena e em outros episódios envolvendo a Petrobras. A CPI não é uma demanda das oposições, como querem fazer crer alguns governistas, mas sim da sociedade brasileira", disse Aécio ao Estado.

Líder do PSB na Câmara, o deputado Beto Albuquerque (RS) afirmou que, além de mostrar a necessidade de se fazer a CPI para investigar a operação de compra de Pasadena, que custou cerca de U$ 1,25 bilhão, ficou claro que Gabrielli "deu um puxão de orelhas" em Dilma, ao chamá-la à responsabilidade. "Quando o Gabrielli assume a responsabilidade pela compra de Pasadena, por ser o presidente da companhia, na época, ele está sendo honesto. Não tem como negar que é mesmo o responsável. E não há como negar que Dilma, então presidente do Conselho de Administração, tem responsabilidade igual. Um era o presidente da Petrobras, outra a presidente do conselho. Assumiam decisões juntos. O Gabrielli botou a bola na marca do pênalti."

Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que Gabrielli foi muito claro na entrevista. "Ele disse, sem rodeios: 'somos todos responsáveis'. Não adianta achar que uns vão tirar a sardinha do fogo com a mão do gato. Está muito claro que a então ministra Dilma Rousseff era responsável pela decisão da compra da refinaria. Ela era presidente do Conselho de Administração, que aprovou a compra", disse Nunes Ferreira.

O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira, 8, no episódio da compra da refinaria de Pasadena (EUA), adquirida pela estatal em 2006.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no dia 19 de março, a presidente da República justificou em nota oficial que só aprovou a compra de 50% da refinaria americana em 2006, quando era chefe da Casa Civil do governo Lula e comandava o Conselho de Administração da estatal, porque recebeu "informações incompletas" e uma documentação "falha". Se tivesse todos os dados, disse a petista na nota, "seguramente" a compra da refinaria não seria aprovada.

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"O Conselho de Administração discute um negócio como um todo. A presidente não tinha acesso a todas as informações", disse Gabrielli nesta terça-feira após reunião com integrantes da bancada do PT na Câmara.

O ex-presidente da estatal considerou como normal as investigações feitas por órgãos como o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e a Polícia Federal no episódio da compra da refinaria de Pasadena, que custou US$ 1,3 bilhão.

"As investigações e os processos de sindicâncias são normais na Petrobras", minimizou.

O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli considerou nesta terça-feira (8), como "fantasiosas, publicitárias e eleitoreiras" as alegações de integrantes do oposição para que a estatal seja investigada no caso da compra a refinaria de Pasadena.

Na semana passada, senadores e deputados da oposição protocolaram o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras. A CPMI pretende investigar o superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena (EUA), adquirida pela Petrobras em 2006. Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério Público investigam a transação, que custou US$ 1,3 bilhão.

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"A bancada do PT queria saber fatos e combater as versões fantasiosas, publicitárias e eleitoreiras que estão sendo veiculadas persistentemente. Vocês sabem que uma mentira repetida inúmeras vezes vira uma verdade e o que está acontecendo são algumas mentiras que são insistentemente veiculadas", afirmou Gabrielli após encontro com deputados do PT na Câmara.

"Por exemplo, a refinaria custou 42 milhões de dólares e foi comprada por um bilhão de dólares, isso é mentira. É mentira porque não custou 42 milhões de dólares para a empresa que adquiriu, porque ela investiu mais 84 milhões e tinha uma dívida de 200 milhões. E a Petrobras não pagou 1 bilhão pela refinaria pagou 486 milhões de dólares. Esses são os fatos", afirmou o ex-presidente da estatal.

Em vários momentos da entrevista, ele defendeu a aquisição feita na época, aprovada pelo Conselho Administrativo da estatal. "Esse conselho aprovou essa posição. Era um bom negócio naquele momento".

O ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse neste sábado (29) que não tem nada para comentar sobre a demissão de seu primo, José Orlando Azevedo. "A Petrobras é que tem que falar", afirmou em evento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Bahia.

Ele disse que foi ao Senado e falou por três horas "para explicar as estratégias e as razões econômicas da operação". "Desmontei a falsidade da informação que está sendo veiculada insistentemente dos US$ 42 milhões, do preço inicial, do US$ 1,1 bilhão do preço da refinaria. Expliquei que o mercado naquele momento era outro".

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Gabrielli afirmou ainda que o preço da refinaria, em termos de ativo, foi de US$ 486 milhões. "Isso, a 100 mil barris por dia, corresponde a US$ 4.860 por barril. Desafio qualquer analista a dizer que este preço está acima do mercado, mesmo com a disputa judicial". "O custo de refinaria foi de US$ 486 milhões, o US$ 1,2 bilhão corresponde ao custo da matéria prima adquirido, as garantias bancárias e o processo judicial. Portanto, não é custo da refinaria", completou.

Ele argumentou ainda que é preciso ponderar que a refinaria está produzindo. "Se ela hoje produz 100 mil barris por dia, a US$ 100 dólares o barril, são US$ 10 milhões de faturamento diário. US$ 3,6 bilhões por ano de faturamento. Isso não conta?", pergunta. "A usina está dando lucro".

Ele se defende ainda dizendo que a "exacerbação das informações é claramente campanha eleitoral da oposição contra a presidente Dilma Rousseff". Perguntado se iria à CPI da Petrobras caso seja convocado, disse que sim. "Devo ser um dos poucos que vai enfrentar duas CPIs", finalizou.

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