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Presidente da Fifa, Joseph Blatter anunciou nesta segunda-feira que não vai deixar seu cargo e garantiu que não fez nada de "ilegal". O suíço passou a ser alvo de um processo criminal por parte o Ministério Público da Suíça, que o investiga por gestão desleal e apropriação indevida de recursos.

Blatter está sendo investigado pelo Comitê de Ética da Fifa e pode ser suspenso nos próximos dias. Mas, em um comunicado emitido por seus advogados, ele insistiu que fica até a realização das novas eleições, em fevereiro de 2016.

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"O presidente Blatter falou aos funcionários da Fifa hoje e informou à equipe que ele estava cooperando com as autoridades, reiterou que não tinha feito nada

ilegal ou impróprio e afirmou que permanecerá como presidente da Fifa", afirma o comunicado divulgado pelos advogados de Blatter.

Uma das acusações se refere ao pagamento de 2 milhões de francos suíços em 2011 para Michel Platini, atual presidente da Uefa e candidato à comandar a Fifa a partir de 2016. Blatter não explicou o depósito. Mas garante que se tratou de uma "compensação válida e nada mais".

"Na questão Platini, o presidente Blatter compartilhou com as autoridades suíças na sexta-feira o fato de que o senhor Platini teve uma valiosa relação de trabalho com a Fifa, servindo como um conselheiro do presidente a partir de 1998. Ele explicou aos promotores que os pagamentos foram uma compensação válida e nada mais. Tudo foi devidamente contabilizado pela Fifa, incluindo a retenção de contribuições previdenciárias", acrescentam os advogados de Blatter.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou que a suspeita da Justiça é de que o pagamento seria uma forma de compensação pelo fato de Platini ter desistido de concorrer à presidência da Fifa, em 2011.

Oficialmente, o pagamento se referia a trabalhos realizados entre 1999 e 2002. Mas que foram pagos nove anos depois. Platini também não explicou a demora pelo pagamento e nem quais foram os serviços prestados por ele.

O comunicado dos advogados de Blatter avisa que ele não mais se pronunciará sobre o assunto enquanto as investigações estiverem sendo realizadas. "Por causa da investigação em andamento, presidente Blatter não vai mais responder perguntas nesse momento".

Michel Platini desistiu de concorrer à presidência da Fifa, em 2011, poucas semanas depois de receber cerca de US$ 2 milhões de Joseph Blatter. Ambos devem ser afastados do futebol nos próximos dias, numa reviravolta importante na eleição na entidade, marcada para fevereiro de 2016.

Na última sexta-feira, o Ministério Público da Suíça promoveu operação nos escritórios da Fifa, obrigando funcionários a se sentarem no chão, fechando todas as saídas dos estacionamentos e lacrando os escritórios de Blatter, investigado por corrupção. Um processo já foi aberto e, sob suspeita, fontes indicam que ele "não terminaria a semana".

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Platini, até então considerado como franco favorito para as eleições, também passou a ser implicado, justamente pelo recebimento dos recursos. Oficialmente, ele alega que o dinheiro era pagamento por um trabalho realizado entre 1999 e 2002. Mas fontes da Fifa que estavam naquele momento na entidade confirmaram à Agência Estado que Platini aparecia em Zurique apenas dois ou três dias por mês. Agora, está sendo investigado.

A suspeita da Justiça era de que o dinheiro foi uma compensação dada por Blatter para que Platini não apresentasse sua candidatura contra ele em 2011. Os dois cartolas negam qualquer crime. Mas, há quatro anos, a desistência do francês foi considerada como uma "surpresa’".

Ele havia recebido o apoio de Mohamed Bin Hammam, chefe na época da Confederação Asiática de Futebol. Em maio daquele ano, porém, Platini assinou uma carta conjunta da Uefa dando apoio à Blatter.

Na prática, a nova etapa da polícia deixou a Fifa e o futebol internacional sem governo. Jérôme Valcke, secretário-geral da entidade, foi afastado na semana passada e um dos principais vice-presidentes, Jeffrey Webb, está preso.

Hoje, o comando real está nas mãos de Domenico Scala, responsável pela reforma da entidade e, acima de tudo, pela Auditoria da Fifa. Outro no comando do futebol é Cornel Borbely, investigador independente e com o poder de colocar um fim ao reinado de Blatter e aos sonhos de poder de Platini, que também pode ser obrigado a se afastar da Uefa.

Se Blatter cair, quem assume oficialmente é Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol e que desde os anos 1980 manda na região. Mas ele seria uma "rainha da Inglaterra", sem poder nem prestígio.

Depois do cancelamento repentino da tradicional coletiva que daria na manhã desta sexta-feira (25) na sede da FIFA, para falar sobre a reunião do Comitê executivo da entidade, o suíço Joseph Blatter recebeu a informação de que a Justiça Suíça abriu um processo criminal contra ele por “gestão desleal”. O caso envolve contratos assinados pelo mandatário para a Copa do Catar, em 2022.

Segundo informações do The New York Times, investigadores suíços divulgaram uma nota apontando que Blatter deixou de cumprir seu dever fiduciário com a FIFA em seu contrato assinado como presidente em 2005. As investigações teriam sido realizadas logo após a reunião do Comitê Executivo, com buscas sendo realizadas em seu escritório e tendo alguns dados apreendidos.

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Além do presidente da FIFA, a investigação também aponta Michel Platini, atual presidente da UEFA e um dos candidatos a sucessão na presidência, de ter recebido cerca de 2 milhões de dólares de Blatter, em transação suspeita. O francês também teve que fornecer informações aos investigadores suíços.

De forma inédita, uma reunião do Comitê Executivo da Fifa terminou sem uma entrevista coletiva para explicar as decisões tomadas, em mais um exemplo da grave crise enfrentada pela entidade. Assim, a coletiva de imprensa do presidente Joseph Blatter, previamente marcada, foi cancelada.

Com o presidente da entidade, Joseph Blatter, sem poder sair da Suíça, com o secretário-geral, Jérôme Valcke, afastado e todos os computadores confiscados pela polícia, a entidade passou a ser controlada pela Justiça e por advogados, e se calou nesta sexta-feira.

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A reportagem do O Estado de S. Paulo foi informado de que um "incidente" ocorreu durante o dia e que os executivos foram instruídos a não falar com os jornalistas e nem dar detalhes. A Fifa também anunciou que fecharia sua sala de imprensa, às 17 horas de Zurique (meio-dia do horário brasileiro).

Tradicionalmente, os encontros da Fifa são seguidos por entrevistas coletivas. Desta vez, cerca de cem jornalistas foram informados primeiro que o evento seria adiado em meia hora. Depois de serem retirados da entrada do local, os jornalistas foram comunicados sobre mais um atraso. Finalmente, uma hora depois, por e-mail, todos foram informados de um cancelamento definitivo de qualquer evento público. "Algo grande ocorreu", confirmou à reportagem um alto dirigente da Fifa.

Em um comunicado de imprensa, a Fifa apenas explicou que sua próxima reunião, marcada para dezembro, não ocorrerá mais no Japão, como estava planejado. Para evitar uma eventual prisão de Blatter, o evento foi transferido para a Suíça.

Com seus computadores confiscados e sob a ameaça da polícia, a Fifa passou a ser de fato controlada por escritórios de advocacia. Blatter contratou a peso de ouro o advogado americano William Burck do poderoso Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan. Ex-conselheiro de George W. Bush na Casa Branca, Burck já defendeu políticos africanos.

Desde a prisão dos cartolas em maio, tudo passa por ele na Fifa, inclusive as declarações à imprensa e decisões de viagens de dirigentes. O controle de segurança para acesso ao prédio também foi reforçado, inclusive aos jornalistas credenciados.

Para uma reunião regular e um sorteio esvaziado do Mundial de Clubes, jornalistas foram obrigados a passar por revistas e impedidos de entrar no saguão de entrada da Fifa, aberto tradicionalmente a todos. A Fifa também fechou suas portas para turistas.

A segurança da entidade fez questão de não deixar qualquer brecha para um eventual protesto durante o sorteio. Todos os jornalistas tiveram de se registrar com dias de antecedência, malas foram abertas antes da entrada no edifício e o saguão da Fifa foi fechado à imprensa, obrigada a entrada por uma porta lateral.

As medidas foram tomadas depois que, em julho, um comediante britânico conseguiu entrar em uma entrevista coletiva concedida por Blatter. Antes do evento, ele jogou notas de dinheiro falso sobre o cartola. As imagens rodaram o mundo e, visivelmente abalado, Blatter exigiu mudanças profundas no acesso ao prédio.

Foram os advogados também que recomendaram que o local de reunião da Fifa em dezembro não seja no Japão, como inicialmente programado, sob o risco de ocorrerem novas prisões.

No lugar de cartolas, os assuntos do futebol passaram a ser dominados por um exército de advogados. Timothy Treanor, do escritório Sidley Austin passou a defender membros da Concacaf, enquanto o ex-vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb, recorreu a Edward O'Callaghan, ex-chefe do Combate ao Terrorismo da Unidade de Manhattan do Ministério Público americano.

Já a família de Jack Warner, acusado de receber propinas na escolha das sedes das Copas, contratou o escritório Brafman & Associates, de Nova York, e responsável por conseguir retirar da prisão o ex-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em um caso de suposto assédio sexual.

O brasileiro José Hawilla foi defendido ainda pelo advogado Lewis Liman, enquanto José Maria Marin montou uma equipe com advogados da Suíça, Brasil e Estados Unidos.

A Fifa mudou o local de sua última reunião do ano, em dezembro, para evitar um país que possa extraditar ou questionar o presidente da entidade, Joseph Blatter. O encontro estava programado para ocorrer no Japão, para coincidir com o Mundial de Clubes, mas os dirigentes optaram por realocar a reunião para Zurique, evitando que Blatter tenha de sair do país.

Desde a prisão dos dirigentes do futebol em maio, o suíço tem evitado viajar. Ele não foi à Copa América, ao Mundial Sub-20 e nem à Copa do Mundo de Futebol Feminino, no Canadá. Seu único deslocamento foi ao sorteio da Copa de 2018, na Rússia, onde recebeu garantias de que não seria questionado.

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Nos Estados Unidos, o FBI não nega que tem feito um inquérito sobre a situação de Blatter, e o suíço admitiu que não sairia da Suíça enquanto "as coisas não estiverem claras".

Nesta quarta-feira, Blatter participou do sorteio do Mundial de Clubes, em Zurique, e fez questão de tecer elogios aos japoneses. Os organizadores de Tóquio, porém, não sabiam dizer onde seria a reunião da Fifa.

Blatter ainda decidiu brincar com o nome de um dos clubes classificados, o River Plate. "La Plata, La Plata", disse, fazendo um sinal de dinheiro com a mão.

Em espanhol, "plata" é sinônimo de dinheiro. Mas o nome do clube não é uma referência a valores monetários. O River foi o campeão da Copa Libertadores e, junto com o Barcelona, já está classificado para o evento no fim do ano no Japão.

Se Blatter brinca ao falar de dinheiro, a segurança da entidade fez questão de não deixar qualquer brecha para um eventual protesto durante o sorteio. Todos os jornalistas tiveram de se registrar com dias de antecedência, malas foram abertas antes da entrada no edifício e o saguão da Fifa foi fechado à imprensa, obrigando a entrada por uma porta lateral.

As medidas foram tomadas depois que, em julho, o comediante britânico conseguiu entrar em uma conferência de imprensa concedida por Blatter e, antes do evento, jogou notas de dinheiro sobre o cartola. As imagens rodaram o mundo e, visivelmente afetado, Blatter exigiu mudanças profundas no acesso ao prédio.

Mesmo quando não existe qualquer sinal de temas financeiros na Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, parece não esquecer do assunto. Nesta quarta-feira, ao participar do sorteio do Mundial de Clubes, que será disputado no Japão, o cartola decidiu brincar com o nome de um dos clubes classificados, o River Plate. "La plata, la plata", disse, fazendo um sinal de dinheiro com a mão.

Em espanhol, "plata" significa dinheiro. Mas o nome do clube não é uma referência a valores monetários. O River foi o campeão da Copa Libertadores e, junto com o Barcelona, já está classificado para o torneio no fim do ano, no Japão.

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Se Blatter brinca em falar de dinheiro, a segurança da entidade fez questão de não deixar qualquer brecha para um eventual protesto durante o sorteio. Todos os jornalistas tiveram de se registrar com dias de antecedência, malas foram abertas antes da entrada no edifício e o saguão da Fifa foi fechado à imprensa, obrigada a entrada por uma porta lateral.

As medidas foram tomadas depois que, em julho, um comediante britânico conseguiu entrar em uma entrevista coletiva concedida por Blatter e, antes do evento, jogou notas de dinheiro sobre o cartola. As imagens rodaram o mundo e, visivelmente incomodado, Blatter exigiu mudanças profundas no acesso ao prédio.

O suíço enfrenta uma crise na entidade, desde maio deste ano quando alguns dos principais dirigentes da Fifa foram presos por corrupção.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, deve enfrentar uma investigação criminal pelas suposta venda abaixo do valor estimado dos direitos de transmissão da Copa do Mundo a Jack Warner, afirmou nesta segunda-feira Mark Pieth, ex-conselheiro anticorrupção da entidade.

Mark Pieth, professor suíço de direito penal, disse que Blatter é um alvo provável em uma investigação federal suíça sobre "má gestão criminosa" na Fifa. "Blatter tem que se defender contra acusações de peculato. Isso é um assunto que será preciso discutir", disse Pieth, sobre uma investigação que está sendo conduzida pelo procurador-geral da Suíça.

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A emissora suíça SRF revelou na última sexta-feira que Blatter assinou um contrato em 2005 em que negociava os direitos de transmissão das Copa do Mundo de 2010 e de 2014 para a União Caribenha de Futebol, comandada por Warner, por um total de US$ 600 mil (aproximadamente R$ 2,3225 milhões).

Warner, então um dos vice-presidentes da Fifa e aliado de Blatter, licenciou os direitos para uma empresa controlada por sua família. Eles foram então vendidos

por uma quantia relatada de cerca de US$ 20 milhões (R$ 77,5 milhões) para uma empresa de radiodifusão com sede na Jamaica.

O documento do contrato confirma a alegação da Warner em 2011, depois que ele deixou a Fifa sob acusações de envolvimento em suborno, de que a entidade o permitia controlar direitos de transmissão da Copa em troca de ajudar a Blatter nas eleições presidenciais.

Warner foi indiciado em maio em uma investigação da Justiça norte-americana sobre corrupção no futebol envolvendo vários membros da Fifa, mas é uma apuração na Suíça que pode ameaçar Blatter. "Eles têm evidências primárias de provas. Isso significa que eles têm que abrir uma investigação", disse Pieth.

O procurador-geral da Suíça Michael Lauber ordenou a apreensão de grandes quantidades de dados e documentos na sede da Fifa em maio e junho para uma investigação originalmente focada na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

"A investigação aqui em Zurique é muito maior", disse Pieth, comparando as investigações na Suíça e nos Estados Unidos "É realmente sobre a totalidade da instituição e o que eles têm feito ao longo dos últimos 20 anos", acrescentou. "Há algumas coisas muito, muito complicadas escondidas que podem até mesmo ir para o ex-chefe, Joseph Blatter".

A Fifa defendeu o acordo sobre os direitos de transmissão no Caribe, alegando que exigiu metade do lucro quando as negociações fossem realizadas. O acordo de TV foi encerrado em julho de 2011, com a Fifa recuperando os direitos da Copa de 2014, após Warner deixar seus cargos na entidade, evitando ser punido por acusações de suborno.

Ainda de acordo com a Fifa, a entidade do Caribe, controlada por Warner, "fez várias brechas no contrato e não cumpriu as suas obrigações financeiras".

Perto de deixar o comando da Fifa, o presidente da entidade máxima do futebol concedeu uma rara entrevista à rede britânica BBC, uma das maiores pedras no seu sapato. Na conversa, o dirigente garantiu que "não existe corrupção no futebol" e culpou as pessoas, não a estrutura, pelos seguidos casos investigados.

"A instituição (a Fifa) não está corrupta. Não há corrupção no futebol, mas sim nos indivíduos. São as pessoas", disse Blatter, que comanda a Fifa desde 1998 e promete sair ao fim de deste ano. Ele foi reeleito em maio, logo após a prisão de diversos altos dirigentes do futebol, e pouco depois decidiu convocar novas eleições.

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Na entrevista à BBC, ele garantiu que não teme ser também ele envolvido no escândalo que colocou na cadeia alguns dos seus principais apoiadores. "Eu fiz isso (convocar novas eleições) porque eu quero proteger a Fifa. Eu posso me proteger sozinho. Sou forte o suficiente", garantiu.

"Eu sei o que eu fiz, o que eu não fiz. Eu tenho minha consciência e sei que sou um homem honesto. Sou limpo. Não sou um homem preocupado", garantiu Blatter, que usou uma analogia para se defender. "Alguém tem que ser responsável, mas não é o cabeça do estado que tem que ser responsável por todos os cidadãos."

A cerveja quente é a mesma. O sanfoneiro também. Mas os amigos não estão mais presentes, nem as grandes personalidades. Como acontece a cada ano desde 1998, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, realizou neste sábado um torneio de futebol em sua cidade natal, Ulrichen. Era a oportunidade para mostrar ao mundo que, pelo menos longe da Justiça de Nova Iorque e nos vales dos Alpes, ele ainda é uma unanimidade. Desta vez, porém, o homem sob ataque e que foi obrigado a renunciar, era apenas a sombra de si mesmo.

A 1,3 mil metro de altitude, Ulrichen serve como a base dos Blatters. O cartola conta até hoje que ele não foi o único Joseph Blatter na região. Por isso, decidiu inventar para si um novo nome: Sepp. Agora, com 79 anos, ele insiste em provar que a região jamais produziu alguém com tal poder como ele.

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"Essa é a 18ª edição do evento. Começou quando eu virei presidente da Fifa. Trata-se de um grande torneio e que marca os 200 anos da região do Valais. Essa é a região onde meu avô nasceu e tenho ligação com aqui. Aqui tem tudo para a vida. Água, tranquilidade", filosofou Blatter.

Entre os convidados, porém, a lista deste ano era muito diferente de edições passadas. Em 2013, por exemplo, Michel Platini viajou até o interior da Suíça para prestigiar o torneio. Em 2014, foi a vez de Franz Beckenbauer. Ser convidado ao evento era um sinal de prestígio pessoal para aqueles que trabalham com Blatter.

Na edição de 2015, porém, havia mais jornalistas que convidados. Nem Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, viajou até o local, argumentando que estava com sua família na Itália. Blatter rapidamente encontrou argumentos para as ausências, apontando que outros eventos estavam ocorrendo pelo país e por isso Platini, seu inimigo hoje, não pode comparecer. Nem Beckenbauer.

Ainda assim, seus funcionários e organizadores locais insistiam em criar um ambiente de idolatria ao dirigente. Um deles caminhava ao seu lado com dezenas de cartões postais e canetas de várias cores, esperando que crianças e fãs pedissem um autógrafo. Alguns pequenos empresários locais chegaram a aparecer, entregando presentes da região, pedindo fotos e arrancando risadas do cartola.

Tentando falar português, Blatter adotou um ar sorridente ao ver a reportagem do Estado de S. Paulo. "Como vai?", disse, estendendo uma mão levemente trêmula. "O sol é bonito", declarou, levantando as mãos para o céu. "Quase o Brasil. Mas um pouco mais elevado."

Um dos momentos mais esperados da festa foi quando as autoridades locais presentearam Blatter com uma vaca da região, com um sino pendurado no pescoço e discurso homenageando o suíço por tudo o que ele representa para o mundo. O nome do animal não deixou de gerar certos comentários: Colombo, como o inspetor americano.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixou de ser membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta segunda-feira, após não se apresentar para reeleição ao cargo. Blatter fazia parte de um grupo de membros do COI que poderia buscar um novo mandato de oito anos. Mas o presidente do comitê, Thomas Bach, disse que Blatter lhe havia informado por carta, em 23 de julho, que não iria se candidatar.

"Não lhe parece apropriado se apresentar à reeleição por oito anos sabendo que depois de sete meses seu mandato chegaria ao fim", disse Bach no último dia da Assembleia Geral do COI em Kuala Lumpur.

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Acossado por um escândalo de corrupção na Fifa, Blatter será substituído no seu cargo no comando do organismo gestor do futebol mundial após a eleição marcada para 26 de fevereiro. O dirigente não compareceu ao encontro do COI em Kuala Lumpur.

Blatter, membro do COI desde 1999, teria que deixar o seu cargo no próximo ano, porque vai completar 80 anos em março. Outros dois membros não foram reeleitos em razão da restrição por idade. São os casos do colombiano Andrés Botero e do ex-presidente da Federação Internacional de Tiro com Arco, o norte-americano Jim Easton.

A saída de Easton deixa o COI com apenas três membros dos Estados Unidos: o presidente do Comitê Olímpico Norte-Americano, Larry Probst, além de Anita DeFrantz e Angela Ruggiero.

Por outro lado, 14 membros do comitê foram reeleitos para mandatos de oito anos e a sueca Gunilla Lindberg foi reeleita para outros quatro anos no comitê executivo do COI. Também foram eleitos dois novos membros: o sérvio Nenad Lalovic, que dirige o órgão gestor da luta, e Diagna Ndiaye, presidente do Comitê Olímpico de Senegal.

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Um protesto contra Joseph Blatter, ao iniciar a coletiva de imprensa na Fifa nesta segunda-feira, em Zurique, interrompeu a primeira aparição do suíço diante da imprensa mundial desde que anunciou que renunciaria ao seu cargo de presidente.

O comediante inglês Lee Nelson jogou notas de dinheiro no dirigente que, abalado, pediu para que se retirasse da sala. Nervoso, o dirigente anunciou apenas que sairia por alguns momentos para que o chão, repleto de notas falsas de dinheiro, fossem retiradas. "Isso não tem nada a ver com o futebol. Temos de limpar a casa", declarou Blatter.

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Visivelmente nervoso, Blatter andava com dificuldade depois do protesto, enquanto a segurança tentava retirar o comediante. Dez minutos depois, o suíço retornou para a sala para a coletiva de imprensa. Entre as medidas anunciadas pela Fifa nesta segunda está a criação de um grupo de trabalho para estudar a reforma da Fifa.

O protesto de constrangeu Blatter nesta segunda-feira ocorreu no mesmo dia em que a Fifa confirmou que a sua próxima eleição presidencial será em 26 de fevereiro de 2016, data estabelecida depois de uma reunião na sede da entidade. Acometido por uma crise de corrupção sem precedentes, o dirigente venceu as eleições passadas da Fifa, em 29 de maio. Porém, quatro dias depois, foi obrigado a anunciar que convocaria uma novo pleito depois das prisões de sete dirigentes esportivos em Zurique, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

A próxima eleição presidencial da Fifa vai ocorrer no dia 26 de fevereiro de 2016 e, assim, Joseph Blatter conseguirá se agarrar ao poder por um pouco mais tempo. A data foi estabelecida nesta segunda-feira, depois de uma reunião na sede da entidade. Os europeus, porém, exigiam uma eleição ainda em 2015.

Nesta segunda, Blatter apresentou sua reforma da entidade, com a promessa de que vai de fato deixar o cargo. O suíço quer que o organismo máximo do futebol mundial publique os salários dos executivos, que coloque um limite de tempo para os mandatos e que estabeleça uma ficha limpa para os dirigentes, todos pontos que ele jamais aceitou durante 17 anos no poder.

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Blatter, atolado em uma crise de corrupção sem precedentes, venceu as eleições no dia 29 de maio, para mais cinco anos no comando da entidade. Mas, quatro dias depois, foi obrigado a anunciar que convocaria uma nova eleição depois das prisões de sete dirigentes esportivos em Zurique, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

Pressionado, Blatter convocou para esta segunda-feira uma reunião do Comitê Executivo da entidade para definir o futuro da Fifa. Marco Polo Del Nero, temendo ser preso, não viajou para a Suíça e o Brasil ficou sem voto e nem voz nas decisões desta segunda. Sem a CBF, o grupo que representa o governo do futebol mundial chegou a um acordo sobre como ocorreria a transição.

Com e eleição marcada, a questão que se abre é sobre as candidaturas. Michel Platini, presidente da Uefa, passou o fim de semana costurando sua candidatura para o cargo com as diferentes federações nacionais e regionais. Em uma tarde toda de encontros, ele recebeu no hotel Baur au Lac delegações de diferentes entidades.

Pessoas próximas ao francês indicaram que ele teria já o apoio de quatro das seis confederações regionais, com mais de 110 votos. A Conmebol seria uma deles. Mas ele não teria o apoio dos africanos, que contam com mais de 50 votos.

No tentativa de mostrar que é um candidato "solicitado" pelas demais federações, aliados de Platini declararam nesta segunda-feira que foram alguns dos maiores dirigentes do mundo que "pediram" que ele lançasse sua candidatura.

Num esforço para se blindar para os próximos anos, Blatter tentará eleger seu sucessor, mudar a estrutura da Fifa e, assim, enfraquecer a posição dos futuros presidentes. A proposta é de que o Comitê Executivo seja expandido e, assim, a presença europeia seria diluída. Platini, portanto, assumiria eventualmente uma Fifa com a oposição dentro de seu governo.

Nem todos estão de acordo com as eleições em 2016. O ex-vice-presidente da Fifa Ali bin Hussain emitiu um comunicado alertando que Blatter teria de abandonar o cargo "imediatamente" e abrir espaço para uma comissão independente assumir a transição na entidade. Ali, em maio, foi o único a concorrer contra o suíço nas eleições. Mas foi derrotado.

Um dia depois de declarar que ele não renunciou de seu cargo na Fifa, o presidente da entidade, Joseph Blatter, garantiu que não continua no comando do futebol mundial e que novas eleições devem ocorrer no início de 2016. Para fazer o anúncio, Blatter escolheu um jornal de sua região, o Walliser Bote.

Segundo o homem que ficou 17 anos no comando da Fifa, sua decisão de sair da entidade foi "libertadora". Ele ainda explicou o motivo pelo qual optou por não continuar. "Essa era a única forma de tirar a pressão da Fifa e de meus empregados, inclusive a pressão de patrocinadores."

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No dia 2 de junho, a reportagem da Agência Estado revelou que foram os parceiros comerciais da entidade que o pressionaram por uma saída, diante do risco de uma prisão. "Era remover a Fifa e eu pessoalmente da linha de fogo", explicou.

O jornal de sua região, Valais, pediu para que Blatter declarasse "com a mão sobre o coração" sobre suas intenções para o futuro e se ele confirmaria que estaria pensando em ficar. "Não sou candidato. Mas sou o presidente eleito", disse. "Quero entregar a Fifa em boas condições", completou.

Para Blatter, uma data "realista" para a eleição seria "início de 2016". Isso permitiria que os candidatos tivessem quatro meses de campanha e ainda não se chocaria com o Mundial de Clubes, entre 10 e 20 de dezembro no Japão. Num tom direto, o cartola ainda indicou que "a decisão de sair é definitivamente libertadora". "Para mim e para a Fifa", disse.

Blatter, porém, deixou claro que os próximos meses serão de muito trabalho, já que ele pretende aprovar uma reforma da Fifa que jamais conseguiu realizar em 17 anos no poder. "Sou ainda o presidente e totalmente capaz de agir", disse, sem mencionar o fato de que não viajou nem ao Mundial Sub-20, nem à Copa América e ou o Mundial Feminino.

"A Fifa e o futebol tem sido a parte mais importante de minha vida por 40 anos. Portanto, usarei toda minha força e inspiração para levar o barco até um porto seguro." Sobre seus planos de reforma da Fifa, o que ele promete é "fortalecer a democracia no governo da entidade". O que ele vai propor é a expansão do Comitê Executivo da entidade, hoje com 24 membros e amplamente dominado pela Europa.

Joseph Blatter foi instado nesta quinta-feira a deixar imediatamente a presidência da Fifa pelo Parlamento Europeu, a instituição parlamentar da União Europeia. Reunidos em Estrasburgo, na França, legisladores de 28 países europeus aprovaram uma resolução que pede para Blatter acelerar a sua anunciada renúncia, deixando a Fifa sob o comando de um interino.

Mergulhada em uma grave crise, a Fifa não apresentou uma resposta imediata ao pedido. Blatter é alvo de uma investigação dos Estados Unidos sobre corrupção no futebol, enquanto promotores suíços avaliam o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

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Na resolução aprovada, o Parlamento Europeu defende que a presença de Blatter atrapalha a realização das reformas que a Fifa precisa passar e destaca que os carros de corrupção atingiram a imagem do futebol mundial.

Além disso, o Parlamento Europeu urgiu os Estados membros a "cooperar plenamente com a atual e futuras investigações sobre práticas de corrupção dentro da Fifa".

A eleição para substituir Blatter deve acontecer entre dezembro deste ano e março de 2015. As regras da Fifa exigem que o vice-presidente mais velho assuma presidência caso o atual mandatário deixe o cargo antes da votação. No caso, a função seria assumida pelo camaronês Issa Hayatou.

Hayatou foi repreendido em 2011 pelo Comitê Olímpico Internacional por recebido pagamentos da hoje falida ISL na década de 1990, quando ela era a agência de marketing da Fifa. Nos últimos anos, ele mudou duas vezes as regras da eleição presidencial da Confederação Africana de Futebol para se manter no cargo.

O dirigente camaronês está entre 10 membros - atuais ou no passado - do Comitê Executivo da Fifa investigados pelas Suíça pela participação no processo de escolha das sedes do Mundiais de 2018 e de 2022, designados para a Rússia e o Catar, respectivamente.

Joseph Blatter, presidente da Fifa, pagou 5 milhões de euros para a Irlanda com intuito de dar um ponto final à crise aberta pela desclassificação da seleção para a Copa de 2010. Os irlandeses ficaram de fora do Mundial depois de um gol irregular da França nas Eliminatórias, em 2009.

Naquele momento, a mão usada por Thierry Henry se transformou em um escândalo. Mas o que ninguém sabia é que, para acabar com a crise, Blatter enviou um cheque de 5 milhões de euros para a Federação Irlandesa para que um processo na Justiça não fosse apresentado. O gol tirou a Irlanda do Mundial.

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Em entrevista ao canal de televisão RTE, de Dublin, o presidente da Federação Irlandesa, John Delaney, admitiu que "fechou um acordo" com Blatter. O cartola se recusou a dar detalhes dos valores. Mas insistiu que foi algo "muito legítimo".

"Achávamos que tínhamos um caso contra a Fifa depois da mão de Henry nas Eliminatórias", disse o dirigente, que lembrou que Blatter "riu" dos irlandeses nas arquibancadas do estádio. "Naquele dia, eu fui até ele e disse como me sentia", contou. "Chegamos a um acordo. Aquilo aconteceu na quinta-feira e, na segunda-feira, um acordo foi assinado", disse.

Os franceses eram os vice-campeões do mundo naquele momento e estavam ameaçados de ficar de fora do Mundial. O time iria para a África do Sul, mas acabaria sendo eliminada na primeira fase, sem marcar um só gol.

A renúncia de Joseph Blatter não acalmou a tensão vivida pela Fifa. Dirigentes e mesmo organizadores de torneios da entidade deixaram claro que o cartola suíço deve renunciar imediatamente de seu cargo, e não esperar até as eleições. A sede da entidade foi fechada nesta quarta-feira aos jornalistas e turistas, com ampla proteção a quem entrava e saía.

Blatter anunciou sua renúncia na última terça-feira, quatro dias apenas depois de ser eleito e diante de uma pressão intensa de patrocinadores e aliados. O suíço havia sido informado que seria alvo de mais uma investigação nos Estados Unidos e, depois de garantir que ficaria mais quatro anos no poder, optou por abandonar o cargo. Mas Blatter também fez questão de preparar sua saída, dando um prazo para a realização de novas eleições.

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Um dia depois de renunciar, ele seguiu sua agenda normal, foi trabalhar pela manhã e se reuniu com todos seus 400 funcionários para explicar a decisão e insistir que, até o final do ano, quer aprovar uma reforma da Fifa. Entre as medidas propostas está a de limitar os mandatos de dirigentes e reduzir o comitê executivo da entidade.

Assessores da Fifa garantiram que Blatter foi "ovacionado" de pé pelos funcionários durante dez minutos, o que levou o suíço às lágrimas. Mas nenhum deles confirmou aos jornalistas o que de fato ocorreu dentro da reunião. Blatter teria dito que os funcionários eram um "time fantástico" e pediu a todos que "permaneçam fortes".

Mas isso não convenceu os dirigentes.

A Federação de Futebol da Jordânia revelou que está examinando as regras da Fifa para tentar convencer a divisão legal de que uma nova eleição não deva ocorrer e que seu candidato, Ali bin Hussein, deva ser o novo presidente, ao ficar em segundo lugar nas eleições da semana passada, com 73 votos.

Outro alerta foi o do japonês Kozo Tashima, membro do Comitê Executivo. Para ele, Blatter precisa deixar o cargo imediatamente. "Na reunião que tivemos no sábado, ele falou com orgulho como ele tinha vencido um novo mandato", disse. "Se existe algo contra ele, uma explicação precisa ser dada por ele. É uma farsa ele agora ficar no cargo pelos próximos seis meses", atacou. "Se existe algo contra ele, Blatter não pode ser autorizado a ficar mais", completou.

Enquanto isso, Blatter foi alertado pelos organizadores do Mundial Sub-20, que ocorre na Nova Zelândia, que ele deveria ficar longe do evento, o terceiro mais importante da Fifa. O temor dos organizadores é de o dirigente se transforme no centro das atenções.

CANDIDATOS - Enquanto a pressão aumenta, o número de pretendentes ao trono se multiplica. Na terça-feira, nomes passaram a ser buscados, enquanto cartolas disparavam telefonemas em busca de novas alianças. O sucessor de Blatter era Jeff Webb, hoje preso por corrupção.

Por enquanto, o único candidato declarado é Ali bin al-Hussein, que perdeu a eleição na semana passada, mesmo apoiado pela Uefa. Mas Michel Platini poderia voltar ao pleito. Ele havia indicado que não concorreria à presidência da Fifa enquanto Blatter fosse candidato. Agora, o cenário mudou de forma radical.

Para evitar um maior confronto com o resto do mundo e falar de um boicote à Copa, Platini adiou uma reunião de emergência que tinha planejado com a Uefa para o fim de semana. Para ele, ainda não está na hora de debates. Seus aliados insistem que o adiamento é mais um sinal de que Platini quer se apresentar como o " candidato de todos".

Chung Moon-joon, da Coreia do Sul, também indicou que está disposto a concorrer, enquanto o governo da Venezuela fala em Maradona e candidatos se posicionam em todos os continentes.

Depois de divulgar seu apoio ao quinto mandato de Joseph Blatter à frente da Fifa, argumentando que a entidade precisava de gente com experiência, Pelé, em passagem por Cuba, disse que o "o mais importante é ter gente honesta" no comando da entidade. Em entrevista à britânica BBC, Pelé, de 74 anos, disse que os casos de corrupção na Fifa não lhe dizem respeito.

"As posições que tomo são como ex-jogador. Quero que o futebol uma as pessoas e pare as guerras. É isso que o futebol consegue", disse, citando seu próprio caso quando jogou na África pelo Santos.

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Pelé não esperava pela renúncia de Blatter, anunciada na última terça-feira. "Pegou a todos de surpresa. Mas digo que nesta vida, temos sempre de mudar. Para reorganizar coisas é preciso contar com gente honesta e a Fifa precisa de boas pessoas em seu comando."

Blatter renunciou quatro dias depois de ser eleito para mais um mandato. Na semana passada, antes do início do Congresso da Fifa, em Zurique, vários membros da entidade foram presos acusados de envolvimento em casos de corrupção no futebol, entre eles o brasileiro José Maria Marin, presidente da CBF até 16 de abril.

Blatter queria continuar no poder, mas se viu compelido a deixar o cargo. Ele disse que as pessoas do futebol não o queriam mais no comando da entidade, mas negou que a Fifa e ele próprio tenham participado de qualquer ato ilícito no futebol. Porém, seu secretário-geral, Jérôme Valcke, é acusado de envolvimento em pagamento de propina de US$ 10 milhões a dirigentes caribenhos pela escolha da África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.

Com a renúncia de Blatter, a Fifa terá novas eleições, ainda sem data definida, mas que deve ocorrer entre o fim deste ano e o início de 2016. A Fifa continua sob investigação do FBI.

COSMOS - Pelé está em Cuba como convidado do Cosmos para ver uma partida entre seu ex-clube nos Estados Unidos e a seleção nacional, disputado na última quarta-feira.

A equipe nova-iorquina goleou os cubanos por 4 a 1, no primeiro encontro entre equipes dos Estados Unidos e da ilha caribenha, depois do anúncio da reaproximação entre os dois países no fim do ano passado.

Lucky Mksona marcou dois gols para o Cosmos, que também anotou com Sebastián Guenzatti e Hagop Chirishian. Andy Vaquero diminuiu para Cuba, em duelo disputado no Estádio Pedro Marrero, em Havana. Pelé daria o pontapé inicial da partida, o que acabou não acontecendo em razão da forte chuva.

Em 17 de dezembro de 2014, os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram o restabelecimento das relações entre Cuba e Estados Unidos. Desde então, o esporte tem ajudado nessa reaproximação, com os ex-jogadores de basquete Dikembe Mutombo e Steve Nash tendo visitado Cuba no final de abril. Agora uma partida de futebol foi realizada na ilha caribenha.

A renúncia de Joseph Blatter da presidência da Fifa promete abrir uma verdadeira guerra pelo poder no futebol e vai jogar toda a estrutura do esporte em um clima de incerteza, inclusive sobre as sedes das próximas duas edições da Copas do Mundo.

O futuro dos Mundiais estaria no centro da agenda de encontro da Uefa, no fim de semana, numa reunião que poderia começar a desenhar a nova Fifa. Porém, o encontro foi cancelada pelo fato de a entidade considerar o debate ainda "prematuro".

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Fora da entidade desde que João Havelange assumiu o poder em 1974, os europeus estão comprometidos a recuperar a direção do futebol mundial. Blatter, apesar de suíço, jamais foi considerado como um europeu.

O cartola era um dos maiores defensores do Mundial da Rússia em 2018 e chegou a comprar a versão de que a campanha contra ele era uma forma de o Ocidente derrubar a Copa promovida pelo Kremlin. Vladimir Putin passou a ser um de seus aliados, denunciando os Estados Unidos.

Agora, sem Blatter, a pressão por uma investigação sobre a compra de votos da Rússia para ser escolhida a sede do Mundial de 2018 deve aumentar. O Ministério Público da Suíça já apura o caso e deve interrogar cerca de dez cartolas nas próximas semanas. Não por acaso, a única patrocinadora da Fifa que não emitiu um comunicado comemorando a renúncia foi o Gazprom, de Moscou.

Quem também demonstrou preocupação na última terça-feira foi a delegação do Catar que, nesta semana, está justamente em Zurique para tentar entender o que está ocorrendo na Fifa. Ao ver a eleição de Blatter na semana passada, até mesmo a Bolsa de Valores do Catar comemorou. Nesta terça, o clima era de tensão.

Não apenas Blatter caiu, mas praticamente todos os eleitores do país foram expulsos, estão presos ou morreram. Ricardo Teixeira, Julio Grondona, Nicolás Leoz, Rafael Salgueiro, Mohamed Bin Hammam e Franz Beckenbauer são apenas alguns dos eleitores do Catar hoje fora de cena.

Jornais ingleses ainda revelaram na manhã desta quarta-feira que dirigentes esportivos do Catar estão sendo orientados a não viajar aos Estados Unidos, sob o risco de serem interrogados ou mesmo presos. Apenas aqueles com imunidade diplomática estão circulando.

O governo do Catar e cartolas da região rapidamente reagiram nesta quarta, alegando que não existe motivo para se preocupar. Para o presidente da Federação do Catar, Hamad Bin Khalifa bin Ahmed Al Thani, não existe risco de o país perder a Copa. "Já fomos inocentados", disse, em relação à investigação interna realizada pela Fifa.

Mas a pressão passou a ser intensa e tanto o FBI como o Ministério Público da Suíça passaram a investigar o caso. Greg Dyke, presidente da Associação de Futebol da Inglaterra, deixou claro que ele "não estaria muito confortável" se fosse hoje um dirigente do Catar. O comentário foi duramente respondido por Doha. "Deixem o processo correr", disse.

A esperança dos árabes é de que alguns dos opositores à Blatter também votaram no Catar, entre eles Michel Platini, presidente da Uefa.

O presidente Joseph Blatter colocou o seu cargo na Fifa à disposição e convocou novas eleições presidenciais em pronunciamento nesta terça-feira, em Zurique, na sede da entidade. Abatido, o suíço falou brevemente apenas em francês e não abriu espaço para perguntas dos jornalistas.

Confira, em tradução livre, o pronunciamento de Joseph Blatter:

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"Tenho refletido profundamente sobre a minha presidência e sobre os 40 anos em que a minha vida tem sido ligada indissoluvelmente à Fifa e ao grande esporte do futebol. Amo a Fifa mais do que qualquer coisa e quero fazer apenas o que é melhor para a Fifa e para o futebol. Eu me senti obrigado a me apresentar à reeleição, porque acreditava que este era a melhor coisa para a organização. A eleição acabou, mas os desafios que enfrenta a Fifa não. A Fifa precisa de uma profunda reestruturação.

Vou continuar a exercer as minhas funções como presidente da Fifa até essa eleição.

O próximo Congresso da Fifa será no dia 13 de maio de 2016 na Cidade do México. Isso criaria um atraso desnecessário e vou exortar o Comitê Executivo para organizar um Congresso Extraordinário para a eleição do meu sucessor na primeira oportunidade.

Isto terá de ser feito em conformidade com os estatutos da Fifa e temos de dar tempo suficiente para que os melhores candidatos apresentar e fazer campanha. Como não serei candidato, e estou, portanto, livre dos constrangimentos que as eleições inevitavelmente vão se impor, poderei me concentrar na condução de reformas fundamentais que transcendem os nossos esforços anteriores.

Durante anos, temos nos esforçado para colocar em prática as reformas administrativas, mas é claro para mim que devem continuar, mas agora não foram suficientes. O Comitê Executivo inclui representantes de confederações, sobre os quais não temos controle, mas cujas considerações se considera responsabilidade da Fifa. Precisamos de uma mudança estrutural profunda. O tamanho do Comitê Executivo deve ser reduzido e os seus membros devem ser eleitos pelo Congresso da Fifa. As verificações de integridade para todos os membros do Comitê Executivo devem ser organizada de forma centralizada através da Fifa e não através das confederações.

Debemos imponer límites a los mandatos no solo del presidente sino de todos

los miembros del Comité Ejecutivo. He luchado por estos cambios y, como todos

saben, mis esfuerzos han sido bloqueados. Esta vez lo lograré. No puedo

hacerlo solo. He pedido a Domenico Sala que supervise la introducción y

aplicación de éstas y otras medidas. El señor Scala es el presidente

independiente de nuestro Comité de Auditoría y Contralor elegido por el

Congreso de FIFA. Es también el presidente del Comité Electoral ad hoc, y como

tal supervisará la elección de mi sucesor. El señor Scala goza de la confianza

de un gran número de interesados dentro y fuera de la FIFA y posee los

conocimientos y la experiencia necesarios para ayudar a emprender estas

grandes reformas.

Nós precisamos impor limites aos mandatos não só para o presidente, mas para todos os membros do Comitê Executivo. Eu lutei para que essas alterações fossem feitas antes e, como todos sabem, os meus esforços foram bloqueados. Desta vez, vou ter sucesso. Eu não posso fazer isso sozinho. Eu pedi a Domenico Scala para supervisionar a introdução e implementação destas e de outras medidas. Senhor Scala é o Presidente independente do nosso Comitê de Auditoria eleito pelo Congresso da Fifa. É também o presidente do Comitê Eleitoral e, como tal, irá supervisionar a eleição do meu sucessor. O senhor Scala goza da confiança de uma ampla gama de interessados dentro e fora da Fifa e tem os conhecimentos e experiência necessários para ajudar a realizar essas grandes reformas.

É por causa da minha profunda atenção para a Fifa e para os seus interesses que tomei esta decisão. Gostaria de agradecer aqueles que sempre me apoiaram de uma forma construtiva e leal como presidente da Fifa e que têm feito muito para o jogo que todos nós amamos. O que importa para mim mais do que qualquer coisa é que, quando tudo isso acabar, o futebol será o vencedor."

Depois de tanto criticar o trabalho de Joseph Blatter à frente da Fifa após o escândalo de corrupção que estourou na semana passada, o presidente da Uefa, Michel Platini, fez um raro elogio ao ex-aliado nesta terça-feira. O enaltecimento do ex-jogador francês, no entanto, foi em relação à decisão de Blatter de deixar a principal entidade do futebol mundial.

O suíço anunciou na tarde desta terça-feira sua renúncia. Ele convocou novas eleições presidências, que acontecerão entre dezembro deste ano e março de 2016, e seguirá no comando da Fifa somente até o pleito. "Foi uma decisão difícil, uma decisão corajosa e a decisão correta", limitou-se a dizer Platini, minutos depois do anúncio de Blatter.

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A já turbulenta relação entre Blatter e Platini piorou após o escândalo, e de acordo com parte da imprensa europeia a Uefa cogitava inclusive boicotar a Copa do Mundo de 2018, justamente para forçar uma mudança no poder da maior entidade do futebol mundial.

Mas nem foi preciso confirmar esta intenção de boicote. Nesta terça pela manhã, a Fifa surpreendeu ao anunciar uma coletiva de imprensa para a parte da tarde. O espanto maior, no entanto, veio quando Blatter tomou a palavra e em um breve pronunciamento anunciou sua decisão, somente quatro dias depois de ter sido reeleito para seu quinto mandato.

A renúncia foi resultado da maior crise da história da entidade. Na quarta-feira passada, sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos, acusados de participação em um escândalo de corrupção que movimentou US$ 150 milhões (R$ 423,7 milhões). A investigação liderada pela Justiça dos Estados Unidos continua e já atingiu até o secretário-geral Jérôme Valcke.

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