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O vice-presidente da CBF e atual presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero, defendeu nesta sexta-feira que a Portuguesa seja punida caso entre na Justiça comum para tentar anular o seu rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, como prometeu nesta semana o clube.

"Provavelmente, terá punição. O Estatuto da CBF prevê que não pode entrar na Justiça comum. Recomendamos que se cumpra a Justiça desportiva", afirmou Del Nero, ao ser questionado sobre uma possível punição que poderia ser imposta pela CBF caso o clube paulista acione a Justiça comum.

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Na noite da última terça-feira, em reunião do Conselho Deliberativo da Portuguesa, o clube decidiu entrar com ação na Justiça comum para tentar anular a decisão do STJD, que definiu o rebaixamento do clube com a punição da perda de quatro pontos no último Campeonato Brasileiro. A Portuguesa alega o descumprimento do Estatuto do Torcedor que prevê a necessidade de publicação das punições dos atletas com antecedência, o que não aconteceu no caso da punição de Héverton, utilizado de forma irregular na rodada final do torneio.

Para Del Nero, Ilídio Lico, presidente da Portuguesa, está pressionado a acionar a Justiça comum em razão das manifestações dos torcedores do clube. "O presidente da Portuguesa está acuado em face das manifestações dos torcedores", disse.

Enquanto Del Nero deu uma opinião contrária e até ameaçadora ao desejo da Portuguesa de tentar se manter na elite do futebol brasileiro através da Justiça comum, o presidente da CBF, José Maria Marin, evitou comentar a situação. "Não quero comentar esse assunto. Está no nosso departamento judiciário", comentou.

No final de 2013, o STJD puniu a Portuguesa e o Flamengo com a perda de quatro pontos pela escalação irregular de Héverton e André Santos, respectivamente, na rodada final do Brasileirão. A decisão causou o rebaixamento da Portuguesa e recolocou o Fluminense na Série A. A partir disso, dezenas de ações foram protocoladas por torcedores na Justiça alegando o descumprimento do Estatuto do Torcedor

A CBF, por sua vez, conseguiu cassar todas as liminares alegando que os torcedores não têm legitimidade para defender os interesses da Portuguesa. Assim, até já divulgou a tabela da edição de 2014 do Campeonato Brasileiro, sem o clube paulista.

O presidente da CBF, José Maria Marin, e o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, tiveram reações opostas ao serem comunicados e questionados sobre a decisão do atacante Diego Costa de optar por defender a Espanha. Nesta terça-feira, enquanto o dirigente prometeu lutar até as últimas consequências pelo jogador, Parreira avisou que desistiu de Diego Costa para a seleção visando a Copa do Mundo de 2014.

"O Brasil lutará até o fim pela inscrição do jogador. Temos um bom contato com a Federação Espanhola de Futebol, mas iremos até as ultimas instâncias para inscrever o atleta", disse Marin, durante evento de apresentação dos centro de treinamentos que estarão disponíveis para as seleções na Copa de 2014. "Ele já escolheu a Espanha, mas isso não encerra o episódio", completou o presidente da CBF.

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Parreira, porém, avisou que a comissão técnica da seleção brasileira não conta mais com Diego Costa. Por isso, o atacante do Atlético de Madrid está desconvocado dos amistosos de novembro, diante de Honduras e Chile, nos dias 16 e 19 de novembro, em Miami e Toronto, respectivamente.

"Fui favorável a que se lutasse ate ele se manifestar. Depois disso, eu não traria mais o atleta O processo se esgotou quando ele disse que não quer jogar pela seleção brasileira", afirmou Parreira, sendo completado por Marin, que discordou, avisando que a CBF vai lutar ao menos para que Diego Costa não atue pela seleção da Espanha. "A comissão tem liberdade de convocar quem quiser, mas vamos lutar pelo que julgamos ser nosso direito", afirmou.

Diego Costa foi convocado pela primeira vez para defender a seleção brasileira no início deste ano, para amistosos com a Rússia e a Itália, mas depois não foi lembrado mais. Diante da boa fase do jogador do Atlético de Madrid, a Espanha começou a cogitar chamar o centroavante, se aproveitando de brecha que permite o jogador a atuar por uma outra seleção, desde que não tenha participado de competições oficiais.

Na semana passada, Felipão chamou antecipadamente Diego Costa e outros quatro jogadores para os amistosos de novembro sob a alegação de que isto era necessário para que ele conseguissem o visto de entrada nos Estados Unidos. Nesta terça, porém, o jogador encerrou a novela ao confirmar a intenção de jogar na seleção da Espanha em documento oficial divulgado pela Real Federação Espanhola de Futebol.

Agora sem Diego Costa, Felipão anuncia nesta quinta-feira, no Rio, a lista de convocados da seleção brasileira para os amistosos com Honduras e Chile. Na semana passada, além do atacante do Atlético de Madrid, agora desconvocado, ele chamou Hulk, Lucas Leiva, Daniel Alves e Marquinhos.

A CBF comunicou, nesta terça-feira (22), que o presidente José Maria Marin voltará a se reunir com membros do grupo Bom Senso FC na próxima segunda-feira. O movimento reúne jogadores do futebol brasileiro e defende mudanças no calendário do futebol nacional. De acordo com a nota oficial divulgada pela entidade, em que convida membros do movimento para o encontro, marcado para as 14 horas de 28 de outubro, na sede da CBF, a reunião servirá para "discutir, positivamente, alterações no calendário do ano de 2014 e outras questões de real importância para todos os segmentos que constituem a essência do futebol".

O convite para o encontro foi feito um dia após o fim do prazo estipulado pelo Bom Senso FC para que a CBF respondesse aos pedidos feitos na reunião anterior, realizada no dia 7 de outubro. Os jogadores reclamaram que não receberam uma resposta efetiva da entidade, mas agora terão um novo encontro com Marin.

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Além do presidente da CBF e dos membros do Bom Senso FC, a entidade também convidou o Sindicato Nacional das Associações de Futebol Profissional, a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, a Comissão de Clubes da CBF e a Rede Globo, "por ser a emissora detentora dos direitos de transmissão das competições de âmbito nacional" para a reunião. Segundo a CBF, "a reunião tem como objetivo encontrar alternativas eficazes e delinear sugestões comuns que atendam a todos os interessados".

No último fim de semana, durante a rodada do Campeonato Brasileiro, os jogadores das equipes realizaram um abraço coletivo simbólico antes de cada uma das partidas para mostrar a união do movimento Bom Senso FC. O grupo, que conta com centenas de integrantes, incluindo jogadores importantes, como Rogério Ceni (São Paulo), Dida (Grêmio), Juninho Pernambucano (Vasco) e Alex (Coritiba), foi criado no final de setembro por não concordar com a forma como vem sendo conduzidas as decisões do futebol brasileiro, sendo a principal reclamação em relação ao calendário.

Inicialmente, o calendário da temporada 2014 previa o início dos campeonatos estaduais para 12 de janeiro, o que levaria alguns a jogadores a terem apenas quatro dias de pré-temporada, se os 30 dias de férias forem respeitados, pois o Campeonato Brasileiro se encerrará em 8 de dezembro. Várias federações estaduais, porém, estão cedendo ao apelo dos jogadores e postergando o começo das competições.

A crise no São Paulo é resultado de "problemas internos" do clube. A avaliação é do presidente da CBF, José Maria Marin. Em declarações à reportagem, o cartola não escondeu sua preocupação com a situação do clube pelo qual já atuou nos anos 1950 como jogador. "Isso é um problema interno do São Paulo", disse.

Marin afastou qualquer possibilidade de que o clube possa ser beneficiado por uma virada de mesa, caso ao final do campeonato esteja na zona de rebaixamento. "O regulamento será cumprido", disse. "Isso eu posso garantir. Não há qualquer chance de uma mudança", afirmou, insistindo que uma de suas prioridades é a "qualidade da arbitragem". "Todas as acusações serão avaliadas", disse.

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O presidente da CBF, porém, indicou que há muito campeonato pela frente, antes de a situação do São Paulo ser decretada como definitiva. "Há muito para ocorrer ainda. Muita coisa pode ocorrer", disse. O São Paulo é o penúltimo colocado no Campeonato Brasileiro, com apenas nove pontos.

Quase sempre polêmico, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, fez mais uma vez declarações inesperadas. Em entrevista ao jornal O Globo (RJ), Marin falou sobre os bastidores da conquista da Copa das Confederações, dos cortes de Ramires e Ronaldinho Gaúcho, além da situação de Alexandre Gallo, ex-treinador de Sport e Náutico.

O mandatário da entidade destacou a parceria com a torcida e o resgate da confiança. Quando questionado sobre as ausências de alguns jogadores, Marin disse que não falava em nomes diretamente. “Não cito nome. Mas a mulher dele (Ramires) ainda disse que a seleção era uma máfia, porque ele não foi mais convocado”, afirmou.

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O repórter Jorge Luiz Rodrigues foi incisivo: “A mulher do Ramires falou isso numa entrevista...”. “Não falo nome, mas foi um jogador que atua na Inglaterra. Imagina se o Thiago Silva virasse para o grupo e falasse que não poderia aceitar uma convocação para enfrentar a Rússia e a Itália, porque a mulher dele marcou um jantar com as amigas... Jamais! Todos os jogadores sabem dessa história do jogador que trocou a seleção por um jantar”, disparou Marin.

Sobre Ronaldinho Gaúcho, que chegou atrasado à apresentação da seleção em Belo Horizonte, cidade que reside atualmente, mesmo morando na cidade, para o amistoso contra o Chile, Marin foi irônico. “Você me convida para um jantar na sua casa. Eu chego à sua casa, e você não está. Eu espero, espero, e você, que é o anfitrião, é o último a chegar. A seleção vai para a mesa do jantar e quem é o último a chegar? O anfitrião. Não dá!”, disse.

Na entrevista o presidente da CBF ainda revelou que a premiação para o título da competição foi de R$ 4,8 milhões, incluindo Alexandre Gallo, treinador das categorias de base da Seleção. “Limpei tudo na seleção sub-20, que não se classificou para o Mundial, e dei uma missão ao Gallo, que estava no Náutico. Depois, já ganhamos dois títulos. Gallo ajudou muito o Felipão e o Parreira. Então, demos o prêmio igual para o Gallo. O Felipão me pediu isso e eu o atendi”, revelando o que pretende para o futuro em seguida.

“Mesmo com qualquer resultado, Felipão continua após a Copa. Se o Felipão tiver proposta e quiser sair, meu candidato é o Gallo. Quero aproveitar o Gallo com o Parreira. Se Felipão continuar, ficam Felipão e Parreira. Eu não mudo. Mas, se o Felipão não quiser continuar no futuro, o Gallo será o treinador”, finalizou.

O presidente da CBF, José Maria Marin, voltou a falar nesta segunda-feira sobre seu envolvimento com o regime militar e negou novamente ter relação com a morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, nos porões do DOI-CODI, em São Paulo. Com voz cansada, ele disse que não fez mais do que um aparte a um discurso do então deputado estadual Wadih Helou e insinuou que as denúncias têm relação com a eleição à presidência da entidade, marcada para abril do ano que vem.

"Talvez você acredite que uma mentira dita mil vezes se torne verdade. É um fato que não tem nada a ver, ocorrido em 1975. Depois, fui governador, tive outros cargos políticos e ninguém mencionou mais este fato. Só agora. Para ver como o futebol tem importância", disse. "Sou um homem de paz, nunca fiz um ato deliberado contra quem quer que seja."

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Marin tentou explicar mais uma vez sua intervenção no discurso de Helou. "É simples. Fiz um aparte, de menos de dois minutos, dizendo que a TV Cultura, do governo, não estava divulgando as obras realizadas pelo governador Paulo Egídio no interior. Eram seis obras. Disse que o governador não tinha o que reclamar ou o jornalista estava errado. Disse que se apurasse a verdade."

Em seguida, Marin relacionou as denúncias ao fato de ter assumido a presidência da CBF, no ano passado. "Foram mais de 35 anos sem que esse assunto fosse tocado. Agora que assumi este cargo, surgem essas coisas".

Presidente também do Comitê Organizador da Copa do Mundo, Marin garantiu que não vai se candidatar à reeleição na CBF e que sua missão até o fim do mandato é contribuir para a conquista do hexacampeonato mundial.

"Meu único trabalho é dar essa alegria à torcida brasileira. Fora isso, não tenho ambição política nenhuma. Tenho compromisso com a verdade."

Marin aproveitou o ensejo para reforçar sua afinação com o governo federal e que tudo não passava de uma tentativa de minar sua relação com a presidente Dilma e seus interlocutores. "Eu estava conversando justamente isso com o ministro Aldo (Rebelo, dos Esportes). Estão querendo nos intrigar", destacou.

A pergunta sobre o envolvimento do cartola com a morte de Herzog foi feita por um jornalista sueco, em inglês. Percebendo o constrangimento de Marin, o assessor da Fifa que conduzia a coletiva alertou agressivamente que novas indagações sobre o tema não seriam aceitas e que as perguntas deveriam se restringir à organização da Copa das Confederações, encerrada no domingo, 30, com a vitória do Brasil por 3 a 0 sobre a Espanha.

Na véspera da abertura da Copa das Confederações, José Maria Marín viveu uma noite de unanimidade em Brasília. No Bar do Alemão, restaurante do ex-deputado Celso Russomanno (PRB) às margens do Lago Paranoá e a poucos metros do Palácio da Alvorada (residência oficial da presidência), o presidente da CBF e seu vice, Marco Polo Del Nero, foram homenageados pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), com a Ordem do Mérito de Brasília. Cerca de 500 convidados participaram da festa, entre deputados, governadores e cartolas.

O cenário em nada lembrava uma cerimônia solene e, em meio a petiscos e bebidas de boteco, Marín usou seu discurso para afagar o governo federal e convocar o Brasil a "dar as mãos, independentemente das diferenças políticas e das siglas partidárias". Embora sua relação com a presidente Dilma Rousseff seja apenas protocolar, Marin afirmou existir "uma perfeita integração entre a CBF, o COL (Comitê Organizador Local), o governo federal e os governo estaduais."

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Entretanto, chamou a atenção à ausência do nome da presidente em todos os discursos da noite. "Hoje é sobre futebol e não sobre política", afirmou Marin. Marco Maia, deputado e ex-presidente da Câmara, também discursou, lembrando o empenho de Lula para a realização da Copa no Brasil: "Se não fosse a decisão do governo federal, representado pelo presidente Lula de ter cerrado fileiras junto com a CBF, não estaríamos realizando esse evento".

Marco Polo Del Nero, candidato à sucessão de Marin, foi engrandecido pelo presidente que o chamou de "irmão" e, em seu discurso, o presidente da federação paulista rememorou o hino da Copa de 70: "Para frente Brasil" foi a frase usada por ele, para finalizar sua fala, seguida de aplausos.

A festa foi marcada por trocas de elogios e presentes. Depois de receber as honrarias do Governador, Marin presenteou Agnelo Queiroz com o primeiro "pin" de ouro da CBF e com uma camiseta assinada por todos os jogadores da Seleção. "Essa homenagem que recebo é de um valor muito grande, porque representa o pensamento, a grande caixa de ressonância dessa cidade", afirmou o presidente da CBF ao governador.

Apesar de acontecer no mesmo dia em que representantes do MST montaram barricadas em frente ao Estádio Nacional Mané Garrincha, o protesto foi ignorado. Solenemente.

Os cartolas permaneceram no local noite adentro. Os primeiros convidados começaram só a ir embora depois da 1h30 da manhã. Foi apenas o esquenta para a abertura da Copa das Confederações, neste sábado, com o jogo entre Brasil e Japão, às 16 horas, no Estádio Nacional (Mané Garrincha).

A confiança de José Maria Marin em Luiz Felipe Scolari segue inabalável. Nesta manhã de quarta-feira (12), o presidente da CBF voltou a reiterar o respaldo total que dá ao técnico da seleção brasileira e foi além ao dizer que o treinador seguirá à frente do time nacional enquanto ele presidir a entidade.

Embora a CBF esteja com eleições presidenciais marcadas para abril de 2014, Marin chegou a projetar a permanência de Felipão até mesmo para depois da Copa do Mundo, até porque o seu mandato irá até o final do próximo ano. "Ele não ficará só até a Copa do Mundo. Enquanto eu estiver na CBF, ele ficará à frente da comissão técnica. Está garantido o Felipão e toda sua comissão técnica", prometeu o dirigente, em entrevista para a Rádio Bandeirantes.

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Marin também garantiu que uma possível campanha fracassada na Copa das Confederações, na qual o Brasil estreará neste sábado, contra o Japão, em Brasília, não mudará os seus planos em relação ao técnico da seleção. Ao falar sobre o assunto, o dirigente enfatizou que o treinador tem "carta branca" para tomar as decisões que considerar melhor para o time nacional.

"O Scolari, com sua experiência, certamente irá conduzir a seleção da melhor maneira possível. Tenho total confiança na comissão técnica, onde quero também destacar o Parreira. Estou tranquilo quanto a isso", enfatizou, repetindo que Felipão seguirá "sem dúvida nenhuma" no comando do Brasil após a Copa das Confederações.

O presidente da CBF também voltou a defender a troca de comando na seleção em meio ao ciclo que visa a Copa das Confederações e a Copa de 2014. Em novembro passado, a demissão de Mano Menezes se deu de forma surpreendente, mas Marin disse nesta quarta que a mudança ocorreu na "hora exata" para que o time nacional engrenasse rumo aos seus próximos maiores objetivos.

Para defender a volta de Felipão ao comando da seleção e a consequente saída abrupta de Mano do time nacional, o mandatário chegou a citar a demissão do consagrado José Mourinho do Real Madrid, de onde o treinador português saiu pela porta dos fundos antes de assumir o Chelsea.

"A substituição de qualquer técnico, sejam em clubes ou na própria seleção, faz parte da rotina do futebol brasileiro e do futebol mundial. Há pouco tempo, tivemos a saída do Mourinho de um dos maiores clubes do mundo, do Real Madrid. Isso é normal. O importante é a conclusão desse processo de substituição", projetou.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, classificou como "especulação e intrigas" a movimentação de clubes e federações para a sua sucessão - a eleição está marcada abril de 2014, mas o eleito só assumirá o cargo no primeiro semestre de 2015. Os nomes mais cotados para disputar o pleito são os do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, e do ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez.

"Existe um calendário, que está sendo cumprido. Nós não vamos nos omitir. Haverá uma sucessão natural, tranquila", disse José Maria Marin. "Sobre especulação e intrigas, eu não tenho tempo para isso".

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O dirigente afirmou que nesse momento a sua preocupação é dar tranquilidade para que Luiz Felipe Scolari conquiste a Copa do Mundo de 2014 e que o ambiente político não interfira na seleção. "Os processos eleitorais na Federação Paulista e na CBF vão ser conduzidos de forma natural e sem perturbar o nosso principal objetivo que é conquistar a Copa do Mundo. A prioridade é dedicarmos todo o nosso trabalho e a nossa atenção à Copa do Mundo no nosso país", disse.

O presidente da CBF voltou a dizer que nem mesmo um eventual fracasso na Copa das Confederações, no próximo mês, provocaria mudanças no comando da seleção brasileira. "É claro que queremos ganhar essa Copa das Confederações, mas como não estamos participando das Eliminatórias, a competição vai servir para entrosar mais a seleção brasileira. Se por ventura nós não conseguirmos conquistar a Copa das Confederações, em nada vai alternar o trabalho do Felipão", afirmou.

José Maria Marin também garantiu que não trabalhará contra nenhum candidato opositor. "Todo cidadão que tiver a justa pretensão de se candidatar é legítimo. Considero isso perfeitamente normal. Nós vivemos em um país democrático e eu sou um democrata. Não quero entrar na discussão de nomes ou possibilidades".

Durante assembleia geral realizada nesta terça-feira na sede da CBF, no Rio, o presidente da entidade, José Maria Marin, garantiu que vai prosseguir no cargo até o final do seu mandato, em abril de 2015. A eleição para a escolha do seu sucessor se dará um ano antes, em abril de 2014.

Marin foi enfático no encontro com 27 dirigentes de federações estaduais ao dizer que não vai ceder a nenhuma pressão para se afastar da presidência da CBF. Concluiu, entretanto, que não será candidato à reeleição.

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Essas informações foram confirmadas à imprensa por vários presidentes de federações que participaram da assembleia realizada nesta terça, quando o balanço das contas da entidade no exercício de 2012 também foi aprovado por unanimidade pelos dirigentes.

Marin vem tendo a sua continuidade à frente da CBF colocada em xeque nos últimos meses, pois tem sido alvo de constantes denúncias, incluindo a de superfaturamento na compra do prédio que abrigará a nova sede da entidade. Os argumentos apresentados pelo mandatário para rebater as denúncias, porém, foram aceitos pelos dirigentes que estiveram na sede da entidade nesta terça.

Os presidentes das federações estaduais estão reunidos nesta terça-feira na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com o presidente da entidade, José Maria Marin. A assembleia geral extraordinária da CBF começou por volta das 11 horas com o objetivo de aprovar as contas de 2012 e deve durar pelo menos duas horas.

O clima é tenso porque, além das aprovações das contas, está em jogo a sucessão de Marin, prevista para abril de 2014. Uma parte das federações exige da cúpula da CBF um aumento expressivo da "mesada" que recebe da entidade. Hoje essa "mesada" gira em torno de R$ 50 mil por mês. Parte das federações quer que esse valor suba para, no mínimo, R$ 100 mil por mês.

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Esse jogo político tem como pano de fundo a sucessão de Marin. Parte das federações condiciona o apoio ao candidato de Marin, provavelmente Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, em troca do aumento da mesada. As eleições para presidente da CBF estão marcadas para abril de 2014, às vésperas da Copa do Mundo.

Essa pressão por parte das federações acontece no momento em que começam a surgir nomes de possíveis candidatos de oposição, entre eles do ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que tem apoio do ex-jogador e deputado federal Romário e do também ex-jogador e membro Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Ronaldo.

Mais um vídeo polêmico acusando o presidente da CBF, José Maria Marin, foi publicado no youtube. O usuário desconhecido, registrado com o codinome de Justice Just, lançou o terceiro vídeo em que é registrada uma voz, que seria do mandatário da entidade maior do futebol nacional, planejando “agrados” para os presidentes das federações estaduais para que Marco Polo Del Nero fosse eleito como o seu vice da CBF.

Na gravação, a voz que seria de Marin organiza um jantar às vésperas da eleição e exige vários itens para cortejar os “eleitores” a votar em Marco Polo.

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Primeiro, Marin debocha do costume do antigo presidente da entidade, Ricardo Teixeira, de fazer esse “teatrinho”, como o mesmo teria dito no vídeo, em churrascarias. Querendo se diferenciar de Teixeira, Marin escolheu o Gero, um restaurante onde o jantar para uma pessoa pode chegar a custar R$ 200,00. Depois ele diz que a idéia é “agradar os caras, mostrar que estamos fazendo tudo da melhor forma”.

Após a divulgação dos dois vídeos anteriores, publicados há cerca de 15 dias, Marin decidiu se calar e fingir que nada aconteceu, isenta-se de dar qualquer explicação sobre as acusações.

   

O filho do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura em 1975, Ivo Herzog, entregou nesta segunda-feira uma cópia do abaixoassinado com quase 55 mil assinaturas que pede a saída do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin. Acompanhado dos deputados federais Romário (PSB-RJ), presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), presidente da Comissão de Cultura, Ivo Herzog protocolou a cópia do abaixoassinado e teve de deixá-la na recepção da sede da CBF, já que, segundo lhe foi dito, Marin não estava no prédio, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

"Recentemente descobri documentos que mostram a participação do senhor José Maria Marin durante o período do regime militar brasileiro", afirma Ivo no documento entregue à CBF e enviado às 27 federações estaduais de futebol e aos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. "Estão com as cópias nas mãos. Agora, ou vão se manifestar, ou vão ser coniventes", disse o filho de Herzog. Ele contou ter informações de que a Comissão Nacional da Verdade vai convocar Marin a depor sobre o caso. "E aí é importante que se diga: não será um convite, mas uma convocação. E ele será obrigado a comparecer", afirmou.

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O abaixoassinado foi feito por meio do site Avaaz e, segundo Ivo, contou com a assinatura de nomes como Chico Buarque de Hollanda. O filho de Herzog chegou à sede da CBF às 15h08 e, minutos depois, já havia subido ao andar da entidade e protocolado a entrega da cópia, ao lado de Jandira e Romário. "É bom que o torcedor brasileiro saiba quem está no comando da entidade maior de futebol do País", disse o ex-atacante. Um grupo de quatro torcedores (com camisas de Vasco, Botafogo, Fluminense e Flamengo) fez um pequeno protesto em frente à sede da CBF e conversou com Ivo e os parlamentares.

Numa tarde agitada na Câmara, o deputado federal Romário de Souza Faria (PSB-RJ) recebeu na última terça-feira a reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" em meio a três reuniões, telefonemas de outros parlamentares, recados de seus assessores e muita correria, literalmente. Toda vez que cruzava alguma área pública do Congresso, Romário acelerava o passo e deixava todos para trás. É uma estratégia para fugir das fotos com fãs, o que ele não evita se for abordado.

Numa conversa que se estendeu pelos Anexos II e IV do Congresso, pelos corredores de acesso ao plenário e ainda em seu gabinete, Romário fez duras críticas à cúpula da CBF e chamou o vice-presidente da entidade, Marco Polo del Nero, de chefe do "cartel" da entidade. Também acusou os dirigentes da confederação de superfaturamento na compra de terreno para a nova sede da CBF. Ele parecia seguro e tranquilo, apesar do assédio de todos os lados, e demonstrou intimidade com seu papel político. Em relação às críticas de Romário aos dirigentes, a assessoria de imprensa da CBF disse que só se manifestaria mais efetivamente ao tomar conhecimento de todo o teor da entrevista, publicada nesta quinta-feira, na qual disse, entre outras coisas, que a próxima eleição presidencial da CBF "vai ser comprada".

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No final do ano passado, Romário protocolou na Câmara o pedido de uma CPI da CBF. E, ao ser questionado se acredita não haver interesse do governo em investigar a entidade, ele respondeu: "Estou aqui há pouco mais de dois anos e já pude reparar que não existe interesse do governo em abrir CPI nenhuma. Não me pergunte por quê. Com uma CPI do futebol, iniciada agora, o Brasil teria condições de chegar ao ano do Mundial limpo, de cara nova. Reina muita bagunça no nosso futebol. O estatuto da CBF, até onde eu sei, incentiva os investimentos nas bases, na formação de atletas femininas, tantas outras coisas. E não se vê isso".

O ex-jogador, campeão mundial pelo Brasil em 1994, destacou que "é tudo muito nebuloso na CBF" e, ao comentar o fato de que as eleições na entidade são marcadas por denúncias de compra de votos há décadas, soltou: "A próxima eleição (em 2014) vai ser comprada também. Torço e acredito que apareça algum candidato avulso, contrário aos métodos atuais e que possa incomodar os atuais dirigentes".

Romário ainda apontou Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e ex-diretor de seleções da CBF, como um nome de sua preferência para assumir a entidade que controla o futebol brasileiro. Ele disse que o dirigente "tem seus defeitos e problemas, como todos nós, mas já deu provas de que é um ótimo administrador e botou o Corinthians no topo". "Se ele hoje, o Andrés Sanchez, se candidatasse à presidência da CBF, muito provavelmente teria meu apoio. Outro nome que também seria excelente é o Raí, um cara íntegro, inteligente, muito respeitado. O ideal seria uma chapa unindo eles dois", completou.

E o ex-jogador não recuou quando voltou a ser questionado se está realmente convicto de que a próxima eleição da CBF já está comprometida. "Não tenho dúvidas. Vai rolar muito dinheiro. O candidato avulso deve brigar contra isso. Não pode se equiparar ao grupo dominante e sim passar para as federações e clubes a ideia de que é preciso iniciar um processo de profissionalização e moralização do futebol", ressaltou.

"SAUDADES DE TEIXEIRA" - Romário também disse nesta entrevista que chega até "a ter saudades" de Ricardo Teixeira no comando da CBF, embora tenha sido um crítico feroz do antecessor de José Maria Marin na presidência da entidade. "É impressionante a quantidade de coisas erradas na CBF a cada dia. O Teixeira, nos últimos dez anos, foi muito prejudicial à CBF, envolvido em muitos escândalos de corrupção. Mas, por outro lado, olhou muito para o futebol da seleção. Hoje, nós somos o 18.º no ranking da Fifa. É por isso que falo de saudades dele, mas só por isso", reforçou.

Já ao ser questionado sobre a possibilidade de Del Nero assumir a CBF, na eventualidade da saída de Marin, Romário fez sérias acusações ao dirigente: "Ele (Del Nero) é o pior dos três. É o cabeça do atual cartel que virou a CBF. É quem faz os negócios, as negociatas da entidade. É ele quem manipula os presidentes de federações, de clubes. Se chegar à presidência da CBF, vamos viver um inédito período de ditadura no nosso futebol".

Romário disse defender o voto das federações e dos "mais de 200 clubes" filiados à CBF para eleger o presidente da entidade, e não apenas dos times que fazem parte da Série A do Brasileiro, conforme prevê o estatuto do organismo. O atleta, porém, admitiu estar descrente com a possibilidade de Marin ser afastado da presidência da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, após ter pedido para a Fifa tirá-lo destes cargos.

"Pedi, não obtive nenhum retorno nem vou obter. Quem dá as cartas do futebol não se interessa pelas minhas denúncias. Mas a população reconhece e cobra lisura e honestidade cada vez mais. O Marin tem que sair e deixar o Ronaldo tocar o Comitê Organizador da Copa. Todo dia a gente sabe de uma novidade lá da CBF. Soube, por exemplo, que a CBF comprou um terreno na Barra da Tijuca para fazer a nova sede. Quem pagasse R$ 9,5 mil por metro quadrado na área escolhida pela CBF já estaria pagando bem alto, segundo corretores. Pois bem, a CBF pagou R$ 14,5 mil por metro quadrado. Superfaturamento de R$ 25 milhões na obra. Alguém questiona? Investiga? Não pode, é empresa privada. Mas não é bem assim. A CBF usa nosso hino, bandeira, símbolos, nossos atletas. Tem que responder por isso", cobrou.

CONVOCAÇÕES COMPRADAS - Ao ser questionado se hoje ocorrem pagamentos de propinas por convocações de jogadores para a seleção, como o presidente do Sport, Luciano Bivar, o ex-craque disse que ocorreu na convocação do jogador Leomar em 2001, o atleta disse que esse tipo de prática ilegal já aconteceu.

"Tem, ou pelo menos já teve, a gente sabe disso, sempre soube, mas é coisa bem feita, não tem como provar. O pior de tudo está nas categorias de base da seleção e de alguns clubes. Ali é a caixa preta", denunciou.

Um vídeo publicado no Youtube pelo perfil Justice Just (de autor ainda desconhecido) pode abalar as estruturas do futebol brasileiro, compremetendo o presidente da CBF, José Maria Marin, e seu vice, Marco Polo Del Nero. Na gravação, uma voz, supostamente de Marin, aparenta conversar com outra pessoa (ouve-se apenas a voz do cartola) e faz ameaças aos irmãos Walter e Bruno Balsimelli, donos da empresa BWA, que presta serviços para boa parte dos grandes estádios brasileiros.

Na gravação, a suposta voz de Marin fica irritado pelo fato de supostamente os irmãos Balsimelli estarem usando os nomes de Marin e Del Nero para fechar os contratos da BWA, com a voz afirmando que Del Nero poderia acabar preso com isso.

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Em um segundo vídeo, também publicado pelo mesmo perfil, José Maria Marin supostamente debocha do Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. Confira os vídeos: 1 e 2

Em entrevista concedida por telefone, o presidente da Comissão da Verdade - seção São Paulo -, deputado Adriano Diogo (PT), afirmou que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL), José Maria Marin, "está comprometido até o pescoço com a morte do jornalista Vladimir Herzog", ocorrida em 1975, no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2.º Exército, na Vila Mariana, em São Paulo. Diogo foi procurado pela reportagem depois de uma reação exaltada de Marin à tarde, no Rio, durante encontro com a imprensa de comitiva da Fifa que visitava o Brasil.

O dirigente esportivo ficou irritado ao falar sobre sua eventual participação na prisão de Herzog, após uma pergunta dirigida ao secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que tratava de denúncias contra o homem forte do futebol brasileiro.

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"Desafio você (apontando para o jornalista do jornal O Estado de S. Paulo) a me trazer um documento em que eu tenha citado alguma vez em minha vida essa pessoa (Herzog) e em que eu tenha feito menção a esse acontecimento (prisão ou morte do jornalista, então diretor da TV Cultura)", declarou Marin, com o dedo em riste e com o tom de voz alterado.

Em 9 de outubro de 1975, Marin era deputado estadual pela Arena e fez um pronunciamento crítico na Assembleia Legislativa, voltado para Herzog. "É preciso, mais do que nunca, uma providência, a fim de que a tranquilidade volte a reinar, não só nesta Casa, mas principalmente nos lares paulistanos." Em 24 de outubro daquele ano, Herzog foi convocado para prestar informações no dia seguinte ao DOI-Codi. À tarde, de acordo com autoridades militares, ele teria se enforcado numa das celas.

Nesta quinta-feira, Marin, repetia durante sua intervenção num hotel do Rio. "Não fiz um discurso, fiz um aparte e o que estranho é que isso foi em 1975. Estou com minha consciência tranquila."

Apesar do desmentido de hoje - pela primeira vez Marin falou publicamente sobre o assunto desde que assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Futebol, em março do ano passado - a Comissão da Verdade vai convidá-lo para que ele tente esclarecer alguns pontos com relação à prisão e morte do jornalista.

O presidente da CBF, José Maria Marin, desconversou, no final da noite da última segunda-feira, em Londres, ao ser questionado por que trocou o técnico Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira. O dirigente teceu vários elogios ao ex-treinador do time nacional, mas não deu um motivo claro para a demissão e disse não ter pensado em contratar Pep Guardiola, novo comandante do Bayern de Munique e que fez história dirigindo o Barcelona, entre outras coisas, por ele ainda não ter ficado à frente de uma seleção.

"Quero expressar publicamente minha gratidão ao técnico Mano Menezes e sua comissão técnica. Entretanto não é a primeira vez que se troca um técnico da seleção. Faz parte da vida do futebol brasileiro. Na formação dessa seleção ele tem uma bela participação. Chega o Felipe com o mesmo anseio que o Mano tinha. Troquei, acredito, no momento certo. Da mesma forma que confiei no trabalho do Mano, confio no do Scolari. É uma página (de Mano Menezes) que guardo com gratidão. É uma página (de Scolari) do futuro que aguardo com muita confiança", afirmou Marin, em entrevista ao SporTV concedida na capital, onde o Brasil enfrentará a Inglaterra, em amistoso nesta quarta, que marcará a reestreia de Felipão.

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Questionado se o ex-técnico do Barcelona Pep Guardiola teria lugar como técnico da seleção brasileira, o presidente da CBF foi bastante crítico. Ele considera o espanhol um grande treinador, mas não tem dúvida que os técnicos brasileiros estão na frente na disputa pelo cobiçado cargo.

"Acho que o Guardiola tem grandes mérito como jogador e técnico. Os títulos que conquistamos foram com treinadores brasileiros. Já tivemos técnicos estrangeiros que vieram no passado e fizeram evoluções, como o (húngaro) Bella Guttman (campeão paulista pelo São Paulo em 1957), houve uma transformação muito grande. No próprio país que ele (Guardiola) é respeitado, ele não é o treinador. Quem treina a seleção da Espanha é o Vicente Del Bosque. Por que então traríamos ele?", questionou Marin, para depois colocar outros nomes na frente de Guardiola como opções caso Felipão não tivesse assumido a seleção.

"Foram cinco títulos mundiais com técnicos nossos... Se porventura eu não pensasse no Scolari, nós temos o Abel (Braga) com grande campanha no Fluminense; temos o (Paulo) Autuori, que voltou (ao Brasil após deixar a seleção do Catar); o (Vanderlei) Luxemburgo; o Muricy Ramalho; o Tite...", completou.

Sobre o técnico do Corinthians, Marin disse que um dos motivos que o levou a antecipar o anúncio de Scolari no lugar de Mano foi evitar tirar o foco do treinador corintiano da disputa do Mundial de Clubes, em dezembro do ano passado. "Se acontecesse qualquer coisa, iam dizer: 'O Marin tirou o foco do Tite'".

O presidente da CBF mostrou muita satisfação com os adversários que o Brasil vai enfrentar este ano, tanto em amistosos como pela Copa das Confederações. Segundo ele, a CBF tem de respeitar o contrato firmado com a empresa que detém os direitos dos amistosos, mas que na medida do possível ele influenciou na escolha de adversários mais fortes. "Fiquei contente com sorteio da Copa das Confederações. O Scolari também disse que gostou. Teremos pela frente uma série de partidas que os adversários são considerados fortes", enfatizou.

Sobre a Copa das Confederações como eventual teste para Luiz Felipe Scolari, José Maria Marin disse que confia plenamente no trabalho do experiente treinador e do coordenador Carlos Alberto Parreira e que a competição será um teste mais para os jogadores do que para o experiente treinador. Apesar disso, o dirigente disse que a cobrança será total pelo que a seleção fizer no evento teste para a Copa do Mundo, em junho deste ano.

Se não vai se intrometer na parte tática e de convocação de jogadores, Marin disse que estará atento ao comportamento dos jogadores fora de campo. Para ele, diante da grande responsabilidade que significa a Copa do Mundo no Brasil, o comprometimento dos jogadores tem de ser total. "Não queremos que ninguém ponha uma camisa da seleção como se estivesse fazendo uma obrigação. Queremos jogadores comprometidos com o grupo. Com o objetivo, que é a Copa do Mundo em nosso País, uma grande responsabilidade", destacou.

O presidente da CBF, José Maria Marin, anunciou que o Brasil jogará o primeiro amistoso de 2013 de luto e terá um minuto de silêncio.

Na partida contra a Inglaterra, no dia 6 de fevereiro, no Estádio de Wembley, em Londres, a Seleção Brasileira jogará de luto para lembrar os jovens que morreram na tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Na última segunda-feira, José Maria Marin já havia declarado luto oficial no futebol brasileiro de três dias. Além disso, os jogos da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil de Futebol Feminino tiveram um minuto de silêncio antes das partidas.

Foi apresentada na manhã desta quinta-feira (31), no Rio de Janeiro, a nova camisa da Seleção Brasileira. O uniforme será utilizado pelo time de Scolari na Copa das Confederações 2013.  

O evento realizado na Praia de Copacabana, contou com a participação do presidente da CBF, José Maria Marin, do coordenador técnico, Carlos Alberto Parreira, além do treinador Luiz Felipe Scolari e do atacante Neymar, que foi escolhido para desfilar com a camisa. 

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A nova camisa ganhou uma gola polo em verde, um tom mais claro do que as dos anos anteriores. O verde também está no detalhe das mangas. Na parte interna da gola um canarinho foi estampado, acima da frase: Nascido para jogar futebol. Os novos uniformes da seleção foram feitos de garrafas pet, como matéria prima. São utilizadas 13 garrafas por camisa. 

A estreia do uniforme

Será na próxima quarta-feira (6), no amistoso contra a Inglaterra, em Londres. A roupa nova da Seleção vai fazer parte das comemorações dos 150 anos da Federação Inglesa de Futebol. 

Apresentação de Gallo 

Além da apresentação do novo uniforme da Seleção Canarinho, o novo técnico da Seleção sub-20, Alexandre Gallo, também foi apresentado por José Maria Marin. O novo treinador irá acumular funções no novo cargo e também comandará as seleções sub-17 e sub-15. 

 

 

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Tudo aconteceu muito rápido na despedida do treinador Alexandre Gallo do Náutico. O comandante e o presidente, Paulo Wanderley, receberam ligações do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, nesta segunda (27). Nada poderia ser feito. Muito pelo contrário, o “sim” estava na ponta da língua dos dois. A surpresa então mudou de lado e, nesta terça, imprensa, jogadores e torcedores souberam da ida do técnico para a Seleção Brasileira Sub-20.

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Após o último treinamento com a camisa alvirrubra, no CT Wilson Campos, Gallo veio para os Aflitos com o mandatário timbu para um esclarecimento formal. Literalmente formal, já que não pode conceder entrevistas coletivas, por determinação da CBF, antes da apresentação oficial, que será na próxima quinta, no Rio de Janeiro. Nada de perguntas, apenas um agradecimento.

Quem tirou as dúvidas foi Paulo Wanderley. Entre as muitas interrogações, alguns esclarecimentos e muitos elogios ao treinador. O presidente do Náutico confirmou que Gallo comandará o time pela última vez nesta quarta, contra Pesqueira, nos Aflitos. Além disso, afirmou que o clube não receberá nenhuma compensação financeira.

Surpresa

“Nós fomos surpreendidos ontem (segunda) a noite com uma ligação do presidente da CBF pedindo para liberar o Gallo. Não tínhamos o que fazer, mas nos sentimos bastante honrados. O Náutico está pagando o preço de aparecer na mídia nacional e do bom trabalho, isso são palavras do presidente da CBF.”

Comissão técnica

“Além do Alexandre Gallo, toda a comissão técnica vai para as categorias de base, já que ele treinará o sub-20, sub-17 e tudo que tiver de base. O auxiliar (Maurício Copertino), o preparador físico (Eliot Paes) e o preparador de goleiros (Eduardo Bahia). A diferença é que apenas o auxiliar será fixo, os demais seguirão no Náutico e irão para Seleção apenas no período de competições.

Rescisão

Existe uma cláusula, mas o Gallo é nosso parceiro e vamos resolver isso da melhor maneira possível. O Náutico não recebeu nenhuma compensação financeira.

Planejamento

O trabalho vinha sendo bem feito, mas já temos que procurar um novo treinador para dar sequência. Queremos anunciar o mais rápido possível e desde ontem estamos tentando. Gallo indicou alguns nomes, também temos outros. Estamos procurando tanto dentro quanto fora do Brasil.”

Confira o pronunciamento de Alexandre Gallo

“Estou muito contente com tudo que está acontecendo. É um momento importante na minha vida, um novo desafio e um sonho. Quero agradecer aos funcionários do Náutico, pois cada um teve uma participação, uma ajuda nessa conquista. Também quero agradecer aos atletas, a comissão e ao presidente que entendeu a condição. Queria um dia entregar esse trabalho bem, criterioso e sempre sair pelas portas da frente, é isso que está acontecendo. Gosto muito do clube, aprendi a admirar a torcida. Posso dizer que já existe um legado meu no clube. As pessoas me conhecem, eu conheço a diretoria... Sei que fiz a coisa da maneira correta. Esse é um agradecimento e o intuito agora é seguir minha carreira com esse novo desafio, trilhando um caminho de sucesso. Mas sem esquecer onde estive. Só tenho elogios a tecer e agradecer a todos. Continuarei torcendo muito e acompanhando. É isso. Também quero agradecer a vocês (imprensa), a generosidade de vocês em alguns momentos. Desculpem se algum momento não puder ser generoso, seja na resposta ou no convívio. Sempre queremos facilitar o trabalho de vocês. O trabalho aqui está pronto, está próximo do grupo principal estrear no campeonato e vou torcer para sair campeão, esse é o primeiro objetivo que o clube traçou”

 

Retrospectiva

Alexandre Gallo iniciou a trajetória como treinador, após estável carreira como jogador, no Vila Nova, em 2004. Até ser anunciado como comandante da Sub-20, o técnico passou por 13 clubes. Apenas três títulos. Dois estaduais, com Sport (2007) e Figueirense (2008), além da Recopa Sul-Americana, também em 2007, com o Internacional.

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