Tópicos | Kiev

Várias fortes explosões foram ouvidas nesta quinta-feira (24) por jornalistas da AFP no centro de Kiev e em outras cidades ucranianas pouco após o anúncio pelo presidente russo, Vladimir Putin, de uma operação militar contra a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma "invasão em grande escala" contra seu país.

"Cidades ucranianas pacíficas estão sob ataque", tuitou Kuleba. "É uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá. O mundo pode e deve parar Putin. Agora é a hora de agir", acrescentou.

Pelo menos duas explosões foram ouvidas na capital, Kiev. Um pouco depois, as sirenes para alertar para bombardeios ressoaram no centro da capital.

Os moradores correram para as estações subterrâneas do trem em busca de abrigo, observaram jornalistas da AFP, e o governo decretou lei marcial.

Na cidade portuária de Mariupol, a principal metrópole controlada por Kiev perto da linha de frente no leste do país, também foram ouvidas fortes explosões, assim como em Odessa, no Mar Negro, e em Kharkov, a segunda maior cidade do país, perto da fronteira com a Rússia.

Em Kramatorsk, cidade que serve de quartel-general para as forças ucranianas, foram ouvidas pelo menos quatro fortes explosões, segundo jornalistas da AFP.

O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia anunciou o fechamento do espaço aéreo do país "por causa do alto risco de segurança", interrompendo o tráfego civil logo após a meia-noite.

Putin anunciou na manhã desta quinta-feira, em uma mensagem televisionada, uma operação militar na Ucrânia para defender os separatistas pró-russos no país, enquanto que dezenas de milhares de soldados russos se concentravam há semanas atrás das fronteiras ucranianas.

Estados Unidos e Rússia estão retirando os funcionários não essenciais de suas respectivas embaixadas em Kiev, devido à escalada da crise na Ucrânia, enquanto Alemanha e Bélgica seguiram a decisão de outros países e também recomendaram, neste sábado (12), a saída de seu cidadãos o mais rápido possível.

O Departamento de Estado americano "ordenou a saída de funcionários da embaixada de Kiev que não atendem emergências", diante de uma "potencial ação militar russa importante" na fronteira, informou a embaixada no Twitter.

"Os cidadãos americanos na Ucrânia devem estar cientes do fato de que o governo não poderá retirá-los" no caso de uma ofensiva russa, que pode "começar a qualquer momento e sem aviso", acrescentou a mesma fonte em sua página online.

Na sexta-feira (11), os Estados Unidos já tinham recomendado a seus cidadãos que deixem a Ucrânia o mais rápido possível, um apelo também feito, na sequência, por outros países, como Reino Unido, Holanda, Canadá e Japão.

Assim como os EUA, a Rússia começou a reduzir sua presença diplomática na Ucrânia, justificando essa decisão por medo de "provocações" por parte das autoridades de Kiev, ou de um "terceiro país".

"Temendo as possíveis provocações do regime de Kiev, ou de terceiros países, decidimos, de fato, uma certa otimização do pessoal das representações russas na Ucrânia", disse a porta-voz da diplomacia russa em um comunicado divulgado neste sábado, respondendo a jornalistas sobre a redução de sua presença no país vizinho.

Também hoje, a Alemanha recomendou a seus cidadãos, cuja presença não seja "imperativa" na Ucrânia, a deixarem o país em um "curto prazo", já que não se descarta um conflito militar, afirmou seu Ministério das Relações Exteriores.

"As tensões entre a Rússia e a Ucrânia continuaram se intensificando nos últimos dias, devido à presença e ao movimento em massa de unidades militares russas perto das fronteiras ucranianas", afirmou o ministério.

"Não se exclui que haja um conflito militar", insistiu.

O anúncio da Alemanha foi feito após anúncio similar do governo belga, que aconselhou seus cidadãos a saírem da Ucrânia, assim como a evitarem viagens para este país, anunciou o Ministério das Relações Exteriores neste sábado.

"Cidadãos que estão na Ucrânia, cuja presença não seja absolutamente necessária, são aconselhados a deixar o país", disse o ministério belga em seu site, também recomendando que não se viaje para a Ucrânia.

"Se a situação se agravar, não está garantida uma retirada da Ucrânia. Por isso, recomenda-se sair do país, enquanto é possível", aconselharam as autoridades belgas, afirmando que a situação atual é "extremamente imprevisível".

Outros países da União Europeia (UE), como Estônia e Lituânia, também recomendaram a seus compatriotas que deixem esta ex-república soviética.

As instituições da UE recomendaram ao pessoal não essencial de sua representação em Kiev que abandone a Ucrânia e trabalhe de forma remota de outros locais.

A polícia da Ucrânia recebeu neste sábado (26) uma denúncia de ameaça de bomba no sistema de metrô de Kiev, capital do país, e evacuou cinco estações. No entanto, após investigações, as autoridades informaram que se tratava de um alarme falso.

As estações fechadas temporariamente foram as de Dnipro, Hydropark, Livoberezhna, Arsenalna e Heroiv Dnipra. Pouco depois, o metrô voltou a funcionar normalmente.

##RECOMENDA##

O nível de tensão é alto em Kiev, onde hoje será disputada a partida final da Champions League, entre Liverpool e Real Madrid. Há dois dias, foram registrados confrontos entre torcedores do Liverpool e ucranianos.

Também houve ameaças ao longo da semana de que haveria um ataque cibernético durante a partida, marcada para às 15h45 no horário de Brasília, no Estádio Olímpico de Kiev. 

Da Ansa

A Uefa anunciou que a decisão da Liga dos Campeões da Europa da temporada 2017/2018 será realizada em Kiev. Isso significa que a Ucrânia vai sediar o decisivo confronto algumas semanas antes da vizinha Rússia receber a Copa do Mundo.

O Comitê Executivo da Uefa confirmou nesta quinta-feira (15) que o Estádio Olímpico de Kiev, com capacidade para 70 mil torcedores, será o palco da mais esperada partida entre clubes, que já está agendada para o dia 26 de maio de 2018.

##RECOMENDA##

Havia a expectativa de que a tensão política entre Rússia e Ucrânia pudesse barrar a definição de Kiev como palco do jogo, pois há potenciais riscos envolvendo a liberação de vistos para as autoridades russas e convidados da Gazprom, empresa de energia russa que patrocina a Uefa, mas a entidade acabou ignorando esses problemas.

A Rússia anexou a região de Crimeia da Ucrânia no início de 2014. Diante disso, inclusive, a Uefa tem realizado sorteios direcionados nas suas competições para evitar que as seleções e clubes ucranianos e russos se enfrentem desde julho de 2014.

A Uefa também determinou que a Supercopa da Europa, que envolve os vencedores da Liga dos Campeões e da Liga Europa, será disputada em 14 de agosto de 2018 no Estádio Lillekula, em Tallinn, capital da Estônia, com capacidade para cerca de 10 mil espectadores.

A cidade francesa de Lyon está em negociações para sediar a final da Liga Europa de 2018, mas questões fiscais e de segurança ainda precisam ser resolvidas para que ocorra a confirmação. Uma decisão deve ser anunciada nos próximos dias.

Um jornalista ucraniano, conhecido por sua visão pró-Rússia, foi morto a tiros nesta quinta-feira (16) em plena luz do dia em Kiev, informou a polícia local, um dia depois de um parlamentar também alinhado à Moscou ter sido encontrado morto.

Oles Buzyna, de 45 anos, que trabalhou como editor-chefe de um jornal até o fim de março, foi morto por dois homens mascarados que atiraram nele de dentro de um carro, diz um comunicado do Ministério do Interior da Ucrânia.

##RECOMENDA##

Buzyna, que concorreu a uma vaga no Parlamento da Ucrânia em 2012, era amplamente percebido mais como um ativista que como um jornalista. Ele passou uma temporada de três meses como editor-chefe do jornal Segodnya, uma publicação pró-Rússia pertencente a um dos homens mais ricos do país, antes de pedir demissão em março citando pressões de censura.

O assassinato de Buzyna ocorreu um dia depois da morte de Oleh Kalashnikov, um parlamentar do partido do ex-presidente Viktor Yanukovich. O deputado foi encontrado morto em sua casa, em Kiev, com uma ferida de bala. A polícia não disse imediatamente se ele foi assassinado ou se suicidou.

Em seu comício anual, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu a morte de Buzyna como um assassinato político e acusou o governo ucraniano de relutar em investigar as mortes de oponentes políticos.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, relacionou as duas mortes e culpou "os inimigos que tentam denegrir a liberdade política do povo ucraniano". Fonte: Associated Press.

Manifestantes e policiais entraram em confronto nesta terça-feira em frente ao Parlamento da Ucrânia, em Kiev. O protesto foi motivado por uma votação no Congresso para reconhecer os membros do Exército Insurgente como heróis nacionais.

Milhares de nacionalistas do partido Svoboda se manifestaram na capital para rememorar o grupo do país, cuja luta pela independência da Ucrânia foi manchada por sua colaboração com os nazistas.

##RECOMENDA##

Depois dos protestos pacíficos, homens mascarados atacaram e atiraram granadas de fumaça contra policiais alinhados no lado de fora do Parlamento, enquanto os congressistas votavam contra a proposta de exaltar o Exército Insurgente. O Ministério do Interior do país disse que 36 pessoas foram detidas.

O partido Svoboda disse que seus integrantes não são responsáveis pelo confronto. A polícia, por sua vez, disse que o embate foi orquestrado por um grupo pequeno de pessoas na manifestação.

O confronto ofuscou a aprovação de leis que o governo acredita que podem conter a corrupção que há muito prejudica a economia ucraniana. O presidente Petro Poroshenko pediu que os congressistas sigam em luta contra a corrupção, um problema que ele comparou ao terrorismo.

Uma das leis apoiadas por 278 dos 303 parlamentares criou um departamento anti-corrupção. Outras leis também aprovadas combatem esquemas de lavagem de dinheiro e aumenta a transparência em corporações.

O Parlamento também nomeou um novo ministro da Defesa, o ex-chefe da Guarda Nacional, Stepan Poltorak. Essa era uma prioridade urgente para o governo ucraniano, já que o país enfrenta diariamente os separatistas pró-Rússia na região leste do seu território. Fonte: Associated Press.

Os habitantes da capital ucraniana, Kiev, serão privados de água quente desta segunda-feira até outubro, pelo menos, por causa da crise econômica e do corte do gás russo.

"Todas as centrais térmicas cortaram o fornecimento de gás em 4 de agosto", afirmou a empresa privada Kievenergo, controlada pelo homem mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov, que tem o monopólio da calefação em Kiev, cidade com três milhões de habitantes.

Todos os verões, durante duas ou três semanas, a cidade fica sem água, mas este ano a medida será prolongada até outubro, avisou, por sua parte, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko.

Em meados de junho, a Rússia cortou o fornecimento de gás para a Ucrânia, que se nega a pagar o aumento de preço exigido por Moscou depois da queda, em fevereiro, do regime pró-russo de Viktor Yanukovytch e a chegada ao poder dos pró-ocidentais.

"Somos obrigados a renunciar à água quente no verão para guardar gás nas reservas para o inverno. Espero que os habitantes da cidade entendam isso", afirmou Klitschko, ex-campeão mundial de boxe que foi um dos líderes do movimento de protesto pró-europeu.

O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, não está mais em Kiev, informou o líder da oposição Vitali Klitschko. "Ele saiu da capital", disse ao Parlamento, após reportagens locais sugerirem que Yanukovych havia se deslocado para o leste do país.

O líder oposicionista também pediu que as eleições sejam antecipadas para antes de 25 de maio. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (19) que está "preocupado" com os distúrbios na Ucrânia e pediu a todas as partes o "fim de qualquer ação violenta", após a audiência geral na Praça de São Pedro.

"Acompanho com o coração preocupado o que acontece estes dias em Kiev. Asseguro ao povo ucraniano minha proximidade e rezo pelas vítimas desta violência, por seus parentes e pelos feridos. Peço a todas as partes o fim de qualquer ação violenta e a busca da concórdia e da paz para o país", declarou Francisco.

##RECOMENDA##

Pelo menos 25 pessoas morreram em confrontos violentos entre opositores do governo e as forças de segurança no centro de Kiev nas últimas 24 horas. Outros 241 feridos estão hospitalizados, entre eles 79 policiais e cinco jornalistas, segundo um balanço do ministério da Saúde.

Os manifestantes que querem a renúncia do presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, realizaram neste domingo (2) um dos maiores protestos das últimas semanas na capital do país, reunindo cerca de 30 mil pessoas na principal praça do centro de Kiev.

Importantes integrantes da oposição discursaram durante a demonstração para pedir aos ucranianos contrários ao governo de Yanukovych que avancem com suas demandas. Arseniy Yatsenkyuk, um dos líderes dos protestos, enfatizou a importância de conseguir a libertação de todas as pessoas detidas durante as manifestações.

##RECOMENDA##

"Precisamos libertar todas elas", afirmou Yatsenyuk said, lembrando que 116 estão presas. "Liberdade para cada herói."

Também neste domingo, Yanukovych informou que voltará a trabalhar na segunda-feira, após rápida licença médica. O afastamento do presidente foi anunciado depois de o Parlamento aprovar uma lei de anistia para alguns dos manifestantes, mas que só vai vigorar se eles saírem de alguns dos prédios do governo ocupados tanto em Kiev quanto em outras partes do país. Os manifestantes não aceitaram a condição.

Na terça-feira, o Parlamento deve estudar reformas na Constituição que reduzirão alguns poderes presidenciais e fazer com que o presidente compartilhe parte deles com o primeiro-ministro. Na semana passada, Yanukovych aceitou a renúncia do primeiro-ministro Mykola Azarov, mas não indicou um novo nome para o cargo. Fonte: Associated Press.

Um jovem manifestante de capacete e colete a prova de balas pediu a namorada em casamento no sábado (1°) à noite entre as barricadas do centro de Kiev, ocupado há mais de dois meses pelos opositores do presidente Viktor Yanukovytch.

"O combate muda os homens, a cabeça fica fria e o coração quente", disse o jovem, que usava roupa camuflada e gorro, como muitos manifestantes que ocupam a Praça da Independência, epicentro dos protestos. "Estou muito feliz de ficar noivo agora. Queria fazer isto há muito tempo, mas infelizmente - ou felizmente - a revolução começou", disse o jovem.

"Depois de ter participado nos confrontos, o sentido da minha vida mudou, agora tudo é mais fácil", explicou o manifestante, que se ajoelhou para colocar o anel de noivado no dedo da namorada.

A jovem, com casaco vermelho, levantou o gorro do namorado até a boca e deu um beijo demorado no agora noivo. Os amigos formaram um corredor para que o casal conseguisse deixar a praça e alguns acenderam tochas.

Ao menos 35 jornalistas foram feridos durante confrontos entre manifestantes e as forças de segurança no centro de Kiev desde domingo, indicou nesta terça-feira uma ONG de defesa da liberdade de imprensa.

A maioria dos feridos são jornalistas ucranianos, mas um correspondente do canal de televisão russo REN TV também foi atingido na perna por uma granada de efeito moral, de acordo com o Instituto dos Meios de Comunicação de Massa.

Dois jornalistas da Radio Svoboda, filial local da americana Radio Free Europe/Radio Liberty, que foram detidos por várias horas no domingo, relataram terem sido espancados pela polícia, de acordo com a ONG.

"Eles me jogaram no chão brutalmente, arrancaram o meu capacete em que estava escrito imprensa, me acertaram pelo menos duas vezes com cassetetes na cabeça, torceram meus braços e me arrastaram para um veículo da polícia", declarou o jornalista Dmytro Barkar em um vídeo postado no site da rádio.

"Disse várias vezes a eles que não estava participando nos confrontos", afirmou o jornalista, com os olhos inchados.

O cinegrafista Igor Iskhanov contou por sua vez ter sido espancado por vários policiais, um dos quais lhe deu um chute no rosto.

A liberdade de imprensa na Ucrânia foi considerada por muito tempo uma das principais conquistas da Revolução Laranja em 2004.

Desde a eleição do presidente Viktor Ianukovych,em 2010, a situação da liberdade de imprensa continua a deteriorar-se com ataques e intimidação contra jornalistas.

Centenas de manifestantes ucranianos partidários da adesão à União Europeia (UE) permaneciam mobilizados nesta segunda-feira em Kiev, apesar do frio e da neve, um dia depois de uma demonstração de força que mobilizou centenas de milhares de pessoas contra o governo.

Pouco depois do amanhecer, entre 200 e 300 pessoas estavam ao redor de um palco na Praça da Independência, centro dos protestos, onde alguns padres recitavam orações.

Em uma temperatura de quatro graus negativos e debaixo de neve, dezenas de manifestantes vigiavam o acampamento criado no local e as barricadas instaladas em vários pontos do bairro vizinho, onde fiam os principais edifícios do governo: a presidência, o Parlamento e a sede do governo.

Quase 100 partidários do governo se reuniram em um parque ao lado do Parlamento.

A recusa do presidente Viktor Yanukovich a assinar um acordo de associação com a UE, negociado durante meses, levou o país de 46 milhões de habitantes a uma crise política sem precedentes desde a Revolução Laranja.

Os europeus acusam a Rússia de ter exercido pressões econômicas e de ter feito ameaças "inaceitáveis" sobre a Ucrânia, que passa por uma crise econômica e financeira, para que renunciasse à associação com a UE.

Dezenas de milhares de manifestantes marcharam até o centro de Kiev neste domingo (24) para exigir que o governo ucraniano desafie a Rússia e assine um acordo com a União Europeia (UE). Foi o maior protesto já visto na Ucrânia desde a pacífica Revolução Laranja, de 2004, que anulou o resultado de uma eleição presidencial fraudulenta e trouxe um governo de tendência ocidental ao poder.

Liderado por importantes figuras da oposição e carregando gigantes bandeiras da Ucrânia e da UE, os protestantes gritavam "Ucrânia é Europa" e cantavam o hino nacional, enquanto marchavam em direção à Praça Europeia. Cerca de 50 mil pessoas participaram da manifestação.

##RECOMENDA##

"Nós queremos estar junto com a Europa", afirmou Volodymyr Mnikh, um químico aposentado de 62 anos, com lágrimas nos olhos. "Queremos que nossas crianças tenham um futuro e não sejam pressionadas pela Rússia."

Líderes ucranianos anunciaram repentinamente na semana passada que estavam saindo de um acordo de livre comércio e associação política que seria assinado com a UE na semana seguinte, dizendo que o país não podia se dar ao luxo de quebrar os laços com a Rússia. O governo russo trabalhou agressivamente para inviabilizar o pacto e trazer a Ucrânia para União Aduaneira, sob o domínio de Moscou.

"A UE significa desenvolvimento para Ucrânia", disse Andriy Mazeta, um estudante de 19 anos que participava da marcha. "A União Aduaneira significa a destruição da Ucrânia. Nós precisamos afastar a Rússia o mais longe possível", acrescentou ele.

A principal demanda feita pela UE para assinatura do acordo é a libertação da ex-primeira-ministra, Yuli Tymoshenko, cuja prisão é vista como uma manobra política. Fonte: Associated Press.

Uma jovem, membro do grupo feminista ucraniano Femen, foi detida nesta sexta-feira (7) em Kiev quando exibia os seios pelo divórcio do presidente russo Vladimir Putin e pelos rumores de sua relação com uma ex-campeã de ginástica.

Putin e sua esposa Liudmila, que quase não apareciam mais em público há anos, anunciaram na quinta-feira sua separação em uma entrevista concedida a uma rede televisão, reavivando os rumores de uma relação extraconjugal com a ginasta Alina Kabaeva, atual deputada.

##RECOMENDA##

A jovem do Femen, vestida apenas com roupas íntimas, trazia escrito em suas costas e no peito "Pra frente Rússia". Ela foi detida pela polícia ao se aproximar da embaixada russa em Kiev. A militante levava na mão uma fita de ginástica rítmica e gritava "Vova (Vladimir, nr) te amo!".

"A Ucrânia não é a Alina", gritou também, em referência aparente aos esforços de Moscou para atrair esta ex-república soviética para um projeto de união econômica destinado às nações que pertenceram à URSS.

O jornal Moskovski Korrespondent indicou em 2008 que Putin havia mantido um uma relação extraconjugal com Alina Kabaieva, 31 anos mais nova do que o presidente. O diário desmentiu a informação depois e foi fechado por seu proprietário.

Após a nevasca do fim de semana, a capital da Ucrânia, Kiev, sofre para se recuperar. Vários veículos amanheceram praticamente cobertos pela neve e algumas ruas do centro continuaram fechadas, já que era impossível trafegar. Os transportes coletivos também não funcionaram de maneira completa. As autoridades oficiais decretaram feriado na cidade, visando a melhoria da situação.

Além, do frio, a população sofre com a falta de abastecimento dos mercados. Itens como pão, leite e derivados, além de produtos de primeira necessidade não puderam ser encontrados na cidade. Essa é considerada a pior nevasca em Kiev, desde 1881, quando começaram os registros. A saída era improvisar maneiras de limpar a grossa camada branca que toma conta das ruas da capital.

##RECOMENDA##

Kiev, a capital ucraniana, estava em colapso nesta segunda-feira, devido à nevasca ao longo do fim de semana, que provocou a escassez de artigos de primeira necessidade.

Várias ruas do centro da capital estavam fechadas, complicando a circulação da cidade.

Desde 1881, quando estes dados começaram a ser reunidos, não havia registros de uma nevasca desta importância na capital nesta época do ano, declarou nesta segunda-feira o diretor dos serviços meteorológicos ucranianos, Mykola Koulbida.

As autoridades decretaram um feriado nesta segunda-feira em Kiev devido às fortes perturbações geradas pela neve no tráfego e no abastecimento dos mercados.

Em muitas lojas da cidade, não havia pão nem produtos lácteos nesta segunda-feira.

No entanto, os fãs de esqui e de snowboard estavam encantados pelas condições da camada branca que cobre algumas ruas da cidade.

"A situação é muito difícil", reconheceu o chefe do governo.

Muitos veículos seguiam enterrados pela neve nesta segunda-feira. Apenas uma parte dos transportes coletivos retomou seus serviços, segundo as autoridades municipais.

Após a derrota inesperada para a Ucrânia, considerada a zebra do grupo D, na primeira rodada, a Suécia, que planejava apenas um ponto diante de França e Inglaterra, vai para o tudo ou nada contra os ingleses, nesta sexta-feira (15), às 15h45 (horário de Brasília), em Kiev. Já a Inglaterra, que já esperava um empate, também precisa da vitória para se manter viva.

No histórico de partidas oficiais, melhor para a Suécia, que venceu dois dos seis confrontos entre as equipes. Os outros quatro duelos terminaram empatados. A única vitória inglesa aconteceu num amistoso, no último mês de novembro, em Wembley, vencido por 1x0, depois de 43 anos de confronto.

##RECOMENDA##

Apesar da polêmica da semana, envolvendo o goleiro que foi punido tendo que abaixar o calção durante um treinamento, o técnico Erik Hamrén garante que o elenco sueco manteve o foco na competição. Durante a semana o principal objetivo foi corrigir as falhas do sistema defensivo, que provocaram a derrota para os ucranianos no jogo anterior.

Para o duelo com os ingleses, o treinador sabe que não pode perder, pois será eliminada antecipadamente. Portanto, ele vai fazer duas alterações na equipe titular, que já está definida. O zagueiro Jonas Olsson vai substituir Mikael Lustig. No ataque a alteração será a saída de Markus Rosenberg para a entrada de Johan Elmander.

Por outro lado, na Inglaterra, o técnico Roy Hodgson sabe que é preciso uma postura diferente da equipe que jogou com a França. O treinador ainda tem uma dúvida no comando de ataque para escalar a equipe. Ele deve promover a entrada de Andy Carroll no lugar de Danny Welbeck.

Ficha do jogo

Suécia: Isaksson; Granqvist, Mellberg, Jonas Olsson e Martin Olsson; Rasmus Elm, Larsson, Källström e Toivonen; Ibrahimovic e Elmander. Técnico: Erik Hamrén.

Inglaterra: Hart; Johnson, Terry, Lescott e Ashley Cole; Milner, Gerrard, Parker, Oxlade-Chamberlain e Ashley Young; Welbeck (Carroll). Técnico: Roy Hodgson.

Local: Estádio Olímpico de Kiev (Ucrânia).

Horário: 15h45 (de Brasília).

Árbitro: Damir Skomina (Eslovênia).

Assistentes: Primož Arhar e Matej Žunič (ambos da Eslovênia).

Com nove medalhas conquistadas, a delegação de judô brasileira terminou em segundo lugar geral na etapa de Kiev da European Cup, na Ucrânia. Ao todo, a competição contou com quase 400 atletas, que representaram 18 países. A equipe nacional, formada por judocas da seleção sub-20, conquistou três ouros, duas pratas e quatro bronzes.

No sábado (19), Tawany Silva (44kg) e Gabriela Chibana (48kg) faturaram o primeiro lugar, enquanto Guilherme Lócio (55kg) e Luis Nogueira (73kg) ficaram com a prata. O único bronze do dia foi alcançado por Camila Barreto (52kg).

##RECOMENDA##

Neste domingo (20), o Brasil conquistou um ouro e três bronzes. Samantha Soares (78kg) subiu no primeiro lugar do pódio. Gustavo Assis (81kg), Jéssica Santos (63kg) e Pamela Souza (78kg) foram terceiros colocados em suas disputas.

A competição vale pontos para no Top Ranking europeu.Para os brasileiros, ela integra o estágio internacional de treinamento e competições das categorias de base do país.

*Com informações da Confederação Brasileira de Judô (CBJ)

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando