Tópicos | Grito dos Excluídos

A pauta social entra em mescla com a política no Grito dos Excluídos, que acontece na manhã desta quinta-feira (7), no Recife. Entre os cartazes expostos, um chamou a atenção diante da conjuntura atual. Nele os empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, são chamados de "safados". Os dois protagonizaram um dos acordos de delação premiada da investigação da Lava Jato que denunciou tanto o presidente Michel Temer (PMDB) quanto os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. 

Com as informações repassaras nas delações, a Procuradoria Geral da República perdoou os crimes dos empresários. Entretanto, o benefício está ameaçado com a recente descoberta de que eles teriam omitido informações a PGR, o que configuraria crime.

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Na imagem os dois aparecem ao lado de Temer. O Grito dos Excluídos percorre as principais avenidas da capital pernambucana. Grupos que compõem a Arquidiocese de Olinda e Recife, além de políticos, sindicatos e movimentos sociais participam da marcha.

Desde 1995, o Grito dos Excluídos transformou o dia 7 de setembro – quando historicamente se celebra a Independência do Brasil – na data para movimentos sociais, entidades religiosas e sindicatos irem às ruas pedir por igualdade dos direitos e justiça social. No Recife, na manhã desta quinta-feira (7), grupos que compõem a Arquidiocese de Olinda e Recife, além de movimentos, partidos e políticos se mobilizam em caminhada pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista e Guararapes. Este ano, o lema da marcha é "Por direito e democracia, a luta é de todo dia”.

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Concentrado desde as 9h na Praça do Derby, o ato ganhou as ruas por volta das 11h05. Vestidos predominantemente de vermelho, os participantes exibem cartazes pedindo a manutenção de direitos e cruzes com o simbolismo mais religioso. Nelas são exibidas frases como "nenhum trabalhador sem direitos". Dois pequenos trios elétricos acompanham a caminhada. Por conta da passeata, o trânsito do centro da capital pernambucana está interrompido. 

A importância de participar do Grito dos Excluídos diante de um cenário nacional é frisada pelo secretário regional das Cáritas Brasileira, Angelo Zanré. “Esse é um momento em que se reúnem todas as categorias excluídas em um mesmo espaço e a Cáritas está junto a essas pessoas somando e buscando a reativação dos direitos que foram suprimidos por este governo”. 

Para a psicóloga Verônica Mafra, a ocasião tem grande valor diante do panorama atual do Brasil. “Mais do que nunca pela questão dos retrocessos que estamos vivenciando, em relação à garantia dos diretos. É um combate à velha ‘Casa Grande e Senzala’ que vigora até hoje e organiza uma sociedade altamente injusta e desigual”. Diante disso, entre um discurso e outro, grupos entoam um pedido de "Fora Temer", afinal, além das pautas sociais, o Grito no Recife também é influenciado por pautas políticas. 

Durante a marcha, também foi possível perceber a presença de diversas representações de crenças religiosas. Além de grupos católicos, evangélicos e espirítas também defendiam a luta por direitos. "Aqui é a união de todas as religiões para lutar pelos direitos dos excluídos, dos moradores de rua e dos pobres. Não podemos cruzar os braços diante do que vemos no nossa país. Temos que lutar e ir às ruas", declarou a franciscana Irmã Valneide. 

Já entre os políticos que participaram da caminhada, estavam a deputada estadual Teresa Leitão (PT), o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, e o vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL). "Tradicionalmente o Grito reúne várias vertentes políticas e sociais. Hoje o Grito é para que não percamos mais direitos. Não é admissível. Estamos numa conjuntura que tiram direitos todos os dias. As pessoas que militam não podem perder a esperança com a mobilização", observou Moraes. 

"Um grito ainda mais forte. Estamos há um ano de muita exclusão. De um povo que foi destituído do seu direito principal, o de ter no governo alguém escolhido pelo voto. É um grito mais forte e indignado", corroborou Ribeiro. 

O percuso do Grito dos Excluídos no Recife encerrou na Praça da Independência. A disperção iniciou por volta das 12h45. 

*Com informações de Giselly Santos

O 7 de setembro, quando se celebra o Dia da Independência, também é marcado pela realização do Grito dos Excluídos. A 23ª edição do ato traz este ano como lema “Por direitos e democracia. A luta é todo o dia”. No Recife, a concentração será a partir das 9h, na Praça do Derby e a marcha vai percorrer as Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto, encerrando na Praça da Independência. 

O Grito é organizado pelas representações de Igrejas, a Central Única dos Trabalhadores, movimentos sociais e estudantis. O Grito dos Excluídos é um conjunto de manifestações populares que ocorrem no Brasil, desde 1995. Estas manifestações têm como objetivo dar visibilidade aos excluídos da sociedade e propor caminhos alternativos para um país mais inclusivo.

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Nos últimos anos, entretanto, a pauta das mobilizações no Recife está sendo imersa pela conjuntura política. Em 2016, por exemplo, a bandeira do “Fora Temer” foi uma das erguidas durante a passeata em protesto ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e contra as ações da gestão do presidente Michel Temer (PMDB). 

Não foi diferente em 2015, quando a reforma política e o combate a corrupção nortearam o ato. Cartazes pedindo o afastamento do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a prisão de parlamentares envolvidos com a Operação Lava Jato foram expostos ao lado de discursos que defendiam a regulamentação da mídia no país. Já no ano de 2014, o Grito foi contaminado pelo clima eleitoral. Bandeiras de campanha, jingles, distribuição de santinhos e até candidatos participaram da passeata pelas ruas da capital pernambucana.

O pleito eleitoral para a prefeitura do Recife se aproxima e os candidatos estão em franca campanha. Neste Dia da Independência não foi diferente. Ao longo das atividades, prefeituráveis aproveitaram a oportunidade para dialogar com a população e também protestar contra o impeachment de Dilma Rousseff, confirmado há uma semana.

Presente manifestação que uniu o Grito dos Excluídos e o “Fora Temer”, realizada na área central do Recife, o petista João Paulo comentou a importância da data para o momento que vive o país e critica a decisão que tirou do governo a sua correligionária. “Esta independência hoje tem um simbolismo maior, a necessidade da independência do povo brasileiro. Não podemos aceitar um presidente que dá um golpe sem nenhum voto para implementar medidas armadas e tirar conquistas”, protesta. Ele esteve no evento acompanhado do seu candidato a vice, Silvio Costa Filho (PRB); do líder do PT no Senado, Humberto Costa; e do líder da bancada de esqueda na câmara, Silvio Costa (PTdoB)

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Outro integrante da esquerda que marcou presença no ato e também vai disputar o cargo de prefeito do Recife foi Edilson Silva. O psolista destacou a relevância do ato e a coesão das entidades envolvidas. “Aqui é um espaço de unidade e de ação, em defesa da democracia e dos direitos sociais. Este ano tivemos a unificação de vários movimentos. Participamos com uma outra conotação, a política”, ressalta.

O candidato, que atualmente também é deputado estadual pela sigla, também teceu críticas à mudança de comando no Governo Federal. “A democracia sempre está em risco quando temos setores golpistas no poder”, pontuou.

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O Sete de Setembro no Recife foi além das comemorações cívico-militares e levou milhares de pessoas as ruas para a 22ª edição do Grito dos Excluídos. O ato, neste ano, unificou o lema principal em crítica ao capitalismo – "Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata" – ao pedido da saída do presidente Michel Temer (PMDB) do poder e a manutenção dos direitos da classe trabalhadora. De acordo com a organização, cerca de 20 mil pessoas participaram da mobilização. A Polícia Militar, que acompanhou todo o ato, não divulgou estimativa. 

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O Grito, organizado pelo Fórum Dom Hélder Câmara com 22 entidades sociais e religiosas, iniciou a concentração na Praça do Derby, área central da capital pernambucana, por volta das 9h e seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista às 10h50. Com dois trios elétricos, bandas de movimentos sociais e batuques de alfaias o ato seguiu pacificamente até a Praça da Independência, na Avenida Dantas Barreto. 

Vestidos predominantemente de vermelho, os militantes erguiam cartazes que pediam, entre outras coisas, “fora Temer”, “nenhum direito a menos”, “respeito à democracia”, “fim das privatizações" e "contra o machismo”. Outros ainda classificavam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como “golpe” e expunham a imagem dos parlamentares que votaram pela destituição do mandato da petista com a taxação de “golpistas”. 

"Nós consideramos que não há impeachment, há golpe. E vamos combatê-lo nas ruas. É um governo que só espera um momento para acabar com a classe trabalhadora. Não vemos perspectiva de melhora com o governo Temer. Ao contrário, vamos perder direitos sociais", salientou a representante do Fórum, Sandra Gomes. 

Das janelas dos prédios na avenida muitas pessoas se manifestavam contra ou a favor do ato. Em algumas delas, foram expostas bandeiras vermelhas. Já em outras, cartazes improvisados acusavam os manifestantes de “vitimistas” e pedia o “fim do PT”. 

Eleições Gerais

Além do Fórum, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento Sem Terra (MST), do Levante Popular, da Frente Povo Sem Medo, do bloco carnavalesco "Eu Acho É Pouco" e de partidos como o PT e o PSOL também endossaram a manifestação. Estes setores clamavam ainda por outra pauta comum: novas eleições gerais. De acordo com os grupos, esta é a melhor maneira de restabelecer a democracia. 

“A solução é irmos novamente as urnas eleger, de forma democrática, uma presidenta ou presidente. Não podemos é deixar o poder nas mãos deste usurpador de direitos”, defendeu o líder do MST em Pernambuco, Jayme Amorim. 

Corroborando com Amorim, o presidente da CUT-PE, Carlos Veras (PT), disse que “não há independência a partir de um golpe”. “Vamos construir a greve geral, vai ter paralisação nacional no dia 22 de setembro, pois precisamos pressionar o Congresso Nacional a aprovar novas eleições", declarou.

Enterro da democracia

Antes da dispersão, que iniciou por volta das 13h20, os manifestantes também fizeram um enterro simbólico da democracia. O caixão que abria a mobilização, sendo levado por pessoas vestidas de preto, foi queimado e as cinzas expostas à população como o fim do regime democrático de direito. “Hoje sentimos uma mistura de alegria e dor. Este é o nosso estado de espírito. Mataram a democracia com o impeachment da presidente”, observou o Frei Luiz. 

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Logo após o desfile cívico-militar da Independência, movimentos sociais deram início aos protestos na Esplanada dos Ministérios. O Grito dos Excluídos em Brasília reuniu 10 mil pessoas, segundo os organizadores. A Polícia Militar contabilizou 2,7 mil manifestantes.

O grupo se concentrou na área entre o Museu da República e a Biblioteca Nacional. Após as 11h, quando o desfile acabou, os manifestantes saíram em direção ao Congresso Nacional, sempre escoltados por policiais militares. O protesto chegou a ser contido em certo momento, mas pôde dar seguimento. O calor e o tempo seco espantou boa parte do público que foi ver o desfile e não ficou para a manifestação.

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Entre as reivindicações estavam a saída do presidente Michel Temer e a rejeição de propostas de reformas trabalhista e da Previdência. Participaram integrantes do Movimento Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Central dos Tralhadores do Brasil (CTB) e Central única dos Trabalhadores (CUT), além de estudantes.

"Nós queremos que o Temer saia da Presidência, porque o povo é que tem que decidir quem vai governar. Nós queremos a convocação de novas eleições, a parada de todo o ajuste fiscal e a rejeição de propostas que tirem direito dos trabalhadores", disse um dos organizadores do Grito dos Excluídos, Ademar Lourenço.

A aposentada Maria Fraga também estava na manifestação para mostrar a desaprovação ao impeachment de Dilma Rousseff. "Foi um absurdo. Eles dizem que não foi golpe, mas foi é uma farsa", protestou. Ela não foi a única. "Como posso concordar em caçarem meu voto deste jeito? Não é festa, não", disse Denise Faraje.

Mais cedo, o público vaiou o chefe do Executivo federal na chegada à Esplanada dos Ministérios. No final do desfile, o presidente Michel Temer aproveitou a apresentação da Esquadrilha da Fumaça pra sair em carro fechado.

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Um efetivo de cerca de 40 soldados do Exército Brasileiro causou tumulto na manifestação que unifica o 22 Grito dos Excluídos e o "Fora Temer" no Recife, realizado na manhã desta quarta-feira (7). O grupo, que voltava do desfile cívico, queria atravessar a Avenida Conde da Boa Vista, tomada, no momento, por militantes. Com o trânsito, eles desceram dos caminhões armados para abrir espaço, mas policiais militares os convenceram a aguardar o cortejo ser finalizado. 

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A ostensiva presença do exército causou um mal entendido e uma reação negativa dos que participavam do ato.  

Após o episódio em São Paulo, o policiamento foi reforçado na passeata da capital pernambucana. Até o momento, não foi registrado nenhum ato de violência.

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Centenas de membros de movimentos sociais, centrais sindicais e partidos se concentram na Praça do Derby, no Recife, para uma manifestação que unificará o 22º Grito dos Excluídos ao Recife pela Democracia - Fora Temer, organizados, respectivamente, pelo Fórum Dom Hélder Câmara e a Organização Diretas Já.

Cartazes em defesa da democracia, da manutenção dos direitos dos trabalhadores, contra a reforma da previdência, o machismo, o capitalismo, a homofobia e pedindo igualdade social estão entre os erguidos por religiosos, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), da Frente Povo Sem Medo, do Levante Popular, do PT e do PSOL.

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De acordo com a organização, o ato deve passar pelas avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto, todas na área central do Recife

Desde 1995, o Grito dos Excluídos transformou o dia 7 de setembro – quando historicamente se celebra a Independência do Brasil – na data para movimentos sociais, entidades religiosas e sindicatos irem às ruas pedir por igualdade dos direitos e justiça social. Nos últimos anos, entretanto, a pauta das mobilizações no Recife está sendo imersa pela conjuntura política. Nesta quarta-feira (7), por exemplo, a bandeira do “Fora Temer” será uma das erguidas durante a passeata em protesto ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e contra as ações da gestão do presidente Michel Temer (PMDB). Isto porque o ato "Fora Temer - Recife Contra o Golpe" coordenado pela Organização Diretas Já vai se incorporar ao Grito.  

Não foi diferente em 2015, quando a reforma política e o combate a corrupção nortearam o ato. Cartazes pedindo o afastamento do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a prisão de parlamentares envolvidos com a Operação Lava Jato foram expostos ao lado de discursos que defendiam a regulamentação da mídia no país. Já no ano de 2014, o Grito foi contaminado pelo clima eleitoral. Bandeiras de campanha, jingles, distribuição de santinhos e até candidatos participaram da passeata pelas ruas da capital pernambucana.   

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Apesar disso, a organização garante que há uma separação dos interesses, mas não dá para segurar a pluralidade e bandeiras de mais de 23 instituições. “O Grito é formado por mais de 20 entidades e a gente também vai gritar o 'fora Temer'. As bandeiras políticas são bem-vindas, mas não fazem parte do Grito dos Excluídos em si. Vejo a pauta política como um complemento. Os manifestantes são, em sua maioria, da esquerda e tem existido sim uma inserção das pautas políticas nacionais nos últimos anos”, argumentou o estudante de direito e membro do Grupo Contestação, Pedro Firmo.

Além do “Grito contra o golpe e a favor da democracia”, o tradicional Grito dos Excluídos pretende criticar este ano o sistema capitalista. Para isto, foi adotado o lema “Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata”, baseado em um discurso feito pelo Papa Francisco, na Bolívia. 

A concentração para o ato será na Praça do Derby, área central do Recife, às 9h. A saída da marcha – que caminhará pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto – está prevista para as 11h. O encerramento será na Praça da Independência. 

Confira os lemas das marchas desde 1995:

2016 - Este sistema é insuportável. Exclui, degrada, mata!

2015 - Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?

2014 - Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos

2013 - Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular

2012 - Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!

2011 - Vida em primeiro lugar! Pela vida grita a TERRA… Por direitos, todos nós!

2010 - Vida em primeiro lugar: Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular

2009 - Vida em primeiro lugar: A força da transformação está na organização popular

2008 - Vida em primeiro lugar: direitos e participação popular

2007 - Isto não Vale! Queremos Participação no destino da Nação

2006 - Brasil: na força da indignação, sementes de transformação

2005 - Brasil: em nossas mãos a mudança

2004 - Brasil: Mudança pra valer, o povo faz acontecer

2003 - Tirem as mãos… o Brasil é nosso chão

2002 - Soberania não se negocia

2001 - Por amor a essa Pátria Brasil

2000 - Progresso e Vida Pátria sem Dívidas

1999 - Brasil: um filho teu não foge à luta

1998 - Aqui é o meu país

1997 - Queremos justiça e dignidade

1996 - Trabalho e Terra para viver

1995 - A Vida em primeiro lugar

A 21ª edição do Grito dos Excluídos em Aparecida, no Vale do Paraíba, reuniu apenas 800 pessoas, segundo os cálculos da Polícia Militar. Os organizadores esperavam de 20 mil a 50 mil pessoas. De acordo com Ari Alberti, da coordenação nacional do Grito dos Excluídos, apesar da baixa adesão ao movimento, é preciso comemorar.

"Só não tivemos notícias ainda do Acre e do Maranhão, porém tivemos ações com mais ou com menos pessoas em todo o País. Isso é muito bonito", defendeu. Com o lema "Que País é este que mata a gente, que a mídia mente e nos consome?", o movimento foi incorporado à 28ª edição da Romaria dos Trabalhadores. Na tribuna, animadores entoavam palavras de ordem e críticas às políticas sociais e à mídia.

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O ato do Grito dos Excluídos, que ocorreu hoje (7) na Praça da Sé, no centro da capital paulista, lembrou as mortes ocorridas nas escadarias da catedral na última sexta-feira (4). Os participantes deram um abraço simbólico na igreja, onde ocorreu o fato, que teve como desfecho a morte de duas pessoas. Uma delas era o pedreiro Francisco Erasmo de Lima, de 61 anos, que tentou desarmar um homem que mantinha uma mulher refém, segundo informações da Polícia Militar. Inicialmente, o ato seguiria para a região da Luz, conhecida como cracolândia, mas, devido a chuva, a manifestação foi encerrada, por volta das 12h30, no mesmo local da concentração.

Paulo Pedrini, coordenador da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo e integrante da coordenação estadual do Grito dos Excluídos, lembrou que o ato já estava marcado para a Praça da Sé, mas ganhou um simbolismo especial com o fato da última sexta-feira. “O rapaz morava aqui na praça, era um morador de rua, e acabou dando a vida para salvar alguém que nem conhecia. Um excluído que dá uma lição dessa para a sociedade”, disse. O ato, que ocorre tradicionalmente no 7 de Setembro, é organizado por pastorais sociais, movimentos populares e centrais sindicais.

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Padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral de Rua, chamou a atenção para a exploração midiática do fato. “É a espetacularização da tragédia humana. O que se viu foi transformar isso em um espetáculo com a busca pela audiência”, avaliou. O papel da mídia faz parte do tema do Grito dos Excluídos deste ano Que País é Este, Que Mata Gente, Que a Mídia Mente e Nos Consome. Lancellotti criticou a abordagem da mídia em identificar bandidos e heróis nesta história. “Os dois são vítimas do mesmo sistema”, destacou. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não deu informações sobre o andamento das investigações.

O ato na Praça da Sé começou às 9h com uma missa. Durante a Homilia, Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, lembrou a situação de imigrantes e refugiados pelo mundo. “Temos que ter abertura para acolher aqueles que vivem situação de conflito que vêm em busca de paz”, declarou. Ele destacou que é preciso agir com solidariedade e trabalhar para que se estabeleça o diálogo e se supere o clima de guerra. A crise migratória e o papel dos brasileiros na recepção desses povos também são temas abordados nesta edição do Grito dos Excluídos, que completa 21 anos.

A irmã Margareth Silva, coordenadora do Centro Referência e Acolhida para Imigrantes, participa do ato os todos anos e reforça a necessidade de se construir um ambiente de solidariedade para acolhida de estrangeiros e para combater a xenofobia. “São pessoas excluídas do mundo, que já não tem uma pátria, paz, que são perseguidos religiosos, que não tem sequer uma língua, porque vão ter que adaptar a uma nova realidade”, disse. O centro é um equipamento da prefeitura de São Paulo, administrado Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras). Segundo Margareth, com um ano de funcionamento, pessoas de 35 nacionalidades passaram pelo centro – haitianos e sírios, na maioria.

Ana Caroline Garcia, da Rede Ecumênica de Juventude, participou do ato para reforçar a necessidade de política para os jovens e de ações de combate ao genocídio da juventude negra. “Faltam locais de lazer, educação de qualidade, políticas de participação”, afirmou. Em defesa da pauta dos trabalhadores, Edson Carneiro, conhecido como Índio, da Intersindical, destacou que as categorias precisam estar nas ruas, especialmente neste 7 de Setembro. “Na nossa opinião, não há independência política sem independência financeira. Vivemos em um país com muitas amarras com o sistema financeiro”, destacou.

O Grito dos Excluídos na capital mineira teve a adesão de cerca de metade das pessoas esperadas. Conforme um dos organizadores do grupo, Jair Gomes, a previsão inicial era de 700 a 800 pessoas e compareceram entre 400 e 500 pessoas. Já os cálculos da Polícia Militar somam 150 pessoas. "Acredito que a baixa adesão seja pelo Sete de Setembro ter caído em feriado prolongado", comentou Gomes.

A concentração se deu na Praça Raul Soares, no centro da capital mineira, e por volta das 11 horas o grupo saiu em direção à prefeitura, na avenida Afonso Pena, local no qual há pouco houve o Desfile da Independência, com a presença do governador do Estado, Fernando Pimentel (PT). O ato ainda segue pelas ruas do Centro e deve terminar por volta das 13 hs, com ato com os acampados na frente da prefeitura por moradia.

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O Grito dos Excluídos em BH, conforme o organizador, tem como diretrizes a defesa da juventude, contra a redução da maioridade penal e da lei da terceirização, a favor da reforma política e contra a política econômica atual e o tema deste ano é contra uma mídia "tendenciosa, parcial, que protege algumas pessoas." Há bandeiras da CUT, MST e movimento dos Atingidos por Barragens. Os deputados federais Jô Morais (PCdoB), Nilmário Miranda (PT) e o estadual Rogério Correia (PT) fazem parte do ato. "O Grito é independente e aberto. E procuramos não dar tom político", disse Gomes.

Patriotas

O grupo do movimento Patriotas que estava na Praça Sete, também no centro, desde antes de o desfile começar, ainda permanece no local, juntamente com o grupo Mulheres da Inconfidência, que ajuda a recolher assinaturas de apoio às Dez Medidas Contra a Corrupção propostas pelo Ministério Público Federal. Eles também vendem camisetas e adesivos do boneco gigante, o Pixuleco, representando o ex-presidente Lula com roupa de presidiário.

O Grito dos Excluídos chega na próxima segunda-feira, dia sete de setembro, à sua 21ª edição com manifestações em pelo menos 25 dos 27 Estados brasileiros. As maiores concentrações devem acontecer em Aparecida e São Paulo, onde são esperadas cerca de 10 mil pessoas. Na capital paulista, os movimentos sociais que organizam o ato vão concentrar as palavras de ordem em três pontos: a defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e mudanças na política econômica do governo.

Manifesto divulgado por grupos como Movimento dos Sem Terra (MST), Central de Movimentos populares (CMP), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Frente de Luta pela Moradia (FLM) pede expressamente o "Fora Cunha".

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Em São Paulo, o Grito dos Excluídos vai sair da Avenida Paulista de onde seguirá, em marcha, até o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera. No ano passado o ato reuniu 8 mil pessoas. Esta ano a expectativa é aumentar o público, segundo Raimundo Bonfim, da CMP.

A defesa enfática do mandato de Dilma afastou alguns grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, MTST. "O Grito não é uma data prioritária em nosso calendário. Preferimos manter a independência e autonomia em relação a qualquer governo", disse Guilherme Boulos, da coordenação do MTST.

Criado em 1994, o Grito dos Excluídos é organizado pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e movimentos sociais.

Quatro manifestantes foram presos neste domingo, 7, após um rápido confronto com policiais durante protesto do Grito dos Excluídos, no Centro do Rio, que reuniu cerca de 200 pessoas após o desfile cívico-militar do Dia da Independência. Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar usaram golpes de cassetete e spray de pimenta contra os manifestantes após um grupo atear fogo numa bandeira do Brasil.

O Grito dos Excluídos é organizado por partidos e movimentos sociais, como PSTU, PSOL, PCB e Central Sindical e Popular Conlutas. Os militantes esperaram o desfile militar terminar e partiram em passeata por volta de 11h30, após negociação com comandantes da PM, pois houve discórdia quanto ao uso de instrumentos musicais no ato.

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Militantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), da Frente Internacionalista dos Sem Teto (Fist) e da Frente Independente Popular (FIP) também se juntaram ao Grito dos Excluídos, mas foi mantida uma distância permanente, durante a passeata, entre esses manifestantes e os militantes partidários. Os quatro presos - três homens e uma mulher - faziam parte desse grupo.

Mais cedo, por volta das 10h, o mesmo grupo de cerca de 20 ativistas da FIP, com bandeiras pretas e faixas contra a "farsa eleitoral", fez um ato na área destinada ao público do desfile militar. Eles foram vaiados por algumas pessoas das arquibancadas montadas na Avenida Presidente Vargas e discutiram com uma militante que circulava com uma bandeira do Brasil com um adesivo do candidato Aécio Neves (PSDB) e com outro grupo de cerca de 20 pessoas que exibia faixas com pedidos de intervenção militar e cartazes com a frase "fora, Dilma". Apesar das discussões, não houve incidentes.

Antes de a passeata do Grito dos Excluídos sair, policiais militares dispersaram o protesto do grupo da FIP. Houve algumas discussões e alguns manifestantes foram atacados com cassetetes, mas não foram vistos confrontos mais graves.

O confronto mais violento ocorreu por volta de 12h30, em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), próximo à estação Central do Brasil. Nesse momento, a marcha do Grito dos Excluídos foi interrompida e terminou nas cercanias da estação.

Após as detenções, um grupo menor de manifestantes, sobretudo os ligados à Fist e à FIP, seguiram caminhando até o busto de Zumbi dos Palmares, ainda na Avenida Presidente Vargas. A PM não voltou a usar spray de pimenta nem houve mais confrontos, até que tudo terminou pouco após 13h.

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A 20ª edição do Grito dos Excluídos reuniu centenas de pessoas, neste domingo (7), nas ruas do Centro do Recife. A marcha acontece todos os anos, no dia em que se celebra a Independência do Brasil, para reivindicar melhorias políticas e a inclusão de diversos movimentos na sociedade como um todo. O evento deste ano teve como tema “Ocupar ruas e praças pela liberdade dos direitos”. 

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A concentração iniciou por volta das 8h30 na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, e às 10h30 os manifestantes saíram ao lado de dois trios elétricos pela Avenida Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Avenida Guararapes e Dantas Barreto. O percurso foi finalizado no Pátio do Carmo. Da concentração até a culminância final do ato, alguns representantes de movimentos religiosos, da esquerda política local, do Movimento Sem Terra (MST) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que organiza o ato, pegaram o microfone para reivindicar algumas pautas.

Um dos principais motes do Grito dos Excluídos deste ano foi a necessidade de uma reforma do sistema político brasileiro. Para tanto, manifestantes convocavam a população para votar a favor da realização de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para a organização da política nacional. 

“Aqui os movimentos sociais se unificam por uma Reforma Política. Nossa pauta este ano vem com mais força nesse aspecto da mudança da forma de fazer política no Brasil. Mas ela também está nas ruas, o tempo inteiro, como o pedido de redução da jornada de trabalho e a reforma agrária”, frisou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras. “É um momento para que as pessoas também possam se expressar”, acrescentou.

Para o líder do MST de Petrolândia, no Sertão, Klebson Silva, o ato serve também para mostrar a sociedade que os movimentos não estão mortos.  “É uma parcela da sociedade que está excluída. Estamos aqui pra mostrar para a sociedade que nós temos voz. Muitos falam que o nosso movimento acabou, mas estamos fortes e vivos”, afirmou. 

Um das representantes da Igreja Católica no local, a irmã Edna, da ordem Franciscana de Maristela, pontuou que a marcha traz para a população um teor reflexivo. “O povo tem que se conscientizar e ter a mente aberta. Não apenas aceitar o que os outros dizem, mas também ter a capacidade de refletir. Este movimento vem questionar isso, de você não sentir medo de ficar calado. Mas ter a capacidade de refletir, dar sua opinião e se envolver na sociedade, não só para si próprio, mas para o outro”, frisou. 

A manifestação também foi acompanhada por músicas de artistas como Gonzaguinha, Dominguinhos, Milton Nascimento e Clara Nunes. Mesmo com a chuva, de acordo com a Polícia Militar cerca de 2 mil pessoas participaram do ato. A manifestação foi pacífica, 50 homens da PM acompanharam o percurso.

Participação política

Contaminado pelo clima eleitoral, alguns candidatos foram vistos participando do Grito dos Excluídos, entre eles, o candidato a vice-governador Paulo Rubem (PDT). Questionado sobre a presença no local, Rubem afirmou estar presente no ato, sempre que é possível. 

“É um movimento importante para reafirmar as bandeiras dos trabalhadores. Neste momento específico, onde se aproxima das eleições, o Grito reafirma que o Brasil tem que continuar avançando”, cravou, sem citar quem seria responsável por tal continuação. “As pessoas que vem para o Grito tem uma história própria de militância, então não há risco de serem instrumentalizada”, completou. 

A integração dos candidatos não foi bem vista por alguns jovens. “É um abuso da parte deles, um oportunismo. Sou totalmente contra estas bandeiras e as músicas. Querem fazer campanha que façam em outro lugar”, cravou Andrea Matos, 22 anos. 

 

Dezenas de manifestantes participam neste momento da 20ª edição do Grito dos Excluídos, no centro do Rio de Janeiro. O grito é uma manifestação popular com a participação de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.

Os manifestantes estão concentrados na Rua Uruguaiana, na esquina com a Avenida Presidente Vargas, onde acontece a parada militar de 7 de Setembro. Eles trazem cartazes com fotos de vítimas do regime militar de 1964 e da polícia nos recentes protestos ocorridos desde junho do ano passado. Há cartazes também pedindo o voto nulo para as eleições de outubro, mais dinheiro para a educação pública, o fim da rodadas de licitação do petróleo e melhorias para um hospital público da zona norte do Rio.

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A jornalista Ieda Raro diz que veio para o protesto com a finalidade de chamar a atenção da população sobre a situação do Hospital Municipal Salles Neto, na zona norte da capital fluminense. "A gente tem que ter transparência. As pessoas tem que saber o que está acontecendo com a saúde pública no Rio de Janeiro", disse.

A servidora pública Solange Jacques trouxe as três netas para o protesto. "É de criança que se aprende. As minhas netas já foram há várias manifestações."

Já o morador da Ilha do Governador Ricardo Novaes aproveitou o Grito dos Excluídos para pedir melhorias no transporte público. "Com a instalação  do BRT [Bus Rapid Transit] na Ilha do Governador, as kombis e vans [de transporte alternativo] não vão poder mais circular pelo bairro. Vai ficar difícil para os moradores. Não é só a questão do transporte. Querem mostrar que o Brasil não tem problema algum. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, está cheia de problema", avaliou.

Mais cedo em uma manifestação em frente à Central do Brasil, o jornalista Patrick Granja disse ter sido agredido por um policial militar. "Estava terminando o ato próximo ao Hospital Municipal Souza Aguiar, quando os policiais começaram a bater nas pessoas. Um deles me atingiu com o cassetete. Tentei filmá-lo e ele me deu outra cassetada." Granja mostrou as imagens a um coronel da Polícia Militar, responsável pela tropa, e foi aconselhado a procurar a corregedoria da corporação, mostrando as imagens.

Junto ao Grito dos Excluídos, manifestação realizada há 20 anos em todo Brasil, a Frente de Luta Pelo Transporte Público (FLTP-PE), sairá às ruas do Recife, neste sábado (7), Dia da Independência do Brasil. 

Os manifestantes se reúnem às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, no Centro do Recife. A Frente de Luta formará, neste ano, o "Bonde do Passe Livre", uma ala durante o Grito que reunirá as pessoas que defendem e lutam pelo Passe Livre no Estado de Pernambuco. 

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O capital pernambucana será palco de duas mobilizações no Dia da Independência do Brasil, celebrado na próxima sexta-feira, 7 de setembro. O Dia Grito dos Excluídos que acontece todo dia 07 de setembro tem concentração marcada na Praça Owavaldo Cruz, bairro da Soledade, Recife. O evento já acontece há 17 anos no Recife e teve origem no Setor Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A manifestação popular é aberta a grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos em levar as pessoas a uma reflexão sobre a soberania nacional. O tema deste ano lançado pela Igreja Católica é ' O Estado à Serviço da Nação'. 

Outra mobilização que a capital pernambucana receberá na próxima sexta-feira, será a Marcha Nacional Contra a Corrupção, intitulada como 'Dia do Basta' que mobiliza 60 cidades do País. A marcha está marcada para acontecer no Marco Zero, centro do Recife. A concentração será às 13h, de lá as pessoas seguem com a caminhada até a Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde os manifestantes pretendem deixar um boneco algemado.

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O Dia do Basta teve sua primeira ação com um protesto no dia 2 de julho de 2011, inicialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, hoje atinge praticamente todo o País. As pessoas mobilizam-se para participar das manifestações através das redes sociais como twiter e facebook.

Há 17 anos o movimento “Grito dos Excluidos” mobiliza as principais capitais brasileiras com reivindicações por justiça social e pela garantia dos direitos humanos. O tema deste ano foi “Pela vida grita a Terra. Por direito, todos nós”. No Recife, por volta das 8h dessa quarta-feira (7), o movimento se concentrou na praça Oswaldo Cruz, bairro da Soledade. Em seguida percorreu a avenida Conde da Boa Vista (Centro), concluindo o percurso no final da manhã, na praça do Carmo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas participaram da passeata, que teve a presença de dois trios.

O protesto levantou várias bandeiras: a defesa da Amazônia, os direitos LGBT e o fim da homofobia, o combate à poluição, o direito à Alimentação, à Saúde Pública e à Educação. À frente da manifestação, sindicatos, organizações não governamentais e movimentos comunitários.

O Movimento Gay Leões do Norte estava representado, defendendo a aprovação do projeto de Lei 122, contra a homofobia. De acordo, o coordenador do movimento Victor Gomes, essa lei permitirá que o cidadão brasileiro seja punido em caso de discriminação contra gays, lésbicas, transexuais e transgêneros.

Na luta pela redução da poluição e de ampliação da mobilidade no Recife, o grupo Bicicletada Recife participou com várias bicicletas. “Nossa luta é por uma cidade livre, com infra-estrutura e menos carros e mais bicicletas”, afirmou a representante do grupo, Raissa Feitosa.

Entre várias ongs que trabalham pelo direito à Educação, estava a organização não-governamental Casa Herbert de Souza, que trabalha com crianças e adolescentes da comunidade do Tururu, no bairro do Janga, em Paulista.

A novidade deste ano foi a presença do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social de Pernambuco (SINDSAÚDE-PE). “Somos contra a privatização da saúde, e a roubalheira na construção de hospitais, que são uma verdadeira máquina de fazer dinheiro”, declarou o presidente do sindicato, Thiago Oliveira.

Há 3 anos, a União dos Estudantes Secundaristas de Caruaru (UESC), participa do Grito. Segundo o presidente Davi Lira, a principal demanda é pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na Educação. A mesma bandeira é levantada pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). “Para se ter uma ideia, no ano passado o governo gastou 4% do orçamento total com a educação esse ano pedimos mais”, ressaltou Jair Pedro, representante da legenda.

A presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Pernambuco, Luiza Batista, levou à rua a reivindicação da classe, para atingir a igualdade com no regimento de FGTS, seguro-desemprego e abono-família de outras categorias.

Em meio às comemorações do dia 7 de setembro, os integrantes do Grito dos Excluídos este ano denunciarão as catástrofes ambientais, a miséria e a pobreza, a concentração de riquezas e exploração irresponsável dos recursos naturais. Em seu 17°ano a atividade terá como tema: Pela Vida Grita a Terra... Por Direitos, todos nós.  O grupo se concentrará na Praça Osvaldo Cruz, na Boa Vista, a partir das 8h. A caminhada passará pela Conde da Boa Vista e segue até a praça do Carmo.

Dos eixos presentes no Grito destacam-se, comunicação popular, soberania nacional e internacional e garantia de todas as formas de vida do planeta. O grupo quer mostrar que as crises geradas pelo sistema retiram o direito dos trabalhadores, aumentam o trabalho precário e o desemprego, constrói espaços de unidade dos movimentos do campo e da cidade.

A programação começou no dia 2 de setembro quando houve o pré-grito, na Rua 7 de Setembro, esquina da Conde da Boa Vista, às 14h. Foram entregues panfletos e informativos sobre o Grito dos Excluídos.

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