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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu, na última quarta-feira (19), a literatura de cordel como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Conselho Consultivo, que se reúne no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

"Poetas, declamadores, editores, ilustradores, desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores, e folheteiros, como são conhecidos os vendedores de livros, já podem comemorar, pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro", anuncia o Iphan. A reunião contou com a presença do Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, da presidente do Iphan, Kátia Bogéa e do presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira.  

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O gênero literário é ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros. Segundo o instituto, apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração de populações. 

História

O cordel foi inserido na cultura brasileira ao final do século 19. O gênero resultou da conexão entre as tradições orais e escritas presentes na formação social brasileira e carrega vínculos com as culturas africana, indígena e europeia e árabe. Tem ligação com as narrativas orais, como contos e histórias; à poesia cantada e declamada; e à adaptação para a poesia dos romances em prosa trazidos pelos colonizadores portugueses. 

Originalmente, a expressão literatura de cordel não se refere em um sentido estrito a um gênero literário específico, mas ao modo como os livros eram expostos ao público, pendurados em barbantes, em uma especie de varal. De acordo com o Iphan, os poetas brasileiros no século 19 conectaram todas essas influências e difundiram um modo particular de fazer poesia que se transformou numa das formas de expressão mais importantes do Brasil.

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Após ter anunciado a suspensão de um cargo em seu concurso público, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou uma nova retificação do edital. O órgão reabriu as inscrições para o 'Cargo 2: Técnico 1 – Área 2'. 

As inscrições poderão ser feitas das 10h da próxima segunda-feira (27) até as 18h do dia 10 de setembro por meio do site da banca organizadora, mediante pagamento de uma taxa no valor de R$ 117. As candidaturas feitas anteriormente continuam confirmadas e não precisam ser refeitas.

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Também foram feitas mudanças nos requisitos para exercer a função, que passa a exigir que os candidatos aprovados no concurso tenham diploma de curso superior em arqueologia fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), no caso de instituições brasileiras, ou emitido por instituições estrangeiras reconhecidas pelas leis do país de origem, cujos títulos tenham sido revalidados no Brasil. 

Candidatos que tenham diploma de graduação em outros cursos mas têm diploma de pós-graduação em na área de concentração em arqueologia, com dissertação de mestrado ou tese de doutorado sobre arqueologia e com pelo menos dois anos consecutivos de atividades científicas próprias do campo profissional da arqueologia, devidamente comprovadas. 

Além disso, candidatos que tenham formação em outras áreas, mas que comprovem experiência de cinco anos corridos ou dez anos intercalados no exercício de atividades científicas próprias do campo profissional da arqueologia, também estão aptos ao exercício do cargo. 

Profissionais de outras áreas que tenham especialização em arqueologia e pelo menos três anos de experiência comprovada atuando na área também serão aceitos. Para mais detalhes, acesse o edital de retificação

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O prazo de inscrições para o concurso público do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que oferece salários de até R$ 5.035 para jornadas de 40 horas por semana e 411 vagas, se encerra na próxima segunda-feira (9). Há oportunidades para cargos de níveis fundamental e médio.

Para participar, os interessados devem acessar o site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que é a banca responsável pelo concurso. Também é preciso pagar a taxa de inscrição, no valor de R$ 84 a R$ 117, a depender do cargo pretendido. Para mais detalhes, acesse o edital.

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As inscrições para o concurso público do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que oferece 411 vagas em funções de níveis médio e superior e salários de até R$ 5.035, abre as inscrições nesta segunda-feira (18).

Para participar, os interessados devem acessar o site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que é a banca responsável pela organização do certame, a partir das 10h. As inscrições podem ser feitas até o dia 9 de julho e custam de R$ 84 a R$ 117, a depender do cargo pretendido. Para mais detalhes, acesse o edital.

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) divulgou, nesta terça-feira (12), o edital de um concurso público com 411 vagas para todo o país e salários de até R$ 5.035. As vagas se destinam a profissionais com escolaridade de nível médio e superior. 

No nível superior há vagas as áreas de comunicação social, engenharia cartográfica, ciências sociais, arqueologia, arquitetura e urbanismo, arquivologia, biblioteconomia, ciências biológicas, engenharia agronômica, engenharia civil, história e pedagogia. Também há cargos que aceitam candidatos graduados em qualquer área. 

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No nível técnico, há vagas para auxiliar institucional nas áreas de conservação e restauração de bens culturais móveis, edificações e agronomia, além de vagas que exigem apenas o ensino médio. 

Os candidatos a vagas de nível médio farão provas objetivas e discursivas, enquanto os interessados nos cargos que requerem diploma de nível superior também preveem a realização de análise de títulos. 

Para participar, é necessário se inscrever a partir do dia 18 de junho até 09 de julho, através do site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que é responsável pela organização do concurso. É necessário pagar uma taxa no valor de R$ 84 para vagas de nível médio/técnico e R$ 117 para concorrer a vagas de nível superior. 

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) divulgou uma autorização para realizar um concurso público com 411 vagas destinadas a profissionais com escolaridade de nível médio e superior. 

O anúncio foi feito através da publicação de uma portaria na página 70 do Diário Oficial da União desta quinta-feira (3) e o prazo para a publicação do edital é de seis meses a partir da publicação da autorização, ou seja, até novembro de 2018.

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No nível médio, há 131 vagas para o cargo de auxiliar institucional I. As demais oportunidades são divididas entre os cargos de técnico I e analista I, que se destinam a  candidatos com diploma de graduação.

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O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF) quer que a Prefeitura do Rio só faça autorização para o uso de locais tombados pelo patrimônio histórico federal para eventos e festividades, após consultar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A recomendação, assinada pelos procuradores da República Sérgio Suiama, Renato Machado, Jaime Mitropoulos e Solange Braga, responsáveis pela defesa do patrimônio histórico na Procuradoria da República no Rio de Janeiro, foi feita na segunda-feira (11). O documento foi enviado ao prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e ao coordenador-geral de Promoção de Eventos da Subsecretaria de Comunicação Governamental (CGPE), Rodrigo Castro.

Os procuradores pediram para que o prefeito e o coordenador-geral se abstenham de autorizar o uso desses locais para colocação de instalações provisórias ou alterações do aspecto físico, das condições de visibilidade ou da ambiência do bem tombado ou da área do entorno, sem a prévia manifestação do Iphan.

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A recomendação é consequência das pichações e danos ao prédio do Paço Imperial, do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no centro do Rio e ao Arco do Teles, na Lapa, também na região central. Todos eles são bens tombados federais e sofreram os vandalismos durante uma festa no Paço Imperial, no dia último dia 3, sem a prévia autorização do Iphan.

De acordo com o MPF, o decreto-lei 25, de 30 de novembro de 1937, e a portaria Iphan n°. 420, de 22 de dezembro de 2010, impedem qualquer alteração em bens tombados sem autorização do órgão federal do patrimônio histórico.

Na recomendação encaminhada ao prefeito, os procuradores citaram ainda o decreto municipal 43.604, de 31 de agosto de 2017, que estabeleceu um procedimento simplificado para a autorização de eventos e festividades em vários pontos da cidade como na orla marítima, no Aterro do Flamengo, na Quinta da Boa Vista, no Alto da Boa Vista, na Lagoa Rodrigo de Freitas e na Orla Conde, todos tombados pelo patrimônio histórico federal, que segundo o MPF estão sujeitos, portanto, a regime especial de uso e ocupação.

Os procuradores da República deram o prazo de 10 dias úteis para que a prefeitura informe se cumprirá espontaneamente a notificação do MPF. Além disso, a Procuradoria da República também instaurou procedimento específico para apurar a corresponsabilidade da prefeitura pelos danos causados durante a festa. A Prefeitura do Rio informou à Agência Brasil que ainda não recebeu a notificação do Ministério Público Federal.

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Valores, apoio e ética são as três características que o concurso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) prezam no edital nacional que segue até o dia 2 de março. Os candidatos que queiram participar, devem criar uma identidade visual para os bens do Patrimônio Cultural Brasileiro, valorizando os 80 anos do instituto e as suas ações. O selecionado irá ganhar o prêmio de R$ 30 mil. Poderão participar do concurso apenas pessoas físicas com uma proposta inédita por participante, e as regras estão disponíveis no edital do concurso.

A ficha de inscrição está disponível no portal do Iphan e o interessado deverá enviar as informações para o e-mail: emblema.patrimonio@iphan.gov.br com os arquivos digitalizados, em jpg ou pdf. As propostas serão avaliadas por uma comissão julgadora, que será constituída por nove membros nomeados pela presidente do Iphan. O resultado preliminar do concurso será divulgado no portal em maio e o lançamento oficial do Emblema está previsto para o dia 17 de agosto. 

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O Iphan, ao longo da história, teve a política nacional de patrimônio expandida e relacionada hoje com diversos campos. Gestão urbana, gestão ambiental, direitos humanos e culturais – atuando desde o poder de polícia até a educação –, formação profissional e pesquisa, e crescente envolvimento internacional. O Instituto está presente em 27 Superintendências Estaduais, 26 Escritórios Técnicos, dois Parques Nacionais e cinco Unidades Especiais.

Em 80 anos de atividade foram protegidos 87 conjuntos urbanos - em cerca de 80 mil bens em áreas tombadas e 531 mil imóveis em áreas de entorno já delimitadas-, e três estão sob o tombamento provisório. Nessas áreas, o Instituto atua e investe recursos, tanto direta – na forma de obras de qualificação – quanto indiretamente – por meio de parcerias com outras instituições municipais e estaduais. Além disso,  tem sob sua proteção 40 bens imateriais registrados, 1.262 bens materiais tombados, oito terreiros de matrizes africanas, 24 mil sítios arqueológicos cadastrados, mais de um milhão de objetos arrolados, cerca de 250 mil volumes bibliográficos e uma vasta documentação de arquivo.

 

“Se o Brasil tem uma cara, essa cara foi dada pelo Iphan”. Assim, a diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, descreve a importância do órgão que completa 80 anos nesta sexta-feira (13) com a missão de preservar o patrimônio material e imaterial do País. Entretanto, ela faz o alerta para o risco que o instituto corre de não conseguir cumprir o seu papel em razão, principalmente, da falta de orçamento e de quadro funcional.

O Iphan foi criado em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei nº 378, e segundo Kátia, esses 80 anos foram fundamentais para a construção de identidade nacional e preservação da memória do Brasil. “Nos anos 30, com a chegada do automóvel e com as políticas higienistas, as pessoas buscavam o progresso, a industrialização. Aquelas cidades coloniais teriam que dar espaço às grandes avenidas, então começou uma destruição em massa e um rompimento com esse passado colonial. Foi preciso que uma elite de intelectuais liderasse esse movimento de preservação. Começaram uma corrida contra o tempo e contra a destruição. Assim, o Iphan ja nasceu nessa luta de preservar nossa memória”, disse.

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Ao longo de sua trajetória, a política nacional de patrimônio foi expandida e se relaciona hoje com diversos campos como gestão urbana e ambiental, direitos humanos e culturais, atuando desde o poder de polícia e fiscalização até a educação, formação profissional e pesquisa e envolvimento internacional.

O Iphan foi a primeira instituição de preservação do patrimônio da América Latina e hoje luta para continuar esse trabalho. Ele está presente em todo o território nacional, com 27 superintendências estaduais, 26 escritórios técnicos, dois parques nacionais e cinco unidades especiais e responde por uma gama de atribuições constitucionais.

“O Iphan já está correndo risco com um corpo técnico diminuto diante da suas complexas atribuições e da quantidade absurda de bens que temos sob nossa responsabilidade. Temos uma situação quase de insolvência”, disse a presidente, contando que metade dos 698 funcionários da instituição deve se aposentar nos próximos dois anos.

Além de não ter previsão de novos concursos, não existe plano de carreira e os salários são muito baixos no Iphan, segundo Kátia, o que causou uma evasão gigantesca no órgão. O Iphan é vinculado ao Ministério da Cultura, que tem um dos menores orçamentos da Esplanada dos Ministérios.

Valorização do patrimônio material e imaterial

Para ela, é preciso uma estratégia de educação e valorização do patrimônio material e imaterial do país. “Esse mundo a que chegamos agora é onde você tem essa massificação, essa globalização, o ser humano muito ligado à materia, às coisas e inteligências artificiais que o futuro está nos destinando. Então essa dimensão humana, de nossas histórias, nossas memórias, e toda a trajetória humana, essa construção coletiva do ser humano precisa se valorizada”, disse.

Kátia explica que o Brasil possui uma diversidade cultural que poucos países têm, mas também uma baixa autoestima. “Esse ativo, em um futuro que vai chegando, é o que vai nos diferenciar nesse mundo globalizado. Nós temos que elevar nossa autoestima, nós somos muito e não estamos enxergando o quanto nós somos. Nossos políticos têm que entender que é essa dimensão humana é que vai destacar o Brasil lá fora”, ressaltou Kátia.

A valorização e a ocupação do patrimônio, para a presidente do Iphan, partem de uma comprensão politica, de um amadurecimento da população, que passa, necessariamente, por um processo de formação educacional de compreensão da importância desse ativo para a população brasileira perante o mundo. O patrimônio precisa ser ocupado para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do país, é uma questão política e estratégica perante o mundo, afirma a presidente.

“Em países que têm um história muito mais antiga, os centros históricos são utilizados como um ativo, até porque não têm mais para onde crescer, então eles trazem o progresso e o desenvolvimento usando o patrimônio, ocupando as cidades históricas e os significados e as referencias culturais fazendo parte da modernidade e da contemporaneidade”, disse, explicando que o patrimônio é um ativo turístico e de estoque imobiliário incrível que no Brasil fica abandonado.

Nesses 80 anos de atividade, foram tombados 87 conjuntos urbanos (o que implica em cerca de 80 mil bens em áreas tombadas e 531 mil imóveis em áreas de entorno já delimitadas) e três estão sob tombamento provisório.

Parcerias com outras instituições

Nessas áreas, o Iphan atua e investe recursos, tanto direta, na forma de obras de qualificação, quanto indiretamente, por meio de parcerias com outras instituições, além do Programa de Aceleração do Crescimento Cidades Históricas e dos Planos de Mobilidade e Acessibilidade Urbana.

Em 2017, segundo Kátia, o Iphan vai entregar mais de 700 obras de restauração em 44 cidades, entre praças, mercados, passeios públicos e pontes. O instituto tem sob sua proteção 40 bens imateriais registrados, 1.262 bens materiais tombados, oito terreiros de matrizes africanas, 24 mil sítios arqueológicos cadastrados, mais de um milhão de objetos arrolados (incluindo o acervo museológico), cerca de 250 mil volumes bibliográficos e vasta documentação de arquivo.

Na página do Iphan está disponível uma linha do tempo com os fatos que marcaram a história da preservação do patrimônio cultural no Brasil. A iniciativa é aberta a contribuições e procura promover o debate e a reflexão sobre memória e o patrimônio cultural.

O casarão da Academia Pernambucana de Letras (APL) está em obras há um ano e será reaberto ao público na próxima segunda-feira (12) às 16h. Na ocasião haverá uma homenagem ao escritor Marcos Vinicios Vilaça. Os acadêmicos Merval Pereira, da Academia Brasileira de Letras (ABL), e José Paulo Cavalcanti, da APL, estarão à frente das saudações ao homenageado. 

Obras

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As obras no casarão, que é patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e corria risco de desabar, eram para conservação das fachadas, cobertas, estucaria, forros e azulejos. A reforma custou R$ 2 milhões e foi custeada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através da lei de incentivo à cultura. 

Visita Guiada

Após a reabertura, será possível agendar visitas guiadas em grupos no casarão, a partir do dia 17 de janeiro. Os horários disponíveis são às terças e quintas-feiras, das 14h30 às 17h30. O agendamento deverá ser feito através do site da academia.

Olinda é uma cidade de muita história. Parte dela está impressa nas construções centenárias que se erguem sobre seu sítio histórico. Mas casas, prédios e igrejas são acompanhadas de uma cultura viva, pulsante, que se manifesta de várias maneiras e têm seu ápice no carnaval.

Essa cultura pulsante tem a ver com o fato de Olinda ter um sítio histórico ocupado residencialmente. São seus moradores os responsáveis por tocar e dançar coco até de manhã, criar clubes, troças e blocos carnavalescos, produzir inúmeras formas de arte e artesanato, pela gastronomia, características que fazem da cidade uma 'atelier gigante' e conferem a ela uma identidade tão forte que atrai turistas de todo o mundo.

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Essa cultura, o patrimônio arquitetônico, esses moradores são a matéria com a qual se pensou a exposição ComeMorar Olinda, aberta para o público nesta quinta (9) no escritório do Iphan em Olinda, localizado na Rua do Amparo, 59. Sob curadoria de Aluizio Câmara, fotos, vídeos e clipes buscam trazer um pouco do que é morar em olinda, e como seus moradores se relacionam com a cidade e seu patrimônio histórico.

A abertura da exposição terá shows da banda olindense Bonsucesso Samba Clube e da Mestra Dona Ana Lúcia do Coco, além de cortejos das Sambadeiras e Maracatu Leão Coroado. Nos intervalos, se apresenta o VJ Mozart Santos, que fará também uma projeção mapeada de vídeos e animações na fachada do casario.

A exposição marca o início do funcionamento da Casa do Patrimônio, projeto nacional do Iphan que instala espaços mais colborativos e próximos à comunidade em sítios históricos do país. "A população é nossa grande parceira na preservação do patrimônio", argumenta Frederico Almeida, superintendente pernambucano do Instituto. "E Olinda tem como singularidade a paixão que os moradores têm pela cidade", completa.

Exposição

ComeMorar Olinda está prevista para ficar em cartaz pelo menos até janeiro de 2016. "A ideia é sociabilizar a preservação. Se as pessoas não entenderem o que é patrimônio, nao é possível preservá-lo", explica o curador Aluizio Câmara. Para isso, foi-se em busca dos moradores do sítio histórico. Artistas plásticos como Iza do Amparo e Roberto Vieira, músicos como Roger Man (da Bonsucesso Samba Clube), Gilú amaral (Orquestra Contemporânea de Olinda) e Ana Lúcia do Coco, pessoas ligadas ao carnaval como Carlinhos Porciúncula (fundador da troça Mulher na Vara) e Dona Dá, moradora da Rua da Boa Hora que distribui Troféus e frutas para as agremiações carnavalescas. 

"Foram mais de 20 moradores entrevistados", diz Aluizio. O curador dividiu a exposição em três eixos: relembrar, conviver e celbrar. Ainda do lado de fora do espaço expositivo, foram instaladas duas 'janelas digitais', que exibirão vídeos destes moradores convidando a conhecer olinda. 

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No primeiro espaço, uma sala de estar simula uma casa de Olinda. Em vídeos, moradores contam histórias como numa conversa, relembrando sua vivência na cidade. Na segunda parte, um passeio por dentro das casas, também em vídeos, levando o visitante ao convívio diário dos ocupantes das casas tombadas pelo patrimônio histórico. 

Fotos tiradas do mesmo local comparam a efervescência das ruas do Olinda durante o Carnaval, e sua calmaria em outras épocas do ano. As imagens, feitas por Costa Neto, também retratam monumentos históricos, além de cenas do cotidiano da cidade. Algumas fotos do livro Olinda memórias fotográficas também compõem a mostra.

Casa do Patrimônio

O projeto é nacional, e pretende instalar centros mais próximos aos moradores de sítios históricos de todo o país. "A ideia é criar um espaço de interlocução em prol do patrimônio. Nós trabalhamos para a populacao, o patrimônio é de todos", explica o superintendente do Iphan em Pernambuco, Frederico Almeida.

Para Fernando Lima, diretor da casa do Patrimônio de Olinda, o objetivo é fazer a população enxergar o Iphan com Outros olhos que não o de instância fiscalizadora. "Um dos desafios é quebrar esse paradigma de que o Iphan é uma instituição que só diz não", explica. Para isso, a estratégia é abrir a casa para eventos, lançamentos, debates, oficinas, em parceria com diferentes agentes da sociedade civil.

Em maio, está marcada a realização de um encontro que reunirá instituições da sociedade civil organizada, representantes do poder público local e universidades para discutir a atuação da Casa do Patrimônio em Olinda. "Queremos uma gestão que seja compartilhada", afirma Fernando.

Abertura

Nesta quinta (9), a exposição ComeMorar Olinda será aberta ao público com shows da banda Bonsucesso Samba Clube e Ana Lúcia do Coco, além de cortejos das Sambadeiras e do Maracatu Leão Coroado. Nos intervalos, se apresenta o VJ Mozart Santos, que fará também uma projeção mapeada de vídeos e animações na fachada do casario.

O palco será montado em frente à bica dos Quatro Cantos. A intenção é utilizar o local outras vezes para futuros eventos. Durante a abertura, serão lançados também os volumes I e II do livro Barroco e Rococó nas Igrejas de Recife e Olinda, de Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e Emanuela Souza Ribeiro. As obras retratam exemplos de obras desstes movimentos artísticos nas igrejas das cidades.

Serviço

Abertura ComeMorar Olinda

Quinta (9) | 18h30

Casa do Patrimônio de olinda (Rua do Amparo, 59 - Carmo, Olinda)

Visitação

Terça a sexta | 9h às 12h e 14h às 17h

(81) 3429 2862

Gratuito

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) não aprovou o pedido da Prefeitura de Caruaru para utilizar a Estação Ferroviária como Polo Cultural. A liberação será restrista ao período junino. A Prefeitura vai recorrer da decisão para que o local não fique tanto tempo ocioso e possa ser usado em função da cultura da cidade.

Segundo a Fundação de Cultura de Caruaru, a ordem será cumprida, mas com pesar. A pretensão da atual gestão era tornar a Estação num local exclusivo para a manutenção e disseminação cultural. Desde o ano de 2013 o local vinha sendo usado para apresentações culturais, shows e esquetes teatrais. Lá passaram a funcionar a Casa dos Artistas e o Teatro de Mamulengos Mamu Sebá. E até o fim deste ano seriam inaugurados a Casa do Pífano, a Casa do Boi Tira-Teima e a sede da Academia Caruaruense da Literatura de Cordel.

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A Fundação de Cultura está em contato com o IPHAN para discutir um novo formato de utilização da Estação Ferroviária. O objetivo é conseguir uma cessão definitiva do espaço.

A Cajuína, uma das bebidas típicas do Piauí, foi recentemente registrada como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, um órgão colegiado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).  

O objetivo do título é a preservação da identidade local, valorizar o produto e o modo artesanal de produzi-la, além de atrair maior visibilidade para a bebida e estimular o surgimento de políticas destinadas à qualidade do produto. 

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O pedido de registro foi apresentado pela Cooperativa de Produtores de Cajuína do Piauí (Cajuespi). Além da bebida, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan registrou a produção tradicional e as práticas socioculturais associadas a essa bebida como Patrimônio Cultural Brasileiro. 

Avaliadas em R$ 1,3 milhões, e com verbas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), as obras de reforma e restauro do Cine Olinda, localizado no bairro do Carmo, não tiveram avanço significativo em comparação a última visita que o LeiaJá fez ao espaço em outubro do ano passado. Uma das promessas mais antigas da Prefeitura de Olinda, a inauguração do cinema chegou a ser anunciada para dezembro de 2013, mas até o momento a reforma ainda não foi concluída. E Olinda, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, continua sem ter nenhum cinema funcionando no seu território.

Na visita que o LeiaJá fez ao equipamento cultural em outubro do ano passado, Marcolino da Silva, mestre de obras do espaço, informou que 80% da reforma já estava pronta e o que faltava era apenas o acabamento. Ainda na ocasião, Fernando Medeiros, responsável pelas obras naquele período, avisou que em dezembro de 2013 o Cine Olinda seria entregue à população.

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A equipe do LeiaJá visitou novamente a reforma no Cine Olinda no começo de abril, mas foi proibida pelos funcionários das obras de fazer imagens de dentro do equipamento cultural. Um deles, que preferiu não se identificar porque está proibido de repassar detalhes sobre o assunto, informou que Marcolino Silva estava em viagem e que ainda falta pintar, colocar boa parte das cerâmicas e da estrutura elétrica no espaço, e que o atraso na entrega foi devido a algumas alterações no projeto - que não foram mencionadas. Além disso, segundo Francisco Neto, o atual contratado pelo IPHAN para coordenar as obras do Cine Olinda, qualquer informação relacionada à reforma do Cine Olinda deve ser solicitada diretamente ao órgão - e que ele poderia até ser multado caso comentasse algo.

A Prefeitura de Olinda também ressaltou que a obra do Cine Olinda está sendo executada pelo IPHAN e que todas as informações deveriam ser obtidas junto ao órgão. O LeiaJá tentou diversas vezes entrar em contato com algum representante do IPHAN, mas até o fechamento desta reportagem não teve retorno. 

Teatro do Parque não será entregue no seu centenário

Projeto de reforma do Cine Olinda 

Um dos cinemas mais movimentados do Estado entre as décadas de 1930 e 1970, O imóvel estava em ruínas desde o início da década de 1970. Situado na Avenida Sigismundo Gonçalves, bairro do Carmo, foi alvo de constantes invasões até .

Segundo o projeto de restauração, o Cine Olinda contará com uma sala de cinema e teatro com capacidade máxima de 320 lugares, um auditório, sala multifuncional no piso inferior com capacidade de 80 lugares, uma sala multimídia, sala de reunião no piso superior com capacidade para 30 pessoas, uma cabine de projeção, sala para administração e um depósito, além de uma lanchonete.

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