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Quatro jovens foram presos em Cotia, São Paulo, após saírem de moto para praticar manobras e acabar batendo no carro da delegada Ana Karina Marin. A policial os prendeu sob acusação de tentativa de assalto, o que é negado pelos jovens.

Alex Vinícius Medeiro da Silva, 18, Matheus Leal de Carvalho, 21, Gustavo Alcantara Lacerda, 21, e Pedro Henrique Ferreira da Silva, 19, que não tinham passagem pela polícia, foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória Belém II, na Zona Leste da capital paulista.

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O que a delegada colocou no Boletim de Ocorrência

Segundo o UOL, a delegada relatou que estava com uma passageira no carro, quando virando à esquerda em uma rotatória, foram cercadas pelos quatro jovens, a bordo de três motocicletas, que segundo ela, um dos rapazes gritou: "Perdeu".

A partir daí, ela diz ter reagido, jogando o carro sobre um dos motoqueiros, os colocando em fuga. Ana Marin teria então pedido suporte de outros policiais e seguido os suspeitos, os encontrando em um posto de gasolina próximo. Quando revistados, foram encontrados apenas uma pequena porção de maconha com dois dos quatro acusados.

O que dizem familiares

Ouvidos pelo UOL, familiares disponibilizaram trechos das conversas dos quatro amigos, marcando o encontro para andar de moto e manobrar. Os jovens disseram que estavam voltando para casa, quando tentando ultrapassar o carro, um deles teria batido uma parte da moto, no carro da delegada e assustados, fugiram e pararam no posto de gasolina, onde foram encontrados e presos.

"Negaram o primeiro pedido de liberdade provisória, não tendo nenhuma prova concreta contra eles. Estão acusando de tentativa de 157 com um flagrante, mas não houve um flagrante. Os quatro são trabalhadores, têm carteira assinada, têm residência fixa, não têm antecedente. Por que manter quatro jovens presos? A única coisa que a delegada disse que ouviu foi "perdeu". Perdeu o quê?”, se queixou uma prima de um dos envolvidos.

A constatação faz parte do Boletim do Observatório Covid-19, editado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (7). Os dados apresentados nesta edição confirmam o processo de rejuvenescimento da pandemia, com uma clara mudança demográfica: adultos jovens e de meia-idade representam uma parcela cada vez maior dos pacientes em enfermarias e unidades de terapia intensiva.

Referente às semanas epidemiológicas 16 e 17 de 2021, entre 18 de abril e 1º de maio, a análise destaca as oscilações dos indicadores nos estados, a alta proporção de testes com resultados positivos, bem como a manutenção da sobrecarga de todo o sistema de saúde. Esses indícios revelam que a pandemia se mantém em patamar crítico de transmissão, com valores altos de incidência e mortalidade.

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“A ligeira redução de casos e óbitos por covid-19 não significa que o país tenha saído de uma situação crítica, pois as médias diárias de 59 mil casos e de 2,5 mil óbitos nestas duas semanas epidemiológicas se encontram em patamares muito elevados. Somente com a redução sustentada por algumas semanas, associada à aceleração da campanha de vacinação e à intensificação de ações de distanciamento físico e social, combinadas com proteção social, será possível alcançar a queda sustentada da transmissão e a redução da demanda pelos serviços de saúde”, alertaram os pesquisadores do Observatório, responsáveis pelo boletim.

Rejuvenescimento

O processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil é confirmado por meio dos novos dados apresentados no Boletim. A semana epidemiológica 16 apresenta idade média dos casos internados de 57 anos, versus idade média de 63 anos na semana epidemiológica 1. Para óbito, os valores médios foram 71 anos, na semana epidemiológica 1 e 64 anos nesta última. Segundo a Fiocruz, há deslocamento da curva em direção a faixas etárias mais jovens.

Quanto ao número de leitos, após muitas semanas em situação muito crítica, as taxas de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) covid-19 no país começam a dar sinais de melhora, embora ainda longe de indicar um quadro tranquilo. Entre 26 de abril e 3 de maio, as taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos mantiveram a tendência lenta de queda em quase todo o país.

 

Dois jovens foram flagrados fazendo pedido no drive-thru de uma rede de fast food de uma forma um tanto quanto inusitada: de charrete. O flagra aconteceu na cidade de São Vicente, litoral de São Paulo, na noite da última segunda-feira (3).

A foto dos jovens em seu veículo repercutiu nas redes sociais. Os jovens não foram identificados.

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Eles são adolescentes e não querem voltar para as aulas presenciais. Não retornaram em 2020 nem querem agora em 2021, quando a educação foi autorizada a abrir no Estado. Estão há mais de um ano sem praticamente ver amigos, ir a festas, namorar. Pais e médicos se preocupam porque sabem que a escola não é apenas a aprendizagem acadêmica - e na maioria das vezes eles até se saem muito bem no online. Ela é fundamental para a criação de valores, de noções de sociedade, regras, politização, independência e habilidade de lidar com conflitos que, com certeza, não acontecem dentro de um quarto.

Apesar de nem todos serem casos de transtornos da saúde mental, adolescentes com crises de pânico e ansiedade se tornaram comuns em consultórios psiquiátricos durante a pandemia. Pode ser a síndrome da gaiola, como nomeou um especialista. Ou seja, a gaiola é aberta, mas o pássaro não quer sair. Médicos dizem que o prejuízo é enorme agora e para o futuro de jovens que completaram 15, 16, 17 anos fechados em casa.

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Marcelo acabou de fazer 18 (todos os nomes dos jovens e dos pais nesta reportagem são fictícios para preservar a privacidade das famílias). Foi seu segundo aniversário na pandemia. Começou a fazer terapia em novembro quando sentiu que já não tinha mais vontade de nada. "Via que meus amigos estavam muito ansiosos para a escola voltar, mas eu não sentia falta."

Ele foi um dos poucos que não retornaram ao presencial em fevereiro, o que preocupou a mãe. "Ele sempre foi um menino disciplinado, nunca precisei supervisionar nada, mas percebi que estava muito desinteressado. Eu tinha medo de ele entrar em depressão, pedi para ele ir para a escola", conta. Mas o adolescente diz que tem medo de contaminar sua família e se organizou bem para estudar em casa. "Eu olho para a escola como algo do passado, como um momento que acabou. Aquela escola não existe mais."

A única exceção aberta por Marcelo para sair de casa durante a pandemia foi uma viagem com alguns amigos no ano-novo - todos testados para covid. "Eu vi o sorriso dele nas fotos e vídeos da viagem e até chorei de emoção. Era um sorriso genuíno, que eu não via fazia tempo", diz a mãe.

"O que mais me deixa preocupado é a desesperança que vejo em adolescentes", diz o psiquiatra da infância e adolescência, da Associação Brasileira de Psiquiatria, Gabriel Lopes, que cunhou o termo síndrome da gaiola. "É uma entrega." Para ele, os pais precisam se preocupar quando o jovem deixa de se revoltar com a dificuldade que a pandemia traz para sua vida.

Estudo realizado por um grupo de pesquisadores de 20 universidades americanas, analisando adolescentes de Estados Unidos, Peru e Holanda, mostrou que os sintomas de depressão aumentaram 28% com seis meses de pandemia. Foram acompanhados 1.339 estudantes, de 9 a 18 anos, antes e depois da covid.

Segundo os autores, o apoio social é um dos fatores que mais protegem contra a depressão dos adolescentes. A conclusão do estudo é a de que políticas públicas durante a pandemia precisam considerar a saúde mental dos adolescentes, como o incentivo à volta das aulas presenciais.

Evitar convívio social e situações de conflito traz problemas

Pesquisas também mostram, no entanto, que retornar para a escola pode ser um fator de forte ansiedade. Isso porque, explica o psiquiatra da infância e adolescência da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme Polanczyk, ela é um espaço de ameaça social, onde o jovem pode se deparar com situações de conflito, inesperadas. "Eles se sentem confortáveis em casa, só mantêm contato com os amigos, com quem têm uma boa relação, se sentem seguros."

Mas, segundoPolanczyk, ao evitar essas dificuldades, não desenvolvem habilidades importantes para toda a vida. "Muitos estímulos que eram normais para um adolescente deixaram de existir. Eles perdem autonomia."

Paulo, de 15 anos, se formou no ensino fundamental sem nunca ter pisado na escola. Ele mudou de instituição no meio da pandemia, no ano passado. E em 2021, como foi para o ensino médio, mudou de novo, para outra que também nunca esteve. Mas não tem vontade de conhecer.

"Ele faz tudo pelo computador, para ele está ótimo. Me preocupo muito como vai ser quando abrir o mundo", diz a mãe Fátima. Ela conta que sente o menino ansioso, mas muito quieto e sem reclamar de nada. E lamenta que, antes da covid, Paulo estava começando a sair sozinho, ir a festas, ao shopping com amigos. "É muito triste."

"Um aluno que está em casa muito mal nos preocupa muito, mas o que está em casa muito bem também nos preocupa muito", diz o orientador educacional do Colégio Santa Cruz, Silvio Hotimsky. Segundo especialistas, a escola é fundamental para identificar eventuais problemas, mesmo por meio das câmeras da aula online. Ele conta que tenta levar ao presencial adolescentes que estão desconectados do grupo. "Adolescência é o momento do encontro, de identificações, e tudo isso sofre uma regressão quando se está em casa só com a família."

Para Lopes, pais e mães muitas vezes veem como "um motivo nobre" o fato de o adolescente não querer ir para a escola, já que estaria se preocupando com os outros. "Tem de olhar melhor para isso. Claro que tem a preocupação legítima com os pais, o medo, mas pode estar escondendo outro motivo."

Alice, de 13 anos, ficou o ano passado todo fechada em casa e resolveu, perto do Natal, ir pela primeira vez a um shopping no interior de São Paulo, onde mora. Ao passear pelos corredores, começou a sentir falta de ar e muito medo. Foi diagnosticada com transtorno de ansiedade, algo que nunca tinha ocorrido. "Eu tinha muito medo de pegar a covid, de passar para os meus pais."

Em março, quando estava se preparando para voltar às aulas presenciais, a crise veio de novo. "Sentia que tinha algo na minha garganta, fiquei duas semanas quase sem comer nada e emagreci três quilos. "Era a escola. Voltar me deixou muito nervosa". Alice passou a tomar remédios, agora se sente melhor. Sua escola será aberta amanhã, mas os pais não a deixaram voltar por medo de contaminação. "Estou mais tranquila e com saudade dos meus amigos."

Após crises de pânico, aluno parou aulas presenciais e online

Antonio fez 15 anos durante a pandemia, em um ano que, mesmo sem quase sair de casa, seu pai se contaminou com a covid-19 e seu avô morreu da doença. Até então, era um aluno excepcional, que adorava o colégio e gostava muito de ler.

Mas os eventos de 2020 fizeram Antonio passar a ter crises de pânico só de pensar em escola e a praticamente parar de estudar neste ano.

O menino já tinha diagnóstico de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), caracterizado pela obsessão por ideias ou imagens que muitas vezes só é amenizada por um ritual de compulsão, com regras rígidas e preestabelecidas. A mãe Marta, também com TOC, percebeu aos 8 anos que o filho lavava excessivamente as mãos. Segundo especialistas, adolescentes já com um transtorno mental foram ainda mais prejudicados com a falta de escola durante a pandemia.

"Passamos o ano presos e com muitas fobias, rituais de limpeza, ele não teve aulas presenciais nem saiu para lugar nenhum em 2020", conta Marta. Em fevereiro, com a proximidade da volta às aulas presenciais, a mãe conta que o menino "não tinha mais unhas para roer".

Ele chegou a ir três vezes à escola e passou a ter crises de pânico. "Ele já despertava para o café com olhos arregalados, veias saltando no pescoço, tremendo."

Quando a educação fechou novamente em São Paulo, o ensino remoto também não foi fácil. "A pior coisa que inventaram nessa pandemia foi o ensino a distância", diz Antonio. Já no ensino médio, ele começou a estudar compulsivamente por 12 horas e ter ideias recorrentes de que nunca conseguiria tirar nota boa, sendo que era um aluno exemplar. Mesmo com medicação e acompanhamento médico, ele não melhorava.

A mãe, então, contou a situação à direção da escola, que permitiu que ele apenas fizesse as provas e não precisasse mais participar das aulas online. Marta passou a cronometrar o tempo de estudo do filho, que não poderia passar de meia hora por dia. Mesmo assim, ele tirou ótimas notas. O arranjo deve continuar durante todo o semestre, para alívio de Antonio.

"Só de falar em voltar, ele já não dorme mais, começa a tremer", diz Marta. Antonio ainda não consegue ler livros porque a compulsão pela checagem o impede de passar do primeiro parágrafo. Mas já se sente mais tranquilo, ao menos em casa. Desligou seu celular e pouco fala com os amigos da escola, que insistem em saber se está bem.

Antonio agora se preocupa com os jovens ocupando as UTIs. "Só volto para a escola quando todos os professores e alunos forem vacinados."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19 referente às semanas epidemiológicas 14 e 15, período de 4 a 17 de abril, constata que a doença tem infectado cada vez mais pessoas jovens, processo chamado pela Fiocruz de rejuvenescimento da pandemia.

A análise divulgada hoje (23) aponta que a faixa etária dos mais jovens, de 20 a 29 anos, foi a que registrou maior aumento no número de mortes por Covid-19: 1.081,82%. Já nas idades de 40 a 49 anos, houve o maior crescimento do número de casos: 1.173,75%.

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Nas semanas epidemiológicas 14 e 15, a quase totalidade dos estados apresentou estabilidade dos indicadores, com exceção de Roraima, onde foi verificada nova alta tanto no número de casos quanto de óbitos. No Amapá, houve pequena redução no número de casos.

Rio de Janeiro (8,3%), Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%) apresentaram as maiores taxas de letalidade. De acordo com os pesquisadores, os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados, como a insuficiência de testes de diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.

Taxas de mortalidade elevadas também foram verificadas nos estados de Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Esse padrão mantém essas regiões como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados.

As maiores taxas de incidência de covid-19 foram observadas nos estados de Rondônia, Amapá, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e no Distrito Federal.

UTI

Segundo a Fiocruz, as taxas de ocupação de leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no SUS por pacientes adultos com covid-19 em diversos estados se mantêm, em geral, em níveis muito elevados. Dados de 19 de abril, em comparação aos do último dia 12, indicam a saída do Amapá de zona de alerta crítico para zona de alerta intermediário, na qual já se encontravam Amazonas, Maranhão e Paraíba. Exceto por Roraima, fora de zona de alerta, os demais estados e o Distrito Federal permaneceram em zona de alerta crítico.

Catorze estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupação superiores a 90%: Rondônia (94%), Acre (94%), Tocantins (93%), Piauí (94%), Ceará (98%), Rio Grande do Norte (93%), Pernambuco (97%), Sergipe (97%), Espírito Santo (91%), Paraná (94%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (100%), Mato Grosso (96%), Goiás (90%) e Distrito Federal (98%).

SRAG

A análise constata que as incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), outro indicador estratégico, se encontram em níveis de estabilidade em muitos estados ou em redução. No entanto, ainda estão em níveis muito altos. Cerca de 90% dos casos de SRAG são devido a infecções por Sars-CoV-2. De acordo com o estudo, os estados com níveis altos e estáveis de SRAG são principalmente das regiões Sul e Nordeste.

 

O projeto 'Um Milhão de Oportunidades (1mio.com.br)', desenvolvido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), teve adesão assinada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), para ser iniciado em Pernambuco. A iniciativa é voltada para adolescentes e jovens de 14 a 24 anos, em especial aqueles em situação de vulnerabilidade, oferecendo acesso à formação educativa, inclusão digital e incentivo ao empreendedorismo.

Sendo o primeiro estado do Brasil a aderir ao programa, Pernambuco busca mesclar ações para os jovens egressos do sistema socioeducativo e que cumprem medidas em meio aberto, vítimas de trabalho infantil e migrantes, como informa assessoria do SDSCJ. O secretário da pasta, Sileno Guedes, responsável pela assinatura do termo de adesão, defende a relevância do projeto. “O Brasil conta com mais de 48 milhões de jovens, entre 10 e 24 anos. Mais da metade desse público sofre com diversas privações. Então iniciativas como essas precisam ser fortalecidas. Por isso, o Governo de Pernambuco se une ao Unicef para criar estratégias que possam fortalecer a oportunidade à nossa juventude”, afirmou.

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Segundo a gerente geral do sistema socioeducativo, Suelly Cysneiros, a plataforma digital serve para guiar os usuários que estiverem em busca de informações sobre oportunidades e formação para o mundo do trabalho. “Essas oportunidades poderão ser acessadas no site e no aplicativo, que vão contar com um monitoramento sobre o preenchimento efetivo de cada oportunidade pelas empresas participantes”, explicou.

Johnson & Johnson (J&J) iniciou testes de sua vacina contra a covid-19 em jovens de 12 a 17 anos, no último esforço de tornar a imunização disponível para um público não adulto.

A empresa americana, que tem sede em New Brunswick (New Jersey) informou nesta sexta-feira que está ampliando um estudo iniciado em setembro com voluntários adultos para incluir cerca de 1.700 adolescentes na faixa de 12 a 17 anos. Os resultados do teste poderão ser anunciados no segundo semestre do ano, afirmou um porta-voz da J&J.

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O grupo farmacêutico também planeja começar a testar os efeitos da vacina em mulheres grávidas.

As vacinas da J&J e da Moderna estão autorizadas para uso em adultos acima de 18 anos nos EUA e em alguns outros países. Um terceiro imunizante, da Pfizer com a BioNTech, está liberado para indivíduos de 16 anos ou mais.

 Novos dados divulgados, nesta sexta (26), pelo Boletim Observatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam o rejuvenescimento do novo coronavírus no Brasil. Segundo a instituição, enquanto a média geral de internações aumentou 316,68%, o salto entre os adultos jovens foi de mais de 500%. Por consequência, subiu também o número de mortos que integram este grupo.

Na faixa etária entre 30 e 39 anos, o aumento de hospitalizações foi de 565,08% na semana epidemiológica 1 (de 3 a 9 de janeiro), que totalizou 440 internações e a 10ª semana, entre os dias 7 e 13 de março, que somou 2.923 hospitalizações. No mesmo período, o crescimento de internações de pessoas com idades entre 20 e 29 anos foi de 255%, passando de 302 internações para 1.074.

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O maior crescimento, contudo, foi registrado no grupo que compreende pacientes de 40 a 49 anos, com alta de 626%, o que corresponde ao salto de 626 para 4.548 internações. Já entre quem tem 50 e 59 anos, foi registrada escalada de 525,93%, de 898 para 5.620 internações.

Os dados foram reunidos no SivepGripe da Fiocruz, que registra as síndromes respiratórias Agudas Graves no Brasil. A análise ficou a cargo de uma equipe de nove pesquisadores, liderados por Carlos Machado, especialista em saúde pública com enfoque em emergências e desastres. O aumento de internações entre jovens, que possuem menos comorbidades e, portanto, lenta evolução dos casos graves preocupa pois o tempo de permanência deste grupo na UTI é maior. Com os leitos ocupados por mais tempo, aumenta a indisponibilidade de vagas.

Nos hospitais brasileiros há cada vez mais rostos sem rugas e menos cabelos grisalhos. O coronavírus, que inicialmente causou estragos na população idosa, está começando a afetar os mais jovens.

Na lotada unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital Emilio Ribas, em São Paulo, o dr.Jaques Sztajnbok conduz a reunião médica matinal.

Na sala estão uma mulher de 53 anos e um homem de 56 anos, ambos entubados. A poucos metros de distância, um rapaz se contorce e parece desorientado, embora respire sozinho. Ele tem 26 anos.

“Estamos vendo uma prevalência de pacientes mais jovens, sem comorbidades, hospitalizados com quadros muito graves”, disse Sztajnbok, supervisor da unidade, à AFP. “Parece uma tendência frequente em todas as UTIs do Brasil”, acrescenta o médico de 55 anos.

Essa parece ser a principal diferença nessa segunda onda da pandemia que desde fevereiro de 2020 já deixou mais de 287 mil mortos e infectou quase 12 milhões de pessoas no país, número superado apenas pelos Estados Unidos.

De resto, "pouco mudou": equipes de saúde trabalham sem parar e a curva de casos e óbitos aumenta incessantemente, agravada por uma variante mais contagiosa do vírus que surgiu na região amazônica.

Nesta semana, o país atingiu pela primeira vez mais de 2.000 mortes por dia em uma média de sete dias.

O Emilio Ribas ampliou os leitos de terapia intensiva de 12 para 60. Mesmo assim, está com 100% de ocupação.

- "Perderam o medo" -

As mortes de brasileiros de 30 a 59 anos começaram a aumentar em dezembro e em quase três meses passaram de 20% para quase 27% do total.

Concomitantemente, as mortes de maiores de 60 anos, que no final de 2020 giravam em torno de 78%, em março caíram para 71%, segundo dados do Ministério da Saúde.

“Metade dos pacientes internados em nossas enfermarias tem menos de 60 anos”, diz Luiz Carlos Pereira Junior, diretor do Emilio Ribas. Há um ano eram 35%.

Os especialistas atribuem o aumento das internações de jovens ao não cumprimento das regras de distanciamento social, contra as quais se coloca o próprio presidente Jair Bolsonaro.

O presidente incentiva multidões de simpatizantes, desdenha o uso de máscaras e critica os governadores que impõem restrições às atividades econômicas.

Nas ruas de todo o país é comum ver gente sem máscara e o transporte público lotado. Diariamente, há relatos de operações policiais contra festas e bares clandestinos.

“No ano passado, acho que o medo de uma doença desconhecida tinha tamanho impacto que as pessoas aderiram às medidas de proteção, que não estão sendo seguidas agora (...) Os jovens perderam o medo”, diz Sztajnbok.

- Hospitalizações mais longas -

A queda nos casos e mortes de pessoas com mais de 60 anos pode ser atribuída em parte ao impacto de uma campanha de vacinação de dois meses, apesar dos atrasos e interrupções, voltada para idosos e outros grupos prioritários.

“Em alguns estados, a vacinação dos maiores de 75 anos já acabou. Além disso, a população idosa no geral é mais reclusa que os jovens, que circulam mais”, disse Walter Ramalho, epidemiologista da Universidade de Brasília ao portal Poder 360.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, enfrenta o "maior colapso sanitário e hospitalar" de sua história, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre as 27 unidades federativas - 26 estados e o Distrito Federal -, 25 possuem ocupação igual ou superior a 80% nas UTIs.

A hospitalização de uma população mais jovem aumenta a pressão. São Paulo, por exemplo, registrou nesta quinta-feira o primeiro óbito por falta de vaga em uma UTI. A vítima: um homem de 22 anos.

“A permanência em leitos de UTI quase dobrou (de 15 para 28 dias). Isso se explica porque recebemos mais jovens que resistem à doença mais do que os idosos”, disse Graccho Alvim, presidente da Associação dos Hospitais Privados do Rio de Janeiro, ao jornal O Globo.

Amanda e Giovanna, ambas de 20 anos, reconhecem a importância de acompanhar a vida política de suas cidades, mas se mostram desiludidas com os debates e ações até sobre medidas que podem ter impacto direto no futuro da vida delas. As duas integram uma estatística que ilustra a dificuldade que é aumentar a participação de jovens na política. Um estudo realizado pelo Ibope e pela Rede Nossa São Paulo mostra que 67% das pessoas entre 16 e 24 anos na cidade não têm a mínima vontade de participar da vida política do município.

"É bem chato não querer participar", disse Amanda Porfírio, técnica em nutrição. "Eu sempre me imaginava no lugar deles (políticos) fazendo mudanças, mas acho que a política virou somente um nome." O ponto de vista é compartilhado por Giovanna Paulo, que trabalha como montadora numa fábrica de automóveis. "Sei que é importante acompanhar, mas não me vejo refletida na política."

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A pesquisa foi realizada com 800 pessoas durante o mês de janeiro em São Paulo. Entre os mais jovens, 19% disseram ter "alguma vontade" de participar da vida política na cidade e 15% falaram ter muita vontade.

"O mundo político, historicamente, não dá abertura a essas pessoas, então a vontade que o jovem tem de querer transformar as coisas não encontra eco no mundo da política, por isso há essa desilusão", afirmou o assessor de Mobilização da Rede Nossa São Paulo, Igor Pantoja.

No levantamento, foi apresentada aos entrevistados uma lista de possibilidades de atuação que vai do simples compartilhamento de notícias sobre política na internet até participação em atos de rua e atuação em conselhos municipais, mas 42% dos jovens disseram não praticar nenhuma delas.

Assinatura de abaixo-assinados, compartilhamento de notícias em redes sociais e em aplicativos de mensagens e atuação no movimento estudantil estão entre as formas mais citadas de fazer política por esta geração. Nenhum desses pontos, entretanto, foi citado por mais de 22% dos entrevistados.

Para o cientista político Paulo Loiola, da Baselab, fatores ligados à economia ajudam a explicar esse distanciamento entre jovens e política. "Essas pessoas são um dos públicos mais impactados hoje pela falta de perspectiva, falta de renda e de emprego. Muitos estão ou desmotivados por essa falta de perspectiva ou ocupados demais com sua sobrevivência dividindo-se entre trabalho e estudo, sobrando pouco tempo útil a ser dedicado a esse tema", disse o cientista político.

Giovanna relatou que este é um "problema" observado em seus grupos de amigos. "A busca de oportunidades é o que ocupa a maior parte do tempo, já que há uma necessidade cada vez maior de ter experiência para ingressar no mercado de trabalho."

'Bolha'

Apesar da resistência de movimentos estudantis, de ações como ocupações de escolas e da formação política nos braços "jovens" de dentro dos partidos ou de grupos de renovação, a inserção desta faixa etária na política aparece com mais força e presença no ambiente online. Mas isso não se traduz necessariamente em qualidade do debate político ou mesmo em ação prática fora das chamadas "bolhas".

Em redes sociais e aplicativos como WhatsApp e Telegram, o "textão" em discussões sobre política são manifestações legítimas, mas analistas contestam seu caráter de diálogo. "O ambiente online favorece esse comportamento de muito 'textão', muita opinião, mas as redes nos mostram, em geral, conversas pontuais entre indivíduos, não envolvem instituições, ideias, projetos", disse Pantoja. "No ambiente online, há um incentivo a se posicionar, dá uma sensação de poder a quem está produzindo o conteúdo", afirmou Loiola.

A pesquisadora Luiza Carolina dos Santos, da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (Dapp) da FGV, aponta a necessidade de se ter em mente um diagnóstico do momento que vivemos e de como os jovens têm se relacionado com política. "A ação política hoje pode estar muito mais relacionada com pequenas ações cotidianas do que restrita a espaços institucionalizados, como partidos políticos, movimentos sociais ou outras formas de organização da sociedade civil", disse Luiza.

Um exemplo desta nova realidade são os espaços de debate político que emergiram nas eleições de 2020 nos Estados Unidos e no Brasil, onde políticos "invadiram" espaços como Discord e Twitch para fazer campanha enquanto dialogavam com o público gamer. "Todo lugar é lugar de discussão política", afirmou Luiza. "O que nos auxilia a compreender esse momento é muito mais qualificar as formas de participação hoje como formas legítimas. Isso exige repensar como institucionalizamos a participação política hoje, se podemos repensar possibilidades diferentes que possam dialogar com novas gerações, nos espaços dessas novas gerações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As 38 pessoas, incluindo 24 crianças, sequestradas há 10 dias em uma escola no centro-oeste da Nigéria foram libertadas, anunciaram autoridades locais neste sábado (27), um dia após um novo grande sequestro, de 317 jovens, no norte do país.

"Na verdade, não havia 42 reféns, como pensávamos, mas 38", explicou à AFP Sani Idris, porta-voz do governador do estado de Níger, localizado no centro-oeste da Nigéria, uma região que é alvo de grupos criminosos.

“Os alunos, professores e pessoas próximas do Kagara College of Sciences recuperaram sua liberdade e são recebidos pelo governo local”, havia anunciado horas antes Abubakar Sani Bello, governador do estado do Niger.

Em meados de fevereiro, homens armados atacaram esta escola secundária pública de Kagara, matando um aluno e sequestrando 27 alunos, três professores e 12 familiares de funcionários. Os "bandidos" espalham o terror nas populações locais, realizam sequestros em massa em troca de pagamento de resgate, saqueiam aldeias e roubam gado durante vários anos, especialmente no noroeste e centro-oeste da Nigéria. Mas ultimamente, os sequestros nas escolas também se multiplicaram.

Nesta sexta-feira, 317 adolescentes que frequentavam o estabelecimento de ensino no estado de Zamfara, no noroeste, foram sequestradas em dormitórios coletivos. As forças de segurança, acompanhadas por moradores furiosos, lançaram uma operação de resgate. Nesse mesmo dia, pais de alunos sequestrados atacaram o comboio oficial que pretendia chegar à escola, ferindo gravemente na cabeça um jornalista local.

Neste sábado, a escola das jovens sequestradas estava deserta. Restavam apenas camas de metal empilhadas, colchões velhos e peças de roupa abandonadas. “Preferia que minhas duas filhas tivessem morrido”, declarou Abubakar Zaki, um pai angustiado com a situação. "Pelo menos eu as teria enterrado e sabido que estão perto de Alá, em vez de saber que estão nas mãos de bandidos."

- 'Chantagem' -

No começo de dezembro, 344 alunos foram sequestrados de uma escola em Kankara, no estado vizinho de Katsina, antes de serem libertados uma semana depois.

Diante de cada novo sequestro em massa, autoridades federais ou locais afirmam não pagar resgate pela libertação dos reféns, algo improvável de acordo com especialistas em segurança que temem que esse tipo de crime se multiplique na região.

No início de fevereiro, Awwalun Daudawa, responsável pelo sequestro de Kankara, se rendeu às autoridades em troca de um acordo de anistia, durante uma cerimônia pública na presença de um grupo de jornalistas.

De acordo com o especialista Yan Saint-Pierre, que dirige o centro de análise de segurança Modern Security Consulting Group, isso é um sinal ruim para os criminosos.

Na sexta-feira, o presidente Muhammadu Buhari, amplamente criticado pela catastrófica situação de segurança no norte da Nigéria, disse que não iria "ceder à chantagem" de bandidos no caso das meninas sequestradas em Zamfara.

- Violência, pobreza e desescolarização -

Seu número é incerto, mas esses grupos atraem cada vez mais jovens desempregados nessas regiões, que registram mais de 80% da população em situação de extrema pobreza.

"Não se pode dizer quantos são exatamente", disse à AFP, Nnamdi Obasi, analista do International Crisis Group (ICG) para a Nigéria. "Eles se dividem, se reagrupam, formam alianças entre si... E só no estado de Zamfara, há cerca de 40 lugares" onde vivem e se escondem, continua ele.

Alguns desses grupos somam centenas de combatentes e outros apenas algumas dezenas. Vários deles têm fortes laços com grupos jihadistas presentes no Nordeste do país.

A violência criminosa cometida por esses grupos matou mais de 8.000 pessoas desde 2011 e forçou mais de 200.000 pessoas a fugir de suas casas, de acordo com um relatório do International Crisis Group (ICG), publicado em maio de 2020.

A outra preocupação com essa nova tendência é que esses sequestros estão promovendo cada vez mais a evasão escolar de crianças, e principalmente de meninas, nesta região, que já possui o maior número de crianças que não vão à escola, segundo o ICG.

Jovens maiores de idade agora podem solicitar a alteração de seus nomes diretamente nos cartórios de registro civil. A regra vale apenas para o Estado de São Paulo e foi instituída pelo Provimento nº 01/2021 da Corregedoria Geral da Justiça paulista. Além da troca do primeiro nome, também pode ser solicitada a adição ou exclusão de sobrenome. Com a nova regra, ficam dispensadas a contratação de advogado, realização de audiência no Ministério Público e autorização judicial.

Para solicitar o procedimento, a pessoa interessada deve ter idade entre 18 e 19 anos. Não há a exigência de motivação específica para a alteração do nome, desde que não seja prejudicado o sobrenome familiar. É considerada justificativa válida para a mudança de registro: a necessidade de correção, quando comprovado erro evidente de grafia; e retificação de documentos por pessoas transexuais. As demais alterações, como exposição do nome ao ridículo ou proteção a testemunhas, ainda precisam de ser avalizados pela Justiça. Também foi mantida a necessidade de aprovação judicial nos casos em que a pessoa interessada tenha idade superior a 19 anos.

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"Apesar de o nome ser regido pela regra da imutabilidade, ou seja, deve se manter inalterado para segurança das relações jurídicas, existem exceções em lei onde a alteração é possível, e que agora foram ampliadas, permitindo ao cidadão realizar a mudança de forma desburocratizada, em qualquer Cartório de Registro Civil, sem a necessidade de procedimento judicial", explica a diretora da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP), Andreia Gagliardi.

A inclusão de um sobrenome pode ocorrer mediante a celebração de casamentos, em atos de reconhecimento de paternidade e maternidade - biológica ou socioafetiva -, e nos casos em que os pais de filhos menores constatam, em conjunto, que o registro original não reflete todas as linhagens familiares. Neste caso, a criança que possui apenas o sobrenome de um dos pais poderá ter acrescido o nome do outro.

Já a retirada ou alteração do sobrenome pode ser solicitada pela pessoa viúva, mediante a apresentação da certidão de óbito do cônjuge falecido. Outra possibilidade agora permitida é que a pessoa viúva ou divorciada, ao se casar novamente, possa optar por voltar a usar o nome de solteira, sem a obrigação de adotar o sobrenome do novo cônjuge.

O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de doenças causadas pela proliferação descontrolada de células anormais no organismo e que, diferentemente do câncer gerado em adultos, afeta o sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação do corpo humano. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa para cada ano do triênio 2020/2022 é de que sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infantojuvenil, 4.310 em homens e 4.150 em mulheres. No Pará, as estatísticas apontam para 280 casos no ano de 2020, 160 homens e 120 mulheres.

A oncologista pediátrica Alayde Wanderley explica que o tipo de neoplasia – proliferação desordenada de células no organismo, formando uma massa anormal de tecido que pode ser benigna ou maligna – mais frequente em crianças e adolescentes são as leucemias, seguido de tumores do sistema nervoso central e dos linfomas. “Quando eu olho para a faixa etária dos adolescentes, exclusivamente, eu tenho que lembrar dos linfomas e de alguns tipos de carcinoma (câncer que se origina no tecido que reveste a pele e órgãos), mas quando eu olho para o geral de crianças e adolescentes, a neoplasia mais frequente são as leucemias”, analisa.

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A médica informa que é necessário entender que o câncer é genético, isto é, as alterações na informação genética provocam o desenvolvimento da carcinogênese – processo de formação do câncer. Diferentemente do adulto, em que o câncer demora anos pra se formar, na criança acontece a alteração na informação genética em uma fase muito precoce. 

“Algumas alterações estão relacionadas ao câncer infantojuvenil como, por exemplo, síndromes genéticas como a Síndrome de Down, que fazem essa criança ter de 10 a 15 vezes mais chances de ter leucemia do que uma criança que não tenha síndrome, a Síndrome de Li Fraumeni, a Síndrome do Câncer Familiar (ou Hereditário) e outras síndromes associadas”, explica.

Alayde destaca que, além das alterações, existem algumas exposições e fatores externos não ligados diretamente à criança, mas aos pais, que estão em alguns estudos correlacionados ao aumento de câncer na infância e juventude. “Exemplo: tumores hepáticos na criança estão relacionados ao uso de cigarro pelo pai, não pela mãe, aumentando a incidência na criança”, informa.

A médica afirma que o uso de determinados analgésicos durante a gestação pode aumentar o risco de certos cânceres também. “É o que a gente chama de causa multifatorial. Outro exemplo é a exposição a substâncias radioativas, por isso que as mulheres gestantes não podem fazer raios-x, a radiação ionizante também pode desenvolver o câncer. É uma associação desses fatores, não é um único fator que desenvolve o câncer”, explica.

Luta contra o preconceito

Alayde também expõe que um dos desafios para o diagnóstico precoce é lembrar que crianças podem ter câncer. Ela também aponta para a necessidade de diminuir o preconceito e o medo que assusta os pais ao pensarem em um diagnóstico de câncer para uma criança.

Para faciliar o diagnóstico precoce, a médica cita a importãncia da identificação de mudança de comportamento da criança, além do surgimento de ínguas, manchas roxas na pele, e fala que esses sinais podem indicar uma doença mais grave.

“O câncer infantojuvenil tornou-se um problema de saúde pública por se tornar a principal causa de óbito por doença (entre crianças e jovens) de 0 a 19 anos. Isso é extremamente preocupante. Uma criança pode ter câncer, sim, e o diagnóstico precoce é extremamente importante”, salienta a médica.

Quanto aos sinais a que os pais devem estar atentos em relação à saúde dos filhos, Alayde Wanderley alerta: “Aquela criança que deixa de fazer suas atividades diárias normalmente, que só fica dormindo, que para de brincar, para de estudar, que perde peso inexplicavelmente, são sinais de alerta”, observa. “Crianças maiores que referem dor de cabeça que não melhora, associada a vômitos, ou crianças pequenas irritadas, chorosas sem causa, devem ser examinadas por um profissional médico para poder investigar e pensar em câncer, sim.” 

O surgimento do reflexo do olho de gato (mancha branca que se tem nos olhos) pode ser sinal de um câncer ocular que é chamado de retinoblastoma. Ínguas no pescoço, na axila, que aumentam progressivamente, indolores e também devem ser observadas. “Câncer de criança e adolescente tem cura em 70% dos casos, desde que seja feito o diagnóstico precoce. Não temos que ter medo da doença, mas sim do atraso no diagnóstico”, afirma Alayde Wanderley.

A oncologista chama atenção para limitações na rede pública de saúde em relação a exames como tomografia e ressonância para identificar tumores no sistema nervoso central. Para a maioria dos cânceres como leucemia, tumores abdominais e tumores ósseos, exames de hemograma, ultrassom e um raios-x simples, respectivamente, já acendem o alerta para a doença.

Alayde conta que o tratamento é baseado na localização do câncer. Quanto mais precoce o diagnóstico, menos agressivo é o tratamento e maiores são as chances de cura. “O tratamento pode envolver quimioterapia, geralmente do tipo citotóxica (tóxico à célula e ao seu processo de multiplicação); radioterapia, em alguns casos determinados, e cirurgia principalmente para tumores sólidos para controle local da doença”, cita.

A principal dificuldade encontrada no tratamento de câncer infantojuvenil é o fator psicológico, pois afeta tanto o paciente quanto a família. “É uma doença que afeta toda a família. São tratamentos longos, muitas vezes dolorosos e tem um risco da perda de um ente muito querido”, relata Alayde Wanderley.

Há também a questão financeira. Geralmente, devido ao longo período de tratamento, várias consultas e internações prolongadas, o responsável abandona o emprego para dedicar-se ao acompanhamento do jovem, assim dependendo de beneficio para sustentar a família. “E isso tem um impacto financeiro, porque não é um tratamento barato. O SUS oferece tratamento 100% de graça, mas muito do suporte –alimentação e medicação de uso contínuo – não é ofertado pelo hospital”, aponta Alayde.

Os fatores socioeconômicos, educacionais, bem como medo do próprio tratamento, fazem com que o país tenha uma baixa adesão e uma alta taxa de abandono no tratamento oncológico, conforme declara a oncologista Alayde Wanderley.

Por Carolina Albuquerque e Isabella Cordeiro.

 

Um professor voluntário foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por suspeita de estuprar adolescentes. Videogames, quadrinhos, bichos de pelúcia e brinquedos foram apreendidos em sua residência e as autoridades acreditam que o material era usado para atrair as vítimas.

A prisão preventiva ocorreu nessa sexta-feira (12) e, até o momento, dois adolescentes do sexo masculino, residentes de Sete Lagoas, foram identificados como vítimas. Autoridades não revelaram o nome, nem a idade do suspeito, mas não descartam a possibilidade de mais vítimas.

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), nesta quarta-feira (6), anunciou abertura de inscrições para cursos na área de beleza, com aulas presenciais e on-line. Interessados devem realizar inscrições pelo site da instituição ou presencialmente, na Central de Atendimento Senac (CAS), na Avenida Visconde de Suassuna, 500, Santo Amaro, área central do Recife, de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, horário exclusivo durante este mês. 

São quatro opções de cursos de média e longa duração. São elas: cabeleireiro, barbeiro, maquiador e massagista. A carga dos cursos varia de 160 a 400 horas, assim como a taxa de mensalidade. Das capacitações oferecidas, segundo o Senac, apenas o curso de barbeiro será na forma presencial, enquanto que os demais cursos terão a primeira unidade remota e, em seguida, presenciais.

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Outros detalhes, como forma de pagamento do curso escolhido ou mais informações sobre as aulas, devem ser consultados por meio dos contatos 0800-081-1688 ou (81) 3413-6728/6729/6730/6697/6699.

Desde o início do ano está aberto o prazo de inscrição para o alistamento militar obrigatório para os jovens brasileiros do sexo masculino que completam 18 anos durante o ano de 2021. O prazo iniciou em 1º de janeiro e vai até 30 de junho. A prestação de serviço militar tem duração de 12 meses. As inscrições online podem ser feitas pelo site www.alistamento.eb.mil.br.

Para a inscrição online é necessário ter em mãos os seguintes documentos: CPF, carteira de identidade, comprovante de endereço com CEP, endereço de e-mail e telefone. Após preencher o formulário, o candidato pode acompanhar os próximos passos no mesmo site. O acesso é feito com o número do CPF e a senha criada no momento do cadastro.

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Para quem não tem acesso à internet, a inscrição deve ser feita em uma Junta do Serviço Militar (JMS), mais próxima da sua residência. Nesse caso, o jovem deve apresentar certidão de nascimento ou prova equivalente e comprovante de residência ou declaração firmada por ele.

Casos especiais

Em alguns casos, o alistamento só pode ser feito presencialmente. É a situação do jovem que for arrimo de família, ou seja, o único responsável pelo sustento da família. Nessa situação, o jovem deve apresentar um requerimento pedindo dispensa de incorporação e também apresentar documentos que comprovem sua condição de arrimo.

Outra situação é para os jovens que se enquadrem na condição de pessoa com deficiência. De acordo com o Ministério da Defesa, para solicitar a dispensa o “portador de necessidade especial física aparente, entregará requerimento solicitando isenção do serviço militar e atestado médico com diagnóstico de incapacidade e o respectivo CID, que é a Classificação Internacional de Doenças”.

Caso a pessoa não tenha condição de comparecer à JSM por incapacidade absoluta, ele poderá ser representado por tutor ou curador.

Nome social

A legislação prevê ainda a a possibilidade de o jovem se alistar com o nome social. Nesse caso, o jovem deve se dirigir à junta militar com certidão de nascimento ou equivalente, comprovante de residência, documento oficial com foto, como: carteira de identidade, de trabalho, profissional ou passaporte e requerimento para uso de nome social, disponível neste endereço.

Para quem mora no exterior, é necessário dirigir-se à repartição consular com certidão de nascimento, comprovante de residência e documento oficial com foto.

A seleção dos jovens para ingresso nas Forças Armadas ocorre no período de 1º de julho a 28 de outubro. A primeira etapa é um teste de conhecimentos gerais, seguido de exames médicos e psicotécnicos. Após o resultado, os jovens podem ser incorporados ou dispensados do serviço militar. Caso seja dispensado, o jovem recebe o Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI). Ele participa de uma cerimônia onde se compromete a se apresentar futuramente, caso seja necessário.

Nesta terça-feira (5), a organização não governamental (ONG) grupo Curumim abriu inscrições para preenchimento de 25 vagas em formações on-line e gratuitas em saúde, cidadania e artivismo, com aulas de percussão e artes. De acordo com o grupo Curumim, a ONG tem como objetivo desenvolver “projetos de fortalecimento da cidadania das mulheres em todas as fases de suas vidas”. 

A qualificação é voltada para meninas dos 10 aos 18 anos moradoras da cidade do Recife e Região Metropolitana do Recife (RMR). Interessadas podem solicitar a ficha de inscrição por meio do WhatsApp (81) 9 9510-4493, até o dia 26 deste mês. “O projeto tem duração de 10 meses, com atividades semanais, o dia e horário serão discutidos com o grupo selecionado”, informa o Grupo Curumim.

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O resultado com os selecionados será divulgado no dia 30 de janeiro de 2021 e o início das atividades será no dia 4 de fevereiro. Ao final, as participantes receberão um certificado. Para obter mais informações, basta entrar em contato no WhatsApp (81) 9 9510-4493.

Dois jovens negros foram expulsos do Salvador Shopping, na capital baiana, em uma ação truculenta de seguranças, no fim da tarde dessa segunda-feira (28). Filmagens e o relato de testemunhas ao Correio 24horas indicaram que um deles foi enforcado e arrastado para fora aos gritos de socorro.

Os seguranças alegam que a dupla era violenta para tentar justificar a forma como a recolheu para os corredores internos. Segundo uma testemunha, os seguranças informaram que eles ameaçavam outros clientes e tentavam vender revistas dentro do centro de compras. “Me disseram que eles abordavam os clientes e xingavam os que não compravam as coisas que eles vendiam. Mas nada justifica a forma como eles agiram”, relatou. 

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Em um vídeo registrado por clientes, um dos jovens grita e tenta fugir dos seguranças. Ele cai no chão, o que não impede de continuar sendo empurrado. Após a detenção no shopping, eles foram levados à polícia, onde um foi liberado e o outro encaminhado para prestar depoimento na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI).

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O menor que seguiu para esclarecimento já teria uma reclamação de violência no shopping. “O casal nos contou que os meninos não estavam machucados, que eles estavam bem. Disseram que a abordagem policial manteve distância, conferiram o bolso deles, mas não de forma truculenta. Eles não tinham sinais de violência aparentes”, relatou a estudante Júlia Magalhães.

Um grupo de pessoas que acompanhou toda a ação permaneceu no shopping para garantir a integridade da dupla. “Fiquei preocupada vendo essa situação de violência e racismo, por isso, fiquei esperando com outras pessoas para saber como estavam os meninos. Pedimos para ver eles na sala, mas os seguranças barraram a entrada. Depois de um tempo, um casal foi liberado para acompanhar a entrega dos meninos para a polícia”, acrescentou Júlia.

Em nota, o Salvador Shopping lamentou o caso e afirmou que a conduta dos colaboradores está em desacordo com o treinamento periódico na equipe. "O fato está sendo apurado internamente para a individualização das responsabilidades e aplicação das sanções cabíveis. Queremos reiterar que, em momento algum, concordamos com o que acontece nas imagens. O centro de compras reforça que vem dialogando com todos os órgãos competentes sobre o tema", concluiu.

Policiais Militares de Palmares, cidade na Mata Sul de Pernambuco, foram flagrados agredindo jovens, que seriam menores de idade, na praça próxima à Igreja de São José. A violência foi filmada nesse sábado (26) e motivou uma denúncia da Ordem dos Advogados de Pernambuco (OAB-PE) junto ao Ministério Público do estado (MPPE).

No registro, dois policiais gritam e dão tapas no rosto de um jovem sentado em um dos bancos da praça. O efetivo joga uma latinha de cerveja, intimida dezenas pessoas que estavam presentes e ainda é acusado de ter pego o celular de outro jovem, que tentava captar a ação violenta.

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Questionada pelo LeiaJá, a Polícia Militar (PM) conta que atendeu a solicitação feita em abaixo assinado pelos próprios moradores da área, que pediram mais policiamento para acabar com a perturbação do sossego. Após serem acionados, os agentes do 10º Batalhão deram ordem para baixar o som, mas foram respondidos com gritos e insultos na praça da Cohab 1, relata em nota.

Ainda de acordo com o comunicado, diante dos fatos registrados, um procedimento interno foi instaurado para apurar as circunstâncias da ocorrência. "O comando do Batalhão lembra, ainda, que a postura dos policiais militares durante a abordagem apresenta-se como um fato isolado, fora dos padrões de atuação de sua equipe", pontuou a PM.

O presidente da OAB-PE no município, Silvio Romero de Vasconcellos Júnior, enviou requerimento ao MPPE e cobra uma atitude contra os policiais envolvidos. "Alguns jovens/adolescentes foram espancados por policiais militares, diante de dezenas de pessoas que estavam presentes. Esta Praça é frequentada por famílias, crianças, jovens, idosos e representa a realização de um sonho antigo desta comunidade. O bairro de São José em Palmares é um dos melhores lugares para se morar, onde, inclusive, está localizada a sede do Ministério Público. Não há qualquer explicação para a prática desses atos violentos neste local ou em qualquer outro de nossa cidade", destaca parte do documento.

Apesar de tentar resolver a denúncia internamente, ele indica a necessidade de uma postura à altura a sociedade, visto que os cidadãos ficaram indignados ao presenciar as agressões. "Este fato chegou ao nosso conhecimento esta manhã e, nos causa arrepio, uma vez que se trata de uma atitude covarde e sem qualquer necessidade, praticada por agentes responsáveis pela segurança pública em nosso Estado. Toda sociedade está indignada em assistir às agressões registradas na Praça recém inaugurada pela Prefeitura", acrescentou.

A Otis, empresa de sistema de segurança de elevador, prorrogou as inscrições para 51 vagas de estágio técnico do Programa Rota Escola, destinado a jovens de todo Brasil. As candidaturas vão até 30 de dezembro, através do perfil da empresa no portal do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Para participar da seleção é necessário ser estudante dos cursos técnicos de elétrica, eletrônica, eletrotécnica, eletroeletrônica, mecatrônica, automação e mecânica, com idade igual ou maior de 18 anos. Com as contratações, a empresa também pretende promover a diversidade feminina no quadro de funcionários. 

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“Nosso objetivo é treinar e desenvolver novos funcionários baseados em nossos valores absolutos: segurança, qualidade, ética e na cultura Otis que valoriza e estimula a imaginação, colaboração, diversidade, entre outros. Todos focados no atendimento aos clientes”, reforça o diretor executivo, Frank Smith, segundo nota à imprensa. 

Segundo a empresa, estão disponíveis 15 vagas para São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Grande ABC e Santos, além de mais 18 oportunidades distribuídas entre Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória e Niterói. 

Além dessas localidades, há oito vagas para as cidades de Salvador, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Belém e Manaus; e outras dez em Porto Alegre, Florianópolis, Itajaí, Curitiba, Londrina, Campo Grande, Brasília e Goiânia. 

Os contratos terão validade de dez meses, com formação teórica e prática sobre o funcionamento dos elevadores, assim como conteúdos relacionados ao desenvolvimento profissional dos jovens contratados. Outras informações sobre a empresa podem ser consultadas no site da Otis.

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