Tópicos | Lembranças

Maurício Kubrusly foi homenageado no último domingo (20), durante o quadro que relembra os 50 anos de história do Fantástico. Afastado da TV desde 2019, o jornalista hoje vive no sul da Bahia ao lado da esposa, Beatriz Goulart. A reportagem revelou ainda que Kubrusly foi diagnosticado com Demência Fronto Temporal e está perdendo a memória.

Aos 77 anos de idade, Kubrusly deixou seu nome marcado no jornalismo brasileiro. Um de seus trabalhos mais importantes foi o quadro ‘Me Leva Brasil’, no qual ele mostrava diferentes localidades do país no próprio Fantástico. 

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Atualmente, Maurício vive longe dos grandes centros, em uma pequena cidade no sul da Bahia. Segundo ele, a memória está se perdendo, mas ele continua sendo apaixonado pela vida e pela gente brasileira.

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Em 12 de outubro, data em que é celebrado o Dia das Crianças, os pequenos se distraem com os presentes que ganham. Já os adultos, além de aproveitarem o feriado - por conta do Dia de Nossa Senhora Aparecida - acabam entrando, também, em uma onda nostálgica relembrando seus momento da infância. 

Nas redes sociais, uma enxurrada de fotos antigas, relembrando as peripécias infantis são compartilhadas durante este dia. Os famosos também curtem a brincadeira e revelam um pouco de suas intimidades e lembranças em suas publicações. Os fãs, é claro, adoram. Você seria capaz de reconhecer essas celebridades em suas versões ‘mini’?

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No dia 18 de setembro de 1950, o jornalista e empresário Assis Chateaubriand inaugurava a primeira estação de TV no Brasil. A TV Tupi fez sucesso entre os telespectadores, que ficavam vidrados com os programas e as novelas. De lá para cá, muita coisa mudou. A tecnologia avançou, mas a essência de conquistar cada vez mais o público continua pulsando por trás da tela.

Hoje, diversas emissoras tentam se adequear às exigências do público. Embora os serviços de streaming tenham invadido a vida das pessoas nos últimos sete anos, os canais de TV continuam investidindo pesado em suas programações. Para celebrar os 70 anos da televisão, o LeiaJá relembra alguns momentos significativos para a história do entretenimento.

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Morte da personagem Odete Roitman

Em dezembro de 1988, na véspera de Natal, o Brasil parou para ver o assassinato da vilã Odete Roitman (Beatriz Segall) na novela Vale Tudo. O capítulo 193 deixou os fãs da trama de queixo caído com o desfecho da personagem. Por mais de dez dias, muitas pessoas se questionaram: "Quem matou Odete Roitman?". Em janeiro, Leila, papel da atriz Cássia Kis, foi revelada como a responsável pelo crime da empresária da companhia aérea TCA.

Inauguração da MTV Brasil

Astrid Fontenelle foi responsável para abrir o primeiro sinal da MTV no Brasil. A emissora exibiu na sua estreia o clipe Garota de Ipanema, de Marina Lima.

Renato Aragão beija a mão do Cristo Redentor

O Jornal Nacional, em 1991, mostrou Renato Aragão se emocionando ao beijar a mão do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Acidente de Ayrton Senna

Quem assistia ao GP de San Marino, em maio de 1994, na Globo, ficou em choque com acidente de Ayrton Senna. A cena deixou os telespectadores espantados com a gravidade da colisão. Pouco tempo depois, foi noticiada a morte do piloto.

Nascimento de Sasha Meneghel

Xuxa Meneghel causou o maior rebuliço qundo anunciou no Domingão do Faustão, em 1997, que estava grávida. No ano seguinte, o Jornal Nacional noticiou o nascimento da sua filha, Sasha. A chegada da garota rendeu quase dez minutos de matéria no telejornal.

Carolina Dieckmann raspa o cabelo

A reprise de Laços de Família, no Vale a Pena Ver de Novo, está levando muitas pessoas ao passado. A novela de Manoel Carlos emocionou os telespectadores quando foi exibida pela primeira vez, principalmente na cena em que a personagem de Carolina Dickmann, Camila, raspa o cabelo em decorrência da leucemia.

Sônia Abrão e a entrevista polêmica

Sonia Abrão entrevista ao vivo Lindemberg, sequestrador de Eloá e Nayara, no programa A Tarde É Sua, da RedeTV, em 2008.

Beijo lésbico em novela do SBT

A novela Amor e Revolução, exibida no SBT entre 2011 e 2012, repercutiu com o beijo lésbico entre duas personagens. A cena em que mostra Marcela e Marina se beijando elevou a audiência do canal. Os números na época chegaram a marcar quase dez pontos.

Thiago Salvático ficou conhecido na mídia após seu suposto relacionamento com Gugu Liberato vir à tona em meio à uma briga judicial pela herança do apresentador, falecido em novembro de 2019. Na última terça (11), o chef de cozinha voltou a aparecer na TV e, chorando, disse sentir muita saudade do comunicador.

Em entrevista ao programa Melhor da Tarde, Thiago falou sobre Gugu e se emocionou. O chef revelou pensar muito no apresentador e afirmou ainda não se sentir preparado para um novo envolvimento amoroso. “Eu penso nele todo dia, de quando acordo a quando vou dormir. Sempre. É muito difícil”.

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Thiago, que acabou desistindo de brigar pela herança de Gugu, também falou sobre sua exposição na mídia. Ele disse que não quis aparecer em momento algum e se sentiu invadido pela imprensa brasileira. “Acho que as pessoas me têm um pouco como vilão, mas não tenho nem um pouco de vilão. Desde o início, não foi eu quem foi à mídia me colocar ou me posicionar. Foi exposto à mídia o nosso relacionamento. Depois do velório dele, começaram a me procurar, começaram a publicar. Eu não quis me pronunciar em nenhum momento”.

Para vencer o tédio recorrente na quarentena, algumas pessoas estão revisitando fotos pessoais, álbuns de família e, com isso, relembrando momentos únicos. É o caso da consultora de carreira Ana Chauvet, 32 anos, que vem organizando as fotos de seu filho, Luiz. "Ver fotografias antigas é como retornar para o momento vivido e parar naquele instante", conta. "Fecho os olhos e consigo lembrar as sensações que passei. Me trouxe uma boa recordação, várias risadas e a sensação de que aproveitei e aproveito cada segundo com meu filho", complementa ela, que, para organizar as lembranças, solicitou aos familiares todas as imagens que eles tinham guardado para montar um novo álbum de família.

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 A consultora de carreira Ana Chauvet e o filho, Luiz | Foto: Arquivo Pessoal

Hoje, o filho de Ana tem 3 anos. Ao rever as fotos, ela lembra de momentos específicos, como o nascimento, a dificuldade da amamentação, a transição para a mamadeira, a primeira refeição e de quando o pequeno começou a andar, além dos familiares que não estão mais presentes. "Lembrei também das viagens, festinhas no Carnaval. São muitos momentos lindos", recorda a consultora.

Outro que resolveu recordar alguns registros é o ator e músico Fábio Viecelli, 35 anos. Ele resolveu organizar várias de suas fotos no Google Photos. "É uma experiência nostálgica. Tem me ajudado a lembrar de que existe um mundo lá fora me esperando, com um monte de gente que eu amo", comenta ele, cuja coleção tem um pouco de tudo: trabalhos, ensaios, making-of, espetáculos, além de alguns registros de pré e pós-treino de crossfit.

No meio de tantas imagens, o ator lembra com carinho da última apresentação do espetáculo "Miranda", de Vladimir Capella, que encerrou antes da pandemia. Quando não consegue lembrar onde a fotografia foi feita, Viecelli recorre aos amigos para saber mais detalhes.

 Foto do espetáculo lembrado pelo ator Fábio Viecelli | Foto: Arquivo Pessoal

Dicas para organizar fotos

Não há uma regra definitiva para organizar fotografias. Cada profissional da imagem cria seu método de organização, e isso pode variar de acordo com o que se deseja arquivar. "O mais comum que já me deparei em agências e algumas vezes utilizo é o SKU [Stock Keeping Unit]. Nele, você pode criar uma pasta com um código e colocar dentro as fotografias específicas de um evento", explica o fotógrafo e professor do curso de Fotografia da Universidade Guarulhos (UNG) Daniel Herrera.

O critério de organização vai de acordo a necessidade de cada pessoa. Ele pode ser feito por data, ordem alfabética, estilo, entre outros. Para o meio digital, existem softwares que podem auxiliar o trabalho. "Existem ferramentas de organização, como os catálogos que podem ser gerados no Adobe Lightroom", orienta Herrera.

Os protestos de Los Angeles pela morte de George Floyd trazem dolorosas lembranças de outros trágicos distúrbios na cidade contra a brutalidade policial em relação à população negra.

Como acontece nos protestos atuais, os episódios de Rodney King, em 1992, e no bairro pobre de Watts, em 1965, foram alimentados pela violência policial contra homens negros.

A agressão a King por quatro oficiais da Polícia de Los Angeles (LAPD) foi gravada por um transeunte, precursor de imagens virais de mídia social da morte de Floyd em Minneapolis, nas mãos de um policial branco.

"Em muitos sentidos, isso mudou apenas no ano em que aconteceu", disse o professor de direito Jody David Armour, da Universidade do Sul da Califórnia (USC).

"Esse padrão pervasivo e persistente de brutalidade policial contra negros americanos impulsiona protestos em massa", completa.

"Esse joelho no pescoço de George Floyd é, sob muitos aspectos, o joelho dos Estados Unidos no pescoço dos Estados Unidos negro. É um símbolo", reforça.

Uma opinião compartilhada por muitos: da lenda da NBA Kareem Abdul-Jabbar - que disse à emissora de televisão CBS que "nada mudou desde o que se acreditava ser uma detenção de trânsito rotineira para Rodney King" - aos manifestantes que lotaram as ruas esta semana.

Jessica Hubbert, uma manifestante de 30 anos, que participou dos atos em Hollywood, disse que a polícia local "não melhorou nada em Los Angeles (...) Mesmo protestando, eles nos machucam".

- "Atores externos" -

Ativistas e acadêmicos destacam algumas diferenças, porém, principalmente no que se refere às identidades raciais dos envolvidos.

Embora a maioria das áreas de maioria afroamericana no sul de Los Angeles, como Watts, tenha sido o foco da violência em 1992 e em 1965, elas permaneceram caladas nos últimos dias.

No presente, saques e confrontos estão concentrados em pontos turísticos, como Hollywood, e em áreas prósperas, como Beverly Hills e Santa Monica.

John Jones III, líder comunitário em Watts, foi um dos que pediram calma nesta e em regiões vizinhas.

"As pessoas [aqui] estão definitivamente seguindo o que está acontecendo em toda cidade... Entendem o ódio e a raiva", mas "já passamos por isso tantas vezes... Elas sabem o que significa uma revolta, a destruição do próprio bairro", explicou Jones, que administra o clube infantil e distribui refeições.

Ele disse que os jovens da comunidade se mudaram para outras áreas, como o centro, para protestar, e esclareceu que não pode ter "100% de certeza" de que ninguém está envolvido em saques, ou outros crimes por lá.

De qualquer forma, o "jornalismo de smartphones" de hoje torna possível mostrar "mais de um rosto nos saques", disse Allissa Richardson, autora de "Bearing Witness While Black", professora associada de Jornalismo na USC.

"Com os distúrbios de Watts, ou os de Rodney King, você via pessoas de cor causando a maior parte dos danos em sua própria comunidade", lembrou. "Agora estamos vendo (...) ativistas brancos que chegam, destroem e desfiguram a propriedade", apontou.

- 1992 "não significa nada" -

Apesar das 2.700 prisões por atividade criminosa nos últimos dias, as autoridades de Los Angeles não relataram nenhuma morte nos protestos em curso. Pelo menos 63 pessoas morreram nos tumultos de Rodney King.

O fato de a morte de Floyd não ter ocorrido nas mãos da polícia de Los Angeles pode ter diminuído a revolta, observou Jones.

"Em 92, acho que chegou um pouco mais perto de casa (...) Foi nossa própria polícia", disse ele.

"A postura era fazer o que podíamos para que sentissem nossa dor. Isso ainda dói muito", frisou.

Tanto o nível de organização quanto a identidade dos manifestantes também são diferentes na era do movimento "Black Lives Matter", disse Armour.

"Muitos dos manifestantes vistos nesses protestos não são negros", acrescentou, destacando que muitos jovens brancos, asiáticos e latinos também participam.

"Acho que há um crescente reconhecimento (...) de que temos problemas profundos quando se trata de valorizar a vida dos negros", afirmou.

Para Hubbert, a manifestante em Hollywood, as comparações com Rodney King, ou Watts, não são significativas em comparação com os traumas que os negros sofrem há séculos.

"1992 não significa nada", afirmou. "Estamos lutando pelos últimos 500 anos do povo negro ... Estamos cansados! Continuam nos matando!", desabafou.

A turnê 'Nossa História' chegou ao fim no último fim de semana, com um show no sábado (9) no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A dupla formada por Sandy e Junior já deixou saudades e o cantor usou o Instagram para falar sobre o momento especial dos irmãos, que realizaram shows por todo o Brasil em comemoração aos 30 anos de carreira.

"Não existem palavras para agradecer tudo o que vivemos nessa tour Nossa História. O último show não poderia ter sido melhor. Mais de 100.000 pessoas reunidas celebrando, cada uma do seu jeito, na mesma sintonia. Tudo isso vai deixar uma saudade imensa e lembranças incríveis. Obrigado a cada um que viveu esse sonho com a gente. Obrigado a cada pessoa que fez tudo isso ser possível", escreveu o cantor na legenda da foto.

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Sandy, mais discreta nas redes sociais, se manifestou na publicação do irmão: "Inesquecível, indescritível, especial... Obrigada, meu parceiro amado.Te amo muuuito!!".

A publicação já conta com mais de 212 mil likes, além de mais de sete mil comentários de fãs e famosos elogiando a dupla.

"Obrigada vocês!!!! Foi incrível demais", escreveu Fernanda Gentil. "Foi maravilhoso demais", disse Sabrina Sato.

A infância é uma época que muitas pessoas sentem saudade por diversas razões e, muitas vezes, a convivência com os amigos no dia a dia dos tempos de escola é um desses momentos dos quais se pode guardar boas memórias. Neste Dia das Crianças, o LeiaJá traz histórias de pessoas que tiveram em suas escolas vários momentos felizes, outros nem tanto, mas que deixaram saudades e que valem a pena relembrar através de fotos, cartas e outros objetos repletos de memórias. 

Entre amigos e “rivais”

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Camila Patrícia Paiva da Rocha tem 28 anos e é publicitária. Desde pequena, sempre morou no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, e estudou em colégios pequenos que ficavam perto de casa, dentre os quais o mais marcante foi Colégio Maria Consuelo, onde ela estudou da terceira série (atual quarto ano) até a oitava série (nono ano). No ensino médio e pré-vestibular, Camila estudou no Colégio Decisão do bairro da Boa Vista, Centro do Recife, e de lá seguiu para o curso superior de publicidade na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ao recordar do ensino médio, Camila conta que a turma em que entrou era muito unida, pois todos muitos alunos estudavam juntos desde o maternal. Comunicativa, ela logo conseguiu se integrar e fazer amigos que cultiva até hoje. 

“No final do ano sempre fazia cartinha para meus amigos e ainda tenho as que eles me mandaram. Eu tinha medalhas porque participava sempre dos jogos. Não era atleta, mas participava pelo grupo. Eu gostava muito de dança, abertura dos jogos, handebol, eu sempre participava”, contou a publicitária.  

Além de ser envolvida em atividades esportivas e culturais da escola, Camila relata que sempre foi muito dedicada aos estudos. Ela ficava triste se tirasse uma nota baixa e chegou a ser premiada pela escola por seu desempenho escolar de destaque. O desejo de estar entre os melhores estudantes da turma criou uma certa competição com outro aluno, Nathan, que segundo ela, também se saía muito bem nos estudos e era querido pelos professores. 

“Nathan era o aluno 'A' da turma da manhã e eu era a aluna 'A' da turma da tarde com o grupinho dele, eu odiava. Tinha um professor de matemática que fazia muitas competições. Ele tinha um carimbo de ‘aluno estrela’ para os alunos que tivessem a maior nota da sala em cada prova. Esse professor foi muito importante, fazia apresentações, dava um matemático para cada grupo e a gente tinha que fazer uma apresentação teatral sobre ele, a gente não aprendia só números, mas também a história por trás. O grupo de Nathan sempre se dava bem, a raiva era essa”, conta, aos risos

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Nem tudo, no entanto, foi apenas alegria nos tempos de Camila no Colégio Maria Consuelo, pois durante parte da sétima série ela foi vítima de bullying, motivo que lhe levou a mudar para a turma da manhã. “Tinha um menino que me chamava de gorda, de baleia, me desenhava no quadro e parece que ninguém vê, não é? Professor não vê, os outros alunos não veem e só fazem sorrir. Por mais que o pessoal me amasse muito e me tratasse bem, eles não notavam como aquilo magoava. Eu não era de revidar, aí mudei de turno, anos depois ele me pediu desculpas”, revela.

Ao concluir a oitava série, Camila não foi sozinha para seu próximo colégio. Como a escola não tinha turmas de ensino médio, todos os estudantes tiveram que ir estudar em outro lugar e a maioria seguiu para o Colégio Decisão. Ela e os ex-alunos de sua antiga escola passaram a ficar todos juntos nas aulas e intervalos, o que levou a uma maior aproximação entre todos e ao fim da rivalidade com Nathan, que passou a ser seu amigo daí por diante. 

Perguntada sobre o que sente mais falta em seus tempos de criança na escola, Camila aponta a tranquilidade e o tempo livre para ficar junto de seus amigos. “Naquela época não era tudo tão acelerado. Eu adorava a escola, eu não gostava de faltar. A época foi importante para mim porque eu gostava, eu queria estar na escola, era uma rotina boa para mim. Gosto do meu trabalho, mas tem uma responsabilidade que não tinha naquele tempo. E faz falta poder ter tempo para os meus amigos e para cultivar minhas amizades”, explica a publicitária. 

Salva da solidão

A aluna de Educação Física Isadora Faustino tem 27 anos e ao longo da infância e adolescência passou por várias escolas, mas conta que foi o Colégio Nossa Senhora das Graças, no município pernambucano de Sirinhaém, Litoral Sul de Pernambuco, que marcou sua vida. As amizades que, segundo ela, lhe salvaram da solidão, além de muitos momentos divertidos com as amigas nas aulas de educação física, lhe fizeram feliz e a conduziram à sua escolha profissional.

Isadora contou que ao chegar na escola não conhecia ninguém e era “inimiga” das pessoas que hoje são suas melhores amigas, até o momento em que uma reprovação lhe fez estudar com elas e desenvolver uma amizade. “Sempre fui uma pessoa bem só, quando entrei no colégio consegui muitas amizades, mas minhas melhores amigas são Nara, Kamilla e Karina. Elas que me salvaram da solidão, de uma certa forma era para me divertir com elas que eu acordava todas as manhãs e ia à escola”, conta ela. 

O dia na escola, que era católica confessional, começava com um momento de orações na quadra e depois os estudantes iam para as salas de aula onde, segundo Isadora, ela e suas amigas conversavam mais do que estudavam. Ela lembra momentos em que ela e Kamilla, uma de suas melhores amigas, foram expulsas de sala por cantar muito as músicas da banda mexicana RBD, para a qual as amigas escreveram uma carta de 15 metros, contando com doações de folhas de papel pedidas a outros estudantes. 

A prática esportiva nos recreios e aulas de educação física foram muito importantes para Isadora, que narra memórias de suas amigas jogando futebol e futsal com bolinhas de papel ou de tampa de garrafa. As amigas tiveram autorização de um professor para frequentar as aulas de educação física dos meninos, pois jogavam muito bem e as outras meninas normalmente não queriam participar. Os bons momentos nas aulas que envolviam esportes foram decisivos para a decisão que Isadora tomaria anos mais tarde para sua vida profissional. “A gente estava sempre jogando com os meninos. Foi lá que me apaixonei pela área de educação física e hoje estou prestes a me formar no curso”, diz.

A amizade com Kamilla é destacada pela estudante como uma relação muito especial e importante que ainda perdura. “Ela é minha pessoa. Hoje com todo mundo vivendo sua vida, complicado ter tempo uma para a outra. Tenho um vínculo muito forte com Kamilla, mas por causa da minha faculdade, eu e ela não saímos muito”, explica Isadora. Kamilla também esteve presente em um dos momentos que a estudante lista como os mais marcantes. 

“No dia em que descobrimos que o colégio iria fechar, eu e Kamilla bagunçamos toda escola, deitamos no chão da quadra, a farda era branca ficou preta. Nos jogamos na areia do parquinho, choramos na casinha do escorrego e quando largamos, pulamos na piscina de farda e sapato. Depois descobrimos que a piscina estava cheia de xixi de criança, que eles passaram o dia todo na piscina”, relembra Isadora. 

A saída de duas de suas amigas para outra escola também foi um momento de grande emoção tanto para Isadora quanto para todas as demais companheiras do grupo. “Nara e Karina foram para outra escola. Fizemos uma grande festa à noite, preparamos um vídeo, todo mundo chorou ao assistir. Me marcou, pois minhas melhores amigas estavam ‘indo embora’, tudo aquilo que vivíamos fazendo não iria acontecer mais. Para mim foi bem difícil, tinha acabado de descobrir o que era amizade e de repente elas foram embora”, explica a estudante. 

Entre as lembranças que sobreviveram ao passar dos anos, Isadora tem várias relíquias. Cartinhas, fotos com as amigas na escola e, o mais curioso, uma agenda de recordações que, entre entre elementos que remetem aos anos de colégio, há mechas de cabelo dos amigos guardadas. 

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Nesta sexta-feira (26), é comemorado o Dia Mundial dos Avós, ou como é popularmente conhecido no Brasil, o Dia da Vovó, uma homenagem àquelas que são sinônimo de mimos, amor, carinho e cumplicidade. Esse laço afetivo é tão intenso que são muitas as histórias de avós que participam da vida de seus netos.

A estudante de administração Jocimara Santos, 24 anos, lembra sempre com muito carinho dos avós, especialmente os maternos, que moravam bem próximos de sua casa. "Eu ia toda semana para casa deles, passava o dia lá. Brincava, ouvia forró com meu avô Jonas, assistia programas da tarde com a vó Palmira", conta.

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Jocimara conta que seu apego era maior com o avô Jonas. Os dois adoravam apreciar uma garrafa de vinho e jogar conversa fora. "Quando eles se mudaram para Pernambuco, em 2012, um ano depois eu fui passar as férias com eles. Meu avô havia levado daqui [São Paulo] uma garrafa de vinho. Quando eu ligava, ele falava que a garrafa estava guardada esperando o dia que eu fosse visitá-lo para tomarmos juntos. Quando fui até lá, ele pegou a garrafa e tomamos o tal vinho. Minha vó ficou 'pistola', pois nós dois tomamos a garrafa infeira, como se fosse água", lembra.

O vovô Jonas faleceu em julho de 2012, mas deixou todas as memórias felizes vivas na lembrança da neta.

Jocimara Santos com o vovô Jonas Freire | Foto: Acervo pessoal

Momentos marcantes da convivência com os avós também estão na memória do autônomo Erick Fernandes da Silva, 27 anos. Ele morou por mais de dois anos com os avós e, depois deste período, passou a curtir as férias escolares e os fins de semana ao lado deles. "A história mais marcante com meu avô João foi na época em que ele estava muito doente. Ele sempre fazia bolo, mesmo que simples, para comemorar o aniversário de cada um dos netos. Mas em 2011, por estar debilitado e não poder ir no meu aniversário, um dia antes ele pediu para que eu o levasse em uma padaria onde ele comprou um pedaço de bolo para comemorarmos. Dias depois, ele foi internado e, antes que eu pudesse visitá-lo, faleceu", recorda.

Avô e neto costumavam realizar muitas viagens em família, e Silva conta que guarda todos esses momentos com muito afeto. "Meus avós representam um exemplo de vida. O homem que sou hoje devo muito aos ensinamentos deles. Mesmo não estando mais presentes, levo em minhas lembranças todo o amor e carinho que eles distribuíram para cada um da família. Tenho muito respeito e gratidão eterna por eles", destaca.

Erick Fernandes com os avós João Tavares e Aparecida Batista | Foto: acervo pessoal

Há também quem encontrou na avó uma importante figura materna. A auxiliar de e-commerce Thainá Gonçalves, 23 anos, foi criada pelo vovó Vilma até os 13 anos. "Ela era a melhor companhia que alguém poderia ter", afirma.

Segundo Thainá, sua avó era muito religiosa e sempre a ensinou sobre o assunto. "Os avós são anjos da guarda que Deus enviou para a Terra com a missão de cuidar da gente. Quando vão embora é porque o trabalho deles já está feito, deixando apenas a dor da saudade. Eu sou muito grata por ter os avós que tive e faria muito mais por eles se tivesse oportunidade ainda", conclui.

Thainá Gonçalves, ainda bebê, nos braços da avó Vilma Gabriel | Foto: Acervo pessoal 

 

Um dos maiores nomes da música brasileira, Dalva de Oliveira, é homenageada no espetáculo 100 anos de Dalva de Oliveira. A homenagem chega ao Recife, no próximo sábado (18), com apresentação única no Teatro Boa Vista.

O espetáculo que homenageia o centenário de Dalva de Oliveira é baseado no álbum homônimo lançado em 2018, pela Biscoito Fino. O disco traz mais de 30 artistas da música nacional, já o espetáculo - que também será apresentado em Natal, Maceió e Fortaleza, entre a próxima quinta (16) e domingo (19) -, conta com quatro vozes: Eliana Pittman, Claudete Soares, Alaíde Costa e Márcio Gomes.

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No palco, os cantores passeiam por todos os estilos que foram imortalizados por Dalva, do samba canção ao samba exaltação, passando pelo bolero, tango e até pelas marchinhas de carnaval. Músicas como Bandeira Branca, Kalú e Tudo acabado, que fizeram sucesso nas décadas de 1950, 1960 e 1970, estarão no repertório.

Serviço

100 anos de Dalva de Oliveira

Sábado (18) - 21h

Teatro Boa Vista (R. Dom Bôsco - Boa Vista)

R$ 60 e R$ 120



 

O Instagram começou a disponibilizar, nesta segunda-feira (21), uma ferramenta que deverá agradar os usuários mais nostálgicos. Se trata de um recurso de lembranças, que faz a pessoa recordar de fotos postadas na rede social há algum tempo. A novidade aparece como uma notificação, na mesma aba em que ficam as curtidas e comentários recebidos.

"Veja sua publicação de há um ano atrás", diz a mensagem do Instagram recebida por alguns internautas. Ao clicar na lembrança, o usuário é convidado a respostar a foto em seus stories com a data do post original. Apesar de o recurso ainda não ser oficial, muitos aparelhos, tanto do sistema operacional Android como no iPhone, já receberam os testes da novidade.

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Os álbuns de cromos ou, popularmente, álbuns de figurinhas, chegaram ao Brasil muito antes do que se imagina. Há registros de que os catálogos surgiram aqui por volta dos anos 30. Seja algo momentâneo ou para colecionar, os livros ilustrados fazem sucesso até hoje entre os novatos e veteranos no assunto. Com os mais variados temas, os álbuns são febre, principalmente, quando o conteúdo deles é voltado para o futebol. 

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Com a Copa do Mundo 2018, que será na Rússia, se aproximando, já é possível ver em cada esquina um livro de figurinhas do Mundial. O LeiaJá conversou com dois meninos que são fãs dos álbuns e mantiveram, desde a infância, a tradição de colecionar.  E se tem alguma coisa em comum entre eles é o desejo de continuar colecionando ainda por muito tempo. 

 Mateus Schuler, de 22 anos, é estudante de jornalismo e conta que começou a colecionar os álbuns há mais de dez anos. “Decidi colecionar álbuns para ter mais informações acerca de futebol, além de conhecer melhor os jogadores e as respectivas carreiras. Desde o Brasileiro 2005, quando comecei a acompanhar futebol mais a fundo, seja nacional ou internacional”, disse. 

De acordo com Mateus, além de frequentar os encontros de trocas de figurinhas, ele busca, também, fazer as trocas com seus amigos.  Segundo ele, nesses encontros sempre aparece alguém com a figurinha ‘rara’. “O mais difícil é quando vai ficando no fim, com poucas opções e ficando complicado até para trocar”, diz Mateus ressaltando a parte mais complicada no preenchimento do álbum. O estudante de jornalismo contou que leva cerca de quatro a seis meses para completar um livro ilustrado, e que mesmo com esse tempo todo, pretende permanecer colecionando por muito tempo. “Colecionar é algo que não apenas crianças gostam, todo mundo coleciona algo”, disse.

Ao contrário de Mateus, Pedro Maranhão, também estudante de jornalismo, diz que não frequenta os encontros de troca de figurinhas e diz qual é a receita dele para concluir o álbum. “Já fui uma vez. Mas acho uma agonia! Prefiro combinar com meus amigos, com os amigos dos meus amigos, já completei dois álbuns assim! Então mantenho essa fórmula”, afirmou.

“Quando faltam dez ou cinco figurinhas, você compra os pacotinhos e só vem as que você já tem, você fica falando com todo mundo, pra se alguém achar, pegar pra você. É bem legal esse finalzinho de álbum”, completa. 

Com 22 anos, Pedro conta que começou a colecionar os álbuns aos 10 e já teve livros ilustrados de vários tipos como filmes, série e desenhos, mas que por um motivo especial concentrou seu foco apenas nos de futebol. “queria uma lembrança das competições! A Copa passa, mas o álbum fica, quando era mais novo, gostava de conhecer novos jogadores”. “Gosto também da emoção de conseguir completar. O pessoal acha que é fácil, mas se você for fazendo apenas do jeito tradicional, sem pedir pela internet, é bem cansativo e trabalhoso. Mas no fim das contas, acaba sendo prazeroso de todo jeito”, destaca Pedro. 

Assim como Mateus, Pedro garante que não pretende parar de colecionar os álbuns nem tão cedo. “Gosto bastante. Comecei novo, já tenho 22 anos e não canso. Tem amigo meu que tira onda, mas acho massa ter essa recordação. Quando eu tiver filhos, mostrar para eles e colecionar junto com eles também”, finaliza. 

O Dia dos Pais, comemorado neste domingo (13), está rendendo muitas homenagens, encontros e fraternidade. No entanto, para alguns também é dia de saudade e de reflexão. É o caso do deputado federal Silvio Costa (PTB). Para ele, a data festiva traz dois sentimentos marcantes: a saudade do pai falecido, seu Severino Serafim, mas também de felicidade por ter criado quatro filhos. “Valorizem os seus pais enquanto estão aqui”, pediu.

“Para mim, esta é uma data dualista. É o dia do sim e do não. Do não por um motivo muito simples porque eu lembro muito do meu pai, que foi um trabalhador rural. Quando eu nasci, ele cortava cana de um engenho no município de Rio Formoso e ele sempre foi o meu ídolo. Então, eu tenho muita saudade. Meu pai foi o meu catalizador. Ele não conseguiu me ver em Brasília, na Câmara Federal, lamentavelmente, mas gostaria muito que ele tivesse. Eu sinto uma falta dele muito grande. As pessoas acham que sou bravo, mas sou uma pessoa muito emotiva. Por isso eu peço, valorizem os seus pais enquanto estão aqui”, declarou.

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O parlamentar também disse que se sente privilegiado. “Mas também é um dia feliz por conta dos meus filhos e netos. Sou muito privilegiado. Eu tenho quatro filhos maravilhosos. Tive muita sorte na minha vida. Eu tenho uma relação ímpar. Claro que temos temperamentos diferentes dos meus quatro filhos, mas sempre estive ao lado deles. Então, é um dia que tem essa característica. Uma saudade imensa do meu pai e uma felicidade imensa por estar com os meus filhos e os meus netos”. 

Dos filhos, apenas um, o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB), seguiu sua carreira. “Quando entrou na universidade, se tornou presidente do diretório acadêmico e começou a pratica política. Não fui eu que pediu para ele entrar na vida pública. Foi ele que quis entrar porque a sociedade tem algo interessante. Quando o filho de um médico quer ser médico, a sociedade aplaude, acha natural ou quando é um filho de jornalista. Agora quando um filho de político quer ser político, as pessoas olham meio estranho achando que foi o pai que pediu. Eu acho a coisa mais natural do mundo o filho de um político querer entrar na política porque convive todo dia”, disse.

Por ocasião do 70º aniversário do Festival de Cannes, personalidades do mundo do cinema recordam sua primeira experiência na Croisette e sua melhor lembrança.

- A atriz e cantora britânica Jane Birkin

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"A primeira lembrança que me vem à cabeça é... quando estava no colo de Jack Nicholson [risos]. Foi divertido! Não lembro o contexto exato. (...) É a frivolidade de Cannes! Devia ter 25 anos.

Minha melhor recordação é ter ido defender 'La Pirate', o filme do [seu então companheiro] Jacques Doillon que estava competindo. Foi um momento muito bonito".

- A diretora de cinema americana Sofia Coppola:

"Me recordo de ter ido a Cannes com meu pai nos anos 1970 por 'Apocalypse now' (Palma de Ouro em 1979). O Festival coincide com a época do meu aniversário, ou seja, tenho boas lembranças. Sempre adorei Cannes e gostei de estar no júri, foi fascinante".

- O diretor de cinema francês Costa-Gavras:

"Meu primeiro festival foi com 'Crime no carro dormitório'. Fomos com Simone Signoret e Yves Montand. Apresentamos o filme, demos uma pequena coletiva de imprensa. Me lembro muito bem das palavras de Simone Signoret. Havia uma multidão de jornalistas por causa de Signoret e Montand. Disse: 'Fizemos um filme. Não fizemos 'O encouraçado Potemkin'. E estamos todos muito felizes'.

Uma das minhas melhores lembranças é sem dúvida a Palma de Ouro (por 'Desaparecido - um grande mistério', em 1982) que compartilhei com o diretor turco Yilmaz Güney ('O caminho'). Houve um grande silêncio na sala. Não sei se as pessoas se perguntavam o que ia acontecer entre um grego e um turco. Depois nos beijamos, foi um grande momento".

- O diretor mexicano Alfonso Cuarón:

"Me lembro da apresentação de 'O labirinto do fauno', em 2006, que eu tinha produzido. Foi um filme muito difícil para (o diretor) Guillermo del Toro. Me comoveu vê-lo no meio da sala de projeção, onde o público começou a aplaudir e não parava, as palmas duraram 15 minutos. Ele fez piadas, mas as pessoas não paravam de aplaudir. Não sabia o que fazer, se devia se esconder. Eu lhe disse: 'Memo, é o seu momento, aproveita, eles te amam'".

- O cineasta francês Jacques Doillon:

"Fui três vezes a Cannes, duas competindo - por 'La Drôlesse', em 1979, e depois por 'La Pirate', em 1984. Fora isso, nunca vi nada de Cannes, porque quando você está dentro dessas seleções, é um pouco como em uma fábrica, de oito da manhã até uma da madrugada. Você sai sem muito cérebro e com bastante cansaço".

- A atriz americana Kirsten Dunst:

"Vir com 'Maria Antonieta' (de Sofia Coppola, em 2006) foi especial. Fizemos uma festa realmente incrível depois do filme. Foi a melhor festa que já fui em Cannes. Havia fogos de artifício, foi extraordinário".

- O diretor de cinema canadense Atom Egoyan:

"Minha primeira lembrança de Cannes é um quarto minúsculo em um beco onde eu acordei ao som de uma harpa no pátio, que uma mulher estava tocando iluminada pela Lua.

Me lembro quando, em 1999, fui barrado na entrada da festa na praia em frente ao Majestic depois da apresentação oficial do meu filme 'O fio da inocência'. Ele foi coproduzido por Mel Gibson, que estava cercado pela segurança. Eu tinha que ficar com ele, mas me atrasei. E quando cheguei havia uma multidão esperando para entrar. Ninguém acreditou em mim quando eu disse que eu era o diretor. Foi surreal. Finalmente um produtor me viu e me fez entrar".

O Santa Cruz está prestes a escrever uma nova página em sua história. O clube enfrenta o rival, Sport, pela Copa Sul-Americana, na partida que marca a estreia do Tricolor na competição. Para um jogador do elenco, a emoção de jogar a Copa não é novidade. O zagueiro Danny Morais fez parte do elenco do Internacional campeão invicto em 2008 e espera poder repetir na Cobra Coral o sucesso sob o comando do técnico Tite, atualmente na seleção brasileira.

"É, tenho boas lembranças, foi uma competição importante para mim, a primeira conquista internacional. Começamos tirando o Grêmio e fomos crescendo na competição. Vencemos o Boca Juniors na Bomboneira, foi muito marcante para mim, joguei com o Taison e fui treinado pelo Tite, hoje na seleção, é muito gratificante", relembrou.

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Curioso que Danny vê no Sport a inspiração para o Santa quebrar a sequência negativa que levou o Tricolor a vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, com 19 pontos. No primeiro turno, era o Leão quem estava na zona do rebaixamento quando jogou o Clássico das Multidões.

"É um clássico, um jogo divisor de águas. Basta ver que o Sport vinha mal no brasileiro e após vencer a gente conseguiu bons resultados. Então, é um jogo muito importante e é assim que estamos encarando, concentração total. Bons resultados nos tornam mais fortes e mais confiantes para a sequência do brasileiro", afirmou o zagueiro.

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Músico genial, gigante no palco, dândi e ícone de estilo, Prince foi um dos artistas mais influentes dos anos 1980 e 1990. Confira abaixo dez datas que marcaram a carreira do "Kid de Minneapolis", falecido nesta quinta-feira, aos 57 anos, em Minnesota:

- 7 de junho de 1958: Prince Rogers Nelson nasce em Minneapolis, no estado de Minnesota, no norte dos Estados Unidos. Seu pai escolhe seu nome em referência ao trio de jazz Prince Rogers, do qual era membro. A mãe, Mattie Shaw, era cantora de jazz.

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- 1978: saída de "For You", primeiro disco do artista, que é apresentado como um novo Stevie Wonder. Compõe, escreve e interpreta todo o álbum, um relativo fracasso comercial.

- 1979: lança seu segundo álbum, "Prince" com o sucesso "I Wanna Be Your Lover", que lhe vale um disco de platina. O disco confirma seu estilo musical influenciado pelo funk e suas letras eróticas.

- 1984: consagração com a saída do álbum "Purple Rain", considerado um dos melhores de todos os tempos, adaptado em filme. A canção que dá título ao disco, balada vibrante de alto voo lírico, obtém um Oscar por música original. O álbum inclui outros sucessos como "Let's Go Crazy" e "When Doves Cry".

- 1991: saída do disco "Diamonds and Pearls", que vende seis milhões de cópias e inclui os hits "Cream" e "Get Off". Prince realiza uma turnê colossal com inúmeros músicos, dançarinos e efeitos especiais, com seu grupo The New Power Generation.

- 27 de abril de 1993: Em conflito com seu selo Warner Brothers pelo ritmo de saída de seus discos, anuncia que não escreverá mais música para eles. Prince mantém a turnê do álbum "Love Symbol" e continua sua carreira, preferindo ser reconhecido pelo ideograma "love symbol" no lugar de seu nome.

- 1996: sua mulher na época, a dançarina Mayte García, dà à luz um menino, que morre uma semana depois de uma doença rara. No mesmo ano, chega às lojas o disco "Emancipation", lançado por seu próprio selo New Power Generation. Vende dois milhões de cópias.

- 1999: Prince volta a usar seu nome ao firmar um contrato com a Arista Records para o disco "Rave Un2 the Joy Fantastic".

- 2008: sai o álbum "LOtUSFLOW3R", que ocupa o segundo lugar na lista Billboard 200. Apresenta-se no célebre Montreux Jazz Festival.

- Setembre de 2015: lançamento do disco "HitNRun Phase One", distribuído na página on-line Tidal, do rapper Jay-Z. Será sua última obra de estúdio. Anuncia uma série de shows solo com piano, mas cancela a agenda pouco depois.

A edição de junho do Curta Doze e Meia traz o tema 'Fragmentos da Memória'. Os filmes, exibidos toda quinta-feira, são todos sobre acontecimentos específicos, pessoas e registros da memória. A primeira sessão será realizada nesta quinta (5), às 12h30, no Centro Cultural dos Correios.

Os filmes escolhidos para abrir o mês de junho foram os curtas Loop, Hotel Central, Esboço para Fotografia, Mauro em Caiena e Eternamente Elza – curta pernambucano que conta acompanha as memórias de Elza Show, um transformista recifense que cantava músicas das grandes cantoras de rádio brasileiras. O codiretor do filme, Alexandre Figueirôa, vai bater um papo com o público após a exibição.

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Serviço

Curta Doze e Meia

Quinta (5, 11, 19 e 25) | 12h30

Centro Cultural dos Correios (Av. Marquês de Olinda, 262 – Bairro do Recife)

Gratuito

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, falecido nesta quinta-feira (17) aos 87 anos, influenciou inúmeros escritores de todo o mundo, que tiveram como modelo sua recriação poética da realidade, além de sua visão mítica da infância e de sua terra natal.

Fora do âmbito hispano-americano, Gabriel García Márquez “teve uma grande influência sobre diversos escritores que confessaram seu deslumbramento ao lê-lo, e essa impressão se propagou para todo o planeta”, declarou à AFP Claude Durand, que o apresentou à França ao traduzir "Cem anos de solidão" no simbólico ano de 1968.

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“Os filhos da meia-noite”, um dos primeiros livros do britânico de origem indiana Salman Rushdie, mistura de mito, fantasia e vida cotidiana, não existiria se não houvesse antes "Cem anos de solidão", consideram muitos críticos. Seu estilo foi considerado uma espécie de "realismo mágico", próximo ao do colombiano.

"Com certeza, compartilhamos muitas coisas, mas não apenas ele e eu, e sim muitos escritores. Somos de uma mesma família", a do realismo mágico, explicou há alguns anos o autor de "Versos satânicos". "O que admiro em García Márquez, o que me parece extraordinário em seu jeito de escrever, é que ele vê o mundo como uma aldeia", acrescenta Rushdie.

Bem longe da Colômbia, o chinês Mo Yan, consagrado em 2012 com o prêmio Nobel de Literatura, teve García Márquez como referência. "Ele leu e releu 'Cem anos de solidão' em sua tradução para o chinês", explicou à AFP uma de suas tradutoras para o francês, Chantal Chen Andro.

"O realismo mágico de Mo Yan está relacionado com o do escritor colombiano e com o de William Faulkner, outra de suas influências, quando aborda temas como a infância e sua terra natal, primeiro de maneira realista e, depois, dando asas a sua imaginação, assim como faz García Márquez ao descrever Macondo", seu povoado imaginário, acrescentou.

Faulkner inspirou García Márquez, que falava também de sua paixão por autores como Cervantes e Rabelais, por poetas como Rimbaud e cantores franceses como Leo Ferré e George Brassens. Em Teerã, capital do Irã, outro dos livros de García Márquez, “Notícia de um sequestro”, publicado em 1996, transformou-se em best-seller da noite para o dia.

A razão para isso foi uma mensagem atribuída ao opositor Mir Hossein Mussavi, em prisão domiciliar desde 2011: “Digo àqueles que quiserem entender a minha situação. Leiam ‘Notícia de um sequestro’, de Gabriel García Márquez”.

Uma nova ferramenta chamada On This Day (Neste Dia, em tradução literal) está em fase de teste no Facebook. Através da novidade a rede social reúne postagens antigas do perfil e as mostra ao usuário através de uma timeline específica onde é possível relembrar o que aconteceu em determinada data exatos 12 meses atrás, apelando para o sentimento nostálgico do indivíduo.

A nova função começou a ser visualizada por usuários selecionados na rede e, segundo o The Verge, o site parece estar escolhendo publicações mais populares que tenham vários likes e comentários, relegando as mais esquecíveis ao passado. Resta saber se a novidade vai mesmo pegar.

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