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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar pela aprovação de um marco regulatório para os meios de comunicação. Em palestra do Encontro de Blogueiros, em São Paulo, Lula disse que o debate sobre o tema está "amadurecendo" e que colocará a discussão em todo evento público do qual participar daqui para frente.

Lula leu um texto que citou medidas de regulação do setor na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Argentina e em Portugal, dentre outros. "Para não dizerem que sou socialista, citei apenas países que são símbolos da democracia ocidental. Então que não venham dizer que isso (proposta de regulação) é censura." E citou a canção: "Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós".

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No início da sua fala, Lula criticou, em tom irônico, a atuação da imprensa. "A imprensa só me trata bem", disse. Mas defendeu que a regulação seria importante para manter o equilíbrio no tratamento de informações.

Lula disse se solidarizar com os blogueiros presentes e se desculpou por tê-los colocado em uma situação em que foram criticados na mídia. No início de abril, o ex-presidente realizou um bate-papo com grupo de blogueiros que, à época, chegaram a ser chamados de "blogueiros sujos". Lula aproveitou para alfinetar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB): "Aqui em São Paulo ser chamado de blogueiro sujo é culpa do Alckmin porque o Cantareira secou".

Em outra fala simpática aos blogueiros, Lula elogiou a "boa pressão, a pressão democrática" que eles fizeram pela aprovação do Marco Civil da Internet - importante plataforma eleitoral para Dilma Rousseff.

A derrota para o Sport, na final do Campeonato Pernambucano é passado para o Náutico. A vitória deste sábado (27), diante do Vila Nova serviu para apagar de vez, o jogo da última quarta (23). “Ficamos chateados com a perda do título, mas agora vamos pensar na Série B e na Copa do Brasil, pois são as competições que temos”, afirmou o volante Elicarlos.

O volante confirmou que não teve nenhum problema com o treinador Lisca, diferentemente do que foi divulgado no meio da semana. “Eu fico chateado com vocês (jornalistas), pois soltaram que eu tinha brigado com ele e isso não é verdade”, disse. “Às vezes a imprensa joga os jogadores contra a torcida, até jogadores contra outros jogadores”, desabafou o capitão.

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Depois da Copa das Confederações, a Arena Pernambuco teve seu primeiro grande teste na final do Pernambucano. Também foi a primeira decisão no estádio e a impressão foram as piores possíveis. Antes, durante e depois, dentro e fora da Arena, praticamente nada funcionou estruturalmente. 

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Transporte Público

Quem optou pelo transporte público se arrependeu. A começar pelo metrô absurdamente lotado. A equipe do LeiaJá saiu da Estação Joana Bezerra e embarcou no vagão apenas com a torcida do Náutico. A Polícia Militar e alguns seguranças tentaram manter a ordem, mesmo com a superlotação. Até o TIP os únicos problemas foram o calor porque o ar-condicionado estava quebrado e um princípio de confusão na Estação Coqueiral.

Na chegada ao TIP, um pequeno tumulto com alguns membros das torcidas que seguiam para o Terminal Integrado. A polícia agiu rápido e três torcedores foram detidos. Para subir ao ônibus mais tumulto, já que poucos respeitavam a fila. Do TIP à Arena Pernambuco, o trânsito deixou os torcedores impacientes. A PM seguiu acompanhando os torcedores e mais um foi detido. Desta vez, apenas porque puxou um grito de guerra da uniformizada. Depois de 25 minutos de viagem e uma volta completa na Arena Pernambuco, os torcedores e a equipe do LeiaJá chegaram ao palco da final.

Trânsito

Estrutura para a imprensa

Devido aos atrasos no transporte público, chegamos ao estádio faltando 30 minutos para o início da partida. E diferente dos outros jogos, não havia espaço para os jornalistas. Todos os lugares estavam ocupados. A assessoria de imprensa logo atendeu o nosso pedido e um lugar foi disponibilizado. O problema é que não havia tomadas e a internet não estava funcionando. 

Confusões

Outro ponto que a Arena Pernambuco precisa rever é a área mista nos camarotes em dia de clássico. Mais uma vez ficou provado que não dá certo. Após o gol do Sport, várias confusões foram registradas entre alvirrubros e rubro-negros. A segurança teve trabalho para conter todos os tumultos. 

Estacionamento

Assim como a área mista, o estacionamento não havia separação entre as torcidas. E, além da lotação, mais confusão. Inclusive, entre as provocações e xingamentos de alvirrubros e rubro-negros, um torcedor puxou um revolver e atirou para cima. A Polícia Militar correu atrás, identificou o torcedor, que foi detido.

Os quatro jornalistas franceses libertados após 10 meses de cativeiro na Síria, que passaram sob o controle de um grupo jihadista vinculado à Al-Qaeda, retornaram neste domingo para a França.

Mais de 24 horas depois do anúncio da libertação, os primeiros elementos sobre o sequestro pelo Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL) começaram a ser revelados.

Edouard Elias, Didier François, Nicolas Hénin e Pierre Torres foram deixados por homens não identificados durante a noite de sexta-feira na fronteira entre Síria e Turquia.

Nicolas Hénin afirmou que teve uma tentativa frustrada de fuga e passou por vários locais de detenção.

O presidente francês, François Hollande, recebeu os jornalistas no aeroporto militar de Villacoublay, região de Paris.

"Foi longo, mas nunca tivemos dúvidas. Sabíamos que todo mundo estava mobilizado", declarou o repórter Didier François, que agradeceu aos diplomatas e agentes dos serviços secretos pelo trabalho "absolutamente formidável, com muita discrição".

O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, afirmou que vários sequestradores falavam francês.

François, da rádio Europe 1, relatou que os quatro passaram 10 meses em porões sem ver a luz do dia, um mês e meio acorrentados uns aos outros.

"Em um país em guerra, nunca nada é fácil, comida, água ou energia elétrica. Algumas vezes, tudo acontecia muito rápido, os combates estavam perto e éramos transferidos rapidamente em condições difíceis", disse.

O repórter Nicolas Hénin, da revista Le Point, feliz com os dois filhos no colo, afirmou que "nem sempre" o tratamento dos sequestradores era bom.

Hollande repetiu que a França não paga resgates no caso de reféns.

"É um princípio muito importante para que os sequestradores não caiam em tentação de tomar outros reféns. Tudo foi feito com negociações, conversações. Não quero ser mais preciso".

Desde o início da guerra entre o regime de Bashar al-Assad e os rebeldes em 2011, mais de 30 jornalistas estrangeiros foram sequestrados na Síria.

A libertação dos franceses aconteceu após a de vários jornalistas europeus que estavam sob poder do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL), o mais radical dos grupos jihadistas na Síria.

Mas alguns jornalistas continuam sequestrados no país, entre eles os americanos Austin Tice, desaparecido em agosto de 2012, e James Foley, desde novembro de 2012, que já foi colaborador com a AFP.

Por quatro dias, entre amanhã, sexta-feira, 4, e segunda-feira, cerca de 200 jornalistas e editores de todo o continente vão debater em Bridgetown, capital de Barbados, no Caribe, os principais problemas da imprensa no continente - e o grande destaque, deverá ser a difícil situação vivida pela imprensa escrita de oposição na Venezuela, ameaçada de ficar sem papel. É a Reunião de Meio de Ano da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), na qual os delegados de mais de 30 países também apresentarão relatos sobre a situação da liberdade de imprensa em cada um deles.

Além da Venezuela, outras questões polêmicas na agenda incluem as restrições à informação nosEstados Unidos - partidas de órgãos como a Agência Nacional de Segurança, a NSA - e um debate sobre a concentração de empresas de comunicação nas mãos de poucas empresas e o papel do Estado nesse processo. Amanhã cedo, a partir de 9 horas, o primeiro seminário do programa reunirá dois jornalistas da Espanha, Juan Luis Alonso e Adrián Segovia, em um debate técnico sobre "Fontes para novas receitas" no uso da internet, especialmente dos vídeos.

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O primeiro-ministro de Barbados, Freundel Stuart, deverá abrir oficialmente o encontro. Uma sessão solene marcará os 20 anos da Declaração de Chapultepec. Esse documento, discutido e aprovado na Cidade do México, em 1994, estabeleceu num texto curto, de 10 artigos, uma espécie de "constituição latino-americana" em defesa da liberdade de informação que acabou sendo assinada por 59 chefes de Estado da região.

A morte de seis jornalistas no semestre - depois do último encontro da SIP, em Denver, nos Estados Unidos - será o pano de fundo das análises sobre a situação da imprensa no continente, marcada por violência constante contra jornalistas. Outro tema polêmico será a discriminação de alguns governos - marcadamente Venezuela, Argentina e Equador - contra órgãos que os criticam, na hora de distribuir publicidade oficial.

Solidariedade. Como em encontros recentes, a denúncia de abusos do governo da Venezuela contra a imprensa de oposição - agora, impedindo-os de importar papel - deverá garantir os debates mais acesos.

Na terça-feira, a Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP fez um pedido ao presidente venezuelano Nicolás Maduro para que não imponha restrições ao embarque de papel oferecido por uma organização da Colômbia a jornais da Venezuela.

"Este gesto solidário porá à prova o governo da Venezuela, em sua estratégia de restrições diretas aos periódicos, uma das poucas vozes independentes que ainda restam no país e que o presidente Maduro busca silenciar", disse o presidente da comissão, Claudio Paolillo. Ele elogiou, ainda, a "grande capacidade criativa" de Caracas para impor a censura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, elogiou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro nesta semana e considerou semelhantes às ações do PT no Brasil com as da Venezuela. O petista ainda falou sobre democracia e alfinetou a imprensa.

Segundo o site do PT nacional, Rui Falcão afirmou que o Chefe do Executivo estrangeiro enfrenta planos de derrubada dos Estados Unidos e da elite local. “Foi despida de privilégios históricos que começaram a ser retirados” pelo ex-presidente Hugo Chávez.

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“Nós promovemos uma grande distribuição de renda no Brasil, assim como fez o presidente Chávez. E por isso, incomodamos tanta gente”, afirmou Falcão, dirigindo-se em seguida a mídia em geral. “A grande imprensa, os meios de comunicação monopolizados, querem que nossa solidariedade não seja manifestada”, disparou.

Falcão também defendeu a manutenção da democracia nos países latino-americanos e destacou a importância da paz nos países. “A democracia na região (na Venezuela) não é possível sem a unidade da América Latina, se não somos capazes de construir uma grande unidade democrática. A democracia não se constrói com violência, mas com paz”, opinou.

O Petista apoia a convocação proposta pelo governo venezuelano de uma Conferência Nacional de Paz que envolva todos os setores sociais, econômicos e políticos da Venezuela.

Uma das atribuições de um jornalista é perguntar. Desde que exista alguém pra ser questionado. Diante disso, parece que está cada vez mais difícil o trabalho dos repórteres no Clube Náutico Capibaribe.

Acredito que ninguém é obrigado a dar entrevista. Sou contra a cláusula existente no contrato dos jogadores alvirrubros que dizem que eles devem participar das coletivas para imprensa, sob pena de serem multados caso se neguem. Fala quem quer e quem tenha ao que falar.

A atitude Leleu, Hugo e principalmente de Luís Alberto, de se recusarem a dar entrevistas (o zagueiro pela segunda vez) após o treino desta quinta-feira, geram mais perguntas. O que está havendo que os jogadores não querem falar? É alguma retaliação a imprensa ou a diretoria do clube? 

Atitudes como essa surpreendem. Geralmente acontece quando o time não vem apresentando um bom futebol, em uma sequência muito grande de insucessos e uma crise fica instalada nos bastidores. Bem, o Náutico que é visto dentro de campo não é nenhuma maravilha ou algo que mereça um grande destaque, mas está longe de ser um fiasco. Como comparativo, basta lembrar da campanha do Campeonato Brasileiro do ano passado. O resultado adverso desta semana foi o primeiro fora de casa nesta temporada. Então fica difícil de entender a recusa dos jogadores.

Não vou entrar no mérito que ao se expor para os repórteres, os atletas estão falando aos torcedores do clube que defendem, além de dar visibilidade ao time e seus patrocinadores que são os responsáveis, em boa parte, pelo pagamento dos salários dos mesmos. Repito, jogadores não devem ser obrigados a dar entrevistas, mas devem deixar claro o porquê de não querer falar.

3 dentro

- Sport. Segunda vitória na série de clássicos contra o Santa Cruz. A última foi a mais importante, pois deu uma boa vantagem para os rubro-negros que podem até perder por um gol de diferença, que mesmo assim garantem vaga na final da Copa do Nordeste.

- Etiene Medeiros. Nadadora pernambucana se destacou nos jogos sul-americanos, disputado no Chile. Na competição a atleta conseguiu conquistar medalhas de ouro, prata e bronze.

- Fórmula 1. Com novas regras e com as principais equipes niveladas com as inferiores, a temporada deste ano da categoria, que começa neste final de semana, promete ser uma das mais equilibradas dos últimos anos. Os torcedores agradecem.

3 fora

- Naldinho. Volante do Sport, que há muito tempo não vinha sendo aproveitado pelo clube, foi pego no exame antidoping. A substância utilizada é um tipo de anabolizante, desnecessário para um jogador de futebol.

- FPF. A Federação Pernambucana de Futebol diz que vai acionar no TJD-PE o ex-presidente do Sport, Gustavo Dubeux. O dirigente fez duras críticas sobre arbitragem de Gilberto Castro Júnior após o jogo contra o Santa Cruz essa semana. A atitude da entidade dirigida pelo presidente Evandro Carvalho mostra mais uma vez a sua histórica truculência ditatorial. Não sabe conviver com críticas.

- Campeonatos estaduais. Defasados e financeiramente inviáveis, as competições continuam dando prejuízo. O Campeonato Paulista, dito o mais rico entre os regionais, deixará dívidas para 14 dos 20 times que o disputam. O pernambucano sobrevive graças ao aporte financeiro do Governo do Estado. Dinheiro público que mantêm algumas equipes.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira (18) que profissionais de comunicação receberão instruções sobre a maneira mais segura de fazer a cobertura de manifestações de rua no País. "A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) fará um estudo sobre os equipamentos necessários para a proteção dos jornalistas. Também irá dialogar com os representantes dos jornalistas e das imprensas para que possamos prevenir novos incidentes", afirmou Cardozo, após se reunir com o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann, e representantes da Associação Brasileira de Rádio e TV (Abert) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). "A ideia do grupo é estabelecer políticas de Estado na área de segurança pública, para a proteção de profissionais na área de comunicação em geral. Sabemos que existem vários ilícitos que têm sido praticados tendo como vítimas jornalistas ao longo de manifestações ou fora delas", completou.

Foi o primeiro encontro do grupo de trabalho formulado na semana passada como consequência da morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, morto enquanto cobria uma manifestação no centro do Rio de Janeiro. Cardozo declarou que é importante que todas as atividades profissionais envolvidas nas manifestações, como jornalistas e policiais, façam um treinamento específico para saber como atuar nesses eventos. Para tanto, afirmou que será lançado um manual para padronizar a atuação conjunta desses profissionais. "A ideia é que neste regramento houvesse um capítulo específico sobre proteção de profissionais da área de imprensa, sobre a atuação da polícia com um conjunto de regras para orientar, tanto policiais, quanto jornalistas, sobre como proceder em face a situações onde há conflitos e intervenção da polícia"

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Projeto- Sobre o projeto que o governo elabora para tentar diminuir a violência nas manifestações, Cardozo declarou que o texto deve ser encaminhado nos próximos dias. "Até o fim da semana o texto será fechado. Não é uma lei fácil de ser feita. Buscará tratar com rigor abusos, não importa de onde venham, de policiais ou manifestantes. Este projeto será encaminhado com regime de urgência à Câmara e caberá a mim e à ministra Ideli (Salvatti, das Relações Institucionais) dialogar com as lideranças do Congresso Nacional para encaminhar a votação".

Diante dos rumores de um começo de greve dos servidores de instituições de ensino federais em alguns estados brasileiros, a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) vai se pronunciar na próxima segunda-feira (17), às 9h. A instituição convocou a imprensa para apresentar uma posição sobre o plano de lutas do Movimento Docente em 2014, a partir do Congresso Nacional do ANDES - Sindicato Nacional.

A Adufepe quer deixar a sociedade esclarecida sobre a possibilidade de haver greve este ano. A Associação também pretende abordar os recentes fatos de insegurança no Campus Recife da UFPE.

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A última grande greve da UFPE, ocorrida em 2012, durou mais de 100 dias. Confira como a Adufepe avaliou essa paralisação.

A Forbes Media reduziu para seis os potenciais compradores da sua revista de negócios homônima em um leilão que pode levantar até US$ 475 milhões, segundo informações do Financial Times, citando pessoas familiarizadas com o processo.

Ofertas preliminares dos seis variam de US$ 350 milhões a US$ 475 milhões. Os compradores devem apresentar as ofertas finais até o final deste mês, informou o FT neste sábado, citando as fontes. Os lances poderão ser revisados para baixo após due diligence, no entanto. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O acesso à edição online do jornal britânico The Guardian foi bloqueado na China, indicaram fontes do jornal que não souberam explicar o motivo.

"Obviamente estamos consternados porque o theguardian.com foi bloqueado na China. A razão não está clara", disse um porta-voz do grupo.

"Estamos investigando a extensão do bloqueio e esperamos que o acesso ao nosso site volte em breve ao normal", acrescentou.

O jornal afirmou que tentou visualizar sua edição online na China através de vários buscadores e de diferentes computadores e locais, mas sem sucesso.

O jornal, que afirma ser o terceiro do mundo com mais visitas a sua página, explicou que não postou nenhuma notícia polêmica sobre a China recentemente.

"Nenhuma das histórias sobre a China publicadas pelo The Guardian nos últimos dois dias pode ser claramente vista como perigosa para a liderança do país", disseram eles em sua edição online.

"Um artigo, em 6 de janeiro, explora a tensão na região noroeste chinesa de Xinjiang, etnicamente dividida, mas o Guardian já havia feito uma cobertura do assunto antes, sem repercussões", acrescentaram.

A internet é rigorosamente controlada pelo governo da China e o acesso à informação é frequentemente bloqueado.

Na próxima terça-feira (17), a Comissão da Memória, Verdade e Justiça Dom Hélder Câmara vai realizar uma sessão pública para ouvir o depoimento do jornalista Milton Coelho. A ouvida está no contexto da temática que apura as “Ocorrências nos Meios de Comunicação”, na qual a Comissão busca evidências para preencher lacunas nas investigações dos casos de violação dos direitos humanos imposta à imprensa durante a ditadura militar.

A audiência, que é aberta ao público, tem início às 9h e acontece na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (ADUFEPE), no campus UFPE.

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Memórias do Cárcere - Com o Golpe de 1964, Milton Coelho, em uma de suas prisões, compartilhou experiências vividas no cárcere durante oito meses com o companheiro de cela Waldir Ximenes – amigo e conselheiro político do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar. Testemunhou as atrocidades sofridas por Ximenes e as subsequentes sessões de tortura e espancamento a que Waldir era submetido.

De forma surpreendente, o presidente Luciano Bivar, na coletiva de imprensa desta quarta-feira (27), decidiu regulamentar a coberta dos jornalistas para o próximo ano. Todas as emissoras vão ter que negociar com o Sport para poder transmitir os jogos e até ter espaço na sala de imprensa.

“O que a gente quer é regulamentar, para a própria otimização da imprensa. É preciso ter bom senso. Queremos uma imprensa esportiva profissionalizada”, ressaltou Bivar.

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 “Nós chegamos a essa decisão porque temos profissionais que são escalados para o cobrir o Sport que não entendem nada de futebol. As informações que são dadas por eles complicam os torcedores desavisados. A gente não pode hoje, no mundo profissional, ter esse tipo de repórter passional”, afirmou

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Os festejos que antecedem a 109ª festa de Nossa Senhora da Conceição homenagearam neste domingo (17), os profissionais da imprensa com uma missa de ação de graças. A solenidade celebrada pelo pároco Pe. José Roberto França no Morro da Conceição, no bairro de Casa Amarela, é uma forma de agradecimento pela divulgação da cerimônia religiosa promovida todos os anos pelos os veículos de comunicação.

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Apesar de não ser a padroeira do Recife, o dia de Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro é feriado municipal na capital pernambucana e consolidou-se aos longos dos anos como um dos ápices religiosos da igreja Católica. Com missas, adorações, shows católicos entre outras atividades, a programação oficial se iniciará no próximo dia 29 de novembro, no entanto, as celebrações como as de hoje seguem no clima que antecede a festa. 

Celebrada há quatro anos, a missa dedicada à imprensa tem o objetivo de reconhecer a atuação dos profissionais de comunicação tanto na divulgação da festividade religiosa, como de uma forma geral. “A imprensa é muito importante não só por nos manter informados, mas também por divulgar este evento maravilhoso da festa de Nossa Senhora da Conceição, que para a gente, é como se fosse o natal do Morro”, justificou o padre Roberto França. 

A relevância dos jornalistas e a prática não aprovada da censura à imprensa também foram comentadas pelo sacerdote durante a homilia. “Imagine o que seria de nós sem a imprensa, e ainda tem gente que quer censurá-los (...). Esses profissionais prestam um serviço maravilhoso para o Brasil e para o mundo, por isso, temos que apoiá-los e rezar a cada dia por eles”, ressaltou.

Como o evangelho tratou de forma profética das dificuldades da sociedade como os trechos que relata: “... Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído (Lucas 21,5-19)”, o padre também abordou a importância do alerta trazido na bíblia e a atitude de cada ser humano em meio aos problemas. “A palavra de Deus é uma palavra atual. Onde não está havendo guerras, pai matando filho e filho matando pai?, mas não se desespere (...). As dificuldades exigem que a gente resolva, tome uma atitude. É permanecendo firme que iremos ganhar a vida”, anunciou o sacerdote.

Além da celebração em ação de graças à imprensa, no domingo passado (10) a missa foi em homenagem aos taxistas e no próximo domingo (24) será dedicada aos voluntários que trabalharão na festa.

Vigília – Em preparação a comemoração de Nossa Senhora da Conceição será realizado no próximo sábado (23) uma vigília organizada pela Comunidade Católica Obra de Maria. O momento religioso é marcado por uma noite inteira de oração pela festa, das 22h às 5h.

A festa – A 109ª festa do Morro da Conceição começa no dia 29 de novembro e segue até o dia 8 dezembro com a procissão festiva ao evento. Durante os dias do evento deverão passar pelo Morro cerca de 60 padres que realizarão missas e confissões todos os dias e mais de um milhão de pessoas, segundo os organizadores.

Os dois principais acusados no caso das escutas ilegais por parte do "News of the World", tabloide do magnata Rupert Murdoch, eram amantes e tiveram de explicar o trabalho do veículo britânico - afirmou o procurador durante o julgamento, nesta quinta-feira (31), em Londres.

Dois ex-editores do "News of the World", Rebekah Brooks e Andy Coulson, foram amantes durante boa parte do tempo em que o tabloide espionava celebridades. O promotor Andrew Edis disse que o caso extraconjugal que os dois tiveram entre 1998 e 2004 prova que "confiavam um no outro" e serve de apoio para as acusações de que fizeram parte de uma conspiração para grampear telefones.

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Rebekah, protegida do magnata australiano Rupert Murdoch, que também é dono do jornal "The Sun" e do americano "Wall Street Journal", foi editora do "News of the World" entre 2000 e 2003, ano em que foi substituída por Coulson. Ela assumiu cargos de diretoria da empresa, e ele foi porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Ambos negaram ter tido algo a ver com os grampos no caso que tem outros seis réus. Edis disse que os dois amantes não estão sendo julgados moralmente. "Brooks e Coulson estão sendo julgados por conspiração e, quando a pessoa é acusada de conspiração, a primeira pergunta que se tem de responder é 'o quão bem se conheciam?' e 'o quanto confiavam no outro?'", explicou.

Segundo carta apresentada pelo promotor, Brooks escreveu para Coulson: "você é meu melhor amigo, explico tudo para você, confio em você". O promotor destacou que foi Rebekah que criou a equipe de investigação do tabloide, posteriormente incumbida dos grampos telefônicos.

Essa unidade recorreu ao investigador independente Glenn Mulcaire, que admitiu os crimes de grampos ilegais dos quais ele é acusado, disse o promotor. A procuradoria argumenta que Rebekah, Coulson e o então diretor-executivo Stuart Kuttner "tiveram de saber" sobre a espionagem a celebridades como a modelo Kate Moss, ou os atores Sienna Miller e Jude Law, porque controlavam o orçamento.

Mulcaire, que recebeu 100 mil libras (cerca de US$ 160 mil) por ano do jornal, a partir de 2001, admitiu recentemente que interceptou o telefone da jovem Milly Dowler, quando estava desaparecida.

Em meio às inúmeras escutas feitas pelo jornal, o caso de Dowler, que acabou sendo encontrada morta, foi o que causou mais indignação entre os britânicos. A crise levou Murdoch a fechar as portas do "News of the World" em julho de 2011, apesar das vendas milionárias. "A questão é: houve alguém que se perguntasse alguma vez 'para quê estamos pagando esse cara'?", disse Edis ao júri, referindo-se a Mulcaire.

"E o que ele estava fazendo? Bom, sabemos que era um 'hacker' telefônico e que era dos bons", concluiu o promotor. Depois de dois anos de investigações, o julgamento começou na segunda-feira. A polícia já prendeu cerca de 100 pessoas. O veredicto do caso deve sair em até seis meses. Entre os oito acusados, estão sete ex-diretores e funcionários do "News of the World", três deles próximos de Cameron.

A polêmica Lei de Mídia da Argentina, que obriga o Grupo Clarín a vender parte considerável de seus ativos de TV e rádio, é constitucional, segundo decidiu, nesta terça-feira, a Corte Suprema de Justiça (CSJ) do país, equivalente ao Supremo Tribunal Federal brasileiro. A votação foi apertada com quatro votos a favor e três contrários.

A lei foi aprovada no final de 2009, mas o grupo empresarial questionava os artigos que o obrigava a se desfazer de seus ativos mais valiosos, as licenças de TV a cabo, já que o texto limita o número de concessões. A corte ainda não divulgou detalhes da sentença, mas estima-se que o grupo teria um prazo de um ano para vender os ativos.

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A Lei de Mídia foi proposta pela presidente Cristina Kirchner logo após ela ter se distanciado do Grupo Clarín, durante conflito que travou contra o setor agropecuário. Em 2008, os produtores rurais promoveram um longo protesto com locaute contra o aumento de impostos do setor.

As vozes críticas, como a opositora deputada reeleita Elisa Carrió (UNEN), afirmam que a lei foi feita sob medida para punir o Clarín pelas reportagens críticas ao governo. Segundo ela, a Lei de Mídia tem o claro objetivo de manipular o conteúdo da imprensa. Carrió enviou, então, uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) para alertar sobre supostas pressões feitas pelo governo sobre os juízes com o fim de obter uma sentença favorável à lei.

Cento e dois casos de agressão contra jornalistas foram registrados durante a cobertura de manifestações em todo o país, desde junho. Vinte e cinco partiram de ativistas e 77 de policiais militares e agentes da Força Nacional. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28) pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O repórter fotográfico Sérgio Silva, que trabalha como freelancer, faz parte dessa estatística. “Meu caso ficou bastante conhecido por causa da brutalidade e pelo abuso da violência. Não tenho muito o que falar sobre o 13 de junho. Resumidamente: sofri agressão da Polícia Militar [PM]. Foi um tiro de bala de borracha e infelizmente fui atingido no olho esquerdo. A bala que me atingiu foi certeira. Tenho diagnosticado 100% da perda da visão do olho esquerdo. E isso está sendo muito difícil já que tenho o olho como meu instrumento de trabalho”, disse, em entrevista à imprensa. Sérgio Silva entrou com uma ação judicial pedindo reparação ao Estado pela violência que sofreu.

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Ao apresentar os números do levantamento, o diretor executivo da Abraji, Guilherme Alpendre, disse que a entidade tem observado o aumento da violência contra jornalistas nos últimos três anos. “Ela [violência] aumenta discretamente no número de homicídios”, declarou. Segundo ele, de cinco a oito jornalistas morrem assassinados a cada ano.

Mas os casos de agressões, na avaliação de Alpendre, têm sido frequentes, aumentando desde as eleições do ano passado e se intensificando com as manifestações. “Em 2013, contando desde os protestos de 13 junho até as 12h30 de hoje, chegamos a 102 agressões a jornalistas em protestos”, disse Alpendre, durante entrevista na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), na capital paulista.

Do total de 102 agressões, 39 ocorreram no estado de São Paulo, sendo que 38 delas na capital: Seis foram cometidas por manifestantes e 33 por policiais. No Rio de Janeiro, foram 24 casos, sendo 23 na capital, e dez delas partiram de ativistas. Os últimos episódios de violência contra jornalistas ocorreram no dia 21 de outubro, quando nove profissionais foram agredidos em manifestações ocorridas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Para o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, a violência contra os profissionais de imprensa, principalmente nas manifestações de junho, “superaram todas as estatísticas de violência anteriormente conhecidas”. Até então, de acordo com o sindicato, o episódio mais violento ocorreu em maio de 2011, durante a Marcha da Maconha, quando seis jornalistas foram agredidos. “Esse é portanto um caso político porque o Estado brasileiro é o responsável por essa agressão [contra os jornalistas]. É a Polícia Militar o elemento catalisador dessa violência contra o jornalista”, disse José Augusto Camargo, presidente da entidade.

Os jornalistas mais atingidos são os fotógrafos e cinegrafistas. Para Esdras Martins, secretário da Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo (Arfoc-SP), isso ocorre principalmente por causa da ação desses profissionais durante a cobertura, pois ficam sempre próximos dos manifestantes e dos policiais durante os conflitos. “Eles [cinegrafistas e fotógrafos] precisam estar perto. É muito próximo o contato do cinegrafista e do fotógrafo com a manifestação”, disse.

Adriano Lima, fotógrafo da Agência Brazil Photo Press, foi atingido por golpes de cassetete no último dia 21, quando tentava fotografar o momento em que um manifestante era detido por policiais. Para ele, uma das razões que explicariam as agressões contra jornalistas é a falta de melhor identificação dos profissionais e a falta de um preparo melhor para cobrir os protestos. “Nosso posicionamento pode estar errado por falta de orientação da Polícia Militar”, disse.

O sindicato e a Polícia Militar pretendem, em breve, se reunir em São Paulo para discutir uma forma a fim de evitar as agressões contra os profissionais da imprensa. Em 2012, um estudo feito pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) apontou que o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking de países que não punem os crimes cometidos contra os profissionais de imprensa.

Um jornal chinês apresentou neste domingo um pedido de desculpas na primeira página por ter defendido um de seus repórteres, que está preso por ter informado os problemas financeiros de um grande grupo industrial, novo episódio na polêmica sobre os meios de comunicação na China.

O jornal Xinkuaibao, publicado em Ghangzhou (sul), defendeu durante a semana o repórter Chen Yongzhou, em um raro gesto de desafio da imprensa chinesa. Chen havia sido detido alguns dias antes como suspeito de ter prejudicado a reputação de uma empresa".

Neste domingo (27), o jornal desautorizou o repórter. "Este jornal não foi suficientemente rigoroso no controle dos fatos denunciados na primeira versão da matéria", afirma, mas no canto da primeira página e com caracteres pequenos.

"Depois do incidente, o jornal adotou medidas inadequadas que afetaram muito a confiança pública nos meios de comunicação", acrescenta.

No sábado, o canal de televisão estatal CCTV exibiu um depoimento do repórter, com o uniforme verde de detento, no qual afirmava ter "fabricado" textos e admitia ter cometido erros e mostrava arrependimento.

Nas imagens, muito bem editadas, o jornalista de 27 anos também afirmava ter "atuado por cobiça", mas que estava "dividido entre o interesse pessoal e a ética profissional".

Em seu primeiro discurso na condição de presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Elizabeth Ballantine atacou nesta terça-feira, 22, o que classificou de "ditaduras democráticas" na América Latina, entre as quais mencionou Argentina, Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Equador.

"É uma óbvia contradição quando temos governos eleitos pelo povo em eleições livres que começam a destruir a democracia uma vez que chegam ao poder", declarou a americana, que terá um mandato de um ano frente à SIP, organização que reúne 1.400 veículos de comunicação do continente.

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Ballantine substitui o equatoriano Jaime Mantilla, que encerrou seu mandato durante a 69ª Assembleia Geral da entidade, realizada em Denver, nos Estados Unidos.

Documento aprovado ao fim do evento apontou as revelações de espionagem nos EUA, o assassinato de 14 jornalistas em um período de seis meses, as restrições crescentes à atuação da imprensa em vários países latino-americanos e a impossibilidade de acesso a informações públicas como as principais ameaças à liberdade de expressão nas Américas.

Ballantine ressaltou que o ataque à imprensa nas "ditaduras democráticas" é feito em nome da verdade, da justiça e da precisão. "Mas são eles (os governos) que definem o que é verdadeiro, justo e preciso", disse. "Eles ignoram a separação de Poderes, a Justiça, a independência e, claro, a liberdade de imprensa", afirmou.

Durante o evento, o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da entidade, Claudio Paolillo, destacou que todos os casos de assassinatos de jornalistas em 2013 no continente permanecem impunes.

Governo Obama

A grande novidade do encontro foi a inclusão dos Estados Unidos no rol de países nos quais a atividade jornalística está sob ameaça. O governo de Barack Obama iniciou mais processos contra funcionários públicos que vazam informações confidenciais do que todas as administrações que o antecederam.

Os jornalistas sustentam que a ofensiva amedrontou fontes de informação e levou à quebra do sigilo de comunicação em redações. O caso mais gritante foi o da Associated Press, alvo de investigação sobre a fonte de reportagem de um fracassado ataque terrorista no Iemên contra um avião com destino aos Estados Unidos.

"A SIP compartilhou preocupação de organizações estadunidenses sobre o rumo na liberdade de imprensa no país, sacudido por revelações de espionagem contra jornalistas e indivíduos", declarou documento aprovado no fim do encontro.

Leis de acesso

Na América Latina, a entidade defendeu a aprovação de leis de acesso à informação em todos os países da região e criticou a "cultura do segredo" que impera em vários países. "Os presidentes e funcionários públicos da Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua, Panamá e Venezuela se negam a conceder entrevistas ou entrevistas coletivas."

A americana Ballantine disse ainda esperar que os Estados Unidos não esteja no caminho de uma versão própria da "ditadura democrática", na qual o governo é o único a definir o que é "segurança nacional".

Os integrantes da entidade criticaram ainda o fato de o Congresso americano continuar mostrando resistência à aprovação de uma lei de proteção à fonte e que evite a prisão de jornalistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O continente americano encerrou o semestre de maior violência contra jornalistas em dez anos e viu as ameaças à liberdade de imprensa atingirem um novo patamar, com a intimidação de fontes e repórteres nos Estados Unidos e o uso de mecanismos de coerção econômica contra meios de comunicação em países como Argentina e a Venezuela.

Entre março e setembro, 14 jornalistas foram assassinados na América Latina, um recorde para a última década, segundo dados divulgados ontem pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que realiza sua 69.ª Assembleia Geral em Denver, nos Estados Unidos. Dois deles foram mortos no Brasil.

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"Todos os casos permanecem impunes", disse ao Estado o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da entidade, Claudio Paolillo. Segundo ele, o assassinato de jornalistas tem impacto intimidador sobre a imprensa e aumenta a possibilidade de que repórteres passem a praticar a autocensura para se preservar.

Ao lado da violência, aprofundou-se o ataque à imprensa em outros países da região. Inúmeros jornais da Venezuela deixaram de circular pela impossibilidade de importar papel jornal - insumo que não é negado às publicações controladas pelo governo. Na Argentina, os meios de comunicação independentes estão sendo estrangulados economicamente pela decisão do governo de proibir anúncios de redes de supermercados e de eletrodomésticos.

Imposto há oito meses, o "boicote publicitário" levou a uma queda de receita de 20% dos veículos independentes, o que pode representar US$ 60 milhões anuais, de acordo com relatório sobre a Argentina apresentado ontem.

A restrição da publicidade privada foi acompanhada da expansão dos anúncios oficiais, canalizados para os veículos alinhados com o governo. "Além dos meios diretos de cerceamento, alguns governos estão usando meios econômicos que secam fontes de receita dos meios de comunicação, observou Alexandre Jobim, presidente da Associação Interamericana de Radiodifusão.

Ofensivas para suprimir a imprensa independente também estão sendo promovidas na Bolívia, na Nicarágua e no Panamá. No Equador, entrou em vigor há quatro meses a Lei Orgânica de Comunicação, que estabelece amplo controle estatal sobre a atuação da imprensa e permite a interferência governamental no conteúdo jornalístico.

"Nenhum país da região está vacinado contra a essa doença", ressaltou Paolillo, em referência às tentativas de cercear a atuação da imprensa sob o slogan da "democratização".

Em sua opinião, a situação ficou mais sombria depois da revelação de que os Estados Unidos mantêm um extenso sistema de monitoramento das comunicações de seus cidadãos, o que compromete o sigilo da relação dos jornalistas com suas fontes.

Além de ameaçar a liberdade de imprensa no país, a prática de espionagem debilita a imagem internacional dos Estados Unidos como uma referência nessa área. "Governos na Argentina, no Equador, na Venezuela vão poder dizer: ‘se o governo americano está espionando seus jornalistas, por que nós não podemos fazer o mesmo?’", lamentou Paolillo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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