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A pandemia de Covid-19 tem forçado pessoas de todo o mundo a fazer diversas adaptações em suas rotinas e também na realização de cerimônias que celebram encerramentos de ciclos e momentos especiais. Um exemplo disso foi a formatura do Colégio Senador Renato Compañero Cayetano Memorial de Ciência e Tecnologia, em Manila, capital das Filipinas, realizada na última sexta-feira (22), utilizando robôs para representar os estudantes. 

O objetivo da inovação foi evitar aglomerações, uma vez que eram 179 formandos e no momento é necessário adotar medidas de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 pelo mundo. Durante a cerimônia, os diplomas eram entregues a robôs que tinham tablets em que apareciam os rostos dos estudantes. 

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Até 30 de junho, o Museu da Imagem e do Som (MIS) recebe a exposição "Limbus", do fotógrafo brasileiro Gustavo Gusmão, 34 anos. Composta por 19 fotografias, a mostra é um projeto realizado nas Filipinas sobre seis mil pessoas que moram nos cemitérios da capital, Manila.

Curiosos e tristes ao mesmo tempo, os cemitérios são grandes comunidades à margem da sociedade. Com sua própria estrutura e funcionamento, esses lugares comportam pequenas moradias, escolinhas, mercadinhos, botecos e muitos barracos, em situação de extrema pobreza. "São várias faces do mesmo lugar. Na mostra, trouxe de tudo um pouco, desde as coisas mais difíceis até o que tem vida. O cemitério não é só tragédia e pobreza, também tem vida. Não quis focar apenas a tristeza, mas os dois lados da história", reflete Gusmão.

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Apelidados de skeletons, zombies ou cemitery people, acredita-se que no maior deles, o North Manila Cemitery, moram aproximadamente duas mil pessoas. "O ambiente é um lugar de extrema pobreza e tem, ao mesmo tempo, vida e morte. Onde tem pobreza, tem enterro de pessoas, tem ossos humanos, mas também tem gente vivendo ali. Acho que a mensagem de tentar mostrar o que acontece nesse lugar e denunciar de alguma forma é o mais importante", conclui.

Mais de um milhão de fiéis participaram nesta quarta-feira em Manila na procissão anual do "Nazareno Negro", na esperança de tocar a imagem, dotada, de acordo com a tradição, de poderes miraculosos, numa das manifestações mais impressionantes do culto católico.

Segundo dados da polícia filipina havia mais de um milhão de pessoas.

Os fiéis se amontoavam tentando alcançar a imagem, transportada sobre uma plataforma metálica ao longo de sete quilômetros pelas ruas estreitas da capital das Filipinas, convencidos de que pode curar doenças e trazer boa sorte.

"Sobrevivi a um derrame cerebral graças a ele [Deus]. Farei isto todos os anos até completar 100 anos", declarou Joaquin Bordado, de 70 anos, que comparece a esta procissão há décadas.

"Deus me ordenou fazer isto e não me sinto cansado", acrescentou, vestido com uma túnica até os tornozelos e segurando uma cruz feita de arame farpado.

Em volta dele, as pessoas cantavam "Viva Nazareno!", aplaudindo e tentando tocá-lo, ou tirando fotos com a imagem do Cristo.

- 'Um ritmo de paz' -

Os fiéis, alguns descalços como penitência, trepavam uns sobre os outros para tentar tocar com panos a imagem, cujo nome se deve a sua cor escura.

Segundo a lenda, a imagem sobreviveu a vários incêndios (como o do navio que a transportava do México no século XVII), a terremotos e ao bombardeio de Manila em 1945.

O chefe da polícia filipina Oscar Albayalde afirma ter mobilizado 7.000 agentes para garantir a segurança do evento. As redes de telefonia móvel foram cortadas para impedir a detonação de bombas a distância.

As autoridades não informaram de uma ameaça específica mas o arquipélago é palco de várias insurreições que provocaram atentados contra civis.

Horas depois do início da procissão, a Cruz Vermelha anunciou que havia quase 220 feridos, alguns vítimas de tonturas ou de cortes. A cada ano, centenas de pessoas ficam feridas, e às vezes há inclusive mortos.

"Participar da procissão é muito perigoso. Quando você vê as pessoas se empurrando é muito estressante", declarou Angelica Alcantara, estudante de 21 anos.

"Muitos jovens fazem isso por diversão mas [este ato] trata da fé em Deus", acrescentou.

A procissão dura cerca de 20 horas. Alguns consideram que se assemelha demais à idolatria e que representa um risco desnecessário para as pessoas.

Os funcionários eclesiásticos afirmam, porém, que se trata de uma expressão da fé em um país de 105 milhões de habitantes, em sua maioria cristãos.

"Quando você vê isso de fora, não vai escutar, ver ou sentir essa fé. Só vai ver caos", disse o padre Danichi Hui, pároco na igreja Quiapo, onde a procissão termina. "Mas dentro há um ritmo de paz. Há serenidade".

Uma grande multidão acompanhou nesta terça-feira (9) a procissão anual do "Nazareno Negro" pelas ruas de Manila, nas Filipinas, em uma das manifestações mais importantes da fé católica, na qual os fiéis tentam tocar a estátua a que atribuem poderes milagrosos.

Homens, mulheres e crianças sobem uns em cima dos outros para alcançar a estátua do Cristo de dimensões humanas, que carrega uma grande cruz negra sobre os ombros, convencidos de que esta pode curar doenças e trazer boa sorte.

A estátua, exibida sobre uma carruagem puxada pelos fiéis com grandes cordas, abandonou durante um dia a basílica do Nazareno Negro em uma lenta procissão de cerca de 20 horas pelas ruas da cidade velha de Manila.

Uma enorme multidão lotou as ruas para a passagem da procissão, gritando "Viva!", enquanto as pessoas tentavam tocar a estátua com um pano branco, convencidas de que absorveriam seus poderes milagrosos.

"É realmente difícil tocar o Nazareno. Me esmagaram, pisaram no meu rosto, mas eu conservo a minha fé", explica à AFP Honey Pescante, dona de casa de 24 anos da província Bataan, ao oeste da capital deste arquipélago, onde 80% da população é católica.

A estátua é chamada de Nazareno Negro devido à sua cor escura provocada, segundo a lenda, pelo incêndio de um navio que a trouxe do México em 1606.

- Dois mortos em 2016 -

Mais de 700 pessoas ficaram feridas na procissão nesta terça-feira pelos empurrões em torno da estátua, segundo a Cruz Vermelha, que indicou que um homem sofreu uma lesão na coluna vertebral ao cair quando tentava subir à carruagem do Nazareno Negro. Em 2016, duas pessoas morreram nesta procissão.

Este balanço com frequência é recordado pelos que denunciam o fato de que esta procissão se assemelha demais à idolatria.

Os responsáveis da Igreja e alguns sociólogos alegam que este acontecimento é visto como um desafio pelos fiéis.

"O catolicismo filipino defende a ideia de que o Espírito santo pode ser sentido através do corpo" e do sofrimento, explica à AFP Maria Yohana Frias, pesquisadora de etnologia no Museu nacional das Filipinas.

"Para alguns, participar descalço na procissão é também uma maneira de provar sua fé", acrescenta.

A crença nas virtudes milagrosas da estátua foi reforçada também, ao longo dos séculos, pelo fato de que esta sobreviveu a um grande número de incêndios e terremotos, e ao bombardeio de Manila em 1945.

"Os filipinos que vêm a Quiapo têm o sentimento de estar perto do Senhor, de que o Senhor os toca, os acompanha em suas vidas difíceis", explica o padre Marvin Cruz, vigário da paróquia de Quiapo, um bairro da capital filipina.

Em uma calçada, Julio Castillo, de 61 anos, seguia a procissão nesta terça-feira, sentado em sua cadeira de rodas, após uma dupla fratura dos pés em um acidente de moto.

"Venho aqui porque sou um homem de fé", diz. "Espero que minha família conserve a saúde, que tenha prosperidade, que nunca estejamos doentes e que eu me cure".

A gigante americana Uber desafiou, nesta terça-feira, o governo das Filipinas, que havia determinado a suspensão do serviço e denunciado uma "violação flagrante" de seus direitos, mas expôs os motoristas a multas e punições.

As autoridades filipinas anunciaram nesta segunda-feira a suspensão do Uber durante um mês, diante da falta de licenças adequadas para seus motoristas, e ameaçaram multar e rebocar veículos dos que descumprissem as regras.

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A Uber fechou o aplicativo na manhã desta terça, provocando a ira dos usuários, que criticaram o governo por tirar uma alternativa confiável ao notoriamente péssimo sistema de transporte do país.

Mas, à tarde, a empresa reabriu o app, explicando aos usuários pelo Twitter que eles estavam preparando uma apelação legal e que as operações continuarão até a resolução na Justiça. O governo alertou que a suspensão ainda está valendo e que os motoristas podem ser multados em 2.350 dólares e ter seus veículos confiscados por até três meses.

"O que está sendo feito é uma conduta irregular, ações irregulares da Uber", disse à AFP Aileen Lizada, porta-voz da autoridade de transportes. "Pode não ser uma decisão popular, mas vamos continuar a fazer o que é legal e correto", acrescentou.

O aplicativo foi lançado oficialmente em Manila em 2014 e se espalhou, mais tarde, para outras cidades do países. A autoridade de transportes quer que o Uber adquiria licenças para seus motoristas e veículos, como as companhias de táxi.

Para a Uber, os motoristas são trabalhadores independentes e não têm que ter o mesmo tipo de autorização. Lizada disse que em um julgamento recente, a Uber afirmou ter 68 mil motoristas nas Filipinas, realizando 150 mil corridas por dia.

O hipopótamo fêmea mais velho do mundo foi encontrada morta em seu recinto no Zoológico de Manila, nas Filipinas. Conhecida como Bertha, o animal era o mais velho da espécie e morreu com 65 anos de idade.

A necropsia apontou que Bertha morreu devido à falência dos órgãos, o que não seria incomum devido à idade do animal.

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Normalmente, hipopótamos vivem até 40 anos na natureza e 50 em cativeiro. A alta longevidade de Bertha pode ter consequência da alta qualidade de vida que ela tinha no zoológico, onde ela era alimentada com folhas, frutas e até pão.

Bertha chegou ao zoológico em 1959, mesmo ano da inauguração do parque. O local já não possui os documentos do hipopótamo, então não se sabe a origem do animal, porém chegou ao parque com 7 anos de idade e teve um parceiro por um tempo, mas o macho morreu em 1980 sem que eles tivessem procriado.

O hipopótamo (Hippopotamus Amphibius) não é considerado um animal com grandes risco de extinção, mas segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN, na sigla em inglês), a deterioração do habitat natural dos hipopótamos e a caça clandestina vem ameaçando a espécie e contribuindo para que o seu estado de conservação possa mudar com o passar dos anos.

Ataques aéreos filipinos mataram 15 militantes muçulmanos ligados ao grupo Estado Islâmico, incluindo um suposto militante indonésio, enquanto um dos principais suspeitos de terrorismo no sudeste da Ásia foi gravemente ferido no sul do país.

O chefe de Estado-Maior militar, Eduardo Ano, disse que o corpo do suspeito militante indonésio, conhecido por seu nome de guerra Mohisen, foi recuperado por tropas junto com três filipinos mortos seguidores do líder militante Isnilon Hapilon, que foi gravemente ferido nos subúrbios montanhosos de Cidade de Butig, na província de Lanao del Sur.

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Onze outros militantes foram mortos, disse Ano, citando informações de inteligência, mas acrescentou que seus corpos não foram encontrados.

Hapilon foi ferido no braço e estava perdendo sangue depois que aeronaves da Força Aérea, incluindo aviões de combate supersônicos FA50, lançaram seis bombas de 500 quilos na noite de quarta-feira e quinta-feira em um acampamento militante em uma ofensiva que está em andamento, segundo declararam Ano e outro oficial da Força Aérea das Filipinas. Foi a primeira vez que os FA50s, que foram adquiridos da Coréia do Sul no final de 2015 como os únicos aviões de combate dos militares, foram destacados em uma missão de combate.

Quatro FA50s foram entregues e mais oito jatos serão entregues em julho, disseram oficiais da Força Aérea. O presidente Rodrigo Duterte criticou os FA50s como sendo inadequados para operações de contra-insurgência e bons apenas como aeronaves para cerimônias. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco, que considera a Ásia uma terra de conquista para o catolicismo, deixou Manila na manhã desta segunda-feira ao fim de um intenso giro pelo Sri Lanka e Filipinas onde, diante de um número recorde de fiéis, condenou o materialismo e a corrupção.

Aos 78 anos, o Papa argentino pareceu suportar bem o ritmo pesado de sua viagem, marcada por deslocamentos a províncias e pela presença de multidões.

Na manhã desta segunda-feira, dezenas de milhares de filipinos se aproximaram para aclamá-lo junto a uma estrada que conduz ao aeroporto. Os filipinos ainda compartilham um pouco da língua dos colonos espanhóis que evangelizaram o arquipélago a partir do século XVI.

O ponto alto desta viagem foi a missa final dominical no Rizal Park de Manila, que reuniu ao menos seis milhões de pessoas, segundo as autoridades, um número recorde para uma concentração de cristãos.

"As Filipinas são o principal país católico da Ásia. É um dom de Deus, uma bênção! Mas também uma vocação! Os filipinos estão convocados a ser missionários da fé na Ásia", continente no qual os católicos representam apenas 3% da população, disse.

Segundo as autoridades locais, o recorde anterior de uma concentração papal no mundo data de 1995, quando João Paulo II reuniu cinco milhões de pessoas também nas Filipinas, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"A fé das pessoas comuns é imensurável", exclamou Francisco, citado pelo arcebispo de Manila, cardeal Luis Antonio Tagle.

Ameaças insidiosas

O Papa entusiasmou os filipinos, 25% dos quais vivem com menos de 60 centavos de dólar diários, denunciando as desigualdades chocantes e a corrupção.

Também lançou vários apelos a favor da família tradicional, denunciando o relativismo, as ameaças insidiosas e a confusão sobre o casamento e a sexualidade em um país de 100 milhões de habitantes, dos quais mais de 80% são católicos fervorosos.

Uma crítica velada às medidas defendidas pelo presidente Benigno Aquino, que, em nome do controle da natalidade nas populações carentes, levou à adoção de uma lei que permite a distribuição de preservativos e o ensino de métodos de controle familiar nas escolas.

Centenas de milhares de mulheres abortam clandestinamente todos os anos nas Filipinas, e muitos homens e mulheres vivem juntos sem estar casados, enquanto o divórcio segue proibido.

"O Papa quis nesta viagem dar um impulso por uma via concreta em direção a uma sociedade filipina mais coerente com os valores cristãos", explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

No sábado, viajou a Tacloban (centro-leste) para se encontrar com sobreviventes do supertufão Haiyan (7.300 mortos e desaparecidos em novembro de 2013), muitos dos quais vivem completamente desamparados mais de um ano depois da tragédia natural.

"Quando vi a partir de Roma esta catástrofe, senti que precisava estar aqui e, em seguida, decidi fazer a viagem (...) Quis vir para estar com vocês. Um pouco tarde, me dirão, mas estou...", disse.

Francisco planejava permanecer ali todo o sábado, mas precisou voltar precipitadamente a Manila devido à chegada de uma tempestade tropical.

Não zombar da fé do próximo

Antes, no Sri Lanka, país de maioria budista no qual os católicos representam apenas 7%, Francisco lançou apelos à boa coabitação religiosa e à busca da verdade sobre os massacres registrados durante 30 anos no conflito entre o exército e a rebelião tamil.

No avião que o levava às Filipinas, participou do debate sobre a liberdade de expressão que explodiu após o atentado mortífero contra a revista francesa Charlie Hebdo, considerando que este direito fundamental não autoriza a insultar ou zombar da fé do próximo.

"Se um grande amigo fala mal da minha mãe, pode esperar um soco, é normal", disse. Estas declarações foram muito comentadas nas redes sociais.

Embora ainda não tenha pisado em solo africano desde sua eleição, em março de 2013, Francisco realizou sua segunda viagem à Ásia, depois de visitar a Coreia do Sul em agosto de 2014.

No Vaticano observa-se que o centro de gravidade do mundo se deslocou à Ásia, e é dada uma atenção particular à China, em plena abertura.

O Papa argentino expressou durante sua viagem à Coreia do Sul sua grande estima pela sabedoria chinesa, e declarou estar disposto a viajar ao país se as autoridades comunistas autorizarem o clero a desempenhar sua tarefa.

O número de mortos em uma explosão que atingiu um complexo de apartamentos de luxo em Manila, a capital das Filipinas, subiu para seis, incluindo a tripulação de uma van de entrega que foi atingida por escombros, disseram autoridades neste sábado, 1. A explosão, ocorrida na sexta, 31, à noite, abriu um grande buraco na parede do prédio lançando pedaços de concreto para a rua, repleta de pedestres.

Três ocupantes da van morreram e mais três corpos foram encontrados no edifício, um condomínio luxuoso rodeado por restaurantes e lojas na cidade de Taguig, na região metropolitana de Manila. Cinco pessoas ficaram feridas. Os moradores foram mantidos do lado de fora de edifícios próximos.

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Uma fonte que não quis se identificar disse que a explosão não foi um atentado. As autoridades estão inicialmente investigando um problema no fornecimento de gás. Militantes muçulmanos tinham como alvo a capital das Filipinas no passado, mas a maioria dos ataques era concentrada na região sul, onde a minoria muçulmanos tem lutado por autonomia há décadas. As informações são da Associated Press.

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