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Após a aprovação da reforma da Previdência, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, entregaram nesta terça-feira (5) ao Congresso Nacional, as primeiras de uma série de propostas com a digital do governo.

Essa nova fase de reformas, batizada de Plano mais Brasil, é a principal tentativa da equipe econômica para mudar a gestão das contas públicas nas três esferas de governo, com a criação de um novo marco institucional para o País quase 20 anos depois da aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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Veja as propostas entregues nesta terça:

PEC Emergencial

A PEC Emergencial prevê o acionamento mais rapidamente de mecanismos para conter gastos obrigatórios e abrir espaço para investimentos no Orçamento. Hoje, só 4% das despesas são alteradas livremente pelo governo ou Congresso.

Entre as principais medidas previstas na PEC está a redução temporária, por até 12 meses, da jornada de trabalho dos servidores públicos, com redução proporcional de salários. Como mostraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a estimativa do governo é de que a medida renda uma economia de R$ 24,78 bilhões no primeiro ano de vigência depois de aprovada pelo Congresso.

PEC DDD (desvincular, desindexar e desobrigar)

O governo quer desvincular (tirar os carimbos sobre determinados recursos, que só podem ir para determinada área), desindexar (tornar facultativo o reajuste de determinado gasto) e desobrigar (o Congresso decide se aquela despesa será feita ou não) gastos no Orçamento. Ideia é tornar algumas despesas mais flexíveis.

Uma das propostas, por exemplo, é unificar os porcentuais mínimos de aplicação de recursos em saúde e educação, inclusive para Estados e municípios. Outra medida é a desvinculação de 280 fundos setoriais, como o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), que tem dinheiro parado sem possibilidade de uso em outras áreas.

Pacto federativo

A proposta faz uma nova divisão dos recursos de Estados e municípios, com repartição dos recursos de royalties de exploração do pré-sal que hoje ficam apenas com a União.

Além das novas PECs e do pacto federativo, confira o que ainda deve ser entregue pelo governo nas próximas semanas:

Reforma administrativa

Entre os pontos em estudo na reforma administrativa estão redução do número de carreiras e mudanças nas regras de estabilidade para algumas funções. Formas de aprimorar a análise de desempenho - que, em tese, facilita a exoneração de servidores que não atenderem às metas - também estão sendo avaliadas. O objetivo é reduzir privilégios e cortar despesas com pessoal, o segundo maior gasto público do Executivo.

O texto que ainda será apresentado também deve permitir que o presidente da República altere por decreto a estrutura do Poder Executivo e até declare extintos alguns órgãos e ministérios, como antecipou o Estadão/Broadcast.

Nesta terça-feira, o governo precisa do aval do Congresso Nacional para criar, reorganizar ou extinguir parte de sua estrutura. Recentemente, os parlamentares impuseram derrotas ao presidente Jair Bolsonaro ao manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vinculado à Economia, em vez do Ministério da Justiça de Sergio Moro.

Programa de ajuda a Estados

Novo programa de socorro para Estados pouco endividados, mas com dificuldades de caixa. Vai conceder novos empréstimos, com garantia da União, em troca de medidas de ajuste. Único eixo que não depende de mudança constitucional - será tratado por meio de lei complementar. Pode incluir ajustes no desenho do Regime de Recuperação Fiscal, programa de socorro para Estados em situação mais grave nas finanças, para conseguir adesão de Minas Gerais e Goiás.

Nesta segunda-feira (4), o cientista político Adriano Oliveira fala no seu podcast sobre a reforma econômica que Jair Bolsonaro irá apresentar amanhã ao Congresso Nacional, junto ao ministro da economia Paulo Guedes. O analista comenta a tentativa do governo em tornar o Estado eficiente e acabar com os défices da máquina pública.  

Outros destaques da análise de Adriano Oliveira são: o debate em torno da estabilidade da carreira do servidor público, o enxugamento do tamanho do Estado visando diminuir quantidade de cargos para reduzir os custos, e por fim o impacto que a aposentadoria de 40% dos servidores públicos nos próximos anos pode acarretar para o país.

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá

Confira mais uma análise a seguir:

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou nesta quarta-feira, 30, os ruídos entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF). Questionado durante o Summit Brasil, realizado pelo Estadão, ele disse que o presidente é um homem reativo que, por vezes, erra na forma de se expressar. E acrescentou que Bolsonaro não deve mudar.

"Eu conversava com alguém que perguntou se o presidente vai mudar. O presidente não muda, é um homem reativo. Atacou, bomba de volta. Atacou, bomba de volta. Eu já me preparei para ir assim até o fim do governo", disse, completando que "seria ótimo" se a convivência fosse "mais pacífica".

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O mais recente ruído entre Executivo e Judiciário foi por meio de um vídeo postado na conta do Twitter do presidente em que ele se compara a um leão atacado por hienas - uma delas, o STF. O vídeo, que foi apagado da conta de Bolsonaro, levou o chefe de Estado a pedir desculpas públicas ao presidente do Supremo, José Antonio Dias Toffoli.

Para Guedes, o presidente erra na forma como se expressa, mas ponderou que há um certo desrespeito na forma como ele é tratado. "Vocês têm que focar ou na forma ou na substância. Cada um escolhe o que quer focar. O presidente às vezes é desafortunado na forma de expressão. Agora, eu queria ver alguém ser submetido ao bombardeio a que esse homem é submetido. Falo até consternado de ver. Um homem que recebe 60 milhões de votos merece respeito. Tem gente que usa linguagem muito mais beligerante, muito mais selvagem", disse.

O ministro da economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 30, que as próximas reformas estão sendo construídas em parceria com o Congresso Nacional. Durante o Summit Brasil, realizado pelo Estadão, ele destacou que essas reformas virão "no devido tempo" - citando, por exemplo, o pacto federativo - e acrescentou "que o devido tempo talvez será em uma semana".

"O Congresso está abraçando as reformas, ao contrário das opiniões aqui embaixo", disse, completando: "Está havendo acoplamento interessante e construtivo (com o Legislativo)".

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Segundo o ministro, mesmo no caso da reforma tributária - onde há uma proposta em cada Casa - a ideia é reunir a discussão em uma comissão mista, onde o governo deve apresentar uma ideia de IVA (Imposto sobre valor agregado) dual, ou seja, um federal e outro para Estados e municípios.

O ministro voltou a criticar a forma como as contas públicas estaduais são tratadas, de forma a retratar uma situação melhor do que a de fato. Ele citou o caso de Goiás. Segundo Guedes, o Estado estava quebrado, a despeito de o Tribunal de Contas Estadual (TCE) não mostrar isso na aprovação das contas.

O ministro afirmou que, nas conversas com o Tribunal de Contas da União (TCU), chegou à conclusão de que o órgão federal tem que se tornar uma referência para os estaduais. Disse ainda que os próprios TCEs pediram para ser conectados ao TCU no novo desenho de pacto federativo.

O governo deve apresentar nesta quarta-feira, 30, uma parte do pacote do ministro da Economia, Paulo Guedes, da fase pós-reforma Previdência - aquela relativa à liberação de recursos para Estados e municípios. De acordo com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a proposta será batizada como "Plano Mais Brasil".

Os cinco eixos do pacote de Guedes foram revelados pelo Estadão/Broadcast. Dois deles devem estar na proposta formalizada nesta quarta: o chamado DDD (desvincular, desindexar e desobrigar) para tirar as "amarras" dos gastos do Orçamento e uma nova divisão dos recursos de Estados e municípios, com repartição da arrecadação do pré-sal.

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A apresentação do pacote, no entanto, ainda depende de um entendimento em torno da reforma tributária. O ministro Paulo Guedes, disse Bezerra, quer ver essa pauta avançar. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vai tentar convencer senadores a aceitar a proposta de uma comissão mista de Câmara e Senado para fechar um texto comum. A sugestão, como já mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, é rejeitada pelo relator da tributária no Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA).

Outros pontos do pacote de Guedes, como a PEC emergencial para cortar gastos obrigatórios e a reforma administrativa, ficarão para depois. O governo ainda não decidiu se apresentará uma PEC emergencial no Senado ou aproveitará a proposta já em tramitação na Câmara. A reforma administrativa, disse Bezerra, será apresentada na semana que vem.

O pacote de quarta vai surpreender positivamente, prometeu o líder do governo. "A proposta vai criar um novo volume de partilha, vai surpreender o número da partilha com Estados e municípios. A partir de agora, cada um cuida de si", afirmou Bezerra em entrevista no Senado. Ele adiantou que a proposta vai trazer mecanismos de autonomia dos entes federativos para que a União fique livre de socorrer Estados e municípios quebrados financeiramente.

"Vai ser um pacote muito estruturante, acho que vai surpreender de forma positiva. Vamos caminhar com desvinculação, desindexação, desobrigação, a criação do Conselho Fiscal da República para o Judiciário não estar tomando decisões que levem a um desequilíbrio fiscal", afirmou o líder do governo. Outro ponto, citou, é estabelecer que nenhum recurso não previsto no orçamento pode ser liberado.

<p>No podcast desta segunda (28), o cientista político Adriano Oliveira faz uma análise da política brasileira em relação ao que ocorreu na eleição Argentina, que teve como resultado a vitória do candidato Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner. De acordo com o cientista político, o presidente eleito da Argentina não possui uma agenda clara. Já aqui no Brasil, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem uma agenda claramente liberal - e, por ser uma agenda exacerbada e liberal, ele retira de seus discursos, o termo &quot;desigualdade social&quot;.</p><p>Adriano Oliveira destaca ainda que o Ministro Paulo Guedes tem como exemplo o Chile. Porém, nas últimas semanas, ocorreram intensas manifestações no País, surgindo assim, novas agendas. Dessa forma, Adriano ressalta que, apesar dos elogios do Ministro brasileiro ao Chile, o país que também apresenta uma agenda liberal, não soube lidar com a desigualdade social existente no País. &nbsp;</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado da votação da reforma da Previdência em segundo turno no Senado e disse esperar a mesma boa vontade do Congresso Nacional com as demais reformas que estão sendo preparadas pela equipe econômica. "Estamos muito felizes com o resultado. Agora vamos para o pacto federativo, com várias dimensões", afirmou o ministro ao deixar o plenário do Senado Federal de onde acompanhou a proclamação do resultado final da votação. O texto-base foi aprovado por 60 votos a 19, um placar mais favorável do que o registrado no primeiro turno no Senado, que foi de 56 a 19.

"O sentimento é bom, é de que o Congresso fez um bom trabalho", disse Guedes que classificou o desempenho do Senado como "excepcional".

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Apesar da comemoração, o ministro ressaltou que o ideal é que o Congresso aprove o texto paralelo da reforma da Previdência para incluir Estados e municípios nas mudanças. "Não adianta resolver o federal (na Previdência) e Estados e municípios não", disse.

Em relação às próximas reformas, que incluem o pacto federativo e as reformas administrativa e tributária, Guedes afirmou que serão os presidentes da Câmara e do Senado que farão o "processamento político" das propostas, isto é, a decisão de quem começa a discutir o quê. Quando questionado sobre o pacto federativo, o ministro afirmou que "semana que vem vocês (jornalistas) estarão com tudo".

<p>Nesta segunda-feira (14), o cientista político Adriano Oliveira volta a falar sobre a briga que o presidente vem tendo com o seu partido, o PSL. Para Adriano, esse embate só tende a prejudicar a figura de Bolsonaro, principalmente quando ele pede auditoria dos gastos do partido, como o fez no último final de semana. Os seus filhos, Flávio e Eduardo, são responsáveis pelos diretórios do partido no Rio e em São Paulo. Se o pedido do presidente se concretizar, a auditoria pode encontrar problemas que vão afetar o presidente, se houver discordâncias nas contas geridas pelos seus filhos.&nbsp;</p><p>O cientista aponta que o principal motivo desse desgaste é o interesse de Bolsonaro sobre o fundo público de campanha do partido, do qual ele quer controle, mas que é administrado pelo presidente do PSL, Luciano Bivar. Apesar dos desafios que o país tem, o presidente está desde a semana passada gastando tempo com as divergências com Bivar. Adriano vê isso como presságio de maiores problemas para o Brasil.</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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<p>Nesta sexta-feira (11), o cientista político Adriano Oliveira analisa a possível saída do presidente Bolsonaro do seu atual partido, o PSL. O assunto foi bastante discutido nessa semana por causa de algumas declarações, e Adriano aponta algumas questões. Para ele, a saída seria prejudicial para o partido (que perderia o apoio bolsonarista para as eleições municipais de 2020), mas também para o presidente, cuja ação, se se concretizar, poderia gerar um grande escândalo. Ou ainda, perder o apoio do congresso, já que ele não teria mais a bancada o PSL, além de continuar sem ter o controle sobre os recursos públicos do partido - um dos motivos da sua vontade de sair do PSL.&nbsp;</p><p>Outra questão abordada pelo cientista é proposta de reforma administrativa que Paulo Guedes, Ministro da Economia, via entregar. Ela seria positiva para a economia do país, mas Adriano vê com desconfiança e dúvida se a reforma atingiria os membros do poder judiciário e do ministério público, onde há os maiores salários.</p><p>O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 10, em evento na capital paulista que, ao contrário do que tem sido dito, de que há uma crise política, acordos políticos estão sendo feitos. "Nasceu uma nova política, extraordinariamente republicana", disse o ministro durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019, ressaltando que a reforma da Previdência deve ser aprovada em segundo turno no Senado em mais duas semanas.

"Acordos políticos estão sendo costurados em bases orgânicas", afirmou Guedes. O ministro ressaltou que o Senado demorou "um pouco mais" para votar a Previdência, "mas está trazendo entes federativos" para as medidas que alteram as aposentadorias. O presidente Jair Bolsonaro também participou do evento em São Paulo.

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Após o governo ser derrotado na votação de um item da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou três reuniões que teria com senadores nesta quarta-feira, 2. As audiências seriam realizadas com as bancadas do PSD, PP e MDB no Senado.

"Deve ter sido consequência de ontem, do abono salarial", afirmou o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA).

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A conversa, declarou, seria feita para tratar de temas econômicos. "Certamente, eles (a equipe econômica) vão se reunir no Palácio do Planalto em consequência de ontem."

Conforme o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou na terça-feira, senadores - entre eles desses três partidos - votaram à favor do texto principal, mas foram contrários ao governo na questão sobre o abono salarial.

A votação que retirou as mudanças da reforma no pagamento do abono salarial desidratou o impacto fiscal da proposta em mais R$ 76,4 bilhões.

Pacto federativo

Conforme o Broadcast revelou mais cedo, a equipe econômica vai refazer as contas do projeto do novo pacto federativo. De acordo com fontes do governo, a ordem de Guedes é compensar cada bilhão perdido na Previdência por meio do projeto que refaz a divisão dos recursos arrecadados entre União, Estados e municípios.

"Toda a enchente morre um sapo, fazer o que? Vamos ver qual sapo vai morrer", declarou Otto Alencar, sobre a possibilidade de o pacto federativo ser desidratado no ritmo das mudanças na reforma da Previdência.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu em evento em Belo Horizonte na noite desta segunda-feira as críticas aos resultados da política econômica até agora, mas ressaltou que vê avanços desde a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao poder.

"Reclamar que em cinco, seis meses, não houve entrega, que o Brasil não está crescendo. Nós estamos tentando reanimar a baleia. Dá um tempinho para a gente. Ficaram furando a baleia por 40 anos", disse, ao fazer analogia do animal com a economia brasileira.

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De acordo com o ministro, a economia já está "começando a andar mais rápido neste semestre" e que ano que vem "vai andar mais rápido ainda". "Dá um tempo, um apoio", pediu.

Ele voltou a esboçar um quadro de recuperação econômica. "O primeiro ano é de sacrifício. No segundo, a economia está se movendo melhor. No terceiro, decolar. E no quarto estará em velocidade de cruzeiro", argumentou. "Estamos absolutamente seguros que estamos fazendo a coisa certa."

Guedes disse ainda que o Congresso é parceiro nas reformas e que elas estão "começando a andar". Ele ressaltou também que a equipe não quer "cair no erro da Argentina", que optou pelo gradualismo no processo de ajuste.

Imediatamente, porém, ele evitou continuar as críticas à economia do país vizinho. "Quando falei de outro país da outra vez, andei falando besteira, fiz comentários inadequados", afirmou, ao fazer uma alusão aos comentários que fez sobre a primeira-dama da França, Brigitte Macron.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu em evento em Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira, que "em nenhum momento a democracia brasileira esteve em risco" com a chegada ao poder da aliança da qual o presidente Jair Bolsonaro faz parte.

"Aí começam a dizer que a democracia está em risco. Tá em risco por quê? Só pode ganhar um lado?", disse. Ele argumentou que o Brasil está assistindo a um "épico de desenvolvimento institucional", com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em funcionamento.

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Para o ministro, o Brasil vive uma "democracia vibrante, que antigamente só pulava na perna esquerda". "Como podem dizer que reduziu o espaço democrático? Ampliou", defendeu.

Ao pedir apoio às reformas, o ministro foi irônico com os oposicionistas. "Deixa a gente consertar um pouco para quando você voltar poder gastar um pouco", disse. "Agora espera quatro anos, depois toca a buzina. Deixem os caras governarem um pouco", acrescentou, sendo ovacionado pela plateia do 10º Fórum Liberdade e Democracia.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o secretário de Desestatização, Salim Mattar, está debruçado em um programa de privatização que "virá com força" no ano que vem. "É o Salim em grande estilo", disse o ministro no 10º Fórum Liberdade e Democracia, em Belo Horizonte, no qual proferiu a palestra de encerramento na noite desta segunda-feira.

O ministro, porém, não deu detalhes do processo de privatizações. Ao comentar as perspectivas para os próximos meses, Guedes garantiu que virá uma reforma do saneamento, com o apoio do BNDES. "O BNDES vai ser de saneamento", afirmou. "Em vez de financiar campeão nacional, o BNDES tinha de estar dando dinheiro para o saneamento", continuou.

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Na sua fala, que durou mais de uma hora, Guedes ressaltou outros feitos econômicos. Ao comentar sobre os efeitos das reformas, ele comemorou a redução dos juros no Brasil. "Os juros estão descendo, estão em 5,5%. E vão continuar descendo", opinou.

Ele citou ainda conversas sobre acordos comerciais com os Estados Unidos, o Canadá e a Coreia do Sul.

Guedes falou ainda de outras mudanças na administração federal, não somente na área econômica. "O governo diminuiu criminalidade. O desmatamento está abaixo da média dos últimos 15 anos", disse.

O governo ainda não desistiu que propor um regime de capitalização para a Previdência no Brasil, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento com empresários do varejo em Brasília, na noite desta terça-feira, 17. Na capitalização, os trabalhadores contribuem para uma conta individual, que bancará os benefícios no futuro.

A equipe econômica tentou emplacar uma autorização para criar o regime de capitalização na proposta de reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional, mas o item foi uma das primeiras baixas durante as discussões na Câmara dos Deputados.

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"Não desistimos de ir na direção da capitalização", disse Guedes em evento em Brasília. "É uma ideia boa, importante. Valeu a luta, mesmo que não tenha avançado", afirmou.

Segundo o ministro, a reforma atual garante tempo - cerca de 20 anos - até que o Brasil precise novamente mexer em suas regras de aposentadoria e pensão. Para ele, no entanto, sem a capitalização as futuras gerações podem enfrentar problemas de sustentabilidade na Previdência.

Hoje, o regime é solidário, ou seja, as contribuições dos trabalhadores bancam os benefícios de quem já se aposentou. O problema é que, com um número cada vez menor de jovens e maior de idosos, esse financiamento fica desequilibrado, ponderou o ministro.

Guedes comemorou o avanço das reformas no Congresso Nacional e alfinetou o governo anterior. Ontem, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ex-presidente Michel Temer destacou que a discussão sobre a reforma da Previdência começou em seu governo, abrindo portas para a aprovação agora.

"Se reforma da Previdência era tão fácil, por que o governo anterior não aprovou?", questionou Guedes. "Se teve uma gravação (que atrapalhou), por que governo anterior não mandou reforma da Previdência antes do que o teto de gastos?", emendou o ministro, referindo-se à gravação de Temer com o empresário Joesley Batista, que acabou atrapalhando as negociações pela reforma e ocupou o Congresso com a votação de duas denúncias contra o ex-presidente.

Para Guedes, o adiamento da Previdência no governo passado acabou pressionando ainda mais o teto de gastos este ano. "O governo (Temer) fez o teto, mas não fez as paredes", disse. O ministro, porém, defendeu a manutenção do limite de despesas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu pistas do que pode ser a estratégia da equipe econômica para encaminhar sua reforma tributária sem desagradar à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal, que disputam o protagonismo nessa pauta. A medição de forças entre as duas casas tem colocado o governo numa saia-justa e até retardado o 'timing' de envio da proposta.

Segundo o ministro, um imposto que unifique PIS, Cofins e IPI - chamado de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) federal - deve ser enviado por meio da proposta que já tramita na Câmara. "Vamos mandar nosso IVA dual e esperar que Estados e municípios se acoplem", disse Guedes.

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Já na proposta que tramita no Senado, inspirada no texto do ex-deputado Luiz Carlos Hauly, a ideia é trabalhar os impostos seletivos. O ministro, porém, disse que a intenção é diminuir o número de tributos seletivos em relação à proposta de Hauly. "Na proposta que está no Senado, vamos também trabalhar junto e mandar impostos seletivos", disse.

Guedes chegou a citar a formação de um "comitê conjunto" para a reforma tributária, mas não deu detalhes. "Vamos trabalhar com Câmara e Senado por uma proposta conciliatória", disse. "Imagino que a discussão vá até o fim do ano, a seis mãos", acrescentou.

O ministro participa do IV Fórum Nacional do Comércio em Brasília. No evento, ele fez questão de dizer que a proposta de reforma tributária do governo já está pronta e "não é a do Appy", em referência à proposta que tramita na Câmara, inspirada nos estudos do economista Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF).

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a democracia no Brasil "é vibrante". A correspondentes internacionais, na tarde desta sexta-feira, 13, Guedes disse que não é possível confundir "maus modos e más maneiras ou más palavras, brincadeiras às vezes infelizes, com redução do espaço democrático".

Na semana passada, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, escreveu nas redes sociais que o "Brasil não mudará por vias democráticas", o que gerou grande repercussão na imprensa e entre lideranças políticas.

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O ministro Guedes também, recentemente, foi obrigado a pedir desculpa por comentar a aparência da primeira-dama da França, Brigitte Macron. Aos correspondentes, o ministro disse que também ele às vezes faz brincadeiras infelizes.

"Espaço democrático tem uma definição muito clara. As instituições estão atuando plenamente. É uma democracia vibrante, que agora tem liberais e conservadores", complementou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira, 10, que se o governo quiser participar da discussão da reforma tributária tem de fazê-lo oficialmente, por meio de uma proposta encaminhada ao Congresso. Segundo ele, seria "estranho" o governo não ter uma proposta de reforma de simplificação dos impostos.

Maia negou que tenha feito um acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para a tramitação da reforma tributária e do Pacto Federativo no Congresso. Disse que os senadores podem votar a proposta de reforma que tramita no Senado, mas lembrou que, pela Constituição, a proposta enviada pelo governo tem de começar a tramitar pela Câmara dos Deputados. "Não tem como fazer o Senado protagonista nessa agenda", afirmou.

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Já a proposta do Pacto Federativo, que será por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), Maia afirmou que poderia ser apresentada por um senador. O presidente da Câmara disse que a apresentação da proposta do Pacto Federativo pelo governo está atrasada. Segundo Maia, o compromisso era que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, apresentaria a proposta para tirar as "amarras" do Orçamento.

"Na reforma tributária não teve nenhum tipo de acordo, como alguns senadores estão dizendo", afirmou Maia, que esteve reunido na noite desta terça-feira, 10, com Guedes. Para o deputado, o conceito da reforma tributária das duas propostas que estão no Congresso não é muito distante na questão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o novo imposto que seria criado com a fusão dos atuais. "A questão é saber se separa Estados e municípios da União", ressaltou.

Reforma Administrativa

O presidente da Câmara informou que alertou Guedes que a proposta de reforma administrativa só pode ser apresentada pelo Executivo à Câmara. Entre os pontos da reforma está o fim da estabilidade dos servidores públicos, a redução do número de carreiras e a diminuição dos salários iniciais dos servidores para um patamar mais próximo ao da iniciativa privada.

Maia insistiu que essa proposta é essencial e até mesmo ponderou que ela pode ser mais importante do que a PEC que muda a regra de ouro (que proíbe o governo de se financiar para pagar gastos correntes) que tramita atualmente na Câmara. Maia admitiu que vê risco de a PEC da regra de ouro abrir caminho para mudanças em outra regra, a do teto de gastos (que atrela o crescimento das despesas à variação da inflação). O deputado é contrário a mexer no teto de gastos.

Cessão Onerosa e Lei Kandir

O presidente da Câmara também disse que conversou com o ministro sobre o cronograma de votação da PEC que abrirá caminho para o megaleilão de petróleo do pré-sal. A expectativa é que a proposta esteja pronta para votação em primeiro turno no dia 5 de novembro.

O segundo turno ocorreria logo em seguida, segundo Maia, a tempo do leilão ocorrer esse ano. "É importante que possamos avançar", disse. Uma das ideias em estudo é incluir na PEC a transferência de R$ 4 bilhões para compensar Estados e municípios exportadores pela desoneração da Lei Kandir.

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, denunciou um "concurso de insultos" a Brigitte Macron, mulher do presidente Emmanuel Macron, por parte das autoridades brasileiras.

"Minha reação pessoal é que não se administram as relações internacionais organizando, qualquer que seja o país, concursos de insultos", afirmou Le Drian em um programa de rádio.

"É o que está acontecendo" no Brasil, acrescentou o chanceler francês, em declarações à rádio Europe1.

Na última quinta-feira, o ministro brasileiro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas publicamente por ter dito que a mulher do presidente francês "é feia mesmo".

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro retirou do Facebook - "para evitar duplas interpretações" - um comentário feito em um meme, no qual um de seus eleitores ironizava Brigitte. A imagem comparava uma foto sua séria à de uma da primeira-dama brasileira, Michele Bolsonaro, sorrindo, ao lado do marido, no dia da posse.

"Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?", diz o post. E o presidente responde: "Não humilha cara. Kkkkkkk".

Macron classificou o comentário de "extraordinariamente desrespeitoso", e Bolsonaro negou ter-se tratado de uma ofensa. "Eu não pus essa foto da sua mulher", alegou.

Os internautas brasileiros inundaram as redes, condenando a atitude de Bolsonaro com a hashtag #DesculpaBrigitte.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 6, "lamentar profundamente" a "brincadeira de mau gosto" que fez na quinta-feira, 5, numa referência à forma como se referiu à primeira-dama da França, Brigitte Macron. "A mulher é feia mesmo", disse Guedes ontem, para em seguida afirmar que "não existe mulher feia".

Em um evento em Fortaleza na quinta-feira, Guedes reconheceu que o presidente Jair Bolsonaro chamou a esposa do presidente francês, Emmanuel Macron, de feia e concordou com a afirmação, durante um trecho de seu discurso em que reclamava do que chamou de excesso de atenção para as falas e os "modos" do presidente Bolsonaro.

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Em entrevista coletiva, no Rio, nesta sexta-feira, Guedes ressaltou o contexto em que fez a "brincadeira de mau gosto". Para o ministro, o excesso de atenção às declarações de Bolsonaro desvia a atenção da opinião pública, que deveria estar sendo informada, segundo Guedes, dos progressos que o País tem tido na área econômica.

"Lamento profundamente a brincadeira de mau gosto que fiz ontem (quinta). Foi brincadeira de profundo mau gosto, que só posso lamentar", afirmou Guedes, no Rio, para em seguida voltar a elencar exemplos de tantas coisas "importantes" que estão acontecendo. "E está todo mundo falando sobre o que o presidente (Bolsonaro) falou da Bachelet e da mulher o Macron", afirmou Guedes.

Após corroborar comentário na internet que chamava Brigitte Macron de feia, nesta semana, Bolsonaro atacou a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, atualmente alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e o pai dela, Alberto Bachelet, torturado e morto pela ditadura de Augusto Pinochet. Bolsonaro exaltou o golpe militar no país vizinho.

Ao reforçar o contexto em que fez a "brincadeira" sobre a primeira-dama francesa, Guedes criticou a forma como sua declaração foi reproduzida em órgãos de imprensa. Segundo o ministro, também faltou contextualização na cobertura jornalística sobre as críticas de Macron ao desmatamento na Amazônia.

"Será que o Macron falou de desmatamento porque tem intenções protecionistas populistas em relação a sua agricultura?", questionou Guedes, frisando, porém, que ele, como ministro, não poderia responder à pergunta ou lançar dúvidas sobre as intenções do presidente francês, mas que caberia a uma "mídia sofisticada e informada" suscitar o questionamento.

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