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Serviços de lavagem e desinfecção no reservatório Cabuçu, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), devem afetar o abastecimento em nove bairros de Guarulhos, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (15).

 A distribuição de água será interrompida das 9h às 16h nos bairros Cabuçu, Chácara Cabuçu, Jardim Doraly, Jardim Palmira, Parque Continental II, Parque Continental III, Recreio São Jorge, Vila Cambará e Vila Operária.

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A prefeitura informou que cerca de 35 mil pessoas devem ser afetadas e que os serviços de manutenção são obrigatórios e devem ocorrer anualmente para garantir a qualidade da água distribuída à população.

A juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal, manteve a prisão temporária do ex-secretário de Logística e Transportes Laurence Casagrande Lourenço e outros seis investigados. Entre os alvos que devem continuar encarcerados está Pedro da Silva, ex-diretor da Dersa, e Pedro Paulo Dantas Amaral, atual diretor da estatal. Eles estão presos temporariamente, com prazo de cinco dias prorrogável que se encerra nesta segunda, 25.

Os investigados foram presos no âmbito da Operação Pedra no Caminho, braço da Lava Jato em São Paulo. A ação mira desvios em contratos do Rodoanel Trecho Norte, cujas obras foram iniciadas em 2013, quando Lourenço era presidente da Dersa.

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Segundo o Ministério Público Federal, a "Pedra no Caminho" mira crimes praticados por agentes públicos e empresários durante as obras do Rodoanel Viário Mário Covas - Trecho Norte e envolvem a suposta prática de corrupção, organização criminosa, fraude à licitação, crime contra a ordem econômica e desvio de verbas públicas.

As obras contaram com recursos da União, do Governo do Estado de São Paulo e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foram fiscalizadas pela Dersa.

São alvos dos mandados ex-diretores da Dersa, executivos das Construtoras OAS e Mendes Junior, de empresas envolvidas na obra e gestores dos contratos com irregularidades.

Segundo o MPF, "as obras são divididas em seis lotes, tiveram início em 2013 e ainda estão em andamento. Apurações do TCU - Tribunal de Contas da União e CGU - Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União identificaram diversas irregularidades e superfaturamento de centenas de milhões de reais, por meio da celebração de aditivos contratuais desnecessários, visando a apropriação indevida de recursos públicos em prejuízo da União, do Estado de São Paulo e do BID."

"Para maquiar o sobrepreço adotou-se a prática de 'jogo de planilhas', expediente comum em fraudes a licitações com muitos itens contratados de forma global, em que o licitante oferece preço acima do mercado para alguns itens e abaixo da referência para outros, de modo a colocar-se artificialmente como menor preço global. Esse expediente é comum em fraudes às licitações", afirma a Procuradoria.

De acordo com o MPF, "no Lote 1, foram apurados aumentos de 16% a 430% em serviços de escavação e explosivos, estrutura de túneis, carga e desmonte de argamassa, acrescendo indevidamente à obra cerca de R$ 60 milhões. No Lote 2 apurou-se aumento de 987% (mais de R$ 21 milhões) nos serviços de escavação e explosivos e no Lote 3, aumentos de até 1.223%."

"A investigação da CGU apurou que vários contratos foram celebrados por preços baixos, relativamente ao orçamento inicial previsto pela DERSA, sendo incluídos outros serviços por meio dos termos aditivos para elevar substancialmente o custo das obras e prejudicar a concorrência, burlando o verdadeiro objeto da licitação. Os acréscimos indevidos nos Lotes 1, 2, 3 e 5 alcançaram mais de R$ 143 milhões", diz a Procuradoria.

A Lava Jato em São Paulo ainda afirma que o "TCU constatou superfaturamento na casa dos R$ 33 milhões e manipulação proposital de quantitativos nos contratos, que acabaram por ocultar impacto financeiro consistente em acréscimos indevidos que somam mais de R$ 600 milhões".

Com a Copa do Mundo Rússia 2018 rolando, o Sport vai aproveitar a pausa do Campeonato Brasileiro para realizar uma manutenção no gramado da Ilha do Retiro. Cerca de 3.000m² de grama que estava danificada será substituída. A empresa responsável pelo trabalho será a Green Leaf, que já prestou alguns serviços para o clube. 

O Sport só jogará na Ilha do Retiro no dia 21 de julho, quando enfrenta o Fluminense, pela 14ª rodada da Série A. De acordo com Marília Bechara, gerente de Operações do clube, até a data da partida, a grama estará recuperada. "O gramado vai estar visualmente bonito e em condições perfeitas para que a bola role", disse.

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Sem um Centro de Treinamento específico, o gramado do Estádio do Arruda vem sendo cada dia mais castigado pela quantidade de treinos, jogos e, também, pela chuva. Devido ao desgaste, o campo está passando por uma série de reparos. De acordo com o site oficial do clube, o serviço está sendo executado por uma empresa especialista em gramados esportivos.

Ainda segundo o portal, o trabalho inicial é para evitar que poças de água sejam formadas durante o período de chuvas. Outros serviços ainda estão sendo agendados para ampliar a manutenção. Confira algumas das fotos dos reparos: 

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Devido a uma manutenção que será realizada no Sistema Alto do Céu, a partir das 8h desta terça-feira (8), 182,1 mil moradores da Zona Norte do Recife terão suspensos por 24 horas o abastecimento de água. Serão atingidos os bairros de Água Fria, Alto José Bonifácio, Alto Santa Teresinha, Arruda, Beberibe, Bomba do Hemetério, Cajueiro, Campina do Barreto, Campo Grande, Dois Unidos, Encruzilhada, Fundão, Hipódromo, Linha do Tiro, Mangabeira, Ponto de Parada, Porto da Madeira e Torreão.

De acordo com informações da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), algumas árvores estão encostando na rede de distribuição de 13,8 kV (kilovoltagem) situada na área da Estação de Tratamento de Água (ETA) Alto do Céu. Para eliminar riscos de curto-circuito, a Companhia programou serviços de poda no local. Para executar a intervenção, será preciso desligar a energia elétrica dessa unidade e, consequentemente, a operação do sistema.

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A previsão é retomar a operação do sistema na manhã desta quarta-feira (9).

Com informações da assessoria

Por André Cabral

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, indeferiu pedido de liminar em habeas corpus impetrado em favor do empresário Wesley Mendonça Batista, sócio da empresa de frigoríficos JBS. Wesley e seu irmão Joesley foram presos preventivamente no âmbito da Operação Tendão de Aquiles, por suposta prática do crime de insider trading (uso de informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro).

As informações foram divulgadas no site do STJ no dia 29, às 20h34 - habeas 431492.

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Em outubro, o ministro Rogerio Schietti Cruz, relator, já havia negado pedido de liminar em outro habeas em favor de Wesley - habeas 422.113.

Naquela decisão, Schietti não reconheceu "nenhuma ilegalidade manifesta apta a afastar liminarmente o decreto prisional que considerou a medida necessária para assegurar a instrução criminal, a aplicação da lei penal e, ainda, para garantir a ordem pública".

A ordem de prisão destacou que "mesmo após assumirem no acordo de colaboração premiada o compromisso de não mais cometer crimes, Wesley e Joesley teriam continuado a praticar atividades ilícitas".

Os irmãos Batista mergulharam o governo Temer em sua pior crise política. Eles fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Joesley gravou conversa com o presidente no Jaburu na noite de 7 de março de 2017.

Os Batista acabaram presos por suspeita de omissão de informações importantes dos investigadores e por, supostamente, terem usado o conteúdo de suas próprias delações para auferir lucros milionários no mercado financeiro.

No novo habeas corpus ao STJ, a defesa de Wesley alega a existência de fatos novos que justificariam a revogação da prisão preventiva. Em liminar, a defesa pediu a suspensão da prisão até o julgamento definitivo do habeas corpus, ou sua substituição por medidas cautelares alternativas.

Entre outros argumentos, os advogados de Wesley destacaram três pontos importantes - o encerramento das investigações tanto na esfera penal como administrativa; a ausência de fatos que pudessem demonstrar que a liberdade do empresário ainda colocaria em risco a garantia da ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal; e a falta de fundamentação para a não aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

O habeas corpus foi impetrado no STJ depois que o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) indeferiu pedido de liminar anterior, o que levou a ministra Laurita Vaz a aplicar a Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal.

Somente em "casos excepcionais", o STJ considera que deve ser afastado esse impedimento para fazer cessar eventual constrangimento ilegal ao direito de liberdade. Mas, ao examinar as alegações do empresário, a ministra não identificou essa excepcionalidade.

"Não havendo notícia de que o Tribunal a quo tenha procedido ao exame meritório, reserva-se primeiramente àquele órgão a apreciação da matéria ventilada no habeas corpus originário, sendo defeso ao Superior Tribunal de Justiça adiantar-se nesse exame, sobrepujando a competência da Corte a quo, mormente se o writ está sendo regularmente processado", afirmou Laurita.

Segundo a presidente do STJ, "a única novidade apontada pela defesa foi o encerramento das investigações nas esferas penal e administrativa".

Ela reconheceu que o fim das investigações pode, eventualmente, ter impacto na análise da necessidade da prisão quanto à conveniência da instrução criminal, mas os outros fundamentos ainda persistem, como a garantia da ordem pública, o receio de reiteração delitiva e a inaplicabilidade das medidas cautelares alternativas, todos já examinados pelo ministro Rogerio Schietti.

A ministra observou que há uma sobreposição de teses entre este novo habeas corpus e aquele outro, cuja liminar foi negada por Schietti.

"Há, ao menos em princípio e no que se refere a parte do pedido formulado na petição inicial, mera reiteração quanto ao habeas corpus 422.113/SP", anotou Laurita.

"Ocorre que, como se sabe, não podem ser processados nesta Corte, concomitantemente, habeas corpus nos quais se constata litispendência, instituto que se configura exatamente quando há igualdade de partes, de objeto e de causa de pedir" seguiu a ministra.

Isso se explica, segundo Laurita Vaz, não só pela economia processual, mas também pela necessidade de evitar decisões contraditórias.

Em junho de 2017, a reportagem do LeiaJa.com percorreu os equipamentos culturais da cidade de Olinda para verificar em que situação estavam. O resultado não foi muito animador: a maioria dos espaços se encontravam fechados e, pior, em estado de completo abandono. Passados alguns meses, em um retorno a estes mesmos locais, o que se viu foram algumas obras bem encaminhadas e outras ainda sem o menor sinal de começar. Confira a situação dos espaços culturais de Olinda, cidade Patrimônio Cultural e histórico:

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Clube Atlântico

 

Após um período fechado pelo risco de desabamento, o Atlântico está sendo recuperado. Uma obra emergencial, para que o clube volte a ter condições de uso começou a ser feita há cerca de duas semanas e a previsão é que tudo esteja pronto até o dia 25 de dezembro. Segundo um dos responsáveis pela reforma, o técnico de edificações Jorge José Hermínio, o muro do local está sendo refeito, e o madeiramento da coberta, parte elétrica e de encanamento estão sendo reparados.

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Há três anos, a população olindense e os turistas esperam pela volta do funcionamento do Eufrásio Barbosa. Fechado para obras, desde então, o projeto pretende transformar o local em um espaço de visitação e de valorização da cultura, com biblioteca, restaurante e sala de exposição, entre outros. A reforma está na fase de acabamentos e, após um atraso de entrega nos materiais, a previsão de conclusão, informada pelo responsável, o técnico João Wagner, é 15 de janeiro de 2018.

Cine Olinda

 

O espaço, fechado há mais de meio século, parece que amargará outros tantos anos de portas cerradas. Após o movimento Ocupe Cine Olinda, em meados deste ano, o cinema não teve mais nenhum uso. Através de sua assessoria, a Prefeitura de Olinda informou que a previsão de retorno das atividades do Cine Olinda é para o ano de 2019, porém, a Fundarpe, responsável oficial pelo espaço, não se pronunciou quanto ao retorno de seu funcionamento.

Cine Duarte Coelho

 

Tradicional espaço na cidade, desapropriado desde a década de 1980. O Cine Duarte Coelho continua fechado e sem sinal do mínimo cuidado em sua estrutura. A Prefeitura de Olinda informou, por meio de sua assessoria, que o equipamento faz parte da ação do PAC Cidades Históricas e que “todos os projetos prontos (estão) no aguardo da liberação de recursos por parte do MinC.”

Museu de Arte Contemporânea (MAC)

 

O MAC possui um acervo de obras importantes mas que estão fora do alcance do público devido ao não funcionamento do espaço. Localizado no Sítio histórico de Olinda, o museu está de portas fechadas desde 2016.  Procurada para prestar esclarecimentos quanto ao espaço, a Fundarpe, responsável pelo MAC, não respondeu até o fechamento desta matéria.

Teatro do Bonsucesso

 

Após um longo período fechado e relegado ao completo abandono, o Teatro Bonsucesso parece estar prestes a reviver seus momentos de glória. Com a reforma em nível avançado, a previsão de entrega do espaço é para a segunda semana de janeiro de 2018. Segundo o responsável pelas obras, George Júnior, o teatro de 130 lugares está necessitando, apenas, de colocação de novas lâmpadas, últimos reparos no piso do palco e alguns outros detalhes nos banheiros e na entrada do espaço.

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Desde o ano de 2016, circularam notícias sobre universidades com problemas financeiros que comprometem seu funcionamento, prejudicando estudantes, professores e outros funcionários. O motivo apontado para as dificuldades é o contingenciamento de recursos e cortes de orçamento que levou instituições como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) a demorar vários meses para começar o ano letivo de 2017, além da Universidade de Brasília (UnB), que já declarou que está endividada e não tem recursos para seguir garantindo o funcionamento.

Em meio a este cenário, a secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, participou do Fórum Nacional do Ensino Superior Particular no mês de setembro deste ano e afirmou que o custeio do ensino superior público é insustentável, pois “a folha de pagamento cresce, enquanto os recursos para custeio diminuem”. “Com a multiplicação de campi, as folhas de pagamento praticamente triplicaram e o custeio quase quadruplica de 2009 para cá”, complementou Maria Helena. 

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Buscando mais detalhes a respeito da afirmação e da situação do custeio do ensino público no nível superior no país, o LeiaJá procurou o Ministério da Educação (MEC) para realizar entrevistas com a secretária Maria Helena e com o ministro Mendonça Filho, mas não obteve retorno da parte da assessoria de imprensa de ambos os dirigentes do MEC. Decidimos, então, investigar qual é a situação financeira das universidades públicas pernambucanas, afim de saber se o orçamento tem permitido que as instituições sigam em pleno funcionamento e aprimorando o serviço prestado aos alunos.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) está com as contas pagas e sem nenhum débito em aberto. No entanto, de acordo com o vice-reitor Marcelo Brito Carneiro Leão, parte do orçamento está bloqueado devido ao contingenciamento de recursos por parte do governo federal, que alega não poder liberar tudo o que foi previsto pela Lei Orçamentária Anual (LOA) devido à crise econômica que prejudicou as contas do país. 

Marcelo explicou que existe um orçamento de custeio, que se destina ao pagamento de contas mais básicas como custos de água, eletricidade e limpeza. Já o chamado orçamento de capital se destina à realização de obras, investimentos, manutenção de grandes equipamentos, ampliação da universidade, entre outros objetivos que visam o aprimoramento do serviço oferecido aos estudantes. 

 

Para definir o orçamento que as universidades terão a cada ano, as universidades encaminham seus dados de matriz orçamentária para o MEC. O Congresso Nacional vota a Lei Orçamentária Anual (LOA) para definir qual será o valor destinado pelo governo para as universidades de todo o país. Após a aprovação da LOA, o Ministério da Educação define a distribuição dos recursos entre as instituições com base nos relatórios enviados pelas instituições de ensino.

O vice-reitor da UFRPE explicou que, via de regra, a LOA é votada pelo Congresso no mês de novembro para definir o orçamento do ano seguinte. Porém, quando a agenda política gera atrasos na votação, as universidades podem demorar a ter uma definição do seu orçamento. Marcelo explicou que quando a votação atrasa, o mês de dezembro termina sem definição.e encerra o mês de dezembro sem uma definição.

Segundo o vice-reitor, no ano de 2017, 25% do orçamento da universidade está bloqueado devido ao contingenciamento. Ele afirma que, após revisão dos valores e liberação de parte dos recursos, no momento 5% do orçamento de custeio está retido, enquanto 20% do orçamento de capital segue sem poder ser utilizado pela universidade. Marcelo Brito explica que, apesar de não ter acesso a parte do orçamento, a universidade não está enfrentando problemas, pois realizou uma revisão de gastos internos que ajudou a evitar o endividamento.

Porém ele reforça que, mesmo com a revisão dos gastos, pode haver problemas. “Para ano que vem temos que ter esse orçamento todo liberado e aumentado para poder continuar bem”. De acordo com ele, a realização de obras e aumento do número de alunos exige um crescimento do valor investido pelo governo para garantir a continuidade da UFRPE como uma universidade “pública, gratuita, de qualidade e inclusiva".

Limite de gastos

Além do contingenciamento, outra preocupação do vice-reitor da UFRPE é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. Criada e aprovada pelo governo Temer, a PEC tem como objetivo de limitar os gastos públicos por 20 anos contados a partir de 2017, mas para as áreas de saúde e educação, o prazo de 20 anos será contado a partir de 2018.

O vice-reitor explica que sua preocupação é que a aprovação da PEC leve a uma redução ainda maior do orçamento que já está apertado, e segundo ele, precisa ser aumentado para que não haja nenhuma ameaça ao futuro da educação superior pública, gratuita, inclusiva e de qualidade. 

De acordo com Marcelo, os gestores das universidades devem continuar pleiteando o crescimento do orçamento. “Nos próximos anos teremos que lutar para continuar aumentando a qualidade da educação independentemente do grupo político que esteja no poder”, comentou. “Ainda ficaremos por um bom tempo muito preocupados nos próximos anos com a educação pública em todos os níveis se continuar com essa lógica da PEC 55”, complementou Marcelo.

Universidade Federal de Pernambuco

De acordo com o Pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Thiago José Galvão das Neves, a instituição de ensino “vem seguindo um cronograma de execução que permite ter a segurança de não faltar orçamento para as prioridades definidas pela instituição, bem como para os compromissos assumidos por meio de contratos”. No que diz respeito ao pagamento das contas e financiamento dos projetos de ensino, pesquisa e extensão, ele também afirmou que, até o momento, “foram assegurados os orçamentos necessários ao empenho de todas as bolsas estudantis previstas para o exercício de 2017 e de quase a totalidade dos contratos firmados”. 

Apesar de afirmar que a universidade não está com dívidas, Thiago disse que o contingenciamento de recursos para a educação também chegou à UFPE, que tem, no momento, de acordo ele, 13% de orçamento para funcionamento das universidades bloqueados para conclusão de projetos ligados a manutenções prediais e infraestrutura de informática e de segurança.

No que diz respeito a investimentos, segundo o pró-reitor, a área sofreu reduções orçamentárias ao longo dos últimos anos, tornando mais grave a situação de contingenciamento. Thiago explicou que a UFPE tem “31% do orçamento bloqueados e 10% contingenciados”, o que representa um total de R$ 10,7 milhões do orçamento oriundo do tesouro a que a universidade não está tendo acesso. Se considerar também o valor retido no orçamento de funcionamento, a universidade está sem poder usar R$ 26,3 milhões. Todo esse cenário econômico, de acordo com o pró-reitor, faz a UFPE “priorizar a conclusão das obras em andamento”. 

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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, em coletiva em 29 de dezembro, antes da posse, que os mutirões do Cidade Linda teriam "custo zero" aos cofres municipais. A promessa era de que os agentes fariam trabalho em suas horas extras, com custo pago por concessionárias da cidade, em doação. "Todas elas são voluntárias na mão de obra, nos equipamentos e nos materiais necessários", declarou Doria, na época.

Na prática, porém, na maioria dos mutirões - 36 dos 39 feitos até agora, ou 92,3% do total - são deslocados funcionários da própria Prefeitura e terceirizados em seus horários de trabalho comum, sem nenhum tipo de hora extra. Somente três ações do tipo - na Avenidas 9 de Julho e Paulista, na região central, e na 23 de Maio, na zona sul - receberam doações de empresas (R$ 506 mil na soma, segundo planilhas publicadas no site da Prefeitura).

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Por meio da Lei de Acesso à Informação, 22 das 32 prefeituras regionais informaram ao jornal O Estado de S. Paulo que não há pagamento de horas extras para mutirões. As demais regionais não responderam ou ainda não tiveram ações do Cidade Linda.

A Prefeitura Regional de M’Boi Mirim, na zona sul, por exemplo, informou que servidores municipais compensaram o dia trabalhado no mutirão de sábado com folga em um dia útil. Em relação ao funcionário terceirizado, o órgão disse que o trabalho em dois sábados por mês já é previsto em contrato.

No total, o Cidade Linda no 1.º semestre teve ainda R$ 3,2 milhões de gastos com publicidade, segundo publicação da Prefeitura no Diário Oficial.

Resposta

Questionado sobre os custos dos mutirões, a gestão Doria admitiu que o programa não é "gratuito" e que "o projeto foi ampliado e replicado em iniciativas regionais", como a ação Bairro Lindo, além de mutirões de zeladoria "com a participação da sociedade". A Prefeitura não informou o valor gasto por cada regional com essas ações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Oito de nove serviços de zeladoria - como reparos de calçadas, varrição de rua e limpeza de pichações - feitos pela Prefeitura de São Paulo tiveram queda entre janeiro e agosto, na comparação com o mesmo período em 2016. O pior desempenho foi na extensão de guias e sarjetas, com queda de 55,8% - foram 63,2 mil metros de ampliação em 2017, ante 143,1 mil no ano passado. A zeladoria é uma das principais bandeiras do prefeito João Doria (PSDB).

Os dados foram enviados pela Secretaria de Prefeituras Regionais, responsável pelas ações desse tipo, por meio da Lei de Acesso à Informação e tabulados pelo jornal O Estado de S. Paulo. De 13 ações do tipo conduzidas pela Prefeitura, a gestão informou dados sobre nove. A pasta não detalhou números sobre a manutenção de iluminação pública, reparo de sinalização de trânsito e de praças e canteiros, além da retirada de faixas e cartazes. Das ações com números informados, só a poda de árvores teve alta no período, de 1%.

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Os indicadores não melhoraram, mesmo com pelo menos 39 mutirões de zeladoria do Cidade Linda, um primeiros programas lançados por Doria. Outra frente é o Mutirão Mário Covas, de reparo de calçadas, mas a manutenção desses espaços teve queda de 36%, no total de metros quadrados.

No Cidade Linda e nos outros mutirões, Doria e secretários vão a um bairro, fazem a ação inicial de zeladoria e, nos dias seguintes, agentes terceirizados e da Prefeitura se responsabilizam por concluir o serviço.

Uma lixeira com o logotipo do Cidade Linda indica que uma academia ao ar livre - local com aparelhos de ginástica - na Avenida Luiz Dumont, no Tucuruvi, na zona norte, teve ação do programa. A grama está cortada e a calçada, varrida. Mas é do outro lado da via que o problema aparece: calçadas quebradas e mato alto atrapalham os pedestres.

Quem frequenta a região - adolescentes, em grande parte - reclama do abandono. "Sempre foi assim e não mudou", diz o estudante Tiago Dias, de 17 anos. Mesmo na academia pública reformada, já há uma placa pichada. Embora tenha iniciado uma guerra com pichadores, a gestão Doria também limpou menos pichações até agosto. Foram 77 áreas limpas, ante 102 no mesmo período do ano passado.

A alguns minutos da academia ao ar livre, na mesma avenida, moradores têm se mobilizado para cuidar da Praça Nossa Senhora dos Prazeres. Até um monumento do Rotary, que fica no local, está pichado. Com muitas árvores - que precisam de poda - é comum que a calçada fique cheia de folhas e a grama, sem cortar.

"Eles só jogam água, mas não varrem nada. Estamos cansados de pedir. No fim das contas, é a comunidade que se mobiliza", diz a advogada Carla Giuseppe, de 48 anos, do conselho de segurança do Tucuruvi.

No Tremembé, também na zona norte, a fiação elétrica se mistura com a folha das árvores e causa indignação dos moradores da rua Francisco Couto. "Já faz um ano que pedimos para cortarem", conta a doméstica Elenice Barreto, de 50 anos. Um córrego cheio de lixo acumulado passa na frente de sua casa.

Zona leste

Outra região que sofre com o abandono, segundo os moradores, é a de Sapopemba, na zona leste. O Parque Linear da Integração Zilda Arns, por exemplo, tem brinquedos quebrados e sem pintura, mato alto por todos os lados e paredes pichadas.

Na Avenida Aricanduva, nos arredores do Parque do Carmo, também na zona leste, os relatos também apontam para problemas frequentes de zeladoria. Logo na frente do portão 1 do parque, por exemplo, há calçadas e guias esburacadas. Toda a calçada ao redor do local tem mato. "O parque em si é bem cuidado. O problema é o entorno", resume a cuidadora Silvia Souza, de 25 anos.

Suplementação orçamentária

A Prefeitura informou, em nota, ter recebido, em setembro, suplementação orçamentária de R$ 100 milhões para investir em ações de zeladoria e melhorar o prazo de atendimento dos pedidos dos cidadãos. A gestão João Doria (PSDB) disse ainda que os mutirões de zeladoria foram "emergenciais" por causa da enorme demanda de zeladoria encontrada no início da gestão. Informou também que as ações, como o Cidade Linda e o Mutirão Mário Covas, vão continuar.

"Dentre as medidas já adotadas, está o aumento das equipes de tapa-buraco, com o objetivo de consertar 85% dos buracos da cidade até o final do ano", afirmou a Prefeitura. "Paralelamente, o programa Asfalto Novo tem como meta recapear cerca de 680 mil metros quadrados de vias", acrescentou.

O programa de metas de Doria prevê a garantia de ações concentradas de zeladoria urbana em 200 eixos e marcos estratégicos da cidade. Prevê também reduzir o tempo médio de atendimento dos cinco principais serviços solicitados às Prefeituras regionais, em relação aos últimos quatro ano - tapa-buraco, avaliação e serviços em árvores em vias públicas e remoção de objetos, de veículos abandonados e de entulho em via pública.

O plano descreve a zeladoria como "um dos itens de maior insatisfação da população" no início da gestão e os aponta como "essenciais" para a imagem da cidade, com efeitos no desenvolvimento local e na redução da criminalidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Renegociação de contratos, redução nos cardápios em restaurantes universitários, falta de recursos para manutenção, atraso no pagamento de contas. Essa é a realidade de algumas universidades federais, que reclamam da falta de verbas e do contingenciamento de recursos feito pelo governo federal.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Emmanuel Tourinho, diz que os valores de custeio previstos para este ano para as universidades não são suficientes nem mesmo para as despesas regulares com energia, vigilância, limpeza, bolsas para os alunos de baixa renda e serviços de manutenção das instalações.

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“Não será possível manter as instituições funcionando adequadamente se esse quadro não for rapidamente alterado. Os valores liberados até agora só garantem o funcionamento das instituições até setembro”, diz.

Segundo ele, não há recursos para concluir as obras inacabadas, e universidades mais antigas estão com infraestrutura deteriorada por falta de recursos para manutenção. Além disso, instituições novas estão funcionando em prédios alugados por falta de recursos para concluir as suas instalações

“É imprescindível recompor imediatamente os orçamentos das universidades federais. Estamos falando de um patrimônio dos mais valiosos para a sociedade brasileira e que está sendo colocado em risco. O prejuízo no longo prazo será incalculável”, diz Tourinho, que também é reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) anunciou um aumento em cinco pontos percentuais no limite de empenho para custeio e investimento de universidades e institutos federais. Com o aumento, o limite do custeio, que é utilizado para a manutenção das instituições de ensino, passou de 70% para 75% e o limite de capital, utilizado para adquirir equipamentos e fazer investimentos, passou de 40% para 45%.

Mesmo com a liberação, o presidente da Andifes diz que a situação das instituições não muda, quanto a sua capacidade de honrar compromissos até setembro. “Para 2018, o quadro é também preocupante. Não temos ainda a previsão de recursos para investimento, nem a correção dos recursos de custeio”, diz Trourinho.

Gestão

O ministro da Educação, Mendonça Filho, diz que a meta é liberar 100% dos valores para custeio até o fim do ano. “Estamos no meio do exercício, e as liberações ocorrerão gradualmente, ao longo dos próximos meses, até dezembro. Então, posso tranquilizar as universidades federais de que os recursos serão liberados”, disse. De acordo com o MEC, neste ano já foram liberados R$ 4,8 bilhões para limite de empenho das universidades federais.

Para 2017, o limite de empenho previsto inicialmente para as universidades é 85% do valor previsto para despesas de custeio e de 60% para despesas de capital. “No entanto, o MEC está trabalhando para aumentar esse limite, assim como fez no ano passado, quando, mesmo após o contingenciamento feito pelo governo anterior, conseguiu liberar 100% de custeio para as universidades”, diz o ministério.

Segundo o ministro Mendonça Filho os problemas financeiros enfrentados pelas universidades muitas vezes decorrem de má gestão. “Em muitas situações de universidades federais há divergência e desequilíbrio do ponto de vista de capacidade gerencial. Algumas universidades não enfrentam problemas e dificuldades, porque elas são competentes, capazes e qualificam melhor suas gestões”, disse, lembrando que não compete ao MEC liberar a administração de recursos nas universidades federais.

UnB corta despesas e renegocia contratos 

Na Universidade de Brasília (UnB) , o déficit orçamentário estimado para este ano é de R$ 105,6 milhões. A decana de Planejamento e Orçamento, Denise Imbroisi, diz que a universidade só tem recursos para funcionar até o mês que vem e conta com uma suplementação de crédito do governo para se manter até o fim do ano.

“Nosso objetivo é manter funcionando de forma adequada, não a ideal, durante todo o ano. Temos recursos orçamentários para sobreviver até o fim de agosto, início de setembro”, informou.

Desde o ano passado, a universidade vem renegociando contratos com prestadores de serviços para tentar reduzir as despesas. No contrato com o restaurante universitário, por exemplo, foi possível uma redução de 15% do valor com o corte de itens do café da manhã como suco, iogurte e chá, e adequação da proteína oferecida no almoço - inclusão de carne de costela, rabo de boi, linguiça e hambúrguer nos cardápios.

A UnB também pediu ao MEC para que aumente o teto de receita própria que pode ser arrecadada por meio de alugueis ou projetos de professores. Foi solicitado também o uso do superávit de anos anteriores, que foram para o Tesouro.

UFRGS atrasa pagamento de contas

Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a projeção é de um déficit de R$ 40 milhões até o fim do ano. Segundo o reitor da universidade, Rui Vicente Oppermann, a prioridade da administração é o pagamento de terceirizados. “Hoje temos uma tomada de decisão que é quase aquela de Sofia – onde é que vou fazer cortes? Nos últimos anos temos feito racionalização de serviços para diminuir a despesa com terceirizados, mas já chegamos a um limite”, contou.

As despesas compulsórias como contas de luz, água e comunicação estão sendo deixadas de lado no momento. “Contamos com a compreensão dos prestadores desses serviços públicos para que possamos fazer a rolagem dessa dívida sem maiores consequências.” O segundo item na lista de corte são os serviços de reformas e manutenção, importantes por se tratar de um campus extenso e com prédios antigos.

O reitor espera que não haja necessidade de reduzir mais os serviços como segurança, limpeza e fornecimento de alimentos. “Estamos confiando em um mínimo de sensibilidade do governo na liberação de recursos para que a gente possa chegar com pelo menos 90% do custeio liberado até o fim do ano”, admitiu.

UFRJ considera situação orçamentária crítica 

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a situação orçamentária é considerada crítica. O orçamento deste ano é 6,7% inferior ao do ano passado. “É importante lembrar que em 2016 muitas contas somente foram pagas até o mês de setembro, deslocando o pagamento das despesas não pagas para o orçamento de 2017”, afirmou o reitor da UFRJ, Roberto Leher.

Nos últimos três anos, o quadro de pessoal terceirizado foi reduzido à metade, e contratos com permissionários foram revisados. A universidade lançou uma campanha com a meta de reduzir em 25% as despesas com energia elétrica.

A UFRJ diz que, desde 2014, a falta de recursos afeta gravemente o funcionamento da universidade. “Nos últimos anos, a UFRJ vem sofrendo cortes crescentes, significativos e rigorosos, em seu orçamento, os quais comprometem sua capacidade de funcionamento e suas possibilidades de oferecer o melhor acolhimento aos alunos que chegam à universidade pelas novas vagas geradas no processo de expansão e pelas cotas criadas para democratizar o acesso e a garantia das ações afirmativas”, diz a universidade, em nota.

UFMG diz que tem recursos para custeio até setembro

O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Ramírez, conta que só há recursos para as despesas cotidianas, como insumos e serviços terceirizados, até setembro. “Se o governo federal mantiver a liberação de recursos no patamar de 85% do previsto, não só a UFMG, mas todas as outras federais vão ficar em situação grave até o fim do ano.”

No entanto, ele garante que a universidade não irá suspender as atividades-fim, mesmo que seja preciso atrasar pagamentos de fornecedores. Ramírez assegura que não haverá redução no pagamento de bolsas e benefícios de assistência estudantil, pois recursos de custeio têm sido utilizados para complementar o pagamento dos benefícios.

A administração da UFMG está trabalhando para que o governo federal libere R$ 25,98 milhões de recursos de custeio, o que corresponde a 15% do orçamento da universidade para 2017. O orçamento de custeio da UFMG em 2017 é de R$ 173,2 milhões, cerca de 10% inferior ao de 2016.

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A Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou, em nota divulgada na noite de segunda-feira (31), que decidiu adiar o início do ano letivo de 2017, que começaria nesta terça-feira (1º). Não foi definida uma nova data para a volta às aulas.

O motivo do adiamento, segundo a reitoria, são as condições precárias de manutenção da universidade, com o não pagamento das empresas terceirizadas, contratadas por meio de licitação pública. “Limpeza, vigilância e coleta de lixo estão restritas, além de o restaurante universitário permanecer fechado”, especificou a reitoria em nota.

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Outro motivo apontado para o adiamento é o atraso recorrente de salários dos funcionários e professores, referentes aos meses de maio e junho, possivelmente também julho, além do não pagamento do décimo terceiro salário e no atraso nas bolsas, incluindo de alunos cotistas, o que impede que venham para a universidade.

“Atingimos um patamar insuportável que impede a universidade de bem exercer suas funções de ensino, pesquisa e extensão. Também o nosso Hospital Universitário Pedro Ernesto padece do mesmo problema e funciona com limitações quase impeditivas, diminuindo amplamente o atendimento à população”, expôs a nota.

Segundo a reitoria, outro fator que causa grande contrariedade é o fato, considerado discriminatório, de o governo do Rio manter em dia salários de alguns setores, notadamente da segurança pública, e de parcelar os vencimentos de outros.

“Todo o quadro acima mencionado nos impõe a decisão de não dar início ao semestre letivo no dia 1º de agosto, conforme anteriormente previsto no calendário acadêmico. À medida que surjam novos fatos, voltaremos a nos manifestar acerca do início das aulas”, finaliza a nota.

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A situação das ruas do Recife parece se agravar em dias de chuva. Ruas da Imbiribeira, do bairro da Estância, Tejipió e a própria BR 101 que dá acesso à cidade são alguns dos exemplos que mostram a situação precária nas vias. A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) detectou, em vistoria realizada na segunda semana de julho, que no Recife há um total de 1.012 buracos. 

Na Rua Izabel de Souza, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, por exemplo, um buraco profundo impede a circulação de veículos com tranquilidade. Segundo o comerciante Raimundo Antonio da Silva, o buraco está no local há cerca de sete meses. No local, uma moradora colocou um cavalete para sinalizar. “Antes carro quebrava e ficava pendurado. Estourava pneus todo dia, de quatro ou cinco carros”, conta Raimundo sobre a gravidade do buraco antes de ser sinalizado. 

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Uma situação semelhante ocorre no cruzamento da Rua Jean Emile Favre com a Padre Lima e Sá: um buraco na esquina após uma obra de correção da tubulação, o asfalto começa a se abrir ao lado de um buraco já existente. Os dois ficam ao lado de um bueiro que está na mesma situação há mais de três anos, segundo o comerciante Fernando César. 

“Ele tá nessa altura próxima ao asfalto pelo entulho, mas é quase uns 40 centímetros mais profundo”, diz Fernando, esclarecendo que os moradores da região colocam entulho para tentar diminuir o impacto dos pneus com o buraco. “A gente não sabe até onde podem crescer os buracos e nunca vê manutenção do asfalto”, acrescenta o vendedor.

Na Zona Oeste da cidade, o bairro da Estância é um ponto crítico quanto à manutenção do asfalto. Na Av. Doutor José Rufino, um morador que preferiu não se identificar afirma presenciar com frequência situações de risco em virtude de um buraco que já está lá há mais de um mês. “É perigoso demais. Hoje mesmo pela manhã quase acontece um acidente entre uma moto e um caminhão, quando os dois tentaram desviar. É um risco enorme”, diz ele. 

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Manutenção 

A diretora de manutenção urbana da Emlurb, Fernandha Batista, explica que o Recife é uma cidade com fatores que comprometem a estrutura das vias, como alto índice pluviométrico, influência da maré e déficit de drenagem. De acordo com ela, o ideal é tentar conter os danos sobre os pavimentos, que pioram no período de inverno rigoroso pelo qual passa o Recife, apesar das condições da cidade. Na capital, de janeiro até junho de 2017, 9.688 buracos foram tapados. Ao longo de 2016, foram solucionados 32.696.

Semanalmente é feito um levantamento de todos os buracos nas ruas da cidade, com equipes de técnicos percorrendo todos os quilômetros asfaltados da capital. São contabilizados os buracos e as causas dos mesmos. A quantidade de equipes que fazem a manutenção dos pavimentos das vias varia de acordo com a quantidade de buracos naquele período, uma vez que o número é muito dinâmico. A manutenção das vias é feita priorizando as principais vias da cidade, conforme o fluxo de veículos.

“O levantamento otimiza o uso do recurso público e a mobilização necessária”, diz Fernandha sobre a forma de monitoramento, que está em vigor desde 2014. Ela explica, ainda, que tem sido  feito um trabalho intenso de manutenção preventiva, através do recapeamento das vias da cidade, além da manutenção  tapa-buraco, que preenche aquele ponto específico com asfalto. O trabalho de prevenção, no entanto, não pode ser realizado em períodos de chuva, segundo a diretora. 

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pela manutenção da BR, divulgou que foi fechado o acordo para a obra de reforma definitiva da BR-101 no contorno da capital. A empresa que venceu a licitação, segundo o DER, deve receber R$ 192 milhões em investimentos para essa finalidade. O departamento informou, ainda, que as obras devem começar na segunda quinzena de agosto e durar pelo menos um ano a partir da data de início. 

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A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo o síndico Luciano Monteiro Neves Reginato e o coordenador de manutenção Diógenes de Lima Veras do condomínio Le Parc Boa Viagem, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. No local, no dia 27 de abril, dois funcionários morreram enquanto faziam a manutenção da fossa séptica.

Para o delegado Igor Leite, responsável pelo caso, o síndico e o coordenador são responsáveis por não terem fornecido material e treinamento para os funcionários, sendo assim negligentes. Os corpos de Clécio José de Santana, de 22 anos, e Johny Andrade da Silva, 32, foram encontrados sem nenhum equipamento de proteção individual.

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Durante a investigação, a polícia ouviu funcionários antigos; estes relataram que o condomínio não oferecia equipamento de proteção individual necessário para atuação em ambiente confinado. Na data do ocorrido, Clécio desceu na fossa para realizar um desentupimento. No local, havia muitos gases tóxicos, como metano, sulfídrico e amônia. Ele utilizou uma bomba de CO2 que expulsou quase que a totalidade do oxigênio naquele ambiente.

Clécio desmaiou e seu corpo começou a se contorcer. Dois desceram para prestar socorro, mas apenas um conseguiu voltar. Johny Andrade da Silva também perdeu a consciência em consequência dos gases. Ambas as mortes foram classificadas como causadas por asfixia. 

Segundo o delegado Igor Leite, o síndico disse que o setor não teve tempo de realizar a compra do material. “Ele também demitiu um engenheiro que poderia ter fornecido informações importantes e não colocou uma pessoa capacitada no lugar”, comentou Leite. O inquérito seguirá para o Ministério Público de Pernambuco que decidirá se encaminha ou não o caso à Justiça. 

 

Moradores de 22 bairros do Recife ficarão sem água durante 18 horas nesta quinta-feira (8). A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai realizar uma manutenção emergencial em uma subadutora do Sistema Integrado Tapacurá e Alto do Céu.

A suspensão do abastecimento será das 6h à meia-noite e vai afetar 140 mil pessoas. Segundo a Compesa, para consertar o vazamento de grande porte, localizado na Rua Professor José dos Anjos, no bairro do Arruda, Zona Norte, será necessário o fechamento de algumas válvulas e registros que são essenciais para a distribuição de água nessas localidades

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As áreas que ficarão sem água são: Rosarinho, Graças, Aflitos, Encruzilhada, Parnamirim, Tamarineira, Jaqueira, Torre, Madalena, Água Fria, Bomba do Hemetério, Arruda, Mangabeira, Beberibe, Espinheiro, Santo Amaro, Hipódromo, Campo Grande, Torreão, Casa Forte, Casa Amarela e Santana.

O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (12), ao sancionar leis favoráveis às mulheres, que o governo não pode parar. A declaração foi dada sem se referir diretamente à divulgação de nomes de ministros e parlamentares que vão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação do ministro Edson Fachin, com base em delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht.

“Aqui no Brasil, se não tomarmos cuidado, daqui a pouco achamos que o Executivo não opera, o Legislativo não opera, o Judiciário não opera. E não é assim. Quando nós criamos a repartição dos órgãos do governo foi precisamente para dar agilidade a toda a atividade pública. Cada um cumpre o seu papel”, disse ele.

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O presidente da República acrescentou que seu governo tem “apoio especialíssimo” do Congresso Nacional. “Quero muito ressaltar sempre que o Executivo só funciona porque tem apoio do Congresso. Evidentemente nas eventuais divergências ou interpretações equivocadas, quem vai dar a palavra é o Judiciário. É isso que temos que prestigiar cada vez mais”, afirmou.

“Portanto, não podemos jamais paralisar o governo. Temos que dar sequência ao governo, dar sequência à atividade legislativa, dar sequência à atividade judiciária. E nesse particular, em todos os poderes, está presente a mulher. É fundamental para o desenvolvimento no país”, disse.

Leis sancionadas

Um das leis sancionadas nesta quarta-feira é a da proibição do uso de algemas em mulheres durante ou no período pós-parto. Também foi instituído o mês de agosto como do aleitamento materno e a garantia de acompanhamento da mãe sobre a amamentação. Um decreto garantiu um indulto especial a mulheres presas no Dia das Mães.

O presidente também sancionou lei que inclui a estilista Zuzu Angel, que morreu em circunstâncias não esclarecidas durante a ditadura militar, no Livro dos Heróis da Pátria.

Durante a solenidade, Temer disse que algumas medidas de governo podem parecer “triviais”, mas “são de importância extraordinária”.

A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) elege, na próxima terça-feira (21), a direção executiva e os conselhos fiscal e deliberativo. Apenas uma chapa vai disputar a eleição. O grupo é encabeçado pelo prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), na presidência; a prefeita de Surubim, Ana Célia Farias (PSB), na vice-presidência e o de Triunfo, João Batista Rodrigues (PR), como tesoureiro. 

A chapa, segundo o presidente da Comissão Eleitoral Marivaldo Silva, representa a união dos municípios. “A chapa única se destaca por ter representantes de 13 partidos (PSB, PDT, PSD, PTB, PR, PSDB, PT, DEM, PP, SD, PMN, PRP) e, em especial, por ter como membros os dois prefeitos mais votados no Estado: José Patriota, que obteve 83% dos votos, e João Batista (PR), com 80,42% dos votos válidos”.

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A eleição na Amupe vai acontecer durante a Assembleia Geral marcada para iniciar às 8h. A oficialização da recondução de Patriota ao posto de presidente da Associação deve acontecer por volta das 13h. Em 2017, a Amupe completa 50 anos de existência.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, posicionou-se contra a interrupção da reforma da Previdência, que foi enviada pelo governo ao Congresso no início de dezembro e se encontra em tramitação na Câmara dos Deputados.

Janot se manifestou em uma ação proposta no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Confederação Nacional de Trabalhadores da Indústria Química (CNTQ) e mais dois sindicatos que pediam ao Judiciário a suspensão imediata da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa a alterar as regras da aposentadoria.

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Os requerentes alegavam que o texto proposto pelo governo na PEC 287/2016 fere preceitos fundamentais da Constituição, incluindo cláusulas pétreas, ou sejam, que não poderiam ser alteradas por meio de PEC. Entre os preceitos violados estariam a cidadania e a dignidade humana e o direito a uma aposentadoria digna.

Para o procurador-geral da República, julgamentos anteriores mostram que a própria jurisprudência  não permite a intervenção preventiva do Supremo no processo legislativo. A única exceção seria quando a ação fosse proposta por algum parlamentar, para assegurar o processo legislativo adequado, o que não é o caso.

“Ainda que possa haver na PEC 287/2016 ofensa potencial a preceitos constitucionais protegidos por cláusula pétrea, não há viabilidade de apreciar a pretensão deduzida pelos arguentes, por se tratar de mera proposição legislativa sujeita a debates e alterações no curso do processo legislativo”, afirmou Janot, que pediu o indeferimento total do pedido.

Ontem (25), representantes de confederações, associações e sindicatos realizaram um abraço simbólico do prédio da Previdência Social, em Brasília, em protesto contra as propostas do governo para mudar as regras da aposentadoria.

Proposta

Pelas novas regras apresentadas, o trabalhador precisa atingir a idade mínima de 65 anos e pelo menos 25 anos de contribuição para poder se aposentar. Neste caso, ele receberá 76% do valor da aposentadoria – que corresponderá a 51% da média dos salários de contribuição, acrescidos de um ponto percentual desta média para cada ano de contribuição.

A cada ano que contribuir a mais, o trabalhador terá direito a um ponto percentual. Desta forma, para receber a aposentadoria integral (100% do valor), o trabalhador precisará contribuir por 49 anos – a soma dos 25 anos obrigatórios e 24 anos a mais.

Ainda conforme a proposta do governo, haverá uma regra de transição para quem está perto da aposentadoria. Homens com 50 anos de idade ou mais e mulheres com 45 anos de idade ou mais poderão se aposentar com regras diferenciadas.

A regra de transição só vale para o tempo de aposentadoria, já para o cálculo do benefício valerá a nova regra proposta. Trabalhadores nessa situação deverão cumprir um período adicional de contribuição, uma espécie de "pedágio", equivalente a 50% do tempo que faltaria para atingir o tempo de contribuição exigido.

O governo argumenta que a reforma é necessária por causa do envelhecimento da população e do aumento das despesas da União com o pagamento de aposentadorias, e que as medidas fazem parte do pacote de medidas do ajuste fiscal da economia.

Reclamar das condições das ruas e estradas é uma realidade dos pernambucanos e turistas que visitam o Estado. Com isso, alguns questionam onde vai parar o dinheiro pago no IPVA anualmente. Apesar da correlação entre a taxa que permite a circulação do veículo pelo ano vigente e as vias, o valor arrecado com o imposto não é direcionado para melhorias nesta área. Metade da taxa é repassada ao municípios, cuja aplicação pode ser feita em vários setores. A outra metade é quase toda repassada para as áreas de saúde e educação, por obrigação constitucional.

O valor arrecadado pelo Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é cobrado todo início de ano, em três parcelas ou em cota única. A quantia varia de acordo com o tipo, modelo e ano do veículo. O pagamento ainda inclui taxa de bombeiros e Seguro Obrigatório DPVAT. Caso o condutor não quite esses valores, corre risco de apreensão do veículo e impossibilidade de circulação. Em Pernambuco, neste ano, o imposto deverá ser pago a partir de fevereiro.  

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De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado, “por força de vinculação constitucional", o mínimo de 12% desses recursos têm que ser gastos com Saúde e, pelo menos, 25% com educação. O imposto não tem destinação específica, a não ser para essas duas áreas básicas. Em 2016, a quantia somada em arrecadação de IPVA foi de R$ 1 bilhão, dos quais 50% foi encaminhado aos municípios, 15% para a saúde e 26% na educação.  

Sobre as competências municipais, a Secretaria de Finanças do Recife confirma o recebimento da parcela de "50% do valor arrecadado com os veículos matriculados no município", baseado na Constituição Federal. Em nota, a pasta explica que "A mesma constituição em seu artigo 167, inciso IV, veda a vinculação da receita de impostos a despesas específicas", ou seja, o saldo dos recursos devem ser "aplicados nas diversas áreas como infraestrutura e manutenção da cidade, segurança urbana, cultura, turismo, meio ambiente, habitação, saneamento, dentre outros, podendo inclusive aplicar mais em educação e saúde".

Fundo Rodoviário de Pernambuco

Se o IPVA não vai para a manutenção das vias, o Fundo Rodoviário de Pernambuco (Furpe), em tese, cumpre esse papel. De acordo com a Lei Nº 12.309, de 19 de dezembro de 2002, sua finalidade é de “captar recursos financeiros para a manutenção e conservação da malha viária estadual, e para a implantação de novos trechos de rodovia, ferrovia e aquavia da malha estadual”. 

A norma determina que seus recursos sejam provenientes de contribuições como “dotações orçamentárias; doações, empréstimos, auxílios, subvenções e outras contribuições de pessoas, físicas ou jurídicas, bem como de entidades e organizações, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras e; contrapartidas monetárias de convênios celebrados pela Secretaria de Infra-Estrutura”. 

Além disso, o “valor das multas impostas pelo Estado de Pernambuco pelo descumprimento de cláusulas de contratos e convênios firmados através da Secretaria referida no inciso anterior” também são destinados ao Furpe.

As receitas próprias não-vinculadas do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE) também estão na lista das fontes de recebimento de recurso. Segundo a Secretaria da Fazenda, em 2016 a receita apurada pelo Furpe foi de R$ 258 milhões. Desta quantia, segundo a pasta, R$ 254 milhões foram investidos na implantação e recuperação de rodovias. 

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Em mensagem distribuída nesta segunda-feira (16), à bancada do PSD, o deputado Rogério Rosso (DF) sinalizou que pretende continuar na disputa pela presidência da Câmara, mas "liberou" os correligionários a apoiarem outras candidaturas. Rosso vem sendo pressionado pelo partido a desistir da candidatura, uma vez que parte do PSD defende o apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"Com absoluto desprendimento e gratidão, gostaria de deixar nosso futuro líder Marcos Montes e a nossa honrada bancada à vontade para se caso entenderem avaliar outras alternativas e caminhos que possam de fato reaproximar a Câmara do povo brasileiro e dar a Casa o respeito e admiração da sociedade", escreveu Rosso.

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Ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), Rosso disse que não quer "constranger ninguém" com sua candidatura, mas avisou que pretende levá-la adiante.

No texto, Rosso reitera o entendimento de que Maia está impedido de ser reconduzido ao cargo. Para Rosso, a candidatura de Maia já está judicializada e representa um alto grau de insegurança jurídica para a Câmara.

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