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Nesta terça-feira (12) faz 50 anos que ocorreu o primeiro conflito armado integrante da Guerrilha do Araguaia. Por mais que seja um episódio “recente” em nosso país, ainda é pouco divulgado e conhecido pelo público em geral.

A Guerrilha do Araguaia foi uma iniciativa de ação revolucionária comunista no Brasil, que ocorreu entre 1967 e 1974 na região do “Bico do Papagaio”. A região é situada na fronteira entre o Pará, Maranhão e Tocantins (na época Goiás). O nome deste período se origina no fato da região ser banhada pelo rio Araguaia.

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Os membros da Guerrilha do Araguaia eram, em sua maioria, vinculados ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil), revolucionários dissidentes do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro). As estratégias dos guerrilheiros eram derivadas da filosofia maoista, ou seja, a linha adotada por Mao-Tsé-Tung na China após a Segunda Guerra Mundial.

Para entender um período do país que ainda não foi completamente cicatrizado, preparamos uma lista com leituras essenciais para compreender a Guerrilha do Araguaia, segue a lista:

O Coronel Rompe o Silêncio (Luiz Maklouf Carvalho)

Neste livro, acompanhamos o relato de Lício Augusto Ribeiro Maciel, que era major-adjunto do Centro de Informações do Exército, quando atuou na linha de frente do combate à guerrilha do Araguaia. Após 30 anos do conflito, o ex-militar decidiu compartilhar suas memórias e informações com o jornalista Luiz Maklouf Carvalho. Os relatos, além de dramáticos e chocantes, nos ajudam a remontar um período tão sombrio na história recente do Brasil.

A Lei da Selva: estratégias, imaginário e discurso dos militares sobre a Guerrilha do Araguaia (Hugo Studart)

O livro de Hugo Studart realiza uma pesquisa mais aprofundada nas táticas de comunicação, implantação de notícias falsas, censura da mídia e manipulação realizadas por militares no período da Guerrilha do Araguaia.

Operação Araguaia: Os arquivos secretos da guerrilha (Taís Moraes e Eumano Silva)

O livro de Taís Moraes e Eumano Silva é resultado da análise de mais de 1.120 páginas de 112 documentos diferentes colhidos na época da Guerrilha. Não se sabia, mas a ditadura possuía dossiês completos sobre as atividades do PCB e PCdoB. Neste livro, Taís e Eumano remontam o conhecimento que a ditadura adquiriu sobre os grupos revolucionários no período de guerrilha.

Guerrilha do Araguaia - Esquerda em Armas (Romualdo Pessoa)

Este é um livro do historiador e professor da Universidade Federal de Goiás, Romualdo Pessoa Campos Filho. Em sua segunda edição, lançada em 1997, o livro sofreu atualizações com as informações obtidas nos últimos 15 anos de pesquisas sobre a Guerrilha do Araguaia. Além de debater sobre os desaparecidos no período, o livro também apresenta mapas, fotos e documentos relacionados ao período.

A Ditadura Escancarada (Elio Gaspari)

A Ditadura Escancarada é o segundo volume do livro publicado pelo jornalista Elio Gaspari. Na obra, o jornalista cobre o período entre 1969 até o extermínio da guerrilha do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), nas matas do Araguaia.

Mata!: O major Curió e as Guerrilhas no Araguaia (Leonencio Nossa)

O livro de Leonencio Nossa é resultado de dez anos de pesquisas em documentos públicos e particulares, além de inúmeras viagens até a região do Bico do Papagaio. Com o depoimento de mais de 150 testemunhas, Mata! pode ser lido tanto como reportagem, relato histórico, pesquisa antropológica, reflexão política etc. Trazendo documentos inéditos sobre o período da Guerrilha, Mata! é com certeza um dos principais livros para quem busca conhecer mais sobre o período.

Por Matheus de Maio

 

Os ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em processo para se tornar um partido político após o histórico acordo de paz, querem fundar um time de futebol que participe da liga profissional da Colômbia.

"​Nós recebemos há aproximadamente dez dias um comunicado oficial por parte das Farc querendo falar com o futebol colombiano sobre sua participação no nível profissional", disse à Blu Radio Jorge Perdomo, presidente da Dimayor, entidade responsável pelo esporte no país.

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Perdomo indicou que a antiga guerrilha pediu para entrar na segunda divisão e "certamente" no futebol feminino. No Torneio Águila, da série B, competem 16 clubes masculinos e seis de mulheres.

Contudo, afirmou que "não é fácil" as Farc criarem um time profissional.

Para isso, será necessária a aprovação de dois terços da assembleia da Federação Colombiana de Futebol (FCF), da Dimayor, o pagamento de uma espécie de inscrição e ser designado com uma localidade para receber os eventos, entre outros quesitos.

Também são requeridos "cerca de 10 milhões de dólares, e não temos. Nós sempre fomos sonhadores, mas parece complicado", reconheceu Pastor Alape, um dos dirigentes das Farc, numa coletiva de imprensa em Bogotá.

O líder das Farc afirmou que "o único estádio que está disponível, no qual inclusive poderiam ser anfitriões, é no selvagem departamento de Caquetá, uma zona de influência guerrilheira no sul da Colômbia.

Na próxima terça-feira, a ONU vai terminar de recolher as armas das 26 zonas onde estão concentrados os ex-combatentes e a partir de então a Dimayor poderá examinar o pedido das Farc, que entregou os fuzis após meio século de enfrentamento com o Estado.

"Esse pedido (...) poderá ser examinado nas mesmas regras e condições que o de qualquer outro cidadão ou organização", comentou o ministro do Interior, Guillermo Rivera.

Grupos pequenos apareciam de repente e faziam uma barricada, ateando fogo a pneus e madeiras. Quando a polícia se aproxima, em vez de resistência, a retirada rápida. Não muito longe, em outro ponto, novo bloqueio, levando à dispersão e divisão das forças da ordem, uma verdadeira "greve de guerrilha". É assim que o comando da polícia de São Paulo viu a tática adotada pelos movimentos populares e sindicatos a fim de bloquear avenidas e impedir o tráfego no estado na greve geral.

Para o comando da PM, "doutrinariamente", a tática de ontem "é de guerrilha urbana", com a "inquietação, intervenção e dispersão". Os bloqueios feitos por manifestantes envolveram sem-teto que vivem em prédios tomados no centro. Cada grupo organizou uma ação.

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Até as 19 horas, a PM havia registrado 22 prisões na Grande São Paulo - 16 na capital e cinco em Osasco. Três policiais foram feridos em confrontos - um dos quais atingido por uma garrafada no rosto. A Coordenação Operacional da PM colocou, desde as 5 horas, todas as Forças Táticas da PM nas ruas. A Tropa de Choque foi dividida entre a Marginal do Pinheiros e Guarulhos, por causa do Aeroporto de Cumbica.

Em todo estado, aconteceram cerca de 50 pontos de bloqueio de vias - 30 dos quais na Grande São Paulo.

O protestos das centrais provocou outro efeito: o mapa da lentidão do trânsito na cidade feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego ficou próximo de zero das 10h30 às 16 horas, mais de 80% abaixo da média inferior de congestionamento registrado nas sextas-feiras.

Esse efeito da greve foi sentido até pelo comandante-geral da PM, coronel Nivaldo Restivo. Ele planejou sair com uma hora e meia de antecedência para ir ao evento pela manhã em Pirituba, na zona oeste, e chegou uma hora adiantado. O trânsito também ajudou as forças de segurança, diminuindo o tempo de reposta da PM. "O resultado foi bom. Tínhamos como objetivo impedir o fechamento das ruas em São Paulo e não se manteve fechada nenhuma rua. Era o tempo de a unidade de serviço chegar, requisitar apoio, quando necessário, e desobstruir a pista."

A greve contou ainda com a estratégia inédita neste tipo de manifestação: a parceria entre sindicatos e movimentos sociais. Enquanto sindicatos mobilizaram trabalhadores para fazer piquetes em portas de fábrica e demais locais de trabalho, movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Central de Movimentos Populares (CMP) travaram vias importantes das cidades dificultando a chegada das pessoas aos locais de trabalho.

"É a primeira vez que tem uma greve com unidade entre o movimento sindical e movimentos sociais fazendo com que a população sentisse que não tinha como chegar ao local de trabalho", disse Raimundo Bonfim, da CMP.

A CMP fez 22 ações em vias em São Paulo. A lógica era, segundo o líder do MTST, Guilherme Boulos, "dificultar o transporte".

O grupo separatista basco ETA voltou a defender nesta terça-feira, dia 27, o cessar-fogo definitivo e criticou os governos de Espanha e França por não ter alcançado um acordo com a organização como aconteceu recentemente na Colômbia entre o governo de Bogotá e os guerrilheiros das Farc.

Pouco antes de a trégua, decretada em outubro de 2011, completar cinco anos, o grupo armado apontou, em comunicado, que "apenas o ETA tem feito sua parte".

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Segundo eles, não foram cumpridos os mínimos compromissos fixados "e não foi respondido como se deveria aos assuntos que compõe a agenda de resolução" do conflito.

Para os dirigentes do ETA, os governos de Espanha e França, que pedem que os militantes se entreguem, vêm tendo nos últimos anos uma "atitude pobre", contrastando com o ocorrido na Colômbia, onde as negociações começaram mais tarde, no final de 2012, e já foram concluídas. O grupo quer negociar uma anistia.

Em seus cerca de 40 anos de história, o ETA, que pede a separação do País Basco, deixou centenas de mortos, comentando crimes como atentados e sequestros. Desde 2011, no entanto, eles lutam pela independência de forma pacífica.

O presidente Michel Temer desistiu de participar da cerimônia de assinatura do acordo de paz entre o governo colombiano e o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), previsto para a próxima segunda-feira (26), em Cartagena das Índias. As informações são da Agência Ansa.

Temer tinha prometido ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que assistiria ao ato histórico durante um encontro que tiveram em Nova York no início da semana, mas preferiu ficar no Brasil para tratar de assuntos internos. O Brasil será representado no evento pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra.

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O acordo de paz entre as Farc e a Colômbia coloca fim a um conflito de 52 anos, que é considerado um dos mais antigos e sangrentos da América do Sul. Além da solenidade da assinatura do acordo, Temer desistiu de participar da 25ª Cúpula Ibero-Americana, que ocorrerá na mesma cidade, nos dias 28 e 29 deste mês.

Conferência das Farc

Os líderes e membros das Farc encerram hoje sua 10ª conferência nacional, na qual devem aprovar o texto do acordo de paz, negociado desde 2012 em Cuba.

O anúncio da ratificação deve ser feito hoje (23), em mais um dia histórico para a Colômbia. O grupo está reunido há uma semana em uma região ao sul da Colômbia.

Além disso, as Farc elaboram as diretrizes para fazer com que o grupo se torne um partido político, com objetivos, estratégias e estrutura física. Cogita-se a possibilidade de que as Farc passem a se chamar Movimento Bolivariano por uma Nova Colômbia.

Da Agência Ansa

Forças de segurança ainda estão procurando por uma jornalista espanhola que desapareceu no fim de semana numa região da Colômbia dominada por rebeldes e traficantes de drogas. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Jose Manuel Garcia-Margallo, tudo sugere que o Exército de Libertação Nacional está por trás do desaparecimento.

Salud Hernandez-Mora, correspondente na Colômbia pelo jornal El Mundo, da Espanha, e colunista do jornal diário de Bogotá El Tiempo, se comunicou pela última vez com seus editores na sexta-feira, disse Roberto Pombo, diretor do El Tiempo.

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Pombo disse que ela visitaria a cidade de El Tarra, na região de Catatumbo, para escrever sobre o desaparecimento de dois trabalhadores rurais. Testemunhas disseram ao jornal que a última vez que a viram ela discutia com um homem não identificado, pouco antes de pegar uma moto para um destino desconhecido.

As autoridades ainda não classificaram o desaparecimento como sequestro, mas o presidente Juan Manuel Santos enviou uma divisão antissequestro para o local. As Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN) atuam na região e estão imersos no tráfico de cocaína. Fonte: Associated Press

A jornalista espanhola Salud Hernández-Mora foi sequestrada por um grupo guerrilheiro em uma zona da Colômbia controlada pelo Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista), informou nesta segunda-feira (23) o jornal El Mundo, citando fontes militares colombianas.

"A jornalista espanhola e correspondente do El Mundo na Colômbia, Salud Hernández-Mora, encontra-se sequestrada pela guerrilha", publicou o jornal em sua edição on-line, acrescentando que ela desapareceu no sábado na região de Catatumbo (nordeste). "A zona, de difícil acesso, é controlada pelo ELN", acrescentou.

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Hernández, colunista do jornal colombiano El Tiempo e colaboradora do El Mundo, foi vista pela última vez por volta do meio-dia de sábado (21) no município de El Tarra, informou no domingo o Ministério da Defesa colombiano em um comunicado.

O El Mundo falou com a freira Amanda Bedoya da Igreja de Nossa Senhora da Assunção em El Tarra, que disse ter visto a jornalista no sábado. "Estive com Salud falando de diversos temas. Entrevistou-me, falamos agradavelmente e ao meio-dia de sábado foi pegar um ônibus em direção a Cúcuta", disse a religiosa ao jornal espanhol.

A jornalista espanhola, que também tem nacionalidade colombiana, estava na zona para informar sobre uma greve de moradores para protestar pelo desaparecimento de duas crianças, que já foram localizadas, segundo o El Mundo.

O Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia, espera iniciar em 2016 as negociações de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos, segundo afirmou o chefe da organização, Nicolás Rodríguez Bautista, conhecido como Gabino.

O líder guerrilheiro revelou que as conversas com o governo colombiano, que vinham sendo feitas de maneira confidencial, serviram para "elaborar uma agenda de negociações". Mesmo assim, ele diz que o processo está paralisado em função de "assuntos operacionais para a fase pública". "Temos confiança que chegará o momento das negociações formais, começando no próximo ano", disse Gabino em entrevista para o jornal Gara, do País Basco.

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O governo colombiano começou em 2013 um processo de diálogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que são o maior grupo guerrilheiro do país. Este mês, as partes alcançaram um acordo sobre o tema mais complicado do processo, relacionado com as penalidades aplicáveis aos combatentes e o ressarcimento das vítimas.

Na entrevista publicada neste sábado, o líder do ELN disse que existe uma "falta de vontade da oligarquia para se dispor a uma saída política" e o que se busca é "debilitar a capacidade de luta das maiorias, incluindo a insurgência". Mesmo assim, ele disse que o grupo está disposto a examinar as possibilidades de progresso e aposta na paz. "Se conseguirmos um verdadeiro processo de paz, o caminho político é o que mais desejamos trilhar, mas se nossos adversários não se dispõem a isso, não resta outro caminho a não ser seguir usando o direito à rebelião", afirmou.

Gabino diz que um cessar-fogo bilateral, sem condições atreladas e com uma verificação efetiva é essencial para as negociações de paz. "Se o governo aceitar isso, esse processo de paz daria um salto importante e geraria a confiança necessária entre as partes". Fonte: Associated Press.

Quase seis meses depois de entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade que investigou as violações de direitos humanos durante o período da ditadura militar, o livro-reportagem Cova 312, da jornalista Daniela Arbex, comprova uma suspeita que se arrasta desde 1967. A obra, que será lançada no dia 18, em São Paulo, relata que o militante Milton Soares de Castro, integrante da Guerrilha de Caparaó, onde se instalou o primeiro (e frustrado) grupo de guerrilha pós-golpe militar de 1964, não cometeu suicídio, como indicava a versão oficial de sua morte.

Após mais de dez anos de investigação, a autora teve acesso ao inquérito do caso no Superior Tribunal Militar (STM) e, a partir dele, desconstruiu a farsa criada para encobrir o crime. O roteiro é muito parecido com os casos de Iara Iavelberg e Vladimir Herzog, ambos assassinados pelo regime em sessões de tortura, mas classificados pelos agentes da repressão como "suicidas".

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Os indícios de homicídio de Milton Soares eram tão fortes que, em 2007, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, ligada à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, publicou no livro Direito à Memória e à Verdade a versão de assassinato com base na primeira investigação conduzida por Daniela. Mas eram apenas indícios.

Foi a própria autora que, em 2002, descobriu os restos mortais de Milton Soares em um local que parecia óbvio, mas nunca foi procurado: o cemitério municipal de Juiz de Fora (MG), cidade onde estava localizado presídio de Linhares, local onde o militante estava preso.

"Em 28 de abril de 1967, o Exército avisou a família que Milton tinha se matado, mas nunca entregou o corpo. Enquanto negociavam a entrega dos restos mortais, ele já estava enterrado numa cova rasa destinados a indigentes em Juiz de Fora. Os familiares passaram anos insistindo", diz Daniela.

A manobra, porém, deixou um rastro: os documentos do militante nos registros do cemitério eram verdadeiros. Em 2002, a Comissão de Mortos e Desaparecidos tentou exumar o corpo, mas a família do guerrilheiro não permitiu, o que dificultou a investigação.

Com o inquérito do STM em mãos, Daniela teve acesso às fotos do corpo, perícias da cela onde ocorreu o crime e buscou os peritos que a fizeram a necropsia. Um dos que assinam o laudo, Luzmar Valentim Gouveia, recebeu Arbex e, diante do documento, descartou o suicídio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo rebelde da Colômbia, disse nesta quarta-feira, que está disposto a depor as armas. Em um vídeo, o líder do grupo guerrilheiro, Nicolas Rodriguez Bautista, reconheceu a vontade do governo de Juan Manuel Santos de buscar a paz e paz e expressou sua intenção de participar de um processo semelhante ao que acontece em Havana com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"Assistimos a este diálogo para examinar a vontade real do governo e do Estado colombiano. Se nesta análise concluirmos que as armas não são necessárias, temos disposição de considerar se desejamos usá-las", disse o líder. "O governo de Santos tem a opção de persistir na sua política de guerra e paz ou ousar um verdadeiro caminho da paz desejado por todos os colombianos", acrescentou Rodriguez no líder gravado em um local não identificado ao lado das bandeiras da Colômbia e do ELN.

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A guerrilha, que tem entre dois e três mil membros, não informou datas nem passos concretos e completou o anúncio com uma grande lista de críticas ao modelo econômico colombiano. "Há mais de 50 anos empunhamos armas porque entendemos que as vias legais estavam fechadas para as lutas do povo", declarou o líder do ELN.

O presidente colombiano pediu na segunda-feira ao grupo contribuísse para um processo de paz, mas até agora este diálogo não se concretizou oficialmente.

O ELN, de inspiração comunista, surgiu em 1964, como as Farc. Embora bastante enfraquecido, é a segunda guerrilha mais importante da Colômbia e continua a atacar frequentemente a infraestrutura petrolífera colombiana. Ele tem realizado dezenas de ataques a oleodutos e sequestrado funcionários que trabalham para empresas estrangeiras. Fonte: Associated Press.

O Paraguai vive dias de tensão. Termina nesta terça-feira (14), o prazo estabelecido pelo grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) para a troca do refém Edelio Morínigo, 25 anos, um policial capturado no dia 5 de julho, por seis integrantes da guerrilha que estão presos em Assunção, acusados de terrorismo, sequestros, extorsão e assassinato. O governo do presidente Horacio Cartes diz que "não negocia com criminosos" e se nega a libertar epepistas.

As exigências da guerrilha foram feitas por meio de uma carta recebida, no dia 29 de setembro, pela família do refém, em Arroyito, distrito de Horqueta, departamento de Concepción, ao norte de Assunção. Na carta, datilografada e com a data limite para a troca - 14 de outubro - escrita à mão, o EPP ameaça executar Morínigo. O policial é considerado pelos guerrilheiros como "prisioneiro de guerra". O documento foi divulgado pela imprensa paraguaia.

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Morínigo é o segundo refém levado pela guerrilha desde abril, quando um grupo de epepistas sequestrou Arlan Fick, então com 16 anos, filho do agricultor brasileiro Alcido Fick, morador de Paso Tuya, na região de Azotey, também em Concepción. No último dia 3 de outubro, seis meses depois do desaparecimento, Arlan completou 17 anos. A família Fick afirmou que pagou um resgate de US$ 500 mil em 12 de abril, mais US$ 50 mil em mercadorias distribuídas nas comunidades de Nueva Fortuna e Arroyito.

Nestas duas localidades moravam os dois guerrilheiros que morreram durante o tiroteio travado com uma patrulha da polícia paraguaia na noite do dia 2 de abril. Na fuga, os guerrilheiros levaram Arlan. Um policial também morreu no confronto. Na mesma noite, os guerrilheiros exigiram da família o pagamento do resgate, feito dez dias depois.

O principal negociador governamental com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediu nesta terça-feira (3) a seus compatriotas que apoiem o processo de paz e não se deixem enganar por campanhas de desinformação sobre o que se dialoga com os rebeldes em Cuba.

"Aconselho a todos os colombianos que não se deixem levar por boatos", afirmou Humberto de la Calle, delegado do presidente Juan Manuel Santos. "O processo não busca destruir a livre iniciativa e a propriedade privada, muito menos temos acordado a desmilitarização."

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Os inusuais comentários - pois, durante um ano e meio de negociações, De la Calle fez poucas declarações à imprensa - ocorrem quando a Colômbia vive um intenso clima eleitoral, no qual o conflito com a guerrilha passou a ser o centro da disputa entre os dois candidatos que participam do segundo turno.

"A vocês, soldados e policiais da pátria, quero lhes dizer que nem seu salário, nem seu futuro, nem muito menos sua doutrina serão negociados aqui", disse De la Calle.

Em 15 de junho, os colombianos voltam às urnas para escolher entre Santos, que busca a sua reeleição e apoia o processo de paz de Havana, e o candidato opositor, Oscar Iván Zuluaga, que questionou em reiteradas ocasiões as negociações e acusou os rebeldes de serem delinquentes.

As delegações da presidência da Colômbia e das Farc retomaram hoje os diálogos pela paz no país após uma pausa de duas semanas devido a realização do primeiro turno da eleição presidencial. As partes discutem seis temas - três dos quais já foram acertados. Em maio, os negociadores chegaram a um acordo sobre o combate ao narcotráfico, além de já terem encerrado as discussões sobre o problema da terra e da participação política.

O processo de paz começou no final de 2012 sob a mediação de Noruega, Cuba, Venezuela e Chile. Agora, as delegações concentram-se nas negociações a respeito das vítimas da violência e o ressarcimento delas.

Ao mesmo tempo, os rebeldes preferem não se pronunciar a respeito das eleições e o impacto que o pleito teria no processo de paz. "Não vamos falar sobre cenário hipotéticos, esperaremos a noite do dia 15 de junho, quando teremos os resultados eleitorais", disse o representante das Farc nos diálogos de paz, Iván Márquez. "Toda a Colômbia tem de defender o processo de paz." Fonte: Associated Press.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram neste domingo (20) o fim de um cessar-fogo unilateral de dois meses declarado em novembro. Já o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, advertiu as Farc quanto à retomada de operações violentas de guerrilha.

As Farc informaram que estavam dispostas a estender a trégua se o governo colombiano assinasse um acordo de cessar-fogo bilateral, mas Santos rejeitou a ideia desde o início. "Com o coração partido novamente, nós temos que admitir o retorno da fase militar da guerra, o que ninguém quer", afirmou o negociador-chefe, Ivan Márquez, a jornalistas no início de um novo dia de negociações com representantes do governo colombiano.

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Márquez, o número dois das Farc, pediu ao governo que reconsidere "a possibilidade de um cessar-fogo bilateral e interrupção das hostilidades para cercar as negociações de paz com uma atmosfera calma".

As autoridades colombianas têm encarado o cessar-fogo como uma tática de negociação. A delegação do governo, liderada pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, não falou com repórteres após as conversações de domingo.

Já Santos alertou os rebeldes contra a retomada da violência. Sábado, em visita à cidade de Padilla, no sudeste do país, ele afirmou que o exército e a polícia estão prontos para responder a possíveis ataques. "Temos de dizer ao povo colombiano que estamos prontos para isso", declarou. "Atos terroristas são atos covardes porque não lutam contra soldados ou membros da força policial", continuou. "Eles infligem danos à sociedade civil."

O presidente destacou que as forças de segurança colombianas já haviam detectado o que descreveu como "algumas tentativas de perpetrar atos de terrorismo". Na sexta-feira, a polícia anunciou que havia frustrado um plano das Farc de bombardear instalações da polícia e militares na capital, Bogotá, após o fim da trégua. As informações são da Dow Jones.

O comandante do Exército da Colômbia, o general Alejandro Navas, informou nesta sexta-feira que cinco trabalhadores, um dos quais canadense e dois peruanos, foram sequestrados em uma mina no departamento de Bolívar, ao norte de Bogotá. Segundo ele, os sequestradores são da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) a segunda maior que opera no país. O sequestro ocorreu na manhã de hoje e os reféns trabalham para uma mineradora que explora ouro na região.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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As campanhas de Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo passaram a travar uma guerrilha de informação e contrainformação no debate sobre a contratação de organizações sociais (OS), com distribuição de panfletos e blitz em unidades de saúde.

Os tucanos entregaram em cinco bairros da periferia milhares de folhetos que acusam o PT de querer encerrar a parceria de entidades privadas com hospitais públicos. Em resposta, aliados e cabos eleitorais de Haddad passaram a visitar unidades de saúde para dizer a usuários e funcionários que a informação é falsa.

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Militantes da campanha petista começaram a percorrer nesta quinta-feira unidades de Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) para conversar com trabalhadores e pacientes. Pela manhã, eles estiveram na AMA Sé (centro), na AMA Especialidades Santa Cecília (centro), na AMA Mandaqui (zona norte) e na AMA Especialidades Itaquera (zona leste), uma das mais movimentadas da capital.

A coordenação da campanha petista também convocou presidentes de associações de moradores e até padres ligados a entidades mantidas por igrejas para conversar com sindicalistas que representam os trabalhadores de entidades conveniadas.

Entre os escalados para fazer a campanha petista estão dois parlamentares que criticaram e denunciaram irregularidades nas organizações sociais, os vereadores Carlos Neder e Juliana Cardoso.

A equipe de Serra distribuiu pelo menos 100 mil panfletos que afirmam que Haddad vai suspender os contratos entre entidades privadas e unidades de saúde de bairros da periferia como Itaim Paulista, M’Boi Mirim e Cidade Tiradentes.

O material da campanha de Serra reproduz também um trecho do programa de governo do petista, que diz que Haddad pretende "retomar a direção pública da gestão regional e microrregional do sistema municipal de saúde". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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