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O âncora estrela da rede de televisão norte-americana NBC, Brian Williams, foi suspenso por seis meses sem salário por ter deturpado os acontecimentos que viveu enquanto cobria a guerra do Iraque, em 2003 - anunciou o canal, nesta terça-feira.

A medida é de efeito imediato e, durante seis meses, Williams, de 55 anos, não receberá qualquer pagamento, segundo a presidente da NBC, Deborah Turness.

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"Durante o programa da sexta-feira 30 de janeiro de 2015, Brian deformou os acontecimentos que ocorridos enquanto cobria a guerra no Iraque em 2003. Ficou claro que ele havia feito a mesma coisa em outras ocasiões em que contou essa história. A culpa é dele, isso é algo completamente inapropriado para alguém na posição de Brian", argumentou Turness no comunicado.

Por isso, "decidimos suspender Brian (...) por seis meses", disse a executiva.

Williams, que apresentava o telejornal noturno desde 2004, é um dos entrevistadores mais famosos dos Estados Unidos e havia renovado seu contrato com a NBC em dezembro, com um salário anual de 10 milhões de dólares.

Nas declarações que deram início à polêmica, Williams afirmou que um helicóptero onde ele viajava no Iraque foi atacado por um lança-foguetes.

Mas após vários militares colocarem em xeque sua versão dos fatos nas redes sociais, o jornalista apresentou suas desculpas no ar em 5 de fevereiro, afirmando ter cometido um "erro".

"Eu estava num aparato que seguia" o helicóptero atacado, reconheceu o apresentador do jornal de maior audiência dos Estados Unidos. "Cometi um erro ao lembrar deste acontecimento ocorrido há 12 anos", disse.

Na última sexta-feira, a NBC iniciou uma investigação interna para examinar as declarações de seu apresentador estrela, enquanto certos comentaristas questionavam abertamente a possibilidade de sua permanência na rede de televisão após a polêmica.

"Barbárie", "Guerra contra a liberdade". A comoção provocada pelo sangrento atentado contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo se reflete nesta quinta-feira na primeira página dos jornais.

Na imprensa francesa, fundos pretos e desenhos prestam homenagem aos 12 mortos, entre eles famosos cartunistas, no atentado com kalashnikov cometido na quarta-feira em Paris contra a revista.

"Todos somos Charlie", afirma o jornal Libération (esquerda). A frase, apresentada por muitos manifestantes na noite de quarta-feira, figura em muitas manchetes de jornais.

"A liberdade assassinada", afirma, por sua vez, o jornal conservador Le Figaro, que publica as fotos de seis vítimas: os cartunistas Cabu, Charb, Honoré, Tignous, Wolinski e o cronista Bernard Maris.

Em um editorial intitulado "A guerra", o diretor do jornal anuncia "uma verdadeira guerra, obra não de assassinos na sombra, mas de assassinos metódicos e organizados, cuja selvageria gela o sangue".

O jornal Les Echos convoca a "Enfrentar a barbárie" e publica o último desenho de Charb.

O editorial arremete contra "canalhas encapuzados (que) declararam guerra contra a França, contra nossa democracia, nossos valores".

"Barbárie", sobre um fundo preto, também é a manchete escolhida pelo jornal gratuito 20 Minutes.

Na Bélgica, o jornal econômico L'Echo intitula "Todos Charlie" sobre um fundo preto, no centro de sua primeira página, que reproduz 17 capas da Charlie Hebdo. Seu irmão flamengo De Tijd, mais sóbrio, apresenta uma primeira página quase toda preta com as palavras "Sou Charlie", em francês.

Toda a primeira página do jornal flamengo De Morgen é ocupada por um desenho que representa em vermelho sobre um fundo branco um terrorista que segura uma kalashnikov e exclama "Estão armados!" diante de um personagem com um lápis.

O editorialista do La Libre Belgique Francis Van de Woestyne estima que "este ataque é, por seu impacto, sua violência, tão importante quanto o que atingiu Nova York em 11 de setembro de 2001".

"Não ceder"

Na imprensa britânica, o Daily Mail e o Daily Telegraph intitularam "Guerra contra a liberdade" e publicaram na primeira página a foto dos agressores no momento em que matam um policial ferido no chão.

No mesmo sentido, o The Times intitulou "Ataque à liberdade" e o The Guardian "Ataque contra a democracia".

"O ataque contra os jornalistas do Charlie Hebdo aponta contra o coração da democracia, a liberdade de imprensa", escreveu em seu site o jornal conservador alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ).

"Na luta contra o terrorismo não se deve retroceder", acrescentou.

"Sou Charlie!", escreveu o site Tageszeitung (esquerda).

"O objetivo dos terroristas é sempre propagar o medo e o terror. Com o ataque de quarta-feira o medo se instaurou nas salas de redação", disse o Tageszeitung.

"A Europa não tem medo", afirmou a edição internet da publicação portuguesa Expresso, que destaca que milhares de europeus saíram às ruas para defender a liberdade de expressão.

"Não se deve ceder à chantagem repugnante do terror", afirma o jornal Público de Portugal.

A rádio espanhola Cadena Ser insistiu que é preciso "combater o fanatismo, o ódio irracional, o obscurantismo e a ignorância".

O jornal dinamarquês Berlingske publica em sua primeira página um desenho que representa uma folha em branco com o nome da Charlie Hebdo cercado por 12 marcas de tiros, correspondendo aos doze mortos no ataque.

"O profeta vingado com sangue", afirmou o jornal conservador polonês Rzeczpospolita, que diz que a "Charlie Hebdo é uma vítima da guerra que os islamitas declararam à França".

O jornal internet Gazeta.pl, da publicação Gazeta Wyborcza, publicou as 13 "capas mais impactantes da história da Charlie Hebdo", das quais várias dedicadas ao Papa.

"Não poupavam ninguém, nada era sagrado para eles", comentou a Gazeta.pl.

Uma jornalista holandesa residente em Diyarbakir, a principal cidade curda da Turquia, informou que foi detida pela polícia e acusada de "propaganda a favor de uma organização terrorista".

"A polícia antiterrorista turca acaba de revistar minha residência", denunciou Fréderike Geerdink no Twitter. "Eles me levaram para a delegacia. Acusação: propaganda a favor de uma organização terrorista", acrescentou.

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As autoridades não confirmaram até o momento a prisão da jornalista.

Geerdink é uma jornalista independente que vive desde 2006 na Turquia, onde trabalha para vários jornais holandeses e internacionais.

No ano passado, publicou um livro sobre um ataque do exército turco contra uma caravana de contrabandistas curdos, os quais confundiu com combatentes do Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK).

O Google fechou nesta terça-feira (16), como havia anunciado, seu serviço de notícias na Espanha, uma decisão sem precedentes, em reação a uma nova lei, que obriga o pagamento à mídia citada no serviço e que preocupa internautas e editores espanhóis.

"Lamentamos profundamente ter de anunciar que, devido às mudanças recentes na lei espanhola, fechamos o Google News na Espanha", afirma o grupo aos internautas em sua página de notícias, confirmando assim a decisão tomada em 10 de dezembro passado.

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"Esta nova legislação obriga cada publicação espanhola a cobrar os serviços como Google News quando mostra mesmo que seja um trecho muito pequeno", explicou o grupo na ocasião.

"Já que o Google News não ganha dinheiro (não mostramos publicidade no site), este novo enfoque simplesmente não é sustentável", argumentou.

Portanto, o grupo decidiu encerrar seu serviço antes que as novas disposições entre em vigor, em janeiro.

A nova lei sobre propriedade intelectual foi aprovada no fim de outubro pelo Parlamento espanhol. Chamada "Taxa Google", a decisão de Madri não afeta apenas esta companhia, mas também o Yahoo News e outros sites que organizam as informações publicadas pela imprensa espanhola.

O Google enfrenta os editores de jornais em vários países europeus, que acusam a empresa de abusar de sua posição dominante e pedem que pague pelo uso de seu conteúdo.

Em resposta, Madri garantiu nesta quinta-feira o acesso à informação na internet, apesar do encerramento das atividades do Google News.

"Apesar da suspensão do serviço do Google News, o acesso à informação na internet continua garantido, já que é possível ter acesso a ela diretamente nos sites dos meios de comunicação ou como resultado da indexação da notícia por motores de busca e nos demais agregadores de conteúdos informativos", escreveu o ministério da Cultura em um comunicado.

Para este órgão, o anúncio do Google "responde a uma decisão empresarial".

O Google anunciou que fechará no dia 16 de dezembro seu serviço de notícias Google News na Espanha, devido a uma nova lei, que o obriga a pagar aos meios de comunicação cujo conteúdo é reproduzido total ou parcialmente.

"Lamentavelmente, como consequência de uma nova lei espanhola, em breve teremos que fechar o Google News na Espanha", escreveu Richard Gingras, diretor do Google News, em uma mensagem publicada na quarta-feira (10) em um dos blogs oficiais do gigante da internet.

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"Esta nova legislação obriga cada publicação espanhola a cobrar os serviços como Google News quando mostra mesmo que seja um trecho muito pequeno", explicou. "Já que o Google News não ganha dinheiro (não mostramos publicidade no site), este novo enfoque simplesmente não é sustentável", argumentou.

Portanto, o grupo decidiu encerrar seu serviço antes que as novas disposições entre em vigor, em janeiro, acrescentou Gingras.

A nova lei sobre propriedade intelectual foi aprovada no fim de outubro pelo Parlamento espanhol. Chamada "Taxa Google", a decisão de Madri não afeta apenas esta companhia, mas também o Yahoo News e outros sites que organizam as informações publicadas pela imprensa espanhola.

O Google enfrenta os editores de jornais em vários países europeus, que acusam a empresa de abusar de sua posição dominante e pedem que pague pelo uso de seu conteúdo.

Em resposta, Madri garantiu nesta quinta-feira o acesso à informação na internet, apesar do encerramento das atividades do Google News.

"Apesar da suspensão do serviço do Google News, o acesso à informação na internet continua garantido, já que é possível ter acesso a ela diretamente nos sites dos meios de comunicação ou como resultado da indexação da notícia por motores de busca e nos demais agregadores de conteúdos informativos", escreveu o ministério da Cultura em um comunicado.

Para este órgão, o anúncio do Google "responde a uma decisão empresarial".

A estrela pop colombiana Shakira pediu à imprensa que deixe em paz seu filho com o jogador espanhol Gerard Piqué, em uma entrevista publicada neste domingo.

A cantora divulgou a primeira foto de seu filho de quase dois anos, Milan, dormindo nos braços de Piqué poucos dias depois de seu nascimento, em 22 de janeiro de 2013. A foto aparece na página da Unicef, junto a um pedido de doações para a infância.

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Shakira, que espera seu segundo filho, compartilhou outras fotos de Milan nas redes sociais, mas nas últimas semanas não deixou o menino ser fotografado.

"Gosto de compartilhar as imagens com os fãs e com as pessoas que sempre apoiaram nossa experiência de ser pais. Mas agora de Milan cresceu e que está deixando de ser um bebê, preferia que a imprensa não se focasse tanto nele. Gostaria que ele desfrutasse de uma infância normal, na medida do possível", pediu a cantora.

Shakira, de 37 anos, e Piqué, de 27, se conheceram na Copa do Mundo da África do Sul em 2010 e, no início de 2011, anunciaram publicamente sua relação.

A presença e o crescimento do jornalismo gastronômico dentro de veículos de comunicação estão entre os temas discutidos no livro Gastronomia: prato do dia do jornalismo cultural, da doutoranda Renata do Amaral, com lançamento na próxima segunda-feira (1 de dezembro) dentro do projeto Café Intercom UFPE, na Livraria Cultura. O evento é um encontro mensal que busca reunir profissionais, pesquisadores e acadêmicos da área de comunicação. 

Resultado da pesquisa de mestrado da jornalista e doutoranda em Comunicação Renata do Amaral, este é o primeiro livro brasileiro sobre jornalismo gastronômico. Mesmo sendo um trabalho acadêmico, a linguagem é acessível e indicada não apenas para jornalistas, mas também para os demais interessados sobre o tema. O livro faz parte da 'Coleção Novos Talentos', da Editora Universitária da UFPE. No lançamento, também haverá um debate entre a autora e o jornalista Schneider Carpeggiani.

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A autora busca compreender o fenômeno ao analiar aspectos socioculturais da gastronomia para justificar sua inclusão recente em cadernos de cultura. Em seguida há a análise de dois gêneros frequentes do jornalismo cultural: a crítica (no jornal Folha de S.Paulo e na revista Gula) e a crônica (nas revistas Claudia Cozinha e Carta Capital). 

"No momento de publicação deste livro, podemos afirmar que o jornalismo gastronômico brasileiro passa por uma fase de consolidação. Os aspectos que observamos foram se sedimentando e a gastronomia, agora, já faz parte da gama de assuntos que merece abordagem jornalística e cultural. Isso não está mais em discussão", explica Renata do Amaral.

Serviço
Lançamento do Livro Gastronomia: prato do dia do jornalismo cultural e debate 
Segunda-feira (1 de dezembro) | 19h
Auditório da Livraria Cultura (Rua Madre de Deus, s/n - Bairro do Recife) 
Gratuito 

* Com informações da assessoria

 

A agência reguladora de meios de comunicação da Rússia enviou uma advertência a uma grande rede independente de rádio por causa de um programa sobre a Ucrânia. O alerta enviado pela agência reguladora Roskomnadzor diz respeito a um programa transmitido esta semana no qual dois jornalistas faziam relatos em primeira mão sobre o enfrentamento de rebeldes pró-Rússia e forças do governo no leste da Ucrânia.

Pela lei russa, um meio de comunicação pode ser obrigado a fechar se recebe duas advertências em um ano. A advertência dada neste sábado foi a primeira para a rádio Ekho Moskvy.

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Os jornalistas Sergei Loiko, do jornal Los Angeles Times, e Timur Olevskiy, da rede de TV independente da Rússia Dozhd, falavam sobre um confronto nas proximidades do aeroporto da maior cidade controlada pelos rebeldes: Donetsk. Eles informavam que o confronto continuara mesmo depois de uma trégua assinada em setembro.

A agência reguladora disse sexta-feira que o programa continha "informações justificando crimes de guerra", mas não elaborou. O editor-chefe da rádio Ekho Moskvy, Alexei Venediktov, rejeitou a alegação e disse que a estação irá apelar contra a advertência.

Enquanto a maioria da imprensa russa segue a linha do governo, a Ekho Moskvy tem sido um espaço de críticas ao Kremlin mesmo sendo controlada por uma filial da Gazprom, a gigante estatal russa de gás.

A liberdade de imprensa na Rússia tem sido restringida sob o governo do presidente Vladimir Putin. Com todas as emissoras nacionais de TV sobe controle do estado e a maior parte da imprensa escrita adulando Putin, autoridades têm metodicamente mudado o foco para algumas poucas empresas de mídia independentes. Fonte: Associated Press.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) pediu nesta terça-feira (28) que à Comissão de Constituição de Justiça do Senado cobre um compromisso dos novos ministros do Supremo Tribunal Federal por uma imprensa livre. Jarbas afirmou temer que o PT tente restringir o trabalho dos profissionais de comunicação, e lembrou o ataque a sede da revista Veja após uma matérias afirmando que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula sabiam da corrupção na Petrobrás.

O senador pernambucano ressaltou que a presidente Dilma Rousseff (PT) deve escolher, até 2018, mais cinco ministros do STF, que conta com 11 ministros. Ele lembrou que ao termino dos 16 anos do PT no governo, 18 membros da corte terão sido indicados por petistas, 8 por Lula e 10 por Dilma.  

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“É inadmissível que este Senado da República aprove novos ministros do Supremo Tribunal Federal que venham a colaborar com o cerceamento da liberdade de imprensa. Essa questão precisa ser tratada com  absoluta transparência  e objetividade. É essencial que se faça essa cobrança na tradicional sabatina na CCJ. Os conflitos entre imprensa e os governantes de plantão fazem parte da democracia”, concluiu Jarbas Vasconcelos. 

Com informações da Agência Senado 

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) criticou neste domingo as restrições crescentes ao acesso a informações oficiais nos Estados Unidos após os vazamentos do ex-agente da inteligência Edward Snowden.

As limitações são cada vez maiores, tanto para jornalistas quanto para os cidadãos, e informações que, "antes, poderiam ser públicas, agora estão sendo classificadas de secretas", declarou à AFP Ricardo Trotti, coordenador de Liberdade de Imprensa da SIP.

No caso americano, Trotti criticou o "uso indiscriminado das exceções à lei para não dar informações ao público", sempre se atendo a temas de segurança nacional.

"O problema se agravou, porque o presidente Barack Obama havia prometido um nível de transparência muito maior que o do governo de George W. Bush, e porque, depois das revelações de Snowden, houve diretrizes específicas da Casa Branca e dos departamentos de Segurança e Estado para que funcionários não possam falar com jornalistas", assinalou.

As revelações de Snowden permitiram estabelecer a dimensão do monitoramento que os Estados Unidos fazem da internet e, segundo o relatório elaborado pela SIP, após conhecerem os vazamentos, muitos jornalistas "mudaram a forma de se relacionar e se comunicar com as fontes, e, em alguns casos, até deixaram de reportar certos assuntos".

A SIP, que realiza sua 70ª assembleia geral em Santiago até a próxima terça-feira, destacou que não existe nos EUA uma lei federal de proteção das fontes, o que, segundo Trotti, já levou muitos jornalistas a serem citados judicialmente, ou mesmo a serem presos, por "quererem respeitar o princípio ético de manter o anonimato e proteger a fonte".

A revista The Economist destacou nesta segunda-feira, 6, as reviravoltas na campanha eleitoral pela Presidência do Brasil, classificando-a como uma "montanha-russa". Para a publicação britânica, a ultrapassagem de Aécio Neves sobre Marina Silva decorreu de "passos lentos" da ambientalista no Sudeste.

A Economist enfatizou o desempenho de Aécio no debate de Quinta-feira passada na TV Globo e a estratégia da presidente Dilma Rousseff, que "injustamente acusou Marina de querer acabar com os programas sociais e fazer acordos escusos com banqueiros".

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Segundo a revista, Aécio precisará ganhar espaço "especialmente em regiões como o pobre Nordeste" e para isso o apoio de Marina seria decisivo. "De origem humilde e lutadora, ela tem mais credibilidade nos setores menos favorecidos que o PSDB", diz o texto.

A revista salienta a proximidade entre as propostas econômicas dos dois, mas considera impossível prever quantos eleitores de Marina votarão no PSDB "já que muitos são de esquerda e consideram esse partido elitista". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os jornais da América Latina deram destaque nesta segunda-feira, 6, ao resultado do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil. A votação surpreendeu, afirmam, pelo bom desempenho do candidato do PSDB, Aécio Neves, que conquistou 33,6% dos votos válidos, ante 41,6% da presidente Dilma Rousseff (PT).

As publicações enfatizam as diferenças entre a petista e o tucano e preveem que a segunda etapa da disputa será acirrada. O jornal argentino La Nación estampa os números da eleição no topo de sua página inicial na internet, logo acima da reportagem intitulada "Dilma ganhou e houve surpresa: enfrentará Neves".

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A publicação descreve a disputa presidencial de 2014 como uma das "eleições mais emocionantes desde o retorno da democracia", ao ressaltar que o candidato tucano saiu do terceiro lugar nas pesquisas de opinião e garantiu uma vaga na rodada final da votação.

O La Nación destaca também a trajetória de Marina Silva (PSB), que em "algumas semanas de campanha havia recebido apoio surpreendente", mas encerrou a votação com uma "ampla margem" de diferença atrás de Aécio. Com relação à possibilidade de Marina apoiar o tucano ou a petista no segundo turno, o jornal lembra que essa incerteza já havia ocorrido em 2010, quando a ex-senadora preferiu não declarar apoio aos então candidatos à presidência Dilma e José Serra (PSDB).

Outro jornal argentino, o Clarín, enfatiza que o resultado do primeiro turno sinaliza uma disputa acirrada na segunda rodada. Com 34,9 milhões de votos, o tucano Aécio Neves ficou apenas 8 pontos porcentuais atrás de Dilma. Marina, que se apresentou como alternativa à polarização entre os dois partidos, acabou em terceiro lugar, com 21,3% dos votos.

O El Mercurio, do Chile, afirma que a disputa entre Dilma e Aécio é de difícil prognóstico, mas prevê que o candidato do PSDB deverá conquistar os votos de Marina na segunda etapa das eleições.

O colombiano El Tiempo, por sua vez, faz uma análise dos motivos que levaram Aécio a superar Marina na disputa do primeiro turno. Para a publicação, a campanha midiática negativa e o comportamento imprevisível de Marina acabaram assustando os eleitores. O jornal citou, por exemplo, a mudança de postura da candidata derrotada do PSB em assuntos cruciais, como o sistema tributário e o casamento entre homossexuais.

Além disso, o El Tiempo cita que Aécio tem profundas raízes políticas e prometeu uma política econômica austera para levar a inflação do País à meta oficial de 4,5%, defendeu uma reforma tributária e a autonomia do Banco Central.

Para o El Universal, do México, Dilma e Aécio têm projetos bem diferentes: enquanto a presidente e o PT pretendem dar continuidade aos programas sociais que marcaram os quase 12 anos do governo petista, Aécio e o PSDB propõem a abertura dos mercados e uma maior participação da iniciativa privada na economia.

Tiririca e Romário

Além da questão presidencial, chamou a atenção do La Nación as vitórias do palhaço Tiririca (PR), que o jornal chamou de "antissistema", e do ex-jogador de futebol Romário (PSB). O jornal diz que o Congresso brasileiro tem "figuras" de todas as ideologias e origens e destacou também a presença do "acusado de homofobia e racismo" Marco Feliciano (PSC) no Legislativo.

A prestigiosa seção "The Lex Column" do jornal britânico Financial Times questiona o pragmatismo econômico prometido pela candidata Marina Silva. Em texto publicado na edição impressa desta quarta-feira, 3, a publicação diz que "Marina Silva ainda é pouco conhecida. Isso não significa que ela seja diferente".

A nota com o título "Brasil" destaca que a Bolsa de São Paulo subiu 17% desde a entrada da ex-ministra do Meio Ambiente na corrida eleitoral. A subida dos preços, explica o texto, é resultado da expectativa de que Marina pode ajudar a aliviar os males estruturais do País. "Inflação, corrupção e a má gestão das empresas estatais são mais aparentes agora que o crescimento o boom das commodities perderam força", diz o texto.

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"Apesar da manifestação e da promessa de Marina Silva de menor interferência do Estado", o valor de mercado das principais estatais brasileiras continua "medíocre", diz o FT. "Na verdade, a Bovespa como um todo ainda é negociada com um desconto na comparação com demais mercados emergentes. Isso ainda pode atrair mais investidores", completa o texto.

Mesmo com o espaço para a valorização de estatais como as citadas Petrobras e Banco do Brasil, o FT demonstra cautela e certo pessimismo com a candidatura de Marina Silva. "Todos os governos no Brasil, uma vez no poder, são tentados a interferir nas empresas estatais para conter a inflação. Marina Silva ainda é pouco conhecida. Isso não significa que ela seja diferente", diz o texto.

Pela contribuição que deram, ao longo de suas vidas, ao jornalismo e à defesa da liberdade de expressão no Brasil, os editores Ruy Mesquita, do Grupo Estado, e Roberto Civita, do Grupo Abril, foram nessa terça-feira, 19, homenageados em sessão solene do 10.º Congresso Brasileiro de Jornais, realizado em um hotel da zona sul, em São Paulo. Depois de comandar, durante longo tempo, as duas empresas de comunicação, os dois morreram, num intervalo de poucos dias, em maio do ano passado.

Promotora do evento, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) ofereceu às duas famílias placas comemorativas que foram recebidas, respectivamente, pelos filhos Fernão Lara Mesquita e Roberta Civita. Em nome da ANJ, o vice-presidente de O Globo, João Roberto Marinho, resumiu, no ato de entrega, o sentido da homenagem: "No período da censura, quando suas publicações foram duramente atingidas pelo arbítrio", enfatizou, "Ruy e Roberto foram líderes por todos nós, se posicionando com firmeza e inteligência contra as proibições". À frente dos jornais e revistas que comandavam, ambos foram desafiados seguidamente pelos militares, especialmente nos anos de chumbo do regime militar, entre 1964 e 1972.

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Marinho destacou que, uma vez varrido da história do País o período autoritário, os dois editores mantiveram a cruzada de pé, passando aos leitores e à sociedade a ideia de que a liberdade de imprensa não é apenas um direito de jornais e jornalistas, mas um bem fundamental de todos os cidadãos. "Só as pessoas livremente informadas podem ter uma visão crítica do mundo, fazer suas escolhas e tomar suas decisões", afirmou.

Protagonismo

Ao agradecer pela homenagem ao seu pai, Fernão Mesquita fez um breve histórico da luta em busca de verdade. Lembrou então que "democracia, liberdade e jornalismo são coisas que nascem e morrem juntas. Estão intrinsecamente ligadas". O jornalismo, acrescentou, é "a ferramenta que empurra as reformas" e "não deve ser só uma caixa de repercussão e amplificação do que o poder público está fazendo".

O jornalismo investigativo foi por ele mencionado, em seguida, como uma missão que ganhou corpo na sociedade americana, e que precisa ser retomado com vigor em nossos dias, "Os jornalistas precisam voltar a essa função essencial que é investigar todas as pontas", afirmou, referindo-se à urgência de se entender e denunciar a corrupção e outros males da sociedade brasileira. Ruy Mesquita e Roberto Civita, prosseguiu, "eram homens que tinham essa noção de seu papel,a obrigação de ter um protagonismo, não ser só a caixa de ampliação de ideias alheias".

Depois dele, foi a vez de Roberta Civita fazer o seu agradecimento - e ela começou com uma comparação. Retomando o tema central do congresso - Inovação, Ruptura e Avanço -, Roberta destacou que seu pai foi "um homem que viveu intensamente os termos deste encontro" e que de forma permanente "defendeu sempre que o principal compromisso da imprensa é com o leitor e com a verdade".

Ícones

Um dos condutores da mesa, o presidente da ANJ, Luiz Lindenberg Neto - que pouco antes da homenagem foi reempossado para mais dois anos no comando da entidade -, também fez elogios aos dois premiados. "A ANJ sempre procura homenagear ícones do jornalismo. Os dois são belos exemplos, pessoas que batalharam com muita crença no jornalismo", disse Lindenberg Neto.

Ao lado dele, o presidente do Grupo RBS, Jaime Sirotsky, acrescentou que "a perda do Ruy e do Roberto, em espaço de tempo tão curto, foi um corte na vida de dois jornalistas que tiveram uma presença muito forte, com lições definidas e claras no jornalismo brasileiro". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, foi alvo de críticas nesta sexta-feira por chamar uma jornalista de "mulher sem-vergonha".

Amberin Zaman, que escreve para o jornal The Economist e o diário turco Taraf, perguntou ao principal dirigente opositor Kemal Kiliçdaroglu, durante um debate televisionado, se uma sociedade muçulmana podia questionar suas autoridades.

Depois dessa pergunta, em um ato eleitoral na cidade de Malatya na quinta, Erdogan, dado como vencedor nas eleições presidenciais de 10 de agosto, se referiu a Zaman sem dizer seu nome.

"Uma militante disfarçada de jornalista, uma mulher sem-vergonha [...] Lembre-se de qual é o seu lugar. A você foi dada uma caneta para escrever em um jornal [...] e insulta uma sociedade de 99% de muçulmanos", afirmou o primeiro-ministro.

Em um comunicado, a The Economist disse que a "intimidação de jornalistas não tem cabimento em uma democracia. Com Erdogan, a Turquia se converteu num lugar cada vez mais difícil para o jornalismo independente".

O vice-primeiro-ministro Bulent Arinç também afirmou há algum tempo que "uma mulher não deve rir alto em público", o que também causou polêmica num país basicamente muçulmano, mas onde o Estado é laico.

O candidato da oposição Ekmeleddin Ihsanoglu criticou Arinç, afirmando: "Precisamos ouvir a risada alegre das mulheres".

O Irã confirmou nesta sexta-feira a detenção do correspondente em Teerã do jornal The Washington Post e de sua mulher, que também é jornalista, informou a agência oficial Irna.

"Estamos na fase de investigação. Acho que poderemos dar informações depois das investigações técnicas e dos interrogatórios", declarou Gholamhosein Esmaili, que dirige o departamento de Justiça da província de Teerã.

O jornal americano afirmou na quinta-feira ter informações sobre a prisão de Jason Rezaian, sua esposa e dois fotógrafos freelancers.

"Estamos preocupados com o bem-estar de Jason, Yeganeh Salehi e as outras duas pessoas detidas com eles", assinalou o editor Douglas Jehl.

Rezaian, de 38 anos, é correspondente do Post em Teerã desde 2012. Tem dupla nacionalidade, americana e iraniana.

Sua esposa é cidadã iraniana e pediu visto de residência permanente nos Estados Unidos. Ela trabalha como correspondente para um jornal dos Emirados Árabes Unidos.

Durante a semana de preparação para a partida contra a Colômbia pelas quartas de final da Copa do Mundo de 2014, o técnico Luiz Felipe Scolari se envolvido em uma polêmica com a imprensa que cobre a seleção brasileira em Teresópolis. O treinador se reuniu com seis jornalistas para uma conversa informal, segundo ele, o que gerou uma celeuma com os outros repórteres que não gostaram de um possível privilégio dos companheiros de profissão.

Dentre os assuntos do bate-papo, estaria um arrependimento do treinador de não ter levado um jogador dentre os 23 que escolheu para disputar o mundial. Felipão desmentiu o assunto e falou que foi mal interpretado. “Eu disse que nesse momento da competição poderia acrescentar um jogador para jogos diferente desse momento da Copa. Qualquer técnico desse mundial iria querer acrescentar algum jogador pelas características do jogo seguinte. Escolhemos 23 e temos que morrer abraçado com esses 23”.

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Sobre o encontro com os profissionais de imprensa, Scolari falou que essa é uma situação normal que sempre fez parte da sua carreira de treinador e brincou com os que se sentiram ofendidos com a sua atitude. “Vocês sabem que não posso descer para falar com todo mundo. Tem uns que eu sou mais amigos, outros não. Aqueles que não foram convidados é porque talvez eu não goste tanto. Agora, ciúme de homem não dá. Quem gostou, gostou. Quem não gostou, vá pro inferno.

O treinador também fez questão de enfatizar que outros assuntos, fora o futebol, também fizeram parte da reunião. Felipão deixou claro que não há interferências da imprensa em msua forma de colocar o time em campo. “Falamos sobre tudo. Se for colocar o time de A, de B ou de C, terei que colocar os 22 jogadores em campo e não posso fazer isso”. 

O PSDB lançou uma nota, no último domingo (22), acusando o PT de fazer ataques à imprensa. Os tucanos afirmam que o Partido dos Trabalhadores criou “uma lista negra” para expor jornalistas e artistas que pensam diferente da legenda. 

Confira a nota na íntegra:

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Nota do PSDB à Imprensa – Pelo direito à opinião!

O site do Diretório Nacional do PT deu mais um triste passo no estímulo à intolerância, ao ódio e à divisão do país, ao passar a atacar oficialmente, sem nenhum subterfúgio, o livre direito à opinião.

O PT e suas lideranças, que têm perpetrado ataques diários e insistentes à imprensa e seus profissionais, chegaram agora ao absurdo de criar “listas negras” para expor, à execração da sua militância, jornalistas e artistas que pensam diferente do partido e têm a coragem de expressar publicamente estas opiniões.

Não por acaso, na última sexta-feira a Folha de S. Paulo noticia o gesto de um governador do PT de processar criminalmente uma jornalista apenas por ter reproduzido uma declaração de terceiros.

A radicalização das ações do partido contra a liberdade de imprensa e opinião preocupa muitos brasileiros.

Na internet, aumentam as calúnias e difamações contra os adversários do PT. Aqueles que ousam manifestar opiniões contrárias aos interesses do partido são perseguidos por uma rede de comentários agressivos e desrespeitosos.

Há pouco tempo, o jornalista Merval Pereira, de O Globo, foi constrangido em local público. O mesmo aconteceu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, agredido verbalmente por militantes petistas.

Hoje, os jornais noticiam que agressões à imprensa e a defesa do “controle social da mídia ” ocuparam papel de destaque na Convenção Nacional do PT.

O PSDB repudia toda e qualquer tentativa de limitação do exercício da livre opinião e manifesta, mais uma vez, o seu compromisso com a defesa de todas as liberdades, especialmente a de imprensa.

Brasília, 22 de junho de 2014

Um jogo do Brasil, uma camisa do México e um treino da Espanha

Já está tendo Copa e pra mim começou ontem ou antes de ontem. O dia que antecedeu a minha chegada ao Salvador foi marcado pela tensão e ansiedade por ter a oportunidade de cobrir a minha primeira Copa do Mundo in loco e isso refletiu no meu corpo na forma de febre, calafrios e disfunções intestinais.

Passado, em partes, todo o mal era hora de cair em campo e ir ao trabalho. 12 de março foi o dia que os cronistas esportivos foram obrigados a trocar a namorada por outra paixão, o jornalismo.

Não há do que reclamar quando você passa lembrar que está realizando um sonho de infância e ainda recebendo por algo que muita gente faria questão de pagar para estar no seu lugar. Às vezes exercer o jornalismo é melhor do que trabalhar.

Vestido com uma camisa da seleção mexicana recém-ganhada no Dia dos Namorados chego ao Centro de Mídia da Fonte Nova, em Salvador. O traje e o nome latino fazem com que todas as pessoas que se dirigiam até mim sempre vinham acompanhadas de um “¡Hola! ¿Qué tal?” ou um “Muchas Gracias”. Durante muito tempo fiquei gostando da brincadeira.

Estava feliz, pero no mucho. Já sabia que a coletiva do treinador da Holanda iria me permitir assistir apenas os primeiros minutos do jogo do time de Felipão. Antes disso tinha que conferir as palavras de Casillas, Xavi e Del Bosque sobre a estreia da atual campeã mundial. Fora o ar prepotente dos jogadores de Real Madrid e Barcelona, nada de muito diferente. Segue o passeio na roça.

Logo depois fui até as tribunas de imprensa conferir o treinamento do os espanhóis. Não sabia eu que eles queriam privacidade e dez minutos após a minha chegada fui convidado gentilmente a me retirar do recinto.

Hora de esperar o início do jogo do Brasil. Ao meu lado Breno Costa, do Diário de Pernambuco, e dividiam a mesa conosco um árabe, cinco japoneses, um italiano e outro brasileiro. Foi a segunda vez que vi um jogo da seleção repleto de estrangeiros por perto. É uma sensação bacana ver como eles veneram o time brasileiro. Recomendo.

Como a alegria dos menos favorecidos não dura muito, estava na hora de ir para a coletiva dos holandeses. Nesse momento o Brasil já tinha empatado a partida contra a Croácia e estava bem melhor no jogo. A alegria dos menos favorecidos teve seu efeito bumerangue. Antes que chegássemos ao local da entrevista, fomos avisados que ela tinha sido adiada e seria realizada apenas após o final do primeiro jogo da Copa do Mundo. Ainda deu tempo de ver Fred e a sua atuação mambembe dentro da área que resultou no segundo gol brasileiro.

Mas as máximas populares são impiedosas e foi-se a alegria outra vez. O sinal do jogo é interrompido nas TVs do Centro de Mídia com a imagem do treinador holandês e o principal craque do seu time na área da entrevista.Todos jornalistas que estavam no local abandonaram Neymar & Cia e correram para a coletiva, pois estavam ali pra isso.

O gol de Oscar só deu pra ver quando já passavam os melhores momentos da partida. Meu primeiro dia de Copa me rendeu novas e boas histórias. Ainda bem que anda faltam 30 dias para isso acabar.

3 dentro

- Neymar. A primeira atuação do principal jogador da seleção mostra que ela quer essa Copa pra ele. Assim como 1986 foi de Maradona. Começou melhor do que muitos esperavam.

- Oscar. O mais questionado dos atletas do Brasil no período pré-Copa, o camisa 11, se não calou, fez alguns críticos engolirem as palavras pelo futebol que demonstrou ontem. O fato enche a torcida de esperança, pois todos sabem que ele pode render mais.

- Julio Cesar. Outro nome que sempre vem acompanhado pela desconfiança se mostrou seguro e necessário quando foi preciso.

3 fora

- Fred. Aguardado como homem gol do Brasil, só foi percebido pelo bisonho pênalti que cavou. Tem crédito porque pode ser decisivo como poucos dentro da seleção.

 - Yuichi Nishimura. O árbitro japonês mostrou mais uma vez ser muito fraco na arte de soprar apito. A demora em aplicar os cartões para os croatas e o bisonho pênalti marcado em Fred foram suas marcas no jogo.

 

- Daniel Alves. Sem acertar cruzamentos e dando espaços pelo lado direito da defesa do Brasil, o jogador do Barcelona deixou muito a desejar.Um jogo do Brasil, uma camisa do México e um treino da Espanha

Já está tendo Copa e pra mim começou ontem ou antes de ontem. O dia que antecedeu a minha chegada ao Salvador foi marcado pela tensão e ansiedade por ter a oportunidade de cobrir a minha primeira Copa do Mundo in loco e isso refletiu no meu corpo na forma de febre, calafrios e disfunções intestinais.

Passado, em partes, todo o mal era hora de cair em campo e ir ao trabalho. 12 de março foi o dia que os cronistas esportivos foram obrigados a trocar a namorada por outra paixão, o jornalismo.

Não há do que reclamar quando você passa lembrar que está realizando um sonho de infância e ainda recebendo por algo que muita gente faria questão de pagar para estar no seu lugar. Às vezes exercer o jornalismo é melhor do que trabalhar.

Vestido com uma camisa da seleção mexicana recém-ganhada no Dia dos Namorados chego ao Centro de Mídia da Fonte Nova, em Salvador. O traje e o nome latino fazem com que todas as pessoas que se dirigiam até mim sempre vinham acompanhadas de um “¡Hola! ¿Qué tal?” ou um “Muchas Gracias”. Durante muito tempo fiquei gostando da brincadeira.

Estava feliz, pero no mucho. Já sabia que a coletiva do treinador da Holanda iria me permitir assistir apenas os primeiros minutos do jogo do time de Felipão. Antes disso tinha que conferir as palavras de Casillas, Xavi e Del Bosque sobre a estreia da atual campeã mundial. Fora o ar prepotente dos jogadores de Real Madrid e Barcelona, nada de muito diferente. Segue o passeio na roça.

Logo depois fui até as tribunas de imprensa conferir o treinamento do os espanhóis. Não sabia eu que eles queriam privacidade e dez minutos após a minha chegada fui convidado gentilmente a me retirar do recinto.

Hora de esperar o início do jogo do Brasil. Ao meu lado Breno Costa, do Diário de Pernambuco, e dividiam a mesa conosco um árabe, cinco japoneses, um italiano e outro brasileiro. Foi a segunda vez que vi um jogo da seleção repleto de estrangeiros por perto. É uma sensação bacana ver como eles veneram o time brasileiro. Recomendo.

Como a alegria dos menos favorecidos não dura muito, estava na hora de ir para a coletiva dos holandeses. Nesse momento o Brasil já tinha empatado a partida contra a Croácia e estava bem melhor no jogo. A alegria dos menos favorecidos teve seu efeito bumerangue. Antes que chegássemos ao local da entrevista, fomos avisados que ela tinha sido adiada e seria realizada apenas após o final do primeiro jogo da Copa do Mundo. Ainda deu tempo de ver Fred e a sua atuação mambembe dentro da área que resultou no segundo gol brasileiro.

Mas as máximas populares são impiedosas e foi-se a alegria outra vez. O sinal do jogo é interrompido nas TVs do Centro de Mídia com a imagem do treinador holandês e o principal craque do seu time na área da entrevista.Todos jornalistas que estavam no local abandonaram Neymar & Cia e correram para a coletiva, pois estavam ali pra isso.

O gol de Oscar só deu pra ver quando já passavam os melhores momentos da partida. Meu primeiro dia de Copa me rendeu novas e boas histórias. Ainda bem que anda faltam 30 dias para isso acabar.

3 dentro

- Neymar. A primeira atuação do principal jogador da seleção mostra que ela quer essa Copa pra ele. Assim como 1986 foi de Maradona. Começou melhor do que muitos esperavam.

- Oscar. O mais questionado dos atletas do Brasil no período pré-Copa, o camisa 11, se não calou, fez alguns críticos engolirem as palavras pelo futebol que demonstrou ontem. O fato enche a torcida de esperança, pois todos sabem que ele pode render mais.

- Julio Cesar. Outro nome que sempre vem acompanhado pela desconfiança se mostrou seguro e necessário quando foi preciso.

3 fora

- Fred. Aguardado como homem gol do Brasil, só foi percebido pelo bisonho pênalti que cavou. Tem crédito porque pode ser decisivo como poucos dentro da seleção.

 - Yuichi Nishimura. O árbitro japonês mostrou mais uma vez ser muito fraco na arte de soprar apito. A demora em aplicar os cartões para os croatas e o bisonho pênalti marcado em Fred foram suas marcas no jogo.

- Daniel Alves. Sem acertar cruzamentos e dando espaços pelo lado direito da defesa do Brasil, o jogador do Barcelona deixou muito a desejar. 

SALVADOR -A véspera do jogo entre Espanha x Holanda, pelo grupo B da Copa do Mundo, está bem corrido para jornalistas de todo o mundo que estão no Centro de Mídia da Arena Fonte Nova. A programação prever coletivas e treinos das duas equipes. Por esse motivo, pelo menos no estádio de Salvador, muita gente não irá ver a estreia da seleção brasileira no mundial.

O primeiro compromisso para os representantes da imprensa que estão na Bahia é a coletiva do técnico espanhol Vicente Del Bosque, programada para as 14h30. Após a entrevista os jogadores da Roja participarão de um treino no local do jogo de amanhã.

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O fato que irá atrapalhar os planos daqueles que esperavam ver Neymar e companhia em campo será a coletiva da seleção holandesa, com o treinador Louis Van Gaal. A entrevista começará as 17h30, exatamente 30 minutos após o início da partida entre Brasil x Croácia, em Itaquera.

Os jornalistas brasileiros, que estão a trabalho em Salvador, terão que se contentar a assistir a reprise da partida pela TV e sofrer ao ouvir os gritos vindos das casas que ficam ao redor da Arena Fonte Nova.

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